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<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> & Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />
Nº 1 - MAIO <strong>2008</strong> - ANO I - 3 EUROS<br />
ENTREVISTA<br />
GABRIEL LEAL<br />
Administrador da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal<br />
PNEUS PREMIUM<br />
ALTAS<br />
PRESTAÇÕES<br />
EVENTO<br />
CONV. EUROTYRE <strong>2008</strong><br />
ACONTECIMENTO<br />
FEIRA CONFORT AUTO<br />
ENTREVISTAS<br />
Xavier Obach<br />
Director-Geral Pirelli Portugal<br />
Humberto Matos<br />
Administrador da SPO<br />
REPORTAGEM<br />
Recauchutagem Ramôa<br />
APRESENTAÇÃO<br />
Point S Portugal<br />
NOVIDADE<br />
Oficina Móvel AutoCenter<br />
CONSUMÍVEIS<br />
Pastilhas e discos travão<br />
Telefone: 707 200 946 Fax: 707 200 945<br />
Quinta da Boavista - Rua Chão de Conde - 3060-852 Cantanhede - Portugal
Quanto mais vontade você tem de se lançar num negócio, mais precisa de um especialista.<br />
A vossa independência é respeitada, o vosso know-how valorizado é a mais valia da importância<br />
da primeira rede europeia de independentes especialistas de pneus e de manutenção de automóveis.<br />
• Conserve a sua liberdade de acção e de gerência da sua empresa.<br />
Você torna-se accionista e toma as decisões com a nossa marca.<br />
• Participe no mais forte desenvolvimento de directivas do sector.<br />
Previstos 42 Pontos de venda nos próximos 2 anos.<br />
• Aumente a sua rentabilidade com uma marca dinâmica<br />
e em plena expansão.<br />
• Beneficie de uma notoriedade de marca em constante evolução.<br />
• Adquira poder, no seio da primeira rede de independentes<br />
especializa<strong>dos</strong>. 330 pontos de venda em França e mais de 1.500<br />
na Europa.<br />
• Rentabilize o seu investimento, através de baixos custos<br />
de marca. Direito de entrada e taxas mínimas.<br />
Então não hesite em unir-se à insígnia POINT S<br />
Contactos: POINT S Portugal<br />
Rua da Saibreira, lote 6 – 1º Dto.<br />
2600 – 679 Castanheira do Ribatejo<br />
Tel.: 263 284 277<br />
E-mail: point-s-portugal@mail.telepac.pt<br />
• PNEUS<br />
• EQUILIBRAGEM<br />
• ALINHAMENTO<br />
• TRAVÕES<br />
• AMORTECEDORES<br />
• MUDANÇAS DE ÓLEO<br />
RESISTÊNCIA À ESTRADA • OS ESPECIALISTAS
SUMÁRIO<br />
EDITORIAL<br />
BEM-VINDO<br />
à nova revista<br />
Após o sucesso do suplemento<br />
<strong>Pneus</strong> & Serviços Rápi<strong>dos</strong>,<br />
lançado em 2006 como oferta<br />
com o Jornal das Oficinas, a AP Comunicação<br />
avança com a edição da <strong>Revista</strong><br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, uma publicação destinada<br />
ao vasto sector <strong>dos</strong> pneus e serviços<br />
rápi<strong>dos</strong>. Vamos levar aos leitores todas<br />
as informações, conhecimentos e novidades<br />
do Mundo <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, privilegiando<br />
as notícias sobre os novos<br />
pneumáticos lança<strong>dos</strong> no mercado,<br />
equipamentos para serviços rápi<strong>dos</strong>,<br />
consumíveis auto, reportagens a empresas<br />
do sector e entrevistas com os<br />
responsáveis das principais marcas.<br />
O conjunto <strong>dos</strong> artigos publica<strong>dos</strong> em<br />
cada edição pretende proporcionar aos<br />
leitores informação necessária e rigorosa<br />
que possa potenciar os seus negócios.<br />
É uma revista para quem quer<br />
estar actualizado sobre as novidades<br />
do sector e as novas tendências do<br />
mercado, partilhando com os leitores<br />
informações úteis necessárias para<br />
uma boa gestão das suas empresas.<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> é a única publicação<br />
portuguesa dedicada a pneus e<br />
serviços rápi<strong>dos</strong>, apta a divulgar novos<br />
produtos, a dar voz aos importadores,<br />
retalhistas e oficinas, a conceder espaço<br />
à formação e a servir de meio privilegiado<br />
para o desenvolvimento de temas<br />
relaciona<strong>dos</strong> com o mercado <strong>dos</strong><br />
pneus.<br />
Quanto à paginação e aspecto gráfico,<br />
adoptamos uma apresentação moderna<br />
com uso intenso de fotografias e<br />
recurso a quadros, tabelas e gráficos<br />
de fácil leitura e textos sucintos. Temos<br />
também artigos técnicos para os<br />
profissionais da reparação e várias<br />
secções e rubricas periódicas, que esperamos<br />
sejam do agrado de to<strong>dos</strong>.<br />
Com o lançamento desta nova <strong>Revista</strong><br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, queremos contribuir<br />
para a dinamização e evolução do sector,<br />
conferindo-lhe a visibilidade que<br />
merece. Contamos com o apoio de todas<br />
as empresas e a vossa necessária<br />
colaboração.■<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
04<br />
14<br />
25<br />
26<br />
32<br />
36<br />
40<br />
52<br />
58<br />
60<br />
NOTÍCIAS<br />
Actualidade do sector<br />
<strong>dos</strong> Pneumáticos e<br />
Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />
PNEUS PREMIUM<br />
Em 2007 foram<br />
vendi<strong>dos</strong> mais de<br />
630.000 pneus<br />
Premium<br />
CONVENÇÃO<br />
Eurotyre, rede<br />
independente de<br />
manutenção automóvel<br />
reúne em Lisboa<br />
FEIRA CONFORT AUTO<br />
Mais de 1400 pessoas<br />
e três dezenas de<br />
empresas fornecedoras<br />
presentes<br />
RUI SILVA<br />
Entrevista com<br />
o Director-Geral<br />
da Eurotyre Portugal<br />
GABRIEL LEAL<br />
Entrevista com o<br />
Administrador da<br />
Continental <strong>Pneus</strong><br />
Portugal<br />
XAVIER OBACH<br />
Entrevista com o<br />
Director-Geral<br />
da Pirelli Portugal<br />
RECAUC. RAMÔA<br />
Importante empresa de<br />
pneus de Braga<br />
comemora 40 anos de<br />
actividade<br />
POINT S PORTUGAL<br />
A mais recente rede de<br />
pneus a operar em<br />
Portugal chama-se<br />
Point S<br />
TÉCNICA<br />
Conforto, segurança e<br />
a condução do veículo<br />
passam pelo pneu<br />
Nº 1 - MAIO <strong>2008</strong> - ANO I - 3 EUROS<br />
32<br />
40<br />
48<br />
FICHA TÉCNICA<br />
■ DIRECTOR: João Vieira ■ DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem ■ SUBDIRECTOR: João Vila ■ PROPRIEDADE: João Vieira, Rua da Liberdade, 41 – 1º Esq. Mucifal - 2705-<br />
231 COLARES Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com ■ REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Jorge Reis, Carlos Silva, Fátima Rodrigues,<br />
António Lopes, Carla Ramos ■ DESIGN GRÁFICO: Pedro Vieira ■ IMAGEM: António Valente ■ PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário Carmo<br />
mario.carmo@apcomunicacao.com Anabela Machado anabela.machado@apcomunicacao.com ■ IMPRESSÃO: Selenova, Lda. Estrada Nacional 116, Km 20/21 - Casais da<br />
Serra - 2665-305 MILHARADO Telefone: 219.758.038 Fax: 219.855.799 E-mail: selenova@selenova.pt ■ PERIODICIDADE: Trimestral ■ ASSINATURA ANUAL: 20 Euros (4<br />
números) ■ DISTRIBUIÇÃO: Midesa Portugal ■ Nº de Registo na ERC: 125367<br />
© COPYRIGHT: Nos termos legais<br />
em vigor é totalmente interdita a<br />
utilização ou a reprodução desta<br />
publicação, no seu todo ou em<br />
parte, sem a autorização prévia e<br />
por escrito da “<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>”.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
03
ESTATUTO EDITORIAL<br />
“REVISTA DOS PNEUS”<br />
“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” é uma publicação<br />
orientada por critérios de rigor<br />
editorial e de serviço ao leitor, que<br />
aposta numa informação técnica e<br />
diversificada e num constante<br />
acompanhamento e divulgação<br />
das melhores práticas do sector.<br />
“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” é 100% independente.<br />
Os fabricantes <strong>dos</strong><br />
produtos e serviços que figuram<br />
nas nossas páginas, bem como<br />
os anunciantes, não determinam<br />
a nossa linha editorial e as opiniões<br />
por nós expressas.<br />
“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” aborda to<strong>dos</strong> os assuntos liga<strong>dos</strong><br />
ao mercado <strong>dos</strong> pneus, através de uma perspectiva inovadora,<br />
e com a máxima objectividade.<br />
“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” representa uma completa fonte de<br />
informação, não só sobre as novidades lançadas no<br />
mercado, mas também sobre os melhores procedimentos<br />
para uma boa gestão das empresas ligadas ao comércio<br />
de pneus.<br />
“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” tem como objectivo divulgar novas<br />
realidades, dar voz aos operadores do mercado e servir<br />
de meio privilegiado para o desenvolvimento de temas<br />
relaciona<strong>dos</strong> com o comércio de pneus.<br />
“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” tem como alvo to<strong>dos</strong> aqueles que<br />
por profissão, necessidade ou gosto, pretendem ter<br />
acesso a uma informação credível, actual e independente<br />
sobre o que se passa no sector <strong>dos</strong> pneus, em Portugal<br />
e no Mundo.<br />
“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” procura corresponder às necessidades<br />
de informação, motivações e interesses <strong>dos</strong> profissionais<br />
do sector. Para tal, participa no debate das<br />
grandes questões que se colocam à actividade, na perspectiva<br />
da modernização do mercado.<br />
“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” acompanhará permanentemente a<br />
nova era da informação digital: as novas tecnologias, os<br />
novos méto<strong>dos</strong> de negócio, promovendo a sua divulgação,<br />
análise e debate pelos profissionais.<br />
“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” é uma publicação para to<strong>dos</strong> os<br />
profissionais do sector <strong>dos</strong> pneus. Usamos uma linguagem<br />
simples e acessível que permite ao leitor retirar o<br />
máximo da sua actividade profissional.<br />
“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” é produzida por profissionais, com<br />
uma experiência de mais de quinze anos de jornalismo<br />
especializado na área automóvel. As opiniões expressas<br />
nos artigos são baseadas em pesquisas rigorosas e objectivas,<br />
produzidas com base em entrevistas e reportagens<br />
a empresas do sector.<br />
“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” acompanhará o profissional nas<br />
suas opções de investimento, pois apresenta as melhores<br />
propostas de pneus e equipamentos para o mercado<br />
da reparação e manutenção, desde os simples consumíveis,<br />
aos sofistica<strong>dos</strong> aparelhos de diagnóstico<br />
“<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” tem por objectivo proporcionar aos<br />
leitores um espaço plural e permanentemente aberto<br />
aos acontecimentos e ao dinamismo do sector. Por isso<br />
está determinado a estreitar a relação com o leitor.<br />
Envie-nos as suas opiniões, críticas e sugestões para<br />
geral@apcomunicacao.com<br />
NOTÍCIAS<br />
NOVAS MEDIDAS<br />
CAMAC<br />
A Camac disponibilizou para o mercado de<br />
pneus novas medidas na gama Cygnus e na<br />
gama Fargo.<br />
A Gama Cygnus foi reforçada com mais duas<br />
novas medidas (205/55 R16 e 215/55<br />
R16). Trata-se de um pneu com um piso moderno<br />
(assimétrico), que recorre às mais avançadas<br />
tecnologias disponíveis e que obedece<br />
aos mais exigente requisitos, nomeadamente<br />
no que diz respeito ao nível de ruído, à manutenção<br />
da pressão (com a consequente poupança<br />
nos consumos de combustível) e no desenvolvimento<br />
de um novo composto de piso<br />
aumentando a durabilidade e performance, tanto<br />
em piso seco como molhado.<br />
Na gama Fargo encontra-se já disponível a<br />
medida 195/65 R16 (comerciais radiais). O<br />
Fargo é um pneu “para todo o serviço” com um<br />
piso moderno e com um novo composto que<br />
permite aumentar a durabilidade (requisito fundamental<br />
na gama de Comerciais).■<br />
NOVO PNEU<br />
FIRESTONE<br />
FIREHAWK<br />
SZ90µ<br />
A Firestone lançou um novo<br />
pneu da série Firehawk, caracterizado<br />
por uma excelente resposta<br />
e precisão na condução, tanto em piso<br />
seco, como em molhado. Denominado Firehawk<br />
SZ90µ, o novo pneu utiliza uma letra do<br />
alfabeto grego clássico, frequentemente usada<br />
na terminologia científica e matemática. Também<br />
é utilizado em Física para indicar o coeficiente<br />
de atrito (aderência). Este detalhe do<br />
marketing do produto não é inócuo, pois o novo<br />
pneu tem como clientela alvo os jovens que se<br />
apaixonam pelos seus carros e pelo estilo de<br />
vida que eles permitem. A estratégia comercial<br />
da Firestone aponta para a substituição gradual<br />
do anterior pneu de altas prestações Firehawk<br />
SZ90µ, pelo pneu agora apresentado ao mercado<br />
que tem um desenho assimétrico dinâmico<br />
e muito actual. Concebido para uma condução<br />
mais divertida do que puramente desportiva,<br />
sendo indicado para modelos versáteis e<br />
cobiça<strong>dos</strong> pelos jovens, como é o caso do Peugeot<br />
207, Renault Mégane, Opel Astra e Opel<br />
GT, Alfa Romeo 147, etc. O lançamento do<br />
pneu obedecerá a duas fases, sendo na primeira<br />
apresentadas 12 medidas, para jantes de<br />
16 a 18" e com as séries 40 e 55. Na segunda<br />
fase, aparecerão mais seis medidas, para<br />
jantes de 15 a 18", e séries 50 e 55.■<br />
04<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
VIALÍDER CONTINUA<br />
A CRESCER<br />
PIRELLI APROVADA<br />
PELA ADAC<br />
Num <strong>dos</strong> mais importantes testes efectua<strong>dos</strong> por<br />
revistas especializadas em automóveis, com a reputação<br />
de ser particularmente rigoroso e selectivo por<br />
ser reconhecido pela ADAC, dois pneus Pirelli avalia<strong>dos</strong><br />
obtiveram resulta<strong>dos</strong> cimeiros.<br />
Na primeira medida (175/65R14), testada num<br />
Ford Fiesta, o Pirelli Cinturato P4 foi o vencedor do<br />
teste, tendo sido classificado como “muito recomendável”.<br />
De acordo com os especialistas que avaliaram<br />
os diversos modelos ensaia<strong>dos</strong>, apresentou um comportamento<br />
muito equilibrado, com um excelente desempenho<br />
no capítulo do desgaste da banda de rodagem.<br />
O segundo pneu testado foi o P6, na medida<br />
195/65R15, montado num VW Golf. Também neste<br />
caso, o modelo da Pirelli conseguiu a classificação<br />
de “muito recomendável” e foi o vencedor, graças ao<br />
equilíbrio das suas características.<br />
De referir ainda o Ceat Tornado, comercializado pela<br />
Pirelli, obteve um bom 6º lugar entre os 19 pneus<br />
competidores, sendo-lhe atribuída a classificação de<br />
recomendável.■<br />
Com mais de 300 centros especialistas em pneus, espalha<strong>dos</strong><br />
pela península ibérica, a rede Vialíder continua<br />
a crescer. Já em <strong>2008</strong>, registaram-se novas adesões<br />
à rede de casas de pneus, que vieram reforçar a presença<br />
da Vialíder em Portugal.<br />
Em Portugal a rede Vialíder fica agora com 82 centros,<br />
estando presente no Continente, nos Açores e na<br />
Madeira.<br />
A Vialider é uma rede de especialistas em pneus, uni<strong>dos</strong><br />
pelo compromisso com o profissionalismo, que se<br />
assume como a que pretende proporcionar a melhor<br />
experiência de compra ao cliente. Fruto de um intenso<br />
trabalho que é desenvolvido, respeitando um manual de<br />
procedimentos, a qualidade <strong>dos</strong> centros Vialíder é certificada<br />
pela Michelin através de uma auditoria anual realizada<br />
por um organismo independente, além de várias<br />
auditorias do tipo “cliente mistério”.■<br />
Novos Aderentes<br />
Abílio Lourenço (Oliveira de Azeméis);<br />
Auto Santa Marta (Lisboa);<br />
Marques e Bernardo (Alpiarça);<br />
Oestpneus (Torres Vedras);<br />
Pneubase (Terrugem);<br />
<strong>Pneus</strong> Aguiar (Marco de Canaveses);<br />
<strong>Pneus</strong> Socambra (Vale de Cambra);<br />
Recauchutagem Monteiro (Grijó).<br />
Safety Auto (Abrunheira);<br />
Sportpneus (Porto);<br />
NEWCAR FAZ 10 ANOS<br />
A Newcar foi um <strong>dos</strong> conceitos<br />
pioneiros no franchising para o<br />
sector <strong>dos</strong> serviços, neste caso<br />
liga<strong>dos</strong> à area automóvel.<br />
Para comemorar os 10 anos<br />
que a marca tem em Portugal,<br />
para <strong>2008</strong> foram pensadas diversas<br />
acções a diferentes níveis.<br />
A primeira passa por uma mudança<br />
de imagem, com a introdução<br />
de novas cores, mas a<br />
mais importante foi a aposta em<br />
novos serviços, nomeadamente,<br />
a montagem de película solar nos<br />
automóveis.<br />
O incremento da rede é também<br />
uma realidade bem actual<br />
na Newcar. Os novos espaços<br />
Newcar são em Tomar, Santa<br />
Maria da Feira, Setúbal, Faro e<br />
Portalegre, significando isto uma<br />
clara expansão da marca e <strong>dos</strong><br />
seus serviços em todo o território<br />
nacional.■<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
05
NOTÍCIAS<br />
MICHELIN RELANÇA AGILIS<br />
A rentabilidade de operação de um<br />
transportador, que utilize uma frota<br />
de comerciais, é uma questão que<br />
está cada vez mais na ordem do<br />
dia. O objectivo da nova geração de<br />
pneus Agilis, da Michelin, foi precisamente<br />
esse. Reduzir tanto quanto<br />
possível os custos de exploração<br />
<strong>dos</strong> utilizadores profissionais de veículos<br />
comerciais médios e pesa<strong>dos</strong>.<br />
Segundo a Michelin, o benefício obtido,<br />
pela utilização deste novo<br />
pneu, é de 0,2 litros de combustível<br />
a cada 100 quilómetros, em comparação<br />
com a geração anterior de<br />
pneus Michelin Agilis, simulando<br />
condições idênticas de utilização.<br />
Diz também a Michelin, que um<br />
veículo que utiliza a nova geração<br />
Agilis, depois de percorrer 85.000<br />
quilómetros o utilizador terá poupado<br />
o equivalente ao preço de um<br />
pneu.<br />
Logicamente que um menor consumo<br />
de combustível tem a vantagem<br />
de fazer com que as emissões<br />
de C02 sejam menores. Com este<br />
pneu, os testes da Michelin comprovaram<br />
que existe uma redução<br />
em cerca de 4 gramas por quilómetro<br />
percorrido.<br />
Outra vantagem é que este pneu<br />
permite percorrer 20% mais quilómetros<br />
(face à geração anterior), o<br />
que quer dizer que o Agilis tem mais<br />
seis meses de vida útil.<br />
O novo Michelin Agilis está disponível<br />
em 13 medidas diferentes<br />
desde o primeiro trimestre de<br />
<strong>2008</strong>, que até 2009, serão ampliadas<br />
a 20.■<br />
VALORPNEU COM 5 ANOS<br />
DE ACTIVIDADE<br />
Com 5 anos de funcionamento a Valorpneu<br />
é já responsável pela recolha de mais<br />
de 95% <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> gera<strong>dos</strong> em<br />
Portugal. Efectivamente, desde 1 de Fevereiro<br />
de 2003 que esta sociedade gestora<br />
do Sistema Integrado de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong><br />
organiza e gere este fluxo específico pelo qual já passaram e foram processadas<br />
462 mil toneladas de pneus usa<strong>dos</strong>, correspondendo a<br />
38.000.000 de pneus.<br />
Actualmente com 49 pontos de recolha, <strong>dos</strong> quais 40 no Continente, 8<br />
nos Açores e 1 na Madeira, para o armazenamento temporário <strong>dos</strong><br />
pneus, a Valorpneu recebeu na sua rede, em 2007, pneus usa<strong>dos</strong> provenientes<br />
de 5.284 entidades diferentes. Neste ano, o fluxo de pneus usa<strong>dos</strong><br />
reutiliza<strong>dos</strong> ou valoriza<strong>dos</strong> pelo sistema atingiu 98.617 toneladas, incluindo<br />
4.870 toneladas de passivo ambiental.<br />
Os 33 recauchutadores aderentes ao sistema no final do ano correspondem<br />
à totalidade <strong>dos</strong> industriais de recauchutagem a operar em Portugal.<br />
Em 2007, reconstruíram 25.421 toneladas de pneus. Do restante fluxo<br />
65,6% foi reciclado pelos 2 recicladores, a BioSafe e a Recipneu, e<br />
34,4% foi aproveitado energeticamente por 4 unidades de valorização<br />
energética, das quais 3 são cimenteiras.<br />
A Valorpneu encetou uma nova campanha publicitária que comunica sobre<br />
o bom desempenho que o sistema atingiu nestes 5 anos. Também faz<br />
parte da sua estratégia de comunicação a presença no Salão Internacional<br />
do Automóvel de Portugal <strong>2008</strong>, onde, no seu stand deu a conhecer a<br />
actividade desenvolvida.■<br />
SEMPERIT<br />
HIGH TECH<br />
SPEED-LIFE<br />
Já está disponível<br />
o novo Semperit<br />
Speed-Life<br />
de escultura direccional,<br />
que<br />
se destina ao<br />
segmento de<br />
preços médios.<br />
Comparado<br />
com o modelo<br />
anterior as<br />
distâncias de travagem<br />
puderam<br />
ser reduzidas até nove por cento.<br />
Também o comportamento, a resistência<br />
ao rolamento e o conforto<br />
ficaram beneficia<strong>dos</strong> com este<br />
novo desenvolvimento. O novo<br />
Speed-Life arranca imediatamente<br />
em termos comerciais, sendo fabrica<strong>dos</strong><br />
num total de 34 dimensões<br />
entre 15 e 19 polegadas<br />
com autorizações entre 240 e<br />
270 km/h.■<br />
PARCERIA GE CAPITAL / GOODYEAR DUNLOP<br />
A GE Capital Solutions Fleet Services, conceituada empresa<br />
de financiamento automóvel sediada em Portugal<br />
há 16 anos, adicionou os pneus da marca Goodyear e<br />
Dunlop à sua lista de pneus preferenciais. A marca<br />
Good year foi escolhida por conceitos de segurança e<br />
conforto na condução e a Dunlop pela sua pendente<br />
mais desportiva.<br />
Esta parceria é encarada pela Goodyear Dunlop Portugal<br />
como um elogio máximo aos pneumáticos que produz<br />
e comercializa, não só no que se refere ao mercado<br />
português, mas também, a nível internacional. Esta parceria<br />
com a GE Capital Solutions Fleet Services, vem na<br />
