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Revista dos Pneus 001 - Maio 2008

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<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> & Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />

Nº 1 - MAIO <strong>2008</strong> - ANO I - 3 EUROS<br />

ENTREVISTA<br />

GABRIEL LEAL<br />

Administrador da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal<br />

PNEUS PREMIUM<br />

ALTAS<br />

PRESTAÇÕES<br />

EVENTO<br />

CONV. EUROTYRE <strong>2008</strong><br />

ACONTECIMENTO<br />

FEIRA CONFORT AUTO<br />

ENTREVISTAS<br />

Xavier Obach<br />

Director-Geral Pirelli Portugal<br />

Humberto Matos<br />

Administrador da SPO<br />

REPORTAGEM<br />

Recauchutagem Ramôa<br />

APRESENTAÇÃO<br />

Point S Portugal<br />

NOVIDADE<br />

Oficina Móvel AutoCenter<br />

CONSUMÍVEIS<br />

Pastilhas e discos travão<br />

Telefone: 707 200 946 Fax: 707 200 945<br />

Quinta da Boavista - Rua Chão de Conde - 3060-852 Cantanhede - Portugal


Quanto mais vontade você tem de se lançar num negócio, mais precisa de um especialista.<br />

A vossa independência é respeitada, o vosso know-how valorizado é a mais valia da importância<br />

da primeira rede europeia de independentes especialistas de pneus e de manutenção de automóveis.<br />

• Conserve a sua liberdade de acção e de gerência da sua empresa.<br />

Você torna-se accionista e toma as decisões com a nossa marca.<br />

• Participe no mais forte desenvolvimento de directivas do sector.<br />

Previstos 42 Pontos de venda nos próximos 2 anos.<br />

• Aumente a sua rentabilidade com uma marca dinâmica<br />

e em plena expansão.<br />

• Beneficie de uma notoriedade de marca em constante evolução.<br />

• Adquira poder, no seio da primeira rede de independentes<br />

especializa<strong>dos</strong>. 330 pontos de venda em França e mais de 1.500<br />

na Europa.<br />

• Rentabilize o seu investimento, através de baixos custos<br />

de marca. Direito de entrada e taxas mínimas.<br />

Então não hesite em unir-se à insígnia POINT S<br />

Contactos: POINT S Portugal<br />

Rua da Saibreira, lote 6 – 1º Dto.<br />

2600 – 679 Castanheira do Ribatejo<br />

Tel.: 263 284 277<br />

E-mail: point-s-portugal@mail.telepac.pt<br />

• PNEUS<br />

• EQUILIBRAGEM<br />

• ALINHAMENTO<br />

• TRAVÕES<br />

• AMORTECEDORES<br />

• MUDANÇAS DE ÓLEO<br />

RESISTÊNCIA À ESTRADA • OS ESPECIALISTAS


SUMÁRIO<br />

EDITORIAL<br />

BEM-VINDO<br />

à nova revista<br />

Após o sucesso do suplemento<br />

<strong>Pneus</strong> & Serviços Rápi<strong>dos</strong>,<br />

lançado em 2006 como oferta<br />

com o Jornal das Oficinas, a AP Comunicação<br />

avança com a edição da <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, uma publicação destinada<br />

ao vasto sector <strong>dos</strong> pneus e serviços<br />

rápi<strong>dos</strong>. Vamos levar aos leitores todas<br />

as informações, conhecimentos e novidades<br />

do Mundo <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, privilegiando<br />

as notícias sobre os novos<br />

pneumáticos lança<strong>dos</strong> no mercado,<br />

equipamentos para serviços rápi<strong>dos</strong>,<br />

consumíveis auto, reportagens a empresas<br />

do sector e entrevistas com os<br />

responsáveis das principais marcas.<br />

O conjunto <strong>dos</strong> artigos publica<strong>dos</strong> em<br />

cada edição pretende proporcionar aos<br />

leitores informação necessária e rigorosa<br />

que possa potenciar os seus negócios.<br />

É uma revista para quem quer<br />

estar actualizado sobre as novidades<br />

do sector e as novas tendências do<br />

mercado, partilhando com os leitores<br />

informações úteis necessárias para<br />

uma boa gestão das suas empresas.<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> é a única publicação<br />

portuguesa dedicada a pneus e<br />

serviços rápi<strong>dos</strong>, apta a divulgar novos<br />

produtos, a dar voz aos importadores,<br />

retalhistas e oficinas, a conceder espaço<br />

à formação e a servir de meio privilegiado<br />

para o desenvolvimento de temas<br />

relaciona<strong>dos</strong> com o mercado <strong>dos</strong><br />

pneus.<br />

Quanto à paginação e aspecto gráfico,<br />

adoptamos uma apresentação moderna<br />

com uso intenso de fotografias e<br />

recurso a quadros, tabelas e gráficos<br />

de fácil leitura e textos sucintos. Temos<br />

também artigos técnicos para os<br />

profissionais da reparação e várias<br />

secções e rubricas periódicas, que esperamos<br />

sejam do agrado de to<strong>dos</strong>.<br />

Com o lançamento desta nova <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, queremos contribuir<br />

para a dinamização e evolução do sector,<br />

conferindo-lhe a visibilidade que<br />

merece. Contamos com o apoio de todas<br />

as empresas e a vossa necessária<br />

colaboração.■<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

04<br />

14<br />

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26<br />

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60<br />

NOTÍCIAS<br />

Actualidade do sector<br />

<strong>dos</strong> Pneumáticos e<br />

Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />

PNEUS PREMIUM<br />

Em 2007 foram<br />

vendi<strong>dos</strong> mais de<br />

630.000 pneus<br />

Premium<br />

CONVENÇÃO<br />

Eurotyre, rede<br />

independente de<br />

manutenção automóvel<br />

reúne em Lisboa<br />

FEIRA CONFORT AUTO<br />

Mais de 1400 pessoas<br />

e três dezenas de<br />

empresas fornecedoras<br />

presentes<br />

RUI SILVA<br />

Entrevista com<br />

o Director-Geral<br />

da Eurotyre Portugal<br />

GABRIEL LEAL<br />

Entrevista com o<br />

Administrador da<br />

Continental <strong>Pneus</strong><br />

Portugal<br />

XAVIER OBACH<br />

Entrevista com o<br />

Director-Geral<br />

da Pirelli Portugal<br />

RECAUC. RAMÔA<br />

Importante empresa de<br />

pneus de Braga<br />

comemora 40 anos de<br />

actividade<br />

POINT S PORTUGAL<br />

A mais recente rede de<br />

pneus a operar em<br />

Portugal chama-se<br />

Point S<br />

TÉCNICA<br />

Conforto, segurança e<br />

a condução do veículo<br />

passam pelo pneu<br />

Nº 1 - MAIO <strong>2008</strong> - ANO I - 3 EUROS<br />

32<br />

40<br />

48<br />

FICHA TÉCNICA<br />

■ DIRECTOR: João Vieira ■ DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem ■ SUBDIRECTOR: João Vila ■ PROPRIEDADE: João Vieira, Rua da Liberdade, 41 – 1º Esq. Mucifal - 2705-<br />

231 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com ■ REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Jorge Reis, Carlos Silva, Fátima Rodrigues,<br />

António Lopes, Carla Ramos ■ DESIGN GRÁFICO: Pedro Vieira ■ IMAGEM: António Valente ■ PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com Anabela Machado anabela.machado@apcomunicacao.com ■ IMPRESSÃO: Selenova, Lda. Estrada Nacional 116, Km 20/21 - Casais da<br />

Serra - 2665-305 MILHARADO Telefone: 219.758.038 Fax: 219.855.799 E-mail: selenova@selenova.pt ■ PERIODICIDADE: Trimestral ■ ASSINATURA ANUAL: 20 Euros (4<br />

números) ■ DISTRIBUIÇÃO: Midesa Portugal ■ Nº de Registo na ERC: 125367<br />

© COPYRIGHT: Nos termos legais<br />

em vigor é totalmente interdita a<br />

utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em<br />

parte, sem a autorização prévia e<br />

por escrito da “<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>”.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

03


ESTATUTO EDITORIAL<br />

“REVISTA DOS PNEUS”<br />

“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” é uma publicação<br />

orientada por critérios de rigor<br />

editorial e de serviço ao leitor, que<br />

aposta numa informação técnica e<br />

diversificada e num constante<br />

acompanhamento e divulgação<br />

das melhores práticas do sector.<br />

“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” é 100% independente.<br />

Os fabricantes <strong>dos</strong><br />

produtos e serviços que figuram<br />

nas nossas páginas, bem como<br />

os anunciantes, não determinam<br />

a nossa linha editorial e as opiniões<br />

por nós expressas.<br />

“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” aborda to<strong>dos</strong> os assuntos liga<strong>dos</strong><br />

ao mercado <strong>dos</strong> pneus, através de uma perspectiva inovadora,<br />

e com a máxima objectividade.<br />

“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” representa uma completa fonte de<br />

informação, não só sobre as novidades lançadas no<br />

mercado, mas também sobre os melhores procedimentos<br />

para uma boa gestão das empresas ligadas ao comércio<br />

de pneus.<br />

“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” tem como objectivo divulgar novas<br />

realidades, dar voz aos operadores do mercado e servir<br />

de meio privilegiado para o desenvolvimento de temas<br />

relaciona<strong>dos</strong> com o comércio de pneus.<br />

“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” tem como alvo to<strong>dos</strong> aqueles que<br />

por profissão, necessidade ou gosto, pretendem ter<br />

acesso a uma informação credível, actual e independente<br />

sobre o que se passa no sector <strong>dos</strong> pneus, em Portugal<br />

e no Mundo.<br />

“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” procura corresponder às necessidades<br />

de informação, motivações e interesses <strong>dos</strong> profissionais<br />

do sector. Para tal, participa no debate das<br />

grandes questões que se colocam à actividade, na perspectiva<br />

da modernização do mercado.<br />

“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” acompanhará permanentemente a<br />

nova era da informação digital: as novas tecnologias, os<br />

novos méto<strong>dos</strong> de negócio, promovendo a sua divulgação,<br />

análise e debate pelos profissionais.<br />

“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” é uma publicação para to<strong>dos</strong> os<br />

profissionais do sector <strong>dos</strong> pneus. Usamos uma linguagem<br />

simples e acessível que permite ao leitor retirar o<br />

máximo da sua actividade profissional.<br />

“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” é produzida por profissionais, com<br />

uma experiência de mais de quinze anos de jornalismo<br />

especializado na área automóvel. As opiniões expressas<br />

nos artigos são baseadas em pesquisas rigorosas e objectivas,<br />

produzidas com base em entrevistas e reportagens<br />

a empresas do sector.<br />

“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” acompanhará o profissional nas<br />

suas opções de investimento, pois apresenta as melhores<br />

propostas de pneus e equipamentos para o mercado<br />

da reparação e manutenção, desde os simples consumíveis,<br />

aos sofistica<strong>dos</strong> aparelhos de diagnóstico<br />

“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” tem por objectivo proporcionar aos<br />

leitores um espaço plural e permanentemente aberto<br />

aos acontecimentos e ao dinamismo do sector. Por isso<br />

está determinado a estreitar a relação com o leitor.<br />

Envie-nos as suas opiniões, críticas e sugestões para<br />

geral@apcomunicacao.com<br />

NOTÍCIAS<br />

NOVAS MEDIDAS<br />

CAMAC<br />

A Camac disponibilizou para o mercado de<br />

pneus novas medidas na gama Cygnus e na<br />

gama Fargo.<br />

A Gama Cygnus foi reforçada com mais duas<br />

novas medidas (205/55 R16 e 215/55<br />

R16). Trata-se de um pneu com um piso moderno<br />

(assimétrico), que recorre às mais avançadas<br />

tecnologias disponíveis e que obedece<br />

aos mais exigente requisitos, nomeadamente<br />

no que diz respeito ao nível de ruído, à manutenção<br />

da pressão (com a consequente poupança<br />

nos consumos de combustível) e no desenvolvimento<br />

de um novo composto de piso<br />

aumentando a durabilidade e performance, tanto<br />

em piso seco como molhado.<br />

Na gama Fargo encontra-se já disponível a<br />

medida 195/65 R16 (comerciais radiais). O<br />

Fargo é um pneu “para todo o serviço” com um<br />

piso moderno e com um novo composto que<br />

permite aumentar a durabilidade (requisito fundamental<br />

na gama de Comerciais).■<br />

NOVO PNEU<br />

FIRESTONE<br />

FIREHAWK<br />

SZ90µ<br />

A Firestone lançou um novo<br />

pneu da série Firehawk, caracterizado<br />

por uma excelente resposta<br />

e precisão na condução, tanto em piso<br />

seco, como em molhado. Denominado Firehawk<br />

SZ90µ, o novo pneu utiliza uma letra do<br />

alfabeto grego clássico, frequentemente usada<br />

na terminologia científica e matemática. Também<br />

é utilizado em Física para indicar o coeficiente<br />

de atrito (aderência). Este detalhe do<br />

marketing do produto não é inócuo, pois o novo<br />

pneu tem como clientela alvo os jovens que se<br />

apaixonam pelos seus carros e pelo estilo de<br />

vida que eles permitem. A estratégia comercial<br />

da Firestone aponta para a substituição gradual<br />

do anterior pneu de altas prestações Firehawk<br />

SZ90µ, pelo pneu agora apresentado ao mercado<br />

que tem um desenho assimétrico dinâmico<br />

e muito actual. Concebido para uma condução<br />

mais divertida do que puramente desportiva,<br />

sendo indicado para modelos versáteis e<br />

cobiça<strong>dos</strong> pelos jovens, como é o caso do Peugeot<br />

207, Renault Mégane, Opel Astra e Opel<br />

GT, Alfa Romeo 147, etc. O lançamento do<br />

pneu obedecerá a duas fases, sendo na primeira<br />

apresentadas 12 medidas, para jantes de<br />

16 a 18" e com as séries 40 e 55. Na segunda<br />

fase, aparecerão mais seis medidas, para<br />

jantes de 15 a 18", e séries 50 e 55.■<br />

04<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


VIALÍDER CONTINUA<br />

A CRESCER<br />

PIRELLI APROVADA<br />

PELA ADAC<br />

Num <strong>dos</strong> mais importantes testes efectua<strong>dos</strong> por<br />

revistas especializadas em automóveis, com a reputação<br />

de ser particularmente rigoroso e selectivo por<br />

ser reconhecido pela ADAC, dois pneus Pirelli avalia<strong>dos</strong><br />

obtiveram resulta<strong>dos</strong> cimeiros.<br />

Na primeira medida (175/65R14), testada num<br />

Ford Fiesta, o Pirelli Cinturato P4 foi o vencedor do<br />

teste, tendo sido classificado como “muito recomendável”.<br />

De acordo com os especialistas que avaliaram<br />

os diversos modelos ensaia<strong>dos</strong>, apresentou um comportamento<br />

muito equilibrado, com um excelente desempenho<br />

no capítulo do desgaste da banda de rodagem.<br />

O segundo pneu testado foi o P6, na medida<br />

195/65R15, montado num VW Golf. Também neste<br />

caso, o modelo da Pirelli conseguiu a classificação<br />

de “muito recomendável” e foi o vencedor, graças ao<br />

equilíbrio das suas características.<br />

De referir ainda o Ceat Tornado, comercializado pela<br />

Pirelli, obteve um bom 6º lugar entre os 19 pneus<br />

competidores, sendo-lhe atribuída a classificação de<br />

recomendável.■<br />

Com mais de 300 centros especialistas em pneus, espalha<strong>dos</strong><br />

pela península ibérica, a rede Vialíder continua<br />

a crescer. Já em <strong>2008</strong>, registaram-se novas adesões<br />

à rede de casas de pneus, que vieram reforçar a presença<br />

da Vialíder em Portugal.<br />

Em Portugal a rede Vialíder fica agora com 82 centros,<br />

estando presente no Continente, nos Açores e na<br />

Madeira.<br />

A Vialider é uma rede de especialistas em pneus, uni<strong>dos</strong><br />

pelo compromisso com o profissionalismo, que se<br />

assume como a que pretende proporcionar a melhor<br />

experiência de compra ao cliente. Fruto de um intenso<br />

trabalho que é desenvolvido, respeitando um manual de<br />

procedimentos, a qualidade <strong>dos</strong> centros Vialíder é certificada<br />

pela Michelin através de uma auditoria anual realizada<br />

por um organismo independente, além de várias<br />

auditorias do tipo “cliente mistério”.■<br />

Novos Aderentes<br />

Abílio Lourenço (Oliveira de Azeméis);<br />

Auto Santa Marta (Lisboa);<br />

Marques e Bernardo (Alpiarça);<br />

Oestpneus (Torres Vedras);<br />

Pneubase (Terrugem);<br />

<strong>Pneus</strong> Aguiar (Marco de Canaveses);<br />

<strong>Pneus</strong> Socambra (Vale de Cambra);<br />

Recauchutagem Monteiro (Grijó).<br />

Safety Auto (Abrunheira);<br />

Sportpneus (Porto);<br />

NEWCAR FAZ 10 ANOS<br />

A Newcar foi um <strong>dos</strong> conceitos<br />

pioneiros no franchising para o<br />

sector <strong>dos</strong> serviços, neste caso<br />

liga<strong>dos</strong> à area automóvel.<br />

Para comemorar os 10 anos<br />

que a marca tem em Portugal,<br />

para <strong>2008</strong> foram pensadas diversas<br />

acções a diferentes níveis.<br />

A primeira passa por uma mudança<br />

de imagem, com a introdução<br />

de novas cores, mas a<br />

mais importante foi a aposta em<br />

novos serviços, nomeadamente,<br />

a montagem de película solar nos<br />

automóveis.<br />

O incremento da rede é também<br />

uma realidade bem actual<br />

na Newcar. Os novos espaços<br />

Newcar são em Tomar, Santa<br />

Maria da Feira, Setúbal, Faro e<br />

Portalegre, significando isto uma<br />

clara expansão da marca e <strong>dos</strong><br />

seus serviços em todo o território<br />

nacional.■<br />

PUB<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

05


NOTÍCIAS<br />

MICHELIN RELANÇA AGILIS<br />

A rentabilidade de operação de um<br />

transportador, que utilize uma frota<br />

de comerciais, é uma questão que<br />

está cada vez mais na ordem do<br />

dia. O objectivo da nova geração de<br />

pneus Agilis, da Michelin, foi precisamente<br />

esse. Reduzir tanto quanto<br />

possível os custos de exploração<br />

<strong>dos</strong> utilizadores profissionais de veículos<br />

comerciais médios e pesa<strong>dos</strong>.<br />

Segundo a Michelin, o benefício obtido,<br />

pela utilização deste novo<br />

pneu, é de 0,2 litros de combustível<br />

a cada 100 quilómetros, em comparação<br />

com a geração anterior de<br />

pneus Michelin Agilis, simulando<br />

condições idênticas de utilização.<br />

Diz também a Michelin, que um<br />

veículo que utiliza a nova geração<br />

Agilis, depois de percorrer 85.000<br />

quilómetros o utilizador terá poupado<br />

o equivalente ao preço de um<br />

pneu.<br />

Logicamente que um menor consumo<br />

de combustível tem a vantagem<br />

de fazer com que as emissões<br />

de C02 sejam menores. Com este<br />

pneu, os testes da Michelin comprovaram<br />

que existe uma redução<br />

em cerca de 4 gramas por quilómetro<br />

percorrido.<br />

Outra vantagem é que este pneu<br />

permite percorrer 20% mais quilómetros<br />

(face à geração anterior), o<br />

que quer dizer que o Agilis tem mais<br />

seis meses de vida útil.<br />

O novo Michelin Agilis está disponível<br />

em 13 medidas diferentes<br />

desde o primeiro trimestre de<br />

<strong>2008</strong>, que até 2009, serão ampliadas<br />

a 20.■<br />

VALORPNEU COM 5 ANOS<br />

DE ACTIVIDADE<br />

Com 5 anos de funcionamento a Valorpneu<br />

é já responsável pela recolha de mais<br />

de 95% <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> gera<strong>dos</strong> em<br />

Portugal. Efectivamente, desde 1 de Fevereiro<br />

de 2003 que esta sociedade gestora<br />

do Sistema Integrado de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong><br />

organiza e gere este fluxo específico pelo qual já passaram e foram processadas<br />

462 mil toneladas de pneus usa<strong>dos</strong>, correspondendo a<br />

38.000.000 de pneus.<br />

Actualmente com 49 pontos de recolha, <strong>dos</strong> quais 40 no Continente, 8<br />

nos Açores e 1 na Madeira, para o armazenamento temporário <strong>dos</strong><br />

pneus, a Valorpneu recebeu na sua rede, em 2007, pneus usa<strong>dos</strong> provenientes<br />

de 5.284 entidades diferentes. Neste ano, o fluxo de pneus usa<strong>dos</strong><br />

reutiliza<strong>dos</strong> ou valoriza<strong>dos</strong> pelo sistema atingiu 98.617 toneladas, incluindo<br />

4.870 toneladas de passivo ambiental.<br />

Os 33 recauchutadores aderentes ao sistema no final do ano correspondem<br />

à totalidade <strong>dos</strong> industriais de recauchutagem a operar em Portugal.<br />

Em 2007, reconstruíram 25.421 toneladas de pneus. Do restante fluxo<br />

65,6% foi reciclado pelos 2 recicladores, a BioSafe e a Recipneu, e<br />

34,4% foi aproveitado energeticamente por 4 unidades de valorização<br />

energética, das quais 3 são cimenteiras.<br />

A Valorpneu encetou uma nova campanha publicitária que comunica sobre<br />

o bom desempenho que o sistema atingiu nestes 5 anos. Também faz<br />

parte da sua estratégia de comunicação a presença no Salão Internacional<br />

do Automóvel de Portugal <strong>2008</strong>, onde, no seu stand deu a conhecer a<br />

actividade desenvolvida.■<br />

SEMPERIT<br />

HIGH TECH<br />

SPEED-LIFE<br />

Já está disponível<br />

o novo Semperit<br />

Speed-Life<br />

de escultura direccional,<br />

que<br />

se destina ao<br />

segmento de<br />

preços médios.<br />

Comparado<br />

com o modelo<br />

anterior as<br />

distâncias de travagem<br />

puderam<br />

ser reduzidas até nove por cento.<br />

Também o comportamento, a resistência<br />

ao rolamento e o conforto<br />

ficaram beneficia<strong>dos</strong> com este<br />

novo desenvolvimento. O novo<br />

Speed-Life arranca imediatamente<br />

em termos comerciais, sendo fabrica<strong>dos</strong><br />

num total de 34 dimensões<br />

entre 15 e 19 polegadas<br />

com autorizações entre 240 e<br />

270 km/h.■<br />

PARCERIA GE CAPITAL / GOODYEAR DUNLOP<br />

A GE Capital Solutions Fleet Services, conceituada empresa<br />

de financiamento automóvel sediada em Portugal<br />

há 16 anos, adicionou os pneus da marca Goodyear e<br />

Dunlop à sua lista de pneus preferenciais. A marca<br />

Good year foi escolhida por conceitos de segurança e<br />

conforto na condução e a Dunlop pela sua pendente<br />

mais desportiva.<br />

Esta parceria é encarada pela Goodyear Dunlop Portugal<br />

como um elogio máximo aos pneumáticos que produz<br />

e comercializa, não só no que se refere ao mercado<br />

português, mas também, a nível internacional. Esta parceria<br />

com a GE Capital Solutions Fleet Services, vem na<br />

sequência da Goodyear Dunlop Portugal considerar que<br />

os valores da empresa se aplicam por completo à sua<br />

forma de estar no mercado. Desde o compromisso de<br />

oferecer produtos e serviços únicos e diferencia<strong>dos</strong>, de<br />

procurar soluções que vão de encontro às necessidades<br />

<strong>dos</strong> clientes, passando pela confiança.■<br />

06<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


AVON COM<br />

NOVO TOPO<br />

DE GAMA<br />

O Avon ZV5 é a mais recente novidade<br />

da Dispnal <strong>Pneus</strong> para o<br />

mercado nacional. Este novo pneu<br />

topo de gama da Avon foi desenhado<br />

para proporcionar um desempenho<br />

inovador em diversas condições.<br />

A construção do pneu obedeceu<br />

a diversos requisitos, como<br />

o composto do piso pensado para<br />

maior aderência, os padrões de<br />

relevo assimétrico, de modo a melhorar<br />

a drenagem da água em superfícies<br />

molhadas, bem como os<br />

reforços internos que melhoram a<br />

estabilidade devido a uma maior rigidez<br />

estrutural do pneu. O ZV5<br />

adapta-se perfeitamente aos veículos<br />

do segmento C.■<br />

GOODYEAR ASSOCIOU-SE<br />

A INICIATIVA DE SEGURANÇA<br />

A Goodyear associou-se ao curso de condução<br />

defensiva/reactiva para as Forças de Segurança<br />

Policiais, que decorreu no Autódromo<br />

do Estoril. O curso foi ministrado pelo Centro de<br />

Técnicas Policias a 25 agentes, entre eles elementos<br />

da Polícia de Segurança Pública, da<br />

Guarda Nacional Republicana, da Guarda Prisional<br />

e do Corpo de Bombeiros. Este curso teve a duração de 18 horas,<br />

repartido pelos dois dias e foi ministrado por dois instrutores e dois monitores.<br />

À disposição <strong>dos</strong> forman<strong>dos</strong> estavam 15 viaturas, 11 delas usadas e<br />

4 recentes, todas equipadas com vários modelos da Goodyear, num total<br />

de 17 conjuntos de pneus.<br />

O objectivo desta formação visou sobretudo a segurança, aspecto a que a<br />

Goodyear dá primordial importância na concepção <strong>dos</strong> seus pneumáticos.<br />

O curso assentou em três pilares principais: Curva/travagem, Teste Alce e<br />

Slalom, sempre com uma componente teórica, seguida de prática.<br />

Habitualmente o Curso de Condução Defensiva/Reactiva é seguido por<br />

um curso de condução avançada que, neste caso, será ministrado em Junho,<br />

também no Autódromo do Estoril e com a Goodyear como parceiro na<br />

cedência <strong>dos</strong> pneumáticos para as viaturas.■<br />

SHELL APRESENTA NOVIDADES<br />

A Shell caba de lançar no mercado<br />

português duas importantes novidades,<br />

decorrentes de dois projectos<br />

globais da marca.<br />

O primeiro é o “Projecto Pearl”,<br />

que vai abranger to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong><br />

mundiais onde a Shell está presente<br />

(excepto Esta<strong>dos</strong><br />

Uni<strong>dos</strong> e Canadá) que<br />

passa pela modernização<br />

e uniformização das embalagens<br />

de lubrificantes<br />

da marca com capacidade<br />

até 7 litros. Este projecto,<br />

que vai abranger<br />

mais de 300 milhões de<br />

embalagens, estende-se<br />

ás marcas Shell Rimula, Shell Helix,<br />

Shell Advance, Shell Nautilus,<br />

Shell X100 e a todas as restantes<br />

marcas para aplicações complementares.<br />

A Shell vai investir mais<br />

de 65 milhões de euros neste projecto,<br />

<strong>dos</strong> quais 350 mil euros serão<br />

em Portugal. A segunda grande<br />

novidade é a renovação da<br />

gama Shell Rimula, que passa a<br />

dispor de um portfólio inovador de<br />

lubrificantes de motor para veículos<br />

pesa<strong>dos</strong>. A gama será<br />

classificada de R2 a R6,<br />

existindo depois diversas<br />

versões, sendo o R6 o<br />

topo de qualidade. Destaque<br />

também para duas<br />

novidades absolutas, o<br />

R6 LME 5W-30 (topo de<br />

gama) e o R4 L 15W-40.<br />

Com estas novidades, a<br />

Shell pretende ser em 2010 a primeira<br />

empresa internacional de lubrificantes<br />

em Portugal e atingir<br />

25% de quota de mercado (actualmente<br />

tem 20%).■<br />

FIX’N’GO ABRE<br />

EM CHAVES<br />

Foi inaugurado recentemente,<br />

em Chaves, o novo espaço da<br />

Fix’n’Go em Portugal. Encontra-se<br />

adaptado às novas necessidades<br />

do mercado, integrando uma rede<br />

nacional de centros de assistência<br />

auto, para viaturas ligeiras e pesadas.<br />

De facto, a Fix’n’Go conta actualmente<br />

com mais 4 oficinas, localizadas<br />

na Maia, Castanheira do<br />

Ribatejo, Alcoitão (Cascais) e Lisboa.<br />

A empresa tem como objectivo<br />

abrir em <strong>2008</strong> mais 4 centros,<br />

em Oliveira de Azeméis, Coimbra,<br />

Viseu e Leiria.■<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

07


NOTÍCIAS<br />

NOVO UNIROYAL<br />

PARA QUANDO CHOVE<br />

O novo RainSport 2 da Uniroyal é<br />

um <strong>dos</strong> mais recentes produtos<br />

em matéria de pneus de chuva.<br />

Novas estruturas no fundo e flanco<br />

<strong>dos</strong> sulcos permitem, em conjunto<br />

com a perfilação em V, um<br />

escoamento ainda mais rápido da<br />

água na superfície do piso e um<br />

composto especial de sílica permite<br />

valores de redução de velocidade<br />

ainda mais eleva<strong>dos</strong>. Com esta<br />

construção, o RainSport 2 mostra<br />

que na combinação de segurança,<br />

também em estradas molhadas<br />

com o seu elevado grip e distâncias<br />

de travagem curtas, são possíveis<br />

mais progressos no desenvolvimento<br />

de pneus de chuva.<br />

Destaque para o indicador de<br />

desgaste no ombro do pneu que,<br />

dessa forma, aponta para um<br />

mau alinhamento das rodas o que<br />

reduz a quilometragem.<br />

O novo RainSport 2 encontra-se<br />

disponível no mercado de pneus<br />

em 51 tamanhos. As velocidades<br />

máximas permitidas vão até aos<br />

300 km/h.■<br />

CAMAC CRESCE<br />

NO MERCADO INTERNO<br />

A CNB-Camac, único<br />

fabricante nacional<br />

de pneus, viu,<br />

em 2007, as suas<br />

vendas no mercado nacional crescerem<br />

19%, relativamente ao ano de<br />

2006. O crescimento no mercado<br />

português é uma das grandes apostas<br />

da empresa nortenha, que está a<br />

levar a cabo uma estratégia de relançamento<br />

da marca, com uma mudança<br />

a nível da imagem corporativa<br />

e com o lançamento de novas medidas<br />

de pneus. O lançamento das novas<br />

gamas Cygnus (ligeiros de passageiros)<br />

e Fargo (viaturas comerciais),<br />

e de novas medidas do pneu Atlas<br />

(4x4), no último trimestre de 2007,<br />

foi um <strong>dos</strong> factores que mais contribuiu<br />

para o crescimento de 19% registado<br />

no mercado interno. Actualmente,<br />

grande parte da produção da<br />

Camac destina-se ao mercado externo,<br />

tendência que a empresa pretende<br />

contrariar, aumentando a sua<br />

presença em Portugal. “Estes da<strong>dos</strong>,<br />

muito positivos e ainda com uma larga<br />

margem de progressão atestam<br />

que os portugueses têm uma grande<br />

apetência para o consumo de produtos<br />

de fabrico nacional desde que,<br />

como é o caso <strong>dos</strong> pneus Camac, sejam<br />

produtos de grande qualidade e<br />

vanguarda técnica”, salienta José Saraiva,<br />

Director Comercial da Camac.<br />

A empresa pretende, agora, continuar<br />

a crescer dentro de portas e a<br />

conquistar quota de mercado, tendo<br />

como objectivo vender cerca de 200<br />

mil unidades em <strong>2008</strong>. O lançamento<br />

de novas medidas de pneus e a<br />

adesão à campanha “Compre o que<br />

é nosso”, promovida pela AEP, são alguns<br />

<strong>dos</strong> trunfos da marca para chegar<br />

a cada vez mais consumidores<br />

portugueses.■<br />

MERCEDES VIANO X-CLUSIVE<br />

MONTA KUMHO<br />

O fabricante coreano de pneus Kumho Tires, fornecerá<br />

os pneus de origem para o novo Mercedes<br />

Viano X-Clusive. Cerca de 10.000 unidades do<br />

pneu KU19 serão fornecidas no âmbito do acordo<br />

firmado entre as duas empresas. Este pneu de desenho<br />

assimétrico permite melhorar a suavidade<br />

de condução e o nível de ruído, proporcionando um comportamento exemplar<br />

a altas velocidades (código de velocidade X = 360 km/h). A estratégia<br />

actual da Kumho passa pelo fortalecimento do negócio de equipamento<br />

original, como forma de aumentar as suas vendas no mercado de substituição,<br />

o que implica um constante desenvolvimento <strong>dos</strong> seus produtos.■<br />

