22.04.2015 Views

Versao em Pdf (3,14 mb) - Ministério Público de Santa Catarina

Versao em Pdf (3,14 mb) - Ministério Público de Santa Catarina

Versao em Pdf (3,14 mb) - Ministério Público de Santa Catarina

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

203<br />

ligência do art. 102, § 2º, da CF, e do art. 28, § único,<br />

da Lei fe<strong>de</strong>ral nº 9.868/99. A eficácia geral e o efeito<br />

vinculante <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, proferida pelo Supr<strong>em</strong>o Tribunal<br />

Fe<strong>de</strong>ral, <strong>em</strong> ação direta <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong><br />

ou <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lei ou ato normativo<br />

fe<strong>de</strong>ral, só ating<strong>em</strong> os d<strong>em</strong>ais órgãos do Po<strong>de</strong>r Judiciário<br />

e todos os do Po<strong>de</strong>r Executivo, não alcançando<br />

o legislador, que po<strong>de</strong> editar nova lei com idêntico<br />

conteúdo normativo, s<strong>em</strong> ofen<strong>de</strong>r a autorida<strong>de</strong> daquela<br />

<strong>de</strong>cisão. 11<br />

De acordo com a clássica jurisprudência do Supr<strong>em</strong>o, a justificativa<br />

está no princípio da separação dos Po<strong>de</strong>res.<br />

Colhe-se do voto condutor da referida <strong>de</strong>cisão:<br />

É clara a Constituição da República no limitar a extensão<br />

dos efeitos vinculantes da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>finitiva<br />

<strong>de</strong> mérito, proferida pelo Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral,<br />

nas ações <strong>de</strong>claratórias <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

lei ou ato normativo fe<strong>de</strong>ral, aos d<strong>em</strong>ais órgãos do<br />

Po<strong>de</strong>r Judiciário e ao Po<strong>de</strong>r Executivo (art. 102, § 2º),<br />

enquanto eficácia que <strong>de</strong>ve atribuída, por idênticas<br />

razões, à <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>finitiva da ação direta <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong>,<br />

a qual t<strong>em</strong> igual caráter dúplice: posto<br />

que com sinal trocado.<br />

[…]<br />

Está visto, pois, que nosso or<strong>de</strong>namento não esten<strong>de</strong>u<br />

ao legislador os efeitos vinculantes da <strong>de</strong>cisão<br />

<strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong>.<br />

N<strong>em</strong> se po<strong>de</strong> tirar coisa diversa à só previsão da<br />

eficácia erga omnes. Já se d<strong>em</strong>onstrou alhures, com<br />

abundância <strong>de</strong> argumentos, que, como fruto da<br />

exegese <strong>de</strong> textos similares ou análogos, a proibição<br />

<strong>de</strong> reprodução <strong>de</strong> norma idêntica à que foi <strong>de</strong>clarada<br />

inconstitucional não po<strong>de</strong> inspirar-se nalgum<br />

princípio processual geral que iniba renovação do<br />

comportamento subjacente a ato concreto anulado<br />

ou tido por ilegal, o que, sob a autorida<strong>de</strong> da res iudi-<br />

11 STF, Rcl 2617/MG. Relator: Min. Cezar Peluso. Julgamento <strong>em</strong> 23/02/2005.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!