sequência da Goodyear Dunlop Portugal considerar que<br />
os valores da empresa se aplicam por completo à sua<br />
forma de estar no mercado. Desde o compromisso de<br />
oferecer produtos e serviços únicos e diferencia<strong>dos</strong>, de<br />
procurar soluções que vão de encontro às necessidades<br />
<strong>dos</strong> clientes, passando pela confiança.■<br />
06<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
AVON COM<br />
NOVO TOPO<br />
DE GAMA<br />
O Avon ZV5 é a mais recente novidade<br />
da Dispnal <strong>Pneus</strong> para o<br />
mercado nacional. Este novo pneu<br />
topo de gama da Avon foi desenhado<br />
para proporcionar um desempenho<br />
inovador em diversas condições.<br />
A construção do pneu obedeceu<br />
a diversos requisitos, como<br />
o composto do piso pensado para<br />
maior aderência, os padrões de<br />
relevo assimétrico, de modo a melhorar<br />
a drenagem da água em superfícies<br />
molhadas, bem como os<br />
reforços internos que melhoram a<br />
estabilidade devido a uma maior rigidez<br />
estrutural do pneu. O ZV5<br />
adapta-se perfeitamente aos veículos<br />
do segmento C.■<br />
GOODYEAR ASSOCIOU-SE<br />
A INICIATIVA DE SEGURANÇA<br />
A Goodyear associou-se ao curso de condução<br />
defensiva/reactiva para as Forças de Segurança<br />
Policiais, que decorreu no Autódromo<br />
do Estoril. O curso foi ministrado pelo Centro de<br />
Técnicas Policias a 25 agentes, entre eles elementos<br />
da Polícia de Segurança Pública, da<br />
Guarda Nacional Republicana, da Guarda Prisional<br />
e do Corpo de Bombeiros. Este curso teve a duração de 18 horas,<br />
repartido pelos dois dias e foi ministrado por dois instrutores e dois monitores.<br />
À disposição <strong>dos</strong> forman<strong>dos</strong> estavam 15 viaturas, 11 delas usadas e<br />
4 recentes, todas equipadas com vários modelos da Goodyear, num total<br />
de 17 conjuntos de pneus.<br />
O objectivo desta formação visou sobretudo a segurança, aspecto a que a<br />
Goodyear dá primordial importância na concepção <strong>dos</strong> seus pneumáticos.<br />
O curso assentou em três pilares principais: Curva/travagem, Teste Alce e<br />
Slalom, sempre com uma componente teórica, seguida de prática.<br />
Habitualmente o Curso de Condução Defensiva/Reactiva é seguido por<br />
um curso de condução avançada que, neste caso, será ministrado em Junho,<br />
também no Autódromo do Estoril e com a Goodyear como parceiro na<br />
cedência <strong>dos</strong> pneumáticos para as viaturas.■<br />
SHELL APRESENTA NOVIDADES<br />
A Shell caba de lançar no mercado<br />
português duas importantes novidades,<br />
decorrentes de dois projectos<br />
globais da marca.<br />
O primeiro é o “Projecto Pearl”,<br />
que vai abranger to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong><br />
mundiais onde a Shell está presente<br />
(excepto Esta<strong>dos</strong><br />
Uni<strong>dos</strong> e Canadá) que<br />
passa pela modernização<br />
e uniformização das embalagens<br />
de lubrificantes<br />
da marca com capacidade<br />
até 7 litros. Este projecto,<br />
que vai abranger<br />
mais de 300 milhões de<br />
embalagens, estende-se<br />
ás marcas Shell Rimula, Shell Helix,<br />
Shell Advance, Shell Nautilus,<br />
Shell X100 e a todas as restantes<br />
marcas para aplicações complementares.<br />
A Shell vai investir mais<br />
de 65 milhões de euros neste projecto,<br />
<strong>dos</strong> quais 350 mil euros serão<br />
em Portugal. A segunda grande<br />
novidade é a renovação da<br />
gama Shell Rimula, que passa a<br />
dispor de um portfólio inovador de<br />
lubrificantes de motor para veículos<br />
pesa<strong>dos</strong>. A gama será<br />
classificada de R2 a R6,<br />
existindo depois diversas<br />
versões, sendo o R6 o<br />
topo de qualidade. Destaque<br />
também para duas<br />
novidades absolutas, o<br />
R6 LME 5W-30 (topo de<br />
gama) e o R4 L 15W-40.<br />
Com estas novidades, a<br />
Shell pretende ser em 2010 a primeira<br />
empresa internacional de lubrificantes<br />
em Portugal e atingir<br />
25% de quota de mercado (actualmente<br />
tem 20%).■<br />
FIX’N’GO ABRE<br />
EM CHAVES<br />
Foi inaugurado recentemente,<br />
em Chaves, o novo espaço da<br />
Fix’n’Go em Portugal. Encontra-se<br />
adaptado às novas necessidades<br />
do mercado, integrando uma rede<br />
nacional de centros de assistência<br />
auto, para viaturas ligeiras e pesadas.<br />
De facto, a Fix’n’Go conta actualmente<br />
com mais 4 oficinas, localizadas<br />
na Maia, Castanheira do<br />
Ribatejo, Alcoitão (Cascais) e Lisboa.<br />
A empresa tem como objectivo<br />
abrir em <strong>2008</strong> mais 4 centros,<br />
em Oliveira de Azeméis, Coimbra,<br />
Viseu e Leiria.■<br />
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REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
07
NOTÍCIAS<br />
NOVO UNIROYAL<br />
PARA QUANDO CHOVE<br />
O novo RainSport 2 da Uniroyal é<br />
um <strong>dos</strong> mais recentes produtos<br />
em matéria de pneus de chuva.<br />
Novas estruturas no fundo e flanco<br />
<strong>dos</strong> sulcos permitem, em conjunto<br />
com a perfilação em V, um<br />
escoamento ainda mais rápido da<br />
água na superfície do piso e um<br />
composto especial de sílica permite<br />
valores de redução de velocidade<br />
ainda mais eleva<strong>dos</strong>. Com esta<br />
construção, o RainSport 2 mostra<br />
que na combinação de segurança,<br />
também em estradas molhadas<br />
com o seu elevado grip e distâncias<br />
de travagem curtas, são possíveis<br />
mais progressos no desenvolvimento<br />
de pneus de chuva.<br />
Destaque para o indicador de<br />
desgaste no ombro do pneu que,<br />
dessa forma, aponta para um<br />
mau alinhamento das rodas o que<br />
reduz a quilometragem.<br />
O novo RainSport 2 encontra-se<br />
disponível no mercado de pneus<br />
em 51 tamanhos. As velocidades<br />
máximas permitidas vão até aos<br />
300 km/h.■<br />
CAMAC CRESCE<br />
NO MERCADO INTERNO<br />
A CNB-Camac, único<br />
fabricante nacional<br />
de pneus, viu,<br />
em 2007, as suas<br />
vendas no mercado nacional crescerem<br />
19%, relativamente ao ano de<br />
2006. O crescimento no mercado<br />
português é uma das grandes apostas<br />
da empresa nortenha, que está a<br />
levar a cabo uma estratégia de relançamento<br />
da marca, com uma mudança<br />
a nível da imagem corporativa<br />
e com o lançamento de novas medidas<br />
de pneus. O lançamento das novas<br />
gamas Cygnus (ligeiros de passageiros)<br />
e Fargo (viaturas comerciais),<br />
e de novas medidas do pneu Atlas<br />
(4x4), no último trimestre de 2007,<br />
foi um <strong>dos</strong> factores que mais contribuiu<br />
para o crescimento de 19% registado<br />
no mercado interno. Actualmente,<br />
grande parte da produção da<br />
Camac destina-se ao mercado externo,<br />
tendência que a empresa pretende<br />
contrariar, aumentando a sua<br />
presença em Portugal. “Estes da<strong>dos</strong>,<br />
muito positivos e ainda com uma larga<br />
margem de progressão atestam<br />
que os portugueses têm uma grande<br />
apetência para o consumo de produtos<br />
de fabrico nacional desde que,<br />
como é o caso <strong>dos</strong> pneus Camac, sejam<br />
produtos de grande qualidade e<br />
vanguarda técnica”, salienta José Saraiva,<br />
Director Comercial da Camac.<br />
A empresa pretende, agora, continuar<br />
a crescer dentro de portas e a<br />
conquistar quota de mercado, tendo<br />
como objectivo vender cerca de 200<br />
mil unidades em <strong>2008</strong>. O lançamento<br />
de novas medidas de pneus e a<br />
adesão à campanha “Compre o que<br />
é nosso”, promovida pela AEP, são alguns<br />
<strong>dos</strong> trunfos da marca para chegar<br />
a cada vez mais consumidores<br />
portugueses.■<br />
MERCEDES VIANO X-CLUSIVE<br />
MONTA KUMHO<br />
O fabricante coreano de pneus Kumho Tires, fornecerá<br />
os pneus de origem para o novo Mercedes<br />
Viano X-Clusive. Cerca de 10.000 unidades do<br />
pneu KU19 serão fornecidas no âmbito do acordo<br />
firmado entre as duas empresas. Este pneu de desenho<br />
assimétrico permite melhorar a suavidade<br />
de condução e o nível de ruído, proporcionando um comportamento exemplar<br />
a altas velocidades (código de velocidade X = 360 km/h). A estratégia<br />
actual da Kumho passa pelo fortalecimento do negócio de equipamento<br />
original, como forma de aumentar as suas vendas no mercado de substituição,<br />
o que implica um constante desenvolvimento <strong>dos</strong> seus produtos.■<br />
LUCROS<br />
LÍQUIDOS DA<br />
BRIDGESTONE<br />
SOBEM 55%<br />
Os accionistas do fabricante japonês<br />
de pneus Bridgestone têm motivos<br />
sobejos de regozijo, ao verificarem<br />
que os lucros líqui<strong>dos</strong> da<br />
empresa subiram 55%, durante o<br />
ano de 2007. De facto, não só a<br />
facturação aumentou 13%, em relação<br />
ao exercício anterior, totalizando<br />
€ 20.342 milhões, como<br />
os lucros dispararam, tendo atingido<br />
os € 789,6 milhões, antes <strong>dos</strong><br />
impostos. Os da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> reportam-se<br />
a um universo de 449 empresas<br />
subsidiárias e a 182 empresas<br />
associadas, em todo o<br />
mundo.<br />
Os dirigentes da Bridgestone estão<br />
particularmente felizes, porque<br />
estes resulta<strong>dos</strong> foram obti<strong>dos</strong><br />
num contexto de subida constante<br />
do preço do petróleo e de outras<br />
matérias-primas. Entre os factores<br />
que contribuíram para o sucesso financeiro<br />
da marca japonesa, estão<br />
a recuperação sustentada da<br />
economia japonesa, através do reforço<br />
das grandes corporações e<br />
do consumo público, bem como o<br />
forte consumo privado e estabilidade<br />
na Europa, já que os EUA estão<br />
a enfrentar uma certa desaceleração<br />
da sua economia. Por linhas<br />
de produto, os pneus representaram<br />
81,3% da facturação, sendo<br />
o restante distribuído por produtos<br />
diversos.■<br />
08<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
KUMHO ASSINA ACORDO BASA<br />
A empresa coreana Kumho, fabricante de pneus para o mercado global,<br />
assinou o tratado bilateral de segurança aeronáutica, que já estava a negociar<br />
com os EUA, desde 2005. Este acordo, que já envolve outros 30 países,<br />
é imprescindível para exportar produtos relaciona<strong>dos</strong> com a aviação<br />
para o mercado norte-americano, servindo como uma forma de certificação<br />
da qualidade técnica e idoneidade empresarial. A entrada no mercado<br />
da aviação civil é efectivamente um desafio enorme. Por outro lado, os padrões<br />
de qualidade <strong>dos</strong> produtos destina<strong>dos</strong> à aviação têm que possuir níveis<br />
muito superiores aos do mercado em geral. A Kumho Tires torna-se<br />
assim no primeiro fabricante de pneus do extremo oriente a entrar no restrito<br />
clube <strong>dos</strong> fornecedores de material aeronáutico para os EUA.■<br />
MICHELIN<br />
QUEBRA TRADIÇÃO DOS EUA<br />
Pela primeira vez, um modelo de fabrico norte-americano, neste caso o<br />
Chevrolet Corvette ZR1, estará equipado de origem com um pneu de origem<br />
francesa, o Michelin Pilot Sport PS2 ZP. Este pneu é uma série específica<br />
do Michelin Pilot Sport, capaz de proporcionar a máxima segurança<br />
e aderência num modelo onde os cavalos andam geralmente à solta. Além<br />
dessas vantagens, este pneu pode rodar sem pressão, proporciona grande<br />
conforto, bom nível de silêncio de marcha e altas prestações. Para<br />
convencer o "Tio Sam", a Michelin aplicou to<strong>dos</strong> os seus argumentos neste<br />
pneu, como as telas de alta densidade nos flancos, composto com uma<br />
mistura muito avançada e outros detalhes que permitem ao Pilot Sport<br />
PS2 ZP estar tão à vontade na estrada, como dentro <strong>dos</strong> circuitos.■<br />
HANKOOK NA<br />
COMPETIÇÃO<br />
ALEMÃ<br />
Depois de uma estreia bem sucedida<br />
em 2007, a marca coreana<br />
Hankook renovou o acordo de colaboração<br />
para <strong>2008</strong>, com a equipa<br />
alemã Jurgen Alzen Motorsport,<br />
que participa no Campeonato<br />
Internacional do Grande<br />
Nurburgring, num total de dez corridas,<br />
para além da 36ª edição<br />
das 24 horas de Nurburgring.<br />
O Porsche 997 GT3 da equipa<br />
alemã está pintado com as cores<br />
do fabricante de pneus (branco, laranja,<br />
cinzento e preto), estando<br />
ainda a ser aperfeiçoadas as misturas<br />
e novas medidas para os<br />
pneus Hankook, que serão utiliza<strong>dos</strong><br />
na competição.<br />
Em princípio, as medidas para<br />
este ano serão 280/670 R 18<br />
(frente) e 330/710 R 18 (atrás),<br />
tanto na versão slick (Hankook<br />
F200) como de chuva (Hankook Z<br />
207).■<br />
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REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
09
NOTÍCIAS<br />
DESCOBRIR COM A MICHELIN<br />
A colecção "Descobre" <strong>dos</strong> famosos guias da Michelin<br />
foi aumentada com onze novos títulos aliciantes para<br />
quem tem o prazer e a possibilidade de viajar e descobrir<br />
novas paragens, novas culturas e outras pessoas.<br />
Os destinos agora propostos são a Catalunha, Ilhas Gregas,<br />
Lisboa, Londres, Nova York, Portugal (estes com<br />
versões em castelhano ou português), Tailândia, Tunísia,<br />
Turquia e Vietnam. Nos guias da colecção "Descobre" da<br />
Michelin, está disponível toda a informação prática (hotéis,<br />
restaurantes, zonas comerciais, actividades desportivas,<br />
zonas de lazer, transportes públicos, aluguer de automóveis,<br />
horários, preços), para além de instruções sobre a cultura e<br />
costumes locais. A comunicação do guia com os leitores é facilitada por<br />
pictogramas sugestivos, que são pequenas caras do conhecido Bib, o boneco<br />
"pneumático" da Michelin. Quando a cara sorri, a informação é muito<br />
positiva; se está triste, nem por isso é uma informação agradável; se pisca<br />
o olho, o guia tem algum truque que ajuda o leitor a simplificar as coisas.<br />
Os locais também são referencia<strong>dos</strong> por estrelas, em ordem crescente.<br />
Um estrela indica um lugar interessante, duas estrelas é atribuído<br />
a algo muito interessante e três estrelas destacam o que é absolutamente<br />
incontornável.■<br />
HANKOOK VENDE<br />
2,5 BILIÕES DE EUROS<br />
O fabricante coreano de pneus Hankook continua o seu imparável crescimento,<br />
desde que a empresa foi fundada. A gestão <strong>dos</strong> negócios da Hankook<br />
parece infalível, pois a margem de lucro mantém-se nos 8,1%, tendo<br />
os lucros operacionais consolida<strong>dos</strong> subido 5,1%, atingindo o total de €<br />
183,95 milhões. O director geral da empresa, Seung Hwa Suh sublinha<br />
que estes resulta<strong>dos</strong> traduzem o empenho da marca em melhorar as estruturas<br />
e processos de gestão a nível mundial. Na Hungria, a Hankook<br />
produziu quase um milhão de pneus, estando prevista uma produção de 4<br />
milhões de unidades para <strong>2008</strong>. Por outro lado, os investimentos continua<strong>dos</strong><br />
na fábrica de Geumsan irão aumentar a capacidade produtiva de<br />
pneus de muito altas prestações (UHP), estando prevista uma capacidade<br />
produtiva em finais de 2009 superior em 50% (5 milhões de<br />
unidades/ano). A estratégia da marca é para manter, assente no crescimento<br />
a longo prazo. Os quatro vectores dessas estratégia são a melhoria<br />
contínua da gestão e da liderança, maior capacidade de produção e<br />
distribuição, investimentos consistentes na inovação tecnológica e promoção<br />
da marca <strong>Pneus</strong> Hankook, melhorando a penetração do equipamento<br />
original (OEM) e apostando nas actividades de "smart marketing".■<br />
ESPANHA RECICLA<br />
8 MILHÕES DE PNEUS<br />
Durante o ano de 2007, foram recolhidas 55.316<br />
toneladas de pneus fora de uso, em Espanha, pela<br />
empresa TNU, que não tem fins lucrativos, tendo reduzido<br />
as suas tarifas em 8,6%. Total de cerca de 8<br />
milhões pneus recicla<strong>dos</strong>, 15,75% foram encaminha<strong>dos</strong> para a recauchutagem,<br />
o que significa uma economia de 22,4 milhões de litros de petróleo.<br />
Para valorização energética, seguiram 37,56%, tendo os restantes<br />
46,69% transforma<strong>dos</strong> em materiais reutilizáveis. Desta última fatia,<br />
29,84% destinam-se a utilizações industriais, enquanto que 16,85% foram<br />
encaminha<strong>dos</strong> para obra civil, como a pavimentação de estradas.■<br />
10<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
SÓPNEUS<br />
ABRE 5ª FILIAL<br />
Depois da abertura das filiais em<br />
Matosinhos e Devesas em 2007,<br />
a Sópneus continua a sua expansão<br />
com a inauguração de uma<br />
nova oficina em Santa Maria da<br />
Feira. Inserida numa estratégia de<br />
expansão, a abertura desta nova<br />
oficina assegura o crescimento da<br />
rede de oficinas Sópneus no norte<br />
e centro do país.<br />
Após abertura de duas filiais em<br />
2007, Carlos Silva, Administrador<br />
da empresa afirma que “no sentido<br />
de podermos continuar a prestar<br />
um serviço de elevada qualidade<br />
e responder às necessidades<br />
emergentes do mercado, a expansão<br />
da nossa rede era um passo<br />
obrigatório.”<br />
Com um espaço de cerca de<br />
600 m2, a Sópneus de Santa Maria<br />
da Feira possui um equipamento<br />
operacional inovador, permitindo<br />
a prestação de muitos serviços,<br />
<strong>dos</strong> quais se destacam a<br />
montagem de pneus, Equilibragem<br />
de rodas, Alinhamento de direcções,<br />
Mudança de óleo, Travões,<br />
Suspensão, Escapes, Faróis, Mecânica<br />
de manutenção e Lavagem<br />
manual.■<br />
BRIDGESTONE<br />
TAILÂNDIA<br />
AUMENTA<br />
PRODUÇÃO<br />
Até 2010, a filial tailandesa da Bridgestone<br />
aumentará a produção de<br />
pneus radiais para viaturas de turismo<br />
em 6.000 unidades/dia, a partir<br />
da sua unidade de Nong Khae. O<br />
reforço da produção prende-se com<br />
a necessidade de corresponder ao<br />
aumento das exportações, tanto<br />
para a Europa e América do Norte,<br />
como para toda a Ásia. O investimento<br />
necessário para aumentar a<br />
capacidade produtiva chegará aos<br />
10 mil milhões de ienes, mas a unidade<br />
de Nong Khae ficará com uma<br />
produção diária de cerca de 36.500<br />
unidades. Os pneus de altas prestações<br />
e de Inverno, considera<strong>dos</strong> produtos<br />
estratégicos pela marca, também<br />
beneficiarão deste aumento de<br />
produção da Bridgestone Tailândia.■
CORCET É NOVO IMPORTADOR<br />
DA CORGHI<br />
A prestigiada marca de equipamentos<br />
Corghi nomeou a Corcet como seu representante<br />
em Portugal. A empresa de Penafiel<br />
assume também o serviço pós venda do parque<br />
de equipamentos já instala<strong>dos</strong> ao longo<br />
das várias décadas de presença desta marca<br />
no mercado português.<br />
Com uma equipa de profissionais em que se<br />
conjuga a experiência e a dinâmica, a Corcet<br />
tem como objectivo a procura permanente da<br />
excelência do serviço de forma a desenvolver e<br />
cimentar um forte laço de parceria com<br />
os clientes. Nesse sentido e paralelamente<br />
à contratação de técnicos e comerciais<br />
com elevada experiência de<br />
mercado e de equipamentos Corghi,<br />
instalarão a breve prazo dois amplos e<br />
bem equipa<strong>dos</strong> centros de formação<br />
de serviços relaciona<strong>dos</strong> com os equipamentos<br />
Corghi.<br />
César Teixeira, Director Geral da<br />
Corcet, referiu que “a Corcet está em<br />
condições de proporcionar um excelente serviço de venda e assistência<br />
aos equipamentos Corghi em Portugal, pelo know-how que a equipa possui<br />
e também pelo facto de a Corghi ser uma marca líder mundial em equipamentos<br />
e produtos para serviço a rodas”.■<br />
GOODYEAR<br />
RENOVA<br />
PATROCÍNIO<br />
SOLIDÁRIO<br />
A expedição solidária "O Deserto<br />
<strong>dos</strong> Meninos", que leva uma caravana<br />
até ao Sul do Marrocos, após<br />
percorrer mais de 46 mil quilómetros,<br />
destina-se a levar duas toneladas<br />
de material didáctico às escolas<br />
da região, que serão trocadas<br />
pelos desenhos das crianças<br />
locais. Esta iniciativa já se realiza<br />
pelo 4º ano consecutivo, tendo a<br />
Goodyear patrocinado as duas últimas<br />
edições. Para além <strong>dos</strong> pneus<br />
que equipam os Hyundai Santa Fe<br />
e Tarracan, a empresa norte-americana<br />
assumirá este ano também<br />
o encargo <strong>dos</strong> seguros de mais de<br />
200 participantes, entre os quais<br />
85 crianças. O pneus forneci<strong>dos</strong><br />
pela Goodyear são os Wrangler<br />
AT/R de 18", considera<strong>dos</strong> pelos<br />
organizadores do evento como perfeitos<br />
para o percurso, que inclui<br />
várias travessias do deserto. ■<br />
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REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
11
NOTÍCIAS<br />
MICHELIN EXELAGRI SOMA E SEGUE<br />
A Michelin Exelagri é um departamento da<br />
grande multinacional que se dedica à comercialização<br />
de pneus para a agriculta,<br />
construção civil e actividades afins.<br />
Em 2007, esta estrutura criou mais 150<br />
pontos de venda em Portugal e em Espanha,<br />
tendo praticamente duplicado a rede<br />
existente anteriormente. Além disso, o progresso<br />
não foi meramente quantitativo, tendo<br />
a Exelagri apostado na qualidade de serviço<br />
e profissionalismo de to<strong>dos</strong> os seus<br />
membros. Além de pneus de alta tecnologia<br />
para tractores agrícolas, a Michelin dispõe<br />
ainda de uma gama completa - Compact<br />
Line - destinada a diversa maquinaria agrícola<br />
e da construção civil.<br />
A grande competitividade <strong>dos</strong> produtos Michelin<br />
e o dinamismo da rede Exelagri leva a<br />
pensar que o crescimento ainda agora começou.■<br />
