Visualizar Tese - Instituto de Biociências - Unesp
Visualizar Tese - Instituto de Biociências - Unesp
Visualizar Tese - Instituto de Biociências - Unesp
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
II.<br />
INTRODUÇÃO<br />
É <strong>de</strong> senso comum que a pesca artesanal assim como a caça são ativida<strong>de</strong>s<br />
extrativistas milenares <strong>de</strong>senvolvidas pelos primeiros homens como meio <strong>de</strong> subsistência.<br />
Ainda hoje, elas contribuem permanentemente, em maior ou menor grau, para a sobrevivência<br />
da nossa espécie no planeta.<br />
Mas o que é pesca?<br />
“Pesca é todo ato ten<strong>de</strong>nte a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreen<strong>de</strong>r ou<br />
capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios,<br />
suscetíveis ou não ao aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas <strong>de</strong><br />
extinção, constantes da lista oficial da fauna e flora” (Art.º 36 da Lei n.º 9605/98 – Lei <strong>de</strong><br />
Crimes Ambientais).<br />
Assim, na ânsia <strong>de</strong> tentar conhecer a dinâmica da pesca propriamente dita,<br />
diferentes estudos vêm caracterizando, ao longo dos tempos, os recursos pesqueiros e a pesca<br />
artesanal fluvial em diferentes bacias hidrográficas do Brasil. Entretanto, a região Amazônica<br />
tem sido uma das mais estudadas, enfocando estatísticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembarque (Santos, 1986;<br />
Boischio, 1992), dinâmica <strong>de</strong> pesca (Goulding, 1979; Petrere, 1983, 1986), manejo <strong>de</strong><br />
estoques pesqueiros (Bayley & Petrere, 1989) e aspectos etnoictiológicos (Furtado, 1987;<br />
Begossi & Garavello, 1990, Agostinho et al., 1999). Este tipo <strong>de</strong> pesca é ainda hoje, a<br />
principal fonte <strong>de</strong> subsistência e renda para uma gran<strong>de</strong> gama <strong>de</strong> populações ribeirinhas<br />
(Diana, 1993). Apesar disto, pressupõe-se que este tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesca cause menos<br />
impacto nos estoques <strong>de</strong> peixes que as pescarias industriais, isto por serem realizadas em<br />
menor escala e com apetrechos e técnicas mais rudimentares e menos impactantes (Bayley &<br />
Petrere, 1989; Thomas, 1996).