LUCROS<br />

LÍQUIDOS DA<br />

BRIDGESTONE<br />

SOBEM 55%<br />

Os accionistas do fabricante japonês<br />

de pneus Bridgestone têm motivos<br />

sobejos de regozijo, ao verificarem<br />

que os lucros líqui<strong>dos</strong> da<br />

empresa subiram 55%, durante o<br />

ano de 2007. De facto, não só a<br />

facturação aumentou 13%, em relação<br />

ao exercício anterior, totalizando<br />

€ 20.342 milhões, como<br />

os lucros dispararam, tendo atingido<br />

os € 789,6 milhões, antes <strong>dos</strong><br />

impostos. Os da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> reportam-se<br />

a um universo de 449 empresas<br />

subsidiárias e a 182 empresas<br />

associadas, em todo o<br />

mundo.<br />

Os dirigentes da Bridgestone estão<br />

particularmente felizes, porque<br />

estes resulta<strong>dos</strong> foram obti<strong>dos</strong><br />

num contexto de subida constante<br />

do preço do petróleo e de outras<br />

matérias-primas. Entre os factores<br />

que contribuíram para o sucesso financeiro<br />

da marca japonesa, estão<br />

a recuperação sustentada da<br />

economia japonesa, através do reforço<br />

das grandes corporações e<br />

do consumo público, bem como o<br />

forte consumo privado e estabilidade<br />

na Europa, já que os EUA estão<br />

a enfrentar uma certa desaceleração<br />

da sua economia. Por linhas<br />

de produto, os pneus representaram<br />

81,3% da facturação, sendo<br />

o restante distribuído por produtos<br />

diversos.■<br />

08<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


KUMHO ASSINA ACORDO BASA<br />

A empresa coreana Kumho, fabricante de pneus para o mercado global,<br />

assinou o tratado bilateral de segurança aeronáutica, que já estava a negociar<br />

com os EUA, desde 2005. Este acordo, que já envolve outros 30 países,<br />

é imprescindível para exportar produtos relaciona<strong>dos</strong> com a aviação<br />

para o mercado norte-americano, servindo como uma forma de certificação<br />

da qualidade técnica e idoneidade empresarial. A entrada no mercado<br />

da aviação civil é efectivamente um desafio enorme. Por outro lado, os padrões<br />

de qualidade <strong>dos</strong> produtos destina<strong>dos</strong> à aviação têm que possuir níveis<br />

muito superiores aos do mercado em geral. A Kumho Tires torna-se<br />

assim no primeiro fabricante de pneus do extremo oriente a entrar no restrito<br />

clube <strong>dos</strong> fornecedores de material aeronáutico para os EUA.■<br />

MICHELIN<br />

QUEBRA TRADIÇÃO DOS EUA<br />

Pela primeira vez, um modelo de fabrico norte-americano, neste caso o<br />

Chevrolet Corvette ZR1, estará equipado de origem com um pneu de origem<br />

francesa, o Michelin Pilot Sport PS2 ZP. Este pneu é uma série específica<br />

do Michelin Pilot Sport, capaz de proporcionar a máxima segurança<br />

e aderência num modelo onde os cavalos andam geralmente à solta. Além<br />

dessas vantagens, este pneu pode rodar sem pressão, proporciona grande<br />

conforto, bom nível de silêncio de marcha e altas prestações. Para<br />

convencer o "Tio Sam", a Michelin aplicou to<strong>dos</strong> os seus argumentos neste<br />

pneu, como as telas de alta densidade nos flancos, composto com uma<br />

mistura muito avançada e outros detalhes que permitem ao Pilot Sport<br />

PS2 ZP estar tão à vontade na estrada, como dentro <strong>dos</strong> circuitos.■<br />

HANKOOK NA<br />

COMPETIÇÃO<br />

ALEMÃ<br />

Depois de uma estreia bem sucedida<br />

em 2007, a marca coreana<br />

Hankook renovou o acordo de colaboração<br />

para <strong>2008</strong>, com a equipa<br />

alemã Jurgen Alzen Motorsport,<br />

que participa no Campeonato<br />

Internacional do Grande<br />

Nurburgring, num total de dez corridas,<br />

para além da 36ª edição<br />

das 24 horas de Nurburgring.<br />

O Porsche 997 GT3 da equipa<br />

alemã está pintado com as cores<br />

do fabricante de pneus (branco, laranja,<br />

cinzento e preto), estando<br />

ainda a ser aperfeiçoadas as misturas<br />

e novas medidas para os<br />

pneus Hankook, que serão utiliza<strong>dos</strong><br />

na competição.<br />

Em princípio, as medidas para<br />

este ano serão 280/670 R 18<br />

(frente) e 330/710 R 18 (atrás),<br />

tanto na versão slick (Hankook<br />

F200) como de chuva (Hankook Z<br />

207).■<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

09


NOTÍCIAS<br />

DESCOBRIR COM A MICHELIN<br />

A colecção "Descobre" <strong>dos</strong> famosos guias da Michelin<br />

foi aumentada com onze novos títulos aliciantes para<br />

quem tem o prazer e a possibilidade de viajar e descobrir<br />

novas paragens, novas culturas e outras pessoas.<br />

Os destinos agora propostos são a Catalunha, Ilhas Gregas,<br />

Lisboa, Londres, Nova York, Portugal (estes com<br />

versões em castelhano ou português), Tailândia, Tunísia,<br />

Turquia e Vietnam. Nos guias da colecção "Descobre" da<br />

Michelin, está disponível toda a informação prática (hotéis,<br />

restaurantes, zonas comerciais, actividades desportivas,<br />

zonas de lazer, transportes públicos, aluguer de automóveis,<br />

horários, preços), para além de instruções sobre a cultura e<br />

costumes locais. A comunicação do guia com os leitores é facilitada por<br />

pictogramas sugestivos, que são pequenas caras do conhecido Bib, o boneco<br />

"pneumático" da Michelin. Quando a cara sorri, a informação é muito<br />

positiva; se está triste, nem por isso é uma informação agradável; se pisca<br />

o olho, o guia tem algum truque que ajuda o leitor a simplificar as coisas.<br />

Os locais também são referencia<strong>dos</strong> por estrelas, em ordem crescente.<br />

Um estrela indica um lugar interessante, duas estrelas é atribuído<br />

a algo muito interessante e três estrelas destacam o que é absolutamente<br />

incontornável.■<br />

HANKOOK VENDE<br />

2,5 BILIÕES DE EUROS<br />

O fabricante coreano de pneus Hankook continua o seu imparável crescimento,<br />

desde que a empresa foi fundada. A gestão <strong>dos</strong> negócios da Hankook<br />

parece infalível, pois a margem de lucro mantém-se nos 8,1%, tendo<br />

os lucros operacionais consolida<strong>dos</strong> subido 5,1%, atingindo o total de €<br />

183,95 milhões. O director geral da empresa, Seung Hwa Suh sublinha<br />

que estes resulta<strong>dos</strong> traduzem o empenho da marca em melhorar as estruturas<br />

e processos de gestão a nível mundial. Na Hungria, a Hankook<br />

produziu quase um milhão de pneus, estando prevista uma produção de 4<br />

milhões de unidades para <strong>2008</strong>. Por outro lado, os investimentos continua<strong>dos</strong><br />

na fábrica de Geumsan irão aumentar a capacidade produtiva de<br />

pneus de muito altas prestações (UHP), estando prevista uma capacidade<br />

produtiva em finais de 2009 superior em 50% (5 milhões de<br />

unidades/ano). A estratégia da marca é para manter, assente no crescimento<br />

a longo prazo. Os quatro vectores dessas estratégia são a melhoria<br />

contínua da gestão e da liderança, maior capacidade de produção e<br />

distribuição, investimentos consistentes na inovação tecnológica e promoção<br />

da marca <strong>Pneus</strong> Hankook, melhorando a penetração do equipamento<br />

original (OEM) e apostando nas actividades de "smart marketing".■<br />

ESPANHA RECICLA<br />

8 MILHÕES DE PNEUS<br />

Durante o ano de 2007, foram recolhidas 55.316<br />

toneladas de pneus fora de uso, em Espanha, pela<br />

empresa TNU, que não tem fins lucrativos, tendo reduzido<br />

as suas tarifas em 8,6%. Total de cerca de 8<br />

milhões pneus recicla<strong>dos</strong>, 15,75% foram encaminha<strong>dos</strong> para a recauchutagem,<br />

o que significa uma economia de 22,4 milhões de litros de petróleo.<br />

Para valorização energética, seguiram 37,56%, tendo os restantes<br />

46,69% transforma<strong>dos</strong> em materiais reutilizáveis. Desta última fatia,<br />

29,84% destinam-se a utilizações industriais, enquanto que 16,85% foram<br />

encaminha<strong>dos</strong> para obra civil, como a pavimentação de estradas.■<br />

10<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

SÓPNEUS<br />

ABRE 5ª FILIAL<br />

Depois da abertura das filiais em<br />

Matosinhos e Devesas em 2007,<br />

a Sópneus continua a sua expansão<br />

com a inauguração de uma<br />

nova oficina em Santa Maria da<br />

Feira. Inserida numa estratégia de<br />

expansão, a abertura desta nova<br />

oficina assegura o crescimento da<br />

rede de oficinas Sópneus no norte<br />

e centro do país.<br />

Após abertura de duas filiais em<br />

2007, Carlos Silva, Administrador<br />

da empresa afirma que “no sentido<br />

de podermos continuar a prestar<br />

um serviço de elevada qualidade<br />

e responder às necessidades<br />

emergentes do mercado, a expansão<br />

da nossa rede era um passo<br />

obrigatório.”<br />

Com um espaço de cerca de<br />

600 m2, a Sópneus de Santa Maria<br />

da Feira possui um equipamento<br />

operacional inovador, permitindo<br />

a prestação de muitos serviços,<br />

<strong>dos</strong> quais se destacam a<br />

montagem de pneus, Equilibragem<br />

de rodas, Alinhamento de direcções,<br />

Mudança de óleo, Travões,<br />

Suspensão, Escapes, Faróis, Mecânica<br />

de manutenção e Lavagem<br />

manual.■<br />

BRIDGESTONE<br />

TAILÂNDIA<br />

AUMENTA<br />

PRODUÇÃO<br />

Até 2010, a filial tailandesa da Bridgestone<br />

aumentará a produção de<br />

pneus radiais para viaturas de turismo<br />

em 6.000 unidades/dia, a partir<br />

da sua unidade de Nong Khae. O<br />

reforço da produção prende-se com<br />

a necessidade de corresponder ao<br />

aumento das exportações, tanto<br />

para a Europa e América do Norte,<br />

como para toda a Ásia. O investimento<br />

necessário para aumentar a<br />

capacidade produtiva chegará aos<br />

10 mil milhões de ienes, mas a unidade<br />

de Nong Khae ficará com uma<br />

produção diária de cerca de 36.500<br />

unidades. Os pneus de altas prestações<br />

e de Inverno, considera<strong>dos</strong> produtos<br />

estratégicos pela marca, também<br />

beneficiarão deste aumento de<br />

produção da Bridgestone Tailândia.■


CORCET É NOVO IMPORTADOR<br />

DA CORGHI<br />

A prestigiada marca de equipamentos<br />

Corghi nomeou a Corcet como seu representante<br />

em Portugal. A empresa de Penafiel<br />

assume também o serviço pós venda do parque<br />

de equipamentos já instala<strong>dos</strong> ao longo<br />

das várias décadas de presença desta marca<br />

no mercado português.<br />

Com uma equipa de profissionais em que se<br />

conjuga a experiência e a dinâmica, a Corcet<br />

tem como objectivo a procura permanente da<br />

excelência do serviço de forma a desenvolver e<br />

cimentar um forte laço de parceria com<br />

os clientes. Nesse sentido e paralelamente<br />

à contratação de técnicos e comerciais<br />

com elevada experiência de<br />

mercado e de equipamentos Corghi,<br />

instalarão a breve prazo dois amplos e<br />

bem equipa<strong>dos</strong> centros de formação<br />

de serviços relaciona<strong>dos</strong> com os equipamentos<br />

Corghi.<br />

César Teixeira, Director Geral da<br />

Corcet, referiu que “a Corcet está em<br />

condições de proporcionar um excelente serviço de venda e assistência<br />

aos equipamentos Corghi em Portugal, pelo know-how que a equipa possui<br />

e também pelo facto de a Corghi ser uma marca líder mundial em equipamentos<br />

e produtos para serviço a rodas”.■<br />

GOODYEAR<br />

RENOVA<br />

PATROCÍNIO<br />

SOLIDÁRIO<br />

A expedição solidária "O Deserto<br />

<strong>dos</strong> Meninos", que leva uma caravana<br />

até ao Sul do Marrocos, após<br />

percorrer mais de 46 mil quilómetros,<br />

destina-se a levar duas toneladas<br />

de material didáctico às escolas<br />

da região, que serão trocadas<br />

pelos desenhos das crianças<br />

locais. Esta iniciativa já se realiza<br />

pelo 4º ano consecutivo, tendo a<br />

Goodyear patrocinado as duas últimas<br />

edições. Para além <strong>dos</strong> pneus<br />

que equipam os Hyundai Santa Fe<br />

e Tarracan, a empresa norte-americana<br />

assumirá este ano também<br />

o encargo <strong>dos</strong> seguros de mais de<br />

200 participantes, entre os quais<br />

85 crianças. O pneus forneci<strong>dos</strong><br />

pela Goodyear são os Wrangler<br />

AT/R de 18", considera<strong>dos</strong> pelos<br />

organizadores do evento como perfeitos<br />

para o percurso, que inclui<br />

várias travessias do deserto. ■<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

11


NOTÍCIAS<br />

MICHELIN EXELAGRI SOMA E SEGUE<br />

A Michelin Exelagri é um departamento da<br />

grande multinacional que se dedica à comercialização<br />

de pneus para a agriculta,<br />

construção civil e actividades afins.<br />

Em 2007, esta estrutura criou mais 150<br />

pontos de venda em Portugal e em Espanha,<br />

tendo praticamente duplicado a rede<br />

existente anteriormente. Além disso, o progresso<br />

não foi meramente quantitativo, tendo<br />

a Exelagri apostado na qualidade de serviço<br />

e profissionalismo de to<strong>dos</strong> os seus<br />

membros. Além de pneus de alta tecnologia<br />

para tractores agrícolas, a Michelin dispõe<br />

ainda de uma gama completa - Compact<br />

Line - destinada a diversa maquinaria agrícola<br />

e da construção civil.<br />

A grande competitividade <strong>dos</strong> produtos Michelin<br />

e o dinamismo da rede Exelagri leva a<br />

pensar que o crescimento ainda agora começou.■<br />

CURVAS YOKOHAMA E ADVAN<br />

Construído em 1927, Nurburgring<br />

é um <strong>dos</strong> mais conheci<strong>dos</strong><br />

circuitos da Europa e desde 1 de<br />

Janeiro até finais de 2012 terá<br />

como nome, em duas das suas<br />

curvas as designações “Yokohama”<br />

e “Advan”.<br />

Os nomes foram da<strong>dos</strong> à primeira<br />

curva (uma curva em S) e<br />

outra próxima à recta oposta do<br />

traçado Grand Prix course. "Yokohama-S"<br />

aparecerá na primeira<br />

curva e "Advan Bogen" no cotovelo.<br />

Placas de sinalização serão colocadas<br />

ao longo de 400 metros<br />

da pista, em todas as 29 curvas<br />

do traçado Norte, bem como<br />

uma placa com o logotipo "Yokohama"<br />

em todas as pontes que<br />

cruzam a pista.<br />

A colocação das placas Yokohama<br />

em Nurburgring será uma<br />

poderosa ferramenta de promoção<br />

das marcas "Yokohama" e<br />

"Advan" uma vez que o circuito<br />

de Nurburgring tem fama mundial.<br />

■<br />

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12<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

GOODYEAR PROMOVE<br />

PRÉMIO TECNOLOGIA<br />

A marca de pneus Goodyear associou-se pela terceira<br />

vez ao Grupo Motorpress na entrega de Prémios “Os<br />

Melhores Carros <strong>2008</strong>”. Numa cerimónia que já se<br />

tornou um clássico no seio automóvel, foram atribuí<strong>dos</strong><br />

16 prémios, 10 no que respeita ao mercado automóvel,<br />

cinco dedica<strong>dos</strong> ao desporto motorizado e o último<br />

e a grande novidade desta edição, o Prémio Tecnologia<br />

promovido e idealizado pela Goodyear. Este prémio visa<br />

reconhecer em termos de inovação um tema, um conceito,<br />

um componente ou uma peça que pelas suas características<br />

exclusivas e inovadoras atribuam valor<br />

acrescentado ao todo em que se insere, neste caso, o<br />

veículo automóvel.<br />

Assim, e como forma de reforçar os princípios pelos<br />

quais a própria marca se rege em termos de inovação,<br />

tecnologia e exclusividade, um leque de jornalistas independentes,<br />

especializa<strong>dos</strong> na tecnologia automóvel decidiu<br />

atribuir à BMW este Prémio pelo sistema de motores<br />

Efficient Dynamics<br />

que, em traços<br />

gerais, se caracteriza<br />

por reduzir o consumo<br />

de combustível e de<br />

emissões nocivas para<br />

o ambiente aumentando,<br />

em simultâneo, a<br />

potência do motor evitando<br />

percas.■


SALÃO<br />

REIFEN <strong>2008</strong><br />

FEIRA DO PNEU AO RUBRO<br />

A feira REIFEN <strong>2008</strong> terá este ano uma participação<br />

recorde: 560 presenças de 40 países apresentarão as<br />

suas inovações. Mais de vinte mil visitantes de todo o<br />

mundo são espera<strong>dos</strong> em Essen.<br />

Mesmo a tempo para as bodas<br />

de prata, a 25.ª feira do pneu<br />

REIFEN <strong>2008</strong>, que terá lugar<br />

na Messe Essen entre os dias 20 e 23 de<br />

<strong>Maio</strong> próximo, anuncia um número recorde<br />

de participantes: mais de 560 companhias<br />

registadas, representando mais 20<br />

por cento de fornecedores relativamente<br />

à última REIFEN. Este ano o número de<br />

expositores ultrapassará a “marca mágica<br />

<strong>dos</strong> 500” pela primeira vez. Comparativamente<br />

ao evento de há dois anos, a área<br />

de exibição crescerá 18 por cento, num total<br />

de 54 mil metros quadra<strong>dos</strong>.<br />

A participação internacional registará<br />

outro recorde: 65 por cento <strong>dos</strong> expositores<br />

virão do estrangeiro (em 2006: 57 por<br />

cento). Os fornecedores de 40 nações<br />

mostrarão tudo o que tenha a ver com<br />

pneus, rodas e tecnologia de chassis. Por<br />

isso, o salão REIFEN <strong>2008</strong> será mais uma<br />

vez a prova viva de feira líder do sector.<br />

O REIFEN <strong>2008</strong> concentrar-se-á nos<br />

pneus, câmaras, acessórios para pneus,<br />

equipamento para oficinas, dispositivos e<br />

ferramentas para recauchutagem de<br />

pneus, reparação de pneus e vulcanização.<br />

Além disso, os expositores oferecerão<br />

serviços para o comércio de pneus e para<br />

os profissionais. A sua oferta compreensiva<br />

e de alta qualidade torna o REIFEN<br />

numa montra popular e plataforma de encomendas.<br />

Tudo condimentado com os<br />

mais de vinte mil visitantes liga<strong>dos</strong> ao comércio,<br />

provenientes de mais de 80 países,<br />

que são espera<strong>dos</strong> na Messe Essen para<br />

mais uma montra internacional e única do<br />

sector. Espera-se, por isso, que o REIFEN<br />

<strong>2008</strong>, seja fiel, uma vez mais, à sua máxima:<br />

“Número 1 em <strong>Pneus</strong> e Mais”.<br />

O salão REIFEN em Essen representa a<br />

mais importante oportunidade de apresentação<br />

de ideias e inovações em todo o<br />

mundo. Tal como aconteceu pela primeira<br />

vez em 2006, o Messe Essen e o Bundesverband<br />

Reifenhandel und Vulkaniseur-<br />

Handwerk (BRV – “Associação Federal do<br />

Comércio Especialista de <strong>Pneus</strong> e Vulcanizadores”)<br />

distinguirá novos desenvolvimentos<br />

e novos conceitos com o Prémio<br />

Inovação. Estarão a concurso três categorias:<br />

“Serviço / Ideias de Marketing”,<br />

“Conceitos e Processos”, assim como<br />

“Tecnologia e Produtos”.<br />

Um júri com membros de elevado prestígio<br />

avaliará os candidatos. Os candidatos<br />

serão avalia<strong>dos</strong> de acordo com os seguintes<br />

critérios: inovação, benefício para os<br />

utilizadores, viabilidade económica, segurança,<br />

sustentabilidade, compatibilidade<br />

ambiental (na categoria “Tecnologia /<br />

Produtos”), potencial para angariação de<br />

clientes e fidelidade (na categoria “Serviço<br />

/ Ideias de Marketing”) e potencial de<br />

optimização para a cadeia de valor acrescentado<br />

(na categoria “Conceitos / Processos”).<br />

Os prémios serão entregues no<br />

decorrer do REIFEN <strong>2008</strong>, enquadrado no<br />

Get-Together Party no dia 22 de <strong>Maio</strong>.<br />

Um grande número de conferências especializadas,<br />

seminários e eventos farão<br />

do REIFEN <strong>2008</strong> uma plataforma de comunicação<br />

em to<strong>dos</strong> os quatro dias do<br />

certame.■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

13


DESTAQUE<br />

<strong>Pneus</strong> Premium<br />

A GINCANA<br />

DO MERCADO<br />

O mercado <strong>dos</strong> pneus premium, ou de altas prestações,<br />

tem vindo a crescer no nosso mercado. Em 2007,<br />

segundo os da<strong>dos</strong> da consultora Gfk, foram vendi<strong>dos</strong><br />

630.103 pneus premium, o que representou 65.540<br />

milhões de euros de facturação, ou seja, mais do dobro<br />

<strong>dos</strong> valores regista<strong>dos</strong> em 2006 .<br />

14<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Com as vendas <strong>dos</strong> carros<br />

novos a caírem e as<br />

despesas de manutenção<br />

a encolherem, o mercado<br />

estaria a caminhar para um beco<br />

sem saída, se os operadores do<br />

mercado não tivessem soluções<br />

e criatividade. A aritmética é<br />

aparentemente simples, porque<br />

basta vender menos, por um valor<br />

superior, para equilibrar a<br />

rentabilidade e a sustentabilidade<br />

<strong>dos</strong> negócios. Não é pois de<br />

estranhar que os veículos tragam<br />

incorporado cada vez maior<br />

valor acrescentado, o mesmo<br />

sucedendo a to<strong>dos</strong> os seus sistemas<br />

e componentes, entre os<br />

quais o pneu não constitui uma<br />

excepção. Paralelamente a esta<br />

cosmética contabilística, as empresas<br />

de topo da indústria automóvel,<br />

entre as quais se encontram<br />

os construtores e os fabricantes<br />

e fornecedores de<br />

sistemas e componentes, não<br />

poderiam deixar de articular um<br />

enquadramento correcto de<br />

marketing e de charme, porque<br />

os automobilistas não são propriamente<br />

accionistas dessas<br />

indústrias. São simplesmente<br />

consumidores, que se movem<br />

pelos desígnios da conveniência<br />

e do prazer que podem retirar<br />

<strong>dos</strong> seus investimentos priva<strong>dos</strong>.<br />

Os carros, to<strong>dos</strong> sabemos,<br />

têm vindo a utilizar to<strong>dos</strong> os seus<br />

argumentos mais irrecusáveis,<br />

como sejam: performance, estética,<br />

segurança, conforto, economia,<br />

compatibilidade ambiental,<br />

etc. Como a economia global e<br />

nacional continuam um tanto<br />

"congeladas", o incentivo ao crédito<br />

mantém-se, pelo que as<br />

vendas <strong>dos</strong> modelos de gama<br />

média/alta super equipa<strong>dos</strong><br />

continuam a "fluir" sem grandes<br />

problemas. São os carros "seminovos",<br />

os leilões e todas as facilidades<br />

que temos acompanhado<br />

mais recentemente.<br />

O pneu: de plebeu, a aristocrata<br />

O pneu, juntamente com a bateria,<br />

o motor, travões, direcção<br />

e transmissão, é daqueles componentes<br />

sem os quais o carro<br />

não consegue arrancar de modo<br />

nenhum. É, também, o elo de ligação<br />

da viatura à estrada e por<br />

ele passa toda a responsabilidade<br />

da segurança e do prazer da<br />

condução. Apesar de todas estas<br />

nobres funções, o pneu permaneceu,<br />

durante a maior parte da<br />

história do automóvel, como um<br />

parente pobre da mecânica e da<br />

carroçaria, passando facilmente<br />

desapercebido e até ignorado.<br />

Mas esse tempo já acabou. O<br />

pneu agora é uma das estrelas<br />

<strong>dos</strong> salões internacionais e <strong>dos</strong><br />

stands de vendas de automóveis,<br />

pelo que nenhum automobilista<br />

digno desse nome deixa<br />

de apreciar devidamente o seu<br />

design, as suas medidas, as jantes,<br />

características técnicas,<br />

performances, etc. A proliferação<br />

da "fauna" automóvel, com<br />

os modelos super desportivos,<br />

SUV, turismos de tracção integral,<br />

monovolumes, etc., veio<br />

também contribuir de forma decisiva<br />

para o ressurgimento do<br />

pneu. Ninguém consegue imaginar<br />

um "grande" carro, sem um<br />

"grande" pneu.<br />

<strong>Pneus</strong> premium: exclusividade,<br />

poder, estatuto<br />

Tal como a natureza tem os<br />

seus fluxos e refluxos, a música<br />

o seu tempo e contratempo, a<br />

paisagem os cumes e os vales,<br />

também a sociedade vive de clivagens<br />

e de oposições, não sendo<br />

de estranhar que os fluxos de<br />

tendências democráticas e colectivistas<br />

tenham em sequência<br />

refluxos de desigualdades e<br />

de elitismos. Também não é de<br />

estanhar que os perío<strong>dos</strong> de<br />

maior abundância e crescimento<br />

económico sejam caracteriza<strong>dos</strong><br />

por maior equalização social<br />

e que os momentos de menos<br />

recursos e de maiores dificuldades<br />

criem um desejo compensatório<br />

de gratificação acima da<br />

média. De certo modo, é neste<br />

contexto que estamos a viver<br />

presentemente, para desgosto<br />

de alguns e para gáudio de outros.<br />

O desejo normal de quem<br />

teve algum sucesso na vida é obviamente<br />

apresentar-se na rua<br />

com um carro que seja o espelho<br />

dessa realidade e que sirva<br />

de bilhete de identidade e cartão<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