CURVAS YOKOHAMA E ADVAN<br />
Construído em 1927, Nurburgring<br />
é um <strong>dos</strong> mais conheci<strong>dos</strong><br />
circuitos da Europa e desde 1 de<br />
Janeiro até finais de 2012 terá<br />
como nome, em duas das suas<br />
curvas as designações “Yokohama”<br />
e “Advan”.<br />
Os nomes foram da<strong>dos</strong> à primeira<br />
curva (uma curva em S) e<br />
outra próxima à recta oposta do<br />
traçado Grand Prix course. "Yokohama-S"<br />
aparecerá na primeira<br />
curva e "Advan Bogen" no cotovelo.<br />
Placas de sinalização serão colocadas<br />
ao longo de 400 metros<br />
da pista, em todas as 29 curvas<br />
do traçado Norte, bem como<br />
uma placa com o logotipo "Yokohama"<br />
em todas as pontes que<br />
cruzam a pista.<br />
A colocação das placas Yokohama<br />
em Nurburgring será uma<br />
poderosa ferramenta de promoção<br />
das marcas "Yokohama" e<br />
"Advan" uma vez que o circuito<br />
de Nurburgring tem fama mundial.<br />
■<br />
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12<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
GOODYEAR PROMOVE<br />
PRÉMIO TECNOLOGIA<br />
A marca de pneus Goodyear associou-se pela terceira<br />
vez ao Grupo Motorpress na entrega de Prémios “Os<br />
Melhores Carros <strong>2008</strong>”. Numa cerimónia que já se<br />
tornou um clássico no seio automóvel, foram atribuí<strong>dos</strong><br />
16 prémios, 10 no que respeita ao mercado automóvel,<br />
cinco dedica<strong>dos</strong> ao desporto motorizado e o último<br />
e a grande novidade desta edição, o Prémio Tecnologia<br />
promovido e idealizado pela Goodyear. Este prémio visa<br />
reconhecer em termos de inovação um tema, um conceito,<br />
um componente ou uma peça que pelas suas características<br />
exclusivas e inovadoras atribuam valor<br />
acrescentado ao todo em que se insere, neste caso, o<br />
veículo automóvel.<br />
Assim, e como forma de reforçar os princípios pelos<br />
quais a própria marca se rege em termos de inovação,<br />
tecnologia e exclusividade, um leque de jornalistas independentes,<br />
especializa<strong>dos</strong> na tecnologia automóvel decidiu<br />
atribuir à BMW este Prémio pelo sistema de motores<br />
Efficient Dynamics<br />
que, em traços<br />
gerais, se caracteriza<br />
por reduzir o consumo<br />
de combustível e de<br />
emissões nocivas para<br />
o ambiente aumentando,<br />
em simultâneo, a<br />
potência do motor evitando<br />
percas.■
SALÃO<br />
REIFEN <strong>2008</strong><br />
FEIRA DO PNEU AO RUBRO<br />
A feira REIFEN <strong>2008</strong> terá este ano uma participação<br />
recorde: 560 presenças de 40 países apresentarão as<br />
suas inovações. Mais de vinte mil visitantes de todo o<br />
mundo são espera<strong>dos</strong> em Essen.<br />
Mesmo a tempo para as bodas<br />
de prata, a 25.ª feira do pneu<br />
REIFEN <strong>2008</strong>, que terá lugar<br />
na Messe Essen entre os dias 20 e 23 de<br />
<strong>Maio</strong> próximo, anuncia um número recorde<br />
de participantes: mais de 560 companhias<br />
registadas, representando mais 20<br />
por cento de fornecedores relativamente<br />
à última REIFEN. Este ano o número de<br />
expositores ultrapassará a “marca mágica<br />
<strong>dos</strong> 500” pela primeira vez. Comparativamente<br />
ao evento de há dois anos, a área<br />
de exibição crescerá 18 por cento, num total<br />
de 54 mil metros quadra<strong>dos</strong>.<br />
A participação internacional registará<br />
outro recorde: 65 por cento <strong>dos</strong> expositores<br />
virão do estrangeiro (em 2006: 57 por<br />
cento). Os fornecedores de 40 nações<br />
mostrarão tudo o que tenha a ver com<br />
pneus, rodas e tecnologia de chassis. Por<br />
isso, o salão REIFEN <strong>2008</strong> será mais uma<br />
vez a prova viva de feira líder do sector.<br />
O REIFEN <strong>2008</strong> concentrar-se-á nos<br />
pneus, câmaras, acessórios para pneus,<br />
equipamento para oficinas, dispositivos e<br />
ferramentas para recauchutagem de<br />
pneus, reparação de pneus e vulcanização.<br />
Além disso, os expositores oferecerão<br />
serviços para o comércio de pneus e para<br />
os profissionais. A sua oferta compreensiva<br />
e de alta qualidade torna o REIFEN<br />
numa montra popular e plataforma de encomendas.<br />
Tudo condimentado com os<br />
mais de vinte mil visitantes liga<strong>dos</strong> ao comércio,<br />
provenientes de mais de 80 países,<br />
que são espera<strong>dos</strong> na Messe Essen para<br />
mais uma montra internacional e única do<br />
sector. Espera-se, por isso, que o REIFEN<br />
<strong>2008</strong>, seja fiel, uma vez mais, à sua máxima:<br />
“Número 1 em <strong>Pneus</strong> e Mais”.<br />
O salão REIFEN em Essen representa a<br />
mais importante oportunidade de apresentação<br />
de ideias e inovações em todo o<br />
mundo. Tal como aconteceu pela primeira<br />
vez em 2006, o Messe Essen e o Bundesverband<br />
Reifenhandel und Vulkaniseur-<br />
Handwerk (BRV – “Associação Federal do<br />
Comércio Especialista de <strong>Pneus</strong> e Vulcanizadores”)<br />
distinguirá novos desenvolvimentos<br />
e novos conceitos com o Prémio<br />
Inovação. Estarão a concurso três categorias:<br />
“Serviço / Ideias de Marketing”,<br />
“Conceitos e Processos”, assim como<br />
“Tecnologia e Produtos”.<br />
Um júri com membros de elevado prestígio<br />
avaliará os candidatos. Os candidatos<br />
serão avalia<strong>dos</strong> de acordo com os seguintes<br />
critérios: inovação, benefício para os<br />
utilizadores, viabilidade económica, segurança,<br />
sustentabilidade, compatibilidade<br />
ambiental (na categoria “Tecnologia /<br />
Produtos”), potencial para angariação de<br />
clientes e fidelidade (na categoria “Serviço<br />
/ Ideias de Marketing”) e potencial de<br />
optimização para a cadeia de valor acrescentado<br />
(na categoria “Conceitos / Processos”).<br />
Os prémios serão entregues no<br />
decorrer do REIFEN <strong>2008</strong>, enquadrado no<br />
Get-Together Party no dia 22 de <strong>Maio</strong>.<br />
Um grande número de conferências especializadas,<br />
seminários e eventos farão<br />
do REIFEN <strong>2008</strong> uma plataforma de comunicação<br />
em to<strong>dos</strong> os quatro dias do<br />
certame.■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
13
DESTAQUE<br />
<strong>Pneus</strong> Premium<br />
A GINCANA<br />
DO MERCADO<br />
O mercado <strong>dos</strong> pneus premium, ou de altas prestações,<br />
tem vindo a crescer no nosso mercado. Em 2007,<br />
segundo os da<strong>dos</strong> da consultora Gfk, foram vendi<strong>dos</strong><br />
630.103 pneus premium, o que representou 65.540<br />
milhões de euros de facturação, ou seja, mais do dobro<br />
<strong>dos</strong> valores regista<strong>dos</strong> em 2006 .<br />
14<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Com as vendas <strong>dos</strong> carros<br />
novos a caírem e as<br />
despesas de manutenção<br />
a encolherem, o mercado<br />
estaria a caminhar para um beco<br />
sem saída, se os operadores do<br />
mercado não tivessem soluções<br />
e criatividade. A aritmética é<br />
aparentemente simples, porque<br />
basta vender menos, por um valor<br />
superior, para equilibrar a<br />
rentabilidade e a sustentabilidade<br />
<strong>dos</strong> negócios. Não é pois de<br />
estranhar que os veículos tragam<br />
incorporado cada vez maior<br />
valor acrescentado, o mesmo<br />
sucedendo a to<strong>dos</strong> os seus sistemas<br />
e componentes, entre os<br />
quais o pneu não constitui uma<br />
excepção. Paralelamente a esta<br />
cosmética contabilística, as empresas<br />
de topo da indústria automóvel,<br />
entre as quais se encontram<br />
os construtores e os fabricantes<br />
e fornecedores de<br />
sistemas e componentes, não<br />
poderiam deixar de articular um<br />
enquadramento correcto de<br />
marketing e de charme, porque<br />
os automobilistas não são propriamente<br />
accionistas dessas<br />
indústrias. São simplesmente<br />
consumidores, que se movem<br />
pelos desígnios da conveniência<br />
e do prazer que podem retirar<br />
<strong>dos</strong> seus investimentos priva<strong>dos</strong>.<br />
Os carros, to<strong>dos</strong> sabemos,<br />
têm vindo a utilizar to<strong>dos</strong> os seus<br />
argumentos mais irrecusáveis,<br />
como sejam: performance, estética,<br />
segurança, conforto, economia,<br />
compatibilidade ambiental,<br />
etc. Como a economia global e<br />
nacional continuam um tanto<br />
"congeladas", o incentivo ao crédito<br />
mantém-se, pelo que as<br />
vendas <strong>dos</strong> modelos de gama<br />
média/alta super equipa<strong>dos</strong><br />
continuam a "fluir" sem grandes<br />
problemas. São os carros "seminovos",<br />
os leilões e todas as facilidades<br />
que temos acompanhado<br />
mais recentemente.<br />
O pneu: de plebeu, a aristocrata<br />
O pneu, juntamente com a bateria,<br />
o motor, travões, direcção<br />
e transmissão, é daqueles componentes<br />
sem os quais o carro<br />
não consegue arrancar de modo<br />
nenhum. É, também, o elo de ligação<br />
da viatura à estrada e por<br />
ele passa toda a responsabilidade<br />
da segurança e do prazer da<br />
condução. Apesar de todas estas<br />
nobres funções, o pneu permaneceu,<br />
durante a maior parte da<br />
história do automóvel, como um<br />
parente pobre da mecânica e da<br />
carroçaria, passando facilmente<br />
desapercebido e até ignorado.<br />
Mas esse tempo já acabou. O<br />
pneu agora é uma das estrelas<br />
<strong>dos</strong> salões internacionais e <strong>dos</strong><br />
stands de vendas de automóveis,<br />
pelo que nenhum automobilista<br />
digno desse nome deixa<br />
de apreciar devidamente o seu<br />
design, as suas medidas, as jantes,<br />
características técnicas,<br />
performances, etc. A proliferação<br />
da "fauna" automóvel, com<br />
os modelos super desportivos,<br />
SUV, turismos de tracção integral,<br />
monovolumes, etc., veio<br />
também contribuir de forma decisiva<br />
para o ressurgimento do<br />
pneu. Ninguém consegue imaginar<br />
um "grande" carro, sem um<br />
"grande" pneu.<br />
<strong>Pneus</strong> premium: exclusividade,<br />
poder, estatuto<br />
Tal como a natureza tem os<br />
seus fluxos e refluxos, a música<br />
o seu tempo e contratempo, a<br />
paisagem os cumes e os vales,<br />
também a sociedade vive de clivagens<br />
e de oposições, não sendo<br />
de estranhar que os fluxos de<br />
tendências democráticas e colectivistas<br />
tenham em sequência<br />
refluxos de desigualdades e<br />
de elitismos. Também não é de<br />
estanhar que os perío<strong>dos</strong> de<br />
maior abundância e crescimento<br />
económico sejam caracteriza<strong>dos</strong><br />
por maior equalização social<br />
e que os momentos de menos<br />
recursos e de maiores dificuldades<br />
criem um desejo compensatório<br />
de gratificação acima da<br />
média. De certo modo, é neste<br />
contexto que estamos a viver<br />
presentemente, para desgosto<br />
de alguns e para gáudio de outros.<br />
O desejo normal de quem<br />
teve algum sucesso na vida é obviamente<br />
apresentar-se na rua<br />
com um carro que seja o espelho<br />
dessa realidade e que sirva<br />
de bilhete de identidade e cartão<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
15
DESTAQUE<br />
<strong>Pneus</strong> Premium<br />
de visita ao<br />
mesmo tempo. Poderá parecer<br />
escandaloso que isso suceda<br />
num momento em que o desemprego<br />
se instalou, é necessário<br />
economizar os recursos energéticos<br />
e limitar as emissões de<br />
CO2, mas a vida começa e termina<br />
muito rapidamente e, para<br />
muitos, a primeira oportunidade<br />
é muitas vezes a única e a última.<br />
Não se pode sair à rua com<br />
um SUV Mercedes ou BMW, por<br />
exemplo, sem que os pneus que<br />
os equipam transmitam a ideia<br />
que o carro pode passar em<br />
qualquer terreno e é capaz de<br />
circular e curvar a alta velocidade,<br />
com toda a segurança.<br />
Características técnicas<br />
O pneu de alta prestação ou<br />
premium distingue-se de um<br />
pneu mediano, porque foi construído<br />
com as tecnologias mais<br />
avançadas e mais caras, usando<br />
os materiais mais garanti<strong>dos</strong> e<br />
mais fiáveis. O objectivo é proporcionar<br />
melhor aderência em<br />
to<strong>dos</strong> os tipos de pisos, maior silêncio<br />
e conforto de condução,<br />
com maiores quilometragens<br />
médias e menor consumo de<br />
combustível. Como os modelos<br />
em que se montam os pneus<br />
premium têm geralmente potências<br />
elevadas, as prestações<br />
dinâmicas são muito importantes.<br />
Boas acelerações, capacidade<br />
de travagem rápida e comportamento<br />
em curva estável<br />
são os requisitos básicos, que<br />
são obti<strong>dos</strong> essencialmente<br />
através de um perfil baixo, que<br />
reduz as deformações, elimina<br />
mais rapidamente o calor e<br />
transmite mais directamente os<br />
impulsos da direcção. O conceito<br />
run flat (RFT) garante a continuidade<br />
da viagem, em caso de perda<br />
de pressão, mas não garante<br />
necessariamente a melhor condução<br />
desportiva, nem o nível<br />
mais elevado de conforto. Devido<br />
à tendência para serem utiliza<strong>dos</strong><br />
perfis baixos (25, 30, 35,<br />
40, 45, 50, 55, etc.), as jantes têm<br />
dimensões maiores, o que também<br />
favorece a performance do<br />
pneu. Por outro lado, os índice<br />
de velocidade são geralmente<br />
eleva<strong>dos</strong> nos pneus premium (V,<br />
W/Y/Z), bem<br />
como os índices de carga, especialmente<br />
nos SUV, todo-oterreno<br />
e monovolumes desportivos.<br />
Os sistemas de controlo de<br />
pressão <strong>dos</strong> pneus em marcha<br />
são relativamente frequentes<br />
nesta classe de viaturas e de<br />
pneus, constituindo uma mais<br />
valia para a segurança da condução.<br />
Mercado em transição<br />
As novas realidades do mercado,<br />
impostas por novas tecnologias,<br />
novos produtos e novos<br />
veículos, bem como outro tipo de<br />
comportamento <strong>dos</strong> consumidores,<br />
exigem respostas consequentes<br />
e um posicionamento<br />
da oferta ao nível das exigências<br />
actuais, o que se traduz<br />
por um reequipamento das<br />
oficinas e uma requalificação<br />
<strong>dos</strong> profissionais, através de<br />
formação técnica e comercial<br />
continuada. Quem não<br />
souber ou não for capaz de<br />
estar à altura do que o<br />
mercado requer, arriscase<br />
a perder as oportunidades<br />
de negócio favoráveis<br />
de um contexto em<br />
que é possível facturar<br />
mais, com menos vendas.<br />
A "alternativa" é<br />
facturar menos, com<br />
mais vendas, de produtos<br />
de menor valor<br />
acrescentado, ou<br />
seja, com menor<br />
rentabilidade e maior carga<br />
de trabalho. De facto, o panorama<br />
do mercado nacional e europeu<br />
<strong>dos</strong> pneus premium não se<br />
alterou significativamente, em<br />
relação ao que já se havia registado<br />
no primeiro trimestre de<br />
2007 (QUADRO I).<br />
No final do ano passado, tinham<br />
sido vendi<strong>dos</strong> 630.103<br />
pneus deste tipo, com um valor<br />
total de € 65.540, isto é, com um<br />
valor médio unitário de € 104,01.<br />
No início de 2007, o valor unitário<br />
era de € 109,83, ou seja, mais<br />
5,6%, o que parece indicar que a<br />
oferta aumentou, devido ao crescimento<br />
da produção desta categoria<br />
de pneus, o que gerou economias<br />
de escala e um abaixamento<br />
<strong>dos</strong> custos comerciais. -<br />
O mercado <strong>dos</strong> pneus de altas<br />
prestações, ou premium, tem<br />
vindo a crescer no nosso<br />
mercado<br />
Os pneus<br />
premium<br />
surgiram para<br />
corresponder às<br />
prestações de<br />
viaturas de alto<br />
rendimento<br />
16<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Por definição, o<br />
pneu premium é<br />
um pneu de baixo<br />
perfil, para tirar<br />
partido das<br />
prestações<br />
dinâmicas desse<br />
formato<br />
QUADRO I<br />
VOLUMES<br />
Janeiro - Dezembro 2007<br />
UNIDADES<br />
630.103<br />
MILHÕES EUROS<br />
65.540<br />
PREÇO €<br />
104,01<br />
QUADRO II<br />
DIMENSÃO - UNIDADES %<br />
Janeiro - Dezembro 2006<br />
2,9<br />
4,6<br />
3,5<br />
11,1<br />
1,7<br />
7.7<br />
4.5<br />
5.3<br />
9<br />
15,5<br />
4,4<br />
3,2<br />
4,2 1,4<br />
19,5<br />
155/70/13<br />
165/70/14<br />
165/70/13<br />
165/70/14<br />
175/70/14<br />
175/70/13<br />
185/70/14<br />
185/70/15<br />
185/70/14<br />
185/70/14<br />
185/70/15<br />
195/70/15<br />
195/70/15<br />
195/70/15<br />
195/70/15<br />
205/70/16<br />
205/70/15<br />
215/70/16<br />
225/70/17<br />
225/70/16<br />
Outros<br />
Janeiro - Dezembro 2007<br />
1,7<br />
2,7<br />
3,2<br />
7,5<br />
1,6<br />
4,2<br />
3,8<br />
5<br />
10<br />
22,6<br />
3,5<br />
3,2<br />
4,4<br />
1,9<br />
23<br />
306.377<br />
Unidades %<br />
630.103<br />
QUADRO III<br />
DIMENSÃO - MILHÕES EUROS<br />
Janeiro - Dezembro 2006<br />
2,1<br />
3,6<br />
2,7<br />
5,6<br />
4,7<br />
4<br />
4,2<br />
7,2<br />
18,3<br />
3,5<br />
5,2<br />
6,5<br />
2,4<br />
28<br />
155/70/13<br />
165/65/14<br />
165/70/13<br />
165/70/14<br />
175/65/14<br />
175/70/13<br />
185/55/14<br />
185/55/15<br />
185/60/14<br />
185/65/14<br />
185/65/15<br />
195/50/15<br />
195/60/15<br />
195/65/15<br />
195/55/15<br />
205/60/16<br />
205/55/15<br />
215/55/16<br />
225/45/17<br />
225/55/16<br />
Outros<br />
Janeiro - Dezembro 2007<br />
1,7<br />
2,3<br />
3,5<br />
2,2<br />
3,1<br />
3,7<br />
7,3<br />
24<br />
2,5<br />
5<br />
6,4<br />
3,1<br />
32,4<br />
32.090<br />
Milhões Euros<br />
65.540<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
17
DESTAQUE<br />
<strong>Pneus</strong> Premium<br />
QUADRO IV<br />
JANTE - UNIDADES %<br />
Janeiro - Dezembro 2006<br />
22,1<br />
Janeiro - Dezembro 2007<br />
1,3<br />
15,2<br />
QUADRO VIII<br />
INDÍCE CARGA - UNIDADES %<br />
Janeiro - Dezembro 2006<br />
1,8<br />
4,9<br />
Janeiro - Dezembro 2007<br />
1,3<br />
3,5<br />
16,7<br />
25<br />
39,9<br />
26,3<br />
13”<br />
14”<br />
15”<br />
16”<br />
17”<br />
18”<br />
19”<br />
35,5<br />
34,1<br />
18,4<br />
2,2<br />
47<br />
68-75<br />
76-79<br />
80-81<br />
82<br />
83-90<br />
> =100 < 110<br />
> =110 < 120<br />
OUTROS<br />
18,2<br />
2,1<br />
57,4<br />
8,8<br />
11,7<br />
2<br />
1,7<br />
306,377<br />
Unidades %<br />
630,103<br />
306.377<br />
Unidades %<br />
630.103<br />
QUADRO V<br />
JANTE - MILHÕES EUROS<br />
QUADRO IX<br />
INDÍCE CARGA - MILHÕES EUROS<br />
Janeiro - Dezembro 2006<br />
Janeiro - Dezembro 2007<br />
Janeiro - Dezembro 2006<br />
Janeiro - Dezembro 2007<br />
13,4<br />
7,9<br />
3,8<br />
15<br />
2,2<br />
9<br />
26<br />
15,4<br />
31,1<br />
33,8<br />
13”<br />
14”<br />
15”<br />
16”<br />
17”<br />
18”<br />
19”<br />
40,2<br />
16,1<br />
4,1<br />
59<br />
68-75<br />
76-79<br />
80-81<br />
82<br />
83-90<br />
> =100 < 110<br />
> =110 < 120<br />
OUTROS<br />
4<br />
67,9<br />
15,1<br />
20,4<br />
5,4<br />
4,1<br />
32,090<br />
Milhões Euros<br />
65,540<br />
32.090<br />
Milhões Euros<br />
65.540<br />
QUADRO VI<br />
INDÍCE VELOCIDADE - UNIDADES %<br />
QUADRO X<br />
LARGURA - UNIDADES %<br />
Janeiro - Dezembro 2006<br />
Janeiro - Dezembro 2007<br />
Janeiro - Dezembro 2006<br />
Janeiro - Dezembro 2007<br />
25,2<br />
33,1<br />
55,1<br />
57,6<br />
PNEUS PREMIUM<br />
OUTROS<br />
28,5<br />
205<br />
195<br />
185<br />
225<br />
215<br />
24,9<br />
23,7<br />
OUTROS<br />
18,9<br />
44,9<br />
42,4<br />
7,8<br />
5,4<br />
8,9<br />
5,6<br />
9,4<br />
9<br />
555.773<br />
Unidades %<br />
1.096.570<br />
306.377<br />
Unidades %<br />
630.103<br />
QUADRO VII<br />
INDÍCE VELOCIDADE - MILHÕES EUROS<br />
QUADRO XI<br />
PERFIL - UNIDADES %<br />
Janeiro - Dezembro 2006<br />
Janeiro - Dezembro 2007<br />
Janeiro - Dezembro 2006<br />
Janeiro - Dezembro 2007<br />
33,9<br />
39,3<br />
72,1<br />
73,3<br />
55<br />
PNEUS PREMIUM<br />
OUTROS<br />
25,8<br />
60<br />
65<br />
50<br />
22,5<br />
45<br />
OUTROS<br />
16,9<br />
16,7<br />
27,9<br />
26,7<br />
11,8<br />
9<br />
8,6<br />
9,1<br />
3,1<br />
3,4<br />
44.531<br />
Milhões Euros<br />
89.596<br />
306.377<br />
Unidades %<br />
630.103<br />
18<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
QUADRO XII<br />
CANAIS<br />
73,8<br />
0,5<br />
Unidades %<br />
Janeiro - Dezembro 2007<br />
24,7<br />
CENTROS AUTO<br />
M. M.<br />
ESP. PNEUS<br />
Tem-se registado uma procura<br />
crescente <strong>dos</strong> índices de<br />
velocidade S/T e H.<br />
76,9<br />
1<br />
Valor %<br />
22,2<br />
No que se refere a<br />
medidas, a categoria<br />
rainha é a <strong>dos</strong> pneus<br />
205/55/16, tendo<br />
passado de 15,5%<br />
(2006), para 22,6%,<br />
no ano passado<br />
(QUADRO II). A vantagem<br />
relativamente<br />
a outras medidas<br />
é ainda mais clara<br />
em valor, tendo<br />
passado de 18,3%<br />
(2006), para 24%<br />
(QUADRO III). Na<br />
categoria das medidas<br />
mais específicas acima<br />
das 18", geralmente utilizadas<br />
nos SUV (Sport Utility Vehicle) o<br />
crescimento também é notório,<br />
passando de 19,5% (2006), para<br />
23% no ano passado. Em valor, o<br />
salto foi ainda<br />
maior, tendo<br />
passado de 28%<br />
(2006), para<br />
32,4%. Isto significa<br />
que o que<br />
está a dar é vender<br />
pneus para<br />
os carros de topo<br />
de gama, onde se<br />
concentra mais<br />
de 1/3 da facturação<br />
<strong>dos</strong> pneus. Em<br />
contrapartida, as<br />
medidas pequenas<br />
e as séries "altas"<br />
(60/65 e 70) estão a<br />
vender proporcionalmente<br />
cada vez menos.<br />
A mesma coisa<br />
se verifica na medida<br />
das jantes, onde<br />
as de 15" e 16" representam<br />
69,6%<br />
do total das vendas<br />
(QUADRO<br />
IV). Incluindo<br />
as jantes de<br />
17" e 18", as<br />
