Versao em Pdf (3,14 mb) - Ministério Público de Santa Catarina
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2<strong>14</strong><br />
ministros concordaram <strong>em</strong> comunicar a <strong>de</strong>cisão, oficialmente,<br />
ao <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> (MP) estadual e ao<br />
Conselho Nacional do <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> (CNMP),<br />
para que essas instituições possam atuar <strong>de</strong> forma<br />
incisiva para coibir atos <strong>de</strong>ssa natureza, agindo na<br />
<strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>stes princípios fundamentais, nas palavras<br />
do ministro Gilmar Men<strong>de</strong>s.<br />
Parece, então, que a Supr<strong>em</strong>a Corte do Brasil reviu o seu posicionamento<br />
inicial, admitindo já a responsabilização dos agentes políticos<br />
na sucessiva edição <strong>de</strong> leis e atos normativos inconstitucionais.<br />
5.1 O cabimento <strong>de</strong> ação civil pública <strong>de</strong> improbida<strong>de</strong><br />
administrativa<br />
O <strong>de</strong>srespeito a <strong>de</strong>cisões judiciais proferidas <strong>em</strong> se<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle<br />
concentrado <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong> dá ensejo ao ajuizamento <strong>de</strong> ação<br />
civil pública <strong>de</strong> improbida<strong>de</strong> administrativa, consubstanciada na ofensa<br />
direta ao art. 11, inc. II, da Lei Fe<strong>de</strong>ral n. 8.429, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1992.<br />
Verbis:<br />
Art. 11. Constitui ato <strong>de</strong> improbida<strong>de</strong> administrativa<br />
que atenta contra os princípios da administração<br />
pública qualquer ação ou omissão que viole os <strong>de</strong>veres<br />
<strong>de</strong> honestida<strong>de</strong>, imparcialida<strong>de</strong>, legalida<strong>de</strong>, e<br />
lealda<strong>de</strong> às instituições, e notadamente:<br />
[…]<br />
II - retardar ou <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> praticar, in<strong>de</strong>vidamente,<br />
ato <strong>de</strong> ofício;<br />
Com efeito, não se po<strong>de</strong> negar que o cumprimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões<br />
judiciais é ato <strong>de</strong> ofício do Administrador <strong>Público</strong>, conforme, aliás,<br />
po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r da doutrina <strong>de</strong> Marino Pazzaglini Filho:<br />
O inciso II cuida da prevaricação administrativa<br />
consistente <strong>em</strong> retardar ou omitir ato <strong>de</strong> ofício s<strong>em</strong><br />
justificativa legal.<br />
Na hipótese <strong>de</strong> “retardar”, o agente público causa<br />
injustificada protelação, adiamento ou d<strong>em</strong>ora na<br />
prática <strong>de</strong> ato funcional <strong>de</strong> sua competência, omi-