15


DESTAQUE<br />

<strong>Pneus</strong> Premium<br />

de visita ao<br />

mesmo tempo. Poderá parecer<br />

escandaloso que isso suceda<br />

num momento em que o desemprego<br />

se instalou, é necessário<br />

economizar os recursos energéticos<br />

e limitar as emissões de<br />

CO2, mas a vida começa e termina<br />

muito rapidamente e, para<br />

muitos, a primeira oportunidade<br />

é muitas vezes a única e a última.<br />

Não se pode sair à rua com<br />

um SUV Mercedes ou BMW, por<br />

exemplo, sem que os pneus que<br />

os equipam transmitam a ideia<br />

que o carro pode passar em<br />

qualquer terreno e é capaz de<br />

circular e curvar a alta velocidade,<br />

com toda a segurança.<br />

Características técnicas<br />

O pneu de alta prestação ou<br />

premium distingue-se de um<br />

pneu mediano, porque foi construído<br />

com as tecnologias mais<br />

avançadas e mais caras, usando<br />

os materiais mais garanti<strong>dos</strong> e<br />

mais fiáveis. O objectivo é proporcionar<br />

melhor aderência em<br />

to<strong>dos</strong> os tipos de pisos, maior silêncio<br />

e conforto de condução,<br />

com maiores quilometragens<br />

médias e menor consumo de<br />

combustível. Como os modelos<br />

em que se montam os pneus<br />

premium têm geralmente potências<br />

elevadas, as prestações<br />

dinâmicas são muito importantes.<br />

Boas acelerações, capacidade<br />

de travagem rápida e comportamento<br />

em curva estável<br />

são os requisitos básicos, que<br />

são obti<strong>dos</strong> essencialmente<br />

através de um perfil baixo, que<br />

reduz as deformações, elimina<br />

mais rapidamente o calor e<br />

transmite mais directamente os<br />

impulsos da direcção. O conceito<br />

run flat (RFT) garante a continuidade<br />

da viagem, em caso de perda<br />

de pressão, mas não garante<br />

necessariamente a melhor condução<br />

desportiva, nem o nível<br />

mais elevado de conforto. Devido<br />

à tendência para serem utiliza<strong>dos</strong><br />

perfis baixos (25, 30, 35,<br />

40, 45, 50, 55, etc.), as jantes têm<br />

dimensões maiores, o que também<br />

favorece a performance do<br />

pneu. Por outro lado, os índice<br />

de velocidade são geralmente<br />

eleva<strong>dos</strong> nos pneus premium (V,<br />

W/Y/Z), bem<br />

como os índices de carga, especialmente<br />

nos SUV, todo-oterreno<br />

e monovolumes desportivos.<br />

Os sistemas de controlo de<br />

pressão <strong>dos</strong> pneus em marcha<br />

são relativamente frequentes<br />

nesta classe de viaturas e de<br />

pneus, constituindo uma mais<br />

valia para a segurança da condução.<br />

Mercado em transição<br />

As novas realidades do mercado,<br />

impostas por novas tecnologias,<br />

novos produtos e novos<br />

veículos, bem como outro tipo de<br />

comportamento <strong>dos</strong> consumidores,<br />

exigem respostas consequentes<br />

e um posicionamento<br />

da oferta ao nível das exigências<br />

actuais, o que se traduz<br />

por um reequipamento das<br />

oficinas e uma requalificação<br />

<strong>dos</strong> profissionais, através de<br />

formação técnica e comercial<br />

continuada. Quem não<br />

souber ou não for capaz de<br />

estar à altura do que o<br />

mercado requer, arriscase<br />

a perder as oportunidades<br />

de negócio favoráveis<br />

de um contexto em<br />

que é possível facturar<br />

mais, com menos vendas.<br />

A "alternativa" é<br />

facturar menos, com<br />

mais vendas, de produtos<br />

de menor valor<br />

acrescentado, ou<br />

seja, com menor<br />

rentabilidade e maior carga<br />

de trabalho. De facto, o panorama<br />

do mercado nacional e europeu<br />

<strong>dos</strong> pneus premium não se<br />

alterou significativamente, em<br />

relação ao que já se havia registado<br />

no primeiro trimestre de<br />

2007 (QUADRO I).<br />

No final do ano passado, tinham<br />

sido vendi<strong>dos</strong> 630.103<br />

pneus deste tipo, com um valor<br />

total de € 65.540, isto é, com um<br />

valor médio unitário de € 104,01.<br />

No início de 2007, o valor unitário<br />

era de € 109,83, ou seja, mais<br />

5,6%, o que parece indicar que a<br />

oferta aumentou, devido ao crescimento<br />

da produção desta categoria<br />

de pneus, o que gerou economias<br />

de escala e um abaixamento<br />

<strong>dos</strong> custos comerciais. -<br />

O mercado <strong>dos</strong> pneus de altas<br />

prestações, ou premium, tem<br />

vindo a crescer no nosso<br />

mercado<br />

Os pneus<br />

premium<br />

surgiram para<br />

corresponder às<br />

prestações de<br />

viaturas de alto<br />

rendimento<br />

16<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Por definição, o<br />

pneu premium é<br />

um pneu de baixo<br />

perfil, para tirar<br />

partido das<br />

prestações<br />

dinâmicas desse<br />

formato<br />

QUADRO I<br />

VOLUMES<br />

Janeiro - Dezembro 2007<br />

UNIDADES<br />

630.103<br />

MILHÕES EUROS<br />

65.540<br />

PREÇO €<br />

104,01<br />

QUADRO II<br />

DIMENSÃO - UNIDADES %<br />

Janeiro - Dezembro 2006<br />

2,9<br />

4,6<br />

3,5<br />

11,1<br />

1,7<br />

7.7<br />

4.5<br />

5.3<br />

9<br />

15,5<br />

4,4<br />

3,2<br />

4,2 1,4<br />

19,5<br />

155/70/13<br />

165/70/14<br />

165/70/13<br />

165/70/14<br />

175/70/14<br />

175/70/13<br />

185/70/14<br />

185/70/15<br />

185/70/14<br />

185/70/14<br />

185/70/15<br />

195/70/15<br />

195/70/15<br />

195/70/15<br />

195/70/15<br />

205/70/16<br />

205/70/15<br />

215/70/16<br />

225/70/17<br />

225/70/16<br />

Outros<br />

Janeiro - Dezembro 2007<br />

1,7<br />

2,7<br />

3,2<br />

7,5<br />

1,6<br />

4,2<br />

3,8<br />

5<br />

10<br />

22,6<br />

3,5<br />

3,2<br />

4,4<br />

1,9<br />

23<br />

306.377<br />

Unidades %<br />

630.103<br />

QUADRO III<br />

DIMENSÃO - MILHÕES EUROS<br />

Janeiro - Dezembro 2006<br />

2,1<br />

3,6<br />

2,7<br />

5,6<br />

4,7<br />

4<br />

4,2<br />

7,2<br />

18,3<br />

3,5<br />

5,2<br />

6,5<br />

2,4<br />

28<br />

155/70/13<br />

165/65/14<br />

165/70/13<br />

165/70/14<br />

175/65/14<br />

175/70/13<br />

185/55/14<br />

185/55/15<br />

185/60/14<br />

185/65/14<br />

185/65/15<br />

195/50/15<br />

195/60/15<br />

195/65/15<br />

195/55/15<br />

205/60/16<br />

205/55/15<br />

215/55/16<br />

225/45/17<br />

225/55/16<br />

Outros<br />

Janeiro - Dezembro 2007<br />

1,7<br />

2,3<br />

3,5<br />

2,2<br />

3,1<br />

3,7<br />

7,3<br />

24<br />

2,5<br />

5<br />

6,4<br />

3,1<br />

32,4<br />

32.090<br />

Milhões Euros<br />

65.540<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

17


DESTAQUE<br />

<strong>Pneus</strong> Premium<br />

QUADRO IV<br />

JANTE - UNIDADES %<br />

Janeiro - Dezembro 2006<br />

22,1<br />

Janeiro - Dezembro 2007<br />

1,3<br />

15,2<br />

QUADRO VIII<br />

INDÍCE CARGA - UNIDADES %<br />

Janeiro - Dezembro 2006<br />

1,8<br />

4,9<br />

Janeiro - Dezembro 2007<br />

1,3<br />

3,5<br />

16,7<br />

25<br />

39,9<br />

26,3<br />

13”<br />

14”<br />

15”<br />

16”<br />

17”<br />

18”<br />

19”<br />

35,5<br />

34,1<br />

18,4<br />

2,2<br />

47<br />

68-75<br />

76-79<br />

80-81<br />

82<br />

83-90<br />

> =100 < 110<br />

> =110 < 120<br />

OUTROS<br />

18,2<br />

2,1<br />

57,4<br />

8,8<br />

11,7<br />

2<br />

1,7<br />

306,377<br />

Unidades %<br />

630,103<br />

306.377<br />

Unidades %<br />

630.103<br />

QUADRO V<br />

JANTE - MILHÕES EUROS<br />

QUADRO IX<br />

INDÍCE CARGA - MILHÕES EUROS<br />

Janeiro - Dezembro 2006<br />

Janeiro - Dezembro 2007<br />

Janeiro - Dezembro 2006<br />

Janeiro - Dezembro 2007<br />

13,4<br />

7,9<br />

3,8<br />

15<br />

2,2<br />

9<br />

26<br />

15,4<br />

31,1<br />

33,8<br />

13”<br />

14”<br />

15”<br />

16”<br />

17”<br />

18”<br />

19”<br />

40,2<br />

16,1<br />

4,1<br />

59<br />

68-75<br />

76-79<br />

80-81<br />

82<br />

83-90<br />

> =100 < 110<br />

> =110 < 120<br />

OUTROS<br />

4<br />

67,9<br />

15,1<br />

20,4<br />

5,4<br />

4,1<br />

32,090<br />

Milhões Euros<br />

65,540<br />

32.090<br />

Milhões Euros<br />

65.540<br />

QUADRO VI<br />

INDÍCE VELOCIDADE - UNIDADES %<br />

QUADRO X<br />

LARGURA - UNIDADES %<br />

Janeiro - Dezembro 2006<br />

Janeiro - Dezembro 2007<br />

Janeiro - Dezembro 2006<br />

Janeiro - Dezembro 2007<br />

25,2<br />

33,1<br />

55,1<br />

57,6<br />

PNEUS PREMIUM<br />

OUTROS<br />

28,5<br />

205<br />

195<br />

185<br />

225<br />

215<br />

24,9<br />

23,7<br />

OUTROS<br />

18,9<br />

44,9<br />

42,4<br />

7,8<br />

5,4<br />

8,9<br />

5,6<br />

9,4<br />

9<br />

555.773<br />

Unidades %<br />

1.096.570<br />

306.377<br />

Unidades %<br />

630.103<br />

QUADRO VII<br />

INDÍCE VELOCIDADE - MILHÕES EUROS<br />

QUADRO XI<br />

PERFIL - UNIDADES %<br />

Janeiro - Dezembro 2006<br />

Janeiro - Dezembro 2007<br />

Janeiro - Dezembro 2006<br />

Janeiro - Dezembro 2007<br />

33,9<br />

39,3<br />

72,1<br />

73,3<br />

55<br />

PNEUS PREMIUM<br />

OUTROS<br />

25,8<br />

60<br />

65<br />

50<br />

22,5<br />

45<br />

OUTROS<br />

16,9<br />

16,7<br />

27,9<br />

26,7<br />

11,8<br />

9<br />

8,6<br />

9,1<br />

3,1<br />

3,4<br />

44.531<br />

Milhões Euros<br />

89.596<br />

306.377<br />

Unidades %<br />

630.103<br />

18<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


QUADRO XII<br />

CANAIS<br />

73,8<br />

0,5<br />

Unidades %<br />

Janeiro - Dezembro 2007<br />

24,7<br />

CENTROS AUTO<br />

M. M.<br />

ESP. PNEUS<br />

Tem-se registado uma procura<br />

crescente <strong>dos</strong> índices de<br />

velocidade S/T e H.<br />

76,9<br />

1<br />

Valor %<br />

22,2<br />

No que se refere a<br />

medidas, a categoria<br />

rainha é a <strong>dos</strong> pneus<br />

205/55/16, tendo<br />

passado de 15,5%<br />

(2006), para 22,6%,<br />

no ano passado<br />

(QUADRO II). A vantagem<br />

relativamente<br />

a outras medidas<br />

é ainda mais clara<br />

em valor, tendo<br />

passado de 18,3%<br />

(2006), para 24%<br />

(QUADRO III). Na<br />

categoria das medidas<br />

mais específicas acima<br />

das 18", geralmente utilizadas<br />

nos SUV (Sport Utility Vehicle) o<br />

crescimento também é notório,<br />

passando de 19,5% (2006), para<br />

23% no ano passado. Em valor, o<br />

salto foi ainda<br />

maior, tendo<br />

passado de 28%<br />

(2006), para<br />

32,4%. Isto significa<br />

que o que<br />

está a dar é vender<br />

pneus para<br />

os carros de topo<br />

de gama, onde se<br />

concentra mais<br />

de 1/3 da facturação<br />

<strong>dos</strong> pneus. Em<br />

contrapartida, as<br />

medidas pequenas<br />

e as séries "altas"<br />

(60/65 e 70) estão a<br />

vender proporcionalmente<br />

cada vez menos.<br />

A mesma coisa<br />

se verifica na medida<br />

das jantes, onde<br />

as de 15" e 16" representam<br />

69,6%<br />

do total das vendas<br />

(QUADRO<br />

IV). Incluindo<br />

as jantes de<br />

17" e 18", as<br />

medidas grandes<br />

representam 84% do mercado.<br />

Em contrapartida, a jante de 14"<br />

desceu 6,9% de 2006, para 2007.<br />

Se analisarmos o domínio das<br />

medidas grandes em valor, este<br />

é ainda maior, pois as jantes de<br />

16", 17" e 18" representam 67,7<br />

do mercado (QUADRO V). Por<br />

seu turno, as jantes de 15" desceram<br />

4,9% em facturação, contra<br />

uma queda de 5,5% nas jantes<br />

14". A venda <strong>dos</strong> pneus de<br />

13" já é neste momento residual.<br />

Quanto aos índices de velocidade<br />

eleva<strong>dos</strong>, os pneus premium<br />

dominam claramente o<br />

mercado, facturando 73,3% do<br />

total. Em quantidade, esse domínio<br />

é menos sensível, ficando os<br />

pneus premium com 57,6% das<br />

unidades vendidas (QUADROS VI<br />

E VII). Esta tendência já se verificava<br />

em 2006, mas acentuou-se<br />

no ano passado e continuará a<br />

ampliar-se certamente durante<br />

este ano. Idêntica tendência se<br />

regista quanto aos índices de<br />

carga, com os valores mais eleva<strong>dos</strong><br />

a dominarem claramente,<br />

o que reforça a tese de que o<br />

grande filão do mercado são os<br />

veículos de topo de gama. Na<br />

realidade, os índices de carga<br />

eleva<strong>dos</strong> representam 57,4% do<br />

mercado, em quantidade, mas<br />

passam para 67,9%, em facturação<br />

(QUADROS VIII e IX). Quanto<br />

à largura, regista-se uma subida<br />

notória <strong>dos</strong> pneus 205 (+ 7,9 %) e<br />

um decréscimo <strong>dos</strong> pneus 195<br />

(- 3,6 %) e 185 (- 5,3 %) (QUADRO<br />

X). Quanto ao perfil, regista-se<br />

uma maior procura pela medida<br />

55 (QUADRO XI).<br />

Para fechar a análise do mercado,<br />

convém referir que as oficinas<br />

especializadas de pneus<br />

continuam a dominar os canais<br />

de distribuição, com 73,8% do<br />

mercado, no que respeita unidades<br />

vendidas (QUADRO XII). No<br />

que se refere a valor, o domínio<br />

é maior, com 76,9%. Os centros<br />

auto (serviços rápi<strong>dos</strong>) progrediram<br />

ligeiramente de 2006,<br />

para o ano passado, de 23,5%,<br />

para 24,7%. No entanto, o peso<br />

em facturação evoluiu pouco<br />

(19,9% - 22,2%), o que indica que<br />

ainda se dedicam principalmente<br />

a produtos e serviços mais<br />

acessíveis.<br />

De destacar que os concessionários<br />

estão a preparar a "invasão"<br />

ao sector <strong>dos</strong> pneus premium,<br />

escuda<strong>dos</strong> no equipamento<br />

original <strong>dos</strong> veículos e no<br />

apoio das marcas. O futuro dirá<br />

se a aposta é para resultar, ou se<br />

nunca passará de um balão de<br />

ensaio. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

19


DESTAQUE<br />

<strong>Pneus</strong> Premium<br />

A OFERTA DO MERCADO<br />

BRIDGESTONE POTENZA RE050<br />

A própria nomenclatura latinizante é sofisticada<br />

e evocativa das emoções exclusivas<br />

<strong>dos</strong> modelos de alta potência e prestações.<br />

Na realidade, trata-se de um pneu<br />

destinadoaosfamiliaresdealtacilindradae<br />

aos desportivos da raiz, como o Aston Martin,Ferrari,Mercedes,BMW,Porsche,etc.É<br />

um pneu que beneficia da grande experiência<br />

que a Bridgestone tem da competição<br />

automóvel,estandoagoraprestesaregressar<br />

mais uma vez à F1. As características de<br />

aderência,tantoempisoseco,comomolhado,<br />

são excepcionais, proporcionando reacçõesextremamente<br />

rápidasaaltavelocidade.<br />

As últimas tecnologias de redução do<br />

ruído também estão aplica<strong>dos</strong> no Potenza<br />

RE050, garantindo uma condução confortável<br />

e descontraída. O desenho da banda de<br />

rolamento é assimétrica, com grandes blocos<br />

do lado exterior, para permitir maior<br />

contacto com a estrada e melhor aderência<br />

em curva, ao passo que os canais da parte<br />

interior do desenho asseguram um excelente<br />

escoamento do lençol de água da estrada.<br />

Para garantir grande estabilidade e controlo<br />

direccionais, o Potenza RE050 possui<br />

uma nervura central de grande rigidez. A<br />

resistência ao aquaplaning é favorecida pelosquatrocanaislongitudinais,mesmoaaltas<br />

velocidades. Este pneu está também<br />

disponível com tecnologia RFT (run flat),<br />

sendo capaz de rodar sem pressão durante<br />

160 km, a uma velocidade máxima de 90<br />

km/h.<br />

Os Potenza RE050 da Bridgestone estão<br />

disponíveis numa ampla gama de medidas<br />

sugestivas, com larguras desde 205 a 285,<br />

séries 30 a 45, jantes de 16 a 20", códigos de<br />

cargaaté99ecódigosdevelocidadedeW,Y,<br />

W/Y,XLW,XLYeXLW/Y.■<br />

CONTINENTAL CONTISPORTCONTACT 3<br />

A Continental é uma das marcas com<br />

mais êxito no equipamento de origem, estando<br />

o ContiSportContact 3 homologado<br />

oficialmente pelos construtores, para mais<br />

de 200modelos de prestígio. A linha de produto<br />

ContiSportContact já vendeu mais 31<br />

milhões de pneus, sendo previsível que a<br />

última geração venha a continuar a longa<br />

senda de sucessos das anteriores. Os três<br />

pontos em que se estriba a fama deste pneu<br />

são a menor distância de travagem, excelente<br />

maneabilidade e aderência ímpar em<br />

piso molhado. O desenho assimétrico do<br />

ContiSportContact ultrapassa as anteriores<br />

edições deste pneu com banda de rolamento<br />

simétrica, distribuindo melhor as forças<br />

durante a travagem, por toda a superfície<br />

de contacto do pneu. Ao curvar, sucede o<br />

mesmo fenómeno de distribuição uniforme<br />

das forças dinâmicas do pneu, proporcionando<br />

excelente aderência a todas as velocidades.<br />

O composto de borracha com alto<br />

teor de silício possui uma aderência excepcional<br />

a pisos molha<strong>dos</strong> e a eficácia contra o<br />

aquaplaning melhorou 6%, relativamente à<br />

versão anterior do ContiSportContact. Para<br />

as rodas de tracção <strong>dos</strong> modelos mais potentes,<br />

a Continental desenhou um canal<br />

em forma de Y, a separar as duas faixas de<br />

borracha da banda de rolamento.<br />

A extensa gama de medidas do Continental<br />

ContiSportContact 3 permite jantes de<br />

16" até 21" e larguras que podem ir do 205<br />

ao 295, ou mesmo 305. O índice de série estende-se<br />

do 25 ao 55, o que diz bem da amplitude<br />

da oferta desta marca. O mesmo se<br />

pode dizer <strong>dos</strong> índices de velocidade, que<br />

partem do W e Y até ao Z.■<br />

COOPER ZEON 2XS<br />

Este pneu foi estudado para viaturas de<br />

turismo de alta cilindrada e motores de elevada<br />

potência. A inovação deste pneu, desenvolvida<br />

pelo departamento de I + D da<br />

Cooper, reside no perfil ligeiramente abaulado<br />

da banda de rolamento, tendo a parte<br />

central um contacto mais forte com o solo e<br />

os ombros do pneu um contacto mais leve,<br />

em recta. Esta concepção permite tornar o<br />

pneu mais leve, embora os técnicos da Cooper<br />

tenham reforçado a parte central com<br />

mais borracha, para prever o desgaste superior<br />

dessa zona do pneu. Globalmente, o<br />

desgaste do pneu é mais uniforme e mais<br />

lento. Por outro lado, esta concepção permite<br />

uma eliminação óptima da água a alta<br />

velocidade, condição essencial para a segurançadoveículo.<br />

Umanervuracentrallarga<br />

atodaavoltadopneugaranteumaboaestabilidade<br />

direccional. A existência de dois<br />

ombros simétricos e de passo variável reduz<br />

em grande medida o ruído em movimento,<br />

com benefício do conforto de condução.<br />

Paraalémdasqualidadesdeaderência<br />

em qualquer tipo de piso, a sua construção<br />

gera uma grande precisão de condução e<br />

uma homogeneidade perfeita das pressões<br />

nazonadecontacto.<br />

Outra característica deste pneu é possuir<br />

uma pala lateral de protecção da jante, que<br />

evita o contacto desta com as arestas <strong>dos</strong><br />

passeios. O Zeon 2XS está disponível em<br />

medidasgrandes,comjantesde16a20".As<br />

larguras também oscilam entre 205 e 285,<br />

com os índices de série a variar de 30 a 55.<br />

Os índices de peso vão até aos 99, e os códigosdevelocidadeestãoescalona<strong>dos</strong>deW,Y<br />

aWXLeYXL.■<br />

20<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


DUNLOP SP SPORT MAXX TT<br />

GOODYEAR EAGLE F1 ASYMMETRIC<br />

A Dunlop, um <strong>dos</strong> principais fabricantes a<br />

nível mundial de pneus de alta e elevada<br />

performance, acaba de apresentar o SP<br />

Sport Maxx TT, o novo pneu com excelente<br />

performanceecomatecnologiaKevlar®da<br />

DuPont. O novo SP Sport Maxx TT da Dunlop<br />

também tem um novo composto derivado<br />

<strong>dos</strong> desportos motoriza<strong>dos</strong> com nanopartículas<br />

e Touch Technology. O SP Sport<br />

Maxx TT, que é o sucessor do premiado SP<br />

Sport Maxx da Dunlop, proporciona mais e<br />

melhor qualidade na resposta da estrada,<br />

melhor comportamento em piso molhado e<br />

seco e maior quilometragem, assim como<br />

uma melhor estabilidade nas curvas e a alta<br />

velocidade para poder oferecer aos apaixona<strong>dos</strong><br />

da condução a melhor precisão de<br />

condução. Precisão fortalecida com kevlar®<br />

- O Kevlar® da DuPont, uma fibra<br />

sintética que é cinco vezes mais forte do que<br />

oaçoequemantémasuaforçaeresistência<br />

num grande intervalo de temperaturas, é<br />

utilizado em várias aplicações exigentes. O<br />

SPSportMaxxTTutilizaoelastómerosintético<br />

(EE) Kevlar® em todo o apex do pneu -<br />

umainovaçãonatecnologia<strong>dos</strong>pneus.Utilizandoumcompostoderivado<strong>dos</strong>desportos<br />

motoriza<strong>dos</strong> e enchimentos em que as partículastêmumtamanhoinferiora100nanometros–emqueumnanometroéummilionésimo<br />

de milímetro – o SP Sport Maxx TT<br />

garante uma melhor ligação entre o enchimento<br />

e a matriz de borracha aumentando<br />

assim a superfície total, o que por sua vez<br />

assegura que o pneu ofereça uma melhor<br />

performance tanto na aderência como no<br />

desgaste. O SP Sport Maxx TT está disponível<br />

numa ampla gama de medidas, com larguras<br />

desde 205 a 255, séries 35 a 50, jantes<br />

de 17 e 18", códigos de carga até 101 e códigodevelocidadedeY.■<br />

OEagleF1Asymmetricincorporaainovadora<br />

tecnologia "Cornering Technology",<br />

que permite que o pneu mantenha um contacto<br />

uniforme com a estrada, mesmo nas<br />

situações mais críticas, como é o curvar a<br />

altavelocidade.Parajustificaroseunome,o<br />

novo pneu Eagle F1 Asymmetric tem uma<br />

estrutura interior assimétrica, apresentando<br />

uma tela de aramida ultra resistente no<br />

flanco interno, que impede a deformação do<br />

pneu e mantém a banda de rolamento em<br />

contactocomopiso.Paragarantiramáxima<br />

aderência em piso molhado, a Goodyear recorreu<br />

a uma composição derivada directamente<br />

das misturas utilizadas em competição.<br />

O pneu fica mais polivalente, porque a<br />

borracha também tem boa aderência em<br />

seco e apresenta excelente resistência ao<br />

desgaste. Por outro lado, a inovadora "Active<br />

Cornergrip Technology" proporciona a<br />

distribuição uniforme das forças dinâmicas<br />

exercidas sobre a superfície de contacto do<br />

pneunascurvas,oquepossibilitaumanotável<br />

aderência. Outro ponto forte do Eagle F1<br />

Asymmetric é a eliminação da água em pisos<br />

molha<strong>dos</strong>, diminuindo consideravelmente<br />

o risco de aquaplaning. A estabilidade<br />

estrutural do pneu permitiu que os canais<br />

longitudinais de escoamento da água<br />

fossem desloca<strong>dos</strong> para o lado interno da<br />

bandaderolamento,ondeapressãodecontacto<br />

do pneu é maior. O lado externo da<br />

banda de rolamento tem blocos mais largos,<br />

para garantir a melhor aderência em<br />

curva.Umanervuracentralcontínuagarante<br />

o controlo direccional imediato, mesmo a<br />

alta velocidade. As 24 medidas disponíveis<br />

para o novo Goodyear Eagle F1 Asymmetric<br />

são todas grandes, para jantes entre 17 e<br />

20". As larguras vão do 215 ao 285, enquanto<br />

que os índices de série começam a 25 e<br />

vão até 50. O índice de velocidade XL Y é<br />

igual em todas as medidas, mas o índice de<br />

cargaoscilaentre88e103.■<br />

HANKOOK VENTUS V12 EVO<br />

A criatividade da marca coreana Hankook<br />

tem-se manifestado de várias formas<br />

e revela-se mais uma vez no Ventus V12<br />

evo, pneu de altas prestações. O bloco central<br />

sólido oferece um grande rendimento<br />

natravagem.Tambémgaranteumaóptima<br />

pressão de contacto com a superfície e resposta<br />

eficaz a altas velocidades. O efeito 3D<br />

na borda <strong>dos</strong> blocos é outra característica:<br />

ângulos diversos no corte <strong>dos</strong> blocos dão<br />

como resultado um sofisticado desenho<br />

com um efeito tridimensional, e a pressão<br />

de contacto no solo distribui-se uniformemente<br />

para um excelente controlo e uma<br />

travagem optimizada. O composto HPSR é<br />

outra característica do Ventus V12 evo.<br />

Com o uso do composto HPSR assegura-se<br />

uma boa capacidade de tracção e travagem<br />

em superfícies molhadas. O reforço da cintura<br />

de Nylon de alta densidade é outra característica.<br />

A estrutura optimizada com<br />

cintura de alta densidade de nylon oferece<br />

uma maior distribuição de contacto com a<br />

superfície nas curvas. O perfil foi baseado<br />

na pressão óptima de contacto com a superfície<br />

e simulação de travagem para se<br />

conseguir maior segurança a alta velocidade.<br />

A distorção mínima do centro e <strong>dos</strong> ombros,<br />

durante a condução a alta velocidade,<br />

oferece uma condução com uma maior segurança,<br />

incrementando a durabilidade. A<br />

eficiente drenagem da água é graças ao<br />

bloco linear amplo e desenho da banda de<br />

rodagem em forma de “Y”. Com efeito, o<br />

bloco central amplo e um agressivo desenho<br />

em forma de “Y” na banda de rodagem<br />

com eficientes canais de evacuação de<br />

água, traduzem-se em maior segurança<br />

em pisos molha<strong>dos</strong>.<br />

A superfície de contacto mais ampla e<br />

uma película de água de menor espessura<br />

significa melhor drenagem da água, característica<br />

do V12 evo. O Ventus V12 evo está<br />

disponível numa ampla gama de medidas,<br />

com larguras desde 185 a 275, séries 35 a<br />

55, jantes de 15 a 18", e códigos de velocidade<br />

de V, W, Y. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

21


DESTAQUE<br />

<strong>Pneus</strong> Premium<br />

KHUMO ECSTA X3 KL17<br />

Outrofabricantedepneuscoreanodeelevada<br />

tecnologia, que decidiu apostar em<br />

pneusdealtasprestações.AapostadaKhumo<br />

recaiu no nicho <strong>dos</strong> SUV de utilização citadina,sendooEcstaX3KL17reservadoexclusivamente<br />

para uso em asfalto. As medidas<br />

podem ir até diâmetros de 30 ou 32",<br />

sendo o primeiro fabricante a apresentar<br />

pneuspremiumnestetipodemedidas.Destinado<br />

aos mais potentes SUV da actualidade,<br />

o novo pneu da Khumo caracteriza-se<br />

pela elevada resistência ao aquaplaning,<br />

grandeestabilidadeacurvaraaltavelocidade<br />

e níveis invejáveis de silêncio e conforto<br />

de condução. A maior parte das inovações<br />

do Ecsta X3 KL17 estão na banda de rolamento<br />

de desenho assimétrico, que se caracteriza<br />

por quatro canais de drenagem<br />

largos e uma nervura central contínua, a<br />

qual confere grande estabilidade direccional.<br />

A composição deste pneu foi desenvolvida<br />

para garantir a máxima resistência,<br />

semprejudicaramaneabilidadeecapacidade<br />

de travagem necessárias aos grandes<br />

SUV. Por seu turno, a estrutura do novo<br />

pneu beneficia da tecnologia ESCOT, exclusiva<br />

da Khumo, que elimina os pontos de<br />

concentração de esforços dinâmicos. A<br />

montagem das cintas e das telas é feita com<br />

recurso a tecnologias muito avançadas,<br />

sendo usadas cintas metálicas de alta tensão<br />

e fios sem fim, que asseguram grande<br />

duração e alta resistência a impactos. A<br />

gama de medidas do Ecsta X3 KL17 é um<br />

tantoatípica,oferecendodiâmetrosde16"a<br />

32". As larguras disponíveis começam em<br />

235epodemiraté315,comosíndicesdesérie<br />

de 25 a 70. Os índices de velocidade também<br />

apresentam grande amplitude, desde<br />

o H até ao Y XL. Nos índices de carga, o menoré95eomaioréde113.■<br />

MARANGONI VERSO<br />

Esta marca desde cedo aliou o seu nome<br />

aos pneus de altas prestações, possuindo<br />

uma oferta muito diversificada, para quase<br />

to<strong>dos</strong> os tipos de viaturas do parque automóvel<br />

de turismo. O nome Verso está relacionado<br />

com rima, de modo que neste pneu<br />

aMarangonifezconvergirtodasassuastecnologias<br />

e capacidades, para alcançar aquilo<br />

que a marca designa "a essência da condução",ou<br />

seja, uma síntese perfeita entre<br />

segurança, conforto, prestações e equilíbrio.<br />

Como to<strong>dos</strong> os pneus premium, o Marangoni<br />

Verso está tão à vontade na chuva,<br />

como em estrada seca. O desenho, os compostosespeciaiseaestabilidadedasuperfíciedecontactocontribuemparaqueoVerso<br />

seja uma das referências do segmento na<br />

condução em molhado e na resistência ao<br />

aquaplaning. As quatro nervuras longitudinais<br />

largas e profundas, com uma nervura<br />

central contínua já são um padrão de referência<br />

nos pneus premium e o Verso não é<br />

excepção. Além disso, a banda de rolamento<br />

do Verso foi obtida pela tecnologia exclusivadaMarangoniCVR(ConstantVoidRatio)<br />

que possibilita a máxima aderência. Os ombroslateraisreforça<strong>dos</strong>dãoestabilidadeao<br />

pneu em curva e na travagem. Outro trunfo<br />

do Marangoni Verso é o elevado conforto<br />

que proporciona, não só em termos de ruído,<br />

mas em capacidade de amortecimento,<br />

graças à tecnologia " Cap & Base ". Talvez<br />

sejaessaumadasrazõespelasquaisamarca<br />

não oferece séries abaixo da 55. Outra<br />

originalidade do Verso, para rimar com o<br />

ambiente,éautilizaçãodemateriaispensa<strong>dos</strong><br />

para a posterior valorização térmica.<br />

Importante numa altura em que a opinião<br />

públicavalorizacadavezmaisessefactor.O<br />

Marangoni Verso existe nos diâmetros de<br />

14 a 17", nas séries 55, 60 e 65. Com larguras<br />

desde 185 a 225, os índices de velocidade<br />

podem ir do T ao W XL. Quanto ao índice<br />

decarga,variaentre80e100.■<br />

MICHELIN LATITUDE SPORT<br />

Este pneu nasceu da colaboração da MichelincomaPorsche,tendoemvistaoequipamento<br />

de origem do Porsche Cayenne.<br />

Destinado exclusivamente à utilização citadina<br />

e em auto-estrada, o Latitude Sport é<br />

um pneu de asfalto, que recupera os componentes<br />

do Michelin Pilot Sport 2, um <strong>dos</strong><br />

pneus de referência para os veículos de turismo<br />

desportivos, sendo-lhe acrescentado<br />

um desenho assimétrico da banda de rolamento,<br />

maior capacidade de carga e maior<br />

resistência.Noquerespeitaàestabilidadea<br />

alta velocidade, o Latitude Sport está ao nível<br />

do melhor que a Michelin tem feito para<br />

os carros mais rápi<strong>dos</strong> do mercado. Sendo<br />

mais pesado, o novo Latitude Sport está sujeito<br />

a deformações produzidas pela força<br />

centrífuga a alta velocidade, que reduzem a<br />

área de contacto do pneu com a estrada.<br />

Para superar esse problema, a Michelin<br />

trabalhou a estrutura do pneu dotando-a<br />

com uma cinta longitudinal a 0º e envolvente,<br />

reforçando os ombros do pneu. Esta tela<br />

éproduzidacomumfiocontínuo(semfim)e<br />

passo variável, sendo colocada sobre as telas<br />

metálicas superiores do pneu. A grande<br />

largura desta cinta a 0º, que é utilizada pela<br />

primeira vez no Latitude Sport, garante a<br />

ausência de deformações do pneu a alta velocidade,<br />

optimizando o contacto do pneu<br />

com o solo e a estabilidade do veículo.<br />

Quanto ao desenho da banda de rolamento,<br />

segue o padrão <strong>dos</strong> pneus premium, com<br />

quatro canais de drenagem longitudinais. A<br />

originalidade está no facto do canal mais<br />

exterior ter uma forma serrilhada, a qual,<br />

juntamente com os blocos de borracha do<br />

ladodeforadopneu,garantemmelhoraderência<br />

em seco. A gama disponível do Michelin<br />

Latitude Sport é bastante exclusiva,<br />

contando apenas com 11 medidas diferentes,<br />

com larguras desde 255, até 315. Os<br />

diâmetros de jante vão das 18" às 23", com<br />

índices de série de 25 a 55. Com índices de<br />

velocidade W e Y XL, os novos pneus apresentam<br />

códigos de carga de 101 a 110. ■<br />

22<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


PIRELLI P ZERO<br />

OPirelliPZero,quesignificazerotolerância<br />

em critérios de qualidade, tem mais de<br />

20 anos de carreira contínua no mercado<br />

mundial. A Pirelli afirma que se trata de um<br />

pneu que apresenta prestações sem precedentes,<br />

conjugando de forma optimizada o<br />

carácter desportivo, com total segurança e<br />

grande conforto. Incorpora várias soluções<br />

inovadoras, cinco das quais patenteadas<br />

pela marca italiana. A primeira novidade é<br />

os compostos obti<strong>dos</strong> com recurso a nanotecnologia,<br />

que garantem a máxima aderência<br />

mesmo a frio ou com baixas temperaturas<br />

exteriores. Ao mesmo tempo, os<br />

novos compostos tornam possível excelente<br />

aderência em piso molhado e reduzem<br />

consideravelmenteonívelderuídodopneu.<br />

OdesenhoassimétricodoPZerorecuperao<br />

padrão recorrente em muitos pneus premium,<br />

com o lado exterior concebido para a<br />

aderência em seco, ficando o lado interno<br />

com a responsabilidade da drenagem. Os<br />

largos canais longitudinais visam proporcionar<br />

boa drenagem da água do solo, por<br />

um lado, permitindo igualmente grande<br />

controlodireccionalemtodasassituaçõese<br />

velocidades, por outro lado. Na estrutura do<br />

P Zero está também um sistema inovador<br />

"HyCo" (Hybrid Cord), que garante a máxima<br />

resistência do pneu à deformação, a velocidades<br />

até 370km/h. A característica patenteada<br />

DACo (Dynamic Asymmetric Contour),<br />

é a mais avançada solução para o<br />

controlodocontactodopneucomosolo,garantindo<br />

a uniformidade e a optimização em<br />

todootipodesituaçõesaovolante.<br />

A gama de medidas do P Zero não prevê<br />

diâmetrosdejanteinferioresa16",nemsuperiores<br />

a 20". Nas larguras, os 205 estão<br />

na base da oferta, fechando-se o topo com<br />

os355.Assériesvãodesde25a55eoscódigosZReYfiguramnamaiorpartedasmedidas,<br />

embora apareçam algumas poucas<br />

medidascomcódigosdevelocidadeVeW.■<br />

VREDESTEIN ULTRAC SUV SESSANTA<br />

AfamíliadepneusUltracSessantadaVredestein<br />

foi ampliada com o lançamento do<br />

UltracSUVSessanta,cujadesignaçãorevela<br />

onichode mercadoalvo,ouseja,os grandes<br />

desportivospolivalentes.Paraaclientelade<br />

prestígio a que se destinam os pneus, não<br />

fica mal que o desenho exclusivo da banda<br />

de rolamento tenha saído do atelier de Giugiaro,cujamaiororiginalidadeconsistenum<br />

sulco assimétrico único, do lado interior do<br />

pneu, que se prolonga para o lado exterior<br />

em canais de largura variável e divergentes<br />

entre si. Segundo o fabricante, um <strong>dos</strong> principais<br />

resulta<strong>dos</strong> deste desenho é o muito<br />

baixo nível de ruído do pneu. Por outro lado,<br />

a parte exterior da banda de rolamento tem<br />

mais 25% de borracha que a parte interior,<br />

para resistir aos esforços suplementares<br />

que lhe são exigi<strong>dos</strong>. O composto do Ultrac<br />

SUV Sessanta é também exclusivo, sendo<br />

constituído por silício, diversos tipos de carvão<br />

activo e uma resina sensível à temperatura.Ocarvãoactivotempropriedadesdese<br />

combinar com os polímeros, formando uma<br />

união muito resistente. Na estrutura do<br />

pneu, uma cinta de aço rígida garante a segurança<br />

do pneu e a qualidade do controlo<br />

direccional, sendo utiliza<strong>dos</strong> compostos especiais<br />

para envolvê-la e assegurar o ângulo<br />

mais adequado. Em suma, um pneu que<br />

proporciona desempenhos ao nível das<br />

“máquinas” para que está talhado, a que<br />

adiciona um estilo muito apurado de design.<br />

A oferta do Vredestein Ultrac SUV Sessanta<br />

apenasinclui11medidas,parajantesdediâmetros<br />

compreendi<strong>dos</strong> entre 17 e 22", com<br />

larguras que oscilam de 235 a 315. Todas as<br />

medidas têm código ZR e séries que variam<br />

de 30 a 65. Os índices de cargasão to<strong>dos</strong> acima<br />

<strong>dos</strong> 102, com o máximo de 110. Os índicesdevelocidadevariamdeVXLaYXL.■<br />