medidas grandes<br />
representam 84% do mercado.<br />
Em contrapartida, a jante de 14"<br />
desceu 6,9% de 2006, para 2007.<br />
Se analisarmos o domínio das<br />
medidas grandes em valor, este<br />
é ainda maior, pois as jantes de<br />
16", 17" e 18" representam 67,7<br />
do mercado (QUADRO V). Por<br />
seu turno, as jantes de 15" desceram<br />
4,9% em facturação, contra<br />
uma queda de 5,5% nas jantes<br />
14". A venda <strong>dos</strong> pneus de<br />
13" já é neste momento residual.<br />
Quanto aos índices de velocidade<br />
eleva<strong>dos</strong>, os pneus premium<br />
dominam claramente o<br />
mercado, facturando 73,3% do<br />
total. Em quantidade, esse domínio<br />
é menos sensível, ficando os<br />
pneus premium com 57,6% das<br />
unidades vendidas (QUADROS VI<br />
E VII). Esta tendência já se verificava<br />
em 2006, mas acentuou-se<br />
no ano passado e continuará a<br />
ampliar-se certamente durante<br />
este ano. Idêntica tendência se<br />
regista quanto aos índices de<br />
carga, com os valores mais eleva<strong>dos</strong><br />
a dominarem claramente,<br />
o que reforça a tese de que o<br />
grande filão do mercado são os<br />
veículos de topo de gama. Na<br />
realidade, os índices de carga<br />
eleva<strong>dos</strong> representam 57,4% do<br />
mercado, em quantidade, mas<br />
passam para 67,9%, em facturação<br />
(QUADROS VIII e IX). Quanto<br />
à largura, regista-se uma subida<br />
notória <strong>dos</strong> pneus 205 (+ 7,9 %) e<br />
um decréscimo <strong>dos</strong> pneus 195<br />
(- 3,6 %) e 185 (- 5,3 %) (QUADRO<br />
X). Quanto ao perfil, regista-se<br />
uma maior procura pela medida<br />
55 (QUADRO XI).<br />
Para fechar a análise do mercado,<br />
convém referir que as oficinas<br />
especializadas de pneus<br />
continuam a dominar os canais<br />
de distribuição, com 73,8% do<br />
mercado, no que respeita unidades<br />
vendidas (QUADRO XII). No<br />
que se refere a valor, o domínio<br />
é maior, com 76,9%. Os centros<br />
auto (serviços rápi<strong>dos</strong>) progrediram<br />
ligeiramente de 2006,<br />
para o ano passado, de 23,5%,<br />
para 24,7%. No entanto, o peso<br />
em facturação evoluiu pouco<br />
(19,9% - 22,2%), o que indica que<br />
ainda se dedicam principalmente<br />
a produtos e serviços mais<br />
acessíveis.<br />
De destacar que os concessionários<br />
estão a preparar a "invasão"<br />
ao sector <strong>dos</strong> pneus premium,<br />
escuda<strong>dos</strong> no equipamento<br />
original <strong>dos</strong> veículos e no<br />
apoio das marcas. O futuro dirá<br />
se a aposta é para resultar, ou se<br />
nunca passará de um balão de<br />
ensaio. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
19
DESTAQUE<br />
<strong>Pneus</strong> Premium<br />
A OFERTA DO MERCADO<br />
BRIDGESTONE POTENZA RE050<br />
A própria nomenclatura latinizante é sofisticada<br />
e evocativa das emoções exclusivas<br />
<strong>dos</strong> modelos de alta potência e prestações.<br />
Na realidade, trata-se de um pneu<br />
destinadoaosfamiliaresdealtacilindradae<br />
aos desportivos da raiz, como o Aston Martin,Ferrari,Mercedes,BMW,Porsche,etc.É<br />
um pneu que beneficia da grande experiência<br />
que a Bridgestone tem da competição<br />
automóvel,estandoagoraprestesaregressar<br />
mais uma vez à F1. As características de<br />
aderência,tantoempisoseco,comomolhado,<br />
são excepcionais, proporcionando reacçõesextremamente<br />
rápidasaaltavelocidade.<br />
As últimas tecnologias de redução do<br />
ruído também estão aplica<strong>dos</strong> no Potenza<br />
RE050, garantindo uma condução confortável<br />
e descontraída. O desenho da banda de<br />
rolamento é assimétrica, com grandes blocos<br />
do lado exterior, para permitir maior<br />
contacto com a estrada e melhor aderência<br />
em curva, ao passo que os canais da parte<br />
interior do desenho asseguram um excelente<br />
escoamento do lençol de água da estrada.<br />
Para garantir grande estabilidade e controlo<br />
direccionais, o Potenza RE050 possui<br />
uma nervura central de grande rigidez. A<br />
resistência ao aquaplaning é favorecida pelosquatrocanaislongitudinais,mesmoaaltas<br />
velocidades. Este pneu está também<br />
disponível com tecnologia RFT (run flat),<br />
sendo capaz de rodar sem pressão durante<br />
160 km, a uma velocidade máxima de 90<br />
km/h.<br />
Os Potenza RE050 da Bridgestone estão<br />
disponíveis numa ampla gama de medidas<br />
sugestivas, com larguras desde 205 a 285,<br />
séries 30 a 45, jantes de 16 a 20", códigos de<br />
cargaaté99ecódigosdevelocidadedeW,Y,<br />
W/Y,XLW,XLYeXLW/Y.■<br />
CONTINENTAL CONTISPORTCONTACT 3<br />
A Continental é uma das marcas com<br />
mais êxito no equipamento de origem, estando<br />
o ContiSportContact 3 homologado<br />
oficialmente pelos construtores, para mais<br />
de 200modelos de prestígio. A linha de produto<br />
ContiSportContact já vendeu mais 31<br />
milhões de pneus, sendo previsível que a<br />
última geração venha a continuar a longa<br />
senda de sucessos das anteriores. Os três<br />
pontos em que se estriba a fama deste pneu<br />
são a menor distância de travagem, excelente<br />
maneabilidade e aderência ímpar em<br />
piso molhado. O desenho assimétrico do<br />
ContiSportContact ultrapassa as anteriores<br />
edições deste pneu com banda de rolamento<br />
simétrica, distribuindo melhor as forças<br />
durante a travagem, por toda a superfície<br />
de contacto do pneu. Ao curvar, sucede o<br />
mesmo fenómeno de distribuição uniforme<br />
das forças dinâmicas do pneu, proporcionando<br />
excelente aderência a todas as velocidades.<br />
O composto de borracha com alto<br />
teor de silício possui uma aderência excepcional<br />
a pisos molha<strong>dos</strong> e a eficácia contra o<br />
aquaplaning melhorou 6%, relativamente à<br />
versão anterior do ContiSportContact. Para<br />
as rodas de tracção <strong>dos</strong> modelos mais potentes,<br />
a Continental desenhou um canal<br />
em forma de Y, a separar as duas faixas de<br />
borracha da banda de rolamento.<br />
A extensa gama de medidas do Continental<br />
ContiSportContact 3 permite jantes de<br />
16" até 21" e larguras que podem ir do 205<br />
ao 295, ou mesmo 305. O índice de série estende-se<br />
do 25 ao 55, o que diz bem da amplitude<br />
da oferta desta marca. O mesmo se<br />
pode dizer <strong>dos</strong> índices de velocidade, que<br />
partem do W e Y até ao Z.■<br />
COOPER ZEON 2XS<br />
Este pneu foi estudado para viaturas de<br />
turismo de alta cilindrada e motores de elevada<br />
potência. A inovação deste pneu, desenvolvida<br />
pelo departamento de I + D da<br />
Cooper, reside no perfil ligeiramente abaulado<br />
da banda de rolamento, tendo a parte<br />
central um contacto mais forte com o solo e<br />
os ombros do pneu um contacto mais leve,<br />
em recta. Esta concepção permite tornar o<br />
pneu mais leve, embora os técnicos da Cooper<br />
tenham reforçado a parte central com<br />
mais borracha, para prever o desgaste superior<br />
dessa zona do pneu. Globalmente, o<br />
desgaste do pneu é mais uniforme e mais<br />
lento. Por outro lado, esta concepção permite<br />
uma eliminação óptima da água a alta<br />
velocidade, condição essencial para a segurançadoveículo.<br />
Umanervuracentrallarga<br />
atodaavoltadopneugaranteumaboaestabilidade<br />
direccional. A existência de dois<br />
ombros simétricos e de passo variável reduz<br />
em grande medida o ruído em movimento,<br />
com benefício do conforto de condução.<br />
Paraalémdasqualidadesdeaderência<br />
em qualquer tipo de piso, a sua construção<br />
gera uma grande precisão de condução e<br />
uma homogeneidade perfeita das pressões<br />
nazonadecontacto.<br />
Outra característica deste pneu é possuir<br />
uma pala lateral de protecção da jante, que<br />
evita o contacto desta com as arestas <strong>dos</strong><br />
passeios. O Zeon 2XS está disponível em<br />
medidasgrandes,comjantesde16a20".As<br />
larguras também oscilam entre 205 e 285,<br />
com os índices de série a variar de 30 a 55.<br />
Os índices de peso vão até aos 99, e os códigosdevelocidadeestãoescalona<strong>dos</strong>deW,Y<br />
aWXLeYXL.■<br />
20<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
DUNLOP SP SPORT MAXX TT<br />
GOODYEAR EAGLE F1 ASYMMETRIC<br />
A Dunlop, um <strong>dos</strong> principais fabricantes a<br />
nível mundial de pneus de alta e elevada<br />
performance, acaba de apresentar o SP<br />
Sport Maxx TT, o novo pneu com excelente<br />
performanceecomatecnologiaKevlar®da<br />
DuPont. O novo SP Sport Maxx TT da Dunlop<br />
também tem um novo composto derivado<br />
<strong>dos</strong> desportos motoriza<strong>dos</strong> com nanopartículas<br />
e Touch Technology. O SP Sport<br />
Maxx TT, que é o sucessor do premiado SP<br />
Sport Maxx da Dunlop, proporciona mais e<br />
melhor qualidade na resposta da estrada,<br />
melhor comportamento em piso molhado e<br />
seco e maior quilometragem, assim como<br />
uma melhor estabilidade nas curvas e a alta<br />
velocidade para poder oferecer aos apaixona<strong>dos</strong><br />
da condução a melhor precisão de<br />
condução. Precisão fortalecida com kevlar®<br />
- O Kevlar® da DuPont, uma fibra<br />
sintética que é cinco vezes mais forte do que<br />
oaçoequemantémasuaforçaeresistência<br />
num grande intervalo de temperaturas, é<br />
utilizado em várias aplicações exigentes. O<br />
SPSportMaxxTTutilizaoelastómerosintético<br />
(EE) Kevlar® em todo o apex do pneu -<br />
umainovaçãonatecnologia<strong>dos</strong>pneus.Utilizandoumcompostoderivado<strong>dos</strong>desportos<br />
motoriza<strong>dos</strong> e enchimentos em que as partículastêmumtamanhoinferiora100nanometros–emqueumnanometroéummilionésimo<br />
de milímetro – o SP Sport Maxx TT<br />
garante uma melhor ligação entre o enchimento<br />
e a matriz de borracha aumentando<br />
assim a superfície total, o que por sua vez<br />
assegura que o pneu ofereça uma melhor<br />
performance tanto na aderência como no<br />
desgaste. O SP Sport Maxx TT está disponível<br />
numa ampla gama de medidas, com larguras<br />
desde 205 a 255, séries 35 a 50, jantes<br />
de 17 e 18", códigos de carga até 101 e códigodevelocidadedeY.■<br />
OEagleF1Asymmetricincorporaainovadora<br />
tecnologia "Cornering Technology",<br />
que permite que o pneu mantenha um contacto<br />
uniforme com a estrada, mesmo nas<br />
situações mais críticas, como é o curvar a<br />
altavelocidade.Parajustificaroseunome,o<br />
novo pneu Eagle F1 Asymmetric tem uma<br />
estrutura interior assimétrica, apresentando<br />
uma tela de aramida ultra resistente no<br />
flanco interno, que impede a deformação do<br />
pneu e mantém a banda de rolamento em<br />
contactocomopiso.Paragarantiramáxima<br />
aderência em piso molhado, a Goodyear recorreu<br />
a uma composição derivada directamente<br />
das misturas utilizadas em competição.<br />
O pneu fica mais polivalente, porque a<br />
borracha também tem boa aderência em<br />
seco e apresenta excelente resistência ao<br />
desgaste. Por outro lado, a inovadora "Active<br />
Cornergrip Technology" proporciona a<br />
distribuição uniforme das forças dinâmicas<br />
exercidas sobre a superfície de contacto do<br />
pneunascurvas,oquepossibilitaumanotável<br />
aderência. Outro ponto forte do Eagle F1<br />
Asymmetric é a eliminação da água em pisos<br />
molha<strong>dos</strong>, diminuindo consideravelmente<br />
o risco de aquaplaning. A estabilidade<br />
estrutural do pneu permitiu que os canais<br />
longitudinais de escoamento da água<br />
fossem desloca<strong>dos</strong> para o lado interno da<br />
bandaderolamento,ondeapressãodecontacto<br />
do pneu é maior. O lado externo da<br />
banda de rolamento tem blocos mais largos,<br />
para garantir a melhor aderência em<br />
curva.Umanervuracentralcontínuagarante<br />
o controlo direccional imediato, mesmo a<br />
alta velocidade. As 24 medidas disponíveis<br />
para o novo Goodyear Eagle F1 Asymmetric<br />
são todas grandes, para jantes entre 17 e<br />
20". As larguras vão do 215 ao 285, enquanto<br />
que os índices de série começam a 25 e<br />
vão até 50. O índice de velocidade XL Y é<br />
igual em todas as medidas, mas o índice de<br />
cargaoscilaentre88e103.■<br />
HANKOOK VENTUS V12 EVO<br />
A criatividade da marca coreana Hankook<br />
tem-se manifestado de várias formas<br />
e revela-se mais uma vez no Ventus V12<br />
evo, pneu de altas prestações. O bloco central<br />
sólido oferece um grande rendimento<br />
natravagem.Tambémgaranteumaóptima<br />
pressão de contacto com a superfície e resposta<br />
eficaz a altas velocidades. O efeito 3D<br />
na borda <strong>dos</strong> blocos é outra característica:<br />
ângulos diversos no corte <strong>dos</strong> blocos dão<br />
como resultado um sofisticado desenho<br />
com um efeito tridimensional, e a pressão<br />
de contacto no solo distribui-se uniformemente<br />
para um excelente controlo e uma<br />
travagem optimizada. O composto HPSR é<br />
outra característica do Ventus V12 evo.<br />
Com o uso do composto HPSR assegura-se<br />
uma boa capacidade de tracção e travagem<br />
em superfícies molhadas. O reforço da cintura<br />
de Nylon de alta densidade é outra característica.<br />
A estrutura optimizada com<br />
cintura de alta densidade de nylon oferece<br />
uma maior distribuição de contacto com a<br />
superfície nas curvas. O perfil foi baseado<br />
na pressão óptima de contacto com a superfície<br />
e simulação de travagem para se<br />
conseguir maior segurança a alta velocidade.<br />
A distorção mínima do centro e <strong>dos</strong> ombros,<br />
durante a condução a alta velocidade,<br />
oferece uma condução com uma maior segurança,<br />
incrementando a durabilidade. A<br />
eficiente drenagem da água é graças ao<br />
bloco linear amplo e desenho da banda de<br />
rodagem em forma de “Y”. Com efeito, o<br />
bloco central amplo e um agressivo desenho<br />
em forma de “Y” na banda de rodagem<br />
com eficientes canais de evacuação de<br />
água, traduzem-se em maior segurança<br />
em pisos molha<strong>dos</strong>.<br />
A superfície de contacto mais ampla e<br />
uma película de água de menor espessura<br />
significa melhor drenagem da água, característica<br />
do V12 evo. O Ventus V12 evo está<br />
disponível numa ampla gama de medidas,<br />
com larguras desde 185 a 275, séries 35 a<br />
55, jantes de 15 a 18", e códigos de velocidade<br />
de V, W, Y. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
21
DESTAQUE<br />
<strong>Pneus</strong> Premium<br />
KHUMO ECSTA X3 KL17<br />
Outrofabricantedepneuscoreanodeelevada<br />
tecnologia, que decidiu apostar em<br />
pneusdealtasprestações.AapostadaKhumo<br />
recaiu no nicho <strong>dos</strong> SUV de utilização citadina,sendooEcstaX3KL17reservadoexclusivamente<br />
para uso em asfalto. As medidas<br />
podem ir até diâmetros de 30 ou 32",<br />
sendo o primeiro fabricante a apresentar<br />
pneuspremiumnestetipodemedidas.Destinado<br />
aos mais potentes SUV da actualidade,<br />
o novo pneu da Khumo caracteriza-se<br />
pela elevada resistência ao aquaplaning,<br />
grandeestabilidadeacurvaraaltavelocidade<br />
e níveis invejáveis de silêncio e conforto<br />
de condução. A maior parte das inovações<br />
do Ecsta X3 KL17 estão na banda de rolamento<br />
de desenho assimétrico, que se caracteriza<br />
por quatro canais de drenagem<br />
largos e uma nervura central contínua, a<br />
qual confere grande estabilidade direccional.<br />
A composição deste pneu foi desenvolvida<br />
para garantir a máxima resistência,<br />
semprejudicaramaneabilidadeecapacidade<br />
de travagem necessárias aos grandes<br />
SUV. Por seu turno, a estrutura do novo<br />
pneu beneficia da tecnologia ESCOT, exclusiva<br />
da Khumo, que elimina os pontos de<br />
concentração de esforços dinâmicos. A<br />
montagem das cintas e das telas é feita com<br />
recurso a tecnologias muito avançadas,<br />
sendo usadas cintas metálicas de alta tensão<br />
e fios sem fim, que asseguram grande<br />
duração e alta resistência a impactos. A<br />
gama de medidas do Ecsta X3 KL17 é um<br />
tantoatípica,oferecendodiâmetrosde16"a<br />
32". As larguras disponíveis começam em<br />
235epodemiraté315,comosíndicesdesérie<br />
de 25 a 70. Os índices de velocidade também<br />
apresentam grande amplitude, desde<br />
o H até ao Y XL. Nos índices de carga, o menoré95eomaioréde113.■<br />
MARANGONI VERSO<br />
Esta marca desde cedo aliou o seu nome<br />
aos pneus de altas prestações, possuindo<br />
uma oferta muito diversificada, para quase<br />
to<strong>dos</strong> os tipos de viaturas do parque automóvel<br />
de turismo. O nome Verso está relacionado<br />
com rima, de modo que neste pneu<br />
aMarangonifezconvergirtodasassuastecnologias<br />
e capacidades, para alcançar aquilo<br />
que a marca designa "a essência da condução",ou<br />
seja, uma síntese perfeita entre<br />
segurança, conforto, prestações e equilíbrio.<br />
Como to<strong>dos</strong> os pneus premium, o Marangoni<br />
Verso está tão à vontade na chuva,<br />
como em estrada seca. O desenho, os compostosespeciaiseaestabilidadedasuperfíciedecontactocontribuemparaqueoVerso<br />
seja uma das referências do segmento na<br />
condução em molhado e na resistência ao<br />
aquaplaning. As quatro nervuras longitudinais<br />
largas e profundas, com uma nervura<br />
central contínua já são um padrão de referência<br />
nos pneus premium e o Verso não é<br />
excepção. Além disso, a banda de rolamento<br />
do Verso foi obtida pela tecnologia exclusivadaMarangoniCVR(ConstantVoidRatio)<br />
que possibilita a máxima aderência. Os ombroslateraisreforça<strong>dos</strong>dãoestabilidadeao<br />
pneu em curva e na travagem. Outro trunfo<br />
do Marangoni Verso é o elevado conforto<br />
que proporciona, não só em termos de ruído,<br />
mas em capacidade de amortecimento,<br />
graças à tecnologia " Cap & Base ". Talvez<br />
sejaessaumadasrazõespelasquaisamarca<br />
não oferece séries abaixo da 55. Outra<br />
originalidade do Verso, para rimar com o<br />
ambiente,éautilizaçãodemateriaispensa<strong>dos</strong><br />
para a posterior valorização térmica.<br />
Importante numa altura em que a opinião<br />
públicavalorizacadavezmaisessefactor.O<br />
Marangoni Verso existe nos diâmetros de<br />
14 a 17", nas séries 55, 60 e 65. Com larguras<br />
desde 185 a 225, os índices de velocidade<br />
podem ir do T ao W XL. Quanto ao índice<br />
decarga,variaentre80e100.■<br />
MICHELIN LATITUDE SPORT<br />
Este pneu nasceu da colaboração da MichelincomaPorsche,tendoemvistaoequipamento<br />
de origem do Porsche Cayenne.<br />
Destinado exclusivamente à utilização citadina<br />
e em auto-estrada, o Latitude Sport é<br />
um pneu de asfalto, que recupera os componentes<br />
do Michelin Pilot Sport 2, um <strong>dos</strong><br />
pneus de referência para os veículos de turismo<br />
desportivos, sendo-lhe acrescentado<br />
um desenho assimétrico da banda de rolamento,<br />
maior capacidade de carga e maior<br />
resistência.Noquerespeitaàestabilidadea<br />
alta velocidade, o Latitude Sport está ao nível<br />
do melhor que a Michelin tem feito para<br />
os carros mais rápi<strong>dos</strong> do mercado. Sendo<br />
mais pesado, o novo Latitude Sport está sujeito<br />
a deformações produzidas pela força<br />
centrífuga a alta velocidade, que reduzem a<br />
área de contacto do pneu com a estrada.<br />
Para superar esse problema, a Michelin<br />
trabalhou a estrutura do pneu dotando-a<br />
com uma cinta longitudinal a 0º e envolvente,<br />
reforçando os ombros do pneu. Esta tela<br />
éproduzidacomumfiocontínuo(semfim)e<br />
passo variável, sendo colocada sobre as telas<br />
metálicas superiores do pneu. A grande<br />
largura desta cinta a 0º, que é utilizada pela<br />
primeira vez no Latitude Sport, garante a<br />
ausência de deformações do pneu a alta velocidade,<br />
optimizando o contacto do pneu<br />
com o solo e a estabilidade do veículo.<br />
Quanto ao desenho da banda de rolamento,<br />
segue o padrão <strong>dos</strong> pneus premium, com<br />
quatro canais de drenagem longitudinais. A<br />
originalidade está no facto do canal mais<br />
exterior ter uma forma serrilhada, a qual,<br />
juntamente com os blocos de borracha do<br />
ladodeforadopneu,garantemmelhoraderência<br />
em seco. A gama disponível do Michelin<br />
Latitude Sport é bastante exclusiva,<br />
contando apenas com 11 medidas diferentes,<br />
com larguras desde 255, até 315. Os<br />
diâmetros de jante vão das 18" às 23", com<br />
índices de série de 25 a 55. Com índices de<br />
velocidade W e Y XL, os novos pneus apresentam<br />
códigos de carga de 101 a 110. ■<br />
22<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
PIRELLI P ZERO<br />
OPirelliPZero,quesignificazerotolerância<br />
em critérios de qualidade, tem mais de<br />
20 anos de carreira contínua no mercado<br />
mundial. A Pirelli afirma que se trata de um<br />
pneu que apresenta prestações sem precedentes,<br />
conjugando de forma optimizada o<br />
carácter desportivo, com total segurança e<br />
grande conforto. Incorpora várias soluções<br />
inovadoras, cinco das quais patenteadas<br />
pela marca italiana. A primeira novidade é<br />
os compostos obti<strong>dos</strong> com recurso a nanotecnologia,<br />
que garantem a máxima aderência<br />
mesmo a frio ou com baixas temperaturas<br />
exteriores. Ao mesmo tempo, os<br />
novos compostos tornam possível excelente<br />
aderência em piso molhado e reduzem<br />
consideravelmenteonívelderuídodopneu.<br />
OdesenhoassimétricodoPZerorecuperao<br />
padrão recorrente em muitos pneus premium,<br />
com o lado exterior concebido para a<br />
aderência em seco, ficando o lado interno<br />
com a responsabilidade da drenagem. Os<br />
largos canais longitudinais visam proporcionar<br />
boa drenagem da água do solo, por<br />
um lado, permitindo igualmente grande<br />
controlodireccionalemtodasassituaçõese<br />
velocidades, por outro lado. Na estrutura do<br />
