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Visualizar Tese - Instituto de Biociências - Unesp

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Portanto, a ótima correlação entre a CPUE n I e a CPUE b I durante o<br />

quadriênio <strong>de</strong> estudos dos<br />

<strong>de</strong>sembarques pesqueiros ocorridos na al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

Buritama (SP) indica que po<strong>de</strong>-se usar estas duas variáveis na inferência da<br />

rentabilida<strong>de</strong> e condições da pesca local. Isto é, tal correlação po<strong>de</strong> dar suporte para<br />

uma avaliação empírica do rendimento pesqueiro ao longo do período em estudo.<br />

Sem recorrer às mo<strong>de</strong>lagens matemáticas tradicionais que avaliam a<br />

sustentabilida<strong>de</strong> da pesca (mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Schaeffer com procedimento não linear) e<br />

tomando-se por base as variações anuais do rendimento pesqueiro, em termos <strong>de</strong><br />

CPUE b I e CPUE b II durante o quadriênio <strong>de</strong> estudos na al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> pescadores<br />

artesanais <strong>de</strong> Buritama (SP), tem-se que tanto para número quanto para biomassa, o<br />

rendimento foi crescente para os três primeiros anos e <strong>de</strong>caiu em 2006, <strong>de</strong> forma<br />

similar aos padrões <strong>de</strong>terminados para os índices ecológicos. Isso po<strong>de</strong> indicar uma<br />

situação bastante crítica e preocupante, pois, a pesca artesanal nesta região, se já<br />

está longe <strong>de</strong> ser uma fonte condigna <strong>de</strong> renda e subsistência, talvez também, já não<br />

seja mais sustentável, ou seja, ela não po<strong>de</strong> ser continuada ou repetida em um futuro<br />

previsível, mantendo inalterados os seus estoques (Townsend et al., 2006).<br />

Portanto, a preocupação surge porque gran<strong>de</strong> parte das ativida<strong>de</strong>s<br />

humanas são nitidamente insustentáveis e dá para ir além e conjeturar que se a<br />

população humana mundial continuar aumentando <strong>de</strong> tamanho e retirando peixe dos<br />

rios e dos mares com maior rapi<strong>de</strong>z do que a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reposição dos<br />

cardumes capturados, certamente acabaremos com os estoques mundiais, levando à<br />

<strong>de</strong>pleção toda uma gama <strong>de</strong> seres vivos que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m uns dos outros, para a<br />

imensa e difícil jornada da perpetuação das espécies. Inclua-se aí o próprio homem.

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