Impactos de pisciculturas em tanques-rede sobre a ictiofauna da ...
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Sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> <strong>pisciculturas</strong> <strong>em</strong> <strong>tanques</strong>-re<strong>de</strong> modificando a composição bromatológica <strong>de</strong> peixes<br />
nativos - Autor: Igor Paiva Ramos<br />
Desta maneira, fica evi<strong>de</strong>nte que espécies <strong>de</strong> peixes onívoras por ser<strong>em</strong> oportunistas e<br />
utilizar<strong>em</strong> os itens alimentares mais abun<strong>da</strong>ntes no ambiente (Gerking, 1994), estão sujeitas<br />
as flutuações na disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos alimentares <strong>em</strong> função <strong>da</strong> presença <strong>de</strong><br />
<strong>pisciculturas</strong> <strong>em</strong> <strong>tanques</strong>-re<strong>de</strong>, tendo como reflexos, alterações na composição bromatológica.<br />
Devido ao alto teor <strong>de</strong> energia contido <strong>em</strong> rações comerciais, estes animais po<strong>de</strong>m apresentar<br />
acúmulo <strong>de</strong> lípidio <strong>em</strong> seu tecido muscular <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento dos teores <strong>de</strong> proteína bruta. Ain<strong>da</strong>,<br />
evi<strong>de</strong>ncia-se que espécies que ocupam elos superiores na ca<strong>de</strong>ia alimentar, como G. knerii<br />
não são diretamente afeta<strong>da</strong>s, apresentando pequenas diferenças <strong>em</strong> sua dieta, que não foram<br />
capazes <strong>de</strong> modificar sua composição corporal. Assim, como relatado para alimentação <strong>de</strong><br />
peixes associados a <strong>pisciculturas</strong> <strong>em</strong> <strong>tanques</strong>-re<strong>de</strong> por Ramos (2011), a influência <strong>de</strong>ste tipo<br />
<strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> é mais evi<strong>de</strong>nte <strong>em</strong> animais que ocupam elos intermediários na ca<strong>de</strong>ia alimentar,<br />
como os peixes onívoros.<br />
Conclusões<br />
Concluiu-se que as <strong>pisciculturas</strong> <strong>em</strong> <strong>tanques</strong>-re<strong>de</strong> altera a composição bromatológica<br />
“natural” <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> peixes, com <strong>de</strong>staque as onívoras <strong>de</strong>vido ao seu hábito alimentar.<br />
Ain<strong>da</strong>, essa nova condição fisiológica po<strong>de</strong>rá ter reflexos na estrutura populacional, nas<br />
interações ecológicas <strong>da</strong> <strong>ictiofauna</strong> resi<strong>de</strong>nte e até nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesca. Entretanto, ain<strong>da</strong><br />
há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong> rastreabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, utilizando-se, por ex<strong>em</strong>plo isótopos estáveis,<br />
para melhor compreensão e caracterização <strong>de</strong>ssas interferências e <strong>de</strong>stino <strong>da</strong> matéria orgânica<br />
oriun<strong>da</strong> <strong>de</strong> rações artificiais.<br />
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