P Zero está também um sistema inovador<br />
"HyCo" (Hybrid Cord), que garante a máxima<br />
resistência do pneu à deformação, a velocidades<br />
até 370km/h. A característica patenteada<br />
DACo (Dynamic Asymmetric Contour),<br />
é a mais avançada solução para o<br />
controlodocontactodopneucomosolo,garantindo<br />
a uniformidade e a optimização em<br />
todootipodesituaçõesaovolante.<br />
A gama de medidas do P Zero não prevê<br />
diâmetrosdejanteinferioresa16",nemsuperiores<br />
a 20". Nas larguras, os 205 estão<br />
na base da oferta, fechando-se o topo com<br />
os355.Assériesvãodesde25a55eoscódigosZReYfiguramnamaiorpartedasmedidas,<br />
embora apareçam algumas poucas<br />
medidascomcódigosdevelocidadeVeW.■<br />
VREDESTEIN ULTRAC SUV SESSANTA<br />
AfamíliadepneusUltracSessantadaVredestein<br />
foi ampliada com o lançamento do<br />
UltracSUVSessanta,cujadesignaçãorevela<br />
onichode mercadoalvo,ouseja,os grandes<br />
desportivospolivalentes.Paraaclientelade<br />
prestígio a que se destinam os pneus, não<br />
fica mal que o desenho exclusivo da banda<br />
de rolamento tenha saído do atelier de Giugiaro,cujamaiororiginalidadeconsistenum<br />
sulco assimétrico único, do lado interior do<br />
pneu, que se prolonga para o lado exterior<br />
em canais de largura variável e divergentes<br />
entre si. Segundo o fabricante, um <strong>dos</strong> principais<br />
resulta<strong>dos</strong> deste desenho é o muito<br />
baixo nível de ruído do pneu. Por outro lado,<br />
a parte exterior da banda de rolamento tem<br />
mais 25% de borracha que a parte interior,<br />
para resistir aos esforços suplementares<br />
que lhe são exigi<strong>dos</strong>. O composto do Ultrac<br />
SUV Sessanta é também exclusivo, sendo<br />
constituído por silício, diversos tipos de carvão<br />
activo e uma resina sensível à temperatura.Ocarvãoactivotempropriedadesdese<br />
combinar com os polímeros, formando uma<br />
união muito resistente. Na estrutura do<br />
pneu, uma cinta de aço rígida garante a segurança<br />
do pneu e a qualidade do controlo<br />
direccional, sendo utiliza<strong>dos</strong> compostos especiais<br />
para envolvê-la e assegurar o ângulo<br />
mais adequado. Em suma, um pneu que<br />
proporciona desempenhos ao nível das<br />
“máquinas” para que está talhado, a que<br />
adiciona um estilo muito apurado de design.<br />
A oferta do Vredestein Ultrac SUV Sessanta<br />
apenasinclui11medidas,parajantesdediâmetros<br />
compreendi<strong>dos</strong> entre 17 e 22", com<br />
larguras que oscilam de 235 a 315. Todas as<br />
medidas têm código ZR e séries que variam<br />
de 30 a 65. Os índices de cargasão to<strong>dos</strong> acima<br />
<strong>dos</strong> 102, com o máximo de 110. Os índicesdevelocidadevariamdeVXLaYXL.■<br />
YOKOHAMA ADVAN SPORT<br />
A Yokohama também participa activamentenosdesportos<br />
motoriza<strong>dos</strong>,aproveitando<br />
a sua forte imagem de marca e a capacidade<br />
técnica para fabricar pneus de altas<br />
performances. O Advan Sport possui um<br />
desenho clássico mas agressivo, onde se<br />
destacam os quatro canais de drenagem<br />
largos e equidistantes. O desenho apresenta<br />
uma ligeira assimetria, dentro do que já é<br />
um padrão relativamente recorrente nos<br />
pneus premium, ou seja, com o lado exterior<br />
mais compacto, para fornecer aderência<br />
em seco, enquanto que o lado interior é<br />
mais recortado, para facilitar a drenagem<br />
da água do solo. A capacidade de resposta<br />
direccional é também muito rápida, tanto<br />
em curvas de diâmetro variável, como em<br />
manobras a alta velocidade. A composição<br />
do pneu é "inteligente", isto é, adapta-se às<br />
condições da via e suporta temperaturas<br />
extremas, sem alterar as suas característicasdeaderência.Comoéhabitualnestetipo<br />
depneus,onívelderuídoéminimizado,tanto<br />
pelo desenho, como pela natureza do<br />
composto, ficando a estabilidade dimensional<br />
garantida por uma estrutura de segurança,<br />
que permite velocidades superiores<br />
a 300km/h. Está prevista para breve uma<br />
versão RFT ou ZPS (Zero Pression System),<br />
para jantes a partir de 16", podendo chegar<br />
ao índice de velocidade W. Estes pneus têm<br />
os flancos reforça<strong>dos</strong> e um composto que<br />
resiste ao aquecimento, bem como um aro<br />
de montagem metálico que impede a saída<br />
do pneu através do bordo da jante. O Yokohama<br />
Advan Sport possui uma das gamas<br />
mais completas do mercado, com diâmetros<br />
de jante a partir das 16", até às 22" (algumas<br />
medidas com lançamento para breve).<br />
As larguras podem variar entre 205 e<br />
275, e os códigos de série vão de 25 a 55. As<br />
medidas existentes têm código de velocidade<br />
Y, W e V, e índice de carga que pode chegar<br />
a 105. A maior parte das medidas também<br />
possui um código RF, que significa "reforçado".■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
23
NOVIDADE<br />
AUTOCENTER<br />
Sede: Nogueira - Apartado 457<br />
4711 914 Braga<br />
Director de Operações: José Luis Sousa<br />
Telefone: 253 240 600<br />
Fax: 253 240 601<br />
E-mail: jlsousa@autocenter.pt<br />
Internet: www.autocenter.pt<br />
AutoCenter - Oficina Móvel<br />
PNEUS AO DOMICÍLIO<br />
Se Maomé não vai à montanha... então a oficina<br />
móvel vai à sua “casa”. É mais ou menos esta a ideia<br />
de um novo serviço, que a AutoCenter lançou<br />
recentemente no mercado português.<br />
Com uma rede de mais de 40 lojas, a<br />
Auto Center tem mostrado grande<br />
dinâmica no mercado <strong>dos</strong> serviços<br />
oficinais.<br />
Recentemente apresentada, a “Oficina<br />
Móvel”, é um serviço de assistência móvel,<br />
utilizando uma frota de viaturas tecnicamente<br />
preparadas, que permite efectuar pequenas<br />
reparações ou operações de manutenção<br />
simples em qualquer local, sem ter de ir<br />
à oficina.<br />
Estas intervenções incidem essencialmente<br />
na troca de pneus, mas a substituição<br />
do óleo do motor, das baterias ou das lâmpadas<br />
também podem estar contempladas.<br />
24<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
A principal vantagem, nomeadamente<br />
para frotas, mas também para particulares,<br />
é que se pode programar uma intervenção<br />
destas sem existir a necessidade de uma<br />
pessoa levar o veículo a um concessionário<br />
ou a uma oficina, com to<strong>dos</strong> os ganhos económicos<br />
e de tempo inerentes, até porque<br />
as intervenções da oficina móvel têm exactamente<br />
o mesmo valor que a mesma intervenção<br />
num AutoCenter.<br />
Nas intervenções não programadas, o<br />
processo é idêntico, pois basta um telefonema<br />
e a equipa Oficina Móvel mais próxima<br />
deslocar-se-á ao local.<br />
Apesar da Oficina Móvel ser um projecto já<br />
com um estudo prático feito no terreno a<br />
Oficina Móvel actuará, em Faro, Lisboa e no<br />
Porto e respectivos concelhos limítrofes,<br />
estando previsto alargar-se substancialmente<br />
a muitos outros distritos e concelhos<br />
do país, como também às ilhas, onde já começou<br />
nos Açores e na Madeira.<br />
O serviço funciona deste as 8h30m até às<br />
19 horas, embora o mesmo posssa ser solicitado<br />
noutros horários no caso de acor<strong>dos</strong><br />
específicos com empresas.<br />
José Luís de Sousa, Director de Operações<br />
da AutoCenter, afirmou que “a Oficina<br />
Móvel permitirá uma clara redução de custos<br />
às empresas que têm frotas, como também<br />
mudará a forma de estar destes clientes”.■
EVENTO<br />
EUROTYRE <strong>2008</strong><br />
CIMENTAR O PRESENTE<br />
DESENVOLVER O FUTURO<br />
Sob o auspício de um <strong>2008</strong> recheado de<br />
sucessos, a Convenção EUROTYRE<br />
reuniu em Lisboa os accionistas daquela<br />
que é a maior rede independente de<br />
postos de reparação e manutenção<br />
automóvel na Europa.<br />
AEUROTYRE realizou a sua assembleia-geral<br />
para apresentação do<br />
relatório de contas e respectiva<br />
aprovação, aberta a to<strong>dos</strong> os accionistas, e<br />
aproveitou a oportunidade para reunir alguns<br />
<strong>dos</strong> seus fornecedores que divulgaram<br />
a gama de produtos e as novidades ao dispor<br />
<strong>dos</strong> membros da rede.<br />
Os pneus KUMHO não faltaram à chamada<br />
por intermédio da SPO – Sociedade de <strong>Pneus</strong><br />
do Oriente, com um naipe de alternativas<br />
para veículos ligeiros, pesa<strong>dos</strong> e competição.<br />
Outra das estrelas no espaço para exposição<br />
de produtos e empresas foi a AVON,<br />
através do seu novo pneus ZV5, concebido<br />
para proporcionar um desempenho inovador<br />
em diversas condições. O novo ZV5 foi desenvolvido<br />
utilizando tecnologia cimentada<br />
ao longo de mais de 100 anos de experiência<br />
da marca.<br />
O composto de sílica de 4ª geração que utiliza<br />
"tecnologia de sílica acoplada" combinada<br />
com partículas de sílica de elevada dispersão<br />
para aumentar a duração do pneu e<br />
melhorar o desempenho em piso molhado; O<br />
padrão de relevo superior assimétrico; O baixo<br />
nível de ruído; O perfil do piso "Tri-Arc"<br />
que cria uma pressão de contacto mais uniforme<br />
com a estrada; As Paredes laterais<br />
mais baixas e rígidas; e o Rebordo de protecção<br />
da jante de grandes dimensões, são alguns<br />
predica<strong>dos</strong> do ZV5. A AVON é representada<br />
em Portugal pela Dispnal.<br />
Os pneus de chuva UNIROYAL, que também<br />
têm bons desempenhos em piso seco,<br />
marcaram presença. O UNIROYAL RainSport<br />
1, por exemplo, foi construído de forma a dispersar<br />
cerca de 30 litros de água da estrada,<br />
por segundo, a 80 km/h.<br />
A Império <strong>Pneus</strong> deu a conhecer a sua vasta<br />
gama de soluções, que integram desde<br />
pneus para veículos ligeiros, 4x4, comerciais<br />
ligeiros, comerciais pesa<strong>dos</strong>, pneus para a<br />
agricultura e engenharia civil. São pneus novos<br />
e reconstruí<strong>dos</strong>.<br />
A PIRELLI não faltou à chama e deu a conhecer,<br />
entre outros pneus, o eufori@. Tratase<br />
de um pneumático que permite andar<br />
mais de 80 km totalmente vazio, a uma velocidade<br />
de 80 km/h, com total segurança. O P<br />
Zero Rosso, também chamou à atenção:<br />
Permite 2 combinações de montagem.<br />
O importador Sonicel aproveitou para dar<br />
a conhecer toda a sua gama de produtos.<br />
Destaque para os lubrificantes SUNOCO<br />
com uma oferta que cobre todo o parque automóvel.<br />
Também por intermédio da Sonicel,<br />
os produtos Car Care SONAX mostraram<br />
porque são uma das soluções mais completas<br />
e de maior qualidade do mundo. A linha<br />
Xtreme Performance evidenciou-se.<br />
A Sonicel também divulgou a linha de<br />
amortecedores MONROE. Uma das soluções<br />
que apresentou destina-se a veículos pesa<strong>dos</strong><br />
e denomina-se MONROE Magnum. Durabilidade,<br />
segurança e resistência, definem<br />
estes amortecedores fabrica<strong>dos</strong> pela Tenneco.<br />
A CONTINENTAL com o ContiSportContact<br />
3, foi uma das principais estrelas. Proporciona<br />
uma travagem soberba para automóveis<br />
de alta performance. Combina segurança<br />
excelente a alta velocidade, distâncias de<br />
travagem curtas em seco e molhado, excelente<br />
protecção contra “aquaplaning”, tudo<br />
graças em parte à engenharia <strong>dos</strong> seus sulcos<br />
assimétricos e tipo de borracha utilizado.<br />
YOKOHAMA é nome de cidade e também<br />
de pneus de prestígio. Uma das interessantes<br />
soluções apresentadas pela marca japonesa<br />
dá pelo nome de AVS dB (decibel). O<br />
nome é sugestivo já que trata-se da conhecida<br />
unidade de medida de ruído. Integrado na<br />
linha Premium da YOKOHAMA, o AVS dB<br />
destaca-se pelo conforto: Garante um habitáculo<br />
silencioso, para condutores e passageiros,<br />
durante toda a vida do pneu.<br />
A Lourenço, Moutinho & Sousa, apresentou<br />
duas importantes linhas de jantes:<br />
FONDMETAL e RADIUS.<br />
A BOSCH não podia faltar. E de facto a sua<br />
presença mostrou porque é um <strong>dos</strong> mais importantes<br />
“players” do mercado. Desde lâmpadas,<br />
até baterias, passando por equipamentos<br />
diversos, de tudo deu a conhecer.<br />
Neste campo, o destaque foi para o equipamento<br />
de diagnóstico portátil KTS 200. Funções<br />
tão diversificadas como uma revisão<br />
aos travões, uma mudança de óleo ou outra,<br />
são realizadas de forma prática e rápida com<br />
o KTS 200.<br />
A empresa Gonçalo Team, deu a conhecer<br />
uma ampla gama de produtos de reparação /<br />
manutenção de pneus, entre os quais os pesos<br />
GTeam, os manómetros PCL, e a linha<br />
PREMA.■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
25
EVENTO<br />
I Feira Internacional Confort Auto<br />
PARTICIPANTES DE PESO<br />
EM FEIRA PRIVADA<br />
A rede independente de oficinas de mecânica automóvel,<br />
Confort Auto, realizou a sua I Feira Internacional no pavilhão de<br />
exposições da Instituição Feiral Alicantina (IFA), em Alicante.<br />
Aassociação Confort Auto, maior<br />
rede Ibérica de centros de reparação<br />
e manutenção automóvel,<br />
com mais de 500 postos de atendimento distribuí<strong>dos</strong><br />
pela península ibérica, realizou<br />
mais uma feira bienal, desta feita com a particularidade<br />
de ter sido a primeira com cariz<br />
internacional, precisamente porque nela<br />
participaram os cerca de cinquenta centros<br />
Confort Auto implanta<strong>dos</strong> em Portugal.<br />
A viagem foi longa, mas justificou plenamente<br />
pelo programa que incluiu uma dia<br />
no recinto da feira, onde estavam os fornecedores<br />
da rede com stands e com toda a<br />
gama de produtos que disponibilizam, assim<br />
como pelo amplo espaço Confort Auto<br />
onde se realizaram palestras sobre as últimas<br />
tendências no mundo da oficina e visão<br />
de como fazer face aos novos desafios com<br />
que se deparam os profissionais do sector.<br />
Estiveram mais de 1400 pessoas presentes<br />
e mais de três dezenas de empresas fornecedoras,<br />
entre as quais a Michelin, Hankook,<br />
Nexen Tire, Rubber Vulk, Tip Top, Berner,<br />
Continental, Insa Turbo, Monroe, Pirelli,<br />
etc.<br />
Nesta primeira convocatória da Feira Internacional<br />
Confort Auto, empreenderamse<br />
numerosas iniciativas e actividades, algumas<br />
de carácter lúdico, que propiciaram<br />
o diálogo entre profissionais do sector. A interacção,<br />
a prova e a demonstração no local<br />
de produtos, maquinarias e veículos foi outra<br />
nota dominante.<br />
Nesta iniciativa profissional, a Confort<br />
Auto montou “ilhas” de apresentação de<br />
múltiplos projectos de vanguarda: Área B2B,<br />
O último dia da I Feira Internacional Confort<br />
Auto foi brindado com um jantar de gala para<br />
fortalecimento de laços.<br />
área Confort Auto Trucker Service, área produtos<br />
Confort Auto, área marketing, área GIT<br />
(novo programa informático de gestão), área<br />
Qualidade, área Formação (apresentação do<br />
novo plano de formação para <strong>2008</strong> e da nova<br />
Escola Oficina), e área Fleet Service.<br />
Expositores<br />
I Feira Internacional Confort Auto<br />
O recinto de exposições de Alicante deu<br />
abrigo a 33 expositores, fornecedores da rede<br />
que não quiseram faltar a esta chamada.<br />
A Pirelli procedeu à apresentação da gama<br />
de produtos Pirelli para turismo, camioneta,<br />
4x4, e camião. O lazer também marcou presença<br />
neste espaço com a existência de um<br />
circuito de mini carros Scalextric. Em termos<br />
de produto, destaque para o pneu Cinturato,<br />
onde a marca reivindica que é possível poupar<br />
40 litros de combustível em média por<br />
ano. Não ficam atrás as vantagens para o<br />
meio ambiente, dado que consumir menos<br />
combustível traduz-se na diminuição de 98<br />
Kg de CO2 por ano. O segredo está no facto<br />
da tecnologia do Cinturato permitir reduzir<br />
26<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
em 20% a resitência ao rolamento. Encontra-se<br />
disponível nas versões Cinturato P6 e<br />
Cinturato P4.<br />
No espaço da Marangoni realizou-se a exposição<br />
da linha de pneus recauchuta<strong>dos</strong>,<br />
Marangoni Ringtread. A solução Ringtread<br />
reclama ser o primeiro e único pneumático<br />
com sistema de anel que oferece as prestações<br />
de um pneumático novo e as vantagens<br />
do recauchutado.<br />
No stand da Nexen procedeu-se à apresentação<br />
de toda a gama de pneus deste fabricante<br />
coreano, com destaque para o novo<br />
modelo CP641. Este pneu de alta rendimento<br />
possui um desenho do tipo rotação, com sulcos<br />
especiais – condução silenciosa – sendo<br />
que o desenho do ombro proporciona excelente<br />
rendimento em distâncias longas. Os<br />
sulcos circunferenciais proporcionam redução<br />
do efeito de hidroplanagem.<br />
A Continental possuía um <strong>dos</strong> espaços<br />
mais amplos. Claramente virada para o próximo<br />
campeonato europeu de futebol, de que<br />
é alias um <strong>dos</strong> principais patrocinadores.<br />
Uma baliza permitia aos visitantes chutar a<br />
bola para o alvo. O pneu de Verão ContiSport-<br />
Contact 3, para veículos de alta prestação,<br />
esteve em evidência. A banda de rodagem do<br />
ContiSportContact 3 possui uma escultura<br />
assimétrica e uma grande proporção de borracha<br />
no ombro exterior, oferecendo máxima<br />
rigidez lateral e aderência durante a condução.<br />
O seu piso assimétrico garante, também,<br />
um alto poder de travagem em<br />
situações extremas. Os canais circunferenciais<br />
com desenho optimizado são o garante<br />
de segurança contra o aquaplaning.<br />
A Michelin também possuía uma ampla<br />
zona. Os visitantes puderam desfrutar do<br />
passa tempo de experimentar os segway. O<br />
pneu para veículos agrícolas Michelin XeoBib<br />
mereceu especial interesse. É o primeiro<br />
pneumático agrícola capaz de trabalhar<br />
sempre a menos de 1 bar de pressão, tanto<br />
no campo como nas deslocações a qualquer<br />
velocidade. O XeoBib reduz a compactação<br />
do solo e optimiza o rendimento <strong>dos</strong> cultivos.<br />
A Tenneco não faltou e deu a conhecer a<br />
gama de amortecedores Reflex e Original,<br />
procedeu ao lançamento da “esferas” e<br />
apresentou a gama de escapes e catalisadores<br />
Walker.<br />
O revolucionário amortecedor Monroe Reflex,<br />
aumenta a estabilidade do veículo e ajuda<br />
a mantê-lo numa trajectória segura, assegurando<br />
um contacto permanente <strong>dos</strong><br />
pneumáticos com o piso quando é mais necessário<br />
– isto é, nas curvas e durante manobras<br />
de emergência.<br />
Os amortecedores Monroe Original oferecem<br />
as mesmas características <strong>dos</strong> amortecedores<br />
de primeiro equipamento, mas estão<br />
especialmente desenha<strong>dos</strong> para o mercado<br />
de substituição.<br />
Na edição deste ano os membros da rede puderam visitar o “Espaço Confort Auto”, uma das<br />
mais claras propostas de interacção desenhadas pela associação para as suas feiras bienais.<br />
O stand da Hankook contou com a presença<br />
do HAMANN Lamborghini Gallardo Victory.<br />
A Remus apresentou o “Powerizer”, dispositivo<br />
para melhoramento do desempenho.<br />
A Pirelli brindou os visitantes com o lazer <strong>dos</strong><br />
circuitos de mini carros Scalextric.<br />
O espaço Confort Auto contou com uma área<br />
para sessões de formação.<br />
A Walker é líder em sistemas de escapes e<br />
catalisadores. Neste campo é uma marca<br />
pioneira na tecnologia de catalisadores, com<br />
uma experiência que remonta a 1963. Produz<br />
catalisadores de gasolina e diesel para uma<br />
ampla gama de modelos.<br />
O stand da Insa Turbo procedeu à apresentação<br />
da sua gama de pneus recauchuta<strong>dos</strong>,<br />
para turismos, camioneta, 4x4 e camião. O<br />
certame foi aproveitado para o lançamento<br />
de recauchuta<strong>dos</strong> de camião com base nos<br />
pneus Hankook.<br />
Os pneus Rodatec também possuíam um<br />
espaço próprio. É uma gama comercializada<br />
pelo Grupo Soledade. Destaque para o Rodatec<br />
N3000, um pneumático Hi-Tech de última<br />
geração que alcança as características de<br />
rendimento das séries 35-45, como um pneu<br />
UHP. Adopta um desenho unidireccional em<br />
forma de V, que proporciona grande aderência.<br />
Reduz o consumo. O cordão protector de<br />
jante ajuda a evitar estragos nas jantes provoca<strong>dos</strong><br />
pelos contactos acidentais em passeios.<br />
A Hankook tinha um <strong>dos</strong> mais apelativos<br />
espaços. Procedeu ao lançamento do modelo<br />
V12 EVO e do Hankook RunFlat. O V12 EVO<br />
incorpora canal central profundo, efeito 3D<br />
na borda <strong>dos</strong> blocos do piso, composto HPSR<br />
que assegura uma boa capacidade de tracção<br />
e travagem mesmo em superfícies molhadas,<br />
reforço da cinta com Nylon de alta<br />
densidade, e proporciona excelente drenagem<br />
da água graças ao desenho da banda de<br />
rodagem em forma de Y e canais amplos.<br />
Os produtos para reparação de pneumáticos<br />
Rubber Vulk também marcaram presença.<br />
Procederam à exposição da Unidade Móvel<br />
para “Truck Service”.<br />
Na mesma linha de produtos, a Tip Top, líder<br />
mundial nesta categoria, expos alguns<br />
importantes produtos da marca. Divulgou<br />
também ferramentas de reparação.<br />
A Berner, os acessórios BC Corona, e as<br />
baterias Tab comercializadas pela Confort<br />
Auto, foram outros expositores que mereceram<br />
a atenção <strong>dos</strong> visitantes.■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
27
ENTREVISTA<br />
Juan Ramón Pérez Vasquez, Director Geral da Neumáticos Soledad (Confort Auto)<br />
A nova Escola - Oficina Confort Auto foi<br />
inaugurada em fins de Fevereiro.<br />
