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Tese de Doutorado Hirose, G. L., 2009 durante os períodos de primavera e verão (devido ao aumento da estratificação térmica entre águas de fundo e superfície), quando a ACAS favorecida, principalmente, pela ação dos ventos tende a exercer uma maior influência sobre a região costeira (Castro Filho et al., 1987). Tais fatores ambientais associados a um gradiente de profundidade tendem a influenciar a distribuição dos organismos bentônicos nesta região, além de exercerem também, influências sobre a estrutura das comunidades (Pires, 1992; Sumida & Pires- Vanin, 1997; Bertini & Fransozo, 2004). Entre as diferenças encontradas tanto em relação ao gradiente de profundidade como a ação da ACAS, podemos citar as modificações nos parâmetros físicos (temperatura e salinidade), como sendo os mais evidentes. Menippe nodifrons é uma espécie normalmente encontrada em ambientes consolidados, podendo se distribuir tanto na zona intertidal como na região de infralitoral. Porém, de acordo com Oshiro (1999), indivíduos maduros (incluindo as fêmeas ovígeras) parecem preferir ocupar as regiões de infralitoral superior, estando durante sua fase reprodutiva sujeitos as variações ambientais da coluna de água, do local onde se encontram. Em locais mais rasos, onde se encontra a população adulta de M. nodifrons, (próximos a costa) o predomínio de AC (águas costeiras) pode ser evidenciado durante todas as estações do ano, caracterizando uma baixa influência da ACAS sobre esta região (ver. Capítulo I). Aliado a isto, a baixa profundidade local, possibilita, provavelmente uma maior influência da temperatura do ar sobre a coluna de água, de forma que, tal influência possivelmente seja responsável pela alta variação sazonal (com valores máximos de temperatura para o verão) da temperatura da água nesta localidade. 72
Tese de Doutorado Hirose, G. L., 2009 Por outro lado, quando nos distanciamos da costa verifica-se, principalmente, para os locais de maior profundidade uma inversão do padrão térmico (em contraste com as regiões mais rasas), onde (possivelmente pela influência da ACAS), durante as estações de verão e primavera são encontradas as menores médias anuais de temperaturas de água de fundo. A população adulta de Persephona mediterranea de acordo com Bertini & Franzoso (2004) está reclusa, principalmente, entre os pontos de coleta III e V. Tais pontos estão localizados em uma região de transição, entre a área “inshore e offshore”. Nesta localidade, parece existir um balanço sazonal, entre águas costeiras e a influência da ACAS, tornando a temperatura de fundo, bastante homogênea durante as estações do ano. No presente estudo, dados referentes à reprodução das populações adultas (previamente encontrados na literatura) e a abundância larval, parecem coincidir, indicando um período reprodutivo contínuo para ambas as espécies. No entanto, a intensidade reprodutiva pode diferir entre as espécies estudadas. Para P. mediterranea, a reprodução mantém uma mesma intensidade durante as estações do ano, enquanto que, para M. nodifrons foi encontrado um padrão sazonal com maior intensidade reprodutiva durante o verão Tais diferenças, possivelmente, estão relacionadas às variáveis ambientais em que cada população adulta está exposta, influenciando a reprodução e, conseqüentemente, a abundância larval para as espécies em estudo. Para P. mediterranea, a temperatura em que se encontra exposta a população adulta, juntamente com a estabilidade térmica anual local (entre outros fatores, como a disponibilidade de alimento) devem ser responsáveis pela manutenção da intensidade reprodutiva, sem grandes alterações entre as estações do ano. Por outro lado, a pressão 73
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Por outro lado, quando nos distanciamos da costa verifica-se, principalmente, para<br />
os locais <strong>de</strong> maior profundida<strong>de</strong> uma inversão do padrão térmico (em contraste com as<br />
regiões mais rasas), on<strong>de</strong> (possivelmente pela influência da ACAS), durante as estações<br />
<strong>de</strong> verão e primavera são encontradas as menores médias anuais <strong>de</strong> temperaturas <strong>de</strong><br />
água <strong>de</strong> fundo.<br />
A população adulta <strong>de</strong> Persephona mediterranea <strong>de</strong> acordo com Bertini &<br />
Franzoso (2004) está reclusa, principalmente, entre os pontos <strong>de</strong> coleta III e V. Tais<br />
pontos estão localizados em uma região <strong>de</strong> transição, entre a área “inshore e offshore”.<br />
Nesta localida<strong>de</strong>, parece existir um balanço sazonal, entre águas costeiras e a influência<br />
da ACAS, tornando a temperatura <strong>de</strong> fundo, bastante homogênea durante as estações do<br />
ano. No presente estudo, dados referentes à reprodução das populações adultas<br />
(previamente encontrados na literatura) e a abundância larval, parecem coincidir,<br />
indicando um período reprodutivo contínuo para ambas as espécies. No entanto, a<br />
intensida<strong>de</strong> reprodutiva po<strong>de</strong> diferir entre as espécies estudadas. Para P. mediterranea, a<br />
reprodução mantém uma mesma intensida<strong>de</strong> durante as estações do ano, enquanto que,<br />
para M. nodifrons foi encontrado um padrão sazonal com maior intensida<strong>de</strong> reprodutiva<br />
durante o verão<br />
Tais diferenças, possivelmente, estão relacionadas às variáveis ambientais em que<br />
cada população adulta está exposta, influenciando a reprodução e, conseqüentemente, a<br />
abundância larval para as espécies em estudo.<br />
Para P. mediterranea, a temperatura em que se encontra exposta a população<br />
adulta, juntamente com a estabilida<strong>de</strong> térmica anual local (entre outros fatores, como a<br />
disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimento) <strong>de</strong>vem ser responsáveis pela manutenção da intensida<strong>de</strong><br />
reprodutiva, sem gran<strong>de</strong>s alterações entre as estações do ano. Por outro lado, a pressão<br />
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