YOKOHAMA ADVAN SPORT<br />

A Yokohama também participa activamentenosdesportos<br />

motoriza<strong>dos</strong>,aproveitando<br />

a sua forte imagem de marca e a capacidade<br />

técnica para fabricar pneus de altas<br />

performances. O Advan Sport possui um<br />

desenho clássico mas agressivo, onde se<br />

destacam os quatro canais de drenagem<br />

largos e equidistantes. O desenho apresenta<br />

uma ligeira assimetria, dentro do que já é<br />

um padrão relativamente recorrente nos<br />

pneus premium, ou seja, com o lado exterior<br />

mais compacto, para fornecer aderência<br />

em seco, enquanto que o lado interior é<br />

mais recortado, para facilitar a drenagem<br />

da água do solo. A capacidade de resposta<br />

direccional é também muito rápida, tanto<br />

em curvas de diâmetro variável, como em<br />

manobras a alta velocidade. A composição<br />

do pneu é "inteligente", isto é, adapta-se às<br />

condições da via e suporta temperaturas<br />

extremas, sem alterar as suas característicasdeaderência.Comoéhabitualnestetipo<br />

depneus,onívelderuídoéminimizado,tanto<br />

pelo desenho, como pela natureza do<br />

composto, ficando a estabilidade dimensional<br />

garantida por uma estrutura de segurança,<br />

que permite velocidades superiores<br />

a 300km/h. Está prevista para breve uma<br />

versão RFT ou ZPS (Zero Pression System),<br />

para jantes a partir de 16", podendo chegar<br />

ao índice de velocidade W. Estes pneus têm<br />

os flancos reforça<strong>dos</strong> e um composto que<br />

resiste ao aquecimento, bem como um aro<br />

de montagem metálico que impede a saída<br />

do pneu através do bordo da jante. O Yokohama<br />

Advan Sport possui uma das gamas<br />

mais completas do mercado, com diâmetros<br />

de jante a partir das 16", até às 22" (algumas<br />

medidas com lançamento para breve).<br />

As larguras podem variar entre 205 e<br />

275, e os códigos de série vão de 25 a 55. As<br />

medidas existentes têm código de velocidade<br />

Y, W e V, e índice de carga que pode chegar<br />

a 105. A maior parte das medidas também<br />

possui um código RF, que significa "reforçado".■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

23


NOVIDADE<br />

AUTOCENTER<br />

Sede: Nogueira - Apartado 457<br />

4711 914 Braga<br />

Director de Operações: José Luis Sousa<br />

Telefone: 253 240 600<br />

Fax: 253 240 601<br />

E-mail: jlsousa@autocenter.pt<br />

Internet: www.autocenter.pt<br />

AutoCenter - Oficina Móvel<br />

PNEUS AO DOMICÍLIO<br />

Se Maomé não vai à montanha... então a oficina<br />

móvel vai à sua “casa”. É mais ou menos esta a ideia<br />

de um novo serviço, que a AutoCenter lançou<br />

recentemente no mercado português.<br />

Com uma rede de mais de 40 lojas, a<br />

Auto Center tem mostrado grande<br />

dinâmica no mercado <strong>dos</strong> serviços<br />

oficinais.<br />

Recentemente apresentada, a “Oficina<br />

Móvel”, é um serviço de assistência móvel,<br />

utilizando uma frota de viaturas tecnicamente<br />

preparadas, que permite efectuar pequenas<br />

reparações ou operações de manutenção<br />

simples em qualquer local, sem ter de ir<br />

à oficina.<br />

Estas intervenções incidem essencialmente<br />

na troca de pneus, mas a substituição<br />

do óleo do motor, das baterias ou das lâmpadas<br />

também podem estar contempladas.<br />

24<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

A principal vantagem, nomeadamente<br />

para frotas, mas também para particulares,<br />

é que se pode programar uma intervenção<br />

destas sem existir a necessidade de uma<br />

pessoa levar o veículo a um concessionário<br />

ou a uma oficina, com to<strong>dos</strong> os ganhos económicos<br />

e de tempo inerentes, até porque<br />

as intervenções da oficina móvel têm exactamente<br />

o mesmo valor que a mesma intervenção<br />

num AutoCenter.<br />

Nas intervenções não programadas, o<br />

processo é idêntico, pois basta um telefonema<br />

e a equipa Oficina Móvel mais próxima<br />

deslocar-se-á ao local.<br />

Apesar da Oficina Móvel ser um projecto já<br />

com um estudo prático feito no terreno a<br />

Oficina Móvel actuará, em Faro, Lisboa e no<br />

Porto e respectivos concelhos limítrofes,<br />

estando previsto alargar-se substancialmente<br />

a muitos outros distritos e concelhos<br />

do país, como também às ilhas, onde já começou<br />

nos Açores e na Madeira.<br />

O serviço funciona deste as 8h30m até às<br />

19 horas, embora o mesmo posssa ser solicitado<br />

noutros horários no caso de acor<strong>dos</strong><br />

específicos com empresas.<br />

José Luís de Sousa, Director de Operações<br />

da AutoCenter, afirmou que “a Oficina<br />

Móvel permitirá uma clara redução de custos<br />

às empresas que têm frotas, como também<br />

mudará a forma de estar destes clientes”.■


EVENTO<br />

EUROTYRE <strong>2008</strong><br />

CIMENTAR O PRESENTE<br />

DESENVOLVER O FUTURO<br />

Sob o auspício de um <strong>2008</strong> recheado de<br />

sucessos, a Convenção EUROTYRE<br />

reuniu em Lisboa os accionistas daquela<br />

que é a maior rede independente de<br />

postos de reparação e manutenção<br />

automóvel na Europa.<br />

AEUROTYRE realizou a sua assembleia-geral<br />

para apresentação do<br />

relatório de contas e respectiva<br />

aprovação, aberta a to<strong>dos</strong> os accionistas, e<br />

aproveitou a oportunidade para reunir alguns<br />

<strong>dos</strong> seus fornecedores que divulgaram<br />

a gama de produtos e as novidades ao dispor<br />

<strong>dos</strong> membros da rede.<br />

Os pneus KUMHO não faltaram à chamada<br />

por intermédio da SPO – Sociedade de <strong>Pneus</strong><br />

do Oriente, com um naipe de alternativas<br />

para veículos ligeiros, pesa<strong>dos</strong> e competição.<br />

Outra das estrelas no espaço para exposição<br />

de produtos e empresas foi a AVON,<br />

através do seu novo pneus ZV5, concebido<br />

para proporcionar um desempenho inovador<br />

em diversas condições. O novo ZV5 foi desenvolvido<br />

utilizando tecnologia cimentada<br />

ao longo de mais de 100 anos de experiência<br />

da marca.<br />

O composto de sílica de 4ª geração que utiliza<br />

"tecnologia de sílica acoplada" combinada<br />

com partículas de sílica de elevada dispersão<br />

para aumentar a duração do pneu e<br />

melhorar o desempenho em piso molhado; O<br />

padrão de relevo superior assimétrico; O baixo<br />

nível de ruído; O perfil do piso "Tri-Arc"<br />

que cria uma pressão de contacto mais uniforme<br />

com a estrada; As Paredes laterais<br />

mais baixas e rígidas; e o Rebordo de protecção<br />

da jante de grandes dimensões, são alguns<br />

predica<strong>dos</strong> do ZV5. A AVON é representada<br />

em Portugal pela Dispnal.<br />

Os pneus de chuva UNIROYAL, que também<br />

têm bons desempenhos em piso seco,<br />

marcaram presença. O UNIROYAL RainSport<br />

1, por exemplo, foi construído de forma a dispersar<br />

cerca de 30 litros de água da estrada,<br />

por segundo, a 80 km/h.<br />

A Império <strong>Pneus</strong> deu a conhecer a sua vasta<br />

gama de soluções, que integram desde<br />

pneus para veículos ligeiros, 4x4, comerciais<br />

ligeiros, comerciais pesa<strong>dos</strong>, pneus para a<br />

agricultura e engenharia civil. São pneus novos<br />

e reconstruí<strong>dos</strong>.<br />

A PIRELLI não faltou à chama e deu a conhecer,<br />

entre outros pneus, o eufori@. Tratase<br />

de um pneumático que permite andar<br />

mais de 80 km totalmente vazio, a uma velocidade<br />

de 80 km/h, com total segurança. O P<br />

Zero Rosso, também chamou à atenção:<br />

Permite 2 combinações de montagem.<br />

O importador Sonicel aproveitou para dar<br />

a conhecer toda a sua gama de produtos.<br />

Destaque para os lubrificantes SUNOCO<br />

com uma oferta que cobre todo o parque automóvel.<br />

Também por intermédio da Sonicel,<br />

os produtos Car Care SONAX mostraram<br />

porque são uma das soluções mais completas<br />

e de maior qualidade do mundo. A linha<br />

Xtreme Performance evidenciou-se.<br />

A Sonicel também divulgou a linha de<br />

amortecedores MONROE. Uma das soluções<br />

que apresentou destina-se a veículos pesa<strong>dos</strong><br />

e denomina-se MONROE Magnum. Durabilidade,<br />

segurança e resistência, definem<br />

estes amortecedores fabrica<strong>dos</strong> pela Tenneco.<br />

A CONTINENTAL com o ContiSportContact<br />

3, foi uma das principais estrelas. Proporciona<br />

uma travagem soberba para automóveis<br />

de alta performance. Combina segurança<br />

excelente a alta velocidade, distâncias de<br />

travagem curtas em seco e molhado, excelente<br />

protecção contra “aquaplaning”, tudo<br />

graças em parte à engenharia <strong>dos</strong> seus sulcos<br />

assimétricos e tipo de borracha utilizado.<br />

YOKOHAMA é nome de cidade e também<br />

de pneus de prestígio. Uma das interessantes<br />

soluções apresentadas pela marca japonesa<br />

dá pelo nome de AVS dB (decibel). O<br />

nome é sugestivo já que trata-se da conhecida<br />

unidade de medida de ruído. Integrado na<br />

linha Premium da YOKOHAMA, o AVS dB<br />

destaca-se pelo conforto: Garante um habitáculo<br />

silencioso, para condutores e passageiros,<br />

durante toda a vida do pneu.<br />

A Lourenço, Moutinho & Sousa, apresentou<br />

duas importantes linhas de jantes:<br />

FONDMETAL e RADIUS.<br />

A BOSCH não podia faltar. E de facto a sua<br />

presença mostrou porque é um <strong>dos</strong> mais importantes<br />

“players” do mercado. Desde lâmpadas,<br />

até baterias, passando por equipamentos<br />

diversos, de tudo deu a conhecer.<br />

Neste campo, o destaque foi para o equipamento<br />

de diagnóstico portátil KTS 200. Funções<br />

tão diversificadas como uma revisão<br />

aos travões, uma mudança de óleo ou outra,<br />

são realizadas de forma prática e rápida com<br />

o KTS 200.<br />

A empresa Gonçalo Team, deu a conhecer<br />

uma ampla gama de produtos de reparação /<br />

manutenção de pneus, entre os quais os pesos<br />

GTeam, os manómetros PCL, e a linha<br />

PREMA.■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

25


EVENTO<br />

I Feira Internacional Confort Auto<br />

PARTICIPANTES DE PESO<br />

EM FEIRA PRIVADA<br />

A rede independente de oficinas de mecânica automóvel,<br />

Confort Auto, realizou a sua I Feira Internacional no pavilhão de<br />

exposições da Instituição Feiral Alicantina (IFA), em Alicante.<br />

Aassociação Confort Auto, maior<br />

rede Ibérica de centros de reparação<br />

e manutenção automóvel,<br />

com mais de 500 postos de atendimento distribuí<strong>dos</strong><br />

pela península ibérica, realizou<br />

mais uma feira bienal, desta feita com a particularidade<br />

de ter sido a primeira com cariz<br />

internacional, precisamente porque nela<br />

participaram os cerca de cinquenta centros<br />

Confort Auto implanta<strong>dos</strong> em Portugal.<br />

A viagem foi longa, mas justificou plenamente<br />

pelo programa que incluiu uma dia<br />

no recinto da feira, onde estavam os fornecedores<br />

da rede com stands e com toda a<br />

gama de produtos que disponibilizam, assim<br />

como pelo amplo espaço Confort Auto<br />

onde se realizaram palestras sobre as últimas<br />

tendências no mundo da oficina e visão<br />

de como fazer face aos novos desafios com<br />

que se deparam os profissionais do sector.<br />

Estiveram mais de 1400 pessoas presentes<br />

e mais de três dezenas de empresas fornecedoras,<br />

entre as quais a Michelin, Hankook,<br />

Nexen Tire, Rubber Vulk, Tip Top, Berner,<br />

Continental, Insa Turbo, Monroe, Pirelli,<br />

etc.<br />

Nesta primeira convocatória da Feira Internacional<br />

Confort Auto, empreenderamse<br />

numerosas iniciativas e actividades, algumas<br />

de carácter lúdico, que propiciaram<br />

o diálogo entre profissionais do sector. A interacção,<br />

a prova e a demonstração no local<br />

de produtos, maquinarias e veículos foi outra<br />

nota dominante.<br />

Nesta iniciativa profissional, a Confort<br />

Auto montou “ilhas” de apresentação de<br />

múltiplos projectos de vanguarda: Área B2B,<br />

O último dia da I Feira Internacional Confort<br />

Auto foi brindado com um jantar de gala para<br />

fortalecimento de laços.<br />

área Confort Auto Trucker Service, área produtos<br />

Confort Auto, área marketing, área GIT<br />

(novo programa informático de gestão), área<br />

Qualidade, área Formação (apresentação do<br />

novo plano de formação para <strong>2008</strong> e da nova<br />

Escola Oficina), e área Fleet Service.<br />

Expositores<br />

I Feira Internacional Confort Auto<br />

O recinto de exposições de Alicante deu<br />

abrigo a 33 expositores, fornecedores da rede<br />

que não quiseram faltar a esta chamada.<br />

A Pirelli procedeu à apresentação da gama<br />

de produtos Pirelli para turismo, camioneta,<br />

4x4, e camião. O lazer também marcou presença<br />

neste espaço com a existência de um<br />

circuito de mini carros Scalextric. Em termos<br />

de produto, destaque para o pneu Cinturato,<br />

onde a marca reivindica que é possível poupar<br />

40 litros de combustível em média por<br />

ano. Não ficam atrás as vantagens para o<br />

meio ambiente, dado que consumir menos<br />

combustível traduz-se na diminuição de 98<br />

Kg de CO2 por ano. O segredo está no facto<br />

da tecnologia do Cinturato permitir reduzir<br />

26<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


em 20% a resitência ao rolamento. Encontra-se<br />

disponível nas versões Cinturato P6 e<br />

Cinturato P4.<br />

No espaço da Marangoni realizou-se a exposição<br />

da linha de pneus recauchuta<strong>dos</strong>,<br />

Marangoni Ringtread. A solução Ringtread<br />

reclama ser o primeiro e único pneumático<br />

com sistema de anel que oferece as prestações<br />

de um pneumático novo e as vantagens<br />

do recauchutado.<br />

No stand da Nexen procedeu-se à apresentação<br />

de toda a gama de pneus deste fabricante<br />

coreano, com destaque para o novo<br />

modelo CP641. Este pneu de alta rendimento<br />

possui um desenho do tipo rotação, com sulcos<br />

especiais – condução silenciosa – sendo<br />

que o desenho do ombro proporciona excelente<br />

rendimento em distâncias longas. Os<br />

sulcos circunferenciais proporcionam redução<br />

do efeito de hidroplanagem.<br />

A Continental possuía um <strong>dos</strong> espaços<br />

mais amplos. Claramente virada para o próximo<br />

campeonato europeu de futebol, de que<br />

é alias um <strong>dos</strong> principais patrocinadores.<br />

Uma baliza permitia aos visitantes chutar a<br />

bola para o alvo. O pneu de Verão ContiSport-<br />

Contact 3, para veículos de alta prestação,<br />

esteve em evidência. A banda de rodagem do<br />

ContiSportContact 3 possui uma escultura<br />

assimétrica e uma grande proporção de borracha<br />

no ombro exterior, oferecendo máxima<br />

rigidez lateral e aderência durante a condução.<br />

O seu piso assimétrico garante, também,<br />

um alto poder de travagem em<br />

situações extremas. Os canais circunferenciais<br />

com desenho optimizado são o garante<br />

de segurança contra o aquaplaning.<br />

A Michelin também possuía uma ampla<br />

zona. Os visitantes puderam desfrutar do<br />

passa tempo de experimentar os segway. O<br />

pneu para veículos agrícolas Michelin XeoBib<br />

mereceu especial interesse. É o primeiro<br />

pneumático agrícola capaz de trabalhar<br />

sempre a menos de 1 bar de pressão, tanto<br />

no campo como nas deslocações a qualquer<br />

velocidade. O XeoBib reduz a compactação<br />

do solo e optimiza o rendimento <strong>dos</strong> cultivos.<br />

A Tenneco não faltou e deu a conhecer a<br />

gama de amortecedores Reflex e Original,<br />

procedeu ao lançamento da “esferas” e<br />

apresentou a gama de escapes e catalisadores<br />

Walker.<br />

O revolucionário amortecedor Monroe Reflex,<br />

aumenta a estabilidade do veículo e ajuda<br />

a mantê-lo numa trajectória segura, assegurando<br />

um contacto permanente <strong>dos</strong><br />

pneumáticos com o piso quando é mais necessário<br />

– isto é, nas curvas e durante manobras<br />

de emergência.<br />

Os amortecedores Monroe Original oferecem<br />

as mesmas características <strong>dos</strong> amortecedores<br />

de primeiro equipamento, mas estão<br />

especialmente desenha<strong>dos</strong> para o mercado<br />

de substituição.<br />

Na edição deste ano os membros da rede puderam visitar o “Espaço Confort Auto”, uma das<br />

mais claras propostas de interacção desenhadas pela associação para as suas feiras bienais.<br />

O stand da Hankook contou com a presença<br />

do HAMANN Lamborghini Gallardo Victory.<br />

A Remus apresentou o “Powerizer”, dispositivo<br />

para melhoramento do desempenho.<br />

A Pirelli brindou os visitantes com o lazer <strong>dos</strong><br />

circuitos de mini carros Scalextric.<br />

O espaço Confort Auto contou com uma área<br />

para sessões de formação.<br />

A Walker é líder em sistemas de escapes e<br />

catalisadores. Neste campo é uma marca<br />

pioneira na tecnologia de catalisadores, com<br />

uma experiência que remonta a 1963. Produz<br />

catalisadores de gasolina e diesel para uma<br />

ampla gama de modelos.<br />

O stand da Insa Turbo procedeu à apresentação<br />

da sua gama de pneus recauchuta<strong>dos</strong>,<br />

para turismos, camioneta, 4x4 e camião. O<br />

certame foi aproveitado para o lançamento<br />

de recauchuta<strong>dos</strong> de camião com base nos<br />

pneus Hankook.<br />

Os pneus Rodatec também possuíam um<br />

espaço próprio. É uma gama comercializada<br />

pelo Grupo Soledade. Destaque para o Rodatec<br />

N3000, um pneumático Hi-Tech de última<br />

geração que alcança as características de<br />

rendimento das séries 35-45, como um pneu<br />

UHP. Adopta um desenho unidireccional em<br />

forma de V, que proporciona grande aderência.<br />

Reduz o consumo. O cordão protector de<br />

jante ajuda a evitar estragos nas jantes provoca<strong>dos</strong><br />

pelos contactos acidentais em passeios.<br />

A Hankook tinha um <strong>dos</strong> mais apelativos<br />

espaços. Procedeu ao lançamento do modelo<br />

V12 EVO e do Hankook RunFlat. O V12 EVO<br />

incorpora canal central profundo, efeito 3D<br />

na borda <strong>dos</strong> blocos do piso, composto HPSR<br />

que assegura uma boa capacidade de tracção<br />

e travagem mesmo em superfícies molhadas,<br />

reforço da cinta com Nylon de alta<br />

densidade, e proporciona excelente drenagem<br />

da água graças ao desenho da banda de<br />

rodagem em forma de Y e canais amplos.<br />

Os produtos para reparação de pneumáticos<br />

Rubber Vulk também marcaram presença.<br />

Procederam à exposição da Unidade Móvel<br />

para “Truck Service”.<br />

Na mesma linha de produtos, a Tip Top, líder<br />

mundial nesta categoria, expos alguns<br />

importantes produtos da marca. Divulgou<br />

também ferramentas de reparação.<br />

A Berner, os acessórios BC Corona, e as<br />

baterias Tab comercializadas pela Confort<br />

Auto, foram outros expositores que mereceram<br />

a atenção <strong>dos</strong> visitantes.■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

27


ENTREVISTA<br />

Juan Ramón Pérez Vasquez, Director Geral da Neumáticos Soledad (Confort Auto)<br />

A nova Escola - Oficina Confort Auto foi<br />

inaugurada em fins de Fevereiro.<br />

A rede conta com profissionais qualifica<strong>dos</strong> e<br />

motiva<strong>dos</strong> para um trabalho bem feito.<br />

Juan Ramón Pérez Vasquez<br />

CRESCER COM OS<br />

ASSOCIADOS<br />

O grande conhecimento do mundo <strong>dos</strong> pneus e o compromisso<br />

com os usuários fizeram da Confort Auto em poucos anos a<br />

primeira rede de oficinas a nível ibérico. Como sublinhou Juan<br />

Ramón Pérez, Director Geral da Neumáticos Soledad (Confort<br />

Auto), “o segredo do seu êxito radica em associar a qualidade<br />

ao preço”.<br />

AConfort Auto é a rede de oficinas<br />

independentes líder em Espanha e<br />

Portugal, com mais de 550 centros<br />

em toda a Europa. A associação dedica-se à<br />

reparação e manutenção nas áreas <strong>dos</strong><br />

pneumáticos e mecânica rápida, oferecendo<br />

aos seus clientes um serviço que cumpre<br />

com os mais estritos controlos de qualidade.<br />

28<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

O conceito Confort Auto nasce em 1996<br />

como uma associação de oficinas abandeiradas,<br />

seguindo a estratégia do Grupo Soledad<br />

de integrar verticalmente todo o processo de<br />

qualidade e serviço de pneumáticos e mecânica<br />

rápida, com o único objectivo de arranjar<br />

soluções para os clientes.<br />

A rede Confort Auto ao colocar mais de<br />

cinco centenas e meia de oficinas no espaço<br />

Ibérico, constitui-se como a primeira rede<br />

ibérica em pontos de venda. Em Portugal<br />

conta com mais de 50 centros. A associação<br />

é sem fins lucrativos, tendo como única finalidade<br />

a promoção <strong>dos</strong> seus associa<strong>dos</strong>.<br />

A rede distribui to<strong>dos</strong> os tipos de pneus e<br />

acessórios para o veículo. A Associação também<br />

conta com os seus próprios produtos,<br />

entre os quais: pneus, baterias, fluido anti-


congelante, óleo, jantes e limpa pára-brisas<br />

Confort Auto.<br />

A força da Confort Auto está baseada na<br />

união <strong>dos</strong> seus associa<strong>dos</strong>. Preservando a<br />

independência <strong>dos</strong> mesmos, o grupo caracteriza-se<br />

cada dia mais pela compenetração<br />

<strong>dos</strong> seus integrantes, em todas as acções<br />

que são tomadas de forma colectiva.<br />

Como define o conceito Confort Auto?<br />

Conseguir maior competitividade. Dotar as<br />

oficinas de uma melhoria substancial sobre<br />

aspectos tão cruciais como a gestão <strong>dos</strong><br />

pontos de venda, o atendimento ao cliente, a<br />

implementação das novas tecnologias nos<br />

centros, ou as técnicas de venda. Melhorar<br />

constantemente os processos e sistemas de<br />

que dispõem para desenvolver o potencial<br />

<strong>dos</strong> trabalhadores<br />

CONFORT AUTO ALERTA<br />

Condutores não perdem a garantia<br />

A Confort Auto alerta para o facto<br />

de os condutores poderem fazer a<br />

revisão e manutenção <strong>dos</strong> seus<br />

veículos em qualquer posto Confort<br />

Auto, com a tranquilidade de que<br />

não perderão a garantia oficial do<br />

seu veículo. Tudo segundo o<br />

exposto no Regulamento<br />

1400/2002.<br />

Com efeito, a Comissão Europeia,<br />

na data de 31 de Julho de 2002,<br />

publicou o Regulamento<br />

1400/2002. Um <strong>dos</strong> objectivos<br />

desse regulamento é impedir o<br />

monopólio <strong>dos</strong> concessionários<br />

oficiais no referente às revisões <strong>dos</strong><br />

veículos dentro do período de<br />

garantia oficial do fabricante.<br />

Com a finalidade de garantir a livre<br />

concorrência dentro do sector da<br />

reparação, manutenção e<br />

abastecimento de peças de<br />

substituição para veículo, o<br />

Regulamento 1400/2002<br />

estabelece que o consumidor é livre<br />

para ir a qualquer oficina tanto<br />

oficial, como independente para<br />

realizar as revisões necessárias no<br />

seu veículo.<br />

O consumidor não perde a<br />

garantia oficial do fabricante por<br />

não realizar as revisões numa<br />

oficina oficial da marca. Só será<br />

motivo de perda de garantia oficial<br />

do fabricante a realização duma<br />

reparação defeituosa, por parte<br />

duma oficina independente.<br />

Quanto às peças de substituição,<br />

o consumidor poderá utilizar<br />

qualquer sobresselente nas suas<br />

revisões sempre e quando respeite<br />

as exigências estabelecidas pelo<br />

fabricante, que não poderá exigir a<br />

utilização duma determinada peça<br />

de marca como requisito para<br />

conservar a garantia oficial do<br />

veículo.<br />

A Confort Auto garante que as<br />

peças de substituição utilizadas pela<br />

rede nas revisões cumprem com<br />

todas as exigências <strong>dos</strong> fabricantes<br />

de veículos.■<br />

Quais os principais factores de sucesso do<br />

conceito Confort Auto?<br />

A associação Confort Auto surge nos princípios<br />

<strong>dos</strong> anos 1990 como um projecto destinado<br />

a fazer frente aos novos movimentos<br />

e inquietudes que se abriam no mercado <strong>dos</strong><br />

pneumáticos e da mecânica rápida.<br />

Desde o seu início, a Confort Auto entendeu<br />

que a sua expansão não passava só pelo<br />

crescimento em número de associa<strong>dos</strong>, mas<br />

sim pela melhoria contínua <strong>dos</strong> seus processos<br />

e serviços. Com uma média de crescimento<br />

anual de mais de 28%, a associação<br />

estabelece-se, actualmente, como a primeira<br />

rede nacional em pontos de venda, com<br />

mais de 460 centros em Espanha e cerca de<br />

60 em Portugal. Isto supõe uma amplíssima<br />

cobertura a nível peninsular, que pode prestar<br />

serviço onde for necessário.<br />

Durante estes anos, a Confort Auto não<br />

tem crescido só em quantidade, to<strong>dos</strong> os associa<strong>dos</strong><br />

da rede dispõem de uma série de<br />

meios que lhes permite adaptarem-se com<br />

facilidade às mudanças à sua volta.<br />

Um departamento de Marketing, encarregue<br />

da promoção <strong>dos</strong> centros associa<strong>dos</strong><br />

(ofertas nos 365 dias do ano, promoções trimestrais,<br />

programas de fidelização próprios,<br />

publicidade em grandes meios).<br />

Um departamento de Qualidade próprio<br />

que mantém actualizada a rede quanto a requerimentos<br />

e requisitos do usuário e do<br />

mercado actual, ajustando a oficina às exigências<br />

da lei e garantindo níveis de qualidade<br />

superiores.<br />

Outro <strong>dos</strong> aspectos importantes do desenvolvimento<br />

da rede foi a entrada no mercado<br />

das frotas. Através do departamento de Frotas<br />

temo-nos posicionado num lugar privilegiado<br />

dando cobertura à grande maioria das<br />

empresas de renting deste país.<br />

Um departamento de Formação, encarregue<br />

desde há vários anos de manter os processos<br />

e trabalho, serviços, pessoal e instalações<br />

num processo de melhoria e adaptação<br />

constante, e que agora conta com um<br />

centro de formação (Escola - Oficina) que inicia<br />

o seu desempenho em <strong>2008</strong>, com uma<br />

carteira de 35 cursos em diversas áreas.■<br />

ESCOLA-OFICINA<br />

A Confort Auto inaugurou<br />

recentemente a sua Escola -<br />

Oficina localizada em Aspe, que<br />

permitirá a todas as oficinas<br />

associadas realizar cursos<br />

práticos. Fieis ao seu<br />

compromisso fundacional, a<br />

Confort Auto aposta na formação<br />

contínua <strong>dos</strong> seus associa<strong>dos</strong>,<br />

mecânicos do automóvel.<br />

A mecânica <strong>dos</strong> automóveis é<br />

cada dia mais complexa, pelo que<br />

é muito importante dispor <strong>dos</strong><br />

conhecimentos necessários e<br />

sobretudo actualiza<strong>dos</strong>. Por isso o<br />

Grupo Soledade decidiu criar a<br />

Escola - Oficina Confort Auto,<br />

convertendo-os na primeira rede<br />

de oficinas independentes a dispor<br />

de um centro de formação<br />

próprio. Um centro que atenderá<br />

mais de 2500 profissionais,<br />

mecânicos do automóvel, das mais<br />

de 550 oficinas associadas em<br />

Espanha e Portugal.<br />

Para <strong>2008</strong> estão previstos mais<br />

de 35 cursos próprios, entre os<br />

quais se destacam as propostas<br />

concretas por áreas:<br />

“Pneumáticos e mecânica rápida”,<br />

“Diagnóstico de avarias”, “Análise<br />

de gases, gasolina e diesel”, entre<br />

outros; Gestão: “Qualidade e<br />

atenção ao cliente”, “Gestão de<br />

resíduos na oficina”…<br />

Esta iniciativa e outras que<br />

constituem verdadeiras inovações,<br />

explicam porque a Confort Auto foi<br />

a primeira rede independente em<br />

Espanha a conseguir a certificação<br />

ISO 9<strong>001</strong>. A associação situa-se,<br />

assim, na vanguarda do sector de<br />

mecânica rápida ao oferecer aos<br />

seus clientes um serviço que<br />

cumpre com os mais estritos<br />

controlos de qualidade.■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

29


ENTREVISTA<br />

Paulo Santos, Director Geral da Tirso <strong>Pneus</strong> (Confort Auto)<br />

Confort Auto: Uma rede de oficinas com<br />

qualidade certificada (ISO 9<strong>001</strong>).<br />

Aprender a desmontar um pneu<br />

correctamente na Escola - Oficina Confort Auto.<br />

Paulo Santos<br />

VALORIZAÇÃO<br />

DO EMPREENDEDORISMO<br />

O Conceito Confort Auto dá passos largos para ser a maior rede<br />

de serviços rápi<strong>dos</strong> em Portugal. São já a maior rede ibérica.<br />

Segundo Paulo Santos, Director Geral da Tirso <strong>Pneus</strong> (Confort<br />