A rede conta com profissionais qualifica<strong>dos</strong> e<br />
motiva<strong>dos</strong> para um trabalho bem feito.<br />
Juan Ramón Pérez Vasquez<br />
CRESCER COM OS<br />
ASSOCIADOS<br />
O grande conhecimento do mundo <strong>dos</strong> pneus e o compromisso<br />
com os usuários fizeram da Confort Auto em poucos anos a<br />
primeira rede de oficinas a nível ibérico. Como sublinhou Juan<br />
Ramón Pérez, Director Geral da Neumáticos Soledad (Confort<br />
Auto), “o segredo do seu êxito radica em associar a qualidade<br />
ao preço”.<br />
AConfort Auto é a rede de oficinas<br />
independentes líder em Espanha e<br />
Portugal, com mais de 550 centros<br />
em toda a Europa. A associação dedica-se à<br />
reparação e manutenção nas áreas <strong>dos</strong><br />
pneumáticos e mecânica rápida, oferecendo<br />
aos seus clientes um serviço que cumpre<br />
com os mais estritos controlos de qualidade.<br />
28<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
O conceito Confort Auto nasce em 1996<br />
como uma associação de oficinas abandeiradas,<br />
seguindo a estratégia do Grupo Soledad<br />
de integrar verticalmente todo o processo de<br />
qualidade e serviço de pneumáticos e mecânica<br />
rápida, com o único objectivo de arranjar<br />
soluções para os clientes.<br />
A rede Confort Auto ao colocar mais de<br />
cinco centenas e meia de oficinas no espaço<br />
Ibérico, constitui-se como a primeira rede<br />
ibérica em pontos de venda. Em Portugal<br />
conta com mais de 50 centros. A associação<br />
é sem fins lucrativos, tendo como única finalidade<br />
a promoção <strong>dos</strong> seus associa<strong>dos</strong>.<br />
A rede distribui to<strong>dos</strong> os tipos de pneus e<br />
acessórios para o veículo. A Associação também<br />
conta com os seus próprios produtos,<br />
entre os quais: pneus, baterias, fluido anti-
congelante, óleo, jantes e limpa pára-brisas<br />
Confort Auto.<br />
A força da Confort Auto está baseada na<br />
união <strong>dos</strong> seus associa<strong>dos</strong>. Preservando a<br />
independência <strong>dos</strong> mesmos, o grupo caracteriza-se<br />
cada dia mais pela compenetração<br />
<strong>dos</strong> seus integrantes, em todas as acções<br />
que são tomadas de forma colectiva.<br />
Como define o conceito Confort Auto?<br />
Conseguir maior competitividade. Dotar as<br />
oficinas de uma melhoria substancial sobre<br />
aspectos tão cruciais como a gestão <strong>dos</strong><br />
pontos de venda, o atendimento ao cliente, a<br />
implementação das novas tecnologias nos<br />
centros, ou as técnicas de venda. Melhorar<br />
constantemente os processos e sistemas de<br />
que dispõem para desenvolver o potencial<br />
<strong>dos</strong> trabalhadores<br />
CONFORT AUTO ALERTA<br />
Condutores não perdem a garantia<br />
A Confort Auto alerta para o facto<br />
de os condutores poderem fazer a<br />
revisão e manutenção <strong>dos</strong> seus<br />
veículos em qualquer posto Confort<br />
Auto, com a tranquilidade de que<br />
não perderão a garantia oficial do<br />
seu veículo. Tudo segundo o<br />
exposto no Regulamento<br />
1400/2002.<br />
Com efeito, a Comissão Europeia,<br />
na data de 31 de Julho de 2002,<br />
publicou o Regulamento<br />
1400/2002. Um <strong>dos</strong> objectivos<br />
desse regulamento é impedir o<br />
monopólio <strong>dos</strong> concessionários<br />
oficiais no referente às revisões <strong>dos</strong><br />
veículos dentro do período de<br />
garantia oficial do fabricante.<br />
Com a finalidade de garantir a livre<br />
concorrência dentro do sector da<br />
reparação, manutenção e<br />
abastecimento de peças de<br />
substituição para veículo, o<br />
Regulamento 1400/2002<br />
estabelece que o consumidor é livre<br />
para ir a qualquer oficina tanto<br />
oficial, como independente para<br />
realizar as revisões necessárias no<br />
seu veículo.<br />
O consumidor não perde a<br />
garantia oficial do fabricante por<br />
não realizar as revisões numa<br />
oficina oficial da marca. Só será<br />
motivo de perda de garantia oficial<br />
do fabricante a realização duma<br />
reparação defeituosa, por parte<br />
duma oficina independente.<br />
Quanto às peças de substituição,<br />
o consumidor poderá utilizar<br />
qualquer sobresselente nas suas<br />
revisões sempre e quando respeite<br />
as exigências estabelecidas pelo<br />
fabricante, que não poderá exigir a<br />
utilização duma determinada peça<br />
de marca como requisito para<br />
conservar a garantia oficial do<br />
veículo.<br />
A Confort Auto garante que as<br />
peças de substituição utilizadas pela<br />
rede nas revisões cumprem com<br />
todas as exigências <strong>dos</strong> fabricantes<br />
de veículos.■<br />
Quais os principais factores de sucesso do<br />
conceito Confort Auto?<br />
A associação Confort Auto surge nos princípios<br />
<strong>dos</strong> anos 1990 como um projecto destinado<br />
a fazer frente aos novos movimentos<br />
e inquietudes que se abriam no mercado <strong>dos</strong><br />
pneumáticos e da mecânica rápida.<br />
Desde o seu início, a Confort Auto entendeu<br />
que a sua expansão não passava só pelo<br />
crescimento em número de associa<strong>dos</strong>, mas<br />
sim pela melhoria contínua <strong>dos</strong> seus processos<br />
e serviços. Com uma média de crescimento<br />
anual de mais de 28%, a associação<br />
estabelece-se, actualmente, como a primeira<br />
rede nacional em pontos de venda, com<br />
mais de 460 centros em Espanha e cerca de<br />
60 em Portugal. Isto supõe uma amplíssima<br />
cobertura a nível peninsular, que pode prestar<br />
serviço onde for necessário.<br />
Durante estes anos, a Confort Auto não<br />
tem crescido só em quantidade, to<strong>dos</strong> os associa<strong>dos</strong><br />
da rede dispõem de uma série de<br />
meios que lhes permite adaptarem-se com<br />
facilidade às mudanças à sua volta.<br />
Um departamento de Marketing, encarregue<br />
da promoção <strong>dos</strong> centros associa<strong>dos</strong><br />
(ofertas nos 365 dias do ano, promoções trimestrais,<br />
programas de fidelização próprios,<br />
publicidade em grandes meios).<br />
Um departamento de Qualidade próprio<br />
que mantém actualizada a rede quanto a requerimentos<br />
e requisitos do usuário e do<br />
mercado actual, ajustando a oficina às exigências<br />
da lei e garantindo níveis de qualidade<br />
superiores.<br />
Outro <strong>dos</strong> aspectos importantes do desenvolvimento<br />
da rede foi a entrada no mercado<br />
das frotas. Através do departamento de Frotas<br />
temo-nos posicionado num lugar privilegiado<br />
dando cobertura à grande maioria das<br />
empresas de renting deste país.<br />
Um departamento de Formação, encarregue<br />
desde há vários anos de manter os processos<br />
e trabalho, serviços, pessoal e instalações<br />
num processo de melhoria e adaptação<br />
constante, e que agora conta com um<br />
centro de formação (Escola - Oficina) que inicia<br />
o seu desempenho em <strong>2008</strong>, com uma<br />
carteira de 35 cursos em diversas áreas.■<br />
ESCOLA-OFICINA<br />
A Confort Auto inaugurou<br />
recentemente a sua Escola -<br />
Oficina localizada em Aspe, que<br />
permitirá a todas as oficinas<br />
associadas realizar cursos<br />
práticos. Fieis ao seu<br />
compromisso fundacional, a<br />
Confort Auto aposta na formação<br />
contínua <strong>dos</strong> seus associa<strong>dos</strong>,<br />
mecânicos do automóvel.<br />
A mecânica <strong>dos</strong> automóveis é<br />
cada dia mais complexa, pelo que<br />
é muito importante dispor <strong>dos</strong><br />
conhecimentos necessários e<br />
sobretudo actualiza<strong>dos</strong>. Por isso o<br />
Grupo Soledade decidiu criar a<br />
Escola - Oficina Confort Auto,<br />
convertendo-os na primeira rede<br />
de oficinas independentes a dispor<br />
de um centro de formação<br />
próprio. Um centro que atenderá<br />
mais de 2500 profissionais,<br />
mecânicos do automóvel, das mais<br />
de 550 oficinas associadas em<br />
Espanha e Portugal.<br />
Para <strong>2008</strong> estão previstos mais<br />
de 35 cursos próprios, entre os<br />
quais se destacam as propostas<br />
concretas por áreas:<br />
“Pneumáticos e mecânica rápida”,<br />
“Diagnóstico de avarias”, “Análise<br />
de gases, gasolina e diesel”, entre<br />
outros; Gestão: “Qualidade e<br />
atenção ao cliente”, “Gestão de<br />
resíduos na oficina”…<br />
Esta iniciativa e outras que<br />
constituem verdadeiras inovações,<br />
explicam porque a Confort Auto foi<br />
a primeira rede independente em<br />
Espanha a conseguir a certificação<br />
ISO 9<strong>001</strong>. A associação situa-se,<br />
assim, na vanguarda do sector de<br />
mecânica rápida ao oferecer aos<br />
seus clientes um serviço que<br />
cumpre com os mais estritos<br />
controlos de qualidade.■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
29
ENTREVISTA<br />
Paulo Santos, Director Geral da Tirso <strong>Pneus</strong> (Confort Auto)<br />
Confort Auto: Uma rede de oficinas com<br />
qualidade certificada (ISO 9<strong>001</strong>).<br />
Aprender a desmontar um pneu<br />
correctamente na Escola - Oficina Confort Auto.<br />
Paulo Santos<br />
VALORIZAÇÃO<br />
DO EMPREENDEDORISMO<br />
O Conceito Confort Auto dá passos largos para ser a maior rede<br />
de serviços rápi<strong>dos</strong> em Portugal. São já a maior rede ibérica.<br />
Segundo Paulo Santos, Director Geral da Tirso <strong>Pneus</strong> (Confort<br />
Auto), o espírito empreendedor é grandemente valorizado.<br />
Aempresa Tirso <strong>Pneus</strong> é o “braço”<br />
do Grupo Soledad em Portugal,<br />
detentor do conceito Confort Auto,<br />
assim como de muitas áreas de actividade<br />
associadas à manutenção automóvel.<br />
O que é a empresa Tirso <strong>Pneus</strong> e como se<br />
associou ao projecto Soledad?<br />
A empresa Tirso <strong>Pneus</strong> pertence ao Grupo<br />
Soledad. O projecto Confort Auto em Portugal<br />
nasce associado à Tirso <strong>Pneus</strong> da mesma<br />
maneira que o projecto Confort Auto nasceu<br />
associado ao Grupo Soledad em Espanha<br />
uma década antes. Em Portugal o<br />
Confort Auto existe desde finais de 2006.<br />
Entre a data da fundação até ao surgimento<br />
do Confort Auto em Portugal, qual era a<br />
actividade principal da Tirso <strong>Pneus</strong>?<br />
A Tirso <strong>Pneus</strong> dedicava-se exclusivamente<br />
à distribuição de pneus a nível nacional e<br />
ilhas, <strong>dos</strong> quais em alguns casos somos importadores<br />
e distribuidores exclusivos para<br />
Portugal. Além disso somos fabricantes em<br />
Espanha de pneus com a marca “ Insa Turbo”,<br />
que também são distribuí<strong>dos</strong> em Portugal.<br />
Ou seja, praticamente to<strong>dos</strong> os produtos<br />
que o Grupo Soledad distribui em Espanha e<br />
França, também distribui em Portugal.<br />
30<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
O que os motivou a trazer o projecto<br />
Confort Auto para Portugal?<br />
O mercado exige este tipo de associações.<br />
Nós não somos as designadas verdadeiras<br />
associações cooperativas para adquirir<br />
pneus. Somos, aliás, um conceito muito diferente<br />
da nossa concorrência. O Confort Auto<br />
é uma associação que se dedica a trabalhar<br />
no sentido de tentar colocar o consumidor final<br />
à porta do nosso posto, e simultaneamente<br />
colocar os melhores serviços e produtos<br />
a preços competitivos à sua disposição.<br />
Esse é o nosso grande “cavalo de<br />
batalha”.<br />
E o que fazem para colocar o cliente nos<br />
vossos postos?<br />
Através da divulgação do nosso conceito,<br />
que passa pela distribuição de panfletos,<br />
realização de campanhas de publicidade<br />
através da rádio a nível nacional e patrocínios<br />
de programas.<br />
Além disso a nossa aposta passa por um<br />
programa de qualidade que atraia o cliente<br />
ao nosso posto.<br />
Qual o vosso plano de formação?<br />
Temos um plano de formação muito ambicioso,<br />
que inclui desde formação para o dono<br />
ou gerente da loja, até formação destinada<br />
aos seus funcionários. Incluí a passagem de<br />
conhecimentos na área <strong>dos</strong> pneus, amortecedores,<br />
travões, etc., porque queremos evidenciar<br />
que o serviço rápido é muito importante,<br />
não só pela rentabilidade que proporciona<br />
ao ponto de venda, mas também pelo<br />
conforto que proporciona ao usuário. Saliento<br />
que numa oficina Confort Auto ele pode<br />
não só substituir os pneus como realizar to<strong>dos</strong><br />
os outros serviços de manutenção automóvel<br />
de forma eficiente e segura – mudar o<br />
óleo, as pastilhas de travão, os amortecedores,<br />
os filtros, etc.<br />
Mas estão mais vocaciona<strong>dos</strong> para os<br />
pneus…<br />
Nós somos profissionais <strong>dos</strong> pneus mas já<br />
diversificámos o nosso leque de serviços e<br />
continuamos a fazê-lo.<br />
nos permitirá atingir maior número de clientes<br />
de distribuição e logicamente também<br />
mais postos Confort Auto.<br />
Quais os principais problemas que<br />
enfrentam na implementação do vosso<br />
conceito no mercado nacional?<br />
O rigor da escolha é um objectivo a que nos<br />
propusemos a nós próprios. Dificilmente<br />
convidamos uma empresa a aderir ao nosso<br />
conceito que não seja já cliente. Existem<br />
uma série de critérios como a localização<br />
geográfica, o perfil do cliente, nível de equipamento<br />
instalado, entre muitos outros parâmetros,<br />
o que significada que existem uma<br />
série de itens que devem obedecer para serem<br />
Confort Auto, mas não nos podemos esquecer<br />
do factor humano, a que damos uma<br />
grande importância. Valorizamos pessoas<br />
com grande espírito empreendedor.<br />
O que os distingue de outros conceitos<br />
como o Midas, Precision, EuroTyre,<br />
Norauto, etc?<br />
Tudo. No caso português, o posto Confort<br />
Auto tem um armazém próprio à sua disposição,<br />
logo compra conforme necessita à<br />
Tirso <strong>Pneus</strong>. Além disso, o profissionalismo<br />
Vista geral do interior de uma oficina tipo<br />
Confort Auto: Bem apetrechadas, sempre<br />
limpas e organizadas.<br />
Paulo Santos ao lado de NIKO, a<br />
mascote e imagem de marca da cadeia<br />
Confort Auto.<br />
está presente em to<strong>dos</strong> os aspectos da nossa<br />
actividade. Os postos Confort Auto são<br />
constituí<strong>dos</strong> por pessoas do mercado tradicional<br />
que dedicaram toda a sua vida ao sector<br />
<strong>dos</strong> pneus e que com a integração na<br />
rede Confort Auto melhoram ainda mais a<br />
sua eficácia, quer no campo informático,<br />
como no campo logístico, campo da formação,<br />
instalações e desempenho.<br />
O preço é outro factor que nos distingue.<br />
Além disso temos campanhas três vezes por<br />
ano. Simultaneamente, estamos neste momento<br />
a desenvolver um sistema informático<br />
muito simples de utilização táctil, para<br />
que os orçamentos ao cliente final sejam rápi<strong>dos</strong>,<br />
níti<strong>dos</strong> e honestos. Por fim, dispomos<br />
das nossas marcas e produtos numa linha<br />
muito abrangente.<br />
Em suma, o mais parecido que temos com<br />
os conceitos que referiu é o facto de também<br />
vendermos pneus.<br />
Para a oficina que adere à rede Confort<br />
Auto, qual é o caderno de encargos?<br />
Somos uma Associação sem fins lucrativos<br />
centrada no benefício mútuo.<br />
Como caracteriza o mercado nacional?<br />
O mercado <strong>dos</strong> pneus está em constante<br />
mutação e uma pequena empresa ou até<br />
mesmo uma média empresa - normalmente<br />
negócios familiares - isolada tem muita dificuldade<br />
em sobreviver. O Confort Auto não é<br />
uma cooperativa para comprar pneus. Somos<br />
uma associação que compra bem e vende<br />
ainda melhor, e nesse sentido ajudamos<br />
os nossos membros. Lembro que além de<br />
sermos a maior rede ibérica de postos de assistência<br />
automóvel, somos também a maior<br />
empresa ibérica na distribuição de pneus, o<br />
que significa que estamos a trilhar o caminho<br />
certo.■<br />
Quantos membros possuem neste<br />
momento e quantos esperam alcançar até<br />
ao final de <strong>2008</strong>?<br />
Nós neste momento temos 53 membros<br />
em Portugal e até ao final de <strong>2008</strong> pensamos<br />
chegar ao número 80 ou 100.<br />
Fico com ideia que o Confort Auto no Norte<br />
do país está melhor implantado…<br />
Sim, é verdade que no Norte estamos com<br />
uma melhor cobertura do território, talvez<br />
porque a Tirso <strong>Pneus</strong> nasceu nesta zona do<br />
país. No entanto estamos com uma boa estrutura<br />
logística montada em Lisboa, que<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
31
ENTREVISTA<br />
Rui Silva, Director Geral da EUROTYRE Portugal<br />
32<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Rui Silva<br />
A CRESCER<br />
DE FORMA SUSTENTADA<br />
A Eurotyre está a criar uma estrutura com alicerces<br />
sóli<strong>dos</strong> em Portugal e no resto da Europa, como o<br />
confirma Rui Silva, Director Geral da EUROTYRE Portugal:<br />
“queremos crescer com profissionalismo e qualidade de<br />
serviço para nos diferenciarmos da concorrência”<br />
Em toda a Europa são mais de 1000<br />
postos de reparação e manutenção<br />
que já aderiram à insígnia Eurotyre.<br />
Reivindicam, por isso, tornarem-se<br />
na primeira rede independente de oficinas<br />
de reparação e manutenção do velho continente.<br />
O que é o Eurotyre?<br />
O Eurotyre é um conceito de serviço de<br />
reparação e manutenção automóvel. É a<br />
maior rede independente Europeia e os<br />
pontos de venda que integram a rede em<br />
Portugal são paralelamente accionistas<br />
Eurotyre.<br />
O Eurotyre foi criado com o objectivo de<br />
dinamizar e inovar os postos de assistência,<br />
ou seja, agrupar todas as lojas a nível<br />
europeu, para em conjunto atingirem os<br />
mais eleva<strong>dos</strong> padrões de eficácia e rentabilidade<br />
económica. Em Portugal a rede é<br />
composta por 83 pontos de venda (mais de<br />
1000 na Europa) uniformemente distribuí<strong>dos</strong><br />
de norte a sul do país. Os accionistas<br />
Eurotyre são empresários independentes,<br />
ou seja, não necessitando de assumir<br />
qualquer tipo de obrigatoriedade relativamente<br />
às respectivas compras. Estamos<br />
perante uma rede independente na verdadeira<br />
acepção da palavra.<br />
Estamos a implementar novas políticas<br />
organizacionais com o objectivo claro de<br />
sermos cada vez mais eficazes, comercialmente<br />
competitivos e, do ponto de vista administrativo,<br />
céleres e de processos simplifica<strong>dos</strong>.<br />
Sendo que no passado todo o<br />
esforço era canalizado para “a compra”<br />
(Central de Compras) passámos a centrar<br />
as nossas energias na óptica das vendas<br />
(Central de Vendas). Já somos eficazes do<br />
ponto de vista da compra, passaremos a<br />
ser os mais eficazes do ponto de vista da<br />
venda. O que é complicado hoje em dia é o<br />
“sell out”, não é o “sell in”. A grande preocupação<br />
<strong>dos</strong> nossos accionistas já não é<br />
comprar melhor… é vender mais e melhor.<br />
Vamos ser mais “agressivos” do ponto de<br />
vista do Marketing. Por outro lado, temos<br />
de contar com os fornecedores que reúnem<br />
melhores condições e que nos aportam<br />
maiores e melhores conhecimentos,<br />
isto para que, cada vez mais, consigamos<br />
dar formação ao nível do ponto de venda,<br />
em todas as vertentes, incluindo conhecimentos<br />
sobre a própria gestão do posto.<br />
Qual o Caderno de Encargos <strong>dos</strong> postos<br />
que queiram aderir à rede Eurotyre?<br />
Existe uma quota de adesão que neste<br />
momento é de mil euros, das mais baixas<br />
do mercado. Depois temos a jóia anual de<br />
manutenção que são uns meros 300 euros.<br />
A partir daí a Eurotyre reúne os da<strong>dos</strong> da<br />
empresa aderente, sendo que a mesma<br />
constituir-se-á accionista através da compra<br />
de 100 acções da empresa.<br />
A central obriga-se a dinamizar os pontos<br />
de venda, abrindo a conta do accionista<br />
junto <strong>dos</strong> principais fabricantes. Neste<br />
momento estamos a criar uma estrutura<br />
com alicerces sóli<strong>dos</strong>. Os merca<strong>dos</strong> estão<br />
cada vez mais competitivos, não havendo<br />
lugar a erros. A Eurotyre tem de se preocupar<br />
cada vez mais em munir os accionistas<br />
com argumentos fortes que não se resumam<br />
ao preço, já que este factor hoje é<br />
muito homogéneo no mercado. O que estamos<br />
a tentar fazer é focar-nos, não só ao<br />
nível da qualidade de serviço, mas também<br />
ao nível da diversidade <strong>dos</strong> próprios serviços.<br />
O mercado está a mudar de forma<br />
muito rápida, diversos agentes económicos<br />
têm invadido o mercado tradicional do<br />
especialista de pneus, logo a “casa tradicional<br />
de pneus” tem de entrar nos merca<strong>dos</strong><br />
destes novos concorrentes. Estamos a<br />
desenvolver a componente/negócio mecânica<br />
rápida, ao nível <strong>dos</strong> lubrificantes, sistemas<br />
travagem, suspensões, filtros e demais<br />
peças de desgaste rápido, implementado<br />
multi-serviços rápi<strong>dos</strong>. Estas<br />
novas áreas de negócio, contam com parcerias<br />
importantes com fornecedores que,<br />
não só proporcionam produtos de qualidade<br />
e com garantia, como também nos<br />
aportam acções permanentes de formação<br />
e actualização <strong>dos</strong> conhecimentos. -<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
33
ENTREVISTA<br />
Rui Silva, Director Geral da EUROTYRE Portugal<br />
A Eurotyre pode ser considerada<br />
uma rede de reparação rápida,<br />
tipo Midas por exemplo?<br />
O nosso negócio principal é o<br />
pneu, mas cada vez mais estamos<br />
a entrar no multi-serviço. Com a<br />
