Versao em Pdf (3,14 mb) - Ministério Público de Santa Catarina
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222<br />
Dispondo o diploma impugnado no art. 1º que<br />
“fica o Po<strong>de</strong>r Executivo autorizado a prorrogar, por<br />
mais <strong>de</strong>z (10), o prazo das Permissões para exploração<br />
do serviço <strong>de</strong> Transporte Coletivo Urbano <strong>de</strong><br />
Passageiros neste Município, outorgadas <strong>em</strong> 23 <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1992, à Empresa Nossa Senhora da<br />
Glória Limitada, Coletivo Rodovel Limitada e Viação<br />
Ver<strong>de</strong> Vale Limitada, <strong>de</strong> acordo com a Lei Municipal<br />
n. 4.120, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1992, e o Edital <strong>de</strong><br />
Concorrência Pública n. 03-001/92”, enquanto no art.<br />
2º que “a prorrogação autorizada por esta Lei será<br />
formalizada através <strong>de</strong> Termo Aditivo, mantidas as<br />
atuais condições da outorga”. Há ofensa ao art. 137,<br />
§ 1º, da Constituição do Estado <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>,<br />
diante da transgressão <strong>de</strong>ssa norma fundamental,<br />
e ta<strong>mb</strong>ém dos princípios da impessoalida<strong>de</strong> e livre<br />
concorrência.<br />
[...]<br />
Vistos, relatados e discutidos estes autos <strong>de</strong> Ação<br />
Direta <strong>de</strong> Inconstitucionalida<strong>de</strong> n. 2002.020438-8,<br />
da comarca <strong>de</strong> Blumenau, <strong>em</strong> que é requerente o<br />
Representante do <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong>, e requeridos o<br />
Município <strong>de</strong> Blumenau e o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />
<strong>de</strong> Vereadores <strong>de</strong> Blumenau:<br />
ACORDAM, <strong>em</strong> Tribunal Pleno, por maioria, rejeitar<br />
as preliminares suscitadas, e ta<strong>mb</strong>ém por maioria,<br />
<strong>de</strong>clarar a inconstitucionalida<strong>de</strong> da Lei n. 5.824, <strong>de</strong><br />
27 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2001, do município <strong>de</strong> Blumenau,<br />
por ofensa ao art. 137, § 1º, da Constituição do Estado<br />
<strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>, e ta<strong>mb</strong>ém dos princípios da impessoalida<strong>de</strong><br />
e livre concorrência. Ex vi do art. 27 da<br />
Lei n. 9.868, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1999, conce<strong>de</strong>-se<br />
o prazo <strong>de</strong> 06 (seis) meses, a partir da publicação<br />
<strong>de</strong>ste acórdão, para a realização do respectivo procedimento<br />
licitatório [grifo acrescido] 20 .<br />
É claro, então, que, passados os seis meses s<strong>em</strong> o cumprimento da<br />
<strong>de</strong>cisão judicial supracitada, a autorida<strong>de</strong> responsável pela realização<br />
20 TJSC, ADIn 2002.020438-8. Relator: Des. Francisco Oliveira Filho. Julgamento <strong>em</strong><br />
18/10/2006.