Auto), o espírito empreendedor é grandemente valorizado.<br />

Aempresa Tirso <strong>Pneus</strong> é o “braço”<br />

do Grupo Soledad em Portugal,<br />

detentor do conceito Confort Auto,<br />

assim como de muitas áreas de actividade<br />

associadas à manutenção automóvel.<br />

O que é a empresa Tirso <strong>Pneus</strong> e como se<br />

associou ao projecto Soledad?<br />

A empresa Tirso <strong>Pneus</strong> pertence ao Grupo<br />

Soledad. O projecto Confort Auto em Portugal<br />

nasce associado à Tirso <strong>Pneus</strong> da mesma<br />

maneira que o projecto Confort Auto nasceu<br />

associado ao Grupo Soledad em Espanha<br />

uma década antes. Em Portugal o<br />

Confort Auto existe desde finais de 2006.<br />

Entre a data da fundação até ao surgimento<br />

do Confort Auto em Portugal, qual era a<br />

actividade principal da Tirso <strong>Pneus</strong>?<br />

A Tirso <strong>Pneus</strong> dedicava-se exclusivamente<br />

à distribuição de pneus a nível nacional e<br />

ilhas, <strong>dos</strong> quais em alguns casos somos importadores<br />

e distribuidores exclusivos para<br />

Portugal. Além disso somos fabricantes em<br />

Espanha de pneus com a marca “ Insa Turbo”,<br />

que também são distribuí<strong>dos</strong> em Portugal.<br />

Ou seja, praticamente to<strong>dos</strong> os produtos<br />

que o Grupo Soledad distribui em Espanha e<br />

França, também distribui em Portugal.<br />

30<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


O que os motivou a trazer o projecto<br />

Confort Auto para Portugal?<br />

O mercado exige este tipo de associações.<br />

Nós não somos as designadas verdadeiras<br />

associações cooperativas para adquirir<br />

pneus. Somos, aliás, um conceito muito diferente<br />

da nossa concorrência. O Confort Auto<br />

é uma associação que se dedica a trabalhar<br />

no sentido de tentar colocar o consumidor final<br />

à porta do nosso posto, e simultaneamente<br />

colocar os melhores serviços e produtos<br />

a preços competitivos à sua disposição.<br />

Esse é o nosso grande “cavalo de<br />

batalha”.<br />

E o que fazem para colocar o cliente nos<br />

vossos postos?<br />

Através da divulgação do nosso conceito,<br />

que passa pela distribuição de panfletos,<br />

realização de campanhas de publicidade<br />

através da rádio a nível nacional e patrocínios<br />

de programas.<br />

Além disso a nossa aposta passa por um<br />

programa de qualidade que atraia o cliente<br />

ao nosso posto.<br />

Qual o vosso plano de formação?<br />

Temos um plano de formação muito ambicioso,<br />

que inclui desde formação para o dono<br />

ou gerente da loja, até formação destinada<br />

aos seus funcionários. Incluí a passagem de<br />

conhecimentos na área <strong>dos</strong> pneus, amortecedores,<br />

travões, etc., porque queremos evidenciar<br />

que o serviço rápido é muito importante,<br />

não só pela rentabilidade que proporciona<br />

ao ponto de venda, mas também pelo<br />

conforto que proporciona ao usuário. Saliento<br />

que numa oficina Confort Auto ele pode<br />

não só substituir os pneus como realizar to<strong>dos</strong><br />

os outros serviços de manutenção automóvel<br />

de forma eficiente e segura – mudar o<br />

óleo, as pastilhas de travão, os amortecedores,<br />

os filtros, etc.<br />

Mas estão mais vocaciona<strong>dos</strong> para os<br />

pneus…<br />

Nós somos profissionais <strong>dos</strong> pneus mas já<br />

diversificámos o nosso leque de serviços e<br />

continuamos a fazê-lo.<br />

nos permitirá atingir maior número de clientes<br />

de distribuição e logicamente também<br />

mais postos Confort Auto.<br />

Quais os principais problemas que<br />

enfrentam na implementação do vosso<br />

conceito no mercado nacional?<br />

O rigor da escolha é um objectivo a que nos<br />

propusemos a nós próprios. Dificilmente<br />

convidamos uma empresa a aderir ao nosso<br />

conceito que não seja já cliente. Existem<br />

uma série de critérios como a localização<br />

geográfica, o perfil do cliente, nível de equipamento<br />

instalado, entre muitos outros parâmetros,<br />

o que significada que existem uma<br />

série de itens que devem obedecer para serem<br />

Confort Auto, mas não nos podemos esquecer<br />

do factor humano, a que damos uma<br />

grande importância. Valorizamos pessoas<br />

com grande espírito empreendedor.<br />

O que os distingue de outros conceitos<br />

como o Midas, Precision, EuroTyre,<br />

Norauto, etc?<br />

Tudo. No caso português, o posto Confort<br />

Auto tem um armazém próprio à sua disposição,<br />

logo compra conforme necessita à<br />

Tirso <strong>Pneus</strong>. Além disso, o profissionalismo<br />

Vista geral do interior de uma oficina tipo<br />

Confort Auto: Bem apetrechadas, sempre<br />

limpas e organizadas.<br />

Paulo Santos ao lado de NIKO, a<br />

mascote e imagem de marca da cadeia<br />

Confort Auto.<br />

está presente em to<strong>dos</strong> os aspectos da nossa<br />

actividade. Os postos Confort Auto são<br />

constituí<strong>dos</strong> por pessoas do mercado tradicional<br />

que dedicaram toda a sua vida ao sector<br />

<strong>dos</strong> pneus e que com a integração na<br />

rede Confort Auto melhoram ainda mais a<br />

sua eficácia, quer no campo informático,<br />

como no campo logístico, campo da formação,<br />

instalações e desempenho.<br />

O preço é outro factor que nos distingue.<br />

Além disso temos campanhas três vezes por<br />

ano. Simultaneamente, estamos neste momento<br />

a desenvolver um sistema informático<br />

muito simples de utilização táctil, para<br />

que os orçamentos ao cliente final sejam rápi<strong>dos</strong>,<br />

níti<strong>dos</strong> e honestos. Por fim, dispomos<br />

das nossas marcas e produtos numa linha<br />

muito abrangente.<br />

Em suma, o mais parecido que temos com<br />

os conceitos que referiu é o facto de também<br />

vendermos pneus.<br />

Para a oficina que adere à rede Confort<br />

Auto, qual é o caderno de encargos?<br />

Somos uma Associação sem fins lucrativos<br />

centrada no benefício mútuo.<br />

Como caracteriza o mercado nacional?<br />

O mercado <strong>dos</strong> pneus está em constante<br />

mutação e uma pequena empresa ou até<br />

mesmo uma média empresa - normalmente<br />

negócios familiares - isolada tem muita dificuldade<br />

em sobreviver. O Confort Auto não é<br />

uma cooperativa para comprar pneus. Somos<br />

uma associação que compra bem e vende<br />

ainda melhor, e nesse sentido ajudamos<br />

os nossos membros. Lembro que além de<br />

sermos a maior rede ibérica de postos de assistência<br />

automóvel, somos também a maior<br />

empresa ibérica na distribuição de pneus, o<br />

que significa que estamos a trilhar o caminho<br />

certo.■<br />

Quantos membros possuem neste<br />

momento e quantos esperam alcançar até<br />

ao final de <strong>2008</strong>?<br />

Nós neste momento temos 53 membros<br />

em Portugal e até ao final de <strong>2008</strong> pensamos<br />

chegar ao número 80 ou 100.<br />

Fico com ideia que o Confort Auto no Norte<br />

do país está melhor implantado…<br />

Sim, é verdade que no Norte estamos com<br />

uma melhor cobertura do território, talvez<br />

porque a Tirso <strong>Pneus</strong> nasceu nesta zona do<br />

país. No entanto estamos com uma boa estrutura<br />

logística montada em Lisboa, que<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

31


ENTREVISTA<br />

Rui Silva, Director Geral da EUROTYRE Portugal<br />

32<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Rui Silva<br />

A CRESCER<br />

DE FORMA SUSTENTADA<br />

A Eurotyre está a criar uma estrutura com alicerces<br />

sóli<strong>dos</strong> em Portugal e no resto da Europa, como o<br />

confirma Rui Silva, Director Geral da EUROTYRE Portugal:<br />

“queremos crescer com profissionalismo e qualidade de<br />

serviço para nos diferenciarmos da concorrência”<br />

Em toda a Europa são mais de 1000<br />

postos de reparação e manutenção<br />

que já aderiram à insígnia Eurotyre.<br />

Reivindicam, por isso, tornarem-se<br />

na primeira rede independente de oficinas<br />

de reparação e manutenção do velho continente.<br />

O que é o Eurotyre?<br />

O Eurotyre é um conceito de serviço de<br />

reparação e manutenção automóvel. É a<br />

maior rede independente Europeia e os<br />

pontos de venda que integram a rede em<br />

Portugal são paralelamente accionistas<br />

Eurotyre.<br />

O Eurotyre foi criado com o objectivo de<br />

dinamizar e inovar os postos de assistência,<br />

ou seja, agrupar todas as lojas a nível<br />

europeu, para em conjunto atingirem os<br />

mais eleva<strong>dos</strong> padrões de eficácia e rentabilidade<br />

económica. Em Portugal a rede é<br />

composta por 83 pontos de venda (mais de<br />

1000 na Europa) uniformemente distribuí<strong>dos</strong><br />

de norte a sul do país. Os accionistas<br />

Eurotyre são empresários independentes,<br />

ou seja, não necessitando de assumir<br />

qualquer tipo de obrigatoriedade relativamente<br />

às respectivas compras. Estamos<br />

perante uma rede independente na verdadeira<br />

acepção da palavra.<br />

Estamos a implementar novas políticas<br />

organizacionais com o objectivo claro de<br />

sermos cada vez mais eficazes, comercialmente<br />

competitivos e, do ponto de vista administrativo,<br />

céleres e de processos simplifica<strong>dos</strong>.<br />

Sendo que no passado todo o<br />

esforço era canalizado para “a compra”<br />

(Central de Compras) passámos a centrar<br />

as nossas energias na óptica das vendas<br />

(Central de Vendas). Já somos eficazes do<br />

ponto de vista da compra, passaremos a<br />

ser os mais eficazes do ponto de vista da<br />

venda. O que é complicado hoje em dia é o<br />

“sell out”, não é o “sell in”. A grande preocupação<br />

<strong>dos</strong> nossos accionistas já não é<br />

comprar melhor… é vender mais e melhor.<br />

Vamos ser mais “agressivos” do ponto de<br />

vista do Marketing. Por outro lado, temos<br />

de contar com os fornecedores que reúnem<br />

melhores condições e que nos aportam<br />

maiores e melhores conhecimentos,<br />

isto para que, cada vez mais, consigamos<br />

dar formação ao nível do ponto de venda,<br />

em todas as vertentes, incluindo conhecimentos<br />

sobre a própria gestão do posto.<br />

Qual o Caderno de Encargos <strong>dos</strong> postos<br />

que queiram aderir à rede Eurotyre?<br />

Existe uma quota de adesão que neste<br />

momento é de mil euros, das mais baixas<br />

do mercado. Depois temos a jóia anual de<br />

manutenção que são uns meros 300 euros.<br />

A partir daí a Eurotyre reúne os da<strong>dos</strong> da<br />

empresa aderente, sendo que a mesma<br />

constituir-se-á accionista através da compra<br />

de 100 acções da empresa.<br />

A central obriga-se a dinamizar os pontos<br />

de venda, abrindo a conta do accionista<br />

junto <strong>dos</strong> principais fabricantes. Neste<br />

momento estamos a criar uma estrutura<br />

com alicerces sóli<strong>dos</strong>. Os merca<strong>dos</strong> estão<br />

cada vez mais competitivos, não havendo<br />

lugar a erros. A Eurotyre tem de se preocupar<br />

cada vez mais em munir os accionistas<br />

com argumentos fortes que não se resumam<br />

ao preço, já que este factor hoje é<br />

muito homogéneo no mercado. O que estamos<br />

a tentar fazer é focar-nos, não só ao<br />

nível da qualidade de serviço, mas também<br />

ao nível da diversidade <strong>dos</strong> próprios serviços.<br />

O mercado está a mudar de forma<br />

muito rápida, diversos agentes económicos<br />

têm invadido o mercado tradicional do<br />

especialista de pneus, logo a “casa tradicional<br />

de pneus” tem de entrar nos merca<strong>dos</strong><br />

destes novos concorrentes. Estamos a<br />

desenvolver a componente/negócio mecânica<br />

rápida, ao nível <strong>dos</strong> lubrificantes, sistemas<br />

travagem, suspensões, filtros e demais<br />

peças de desgaste rápido, implementado<br />

multi-serviços rápi<strong>dos</strong>. Estas<br />

novas áreas de negócio, contam com parcerias<br />

importantes com fornecedores que,<br />

não só proporcionam produtos de qualidade<br />

e com garantia, como também nos<br />

aportam acções permanentes de formação<br />

e actualização <strong>dos</strong> conhecimentos. -<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

33


ENTREVISTA<br />

Rui Silva, Director Geral da EUROTYRE Portugal<br />

A Eurotyre pode ser considerada<br />

uma rede de reparação rápida,<br />

tipo Midas por exemplo?<br />

O nosso negócio principal é o<br />

pneu, mas cada vez mais estamos<br />

a entrar no multi-serviço. Com a<br />

Midas, por exemplo, deu-se o inverso.<br />

O objectivo deles é muito<br />

mais o serviço rápido, sendo que<br />

o pneu surge em segundo plano.<br />

A oficina tradicional, somente<br />

dedicada aos pneus, tem os<br />

dias conta<strong>dos</strong>?<br />

Tenho a forte convicção que<br />

a “casa de pneus” não vai continuar<br />

a ser somente uma<br />

“casa de pneus”. Um automóvel<br />

que já tem a roda retirada<br />

pode sofrer simultaneamente<br />

outro tipo de intervenções,<br />

como, por exemplo, ao nível<br />

do sistema de travagem,<br />

suspensão e amortecedores,<br />

etc.<br />

A imagem de marca Eurotyre<br />

é um <strong>dos</strong> pontos-chave para o<br />

desenvolvimento da rede e<br />

reconhecimento pelos clientes.<br />

A arrumação e organização<br />

são uma constante.<br />

Os vossos postos têm a<br />

obrigatoriedade de possuir uma<br />

imagem padronizada?<br />

A nossa grande preocupação<br />

continua centrada no desenvolvimento<br />

da imagem corporativa homogénea.<br />

Ao final de dois anos as<br />

empresas da rede têm que adoptar<br />

a imagem corporativa Eurotyre, que é<br />

sem dúvida uma mais valia importante.<br />

A Eurotyre é uma entidade sem fins lucrativos,<br />

com o objectivo único de reunir o indispensável<br />

ao seu processo administrativo e<br />

proporcionar os meios geradores de riqueza<br />

para os accionistas.<br />

Como se processa a formação na Eurotyre?<br />

Existe uma calendarização nas mais diver-<br />

EUROTYRE<br />

PORTUGAL<br />

Sede: Av. Marques de Pombal, 524<br />

- Ed. Fábrica de Portugal - Unidade<br />

Eurotyre Sintra - Pêro Pinheiro<br />

2715-128 Sabugo<br />

Director Geral: Rui Silva<br />

Telefone: 219 624 256<br />

Fax: 219 624 258<br />

Internet: www.eurotyrept.com<br />

34<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


A Eurotyre disponibiliza<br />

aos seus clientes um<br />

cartão de assistência<br />

em viagem, que<br />

oferece serviços de<br />

desempanagem no<br />

local ou reboque, em<br />

toda a Europa<br />

sas áreas, quer ao<br />

nível da formação<br />

técnica, quer ao nível<br />

das diferentes<br />

práticas oficinais,<br />

como também ao nível<br />

de práticas da<br />

gestão corrente. É<br />

obvio que, enquanto<br />

central não proporcionamos<br />

essa formação<br />

sozinhos, estabelecemos<br />

programas de<br />

parceria com os diferentes<br />

parceiros de negócio, relativamente<br />

às diferentes áreas e<br />

competências.<br />

O diagnóstico auto vai entrar nas<br />

casas Eurotyre?<br />

É nossa vontade implementar<br />

esse serviço no curto prazo, sendo<br />

que já concluímos o processo<br />

de negociação <strong>dos</strong> respectivos<br />

equipamentos para esse fim. Até<br />

porque, cada vez mais é necessária<br />

a electrónica ao nível da<br />

substituição <strong>dos</strong> componentes<br />

mais simples, casos das pastilhas<br />

de travão, escovas<br />

limpa vidros, etc.<br />

Rui Silva,<br />

o homem à<br />

frente do leme<br />

da Eurotyre<br />

Portugal,<br />

acredita que<br />

comprar bem<br />

e vender<br />

melhor é o<br />

caminho.<br />

Qual foi o objectivo da<br />

reunião anual<br />

Eurotyre?<br />

Tratou-se de mais<br />

uma assembleia-geral<br />

para apresentação do<br />

relatório de contas e<br />

respectiva aprovação.<br />

Esteve aberta a to<strong>dos</strong> os<br />

accionistas, sendo que<br />

to<strong>dos</strong> foram convoca<strong>dos</strong><br />

de acordo com a lei. ❖<br />

O EUROTYRE NA EUROPA<br />

Portugal, Espanha e Benelux, bem como a<br />

sede em França, viram nascer os postos<br />

do Eurotyre europeu. Estes países assistem<br />

diariamente ao funcionamento do conceito<br />

e à sua internacionalização crescente.<br />

Inovação, rigor e conhecimento são<br />

pontos que fazem parte <strong>dos</strong> postos de<br />

atendimento Eurotyre, ao serviço <strong>dos</strong> exigentes<br />

condutores europeus. O sector automóvel<br />

é um <strong>dos</strong> mais estrutura<strong>dos</strong> no<br />

plano internacional e o Eurotyre faz parte<br />

desta organização.■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

35


ENTREVISTA<br />

Gabriel Leal, Administrador da Continental <strong>Pneus</strong> (Portugal), S.A.<br />

36<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Gabriel Leal<br />

PODERIO<br />

TECNOLÓGICO<br />

O gigante Continental está presente em Portugal de<br />

diversas formas. Para além da parte industrial, possui<br />

uma forte posição comercial, fruto da estratégia<br />

desenvolvida nos últimos anos.<br />

AContinental surgiu em Portugal<br />

há cerca de 15 anos através da<br />

aquisição da marca Portuguesa<br />

Mabor. Foi o último <strong>dos</strong> maiores produtores<br />

mundiais de pneus a implantar-se em<br />

Portugal, mas hoje o Grupo está entre as<br />

30 maiores empresas no nosso país e é o<br />

6º maior exportador nacional além de possuir<br />

no mercado interno um share superior<br />

a 20% . Tratou-se pois de uma evolução<br />

extremamente rápida e de sucesso assinalável.<br />

Para nos falar desta evolução e<br />

do sucesso da marca em Portugal, e também<br />

a nível internacional, a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong> falou com Gabriel Leal, Administrador<br />

da Continental <strong>Pneus</strong> (Portugal), S.A..<br />

Como se pode definir a marca de pneus<br />

Continental face à concorrência?<br />

A marca de pneus Continental é uma<br />

marca Premium que a nível Europeu ocupa<br />

a 1ª posição no mercado de origem e a 2ª<br />

no mercado de substituição. No mercado<br />

nacional a posição é semelhante. Face à<br />

concorrência mais directa achamos que<br />

temos uma grande mais valia em resultado<br />

de toda a estratégia do Grupo nos últimos<br />

anos, o facto de sermos o fabricante<br />

de pneus com maior envolvimento tecnológico<br />

ao nível do automóvel e consequentemente<br />

com vantagens reais ao nível do desenvolvimento<br />

tecnológico do pneu como<br />

parte integrante das componentes automóveis<br />

. Somos o 5º maior fornecedor da<br />

Industria automóvel em termos mundiais .<br />

Qual é a estratégia de produto da Continental?<br />

Que outras marcas disponibiliza<br />

no mercado?<br />

A Continental possui uma estratégia<br />

multimarca adaptada aos diversos perfis<br />

actuais do consumidor. Uma oferta Premium<br />

com a marca Continental, no segmento<br />

Quality possuímos as marcas Uniroyal<br />

e Semperit e finalmente quanto ao<br />

segmento Budget ou mais barato temos<br />

as marcas Mabor e Barum assim como<br />

outras marcas como são a Viking, Eurotyre,<br />

Gislaved ou Prevensys que são comercializadas<br />

em regime de exclusividade por<br />

alguns clientes importantes da Continental<br />

pertencentes ao mercado tradicional<br />

ou a outros canais de distribuição.<br />

Num mercado tão pequeno e tradicional<br />

como o português, como é que a Continental<br />

tem desenhada a sua estratégia<br />

de distribuição?<br />

Em termos de distribuição e num mercado<br />

onde o mercado tradicional ocupa a<br />

grande percentagem, concentramo-nos<br />

com igual importância neste canal de distribuição<br />

que representa a maior fatia da<br />

nossa facturação. No entanto e como uma<br />

marca de características universais e líder<br />

em equipamento de origem, fornecemos<br />

outros canais de distribuição como são os<br />

concessionários de automóveis assim<br />

como a chamada “Nova Distribuição” que<br />

são autocentros na sua grande maioria cadeias<br />

Europeias ao abrigo de acor<strong>dos</strong> internacionais<br />

com a nossa casa mãe.<br />

Em termos de política de stock, o que tem<br />

sido feito pela Continental em Portugal?<br />

No que respeita à politíca de stock, seguimos<br />

desde já há alguns anos um caminho<br />

de outsourcing com a multinacional<br />

UTI que efectua toda a stockagem em Portugal<br />

e assegura a distribuição de produto<br />

em todo o território nacional. Tem sido<br />

para nós de fundamental importância,<br />

também neste aspecto, ir de encontro às<br />

necessidades <strong>dos</strong> nossos clientes garantido-lhes<br />

um serviço de elevada qualidade e<br />

fundamentalmente uma localização óptima<br />

de proximidade sem o qual não poderíamos<br />

atingir os padrões de qualidade de<br />

serviço que pretendemos. Possuímos um<br />

armazém nacional na zona do Carregado,<br />

localização decidida e em funcionamento<br />

há já cerca de 8 anos.<br />

O que é que hoje em dia mais faz a diferença<br />

neste mercado: o produto, o serviço,<br />

a disponibilidade de stock, a “pressão”<br />

comercial, o preço, etc? -<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

37


ENTREVISTA<br />

Gabriel Leal, Administrador da Continental <strong>Pneus</strong> (Portugal), S.A.<br />

Embora com características diferentes<br />

<strong>dos</strong> restantes merca<strong>dos</strong> Europeus, o nosso<br />

mercado como to<strong>dos</strong> os outros necessita<br />

de uma resposta em termos de produto,<br />

serviço, disponibilidade de produto e<br />

preço, embora em minha opinião o serviço<br />

é a componente que cada vez mais diferencia<br />

os intervenientes mas também apresenta<br />

um déficit maior no nosso mercado. É<br />

nesta vertente que trabalhamos afincadamente<br />

para que possamos dar não só presentemente<br />

o melhor serviço possível em<br />

consonância com as necessidades <strong>dos</strong> nossos<br />

clientes, mas também criarmos hoje<br />

uma cultura de serviço ao cliente que nos<br />

leve amanhã a sermos cada vez melhores e<br />

com real valor acrescentado á nossa oferta<br />

de produto.<br />

Para a Continental o que é o serviço? Em<br />

que é que o serviço se traduz na prática<br />

para os seus clientes?<br />

Para nós é algo que tem de ocupar a primeira<br />

das intenções e preocupações de to<strong>dos</strong><br />

os nossos elementos, quer comerciais<br />

quer administrativos. A conceptualização de<br />

serviço tem hoje uma abrangência muito<br />

grande e é de igual modo importante pois começando<br />

na postura de cada um face ao<br />

cliente, desde a cultura interna da própria<br />

empresa até à permanente detecção das necessidades<br />

do cliente passando pela permanente<br />

atitude empreendedora e inovadora<br />

até à efectivação da oferta de um verdadeiro<br />

valor acrescentado aliado às necessidades e<br />

especifícídades do cliente. Só encarando o<br />

negócio desta forma podemos aspirar a chegar<br />

mais longe!<br />

Quais são as tendências no mercado <strong>dos</strong><br />

pneus em termos de dimensões e medidas<br />

nomeadamente em Portugal?<br />

No que respeita a tendências no mercado<br />

<strong>dos</strong> pneus em Portugal, de grosso modo são<br />

idênticas a toda a Europa embora com um<br />

ritmo diferente e estão directamente ligadas<br />

ao parque automóvel, seja pela idade deste,<br />

seja pelos modelos ou segmentos mais comercializa<strong>dos</strong>.<br />

No nosso caso é uma evidência nos últimos<br />

anos o crescimento rápido das vulgarmente<br />

chamadas dimensões topo de gama,<br />

índices de velocidade V/W/Z em detrimento<br />

<strong>dos</strong> segmentos mais baixos embora estas<br />

últimas continuem de importância capital no<br />

nosso mercado representando a maioria do<br />

mesmo.<br />

Considera que os pneus tipo “run-flat” são<br />

o futuro?<br />

Hoje, é muito complicado falar em futuro.<br />

O ciclo de qualquer produto é cada vez mais<br />

A Continental<br />

apresenta uma<br />

gama de produtos<br />

muito completa<br />

curto e a evolução tecnológica<br />

ainda mais. Os<br />

run-flat são uma realidade<br />

hoje em dia, mas<br />

to<strong>dos</strong> os dias se evolui<br />

como é a prova <strong>dos</strong> novos<br />

pneus da Continental<br />

Conti-Seal, com que o novo VW Passat CC já<br />

virá equipado de origem. Estes novos pneus<br />

são pneus anti-furo sem qualquer prejuízo<br />

da comodidade do condutor, trata-se de<br />

mais um avanço nesta área de<br />

pneumáticos .<br />

Como analisa a concorrência<br />

<strong>dos</strong> produtos<br />

vin<strong>dos</strong> do estrangeiro<br />

(pneus chineses,<br />

coreanos,<br />

usa<strong>dos</strong>, desmonta<strong>dos</strong>,<br />

etc)?<br />

Estes exemplos têm<br />

de ser separa<strong>dos</strong>, pois<br />

enquanto os produtos<br />

chineses fazem parte do<br />

mercado focalizando-se<br />

em determina<strong>dos</strong> segmentos,<br />

normalmente associa<strong>dos</strong><br />

a super-preço e<br />

como tal num mercado<br />

aberto temos de os encarar<br />

com naturalidade, não sendo<br />

com toda a certeza o nosso target.<br />

Por outro lado o produto coreano que tem<br />

características diferentes do anterior e também<br />

o seu espaço no mercado é de igual<br />

modo uma realidade crescente tendo em<br />

conta o comércio mundial do pneumático e<br />

mais uma vez são produtos que possuem o<br />

seu espaço natural de mercado.<br />

Finalmente quanto aos pneus usa<strong>dos</strong> ou<br />

A liderança<br />

tecnológica é um <strong>dos</strong><br />

factores de sucesso<br />

da Continental<br />

CONTINENTAL PNEUS<br />

(PORTUGAL), S.A.<br />

Sede: Rua Adelino Leitão, 330 -<br />

Lousado<br />

4764-606 V.N. Famalicão<br />

Administrador: Gabriel Leal<br />

Telefone: 252 499 850<br />

Fax: 252 493 095<br />

E-mail: manuel.seabra@conti.de<br />

Internet: www.conti-online.com<br />

38<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Para além da marca<br />

própria, a Continental<br />

fabrica e comercializa<br />

outras marcas<br />

Os pneus de alta<br />

performance sempre<br />

foram uma imagem<br />

de marca da<br />

Continental<br />

desmonta<strong>dos</strong>, não será preciso<br />

dizer que se revelam uma “praga”<br />

com quem to<strong>dos</strong> perdem e<br />

ninguém ganha.<br />

Infelizmente tem a ver com<br />

diversos aspectos de cariz socio-económicos<br />

mas também<br />

administrativos e fiscais e<br />

respectiva falta de legislação,<br />

aplicação e controle das entidades<br />

correspondentes que<br />

vivemos ainda actualmente<br />

no nosso mercado. No entanto<br />

estou crente que estas situações<br />

não só de carácter administrativo<br />

mas também sócioeconómico,<br />

terão tendência a<br />

evoluir a breve prazo, de modo a<br />

tornar o problema menor.<br />

Como analisa a reestruturação das casas<br />

de pneus em casas de serviços rápi<strong>dos</strong>.<br />

Considera que este é o caminho a seguir<br />

pelas casas de pneus para sobreviverem no<br />

mercado?<br />

Não necessariamente. Reestruturação do<br />

negócio enquanto organização e imagem,<br />

sim!, é o único caminho! Reestruturação de<br />

casas de pneus em casas de pneus e serviços<br />

rápi<strong>dos</strong> ser o caminho para sobreviver<br />

no mundo <strong>dos</strong> pneus, não!, algumas concerteza<br />

outras naturalmente que não. O necessário<br />

como refiro anteriormente é pensar<br />

nas organizações de um modo profissional e<br />

actual, de dentro para fora desde os próprios<br />

recursos humanos até ao consumidor final<br />

assim como toda a envolvência de mercado e<br />

depois delinear a melhor estratégia assente<br />

no conhecimento de mercado <strong>dos</strong><br />

Para Gabriel<br />

Leal, o serviço<br />

é algo<br />

fundamental<br />

no negócio <strong>dos</strong><br />

pneus<br />

mesmos, nas parcerias que melhor defendem<br />

os seus interesses. Poderá em alguns<br />

casos exigir reestruturação para outro tipo<br />

de serviços complementares mas em outros<br />

o caminho poderá passar por uma maior especialização<br />

com outro tipo de serviços.<br />

Qual a importância das redes organizadas<br />

de pneus para a Continental? Qual a relação<br />

com a rede EuroTyre?<br />

A Continental ao contrário de alguma concorrência<br />

não é apologista de redes organizadas<br />

na sua forma de estar no mercado.<br />

Possuí algumas nomeadamente em merca<strong>dos</strong><br />

mais adapta<strong>dos</strong> às mesmas mas não<br />

passa pela nossa estratégia actual uma presença<br />

em redes que não de uma forma “soft”<br />

de parceria estratégica com a intenção clara<br />

de apoiar o desenvolvimento <strong>dos</strong> negócios de<br />

parte a parte respeitando sempre a individualidade<br />

e as opções mútuas como factor<br />

crítico de sucesso para os intervenientes .<br />

Quanto à Eurotyre é exactamente o que refiro<br />

anteriormente, existe uma ligação mas<br />

que é principalmente assente no produto<br />

que fabricamos para esta organização.<br />

Muitos <strong>dos</strong> grandes construtores têm uma<br />

enorme função social, com campanhas de<br />

prevenção e segurança. O que é que a Continental<br />

tem feito a esse nível?<br />

De facto, sendo o pneu o único elo de ligação<br />

do veículo à estrada, é normal que existam<br />

essas preocupações. No nosso caso temos<br />

to<strong>dos</strong> os anos tentado apoiar iniciativas<br />

que passem essa mensagem até ao consumidor<br />

final, como foi o caso no ano passado<br />

do Projecto “Crash – Sinistralidade Rodoviária<br />

em Foco”, também o apoio a acções de<br />

sensibilização em parceria com outras empresas<br />

do sector automóvel, sendo<br />

que o maior destaque, vai para a assinatura<br />

da Carta Europeia de Segurança<br />

Rodoviária, que tem como<br />

principal objectivo a redução do número<br />

de acidentes de trânsito, através<br />

da implementação de tecnologia<br />

inteligente e de novos projectos, o<br />

que tem toda a lógica, já que o Grupo<br />

Continental, como fabricante líder na<br />

inovação de sistemas de travagem assim<br />

como de toda uma série de sistemas<br />

eléctrónicos associa<strong>dos</strong> à segurança,<br />

pode contribuir de forma decisiva<br />

para alcançar o objectivo proposto.<br />

Podemos mesmo afirmar que as<br />

questões de prevenção e segurança automóvel<br />

são a preocupação número um<br />

da Continental em todas as áreas e produtos<br />

de negócio, desde os pneus, sistemas<br />

de travagem, até às mais recentes<br />

tecnologias aplicadas ao automóvel. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

