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Tese de Doutorado Hirose, G. L., 2009 Porém não descartamos a hipótese da existência de outros padrões de dispersão larval para tais superfamílias. Por outro lado, a distribuição larval encontrada para os Majoidea, aparentemente aponta uma sobreposição espacial dos estágios larvais iniciais e finais (zoeas e megalopas). De acordo com Scheltema (1986), o potencial de dispersão larval está diretamente relacionado com o tempo de vida planctônica e a intensidade e direção das correntes a que estão expostas. Neste sentido, os resultados encontrados aparentemente podem ser explicados, uma vez que os Majoidea, geralmente, apresentam ovos grandes (com muito vitelo) e larvas lecitotróficas (Negreiros-Fansozo, personal communication) tendo, invariavelmente, apenas dois estágios de zoea (Pohle et al., 1999), antes de atingir a fase de megalopa, resultando em um curto período de permanência na coluna de água (Rice, 1980). Resultados similares foram encontrados para Libinia spinosa (Majidae) por Hereu e Calazans (2001). Quando analisamos a relação da abundância larval com a distribuição das populações adultas, alguns padrões parecem coincidir. Para aquelas superfamílias que habitam, principalmente, a região de infralitoral não consolidado e que possuem a distribuição de suas espécies por toda a área amostrada, encontramos picos larvais (zoeas) bastante variáveis (Xanthoidea1, Leucosioida, Majoidea e Calappoidea2). Por outro lado, para as superfamílias que possuem a maioria de suas espécies, habitando locais específicos como os costões rochosos, estuários e manguezais ou ainda regiões (inshore/offshore) podemos encontrar um gradiente da abundância larval (zoeas) (Pinnotheroidea, Grapsoidea, Ocypodoidea) ou uma concentração em determinadas áreas (Parthenopoidea). Estes resultados, além de nos indicar uma relação entre os aspectos espaciais (distribuição) e reprodutivos das populações adultas pertencentes a 1- 2- inclui Inclui as as Superfamílias: Superfamílias: Xanthoidea, Calappoidea Eriphioidea e Aethroidea. e Pilumnoidea. 45
Tese de Doutorado Hirose, G. L., 2009 estas superfamílias, também podem nos ajudar a compreender padrões espaciais de liberação e desenvolvimento larval. Com base na distribuição e abundância larval (zoeas e megalopas) encontradas no presente trabalho e levando em consideração o tipo de ambiente ocupado pelas principais espécies de cada superfamília (Melo, 1996), podemos sugerir pelo menos três tipos diferentes de padrões espaciais de liberação e desenvolvimento larval (Figura 9). O tipo 1 representa o grupo que libera as larvas na área “inshore”, as quais passam o desenvolvimento na área “offshore” e retornam para assentarem junto as populações adultas (Pinnotheroidea). O segundo tipo corresponde ao grupo que libera suas larvas e se desenvolve na área “offshore” (Parthenopoidea). O tipo 3 seria típico de espécies estuarinas, que liberam suas larvas no estuário passam seu desenvolvimento no ambiente marinho (inshore/offshore) para, posteriormente retornar junto às populações adultas (Ocypodoidea). Figura 9. Esquema representando a diferenciação espacial no desenvolvimento larval e retorno das larvas aos locais de assentamento. Deste modo, levando em consideração os resultados obtidos podemos concluir que a abundância e a distribuição das larvas de Brachyura na região de Ubatuba podem ser influenciadas por uma modificação sazonal na dinâmica das massas de água característica desta região, além de estarem diretamente associadas aos locais de 46
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estas superfamílias, também po<strong>de</strong>m nos ajudar a compreen<strong>de</strong>r padrões espaciais <strong>de</strong><br />
liberação e <strong>de</strong>senvolvimento larval.<br />
Com base na distribuição e abundância larval (zoeas e megalopas) encontradas no<br />
presente trabalho e levando em consi<strong>de</strong>ração o tipo <strong>de</strong> ambiente ocupado pelas<br />
principais espécies <strong>de</strong> cada superfamília (Melo, 1996), po<strong>de</strong>mos sugerir pelo menos três<br />
tipos diferentes <strong>de</strong> padrões espaciais <strong>de</strong> liberação e <strong>de</strong>senvolvimento larval (Figura 9).<br />
O tipo 1 representa o grupo que libera as larvas na área “inshore”, as quais passam o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento na área “offshore” e retornam para assentarem junto as populações<br />
adultas (Pinnotheroi<strong>de</strong>a). O segundo tipo correspon<strong>de</strong> ao grupo que libera suas larvas e<br />
se <strong>de</strong>senvolve na área “offshore” (Parthenopoi<strong>de</strong>a). O tipo 3 seria típico <strong>de</strong> espécies<br />
estuarinas, que liberam suas larvas no estuário passam seu <strong>de</strong>senvolvimento no<br />
ambiente marinho (inshore/offshore) para, posteriormente retornar junto às populações<br />
adultas (Ocypodoi<strong>de</strong>a).<br />
Figura 9. Esquema representando a diferenciação espacial no <strong>de</strong>senvolvimento larval e<br />
retorno das larvas aos locais <strong>de</strong> assentamento.<br />
Deste modo, levando em consi<strong>de</strong>ração os resultados obtidos po<strong>de</strong>mos concluir que<br />
a abundância e a distribuição das larvas <strong>de</strong> Brachyura na região <strong>de</strong> Ubatuba po<strong>de</strong>m ser<br />
influenciadas por uma modificação sazonal na dinâmica das massas <strong>de</strong> água<br />
característica <strong>de</strong>sta região, além <strong>de</strong> estarem diretamente associadas aos locais <strong>de</strong><br />
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