Visualizar Tese - Instituto de Biociências - Unesp
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André Mesquita Trombeta Dissertação <strong>de</strong> Mestrado 45<br />
espécies <strong>de</strong> nemató<strong>de</strong>os, três <strong>de</strong> tremató<strong>de</strong>os e uma <strong>de</strong> cestó<strong>de</strong>o, sendo registrados<br />
vários novos hospe<strong>de</strong>iros para diferentes espécies <strong>de</strong> helmintos. Estudos sobre<br />
comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> anfíbios mostram características semelhantes.<br />
Hamann et al (2006) <strong>de</strong>screveram os helmintos <strong>de</strong> L. chaquensis da Argentina.<br />
Estes autores encontraram 24 espécies <strong>de</strong> helmintos em 172 indivíduos proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />
dois diferentes ambientes. O grupo predominante <strong>de</strong> parasitas foram os tremató<strong>de</strong>os,<br />
seguidos <strong>de</strong> nemató<strong>de</strong>os. Ainda apontaram que os helmintos foram encontrados em<br />
maior prevalência e intensida<strong>de</strong> no intestino <strong>de</strong>lgado, grosso, pulmão, fígado e rim.<br />
Luque et al. (2005) com Rhinella icterica em Miguel Pereira, Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />
<strong>de</strong>monstrada a ocorrência <strong>de</strong> 15 espécies <strong>de</strong> helmintos, sendo predominante a espécie<br />
Mesocoelium monas. Além disso, foram encontradas espécies dos gêneros Aplectana,<br />
Falcaustra, Oswaldocruzia e Rhabdias.<br />
Boquimpani-Freitas et al. (2001), avaliaram a freqüência <strong>de</strong> helmintos na<br />
espécie Proceratophrys appendiculata na cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Foram estudados 17<br />
exemplares, sendo encontradas cinco espécies <strong>de</strong> nemató<strong>de</strong>os (Aplectana <strong>de</strong>lirae,<br />
Cosmocerca brasiliense, Schulzia travassosi, Rhabdias androgyna e Physaloptera sp.).<br />
A prevalência total encontrada para este anfíbio foi <strong>de</strong> 94,1% (16/17). A prevalência,<br />
por espécie <strong>de</strong> helminto, variou <strong>de</strong> 5,9 a 76,5.<br />
Estes dados <strong>de</strong>monstram que a fauna helmintológica <strong>de</strong> anfíbios é, em geral, <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> e sugere que as infecções variam <strong>de</strong> acordo com as regiões <strong>de</strong><br />
origem dos hospe<strong>de</strong>iros.<br />
Diversas variáveis ecológicas têm sido analisadas em estudos <strong>de</strong> levantamento<br />
<strong>de</strong> fauna em comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> anfíbios, por exemplo, o estudo <strong>de</strong> correlação entre os<br />
helmintos encontrados e a fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, tamanho e o sexo do hospe<strong>de</strong>iro,<br />
bem como em relação à sua origem geográfica (Hamann et al., 2006). Entretanto, no<br />
presente estudo estas variáveis não foram analisadas porque o número <strong>de</strong> amostras<br />
estudadas para cada espécie foi pequeno. Mas, apesar disso, os achados do presente<br />
estudo contribuem <strong>de</strong> forma significativa para o conhecimento da helmintofauna <strong>de</strong><br />
anfíbios anuros das famílias Ceratophryidae, Leptodactylida<strong>de</strong> e Leiuperidae do<br />
pantanal Sul e <strong>de</strong>monstram claramente que há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> estudos com<br />
“n” amostral representativo da população para se enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> modo mais apropriado as<br />
relações ecológicas envolvendo parasitas, hospe<strong>de</strong>iros e ambiente nessa região.