21.04.2015 Views

2008-Vol.2-Número 1 - Fepam

2008-Vol.2-Número 1 - Fepam

2008-Vol.2-Número 1 - Fepam

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Foi verificada também a existência de certificações ambientais e de qualidade<br />

por parte das empresas. A questão da qualidade é uma variável que está inserida<br />

em mais de 50% das fundições ferrosas pesquisadas, já que 44% delas possuem<br />

certificação de qualidade, enquanto 8% estão em processo de certificação. Em<br />

contrapartida, a grande maioria das empresas, 87% delas, não possui sistema de<br />

gestão ambiental implementado. Este fato mostra a dificuldade dessas empresas<br />

em gerenciar corretamente os resíduos, bem como em evitar que estes sejam gerados.<br />

Nenhuma das empresas pesquisadas possui certificação ambiental, sendo que apenas<br />

15% delas se encontram em fase de implementação de certificação ambiental.<br />

Por fim foi verificado que, das empresas pesquisadas, 87% possuem licença<br />

ambiental ou estão em processo de licenciamento.<br />

Considerando-se o elevado percentual de empresas já licenciadas e em processo<br />

de licenciamento e que o licenciamento ambiental é um dos instrumentos para<br />

a destinação ambientalmente adequada dos resíduos gerados, poderíamos esperar<br />

que a destinação final adequada apresentasse um percentual maior. Além disso, o<br />

licenciamento no RS, da forma como vem sendo feito, não estimula as empresas a<br />

procurar reúso externo para as areias geradas, nem a minimizar as quantidades<br />

geradas no processo. As empresas deverão ser estimuladas a implantar em seus<br />

processos, sistemas de recuperação de areias visando sua reutilização no próprio<br />

processo, diminuindo assim a quantidade para o descarte e o consumo de matériaprima<br />

virgem. Deverá ser estimulada a elaboração de uma norma ou exigência nos<br />

licenciamentos realizados pelo órgão ambiental do Estado, visando ao reúso dessas<br />

areias e à conseqüente promoção de procedimentos mais sustentáveis por parte da<br />

indústria.<br />

Conclusões<br />

Com os resultados obtidos, foi possível chegar às seguintes conclusões:<br />

• 81% das indústrias de fundição ferrosa localizadas no RS destinam as areias<br />

geradas para locais licenciados pela FEPAM;<br />

• as alternativas de reutilização aprovadas no RS para as areias de fundição são na<br />

fabricação de tijolos, na cobertura de valas encerradas em centrais de resíduos industriais<br />

e na pavimentação asfáltica, reutilizações estas consagradas na UE e nos EUA;<br />

• somente uma indústria de fundição ferrosa está buscando, individualmente, alternativa<br />

para o reaproveitamento das areias geradas;<br />

• nenhuma das empresas pesquisadas está certificada ambientalmente;<br />

• a reutilização externa das areias de fundição deverá ser incentivada pelo órgão<br />

ambiental através de ações conjuntas entre este, as fundições e as empresas potencialmente<br />

aptas a utilizar esses materiais em seus processos produtivos, paralelamente à<br />

obrigatoriedade de implantação de sistemas de regeneração de areias em todas as fundições<br />

no Estado;<br />

• o licenciamento ambiental é uma ferramenta capaz de determinar a implantação<br />

de estratégias de gestão ambiental nas empresas.<br />

<strong>Fepam</strong> em Revista, Porto Alegre, v.2, n.1, p.4-10, jan./dez. <strong>2008</strong>.<br />

9

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!