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“A” – que considerava uma área de 360.000 metros quadrados, com aproveitamento das instalações que compreendiam a vila operária da Companhia Paulista de Força e Luz; “B” – abrangendo uma área de 120.000 metros quadrados na qual a CESP teria que efetuar edificação em substituição aos alojamentos existentes na SEPSA e manutenção de sua utilidade. Discutidas as duas alternativas, a SEPSA deliberou acolher a proposição “A”, considerando-a mais compatível com as nuances de repouso, tranqüilidade e privacidade, que até então, eram mantidas pelo Clube. Continuaram os entendimentos e, no acordo final, venceu a alternativa “B”. (Martins, 1988). Ainda hoje, o local cedido pela CESP continua sendo preparado (talvez com um certo e compreensível marasmo) e melhorado para que o Clube possa continuar suas atividades. A nova sede surgiu com todos os requisitos de uma moderna área de lazer. Apesar dos contratempos, a SEPSA não desanimou. Trabalhou muito durante esses anos todos salvaguardando os direitos dos mais de mil e trezentos sócios, em sete estados da Federação. Os direitos patrimoniais dos associados foram preservados. Apenas perdeu-se o brilho no olhar... apenas perdeu-se o brilho dos peixes a saltar no ar...mas quem liga pra isso? As Diretorias responsáveis pelos trabalhos do acordo com a CESP ficaram indelevelmente assinaladas nos Anais da Sociedade e no alto conceito do povo desta região. 6. A Lagoa Preta e as Águas Sulfurosas Lagoa Preta
A Lagoa Preta situava-se pouco acima da desembocadura do Ribeirão do Farelo no município de Avanhandava. Era um local com enorme variedade de cobras, jacarés, capivaras e sucuris. Ali existiam, segundo informações dos pescadores que conheciam o local, gigantescas sucuris que foram obrigadas a se deslocar do seu habitat. Ainda segundo Gimenez, “Aparecerão e vão dar muito trabalho aos policiais da Florestal”. Segundo a reportagem do Diário da Noroeste (2/10/82), Irineu Gimenez, diz que “outros acontecimentos ecológicos surgirão”. Disse em sua crônica o Prof. Waldemar Arruda: “O represamento do Tietê assusta as enormes sucuris da Lagoa Preta. Algumas tentarão um “passeio” rio abaixo... outras procurarão as margens do lago que irá, aos poucos, se formando ao longo do curso do Tietê, até a altura da Usina de Promissão. A Lagoa Preta foi sempre famosa pela variedade, tamanho e quantidade dos seus animais, entre os quais, os peixes com variedade de piranhas, pacus, pintados e traíras, como pelos pássaros que se alimentam de peixes” (Martins, 1988). E o mesmo jornalista: “Destaque-se ainda, que já se aproxima a época da desova dos cardumes, sabendo-se que no mês de novembro sempre se comemora a data da “subida dos peixes, a impressionante piracema”. Por outro lado, os homens do “Resgate” estão encontrando muitos ninhos e filhotes de pássaros nas moitas e nas árvores da região e certamente esses “menores” representantes das espécies, algumas em extinção, dificilmente serão salvos e gaviões, como os bemte-vis, “pais” das ninhadas, lançarão, através de piados e gritos estridentes, os seus protestos. Protestam no desespero contra a destruição dos seus ninhos e da sua prole indefesa. Eles, os pássaros, não entendem a linguagem do “progresso” e do desenvolvimento dos homens da CESP” (Martins, 1988).
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A Lagoa Preta situava-se pouco acima da <strong>de</strong>sembocadura do Ribeirão do<br />
Farelo no município <strong>de</strong> Avanhandava. Era um local com enorme varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
cobras, jacarés, capivaras e sucuris. Ali existiam, segundo informações dos<br />
pescadores que conheciam o local, gigantescas sucuris que foram obrigadas a se<br />
<strong>de</strong>slocar do seu habitat. Ainda segundo Gimenez, “Aparecerão e vão dar muito<br />
trabalho aos policiais da Florestal”.<br />
Segundo a reportagem do Diário da Noroeste (2/10/82), Irineu<br />
Gimenez, diz que “outros acontecimentos ecológicos surgirão”.<br />
Disse em sua crônica o Prof. Wal<strong>de</strong>mar Arruda: “O represamento do<br />
Tietê assusta as enormes sucuris da Lagoa Preta. Algumas tentarão um “passeio” rio<br />
abaixo... outras procurarão as margens do lago que irá, aos poucos, se formando ao<br />
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sempre famosa pela varieda<strong>de</strong>, tamanho e quantida<strong>de</strong> dos seus animais, entre os<br />
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pássaros que se alimentam <strong>de</strong> peixes” (Martins, 1988).<br />
E o mesmo jornalista: “Destaque-se ainda, que já se aproxima a época<br />
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comemora a data da “subida dos peixes, a impressionante piracema”. Por outro lado,<br />
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“pais” das ninhadas, lançarão, através <strong>de</strong> piados e gritos estri<strong>de</strong>ntes, os seus<br />
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