39


ENTREVISTA<br />

Xavier Obach, Director-Geral da Pirelli Neumáticos, S.A.<br />

Xavier Obach<br />

MARCA<br />

GLOBAL<br />

A Pirelli tem vindo a crescer no mercado português,<br />

devido a um trabalho de fundo que está a dar os seus frutos<br />

e <strong>2008</strong> será um ano particularmente activo para a Pirelli.<br />

Saiba porquê, nesta entrevista com o seu Director-Geral.<br />

40<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


São 24 anos de ligação à Pirelli. Esteve<br />

em vários países da Europa, ultimamente<br />

em Espanha e agora em<br />

Portugal, onde exerce funções de Director-<br />

Geral da empresa desde 2003. Sempre desenvolveu<br />

a sua actividade na empresa na<br />

área comercial, embora em diferentes sectores<br />

e projectos, com diversas responsabilidades.<br />

Chama-se Xavier Obach, um homem<br />

que coloca todo o seu conhecimento ao<br />

serviço da Pirelli.<br />

O trabalho que tem desenvolvido na Pirelli<br />

em Portugal tem o seu cunho pessoal?<br />

Sim. Uma das grandes vantagens da nossa<br />

empresa, na minha opinião, é que temos um<br />

alto grau de autonomia. Para um responsável<br />

da marca em cada país, a exemplo de<br />

Portugal, além das directrizes da Pirelli a<br />

seguir, temos a possibilidade de gerir o nosso<br />

dia-dia-dia como entendemos ser o melhor<br />

para a nossa organização. Obviamente<br />

que temos objectivos a atingir, agora a forma<br />

de os alcançar é, neste caso, da minha responsabilidade.<br />

Como tem sido o trabalho desenvolvido por<br />

si e pela sua equipa para atingir os<br />

objectivos?<br />

Considero que a Pirelli tem melhorado de<br />

forma relevante em Portugal, mas, em comparação<br />

com aquilo que é a nossa empresa<br />

noutros países, ainda temos muito para fazer<br />

e um importante caminho a percorrer.<br />

Esse caminho que falta percorrer é em<br />

termos comerciais?<br />

E não só – é um pouco de tudo. Indiscutivelmente,<br />

quanto maior é a implantação da<br />

marca no país, mais se pode investir noutras<br />

acções, como, por exemplo, o caso da comunicação.<br />

E se há mais publicidade, teoricamente<br />

pode-se vender mais. É um círculo<br />

que se fecha, mas que pode ser alargado.<br />

Então o que mudou na Pirelli nos últimos<br />

cinco anos?<br />

Mudou muita coisa consoante o mercado,<br />

mas o mais importante é que agora estamos<br />

muito mais próximos <strong>dos</strong> nossos clientes.<br />

Para além dessa proximidade, criámos uma<br />

relação de muita abertura e transparência<br />

com os nossos parceiros, pois pensamos<br />

que sem ela, hoje em dia, não se tem lugar<br />

no mercado.<br />

Em <strong>2008</strong>, fazem 20 anos que a Pirelli está,<br />

oficialmente, representada em Portugal. O<br />

que é que a marca está a pensar fazer?<br />

Vamos comemorar condignamente essa<br />

data, embora ainda não estejam defini<strong>dos</strong><br />

exactamente os detalhes de como o vamos<br />

fazer. No entanto, já temos muitas ideias… É<br />

um marco muito importante da história da<br />

Pirelli em Portugal e por isso serão realizadas<br />

acções relevantes a diversos níveis.<br />

Os últimos anos em Portugal têm sido de<br />

crise económica, vendendo-se menos<br />

automóveis, o que tem acabado por afectar<br />

o sector <strong>dos</strong> pneus...<br />

A crise não é tão grande como os meios de<br />

comunicação e os políticos nos querem fazer<br />

crer. Mais que uma crise, Portugal atravessa<br />

uma recessão, que se reflete em to<strong>dos</strong> os<br />

sectores, e o nosso mercado não foge a regra.<br />

Porém, para uma marca como a Pirelli, é<br />

fundamental marcar presença no primeiro<br />

equipamento <strong>dos</strong> carros novos e mais importante<br />

ainda no mercado de reposição. O<br />

que interessa à empresa é um bom equilíbrio<br />

entre estas duas situações, para além<br />

de a Pirelli ser reconhecida como uma marca<br />

“premium” pelo consumidor final.<br />

Como é que está a Pirelli em Portugal?<br />

Estamos a crescer em Portugal. No nosso<br />

país, a marca não está ainda ao nível da quota<br />

que tem, em termos médios, a nível mundial.<br />

Penso, no entanto, que a situação para<br />

nós continua em estado positivo porque ainda<br />

temos espaço para crescer. Será mais difícil<br />

continuar com esse nível de crescimento<br />

após atingirmos essa meta.<br />

Então considera que Pirelli não está ainda<br />

na sua posição “natural”, em termos de<br />

quota de mercado?<br />

Consideramos que não estamos ainda na<br />

nossa posição natural, pois como já disse,<br />

ainda temos espaço para crescer.<br />

Sabemos também que o mercado em 2007<br />

ficou estagnado, mas as marcas que em<br />

Portugal têm uma quota alta ou que estão<br />

acima <strong>dos</strong> seus standards naturais são evidentemente<br />

as que mais sofrem com esta<br />

recessão.<br />

Como é que a Pirelli pretende chegar à sua<br />

posição “natural”?<br />

Como disse anteriormente, com trabalho<br />

bem realizado e dando continuidade àquilo<br />

que temos vindo a fazer. Temos hoje a vantagem<br />

de trabalhar, cada vez mais, com novos<br />

clientes que não estavam com a Pirelli e aos<br />

quais também fornecemos as ferramentas<br />

necessárias para trabalharem connosco. É<br />

isto que temos que continuar a fazer.<br />

Neste mercado, trabalha-se muito o conceito<br />

de exclusividade, o que é sempre um<br />

travão para uma empresa que pretende desenvolver-se.<br />

-<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

41


ENTREVISTA<br />

Xavier Obach, Director-Geral da Pirelli Neumáticos, S.A.<br />

Como empresa, devemos estar presentes<br />

em todo o lado, directa ou indirectamente,<br />

pois o cliente final está cada vez mais a solicitar<br />

a nossa marca.<br />

“Estar em todo o lado” é algo que a Pirelli<br />

pretende atingir ou já atingiu?<br />

Actualmente, correndo o risco de me enganar,<br />

julgo que a Pirelli está presente, directa<br />

ou indirectamente, em todas as lojas<br />

de pneus em Portugal.<br />

Falou das ferramentas que deram aos<br />

clientes para que eles tenham passado a<br />

trabalhar com a Pirelli de uma forma mais<br />

efectiva. Que ferramentas são essas?<br />

Em primeiro lugar, fazer com que to<strong>dos</strong> os<br />

clientes considerem a Pirelli como um parceiro<br />

e não como um fornecedor. Por essa<br />

razão, deve existir troca de esforços: dar e<br />

receber. É o conceito win-win. É neste equilíbrio<br />

que tudo se desenvolve. Estamos, portanto,<br />

a falar em disponibilidade da gama de<br />

produtos, acções de marketing, merchandising,<br />

formação e acompanhamento técnico.<br />

No fundo, temos que ser nós a proporcionar<br />

aquilo que o cliente precisa para fazer<br />

uma boa venda ao automobilista. Por outro<br />

lado, o mais importante é que o atendimento<br />

por parte do nosso cliente ao consumidor final<br />

seja efectuado com to<strong>dos</strong> os atributos<br />

que fazem do produto Pirelli um líder indiscutível.<br />

Fornecer preços competitivos será outra<br />

ferramenta?<br />

Evidentemente. Nós crescemos em volume<br />

de forma relevante, mas a nossa margem<br />

de lucro aumentou em maior proporção,<br />

devido à nossa facturação estar directamente<br />

ligada aos produtos de alta gama,<br />

que, como to<strong>dos</strong> sabem, é o nosso ADN. É<br />

um mercado muito maduro e, como tal, sofre<br />

uma forte pressão nos preços. Apesar<br />

disso, este segmento tem outras características<br />

mais importantes, como a imagem e a<br />

especialização.<br />

O preço não é o único factor para que a<br />

facturação não acompanhe as vendas.<br />

Quais são os outros?<br />

Existem, de facto, muitos factores. A economia<br />

global, o constante aumento do preço<br />

das matérias-primas, a recessão <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong><br />

e o envelhecimento do parque automóvel,<br />

entre outros, são factores que nos<br />

obrigam a ajustar os nossos orçamentos.<br />

Por outro lado, quando se consegue alcançar<br />

uma maior visibilidade da marca, isso<br />

converte-se numa boa oportunidade para os<br />

canais que vendem Pirelli, já que ela é considerada<br />

uma marca de muito prestígio.<br />

Como é que caracteriza a marca<br />

Pirelli, em termos globais?<br />

Há muitos inquéritos recentemente<br />

feitos a milhares de consumidores finais<br />

na maioria <strong>dos</strong> países europeus.<br />

Apesar de a marca Pirelli ser a quinta<br />

entre os maiores fabricantes mundiais<br />

de pneus, é a número dois em<br />

termos de notoriedade e reconhecimento<br />

global a nível europeu. Quer<br />

isto dizer que nem sempre existe<br />

uma relação directa entre estes<br />

dois factores. Como tal, ser segunda<br />

em notoriedade e reconhecimento<br />

global é um <strong>dos</strong> muitos aspectos<br />

positivos da marca Pirelli.<br />

Sem dúvida, é uma prova também de<br />

que as estratégias criadas foram as mais<br />

correctas e de que a Pirelli é não só uma<br />

marca de pneus, mas também é reconhecida<br />

devido a muitos outros valores.<br />

Em termos de produto, como se pode<br />

definir a Pirelli?<br />

Não posso afirmar que seja o melhor pneu<br />

do mundo, mas o que posso garantir é que<br />

não há pneu melhor. Por exemplo, o nosso<br />

último modelo de pneu de altas prestações,<br />

o P Zero, equipa a maioria <strong>dos</strong> novos superdesportivos<br />

e diversos testes de entidades<br />

independentes certificam que não existe<br />

qualquer pneu que o supere. Aliás, neste<br />

segmento, que é o mais importante para a<br />

Pirelli e onde temos grandes tradições e<br />

apresentamos os melhores argumentos, somos<br />

claramente uma referência, sendo<br />

também essa a nossa filosofia de trabalho.<br />

Em Portugal, o segmento de altas<br />

prestações também é assim tão importante<br />

para a Pirelli?<br />

Bem... neste aspecto há questões particulares<br />

que não convém esquecer. BMW, Mercedes<br />

e Audi estão entre os dez primeiros fabricantes<br />

com mais matrículas registadas<br />

em 2007, e as suas vendas representam<br />

mais de 11% do total das vendas de veículos<br />

ligeiros!!!<br />

O mercado total de pneus em Portugal<br />

desceu cerca de 1,5%, mas os segmentos<br />

das altas prestações tiverem um crescimento<br />

percentual expresso em valores de doís<br />

digitos. Isto significa alguma coisa…<br />

Como tem evoluído a gama de pneus<br />

Pirelli?<br />

Historicamente, sempre tivemos e continuamos<br />

hoje a ter a gama mais vasta que<br />

existe no mercado. Na maioria das medidas,<br />

temos vários modelos, que, por sua vez, dispõem<br />

de um grande número de especificações.<br />

É como ser um alfaiate em função das<br />

Pirelli e Ceat são as<br />

duas marcas de<br />

pneus que a<br />

empresa<br />

comercializa em<br />

Portugal<br />

PIRELLI NEUMATICOS,<br />

S.A. (SUCURSAL)<br />

Sede: Alameda António Sérgio,<br />

22 - 7º C<br />

1495-132 Algés<br />

Director-Geral: Xavier Obach<br />

Telefone: 214 135 350<br />

Fax: 214 135 360<br />

E-mail: xavier.obach@pirelli.com<br />

Internet: www.pirelli.com<br />

42<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


A Pirelli tem uma forte<br />

presença no mercado<br />

de pneus de altas<br />

prestações<br />

Xavier Obach está<br />

na Pirelli há 24<br />

anos, cinco <strong>dos</strong><br />

quais passa<strong>dos</strong><br />

em Portugal<br />

necessidades de cada carro. Evidentemente,<br />

to<strong>dos</strong> estes produtos que a Pirelli fabrica<br />

com especificações europeias estão disponíveis<br />

em Portugal. Estamos presentes em to<strong>dos</strong><br />

os sectores, desde os ligeiros aos pesa<strong>dos</strong>,<br />

passando pelos pneus para veículos industriais<br />

sem esquecer os específicos para<br />

4x4/SUV, vans e comerciais. Marcamos também<br />

presença nos pneus para o segmento<br />

das motocicletas, no entanto, em Portugal,<br />

esse negócio é gerido por um importador independente,<br />

pois é um mercado muito específico.<br />

Na área comercial, como é que a Pirelli<br />

está presente no mercado?<br />

Temos um contact-center próprio,<br />

onde facultamos diversas ferramentas<br />

para os nossos clientes poderem fazer<br />

encomendas e atendermos às suas necessidades.<br />

Temos também uma equipa<br />

comercial, com nove pessoas, todas<br />

elas especializadas em segmentos<br />

distintos de mercado. Esta equipa tem,<br />

evidentemente, uma forte formação técnica,<br />

está presente em todo o país e deve dar resposta<br />

a diversas situações, como, por exemplo,<br />

consultas específicas, atendimento técnico,<br />

etc.<br />

Qual o modelo logístico adoptado pela<br />

Pirelli?<br />

Utilizamos os nossos dois armazéns situa<strong>dos</strong><br />

na Península Ibérica, em Barcelona e<br />

Madrid, além <strong>dos</strong> outros armazéns europeus<br />

para cargas maiores. A Pirelli em Portugal<br />

abastece-se prioritariamente no armazém<br />

de Madrid, cujo serviço permite entregar<br />

produtos em qualquer ponto de<br />

Portugal Continental e Ilhas. No continente,<br />

o prazo máximo de entrega é de 24 horas.<br />

Existem ainda cinco plataformas logísticas<br />

em Portugal para pequena distribuição, que<br />

no fundo dão suporte e continuidade à nossa<br />

actividade.<br />

Considera essa disponibilidade de<br />

stocks uma mais-valia?<br />

Claro que sim. Portugal, sendo um<br />

mercado mais pequeno, beneficia muito<br />

<strong>dos</strong> stocks que temos nos armazéns<br />

em Espanha. Estes stocks estão dimensiona<strong>dos</strong><br />

para esse mercado, que<br />

é muito maior que o nosso. Significa<br />

isso que temos tido sempre um grande<br />

nível de disponibilidade de produtos<br />

em Portugal – em 2007 rondou os<br />

96,5%.<br />

A Pirelli dispõe de uma segunda<br />

marca no mercado português?<br />

Para além da Pirelli, trabalhamos<br />

também com a marca Ceat. Serve como<br />

complemento em termos de comercialização,<br />

com preços inferiores em cerca de 25%<br />

em relação à Pirelli. Com uma gama mais<br />

reduzida e por não ter outros custos agrega<strong>dos</strong>,<br />

possui, no entanto, uma qualidade muito<br />

próxima da Pirelli, o que permite praticar<br />

preços mais competitivos nesta marca.<br />

As vendas de Ceat são expressivas no<br />

mercado português?<br />

Sim, bastante. Por cada 100 pneus Pirelli<br />

vendemos 40 da marca Ceat. Obviamente,<br />

que não nos interessa aproximar muito mais<br />

as marcas, para evitar a canibalização de<br />

uma pela outra.<br />

Alguns importadores têm apostado em<br />

redes próprias. O que vai a Pirelli fazer em<br />

Portugal, a esse nível?<br />

Temos um projecto em mente a esse nível,<br />

que deverá ser divulgado e implementado na<br />

segunda metade de <strong>2008</strong>. Este projecto já é<br />

uma realidade que a Pirelli dispõe em diversos<br />

países da Europa, e que terá a sua continuidade<br />

em Portugal.<br />

Qual o conceito que está inerente a essa<br />

rede?<br />

A Pirelli tem várias hipóteses a esse nível,<br />

pelo que aplicaremos o que se adeque melhor<br />

às características do mercado português.<br />

Qualquer casa de pneus poderá vir a aderir<br />

a essa rede?<br />

Sim. A condição básica para os aderentes<br />

é que sejam especialistas em pneus de altas<br />

prestações. Isso exige uma rede com determina<strong>dos</strong><br />

padrões de qualidade. O argumento<br />

preço é algo que sempre acaba por se esgotar.<br />

Se não existe mais nada para oferecer<br />

além do preço, então é o fim.<br />

Já têm a noção do potencial dessa rede?<br />

Temos identificado mais de 100 casas de<br />

pneus que podem aderir a esta rede. Contudo,<br />

vamos trabalhar noutros aspectos para<br />

escolher aquelas que podem melhor interpretar<br />

o nosso conceito.<br />

Quais são as ameaças e as oportunidades<br />

do mercado <strong>dos</strong> pneus em Portugal?<br />

As ameaças passam pelas dificuldades de<br />

crescimento do mercado devido à situação<br />

financeira, o que causa muitas vezes uma<br />

retracção do mercado.<br />

As oportunidades passam por apostar fortemente<br />

sobretudo nos clientes e nos segmentos<br />

que estão em crescimento, como o<br />

das altas prestações, onde somos, como já<br />

mencionámos, fortes líderes.■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

43


ENTREVISTA<br />

Humberto Matos, Administrador da Sociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente, S.A.<br />

44<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Humberto Matos<br />

KUMHO<br />

VAI CRESCER<br />

Representante exclusivo <strong>dos</strong> pneus Kumho, a<br />

Sociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente, S.A. é uma empresa<br />

recente mas com forte Know-How no mercado <strong>dos</strong><br />

pneus em Portugal.<br />

ASociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente<br />

tem ainda uma actividade muito<br />

recente no mercado <strong>dos</strong> pneus<br />

em Portugal, embora as pessoas que lhe<br />

dão “corpo” tenham um profundo conhecimento<br />

e experiência do sector, com um<br />

percurso que passou pela Michelin, Hiper<strong>Pneus</strong><br />

e mais recentemente pela Japorte/Kelpneu.<br />

Fundada em 26 de Setembro de 2006, a<br />

Sociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente só iniciou a<br />

sua actividade no mercado no dia 15 de Janeiro<br />

2007. Tem como accionista maioritário<br />

e Presidente do Conselho de Administração<br />

Luís Filipe Vieira (actual presidente<br />

do S.L.Benfica). Contudo, o Administrador<br />

da Sociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente é<br />

Humberto Matos, com quem falámos<br />

para a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

O que é e o que faz a Sociedade de<br />

<strong>Pneus</strong> do Oriente?<br />

A SPO é uma empresa com pouco<br />

mais de um ano de actividade, mas<br />

que é portadora de uma grande experiência<br />

e conhecimento do mercado<br />

<strong>dos</strong> pneus. Representa e distribui em<br />

Portugal a Kumho, que é uma marca<br />

que já estava presente no nosso<br />

mercado, a qual possui um vasto potencial,<br />

tendo sido decidido dar continuidade a<br />

esse trabalho através desta nova empresa.<br />

Temos a sede na Póvoa de Santo Adrião<br />

e os armazéns em Cabo Ruivo, onde temos<br />

todo o nosso stock.<br />

A Kumho é a única marca que a<br />

Sociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente trabalha?<br />

Fazemos a importação directa <strong>dos</strong><br />

pneus Kumho da Coreia para Portugal. Em<br />

termos de exclusividade, a Kumho não é a<br />

única marca que a SPO tem no mercado de<br />

pneus. De facto, em finais de 2007, também<br />

em carácter de exclusividade, a SPO<br />

passou a representar e a distribuir a marca<br />

General Tire, a qual pertence ao Grupo<br />

Continental, na vertente de pneus de turismo<br />

e comerciais.<br />

Refira-se também que, desde o final de<br />

2007, a SPO está a comercializar a marca<br />

Continental através de um acordo de comercialização<br />

que efectuou com este produtor.<br />

Passado um ano de trabalho houve uma<br />

clara aposta na diversificação de marcas<br />

e produtos. Porquê?<br />

Cada vez mais o mercado assim o exige.<br />

O mercado está extremamente aberto,<br />

concorrencial e competitivo o que obriga a<br />

que as empresas tenham cada vez mais<br />

um leque maior de ofertas, até como forma<br />

de estar representado noutros sectores<br />

e segmentos de mercado.<br />

A marca Kumho está direccionada para<br />

um determinado sector de mercado, pelo<br />

que a estratégia foi desenvolver o portfólio<br />

de marcas para que assim nos fosse possível<br />

estar presente noutros sectores de<br />

mercado e novos canais de distribuição.<br />

Foi também uma forma de poder ter<br />

qualidade e preço?<br />

Com estas marcas a SPO passou a poder<br />

estar presente no mercado com marcas<br />

de diferentes posicionamentos, uma marca<br />

para o segmento “premium” com a<br />

Continental, uma “quality” que é a Kumho,<br />

e uma marca “budget” que é a General<br />

Tire oferecendo um leque mais variado e<br />

mais amplo podendo assim responder às<br />

diversas necessidades do mercado, que<br />

solicitam outro tipo de produtos. -<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

45


ENTREVISTA<br />

Humberto Matos, Administrador da Sociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente, S.A.<br />

Desta forma, a oferta passou a ser ainda<br />

maior, quer em termos de pneus ligeiros e<br />

comerciais, como 4x4, SUV ou pesa<strong>dos</strong>.<br />

Neste momento podemos dar resposta a<br />

cerca de 90% da procura do mercado nacional,<br />

o que pensamos ser muito importante,<br />

pois podemos “responder” a tudo aquilo que<br />

o cliente necessita.<br />

Porém, a Kumho é a nossa marca própria,<br />

o nosso grande objectivo, e a nossa responsabilidade<br />

principal. Somos a “cara” da<br />

Kumho no mercado nacional sendo que essa<br />

é a nossa bandeira no mercado.<br />

Como é que a Sociedade de <strong>Pneus</strong> do<br />

Oriente tem montada a sua distribuição?<br />

Em termos de distribuição a Kumho possui<br />

uma equipa comercial de três elementos no<br />

mercado: norte, centro e sul. Pessoalmente<br />

também assumo a responsabilidade directa<br />

sobre alguns clientes especificos assim<br />

como o mercado da Madeira e os Açores<br />

(Ilha de S. Miguel).<br />

Temos o stock no nosso armazém, e todas<br />

as vendas são expedidas via operador logístico<br />

para todo o mercado em 24 horas, para<br />

Portugal Continental. Vendemos para todo o<br />

país, centralizamos as nossas vendas nos<br />

especialistas de pneus, mas percebendo<br />

que, cada vez mais, as coisas estão a mudar.<br />

Trabalhamos com os principais grupos de<br />

pneus e centrais de compra a operar em<br />

Portugal, nomeadamente a Pneuport, Mega-<br />

Mundi e Eurotyre. Estamos também a desenvolver<br />

contactos com outros grupos e<br />

com a nova distribuição.<br />

Para além disso, damos todo o apoio e<br />

acompanhamento ao nosso cliente através<br />

da nossa linha de atendimento telefónico e<br />

suportada, claro, pela equipa comercial.<br />

Alguns importadores de pneus apostaram<br />

no desenvolvimento de redes próprias. O<br />

que a Sociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente está a<br />

fazer a esse nível?<br />

É algo que está na nossa mente, mas que<br />

tem que ser feito de uma forma ponderada e<br />

consistente. É extremamente fácil de se<br />

anunciar um grupo. Porém, conseguir concretizar<br />

e consolidar esse denominado grupo<br />

tem as suas dificuldades, nomeadamente<br />

o poder garantir a sua continuidade a médio<br />

e longo prazo, pois só dessa forma faz sentido<br />

essa existência. Pela nossa experiência<br />

de mercado é necessário saber com toda a<br />

clareza quais os passos que se poderão dar.<br />

Quais são para a vossa empresa os factores<br />

criticos que podem influenciar<br />

directamente no sucesso comercial?<br />

De um modo simplista posso dizer que a<br />

disponibilidade de stock é fundamental, assim<br />

como obviamente o preço. Penso que<br />

não existe ninguém que consiga sobreviver<br />

neste mercado actualmente que não reúna<br />

estes dois factores.<br />

Existe, contudo, um outro factor que considero<br />

importante e que a Sociedade de <strong>Pneus</strong><br />

do Oriente usufrui dele. Falo concretamente<br />

da credibilidade que se tem no mercado.<br />

Com a proliferação de marcas que existem<br />

no mercado, é muito fácil a qualquer um<br />

vender a qualquer preço.<br />

Agora, é diferente ser considerado um<br />

parceiro de negócio sério, no qual as pessoas<br />

acreditam e respeitam, sabendo que ao<br />

estarem a trabalhar connosco podem confiar.<br />

Tudo aquilo em que nos comprometemos,<br />

nós assumimos e fazemos. Este, penso<br />

ser um factor de extrema importância e<br />

que, sinceramente, nem to<strong>dos</strong> os operadores<br />

no mercado têm.<br />

São no fundo os valores da Sociedade de<br />

<strong>Pneus</strong> do Oriente?<br />

Sim. A transparência, seriedade e boa fé,<br />

são valores que estão na nossa missão e <strong>dos</strong><br />

quais não abdicamos.<br />

Pode parecer retórica, mas se as coisas<br />

não fossem assim, teriamos concerteza<br />

muito menos sucesso na nossa actividade.<br />

Muitos operadores falam em qualidade de<br />

serviço. O que é para a Sociedade de <strong>Pneus</strong><br />

do Oriente a qualidade de serviço?<br />

Em primeiro lugar ter capacidade de<br />

resposta às necessidades do mercado.<br />

Isso é fundamental para se poder<br />

começar a prestar um bom<br />

serviço. Depois não podemos esquecer<br />

o cumprimento <strong>dos</strong> prazos<br />

de entrega, bem como cumprir<br />

as condições comerciais<br />

contratadas.<br />

Como é que se pode<br />

apresentar a marca Kumho?<br />

É uma marca coreana que,<br />

neste momento, está em<br />

nono lugar no Ranking Mundial,<br />

tem como objectivo até<br />

2012 ser o quinto maior produtor<br />

mundial de pneus e que<br />

tem vindo a evoluir de forma<br />

significativa em termos de<br />

qualidade de produto e de<br />

imagem.<br />

Trata-se de uma marca que<br />

está a penetrar fortemente no<br />

equipamento de origem, nomeadamente<br />

nas marcas coeranas,<br />

entrando em alguns segmentos de<br />

mercado em marcas como a Mercedes,<br />

Volkswagen e Mitsubishi.<br />

A Kumho possui uma<br />

gama bem diversificada,<br />

estando também<br />

representada no primeiro<br />

equipamento, mesmo em<br />

marcas europeias<br />

46<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Humberto Matos<br />

é o Administrador<br />

da SPO, empresa<br />

responsável pela<br />

importação da<br />

Kumho<br />

Para além da Kumho,<br />

a SPO trabalha<br />

também os pneus<br />

da General Tire e<br />

da Continental<br />

SOCIEDADE DE PNEUS<br />

DO ORIENTE<br />

Sede: Alameda Salgueiro Maia<br />

Lt4, Piso 1, Escritório 1<br />

Administrador: Humberto Matos<br />

Telefone: 210 134 590<br />

Fax: 210 103 820<br />

E-mail: sporiente@sporiente.pt<br />

Internet: www.sporiente.pt<br />

Aliás, entrar no mercado de origem é<br />

fundamental para a constituição da imagem.<br />

A Kumho sabe isso e tem vindo a dar passos<br />

muitos importantes nesse sentido.<br />

A Kumho é também muito conhecida na<br />

competição e tem na inovação uma das suas<br />

armas, tendo lançado por exemplo, o primeiro<br />

pneu com aroma do mundo.<br />

A Kumho tem actualmente as suas fábricas<br />

na China e na Coreia, estando prestes a<br />

abrir uma nova fábrica no Vietname.<br />

Sendo a Kumho a<br />

principal bandeira da<br />

Sociedade de <strong>Pneus</strong> do<br />

Oriente, como é que se<br />

está no mercado com<br />

uma marca menos<br />

conhecida não tendo o<br />

nome e a imagem de<br />

uma marca<br />

Premium?<br />

Com muito esforço e<br />

muito trabalho, mas<br />

acima de tudo usando a<br />

nossa credibilidade e relação<br />

pessoal muito forte<br />

com os nossos clientes.<br />

Neste momento existe um<br />

interesse muito grande da marca<br />

em desenvolver bastante a imagem da Kumho.<br />

Temos desenvolvido diversos suportes<br />

com uma imagem muito forte, nomeadamente<br />

as tabelas de preço. A prestação de<br />

serviços ao nível do Marketing que temos<br />

desenvolvido têm ajudado os nossos clientes,<br />

por exemplo, através de panfletos promocionais.<br />

Como é que se convence o cliente a montar<br />

Kumho no seu automóvel?<br />

A Kumho está dentro do leque de marcas<br />

menos conhecidas, contudo actualmente<br />

não podemos dizer que entre os 10 maiores<br />

produtos mundiais de pneus, existam<br />

“maus” pneus, o que existe é pneus com<br />

uma maior notoriedade relativamente a outros.<br />

Para nós o mais importante é que as pessoas<br />

experimentem e testem os pneus Kumho.<br />

A experiência que nós temos é que quando<br />

um cliente experimenta Kumho, depois<br />

acaba por ficar cliente, pois fica a conhecer<br />

a qualidade <strong>dos</strong> produtos.<br />

Considera que as casas de pneus<br />

independentes não têm futuro?<br />

As casas de pneus, que só vendem exclusivamente<br />

pneus, estão condenadas<br />

ao fracasso. Estas casas têm que evoluir<br />

para os serviços rápi<strong>dos</strong> como forma de<br />

compensar as curtas margens na venda <strong>dos</strong><br />

pneus.<br />

O especialista de pneus como se conhecia<br />

no passado não tem mais futuro, até porque<br />

o mercado exige outro tipo de operadores<br />

com outro tipo de prestação de serviços.<br />

De facto, penso que já existe uma nova geração<br />

de profissionais, com outra postura e<br />

outra dinâmica de mercado, e que já se<br />

adaptaram à nova realidade, mas que ainda<br />

são em número algo reduzido.<br />

Quais são, na sua opinião, as principais<br />

ameaças do mercado <strong>dos</strong> pneus em<br />

Portugal?<br />

Os pneus usa<strong>dos</strong> são um factor importante<br />

neste mercado, até porque se atravessam<br />

algumas dificuldades económicas, onde<br />

neste caso é necessário ter preço.<br />

Depois, os pneus chineses que foram uma<br />

“moda” de preço, mas que em minha opinião,<br />

começa a haver um certo retrocesso,<br />

pois existem outras opções qualidade / preço<br />

muito mais interessantes.<br />

O nosso mercado é relativamente pequeno,<br />

deverão existir presentemente mais de<br />

100 marcas, para além de uma grande importação<br />

paralela, para a qual não existem<br />

quaisquer regras. Isto é de facto, para mim,<br />

uma séria ameaça.<br />

Mas também existem oportunidades neste<br />

sector?<br />

Claro que sim. Mas essas oportunidades<br />

só poderão ser aproveitadas por aqueles que<br />

de uma forma muito objectiva se adaptem e<br />

profissionalizem, para as exigências cada<br />

vez maiores deste mercado.<br />

Quantos pneus comercializou a Sociedade<br />

de <strong>Pneus</strong> do Oriente no seu primeiro ano de<br />

mercado?<br />

Em 2007 vendemos cerca de 60.000 pneus.<br />

Temos um stock médio de 20.000 pneus, o<br />

que pensamos ser importante. Como a<br />

Kumho não tem plataformas na Europa, somos<br />

“obriga<strong>dos</strong>” a ter este investimento em<br />

stock.<br />

Apesar das dificuldades do mercado, esperamos<br />

vender cerca de 80.000 pneus em<br />

<strong>2008</strong>. Queremos crescer de forma consolidada<br />

no mercado. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

47


ENTREVISTA<br />

Rui Chorado, Sócio - Gerente da Dispnal <strong>Pneus</strong><br />

48<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Rui Chorado<br />

PERSPECTIVAS<br />

SÃO LIMITADAS<br />

A Dispnal <strong>Pneus</strong> comercializa todas as linhas de pneus<br />

para to<strong>dos</strong> os tipos de veículos e equipamentos, estando<br />

já posicionada no ranking de vendas do mercado<br />

português atrás das grandes marcas mundiais, como a<br />

Michein, Goodyear, Continental e Bridgestone.<br />

Para saber mais sobre esta jovem<br />

empresa e sobre os seus projectos,<br />

estivemos à conversa com<br />

Rui Chorado, o seu principal mentor.<br />

Como analisa o mercado actual de pneus<br />

em Portugal?<br />

O mercado presentemente está muito<br />

competitivo, porque as principais marcas,<br />

Michelin, Bridgestone, Continental e Goodyear,<br />

controlam quase totalmente o espaço<br />

disponível, possuindo marcas de segunda<br />

e terceira linha. Para equilibrar um<br />

pouco a situação, existem importadores<br />

que trazem para o mercado marcas asiáticas<br />

e outras alternativas, das quais temos<br />

algumas representações. São produtos de<br />

outras linhas, que permitem entrar nos nichos<br />

de mercado em disputa e conseguir<br />

alguns resulta<strong>dos</strong> concretos.<br />

Que planos tem a Dispnal <strong>Pneus</strong> em<br />

relação a novos produtos?<br />

Em relação aos novos produtos, estamos<br />

a seguir uma linha de orientação já consolidada<br />

nesta empresa, no sentido de termos<br />

uma oferta tão completa quanto possível<br />

e sempre com objectivo de a complementar.<br />

A tendência actual é para os nossos<br />

clientes não fazerem stock, encomendando<br />

os produtos à medida que vão necessitando.<br />

Se tivermos o artigo<br />

procurado, em 24 horas a entrega está<br />

efectuada e o negócio realizado. Isso obriga-nos<br />

a ser bastante flexíveis na oferta e a<br />

ter uma grande diversidade de produtos.<br />

Outra tendência que se está a consolidar é<br />

o aumento das medidas <strong>dos</strong> pneus. As jantes<br />

13 e 14 polegadas já têm uma procura<br />

mais reduzida, enquanto que as medidas<br />

acima de 15, 16, 17 e 18 polegadas são cada<br />

vez mais procuradas. Os fabricantes estão<br />

a corresponder a esse novo desafio, criado<br />

pela expansão do parque automóvel da<br />

gama média/alta. Em termos de qualidade,<br />

as marcas alternativas às grandes marcas<br />

estão num bom nível, tendo que se apreciar<br />

a negociação pelo prisma da relação<br />

preço/qualidade. Os nossos produtos são<br />

to<strong>dos</strong> certifica<strong>dos</strong> e passam por controlos<br />