Midas, por exemplo, deu-se o inverso.<br />
O objectivo deles é muito<br />
mais o serviço rápido, sendo que<br />
o pneu surge em segundo plano.<br />
A oficina tradicional, somente<br />
dedicada aos pneus, tem os<br />
dias conta<strong>dos</strong>?<br />
Tenho a forte convicção que<br />
a “casa de pneus” não vai continuar<br />
a ser somente uma<br />
“casa de pneus”. Um automóvel<br />
que já tem a roda retirada<br />
pode sofrer simultaneamente<br />
outro tipo de intervenções,<br />
como, por exemplo, ao nível<br />
do sistema de travagem,<br />
suspensão e amortecedores,<br />
etc.<br />
A imagem de marca Eurotyre<br />
é um <strong>dos</strong> pontos-chave para o<br />
desenvolvimento da rede e<br />
reconhecimento pelos clientes.<br />
A arrumação e organização<br />
são uma constante.<br />
Os vossos postos têm a<br />
obrigatoriedade de possuir uma<br />
imagem padronizada?<br />
A nossa grande preocupação<br />
continua centrada no desenvolvimento<br />
da imagem corporativa homogénea.<br />
Ao final de dois anos as<br />
empresas da rede têm que adoptar<br />
a imagem corporativa Eurotyre, que é<br />
sem dúvida uma mais valia importante.<br />
A Eurotyre é uma entidade sem fins lucrativos,<br />
com o objectivo único de reunir o indispensável<br />
ao seu processo administrativo e<br />
proporcionar os meios geradores de riqueza<br />
para os accionistas.<br />
Como se processa a formação na Eurotyre?<br />
Existe uma calendarização nas mais diver-<br />
EUROTYRE<br />
PORTUGAL<br />
Sede: Av. Marques de Pombal, 524<br />
- Ed. Fábrica de Portugal - Unidade<br />
Eurotyre Sintra - Pêro Pinheiro<br />
2715-128 Sabugo<br />
Director Geral: Rui Silva<br />
Telefone: 219 624 256<br />
Fax: 219 624 258<br />
Internet: www.eurotyrept.com<br />
34<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
A Eurotyre disponibiliza<br />
aos seus clientes um<br />
cartão de assistência<br />
em viagem, que<br />
oferece serviços de<br />
desempanagem no<br />
local ou reboque, em<br />
toda a Europa<br />
sas áreas, quer ao<br />
nível da formação<br />
técnica, quer ao nível<br />
das diferentes<br />
práticas oficinais,<br />
como também ao nível<br />
de práticas da<br />
gestão corrente. É<br />
obvio que, enquanto<br />
central não proporcionamos<br />
essa formação<br />
sozinhos, estabelecemos<br />
programas de<br />
parceria com os diferentes<br />
parceiros de negócio, relativamente<br />
às diferentes áreas e<br />
competências.<br />
O diagnóstico auto vai entrar nas<br />
casas Eurotyre?<br />
É nossa vontade implementar<br />
esse serviço no curto prazo, sendo<br />
que já concluímos o processo<br />
de negociação <strong>dos</strong> respectivos<br />
equipamentos para esse fim. Até<br />
porque, cada vez mais é necessária<br />
a electrónica ao nível da<br />
substituição <strong>dos</strong> componentes<br />
mais simples, casos das pastilhas<br />
de travão, escovas<br />
limpa vidros, etc.<br />
Rui Silva,<br />
o homem à<br />
frente do leme<br />
da Eurotyre<br />
Portugal,<br />
acredita que<br />
comprar bem<br />
e vender<br />
melhor é o<br />
caminho.<br />
Qual foi o objectivo da<br />
reunião anual<br />
Eurotyre?<br />
Tratou-se de mais<br />
uma assembleia-geral<br />
para apresentação do<br />
relatório de contas e<br />
respectiva aprovação.<br />
Esteve aberta a to<strong>dos</strong> os<br />
accionistas, sendo que<br />
to<strong>dos</strong> foram convoca<strong>dos</strong><br />
de acordo com a lei. ❖<br />
O EUROTYRE NA EUROPA<br />
Portugal, Espanha e Benelux, bem como a<br />
sede em França, viram nascer os postos<br />
do Eurotyre europeu. Estes países assistem<br />
diariamente ao funcionamento do conceito<br />
e à sua internacionalização crescente.<br />
Inovação, rigor e conhecimento são<br />
pontos que fazem parte <strong>dos</strong> postos de<br />
atendimento Eurotyre, ao serviço <strong>dos</strong> exigentes<br />
condutores europeus. O sector automóvel<br />
é um <strong>dos</strong> mais estrutura<strong>dos</strong> no<br />
plano internacional e o Eurotyre faz parte<br />
desta organização.■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
35
ENTREVISTA<br />
Gabriel Leal, Administrador da Continental <strong>Pneus</strong> (Portugal), S.A.<br />
36<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Gabriel Leal<br />
PODERIO<br />
TECNOLÓGICO<br />
O gigante Continental está presente em Portugal de<br />
diversas formas. Para além da parte industrial, possui<br />
uma forte posição comercial, fruto da estratégia<br />
desenvolvida nos últimos anos.<br />
AContinental surgiu em Portugal<br />
há cerca de 15 anos através da<br />
aquisição da marca Portuguesa<br />
Mabor. Foi o último <strong>dos</strong> maiores produtores<br />
mundiais de pneus a implantar-se em<br />
Portugal, mas hoje o Grupo está entre as<br />
30 maiores empresas no nosso país e é o<br />
6º maior exportador nacional além de possuir<br />
no mercado interno um share superior<br />
a 20% . Tratou-se pois de uma evolução<br />
extremamente rápida e de sucesso assinalável.<br />
Para nos falar desta evolução e<br />
do sucesso da marca em Portugal, e também<br />
a nível internacional, a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />
<strong>Pneus</strong> falou com Gabriel Leal, Administrador<br />
da Continental <strong>Pneus</strong> (Portugal), S.A..<br />
Como se pode definir a marca de pneus<br />
Continental face à concorrência?<br />
A marca de pneus Continental é uma<br />
marca Premium que a nível Europeu ocupa<br />
a 1ª posição no mercado de origem e a 2ª<br />
no mercado de substituição. No mercado<br />
nacional a posição é semelhante. Face à<br />
concorrência mais directa achamos que<br />
temos uma grande mais valia em resultado<br />
de toda a estratégia do Grupo nos últimos<br />
anos, o facto de sermos o fabricante<br />
de pneus com maior envolvimento tecnológico<br />
ao nível do automóvel e consequentemente<br />
com vantagens reais ao nível do desenvolvimento<br />
tecnológico do pneu como<br />
parte integrante das componentes automóveis<br />
. Somos o 5º maior fornecedor da<br />
Industria automóvel em termos mundiais .<br />
Qual é a estratégia de produto da Continental?<br />
Que outras marcas disponibiliza<br />
no mercado?<br />
A Continental possui uma estratégia<br />
multimarca adaptada aos diversos perfis<br />
actuais do consumidor. Uma oferta Premium<br />
com a marca Continental, no segmento<br />
Quality possuímos as marcas Uniroyal<br />
e Semperit e finalmente quanto ao<br />
segmento Budget ou mais barato temos<br />
as marcas Mabor e Barum assim como<br />
outras marcas como são a Viking, Eurotyre,<br />
Gislaved ou Prevensys que são comercializadas<br />
em regime de exclusividade por<br />
alguns clientes importantes da Continental<br />
pertencentes ao mercado tradicional<br />
ou a outros canais de distribuição.<br />
Num mercado tão pequeno e tradicional<br />
como o português, como é que a Continental<br />
tem desenhada a sua estratégia<br />
de distribuição?<br />
Em termos de distribuição e num mercado<br />
onde o mercado tradicional ocupa a<br />
grande percentagem, concentramo-nos<br />
com igual importância neste canal de distribuição<br />
que representa a maior fatia da<br />
nossa facturação. No entanto e como uma<br />
marca de características universais e líder<br />
em equipamento de origem, fornecemos<br />
outros canais de distribuição como são os<br />
concessionários de automóveis assim<br />
como a chamada “Nova Distribuição” que<br />
são autocentros na sua grande maioria cadeias<br />
Europeias ao abrigo de acor<strong>dos</strong> internacionais<br />
com a nossa casa mãe.<br />
Em termos de política de stock, o que tem<br />
sido feito pela Continental em Portugal?<br />
No que respeita à politíca de stock, seguimos<br />
desde já há alguns anos um caminho<br />
de outsourcing com a multinacional<br />
UTI que efectua toda a stockagem em Portugal<br />
e assegura a distribuição de produto<br />
em todo o território nacional. Tem sido<br />
para nós de fundamental importância,<br />
também neste aspecto, ir de encontro às<br />
necessidades <strong>dos</strong> nossos clientes garantido-lhes<br />
um serviço de elevada qualidade e<br />
fundamentalmente uma localização óptima<br />
de proximidade sem o qual não poderíamos<br />
atingir os padrões de qualidade de<br />
serviço que pretendemos. Possuímos um<br />
armazém nacional na zona do Carregado,<br />
localização decidida e em funcionamento<br />
há já cerca de 8 anos.<br />
O que é que hoje em dia mais faz a diferença<br />
neste mercado: o produto, o serviço,<br />
a disponibilidade de stock, a “pressão”<br />
comercial, o preço, etc? -<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
37
ENTREVISTA<br />
Gabriel Leal, Administrador da Continental <strong>Pneus</strong> (Portugal), S.A.<br />
Embora com características diferentes<br />
<strong>dos</strong> restantes merca<strong>dos</strong> Europeus, o nosso<br />
mercado como to<strong>dos</strong> os outros necessita<br />
de uma resposta em termos de produto,<br />
serviço, disponibilidade de produto e<br />
preço, embora em minha opinião o serviço<br />
é a componente que cada vez mais diferencia<br />
os intervenientes mas também apresenta<br />
um déficit maior no nosso mercado. É<br />
nesta vertente que trabalhamos afincadamente<br />
para que possamos dar não só presentemente<br />
o melhor serviço possível em<br />
consonância com as necessidades <strong>dos</strong> nossos<br />
clientes, mas também criarmos hoje<br />
uma cultura de serviço ao cliente que nos<br />
leve amanhã a sermos cada vez melhores e<br />
com real valor acrescentado á nossa oferta<br />
de produto.<br />
Para a Continental o que é o serviço? Em<br />
que é que o serviço se traduz na prática<br />
para os seus clientes?<br />
Para nós é algo que tem de ocupar a primeira<br />
das intenções e preocupações de to<strong>dos</strong><br />
os nossos elementos, quer comerciais<br />
quer administrativos. A conceptualização de<br />
serviço tem hoje uma abrangência muito<br />
grande e é de igual modo importante pois começando<br />
na postura de cada um face ao<br />
cliente, desde a cultura interna da própria<br />
empresa até à permanente detecção das necessidades<br />
do cliente passando pela permanente<br />
atitude empreendedora e inovadora<br />
até à efectivação da oferta de um verdadeiro<br />
valor acrescentado aliado às necessidades e<br />
especifícídades do cliente. Só encarando o<br />
negócio desta forma podemos aspirar a chegar<br />
mais longe!<br />
Quais são as tendências no mercado <strong>dos</strong><br />
pneus em termos de dimensões e medidas<br />
nomeadamente em Portugal?<br />
No que respeita a tendências no mercado<br />
<strong>dos</strong> pneus em Portugal, de grosso modo são<br />
idênticas a toda a Europa embora com um<br />
ritmo diferente e estão directamente ligadas<br />
ao parque automóvel, seja pela idade deste,<br />
seja pelos modelos ou segmentos mais comercializa<strong>dos</strong>.<br />
No nosso caso é uma evidência nos últimos<br />
anos o crescimento rápido das vulgarmente<br />
chamadas dimensões topo de gama,<br />
índices de velocidade V/W/Z em detrimento<br />
<strong>dos</strong> segmentos mais baixos embora estas<br />
últimas continuem de importância capital no<br />
nosso mercado representando a maioria do<br />
mesmo.<br />
Considera que os pneus tipo “run-flat” são<br />
o futuro?<br />
Hoje, é muito complicado falar em futuro.<br />
O ciclo de qualquer produto é cada vez mais<br />
A Continental<br />
apresenta uma<br />
gama de produtos<br />
muito completa<br />
curto e a evolução tecnológica<br />
ainda mais. Os<br />
run-flat são uma realidade<br />
hoje em dia, mas<br />
to<strong>dos</strong> os dias se evolui<br />
como é a prova <strong>dos</strong> novos<br />
pneus da Continental<br />
Conti-Seal, com que o novo VW Passat CC já<br />
virá equipado de origem. Estes novos pneus<br />
são pneus anti-furo sem qualquer prejuízo<br />
da comodidade do condutor, trata-se de<br />
mais um avanço nesta área de<br />
pneumáticos .<br />
Como analisa a concorrência<br />
<strong>dos</strong> produtos<br />
vin<strong>dos</strong> do estrangeiro<br />
(pneus chineses,<br />
coreanos,<br />
usa<strong>dos</strong>, desmonta<strong>dos</strong>,<br />
etc)?<br />
Estes exemplos têm<br />
de ser separa<strong>dos</strong>, pois<br />
enquanto os produtos<br />
chineses fazem parte do<br />
mercado focalizando-se<br />
em determina<strong>dos</strong> segmentos,<br />
normalmente associa<strong>dos</strong><br />
a super-preço e<br />
como tal num mercado<br />
aberto temos de os encarar<br />
com naturalidade, não sendo<br />
com toda a certeza o nosso target.<br />
Por outro lado o produto coreano que tem<br />
características diferentes do anterior e também<br />
o seu espaço no mercado é de igual<br />
modo uma realidade crescente tendo em<br />
conta o comércio mundial do pneumático e<br />
mais uma vez são produtos que possuem o<br />
seu espaço natural de mercado.<br />
Finalmente quanto aos pneus usa<strong>dos</strong> ou<br />
A liderança<br />
tecnológica é um <strong>dos</strong><br />
factores de sucesso<br />
da Continental<br />
CONTINENTAL PNEUS<br />
(PORTUGAL), S.A.<br />
Sede: Rua Adelino Leitão, 330 -<br />
Lousado<br />
4764-606 V.N. Famalicão<br />
Administrador: Gabriel Leal<br />
Telefone: 252 499 850<br />
Fax: 252 493 095<br />
E-mail: manuel.seabra@conti.de<br />
Internet: www.conti-online.com<br />
38<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Para além da marca<br />
própria, a Continental<br />
fabrica e comercializa<br />
outras marcas<br />
Os pneus de alta<br />
performance sempre<br />
foram uma imagem<br />
de marca da<br />
Continental<br />
desmonta<strong>dos</strong>, não será preciso<br />
dizer que se revelam uma “praga”<br />
com quem to<strong>dos</strong> perdem e<br />
ninguém ganha.<br />
Infelizmente tem a ver com<br />
diversos aspectos de cariz socio-económicos<br />
mas também<br />
administrativos e fiscais e<br />
respectiva falta de legislação,<br />
aplicação e controle das entidades<br />
correspondentes que<br />
vivemos ainda actualmente<br />
no nosso mercado. No entanto<br />
estou crente que estas situações<br />
não só de carácter administrativo<br />
mas também sócioeconómico,<br />
terão tendência a<br />
evoluir a breve prazo, de modo a<br />
tornar o problema menor.<br />
Como analisa a reestruturação das casas<br />
de pneus em casas de serviços rápi<strong>dos</strong>.<br />
Considera que este é o caminho a seguir<br />
pelas casas de pneus para sobreviverem no<br />
mercado?<br />
Não necessariamente. Reestruturação do<br />
negócio enquanto organização e imagem,<br />
sim!, é o único caminho! Reestruturação de<br />
casas de pneus em casas de pneus e serviços<br />
rápi<strong>dos</strong> ser o caminho para sobreviver<br />
no mundo <strong>dos</strong> pneus, não!, algumas concerteza<br />
outras naturalmente que não. O necessário<br />
como refiro anteriormente é pensar<br />
nas organizações de um modo profissional e<br />
actual, de dentro para fora desde os próprios<br />
recursos humanos até ao consumidor final<br />
assim como toda a envolvência de mercado e<br />
depois delinear a melhor estratégia assente<br />
no conhecimento de mercado <strong>dos</strong><br />
Para Gabriel<br />
Leal, o serviço<br />
é algo<br />
fundamental<br />
no negócio <strong>dos</strong><br />
pneus<br />
mesmos, nas parcerias que melhor defendem<br />
os seus interesses. Poderá em alguns<br />
casos exigir reestruturação para outro tipo<br />
de serviços complementares mas em outros<br />
o caminho poderá passar por uma maior especialização<br />
com outro tipo de serviços.<br />
Qual a importância das redes organizadas<br />
de pneus para a Continental? Qual a relação<br />
com a rede EuroTyre?<br />
A Continental ao contrário de alguma concorrência<br />
não é apologista de redes organizadas<br />
na sua forma de estar no mercado.<br />
Possuí algumas nomeadamente em merca<strong>dos</strong><br />
mais adapta<strong>dos</strong> às mesmas mas não<br />
passa pela nossa estratégia actual uma presença<br />
em redes que não de uma forma “soft”<br />
de parceria estratégica com a intenção clara<br />
de apoiar o desenvolvimento <strong>dos</strong> negócios de<br />
parte a parte respeitando sempre a individualidade<br />
e as opções mútuas como factor<br />
crítico de sucesso para os intervenientes .<br />
Quanto à Eurotyre é exactamente o que refiro<br />
anteriormente, existe uma ligação mas<br />
que é principalmente assente no produto<br />
que fabricamos para esta organização.<br />
Muitos <strong>dos</strong> grandes construtores têm uma<br />
enorme função social, com campanhas de<br />
prevenção e segurança. O que é que a Continental<br />
tem feito a esse nível?<br />
De facto, sendo o pneu o único elo de ligação<br />
do veículo à estrada, é normal que existam<br />
essas preocupações. No nosso caso temos<br />
to<strong>dos</strong> os anos tentado apoiar iniciativas<br />
que passem essa mensagem até ao consumidor<br />
final, como foi o caso no ano passado<br />
do Projecto “Crash – Sinistralidade Rodoviária<br />
em Foco”, também o apoio a acções de<br />
sensibilização em parceria com outras empresas<br />
do sector automóvel, sendo<br />
que o maior destaque, vai para a assinatura<br />
da Carta Europeia de Segurança<br />
Rodoviária, que tem como<br />
principal objectivo a redução do número<br />
de acidentes de trânsito, através<br />
da implementação de tecnologia<br />
inteligente e de novos projectos, o<br />
que tem toda a lógica, já que o Grupo<br />
Continental, como fabricante líder na<br />
inovação de sistemas de travagem assim<br />
como de toda uma série de sistemas<br />
eléctrónicos associa<strong>dos</strong> à segurança,<br />
pode contribuir de forma decisiva<br />
para alcançar o objectivo proposto.<br />
Podemos mesmo afirmar que as<br />
questões de prevenção e segurança automóvel<br />
são a preocupação número um<br />
da Continental em todas as áreas e produtos<br />
de negócio, desde os pneus, sistemas<br />
de travagem, até às mais recentes<br />
tecnologias aplicadas ao automóvel. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
39
ENTREVISTA<br />
Xavier Obach, Director-Geral da Pirelli Neumáticos, S.A.<br />
Xavier Obach<br />
MARCA<br />
GLOBAL<br />
A Pirelli tem vindo a crescer no mercado português,<br />
devido a um trabalho de fundo que está a dar os seus frutos<br />
e <strong>2008</strong> será um ano particularmente activo para a Pirelli.<br />
Saiba porquê, nesta entrevista com o seu Director-Geral.<br />
40<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
São 24 anos de ligação à Pirelli. Esteve<br />
em vários países da Europa, ultimamente<br />
em Espanha e agora em<br />
Portugal, onde exerce funções de Director-<br />
Geral da empresa desde 2003. Sempre desenvolveu<br />
a sua actividade na empresa na<br />
área comercial, embora em diferentes sectores<br />
e projectos, com diversas responsabilidades.<br />
Chama-se Xavier Obach, um homem<br />
que coloca todo o seu conhecimento ao<br />
serviço da Pirelli.<br />
O trabalho que tem desenvolvido na Pirelli<br />
em Portugal tem o seu cunho pessoal?<br />
Sim. Uma das grandes vantagens da nossa<br />
empresa, na minha opinião, é que temos um<br />
alto grau de autonomia. Para um responsável<br />
da marca em cada país, a exemplo de<br />
Portugal, além das directrizes da Pirelli a<br />
seguir, temos a possibilidade de gerir o nosso<br />
dia-dia-dia como entendemos ser o melhor<br />
para a nossa organização. Obviamente<br />
que temos objectivos a atingir, agora a forma<br />
de os alcançar é, neste caso, da minha responsabilidade.<br />
Como tem sido o trabalho desenvolvido por<br />
si e pela sua equipa para atingir os<br />
objectivos?<br />
Considero que a Pirelli tem melhorado de<br />
forma relevante em Portugal, mas, em comparação<br />
com aquilo que é a nossa empresa<br />
noutros países, ainda temos muito para fazer<br />
e um importante caminho a percorrer.<br />
Esse caminho que falta percorrer é em<br />
termos comerciais?<br />
E não só – é um pouco de tudo. Indiscutivelmente,<br />
quanto maior é a implantação da<br />
marca no país, mais se pode investir noutras<br />
acções, como, por exemplo, o caso da comunicação.<br />
E se há mais publicidade, teoricamente<br />
pode-se vender mais. É um círculo<br />
que se fecha, mas que pode ser alargado.<br />
Então o que mudou na Pirelli nos últimos<br />
cinco anos?<br />
Mudou muita coisa consoante o mercado,<br />
mas o mais importante é que agora estamos<br />
muito mais próximos <strong>dos</strong> nossos clientes.<br />
Para além dessa proximidade, criámos uma<br />
relação de muita abertura e transparência<br />
com os nossos parceiros, pois pensamos<br />
que sem ela, hoje em dia, não se tem lugar<br />
no mercado.<br />
Em <strong>2008</strong>, fazem 20 anos que a Pirelli está,<br />
oficialmente, representada em Portugal. O<br />
que é que a marca está a pensar fazer?<br />
Vamos comemorar condignamente essa<br />
data, embora ainda não estejam defini<strong>dos</strong><br />
exactamente os detalhes de como o vamos<br />
fazer. No entanto, já temos muitas ideias… É<br />
um marco muito importante da história da<br />
Pirelli em Portugal e por isso serão realizadas<br />
acções relevantes a diversos níveis.<br />
Os últimos anos em Portugal têm sido de<br />
crise económica, vendendo-se menos<br />
automóveis, o que tem acabado por afectar<br />
o sector <strong>dos</strong> pneus...<br />
A crise não é tão grande como os meios de<br />
comunicação e os políticos nos querem fazer<br />
crer. Mais que uma crise, Portugal atravessa<br />
uma recessão, que se reflete em to<strong>dos</strong> os<br />
sectores, e o nosso mercado não foge a regra.<br />
Porém, para uma marca como a Pirelli, é<br />
fundamental marcar presença no primeiro<br />
equipamento <strong>dos</strong> carros novos e mais importante<br />
ainda no mercado de reposição. O<br />
que interessa à empresa é um bom equilíbrio<br />
entre estas duas situações, para além<br />