de qualidade rigorosos. As empresas de<br />

segunda linha estão geralmente associadas<br />

a outras que já possuem a tecnologia e<br />

o know how desenvolvi<strong>dos</strong>, o que possibilita<br />

uma grande uniformidade de padrões de<br />

qualidade, entre todas as marcas.<br />

Quantos clientes activos tem<br />

actualmente a vossa empresa?<br />

Temos uma carteira de clientes com<br />

centenas de empresas, servidas por um<br />

operador logístico contratado, que disponibiliza<br />

as encomendas no prazo máximo<br />

de 24 horas, em 98% <strong>dos</strong> casos diários.<br />

Considera que as oficinas de pneus<br />

portuguesas têm evoluído, ou então<br />

paradas no tempo?<br />

A evolução <strong>dos</strong> operadores está de certo<br />

modo condicionada pelas incertezas do<br />

mercado e vai-se pautando pelas necessidades<br />

do dia-a-dia. Os próprios automóveis<br />

estão a exigir a substituição de máquinas<br />

de equilibrar e de alinhar mais antigas,<br />

devido à maior exigência tecnológica <strong>dos</strong><br />

modelos mais recentes. No plano comercial<br />

também há alguns progressos, no<br />

sentido de propor ao cliente produtos que<br />

garantam melhores prestações e segurança,<br />

durante toda a sua vida útil, em vez<br />

de seguirem a tendência geral de querer<br />

pneus que façam grandes quilometragens,<br />

sem levar em conta a questão da segurança<br />

e do conforto de condução. O profissionalismo<br />

vai-se impondo gradualmente<br />

e temos expectativas de ficar um<br />

destes dias ao nível <strong>dos</strong> países mais avança<strong>dos</strong><br />

da Europa, neste sector. -<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

49


ENTREVISTA<br />

Rui Chorado, Sócio - Gerente da Dispnal <strong>Pneus</strong><br />

Que tipo de formação proporciona a Dispnal<br />

<strong>Pneus</strong> aos seus clientes?<br />

Temos uma parceria com a Michelin, para<br />

as marcas Kormoran e Taurus, destinadas à<br />

agricultura, que acompanha as situações ligadas<br />

à formação. Nas outras marcas, vamos<br />

transmitindo as informações aos nossos<br />

clientes, à medida que os fabricantes nos<br />

vão fornecendo mais detalhes sobre os produtos.<br />

É um acompanhamento constante,<br />

que não tem exigido um esforço de formação<br />

específico da nossa parte.<br />

Os chama<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> estão a<br />

prejudicar o mercado <strong>dos</strong> pneus novos?<br />

Efectivamente, causam algum incomodo<br />

pela fraca qualidade e em muitos casos com<br />

incidência especialmente no Norte do país,<br />

que é uma região mais massacrada por esse<br />

tipo de comércio. Criou-se uma abertura no<br />

mercado para esse tipo de produto e tornase<br />

muito difícil combater o fenómeno, porque<br />

o poder de compra <strong>dos</strong> automobilistas<br />

baixou consideravelmente. Muitas pessoas<br />

conseguem adquirir carros de topo de gama<br />

com pouco uso, graças ás facilidades de valores<br />

e de crédito existentes, mas no capítulo<br />

da manutenção e troca de pneus a margem<br />

continua muito limitada. O maior<br />

problema consiste no facto <strong>dos</strong> pneus<br />

usa<strong>dos</strong> terem as mais diversas proveniências,<br />

sendo difícil encontrar 4<br />

pneus que se ajustem perfeitamente, o<br />

que levanta alguns problemas direccionais<br />

e de segurança.<br />

As redes organizadas de oficinas de pneus<br />

acabarão por dominar o mercado?<br />

Isso depende muito das políticas comerciais<br />

que cada multinacional defende. Essas<br />

políticas não são imutáveis, tendo que ser<br />

flexíveis, a fim de acompanhar as evoluções<br />

do mercado. Cada caso é um caso. O mercado<br />

está muito aberto é há operadores independentes<br />

que têm bastante sucesso, sem<br />

pertencer a nenhuma rede organizada de<br />

oficinas. Por outro lado, há empresas que estão<br />

presentes em toda a Europa e precisam<br />

ter estabelecimentos também em Portugal,<br />

para acompanhar os seus clientes nas deslocações.<br />

A realidade actual do mercado caracteriza-se<br />

por uma grande abertura e todas<br />

as opções têm alguma hipótese de sucesso<br />

à partida.<br />

Como encara o fenómeno <strong>dos</strong> pneus run<br />

flat?<br />

Trata-se de uma experiência e ainda estamos<br />

longe de ter uma tendência estabelecida.<br />

A marca BMW apostou nesse tipo de<br />

oferta, o que tem vantagens e inconvenientes.<br />

O pneu run flat torna o carro mais duro e<br />

com uma condução que não é exactamente<br />

igual a outro pneu qualquer. A evolução<br />

des-<br />

A Dispnal conta com uma<br />

equipa de colaboradores que<br />

recebe as encomendas. Os<br />

pedi<strong>dos</strong> recebi<strong>dos</strong> até às<br />

cinco da tarde são entregues<br />

no dia seguinte<br />

Quem decide a compra <strong>dos</strong> pneus? O<br />

cliente, ou a casa de pneus?<br />

O atendimento ainda continua a ser<br />

um factor de decisão preponderante.<br />

Cada casa tenta trabalhar melhor as<br />

marcas pelas quais optou, convencendo<br />

os clientes das suas vantagens.<br />

Também existe o cliente com<br />

opção já formada, mas isso constitui<br />

um número muito pouco significativo<br />

de situações. O facto de<br />

existir actualmente um certo<br />

equilíbrio no plano da qualidade,<br />

também faz com que o cliente<br />

aceite outras opiniões e queira experimentar<br />

outras alternativas.<br />

Que evolução se tem verificado nos canais<br />

de distribuição de pneus?<br />

No que respeita aos canais de distribuição,<br />

está a verificar-se uma certa divisão do mercado<br />

pelas oficinas e grupos internacionais<br />

de marcas e pelas grandes superfícies comerciais.<br />

A casa de pneus, no entanto, continua<br />

a ter um papel chave nesta actividade e<br />

penso que por tempo indeterminado.<br />

se tipo de pneu depende<br />

muito do mercado, porque há condutores<br />

que gostam e outros que não apreciam<br />

mesmo nada. Esse tipo de pneu é ainda um<br />

pouco mais caro do que o pneu convencional,<br />

porque é produzido em pequena escala. Se<br />

chegarmos a grandes volumes de produção,<br />

o preço desses pneus poderá vir para dentro<br />

da média do mercado. Há que aguardar mais<br />

algum tempo, para ver como as coisas correm.<br />

DISPNAL PNEUS<br />

Sede: Santa Maria - Valpedre -<br />

Apartado 217<br />

4560-532 Penafiel<br />

Sócio-Gerente: Rui Chorado<br />

Telefone: 255.617.480<br />

Fax: 255.617.489<br />

E-mail: dispnal@dispnal.pt<br />

Internet: www.dispnal.pt<br />

50<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


A Dispnal<br />

comercializa todas<br />

as linhas de pneus<br />

para to<strong>dos</strong> os tipos<br />

de veículos e<br />

equipamentos<br />

Que projecções faz para a evolução<br />

do mercado português de pneus?<br />

Todas as fábricas de pneus querem<br />

e precisam vender os seus produtos.<br />

No entanto, o mercado português<br />

tem algumas características<br />

que o diferenciam da média<br />

europeia. Na maior parte <strong>dos</strong> países<br />

da Europa as pessoas trocam<br />

os pneus com meio uso, enquanto<br />

que entre nós o pneu só é trocado,<br />

na maior parte <strong>dos</strong> casos, no<br />

limite do desgaste, isto é, quando<br />

começa a levantar problemas<br />

de segurança ou de fiscalização.<br />

As marcas de topo tentam<br />

sempre lançar produtos<br />

inovadores e que ofereçam alguma<br />

mais valia, para alcançarem<br />

novos clientes e sectores do mercado. Os<br />

produtores asiáticos vão atrás das tendências<br />

que o mercado cria e tentam imitar as<br />

marcas de primeiro plano, às quais compram<br />

a tecnologia e o know how mais recentes.<br />

No plano global, existem oportunidades<br />

para to<strong>dos</strong> e o mercado está sempre a crescer,<br />

mas em Portugal, talvez por alguma falta<br />

de retoma da economia, o sector <strong>dos</strong><br />

pneus tem uma oferta que supera a procura<br />

e as perspectivas são limitadas.<br />

Como correu o ano de 2007 para a Dispnal<br />

<strong>Pneus</strong> e que perspectivas existem para <strong>2008</strong>?<br />

O ano de 2007 correu favoravelmente para<br />

a nossa empresa, devido a uma resposta rápida<br />

às condições do mercado, tendo havido<br />

alguma consolidação do negócio. Para <strong>2008</strong>,<br />

estamos a equacionar uma continuidade<br />

desta evolução, mas não é possível fazer<br />

previsões muito rigorosas, porque as coisas<br />

mudam muito rapidamente. No ano passado,<br />

o mercado diminuiu e poderá ter tendência<br />

para continuar a diminuir. Mesmo assim,<br />

com a nossa equipa e com as nossas capacidades,<br />

continuamos a apostar num crescimento<br />

moderado, dentro daquilo que os nossos<br />

clientes nos forem solicitando.<br />

Em que ponto estão os planos de expansão<br />

para os merca<strong>dos</strong> exteriores e de novas<br />

representações?<br />

Para o futuro, existem planos e ideias, mas<br />

temos que levar uma coisa avante de cada<br />

vez. Neste momento, estamos a arrumar a<br />

casa e a expansão para o exterior continua a<br />

ser um objectivo, embora condicionado por<br />

várias situações, que ainda terão que ser<br />

mais estudadas e aprofundadas. Existem novos<br />

planos para importação de outras marcas<br />

de origem europeia, mas ainda é cedo<br />

para falarmos nisso…■<br />

PUB<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

51


REPORTAGEM<br />

Recauchutagem Ramôa<br />

A TERNURA<br />

DOS 40<br />

A Recauchutagem Ramôa comemora 40 anos.<br />

Uma data histórica que esta importante empresa de pneus<br />

de Braga está a comemorar condignamente, tendo como<br />

fase visível a nova filial em Barcelos.<br />

52<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


A NOVA FILIAL<br />

A nova filial de Barcelos, que<br />

apresenta uma excelente localização, foi<br />

concebida de raiz para ser uma<br />

moderna e funcional casa de pneus.<br />

Quando o objectivo é a qualidade de<br />

serviço, a Recauchutagem<br />

Ramôa não poupou esforços<br />

e apostou em modernos<br />

equipamentos e numa<br />

imagem moderna e virada<br />

para o conforto do cliente.<br />

Num terreno com mais de<br />

3.100 m2, esta nova casa de<br />

pneus Recauchutagem<br />

Ramôa em Barcelos, possui<br />

dois pisos, o superior dedicado<br />

aos veículos ligeiros e o inferior<br />

para os pesa<strong>dos</strong>, numa área coberta<br />

que ascende aos 1.550 m 2 .■<br />

“<br />

Quem trabalha nesta casa tem<br />

que pensar Ramôa 24 horas<br />

por dia”. Esta frase de António<br />

Ramôa, Administrador da Recauchutagem<br />

Ramôa, espelha de forma<br />

clara a dedicação e empenho que toda a<br />

família, desde o seu pai e fundador, Manuel<br />

Ramôa, até à terceira geração (já a<br />

trabalhar na empresa), presta a este<br />

negócio.<br />

Num ano em que a Recauchutagem<br />

Ramôa vai levar por diante diversas acções<br />

de comemoração <strong>dos</strong> seus 40 anos,<br />

com reflexos externos, na atribuição de<br />

prémios aos seus clientes por via de<br />

campanhas especificas, mas também<br />

internos, através de determina<strong>dos</strong> eventos,<br />

um deles marcará de forma indelével<br />

esta data, como é o caso da inauguração<br />

da nova filial em Barcelos.<br />

Existe um enorme orgulho da empresa<br />

neste investimento, levando António<br />

Ramôa a dizer que “esta nova filial de<br />

Barcelos é a menina <strong>dos</strong> nossos olhos,<br />

sendo a prenda que quisemos dar a nós<br />

próprios, e muito especialmente ao fundador<br />

Manuel Ramôa, meu pai e principal<br />

impulsionador da empresa ao longo<br />

de to<strong>dos</strong> estes anos. Foi uma pessoa que<br />

nos passou uma mensagem de trabalho,<br />

dedicação, honestidade e seriedade, que<br />

são valores muito importantes no negócio<br />

e <strong>dos</strong> quais não abdicamos”.<br />

Aliás, para Manuel Ramôa, existe na<br />

empresa “o gosto e o prazer de sermos<br />

honestos e sérios, o que se vê cada vez<br />

menos neste mercado, mas que nos<br />

trouxe muitos proveitos”.<br />

Actualmente o “mundo” Ramôa é<br />

enorme. A Recauchutagem Ramôa possui<br />

nove casas de pneus, distribuídas<br />

por Braga (3), Barcelos (2), Vieira do Minho,<br />

Póvoa de Lanhoso, Montalegre e<br />

Vila Verde, e uma estação de serviço<br />

Galp em Braga, sem esquecer a unidade<br />

industrial de recauchutagem de pneus.<br />

Na sua totalidade trabalham na empresa<br />

mais de 110 funcionários, do quais<br />

25 estão integra<strong>dos</strong> na unidade fabril.<br />

Cerca de 30% da facturação da empresa<br />

é proveniente da actividade de recauchutagem,<br />

enquanto os restantes<br />

resultam praticamente da venda de<br />

pneus.<br />

“Na recauchutagem houve uma enorme<br />

modernização, e também por isso<br />

passamos a ser certifica<strong>dos</strong> nos pneus<br />

recauchuta<strong>dos</strong>, partindo para a homologação<br />

do nosso produto que pode ser<br />

vendido em toda a Europa, seja de ligeiro<br />

ou pesado com marca Ramôa”, assegura<br />

António Ramôa. -<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

53


REPORTAGEM<br />

Recauchutagem Ramôa<br />

Apesar de produzir pneus ligeiros<br />

racauchuta<strong>dos</strong>, a ”nossa<br />

aposta vai para o pesado, agrícola,<br />

longo curso, comerciais, fora<br />

de estrada, industrial e alguns<br />

pneus de turismo”.<br />

“A aposta no pneu recauchutado<br />

para ligeiros não faz muito sentido.<br />

Ainda o fazemos porque o mercado<br />

o pede e a situação económica do<br />

país o obriga, mas actualmente já<br />

existem propostas ao nível <strong>dos</strong><br />

pneus novos que supera em termos<br />

de preço o recauchutado, embora<br />

também existam novos com menos<br />

qualidade que os recauchuta<strong>dos</strong>”,<br />

refere o mesmo responsável.<br />

O Capital Social da Recauchutagem<br />

Ramôa é de 1.250.000 euros, prevendo a<br />

empresa facturar perto de 15 milhões de<br />

Euros em <strong>2008</strong>.<br />

Paralelamente aos negócios principais<br />

da empresa, a Recauchutagem Ramôa<br />

dedica-se também à distribuição e revenda<br />

de pneus, tanto ao nível da recauchutagem<br />

como de pneus novos, com<br />

forte incidência na zona norte.<br />

Retalho<br />

A lógica de rede de casas de pneus, é<br />

algo que sempre esteve presente na Recauchutagem<br />

Ramôa. À medida que foram<br />

sendo inauguradas as diversas casas<br />

de pneus que a empresa detém na<br />

região norte do país, houve sempre a intenção<br />

de estar próximo do cliente.<br />

“Sempre houve sensibilidade para se<br />

investir nos meios, materiais e humanos,<br />

que nos permitam a prestação de um<br />

serviço de qualidade”, assegura Antónia<br />

Ramôa, que não esquece também os investimentos<br />

que são feitos nas melhores<br />

máquinas, “pois julgamos que só<br />

tem sucesso quem investir na qualidade”<br />

e na formação “que tem que<br />

ser contínua”.<br />

A ligação à rede First Stop surgiu<br />

também na Recauchutagem Ramôa<br />

de forma natural, por via de uma relação<br />

história ás marcas Firestone e à<br />

Bridgestone.<br />

Apesar de algumas filiais terem também<br />

imagem First Stop, como é o caso<br />

da unidade recentemente inaugurada<br />

em Barcelos, “houve a manutenção do<br />

nome e da imagem Recauchutagem Ramôa<br />

em algumas das nossas casas, pois<br />

entedemos que é já uma marca, que as<br />

pessoas conhecem, que transmite credibilidade,<br />

que vende, que está consagrada<br />

e que não podia estar separada das nossas<br />

casas” afirma António Ramôa.<br />

Disponibilizando outros<br />

serviços nas suas casas de<br />

pneus, nomeadamente ao<br />

nível da mecânica rápida,<br />

António Ramôa afirma que<br />

“ao limite a que se chegou<br />

na venda de pneus, com<br />

margens cada vez mais<br />

esmagadas, tivémos que<br />

forçosamente alargar o<br />

nosso leque de negócios<br />

dentro da vertente automóvel”.<br />

Relativamente ao mercado, os 40 anos<br />

de história da empresa, permitem aos<br />

seus responsáveis olhar para o sector<br />

com muita clareza. Considerando que o<br />

“mercado paralelo é a principal ameaça”,<br />

António Ramôa refere a enorme ilegalidade<br />

que campeia no mercado paralelo,<br />

como sendo um <strong>dos</strong> factores que prejudica<br />

quem está de forma séria no sector.<br />

“Continuamos a ser a sucata da Europa,<br />

comprando os pneus que os outros já<br />

não usam, com a desvantagem de não<br />

entrarem no circuto da<br />

António Ramôa, está<br />

orgulhoso no trabalho<br />

desenvolvido pela<br />

Recauchutagem Ramôa<br />

RECAUCHUTAGEM<br />

RAMÔA<br />

A Recauchutagem<br />

Ramôa possui<br />

nove filiais na zona<br />

norte de Portugal<br />

em redor de<br />

Braga<br />

Sede: Avenida do Cávado 114-116<br />

Apartado 2657<br />

4700-690 Palmeira, Braga<br />

Adminstrador: António Ramôa<br />

Telefone: 253 607 760<br />

Fax: 253 607 779<br />

E-mail: geral@ramoa.pt<br />

Internet: www.ramoa.pt<br />

54<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Valorpneu, sendo esta uma fatia importante<br />

no nosso mercado”, revela o mesmo<br />

responsável, acrescentando que “se<br />

comprassemos to<strong>dos</strong> nos mesmos canais,<br />

viviamos melhor no sector”.<br />

Honestidade e<br />

seriedade no negócio<br />

do pneus, sao valores<br />

que os responsáveis da<br />

Recauchutagem<br />

Ramôa preservam<br />

Futuro<br />

Para o futuro a “nossa ideia é não parar<br />

por aqui”, garante o Administrador da<br />

empresa, acrescentando que “temos em<br />

mente abrir mais uma ou duas lojas, num<br />

raio de acção de 100 /<br />

150 kms”. Porém, a Recauchutagem<br />

Ramôa<br />

pensa já noutros negócios,<br />

que poderão vir a estar<br />

liga<strong>dos</strong> ao automóvel,<br />

mas nada terão a ver com<br />

pneus.<br />

Para finalizar, António<br />

Ramôa não quis deixar a<br />

oportunidade de agradecer<br />

“a to<strong>dos</strong> os funcionários<br />

que passaram pela Recauchutagem<br />

Ramôa e que deram<br />

o seu contributo para o<br />

sucesso desta empresa”. ■<br />

MARCOS HISTÓRICOS<br />

A Recauchutagem Ramôa teve origem em 31 de Agosto de 1968, na altura denominada “Oliveira & Ramôa”<br />

com um capital social de 25.000 escu<strong>dos</strong>, começando inicialmente por comercializar pneus no centro de Braga.<br />

Em 1974, instalou um pavilhão para a recauchutagem de pneus.<br />

No ano de 1981, a família Ramôa adquiriu a totalidade das quotas ao sócio Joaquim Oliveira, originando assim,<br />

a alteração do nome da sociedade de “Oliveira & Ramôa, Lda” para “Manuel Ramôa e Filhos, L.da.”.<br />

Desde então, a empresa tem crescido progressivamente, tendo implementado uma nova área comercial e<br />

industrial na Confeiteira - Dume (1981), ainda nesse ano foi criado o posto de venda de Barcelos e, em 1987, a<br />

empresa criou um segundo posto nesta mesma localidade.<br />

Em 1989, abriu uma filial em Vieira do Minho e em 1993, em Vila Verde.<br />

Contudo, foi em 1998 que se deu a maior expansão comercial. Foram cria<strong>dos</strong> no mesmo local (Palmeira) um<br />

posto de abastecimento de combustíveis e um posto de assistência a veículos pesa<strong>dos</strong>, que funcionam<br />

de forma independente. Para além disso, a área industrial da empresa foi<br />

transferida para o Parque Industrial de Adaúfe e as instalações de Dume<br />

foram remodeladas e passaram apenas a funcionar com a área comercial.<br />

Em Janeiro de 2002 a empresa inaugurou um novo estabelecimento na<br />

Póvoa de Lanhoso.<br />

Em 21 de Dezembro de 1999, altera-se a denominação social da empresa<br />

para “Recauchutagem Ramôa, S.A.”.<br />

Em 5 de Julho de 2<strong>001</strong>, foi aprovado o processo de<br />

homologação de qualidade <strong>dos</strong> produtos e de certificação de<br />

qualidade nos termos da ISO 9002.<br />

Já no decorrer deste ano a empresa completa 40 anos de<br />

existência e para celebrar abriu mais uma filial em Barcelos, com<br />

instalações modernas onde presta serviços de ligeiros e também<br />

de pesa<strong>dos</strong> numas instalações com cerca de 1600 m2 de área<br />

coberta dota<strong>dos</strong> da mais alta tecnologia no ramo automóvel.<br />

Refira-se que o volume de facturação da secção de<br />

recauchutagem, representou no ano passado cerca de 30% do<br />

volume de facturação total da empresa.■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

55


REPORTAGEM<br />

BJS Reparação de Jantes<br />

COMO NOVAS<br />

Apostada em valores como o serviço e a imagem, a BJS<br />

Reparação de Jantes é a mais recente operadora do ramo<br />

em Portugal. As casas de pneus agradecem.<br />

Omercado das reparação das jantes<br />

tem ganho uma significativa expressão<br />

no mercado português,<br />

sendo cada vez mais os operadores que trabalham<br />

nesta área, que é muito útil para as<br />

casas de pneus, que lidam diariamente com<br />

jantes.<br />

A reparação de jantes empenadas ou parcialmemente<br />

partidas é um trabalho que exige<br />

especialização e conhecimentos técnicos,<br />

bem como alguma experiência, pois nunca se<br />

pode colocar em causa a segurança do automóvel.<br />

Ciente desta realidade, e observando uma<br />

oportunidade de mercado, surgiu em Torres<br />

56<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

Vedras uma nova casa de reparação de jantes,<br />

a BJS, liderada por jovens empresários,<br />

com conhecimentos do sector e muita vontade<br />

de singrar no mercado, apostando em<br />

áreas críticas de sucesso, como o serviço rápido,<br />

atendimento personalizado e a imagem.<br />

Começando por este último aspecto, a BJS<br />

apostou claramente nas cores preta e laranja,<br />

que transmitem uma imagem de modernidade<br />

e dão uma identidade própria à empresa.<br />

To<strong>dos</strong> os elementos físicos da BJS,<br />

sejam instalações, veículos, fardamento, documentação,<br />

etc, recorrem a uma imagem<br />

comum, considerada como fundamental pelos<br />

seus responsáveis, nos valores que pretendem<br />

transmitir aos seus clientes.<br />

Internamente, esta empresa fundada já no<br />

último trimestre de 2007, investiu em equipamentos<br />

modernos que utilizam processos<br />

de reparação, tratamento e pintura das jantes<br />

muito modernos.<br />

O que também concorre para a qualidade<br />

de serviço é a qualificação <strong>dos</strong> técnicos, que<br />

possuem larga experiência neste tipo de actividade<br />

de reparação de jantes, pois apesar<br />

<strong>dos</strong> modernos equipamentos trata-se de um<br />

trabalho que requer técnicos e mão-de-obra<br />

especializada e conhecedora.<br />

“Ao apostarmos na reparação das jantes<br />

teriamos que o fazer pela via da qualidade do<br />

serviço que prestamos em termos técnicos,<br />

e que nos permite ter um excelente produto


BJS NO MERCADO<br />

Localizada na Zona Industrial de Arenes, em Torres<br />

Vedras, a BJS teve o seu início de actividade em<br />

Outubro de 2007, desde logo com o objectivo de<br />

“prestar ao cliente um melhor serviço em termos de<br />

rapidez pela maior proximidade com os clientes desta<br />

zona do país”, refere Licínio Aniceto.<br />

Com uma capacidade instalada superior às 2.000<br />

jantes que repara por mês, a BJS não condiciona a<br />

sua actividade apenas às jantes <strong>dos</strong> veículos ligeiros<br />

dando resposta também às jantes para moto, moto 4,<br />

pesa<strong>dos</strong> e mesmo de competição ou de veículos<br />

clássicos.<br />

Com uma carteira superior a 500 clientes, a BJS<br />

tem como clientes as casas de pneus, os<br />

concessionários automóveis e de motos, mas também<br />

algumas frotas e diversos outros agentes que<br />

trabalham com pneus e jantes.■<br />

A imagem é também um <strong>dos</strong> pontos fortes<br />

desta empresa de reparação de jantes<br />

A empresa de Torres Vedras recorreu a<br />

profissionais com larga experiência na<br />

reparação de jantes<br />

final para entregar aos clientes”, afirma Licínio<br />

Aniceto, Sócio-gerente da BJS.<br />

A qualidade também se mede pelo serviço<br />

comercial prestado aos clientes, sendo este<br />

um pormenor também considerado muito<br />

importante na BJS.<br />

Recorrendo a uma equipa de quatro comerciais,<br />

que trabalha essencialmente o<br />

mercado da grande Lisboa, região sul do<br />

país e mesmo algumas zonas de Espanha, a<br />

BJS aposta numa relação de proximidade<br />

com os seus clientes.<br />

“Para nós é fundamental entregar rapidamente<br />

ao cliente as jantes”, refere Licínio<br />

Aniceto, assegurando que no “máximo em<br />

48 horas recolhemos, reparamos e entregamos<br />

a jante, o que nos parece um excelente<br />

indicador de serviço para o cliente. Penso<br />

que este é um factor que nos diferencia da<br />

concorrência”.■<br />

A BJS possui meios técnicos para<br />

desenvolver todo o tipo de reparações<br />

Qualquer jante, de moto, ligeiro ou pesado,<br />

pode ser reparada na BJS<br />

BJS REPARAÇÃO<br />

DE JANTES<br />

Sede: Zona Industrial Arenes<br />

Rua Luís Vaz de Camões, 4<br />

2560-685 Torres Vedras<br />

Gestor do negócio: Licínio Aniceto<br />

Telefone: 261 312 151<br />

Fax: 261 311 147<br />

E-mail: geral@bjs.pt<br />

Internet: www.bjs.pt<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

57


APRESENTAÇÃO<br />

Point S Portugal<br />

PONTO DE PARTIDA<br />

Foi oficialmente apresentada em Lisboa, no final do mês de<br />

Março, a mais recente rede independentes de pneus que irá<br />

começar a operar no nosso país. Chama-se Point S, chega de<br />

França, e pretende marcar a sua presença neste sector.<br />

Omercado do pós-venda automóvel<br />

português ficou fortemente marcado<br />

nos últimos anos pelo estabelecimento<br />

de diversas redes oficinais. A<br />

Point S é a mais recente delas todas, tendo<br />

sido recentemente apresentada aos principais<br />

operadores do sector <strong>dos</strong> pneus em<br />

Portugal.<br />

Um <strong>dos</strong> aspectos mais importantes na<br />

Point S é que a mesma é totalmente independente<br />

(em termos financeiros) de qualquer<br />

construtor de pneus, sendo constituída,<br />

desde a sua origem, pela associação de casas<br />

de pneus independentes.<br />

Estas são as marcas diferenciadoras que a<br />

Point S quer estabelecer no mercado em<br />

Portugal e que, aliás, estão consolidadas pelos<br />

37 anos de experiência que a empresa<br />

tem e pelos mais de 1.500 pontos de venda<br />

de pneus (que representam quase 1.000 casas<br />

de pneus) espalha<strong>dos</strong> por cerca de 15<br />

países em toda a Europa.<br />

“Queremos claramente ser conheci<strong>dos</strong><br />

como os especilistas de pneus, com uma<br />

marca comum, que é a Point S, mas que podem<br />

prestar outros serviços, embora com<br />

uma expressão mais reduzida”, referiu Fabien<br />

Bouquet, Director Internacional da<br />

Point S Development na apresentação.<br />

Essa especialização é transmitida, segundo<br />

o mesmo responsável, pelos mais de 11<br />

milhões de pneus que a Point S vende em<br />

toda a Europa, o que representa uma quota<br />

de mercado de 5% nos veículos ligeiros e 8%<br />

nos veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />

Fabien Bouquet, esteve em Portugal para<br />

apresentar a nova rede de especialistas de<br />

pneus e manutenção automóvel<br />

58<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


ADESÃO À REDE POINT S<br />

Homem com larga experiência no mercado <strong>dos</strong> pneus, Humberto<br />

Meneses é o responsável pelo desenvolvimento da Point S em<br />

Portugal. Nesta fase de arranque a Point S irá apoiar fortemente os<br />

primeiros 20 aderentes, que deverão estar geograficamente bem<br />

dispersos pelos país (com forte presença no litoral).<br />

O acesso à rede Point S está condicionada a determinadas regras e à<br />

análise que é feita de cada aderente. Os requisitos mínimos são dispor<br />

de instalações com um mínimo de 150 m 2 , dispondo de equipamentos<br />

adequa<strong>dos</strong> aos produtos comercializa<strong>dos</strong> e um escritório devidamente<br />

informatizado. Com acções de Marketing dirigidas à rede e ao<br />

consumidor final, pretende-se transformar a rede de compras também<br />

numa rede de vendas.<br />

O acompanhamento à rede e ao seu desenvolvimento está<br />

programado por fases, quer através de “back-office” quer através do<br />

desenvolvimento de acções de formação no plano técnico como<br />

comportamental (atendimento).<br />

Cada aderente à rede passará a ser accionista da Point S, gerindo o<br />

seu próprio negócio de forma independente (fazendo os pedi<strong>dos</strong><br />

directamente às marcas), embora a facturação seja centralizada, pois<br />

os objectivos passam pela redução nos stocks e pela uniformização de<br />

descontos.<br />

“Outro <strong>dos</strong> objectivos é também usufruir de uma imagem Point S e de<br />

uma marca própria de pneus que é a SummerStar, ter acesso a<br />

formação e poder desenvolver o negócio junto de outros clientes como<br />

as gestoras de frotas”, afirma Humberto Meneses.■<br />

A Apresentação da Point S em Portugal contou com os representantes das principais marcas<br />

de pneus representadas no nosso país<br />

A Point S<br />

dispõe de uma<br />

marca de pneus<br />

própria,<br />

designada<br />

SummerStar<br />

POINT S<br />

PORTUGAL<br />

Sede: Rua da Saibreira, Lt 6 – 1º Dto<br />

2600-679 Castanheira do Ribatejo<br />

Gestor do negócio: Humberto Meneses<br />

Telefone: 263 284 277<br />

Fax: 263 284 279<br />

E-mail: point-s-portugal@mail.telepac.com<br />

Internet: www.points-development.com<br />

Derivado da sua experiência internacional,<br />

o conceito Point S assenta, como se disse,<br />

em especialistas de pneus, “que apostem<br />

numa imagem comum e que estejam fortemente<br />

orienta<strong>dos</strong> para a área comercial,<br />

pois serão eles próprios os accionistas e que<br />

irão tomar decisões sobre o negócio”, afirma<br />

Fabien Bouquet.<br />

Durante <strong>2008</strong>, a Point S pretende ter cerca<br />

de 20 pontos de venda, enquanto os objectivos<br />

a médio prazo, até 2010, passam por<br />

uma rede de 62 especialistas de pneus.<br />

To<strong>dos</strong> estes pontos de venda serão identifica<strong>dos</strong><br />

em termos de imagem com a rede<br />

em questão, quer em termos de cores, logotipos<br />

e decoração, ao nível do edíficio, economato<br />

e fardamento.<br />

Em termos de fornecimento, a Point S vai<br />

trabalhar com os principais fabricantes de<br />

pneus que estão presentes no mercado em<br />

Portugal, recorrendo também a diversos<br />

fornecedores nacionais na área das peças,<br />

<strong>dos</strong> acessórios e <strong>dos</strong> consumíveis, embora<br />

mais tarde também se possa iniciar a venda<br />

de alguns produtos com marca Point S.<br />

Tal como acontece em quase todas as redes,<br />

também a Point S tem uma marca própria,<br />

a SummerStar, fabricada pela Continental,<br />

que apresenta uma gama muito vasta<br />

de pneus para ligeiros e comerciais.<br />

Refira-se que a Point S Portugal, terá a sua<br />

sede em Castanheira do Ribatejo, onde estão<br />

centraliza<strong>dos</strong> os serviços administrativos e<br />

comerciais.■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

59


TÉCNICA<br />

Compreender os pneus<br />

FUNÇÕES E ESTRUTURA<br />

O pneu é o elo de ligação do veículo à estrada, cuja missão<br />

consiste em transmitir todas as forças estáticas e<br />

dinâmicas do carro ao solo, através de uma área de<br />

contacto equivalente ao um bilhete postal ou à palma de<br />

uma mão. O conforto, a segurança e toda a condução do<br />

veículo passam pelo pneu.<br />

Se estrada estiver molhada, o pneu<br />

tem ainda a função de eliminar a<br />

água entre a sua banda de rodagem<br />

e a via, de maneira a manter o melhor contacto<br />

ao solo. Não será, pois, de estranhar<br />

que todo o desenvolvimento de um novo modelo<br />

rode em torno de um pneu específico,<br />

cujas medidas, estrutura e pressão de ar interna,<br />

rigorosamente especificadas, se destinam<br />

a garantir um comportamento óptimo<br />

da viatura, na utilização comum em estrada.<br />

A primeira característica que um pneu<br />

deve apresentar é a resistência, segundo diversos<br />

ângulos:<br />

- Resistência ao desgaste e à deterioração<br />

provoca<strong>dos</strong> pelo uso e pelos agentes<br />

agressivos (atrito, calor, produtos químicos,<br />

pedras, etc.);<br />

- Resistência mecânica estrutural, a fim de<br />

sustentar o peso do veículo e respectivos<br />

ocupantes e bagagens, transmitir os eleva<strong>dos</strong><br />

binários de aceleração e travagem,<br />

quando o carro se desloca, assim como as<br />

forças transversais geradas pela força<br />

centrífuga em curva, sem se deformar<br />

exageradamente, pondo em risco as suas<br />

normais prestações;<br />

- Resistência a impactos, provoca<strong>dos</strong> por<br />

buracos, desníveis da via, passeios, pedras<br />

e outros objectos, etc. Para se ter uma<br />

ideia das solicitações que o pneu sofre,<br />

basta dizer que num automóvel familiar<br />

médio cada pneu suporta cerca de meia<br />

tonelada de força estática. Se o veículo se<br />

movimentar a alta velocidade, essas forças<br />

são ainda consideravelmente maiores.<br />

A segunda característica essencial <strong>dos</strong><br />

pneus é a elasticidade, destinada a absorver<br />

as irregularidades e vibrações da via, juntamente<br />

com os componentes da suspensão.<br />

O compromisso resistência/elasticidade é<br />

assim fundamental para o conforto, a segurança<br />

de condução e o nível de ruído em circulação.<br />

Outra característica fundamental do pneu<br />

é a aderência, que garante a transferência<br />

das forças para a estrada. A aderência resulta<br />

do desenho do piso, da estrutura do pneu e<br />

da composição da mistura que constitui a<br />

60<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


orracha. Neste momento, importa que o<br />

pneu tenha uma boa aderência, mas sem<br />

que isso signifique um aumento do consumo<br />

de combustível, sendo necessário encontrar<br />

um grau correcto de compromisso entre dureza<br />

e aderência. A grande concorrência que<br />

existe no mercado <strong>dos</strong> pneus para automóvel,<br />

que é um consumível de desgaste relativamente<br />

rápido, faz com que os padrões de<br />

qualidade e desenvolvimento tecnológico se<br />

mantenham eleva<strong>dos</strong>, garantindo o produto<br />

ao consumidor.<br />

1<br />

6<br />

7<br />

ELEMENTOS DO PNEU<br />

Para conseguir levar a bom termo a sua<br />

hercúlea tarefa, o pneu é construído para<br />

que as diversas partes que o constituem se<br />

apoiem entre si, contribuindo da melhor forma<br />

para o desempenho global. To<strong>dos</strong> os elementos<br />

que formam o pneu são vulcaniza<strong>dos</strong><br />

em conjunto, para lhes dar a coerência e<br />

coesão indispensáveis. Na Figura acima, podemos<br />

verificar, através de um corte transversal,<br />

a complexidade interna do pneu:<br />

1. Revestimento interior de borracha sintética,<br />

impermeável ao ar sob pressão e que<br />

funciona como câmara de ar.<br />

2. A carcaça é constituída por finos cabos<br />

de fibra têxtil perpendiculares entre si, embebi<strong>dos</strong><br />

na borracha. São estes cerca de<br />

1.400 cabos que permitem ao pneu suportar<br />

a pressão interna, podendo cada cabo resistir<br />

individualmente uma força de 15kg.<br />

1<br />

5 3<br />

4 2<br />

3. O talão é parte do pneu que se apoia na<br />

jante, quando o pneu é montado à pressão,<br />

ou seja, o mais justo possível. Com o enchimento,<br />

a pressão interior do ar comprimido<br />

aumenta ainda mais o contacto do talão<br />

com a jante, permitindo que o pneu e jante<br />

funcionem como uma única peça, a fim de<br />

transmitir os binários de travagem e aceleração<br />

ao solo.<br />

4. Os aros do talão são reforça<strong>dos</strong> interiormente<br />

com cabos de aço, para impedir a<br />

deformação do talão e manter o pneu em<br />

permanente contacto com a jante. Podem<br />

suportar forças até 1.800kg, sem risco de<br />

ruptura.<br />

5. Os flancos são as paredes laterais do<br />

pneu, estabelecendo a ligação entre a banda<br />

de rodagem ou piso e os talões. São revesti<strong>dos</strong><br />

por uma camada de borracha flexível,<br />

que protege a carcaça <strong>dos</strong> impactos.<br />

6. As lonas de reforço destinam-se a dar<br />

estabilidade dinâmica ao pneu, sendo constituídas<br />

por finos cabos de aço. As lonas são<br />

cruzadas sobre a carcaça, de modo a formar<br />

minúsculos triângulos indeformáveis.<br />

A função das lonas é bastante complexa,<br />

porque têm que ser suficientemente rígidas,<br />

para impedir a deformação do pneu<br />

pela força centrífuga e pelos esforços de<br />

tracção laterais. Em contrapartida, têm que<br />

conservar alguma flexibilidade, para permitir<br />

ao pneu absorver as irregularidades<br />

da estrada. A colagem <strong>dos</strong> cabos de aço à<br />

borracha é um processo tecnicamente<br />

complexo, mas é fundamental para o correcto<br />

comportamento do pneu.<br />

7. A banda de rodagem é a parte do pneu<br />

que está em contacto com a estrada e contribui,<br />

com o desenho das suas esculturas<br />

na borracha, para a imediata identificação<br />

de cada pneu. A mistura que constitui esta<br />

camada de borracha, colocada sobre as telas<br />

de reforço, tem por missão assegurar a<br />

aderência nos mais varia<strong>dos</strong> pisos e condições<br />

climatéricas, assim como proporcionar<br />

longa duração e baixo consumo de<br />

combustível.<br />

3 4<br />

2 5<br />

6<br />

O pneu influencia directamente o conforto, o<br />

comportamento e a condução do automóvel<br />

IDENTIFICAR UM PNEU<br />

As marcas na actualidade jogam forte na<br />

estética <strong>dos</strong> pneus e na sua capacidade de<br />

impressionar os consumidores, aliás, como<br />

em tudo o mais. O desenho do pneu, a marca<br />

e a forma como é apresentado não revelam,<br />

no entanto, as características objectivas do<br />

produto, as quais interessam tanto aos profissionais<br />

do ramo, como as consumidores<br />

finais. De facto, cada pneu é estudado e produzido<br />

para veículos com determinadas características,<br />

estando a sua utilização limitada<br />

por certos factores, como a velocidade e a<br />

carga, por exemplo. Para que os interessa<strong>dos</strong><br />

possam identificar as características<br />

técnicas do pneu, estas encontram-se codificadas<br />

em caracteres inscritos na própria<br />

borracha, incluindo o país de origem, certificações<br />

e outros aspectos legais importantes.<br />

As principais características que interessam<br />

aos condutores e profissionais de montagem<br />

estão geralmente bem visíveis e podem ser<br />

interpretadas da seguinte forma, seguindo<br />

um exemplo aleatório de 205/55 R16 91W:<br />

1. 205 é a largura do pneu em milímetros.<br />

2. 55 indica a Série, isto é, altura/largura x<br />

100. Neste caso, trata-se de um pneu bastante<br />

convencional, com 113mm de altura,<br />

um pouco mais de metade da largura. Neste<br />

momento, estão a utilizar-se pneus com menos<br />

de metade da largura em altura, da Série<br />

40, 30, etc., que são os chama<strong>dos</strong> pneus de<br />

perfil baixo. Esses pneus proporcionam um<br />

comportamento dinâmico superior e dissipam<br />

melhor o calor, mas tornam a suspensão<br />

mais firme.<br />

3. R este símbolo indica que o pneu é de<br />

construção radial, a regra quase geral em<br />

veículos ligeiros de passageiros.<br />

4. 16 é a medida em polegadas do diâmetro<br />

da jante.<br />

5. 91 indica o índice de carga, que neste<br />

caso é de 615kg. Multiplicando por 4, obtémse<br />

o peso bruto do veículo, isto é, 2.460kg. Dividindo<br />

o PB por 4, obtém-se a carga máxima<br />

necessária em cada pneu.<br />

6. W é o código do índice de velocidade máxima,<br />

neste caso igual a 270 km/h.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

61


TÉCNICA<br />

Meramente a título exemplificativo, fornecemos<br />

abaixo os principais códigos de velocidade<br />

máxima, visto que existem códigos a<br />

partir <strong>dos</strong> 5km/h…<br />

SÍMBOLO<br />

VELOCIDADE<br />

DE VELOCIDADE<br />

(Km/h)<br />

R 170<br />

S 180<br />

T 190<br />

U 200<br />

H 210<br />

V 240<br />

W 270<br />

Y 300<br />

Com os índices de carga, também vamos<br />

seguir o mesmo critério, pois estes variam<br />

entre 45kg e 136 toneladas…<br />

ÍNDICE<br />

CARGA MÁXIMA<br />

DE CARGA POR PNEU (Kg)<br />

75 387<br />

80 450<br />

85 515<br />

90 600<br />

95 690<br />

100 800<br />

105 900<br />

62<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

MEDIDAS DE PNEUS E JANTES<br />

Para cada tipo e medida de pneu, corresponde<br />

uma medida de jante. Se bem que as<br />

jantes de liga leve tenham inegáveis vantagens,<br />

em termos de melhorar as prestações<br />

dinâmicas da viatura, dissipação do calor<br />

mais eficiente, economia de combustível e<br />

"up grade" estético, nem sempre as modificações<br />

introduzidas se traduzem por um<br />

maior nível de segurança, economia, conforto<br />

e performances, pelo contrário. A primeira<br />

condição, que raramente é respeitada, é a<br />

nova jante estar homologada, quer pelo<br />

construtor do veículo, quer pelo próprio fabricante<br />

da jante, para um determinado modelo<br />

de automóvel, tanto em especificações<br />

de construção, como em medidas. A medida<br />

das jantes é dada em polegadas, tanto para o<br />

diâmetro, como para a largura. Para saber a<br />

correspondência da largura do pneu com a<br />

da jante, é necessário converter as polegadas<br />

em milímetros (1 polegada=25,4mm). Se<br />

a jante for mais estreita do que o pneu, este<br />

fica a "flutuar", com prejuízo da direcção e da<br />

estabilidade do veículo. Se for mais larga, o<br />

pneu fica achatado, diminuindo o rendimento<br />

da viatura e prejudicando o seu comportamento<br />

dinâmico. No quadro abaixo, dá-se<br />

uma ideia das principais equivalências de<br />

medidas pneu/jante:<br />

DIMENSÕES DA JANTE DIMENSÕES<br />

MÍNIMO IDEAL MÁXIMO DO PNEU<br />

4 5 6 175/70 R 13<br />

4,5 5,5 6 175/70 R 13<br />

5 5,5 6,5 185/70 R13<br />

5,5 6 7 195/70 R13<br />

5 5,5 7 185/60 R 14<br />

5,5 6 7 195/60 R 14<br />

5,5 6 7,5 205/60 R 14<br />

6 6,5 8 225/60 R 14<br />

Além da medida da jante, é necessário verificar<br />

a distância do plano de fixação da jante<br />

ao cubo da roda, pois é variável. Ao trocar<br />

para pneus de perfil baixo, o diâmetro da jante<br />

tem que aumentar proporcionalmente,<br />

desde que caiba dentro do espaço previsto<br />

pelo construtor do veículo, para os elementos<br />

da direcção e da suspensão. De qualquer<br />

modo, se a medida da jante não estiver correcta,<br />

às vezes o condutor só descobre na<br />

pior altura, ou seja, quando vai a curvar a<br />

grande velocidade, ou quando leva o carro ao<br />

Centro de Inspecção. Direcção pesada, menor<br />

conforto de suspensão, maior consumo<br />

de combustível e performances inferiores<br />

são algumas das "surpresas" de condutores<br />

que não procuram assistência de profissionais<br />

competentes, a fim de trocar jantes e<br />

pneus da sua viatura. A fim de calcular a<br />

equivalência do diâmetro exterior de diversos<br />

tipos de pneus, monta<strong>dos</strong> em várias jantes,<br />

existe a seguinte fórmula matemática:<br />

D = d x 25,4 + 2Ra/100 x S (mm)<br />

O resultado dá o diâmetro exterior do pneu<br />

(D) em milímetros, tendo em conta que:<br />

Ra = Formato do pneu (Série)<br />

S = Largura em mm<br />

D = Diâmetro da jante (polegadas)<br />

A CORRECTA PRESSÃO DOS PNEUS<br />

A pressão de enchimento <strong>dos</strong> pneus é uma<br />

das suas mais importantes especificações,<br />

uma vez que é variável, quer em função da<br />

carga e da modificação da temperatura, quer<br />

em resultado de anomalias e de perío<strong>dos</strong><br />

exageradamente longos sem verificação. A<br />

pressão ideal do pneu é a preconizada pelo<br />

construtor do veículo, que efectuou to<strong>dos</strong> os<br />

cálculos, a fim de obter rigorosamente os<br />

melhores resulta<strong>dos</strong>, tanto em termos de<br />

conforto, como no que respeita a rendimento<br />

e economia da viatura. Nos manuais de utilização<br />

<strong>dos</strong> veículos existe uma tabela de<br />

pressões para os dois eixos, que pode ser diferente,<br />

quer com o veículo vazio, quer a plena<br />

carga. O enchimento incorrecto <strong>dos</strong><br />

pneus é o principal responsável pela sua<br />

prematura deterioração e por muitos erros<br />

de condução, com ou sem consequências<br />

desastrosas. A pressão insuficiente e a pressão<br />

desigual entre os diversos pneus do veículo<br />

são as duas situações piores, embora o<br />

excesso de pressão também apresente os<br />

seus inconvenientes. Analisemos em primeiro<br />

lugar as consequência da pressão insuficiente<br />

na condução:<br />

1. O carro reage com imprecisão aos coman<strong>dos</strong><br />

da direcção e a condução em curvas<br />

e ao travar torna-se aleatória.<br />

2. Os problemas de condução agravam-se<br />

quando o carro vai completamente carregado,<br />

pois a direcção pode tornar-se excessivamente<br />

pesada.<br />

3. Se a pressão estiver abaixo do recomendado<br />

apenas num ou em dois pneus, a condução<br />

é ainda mais problemática, especialmente<br />

ao travar e ao descrever curvas a alta<br />

velocidade.<br />

4. Excepção 1 - Em estrada molhada, um<br />

pressão ligeiramente abaixo da tabela (2-3<br />

psi), igual em to<strong>dos</strong> os pneus, pode promover<br />

a aderência, se o carro não estiver carregado,<br />

uma vez que o peso cria uma baixa<br />

pressão relativa.<br />

5. Excepção 2 - Como recurso, quando o<br />

carro patina em terrenos arenosos (junto<br />

das praias e <strong>dos</strong> rios), a pressão deve ser diminuída,<br />

uma vez que isso aumenta a área<br />

de contacto do pneu com o solo, promovendo<br />

a tracção.


A pressão ideal do pneu é a preconizada pelo<br />

construtor do veículo<br />

Vejamos, em seguida, os efeitos da pressão<br />

insuficiente nos próprios pneus e nos<br />

componentes mecânicos:<br />

1. A baixa pressão aumenta a área de contacto<br />

do pneu com a via, o que eleva consideravelmente<br />

o atrito e, em consequência, a<br />

temperatura do pneu. Como a borracha se<br />

torna mais macia ao aquecer e o atrito é superior,<br />

o desgaste do pneu aumenta drasticamente.<br />

O desgaste, por outro lado, tornase<br />

desigual, o que inutiliza ainda mais depressa<br />

o pneu, em especial nos ombros.<br />

2. Como o atrito e a resistência ao rolamento<br />

aumentam, o consumo também sobre,<br />

podendo atingir valores inespera<strong>dos</strong>.<br />

3. Os flancos do pneu rolam mais flecti<strong>dos</strong>,<br />

o que provoca fissuras, aumenta o desgaste<br />

e cria o risco de rebentamento e furos por<br />

impactos.<br />

4. As rótulas da direcção e da suspensão,<br />

bem como os rolamentos, sofrem desgaste<br />

prematuro devido à circulação com pressão<br />

insuficiente nos pneus.<br />

Ao contrário da pressão insuficiente, que<br />

afasta a parte central da banda de rolamento<br />

da estrada, o excesso de pressão projecta a<br />

parte central do pneu para fora, levantando<br />

os ombros do pneu. A análise desta situação<br />

em termos de condução, revela o seguinte:<br />

1. A direcção torna-se mais leve e os<br />

pneus perdem a aderência, deslizando mais<br />

facilmente no solo, o que provoca mais facilmente<br />

a derrapagem em curvas. Os condutores<br />

amantes da condução desportiva sabem<br />

isto, mas assumem pessoalmente os<br />

riscos e os custos dessa opção.<br />

2. Distâncias de travagem mais longas, sobretudo<br />

em pisos de fraca aderência, com<br />

perda eventual da trajectória.<br />

3. Perigo de rebentamento por impacto,<br />

principalmente com temperaturas exteriores<br />

elevadas.<br />

4. Excepção 1 - Para conduzir de forma<br />

contínua em auto-estrada, durante longas<br />

distâncias, pode ser aconselhável elevar a<br />

pressão apenas 0,2 ou 0,3 bar (3-5 psi), em<br />

todas as rodas, pois isso reduz ligeiramente<br />

o consumo e o aquecimento <strong>dos</strong> pneus.<br />

O pneus com excesso de pressão apresentam,<br />

por seu turno, os seguintes problemas:<br />

1. <strong>Maio</strong>r desgaste na parte central da banda<br />

de rodagem, que também se pode estender<br />

aos ombros, se o carro circular frequentemente<br />

em vias sinuosas.<br />

2. Aparecimento de fissuras na base <strong>dos</strong><br />

sulcos da banda de rodagem, devido à excessiva<br />

tensão da borracha.<br />

3. <strong>Maio</strong>r probabilidade de cortes e furos,<br />

por objectos contundentes.<br />

4. Menor conforto da suspensão.<br />

5. Embora a sobrepressão <strong>dos</strong> pneus dê<br />

lugar a alguma economia de combustível, o<br />

desgaste prematuro <strong>dos</strong> pneus e os eventuais<br />

impactos com outros veículos anulam<br />

rapidamente essa ligeira "vantagem". ■<br />

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Tel.: 21 928 80 52 - Fax: 21 928 80 53<br />

Mário Carmo mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Anabela Machado anabela.machado@apcomunicacao.com<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

63


CONSUMÍVEIS<br />

Travões<br />

DIVERSIDADE E<br />

COMPETÊNCIA<br />

As marcas de travões reagem com sucesso à grande<br />

oferta de produtos de travagem no aftermarket nacional.<br />

O know how e a presença OE são uma preciosa ajuda.<br />

Aqui ficam algumas propostas.<br />

Oque diferencia as marcas de produtos<br />

de travagem nem sempre é<br />

perceptível pelo elevado patamar<br />

em que quase todas se posicionam. Os fabricantes<br />

possuem produtos de alta qualidade<br />

graças aos seus processos integra<strong>dos</strong> de fabrico,<br />

a que juntam campanhas de marketing<br />

agressivas.<br />

O design, a própria fundição do ferro, passando<br />

pela montagem, testes e simulações,<br />

tudo é considerado para o sucesso do produto<br />

final. A inovação envolve novas tecnologias,<br />

novos materiais, novas formas e novos<br />

merca<strong>dos</strong>. A performance do produto é<br />

combinada com pesquisa para um estilo único,<br />

em linha com o desenho <strong>dos</strong> veículos.<br />

As novidades com que as marcas presenteiam<br />

o mercado são variadas. Nas linhas<br />

seguintes deixamos alguns <strong>dos</strong> mais recentes<br />

lançamentos e notícias relativas a uma<br />

dezena de marcas presentes em Portugal.<br />

64<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Brembo<br />

A Brembo tem estado particularmente activa.<br />

Exemplo disso é o facto da marca italiana,<br />

histórica na produção de discos e tambores<br />

de travão, ter recentemente lançado<br />

no mercado pastilhas de travão e kits de<br />

maxilas. É mais um actor de peso a baralhar<br />

as contas de um mercado já bastante competitivo.<br />

A experiência histórica da Brembo na produção<br />

de discos e tambores para automóveis,<br />

motocicletas e veículos comerciais, deu<br />

à marca um importante fôlego para o início<br />

da produção de dois produtos até agora arreda<strong>dos</strong><br />

do seu portfolio de travagem para o<br />

aftermarket.<br />

A Brembo tem uma larga experiência em<br />

sistemas de travões para Equipamento Original<br />

(OE) e corridas. Portanto os novos produtos<br />

para o aftermarket independente não<br />

lhe são totalmente estranhos.<br />

A Brembo analisou e concebeu mais de 60<br />

misturas distintas para cada aplicação específica<br />

de pastilhas, propondo de início cerca<br />

de 1000 artigos destina<strong>dos</strong> a mais de 96% do<br />

parque europeu.<br />

A marca irá aproveitar ao máximo as sinergias<br />

e a boa imagem alcançada com a<br />

venda <strong>dos</strong> históricos discos e tambores. Os<br />

novos produtos estão para já disponíveis no<br />

mercado espanhol, ao que tudo indica com<br />

uma boa aceitação, o que deixa antever a inserção<br />

também noutros merca<strong>dos</strong> europeus.<br />

À semelhança de outras importantes empresas,<br />

a Brembo tem investido com vista a<br />

garantir o seu crescimento. Exemplo disso é<br />

a recente aquisição do fabricante chinês<br />

Nanking Yuejin Automotive Brake Systems<br />

Co. (NYABS). Como consequência, a NYABS<br />

tornar-se-á o principal pólo industrial da<br />

Brembo naquele ponto do globo, com a intenção<br />

de produzir sistemas de travagem<br />

para carros de passageiros e veículos comerciais.<br />

Textar, Pagid, Mintex, Don<br />

A TMD Friction tem três marcas de prestígio<br />

para veículos ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, nomeadamente<br />

a Textar, a Pagid e a Don para pesa<strong>dos</strong><br />

e a Textar, a Pagid e a Mintex para veículos<br />

ligeiros. A Textar é actualmente a<br />

marca n.º 1 no sector <strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />

O fabricante decidiu no início de 2007 dar a<br />

oportunidade aos seus clientes em Portugal<br />

de trabalharem directamente com a TMD<br />

Friction, em substituição <strong>dos</strong> diferentes<br />

agentes que então tinham. Tudo em nome da<br />

maior eficácia.<br />

Contam com o grande trunfo de uma presença<br />

muito forte no primeiro equipamento.<br />

A TMD Friction dedica as suas fábricas de<br />

Equipamento de Origem também à produção<br />

para o aftermarket. As marcas OE são<br />

colocadas no aftermarket sob as designações<br />

Textar e Pagid, dupla de nomes que<br />

lhes permite também segmentar o mercado.<br />

As marcas Textar e Pagid têm níveis de<br />

preços muito similares. Os produtos Mintex,<br />

por seu turno, não são primeiro equipamento<br />

mas possuem a mesma elevada qualidade<br />

e, além disso, têm uma relação preço qualidade<br />

muito atraente. Por fim, a marca Don é<br />

especialista em veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />

A maior parte da facturação é realizada em<br />

fricção (pastilhas e maxilas) para carros de<br />

passageiros e veículos comerciais. Mas também<br />

possuem gamas completas de discos,<br />

indicadores de desgaste e flui<strong>dos</strong> de travão.<br />

A expansão da TMD Friction é também um<br />

ponto assente. Iniciou recentemente a laboração<br />

na sua nova fábrica em Caransebes/Roménia.<br />

Com este passo, o fabricante<br />

líder mundial de peças de fricção para equipamento<br />

de origem vai aumentar a sua produção<br />

em 20 milhões de unidades, num acumulado<br />

de aproximadamente 270 milhões<br />

de unidades por ano. A abertura de uma unidade<br />

na Roménia é parte da estratégia de<br />

expansão da TMD Friction para os merca<strong>dos</strong><br />

da Europa de Leste.<br />

Outro exemplo da crescente aposta da<br />

TMD Friction no aumento da sua capacidade<br />

é o facto de desde 2002 cerca de 37 milhões<br />

de euros terem sido investi<strong>dos</strong> na modernização<br />

e expansão das suas fábricas em Coswig<br />

e Hamm, Alemanha, focadas na produção<br />

para o mercado de veículos comerciais.<br />

A TMD Friction gerou uma facturação de<br />

690 milhões de Euros em 2007 e emprega<br />

cerca de 4500 pessoas em todo o mundo.<br />

Bendix, Jurid<br />

A Bendix e a Jurid são marcas de primeiro<br />

equipamento para veículos ligeiros e pesa<strong>dos</strong>,<br />

com a oferta de uma gama alargada em<br />

pastilhas, calços, discos e tambores, sem<br />

esquecer a hidráulica.<br />

A Bendix é distribuída a partir do centro de<br />

distribuição em França, e a Jurid é fornecida<br />

a partir do centro de distribuição na Alemanha.<br />

Aqui a Jurid é líder de mercado.<br />

As pastilhas Bendix e Jurid são produzidas<br />

segundo o processo patenteado com o nome<br />

de Metlock, tecnologicamente muito avançado,<br />

que permite uma elevada qualidade e<br />

um baixo nível de ruído.<br />

Outro exemplo da tecnologia de ponta aplicada<br />

na concepção de produtos de fricção é o<br />

facto de serem o único fabricante do mundo<br />

que tem um equipamento que permite testar<br />

os seus produtos de fricção a uma velocidade<br />

até 500 km/h.<br />

TRW<br />

A diversidade de produtos TRW (travões,<br />

amortecedores, direcção e suspensão, equipamentos,<br />

etc.) parece não constituir entrave<br />

para a qualidade e expansão na área da<br />

travagem. Em parte devido à grande variedade<br />

de produtos, a TRW também investe<br />

forte internacionalmente. O novo armazém,<br />

situado em Ueberherrnna na região germânica<br />

de Saarland, é disso exemplo. Assume<br />

todas as actividades de distribuição para os<br />

negócios do aftermarket independente da<br />

TRW (IAM). Ao fazerem a transferência para<br />

uma unidade nova e de maior dimensão, ficaram<br />

com mais capacidade para expandirem<br />

o leque de produtos e melhorarem o<br />

processo de distribuição.<br />

A TRW também produz ferramentas para<br />

os sistemas mais sofistica<strong>dos</strong>. A nova ferramenta<br />

de serviço para o travão eléctrico de<br />

parqueamento – Electric Park Brake (EPB)<br />

da TRW - é disso exemplo. Para as oficinas<br />

que trocam pastilhas de travão em veículos<br />

equipa<strong>dos</strong> com o sistema de travão de parqueamento<br />

eléctrico da TRW, a Easy Brake<br />

Tool (EBT) revela-se uma peça essencial de<br />

equipamento.<br />

Para mudar de modo rápido e seguro o<br />

óleo de travão, a TRW também passou recentemente<br />

a oferecer duas unidades profissionais<br />

de sangramento para travões<br />

eléctricos.<br />

A diversidade tecnológica <strong>dos</strong> produtos da<br />

TRW Automotive Aftermarket não acaba<br />

aqui. Lançaram recentemente uma gama<br />

exclusiva de discos de travão com rolamentos<br />

e anéis magnéticos de ABS integra<strong>dos</strong>.<br />

Rolamentos e anéis magnéticos são componentes<br />

cruciais para a segurança do veículo<br />

e devem ser troca<strong>dos</strong> sempre que o disco é<br />

substituído, pois podem danificar-se neste<br />

processo.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

65


CONSUMÍVEIS<br />

A inovação<br />

envolve novas<br />

tecnologias,<br />

novos materiais,<br />

novas formas e<br />

novos merca<strong>dos</strong><br />

A diversificação no seio <strong>dos</strong> produtos de<br />

travagem da TRW Automotive Aftermarket<br />

não se fica por aqui. Aumentaram recentemente<br />

o seu programa de calipers, com a<br />

qualidade do Equipamento Original, para<br />

mais de 2200 referências, tornando-o assim<br />

um <strong>dos</strong> programas mais completos disponíveis.<br />

Uma das novidades introduzidas é uma<br />

gama exclusiva de calipers com EPB (Travão<br />

de Estacionamento Eléctrico) integrado.<br />

A marca TRW pertence à TRW Inc., companhia<br />

norte americana presente directamente<br />

em 35 países, com 250 fábricas e que disponibiliza<br />

para o aftermarket e construtores<br />

automóveis uma gama abrangente de componentes.<br />

A TRW Inc. celebrou em 2<strong>001</strong> o<br />

seu centésimo aniversário.<br />

ATE<br />

A diversidade também é a nota dominante<br />

da ATE. A qualidade anda de mãos dadas. Ou<br />

não fosse um importante fabricante para<br />

Equipamento de Origem. Integrado na sua<br />

oferta estão pastilhas, discos, maxilas, tambores,<br />

líquido de travões, cilindros de roda,<br />

cilindros principais, cilindros de embraiagem,<br />

pinças de travão, tubos de travão, cabos<br />

de travão, reguladores de travão, sensores<br />

ABS, kits de reparação... A ATE também<br />

disponibiliza equipamentos e ferramentas<br />

para oficinas.<br />

O ATE EST enquadra-se nessa linha. É um<br />

novo produto que permite o trabalho em sistemas<br />

electrónicos de travagem de forma<br />

segura, sem problemas e sem necessidade<br />

de aparelhos dispendiosos de diagnóstico.<br />

Pequeno e manejável, entra em contacto<br />

com a unidade de controlo através da porta<br />

OBD e dirige os passos necessários para<br />

uma troca de pastilhas ou qualquer outro<br />

trabalho de reparação que se tenha de realizar.<br />

O ATE EST é de uso universal.<br />

Equipamentos de sangramento e de teste<br />

de líquido de travões, são mais dois exemplos<br />

que espelham a oferta abrangente.<br />

66<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

A ATE é uma marca alemã da Continental<br />

Teves – companhia integrada na Continental<br />

AG. A Continental Teves possui 22 fábricas<br />

de ponta na Europa, América do Sul e EUA, e<br />

dois centros de desenvolvimento em Frankfurt<br />

e Detroit.<br />

Bosch<br />

A Bosch dispensa apresentações. Líder<br />

em sistemas de travagem para Equipamento<br />

de Origem e aftermarket, inclui no seu<br />

portfólio um sem número de soluções que<br />

totalizam cerca de 6.000 referências: Kits<br />

Pro; Kits SuperPro; Pastilhas para travões<br />

de disco e avisador de desgaste; Discos de<br />

travão; Jogos de maxilas de tambor e conjuntos<br />

de peças; Tambores de travão; Cilindros<br />

receptores; Pinças de travão e jogos de<br />

reparação; Reguladores de força do travão;<br />

Cilindros de travão e jogos de reparação;<br />

Amplificadores da força de travagem (servo<br />

freios); Cabos de travão de mão; Tubos flexíveis;<br />

Cilindros de embraiagem; Líquido de<br />

travões; Componentes ABS. Resta referir<br />

que a Bosch é “somente” a companhia que<br />

inventou o sistema de travagem ABS há 30<br />

anos.<br />

Ferodo<br />

Ferodo foi no passado a designação <strong>dos</strong><br />

profissionais para produtos de fricção. Hoje,<br />

com a diversidade de marcas, já não é assim.<br />

Mas o prestígio e a qualidade histórica mantêm-se.<br />

A Ferodo pertence à Federal Mogul<br />

Corporation, possuindo no seu portfolio na<br />

área da travagem, pastilhas, maxilas, discos<br />

e tambores de travão, assim como líqui<strong>dos</strong><br />

de travão para veículos de turismo, veículos<br />

comercias e motociclos, quer para Equipamento<br />

de Origem como para o aftermarket.<br />

As pastilhas Ferodo Thermo Quiet são o<br />

mais recente ícone de tecnologia de topo da<br />

marca inglesa. São pastilhas de travão de<br />

uma única peça para veículos ligeiros. O segredo<br />

está na resina especial fenólica, um<br />

material composto moldado no material de<br />

fricção (IMI).<br />

Providencia uma travagem mais silenciosa,<br />

amortecimento consistente durante toda<br />

a vida útil da pastilha, maior vida útil desta e<br />

maior performance geral.<br />

Metelli, Cifam<br />

Na área da travagem, o Grupo Metelli integra<br />

as marcas Metelli e Cifam, fortes no<br />

campo da hidráulica, tambores, discos e kits<br />

de travão. O Grupo Metelli é um <strong>dos</strong> principais<br />

players do aftermarket e Equipamento<br />

Original. O gigante italiano tem o seu quartel-general<br />

em Cologne, província de Bréscia<br />

e conta com três fábricas.■

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