de a Pirelli ser reconhecida como uma marca<br />
“premium” pelo consumidor final.<br />
Como é que está a Pirelli em Portugal?<br />
Estamos a crescer em Portugal. No nosso<br />
país, a marca não está ainda ao nível da quota<br />
que tem, em termos médios, a nível mundial.<br />
Penso, no entanto, que a situação para<br />
nós continua em estado positivo porque ainda<br />
temos espaço para crescer. Será mais difícil<br />
continuar com esse nível de crescimento<br />
após atingirmos essa meta.<br />
Então considera que Pirelli não está ainda<br />
na sua posição “natural”, em termos de<br />
quota de mercado?<br />
Consideramos que não estamos ainda na<br />
nossa posição natural, pois como já disse,<br />
ainda temos espaço para crescer.<br />
Sabemos também que o mercado em 2007<br />
ficou estagnado, mas as marcas que em<br />
Portugal têm uma quota alta ou que estão<br />
acima <strong>dos</strong> seus standards naturais são evidentemente<br />
as que mais sofrem com esta<br />
recessão.<br />
Como é que a Pirelli pretende chegar à sua<br />
posição “natural”?<br />
Como disse anteriormente, com trabalho<br />
bem realizado e dando continuidade àquilo<br />
que temos vindo a fazer. Temos hoje a vantagem<br />
de trabalhar, cada vez mais, com novos<br />
clientes que não estavam com a Pirelli e aos<br />
quais também fornecemos as ferramentas<br />
necessárias para trabalharem connosco. É<br />
isto que temos que continuar a fazer.<br />
Neste mercado, trabalha-se muito o conceito<br />
de exclusividade, o que é sempre um<br />
travão para uma empresa que pretende desenvolver-se.<br />
-<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
41
ENTREVISTA<br />
Xavier Obach, Director-Geral da Pirelli Neumáticos, S.A.<br />
Como empresa, devemos estar presentes<br />
em todo o lado, directa ou indirectamente,<br />
pois o cliente final está cada vez mais a solicitar<br />
a nossa marca.<br />
“Estar em todo o lado” é algo que a Pirelli<br />
pretende atingir ou já atingiu?<br />
Actualmente, correndo o risco de me enganar,<br />
julgo que a Pirelli está presente, directa<br />
ou indirectamente, em todas as lojas<br />
de pneus em Portugal.<br />
Falou das ferramentas que deram aos<br />
clientes para que eles tenham passado a<br />
trabalhar com a Pirelli de uma forma mais<br />
efectiva. Que ferramentas são essas?<br />
Em primeiro lugar, fazer com que to<strong>dos</strong> os<br />
clientes considerem a Pirelli como um parceiro<br />
e não como um fornecedor. Por essa<br />
razão, deve existir troca de esforços: dar e<br />
receber. É o conceito win-win. É neste equilíbrio<br />
que tudo se desenvolve. Estamos, portanto,<br />
a falar em disponibilidade da gama de<br />
produtos, acções de marketing, merchandising,<br />
formação e acompanhamento técnico.<br />
No fundo, temos que ser nós a proporcionar<br />
aquilo que o cliente precisa para fazer<br />
uma boa venda ao automobilista. Por outro<br />
lado, o mais importante é que o atendimento<br />
por parte do nosso cliente ao consumidor final<br />
seja efectuado com to<strong>dos</strong> os atributos<br />
que fazem do produto Pirelli um líder indiscutível.<br />
Fornecer preços competitivos será outra<br />
ferramenta?<br />
Evidentemente. Nós crescemos em volume<br />
de forma relevante, mas a nossa margem<br />
de lucro aumentou em maior proporção,<br />
devido à nossa facturação estar directamente<br />
ligada aos produtos de alta gama,<br />
que, como to<strong>dos</strong> sabem, é o nosso ADN. É<br />
um mercado muito maduro e, como tal, sofre<br />
uma forte pressão nos preços. Apesar<br />
disso, este segmento tem outras características<br />
mais importantes, como a imagem e a<br />
especialização.<br />
O preço não é o único factor para que a<br />
facturação não acompanhe as vendas.<br />
Quais são os outros?<br />
Existem, de facto, muitos factores. A economia<br />
global, o constante aumento do preço<br />
das matérias-primas, a recessão <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong><br />
e o envelhecimento do parque automóvel,<br />
entre outros, são factores que nos<br />
obrigam a ajustar os nossos orçamentos.<br />
Por outro lado, quando se consegue alcançar<br />
uma maior visibilidade da marca, isso<br />
converte-se numa boa oportunidade para os<br />
canais que vendem Pirelli, já que ela é considerada<br />
uma marca de muito prestígio.<br />
Como é que caracteriza a marca<br />
Pirelli, em termos globais?<br />
Há muitos inquéritos recentemente<br />
feitos a milhares de consumidores finais<br />
na maioria <strong>dos</strong> países europeus.<br />
Apesar de a marca Pirelli ser a quinta<br />
entre os maiores fabricantes mundiais<br />
de pneus, é a número dois em<br />
termos de notoriedade e reconhecimento<br />
global a nível europeu. Quer<br />
isto dizer que nem sempre existe<br />
uma relação directa entre estes<br />
dois factores. Como tal, ser segunda<br />
em notoriedade e reconhecimento<br />
global é um <strong>dos</strong> muitos aspectos<br />
positivos da marca Pirelli.<br />
Sem dúvida, é uma prova também de<br />
que as estratégias criadas foram as mais<br />
correctas e de que a Pirelli é não só uma<br />
marca de pneus, mas também é reconhecida<br />
devido a muitos outros valores.<br />
Em termos de produto, como se pode<br />
definir a Pirelli?<br />
Não posso afirmar que seja o melhor pneu<br />
do mundo, mas o que posso garantir é que<br />
não há pneu melhor. Por exemplo, o nosso<br />
último modelo de pneu de altas prestações,<br />
o P Zero, equipa a maioria <strong>dos</strong> novos superdesportivos<br />
e diversos testes de entidades<br />
independentes certificam que não existe<br />
qualquer pneu que o supere. Aliás, neste<br />
segmento, que é o mais importante para a<br />
Pirelli e onde temos grandes tradições e<br />
apresentamos os melhores argumentos, somos<br />
claramente uma referência, sendo<br />
também essa a nossa filosofia de trabalho.<br />
Em Portugal, o segmento de altas<br />
prestações também é assim tão importante<br />
para a Pirelli?<br />
Bem... neste aspecto há questões particulares<br />
que não convém esquecer. BMW, Mercedes<br />
e Audi estão entre os dez primeiros fabricantes<br />
com mais matrículas registadas<br />
em 2007, e as suas vendas representam<br />
mais de 11% do total das vendas de veículos<br />
ligeiros!!!<br />
O mercado total de pneus em Portugal<br />
desceu cerca de 1,5%, mas os segmentos<br />
das altas prestações tiverem um crescimento<br />
percentual expresso em valores de doís<br />
digitos. Isto significa alguma coisa…<br />
Como tem evoluído a gama de pneus<br />
Pirelli?<br />
Historicamente, sempre tivemos e continuamos<br />
hoje a ter a gama mais vasta que<br />
existe no mercado. Na maioria das medidas,<br />
temos vários modelos, que, por sua vez, dispõem<br />
de um grande número de especificações.<br />
É como ser um alfaiate em função das<br />
Pirelli e Ceat são as<br />
duas marcas de<br />
pneus que a<br />
empresa<br />
comercializa em<br />
Portugal<br />
PIRELLI NEUMATICOS,<br />
S.A. (SUCURSAL)<br />
Sede: Alameda António Sérgio,<br />
22 - 7º C<br />
1495-132 Algés<br />
Director-Geral: Xavier Obach<br />
Telefone: 214 135 350<br />
Fax: 214 135 360<br />
E-mail: xavier.obach@pirelli.com<br />
Internet: www.pirelli.com<br />
42<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
A Pirelli tem uma forte<br />
presença no mercado<br />
de pneus de altas<br />
prestações<br />
Xavier Obach está<br />
na Pirelli há 24<br />
anos, cinco <strong>dos</strong><br />
quais passa<strong>dos</strong><br />
em Portugal<br />
necessidades de cada carro. Evidentemente,<br />
to<strong>dos</strong> estes produtos que a Pirelli fabrica<br />
com especificações europeias estão disponíveis<br />
em Portugal. Estamos presentes em to<strong>dos</strong><br />
os sectores, desde os ligeiros aos pesa<strong>dos</strong>,<br />
passando pelos pneus para veículos industriais<br />
sem esquecer os específicos para<br />
4x4/SUV, vans e comerciais. Marcamos também<br />
presença nos pneus para o segmento<br />
das motocicletas, no entanto, em Portugal,<br />
esse negócio é gerido por um importador independente,<br />
pois é um mercado muito específico.<br />
Na área comercial, como é que a Pirelli<br />
está presente no mercado?<br />
Temos um contact-center próprio,<br />
onde facultamos diversas ferramentas<br />
para os nossos clientes poderem fazer<br />
encomendas e atendermos às suas necessidades.<br />
Temos também uma equipa<br />
comercial, com nove pessoas, todas<br />
elas especializadas em segmentos<br />
distintos de mercado. Esta equipa tem,<br />
evidentemente, uma forte formação técnica,<br />
está presente em todo o país e deve dar resposta<br />
a diversas situações, como, por exemplo,<br />
consultas específicas, atendimento técnico,<br />
etc.<br />
Qual o modelo logístico adoptado pela<br />
Pirelli?<br />
Utilizamos os nossos dois armazéns situa<strong>dos</strong><br />
na Península Ibérica, em Barcelona e<br />
Madrid, além <strong>dos</strong> outros armazéns europeus<br />
para cargas maiores. A Pirelli em Portugal<br />
abastece-se prioritariamente no armazém<br />
de Madrid, cujo serviço permite entregar<br />
produtos em qualquer ponto de<br />
Portugal Continental e Ilhas. No continente,<br />
o prazo máximo de entrega é de 24 horas.<br />
Existem ainda cinco plataformas logísticas<br />
em Portugal para pequena distribuição, que<br />
no fundo dão suporte e continuidade à nossa<br />
actividade.<br />
Considera essa disponibilidade de<br />
stocks uma mais-valia?<br />
Claro que sim. Portugal, sendo um<br />
mercado mais pequeno, beneficia muito<br />
<strong>dos</strong> stocks que temos nos armazéns<br />
em Espanha. Estes stocks estão dimensiona<strong>dos</strong><br />
para esse mercado, que<br />
é muito maior que o nosso. Significa<br />
isso que temos tido sempre um grande<br />
nível de disponibilidade de produtos<br />
em Portugal – em 2007 rondou os<br />
96,5%.<br />
A Pirelli dispõe de uma segunda<br />
marca no mercado português?<br />
Para além da Pirelli, trabalhamos<br />
também com a marca Ceat. Serve como<br />
complemento em termos de comercialização,<br />
com preços inferiores em cerca de 25%<br />
em relação à Pirelli. Com uma gama mais<br />
reduzida e por não ter outros custos agrega<strong>dos</strong>,<br />
possui, no entanto, uma qualidade muito<br />
próxima da Pirelli, o que permite praticar<br />
preços mais competitivos nesta marca.<br />
As vendas de Ceat são expressivas no<br />
mercado português?<br />
Sim, bastante. Por cada 100 pneus Pirelli<br />
vendemos 40 da marca Ceat. Obviamente,<br />
que não nos interessa aproximar muito mais<br />
as marcas, para evitar a canibalização de<br />
uma pela outra.<br />
Alguns importadores têm apostado em<br />
redes próprias. O que vai a Pirelli fazer em<br />
Portugal, a esse nível?<br />
Temos um projecto em mente a esse nível,<br />
que deverá ser divulgado e implementado na<br />
segunda metade de <strong>2008</strong>. Este projecto já é<br />
uma realidade que a Pirelli dispõe em diversos<br />
países da Europa, e que terá a sua continuidade<br />
em Portugal.<br />
Qual o conceito que está inerente a essa<br />
rede?<br />
A Pirelli tem várias hipóteses a esse nível,<br />
pelo que aplicaremos o que se adeque melhor<br />
às características do mercado português.<br />
Qualquer casa de pneus poderá vir a aderir<br />
a essa rede?<br />
Sim. A condição básica para os aderentes<br />
é que sejam especialistas em pneus de altas<br />
prestações. Isso exige uma rede com determina<strong>dos</strong><br />
padrões de qualidade. O argumento<br />
preço é algo que sempre acaba por se esgotar.<br />
Se não existe mais nada para oferecer<br />
além do preço, então é o fim.<br />
Já têm a noção do potencial dessa rede?<br />
Temos identificado mais de 100 casas de<br />
pneus que podem aderir a esta rede. Contudo,<br />
vamos trabalhar noutros aspectos para<br />
escolher aquelas que podem melhor interpretar<br />
o nosso conceito.<br />
Quais são as ameaças e as oportunidades<br />
do mercado <strong>dos</strong> pneus em Portugal?<br />
As ameaças passam pelas dificuldades de<br />
crescimento do mercado devido à situação<br />
financeira, o que causa muitas vezes uma<br />
retracção do mercado.<br />
As oportunidades passam por apostar fortemente<br />
sobretudo nos clientes e nos segmentos<br />
que estão em crescimento, como o<br />
das altas prestações, onde somos, como já<br />
mencionámos, fortes líderes.■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
43
ENTREVISTA<br />
Humberto Matos, Administrador da Sociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente, S.A.<br />
44<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Humberto Matos<br />
KUMHO<br />
VAI CRESCER<br />
Representante exclusivo <strong>dos</strong> pneus Kumho, a<br />
Sociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente, S.A. é uma empresa<br />
recente mas com forte Know-How no mercado <strong>dos</strong><br />
pneus em Portugal.<br />
ASociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente<br />
tem ainda uma actividade muito<br />
recente no mercado <strong>dos</strong> pneus<br />
em Portugal, embora as pessoas que lhe<br />
dão “corpo” tenham um profundo conhecimento<br />
e experiência do sector, com um<br />
percurso que passou pela Michelin, Hiper<strong>Pneus</strong><br />
e mais recentemente pela Japorte/Kelpneu.<br />
Fundada em 26 de Setembro de 2006, a<br />
Sociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente só iniciou a<br />
sua actividade no mercado no dia 15 de Janeiro<br />
2007. Tem como accionista maioritário<br />
e Presidente do Conselho de Administração<br />
Luís Filipe Vieira (actual presidente<br />
do S.L.Benfica). Contudo, o Administrador<br />
da Sociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente é<br />
Humberto Matos, com quem falámos<br />
para a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
O que é e o que faz a Sociedade de<br />
<strong>Pneus</strong> do Oriente?<br />
A SPO é uma empresa com pouco<br />
mais de um ano de actividade, mas<br />
que é portadora de uma grande experiência<br />
e conhecimento do mercado<br />
<strong>dos</strong> pneus. Representa e distribui em<br />
Portugal a Kumho, que é uma marca<br />
que já estava presente no nosso<br />
mercado, a qual possui um vasto potencial,<br />
tendo sido decidido dar continuidade a<br />
esse trabalho através desta nova empresa.<br />
Temos a sede na Póvoa de Santo Adrião<br />
e os armazéns em Cabo Ruivo, onde temos<br />
todo o nosso stock.<br />
A Kumho é a única marca que a<br />
Sociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente trabalha?<br />
Fazemos a importação directa <strong>dos</strong><br />
pneus Kumho da Coreia para Portugal. Em<br />
termos de exclusividade, a Kumho não é a<br />
única marca que a SPO tem no mercado de<br />
pneus. De facto, em finais de 2007, também<br />
em carácter de exclusividade, a SPO<br />
passou a representar e a distribuir a marca<br />
General Tire, a qual pertence ao Grupo<br />
Continental, na vertente de pneus de turismo<br />
e comerciais.<br />
Refira-se também que, desde o final de<br />
2007, a SPO está a comercializar a marca<br />
Continental através de um acordo de comercialização<br />
que efectuou com este produtor.<br />
Passado um ano de trabalho houve uma<br />
clara aposta na diversificação de marcas<br />
e produtos. Porquê?<br />
Cada vez mais o mercado assim o exige.<br />
O mercado está extremamente aberto,<br />
concorrencial e competitivo o que obriga a<br />
que as empresas tenham cada vez mais<br />
um leque maior de ofertas, até como forma<br />
de estar representado noutros sectores<br />
e segmentos de mercado.<br />
A marca Kumho está direccionada para<br />
um determinado sector de mercado, pelo<br />
que a estratégia foi desenvolver o portfólio<br />
de marcas para que assim nos fosse possível<br />
estar presente noutros sectores de<br />
mercado e novos canais de distribuição.<br />
Foi também uma forma de poder ter<br />
qualidade e preço?<br />
Com estas marcas a SPO passou a poder<br />
estar presente no mercado com marcas<br />
de diferentes posicionamentos, uma marca<br />
para o segmento “premium” com a<br />
Continental, uma “quality” que é a Kumho,<br />
e uma marca “budget” que é a General<br />
Tire oferecendo um leque mais variado e<br />
mais amplo podendo assim responder às<br />
diversas necessidades do mercado, que<br />
solicitam outro tipo de produtos. -<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
45
ENTREVISTA<br />
Humberto Matos, Administrador da Sociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente, S.A.<br />
Desta forma, a oferta passou a ser ainda<br />
maior, quer em termos de pneus ligeiros e<br />
comerciais, como 4x4, SUV ou pesa<strong>dos</strong>.<br />
Neste momento podemos dar resposta a<br />
cerca de 90% da procura do mercado nacional,<br />
o que pensamos ser muito importante,<br />
pois podemos “responder” a tudo aquilo que<br />
o cliente necessita.<br />
Porém, a Kumho é a nossa marca própria,<br />
o nosso grande objectivo, e a nossa responsabilidade<br />
principal. Somos a “cara” da<br />
Kumho no mercado nacional sendo que essa<br />
é a nossa bandeira no mercado.<br />
Como é que a Sociedade de <strong>Pneus</strong> do<br />
Oriente tem montada a sua distribuição?<br />
Em termos de distribuição a Kumho possui<br />
uma equipa comercial de três elementos no<br />
mercado: norte, centro e sul. Pessoalmente<br />
também assumo a responsabilidade directa<br />
sobre alguns clientes especificos assim<br />
como o mercado da Madeira e os Açores<br />
(Ilha de S. Miguel).<br />
Temos o stock no nosso armazém, e todas<br />
as vendas são expedidas via operador logístico<br />
para todo o mercado em 24 horas, para<br />
Portugal Continental. Vendemos para todo o<br />
país, centralizamos as nossas vendas nos<br />
especialistas de pneus, mas percebendo<br />
que, cada vez mais, as coisas estão a mudar.<br />
Trabalhamos com os principais grupos de<br />
pneus e centrais de compra a operar em<br />
Portugal, nomeadamente a Pneuport, Mega-<br />
Mundi e Eurotyre. Estamos também a desenvolver<br />
contactos com outros grupos e<br />
com a nova distribuição.<br />
Para além disso, damos todo o apoio e<br />
acompanhamento ao nosso cliente através<br />
da nossa linha de atendimento telefónico e<br />
suportada, claro, pela equipa comercial.<br />
Alguns importadores de pneus apostaram<br />
no desenvolvimento de redes próprias. O<br />
que a Sociedade de <strong>Pneus</strong> do Oriente está a<br />
fazer a esse nível?<br />
É algo que está na nossa mente, mas que<br />
tem que ser feito de uma forma ponderada e<br />
consistente. É extremamente fácil de se<br />
anunciar um grupo. Porém, conseguir concretizar<br />
e consolidar esse denominado grupo<br />
tem as suas dificuldades, nomeadamente<br />
o poder garantir a sua continuidade a médio<br />
e longo prazo, pois só dessa forma faz sentido<br />
essa existência. Pela nossa experiência<br />
de mercado é necessário saber com toda a<br />
clareza quais os passos que se poderão dar.<br />
Quais são para a vossa empresa os factores<br />
criticos que podem influenciar<br />
directamente no sucesso comercial?<br />
De um modo simplista posso dizer que a<br />
disponibilidade de stock é fundamental, assim<br />
como obviamente o preço. Penso que<br />
não existe ninguém que consiga sobreviver<br />
neste mercado actualmente que não reúna<br />
estes dois factores.<br />
Existe, contudo, um outro factor que considero<br />
importante e que a Sociedade de <strong>Pneus</strong><br />
do Oriente usufrui dele. Falo concretamente<br />
da credibilidade que se tem no mercado.<br />
Com a proliferação de marcas que existem<br />
no mercado, é muito fácil a qualquer um<br />
vender a qualquer preço.<br />
Agora, é diferente ser considerado um<br />
parceiro de negócio sério, no qual as pessoas<br />
acreditam e respeitam, sabendo que ao<br />
estarem a trabalhar connosco podem confiar.<br />
Tudo aquilo em que nos comprometemos,<br />
nós assumimos e fazemos. Este, penso<br />
ser um factor de extrema importância e<br />
que, sinceramente, nem to<strong>dos</strong> os operadores<br />
no mercado têm.<br />
São no fundo os valores da Sociedade de<br />
<strong>Pneus</strong> do Oriente?<br />
Sim. A transparência, seriedade e boa fé,<br />
são valores que estão na nossa missão e <strong>dos</strong><br />
quais não abdicamos.<br />
Pode parecer retórica, mas se as coisas<br />
não fossem assim, teriamos concerteza<br />
muito menos sucesso na nossa actividade.<br />
Muitos operadores falam em qualidade de<br />
serviço. O que é para a Sociedade de <strong>Pneus</strong><br />
do Oriente a qualidade de serviço?<br />
Em primeiro lugar ter capacidade de<br />
resposta às necessidades do mercado.<br />
Isso é fundamental para se poder<br />
começar a prestar um bom<br />
serviço. Depois não podemos esquecer<br />
o cumprimento <strong>dos</strong> prazos<br />
de entrega, bem como cumprir<br />
as condições comerciais<br />
contratadas.<br />
Como é que se pode<br />
apresentar a marca Kumho?<br />
É uma marca coreana que,<br />
neste momento, está em<br />
nono lugar no Ranking Mundial,<br />
tem como objectivo até<br />
2012 ser o quinto maior produtor<br />
mundial de pneus e que<br />
tem vindo a evoluir de forma<br />
significativa em termos de<br />
qualidade de produto e de<br />
imagem.<br />
Trata-se de uma marca que<br />
está a penetrar fortemente no<br />
equipamento de origem, nomeadamente<br />
nas marcas coeranas,<br />
entrando em alguns segmentos de<br />
mercado em marcas como a Mercedes,<br />
Volkswagen e Mitsubishi.<br />
A Kumho possui uma<br />
gama bem diversificada,<br />
estando também<br />
representada no primeiro<br />
equipamento, mesmo em<br />
marcas europeias<br />
46<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Humberto Matos<br />
é o Administrador<br />
da SPO, empresa<br />
responsável pela<br />
importação da<br />
Kumho<br />
Para além da Kumho,<br />
a SPO trabalha<br />
também os pneus<br />
da General Tire e<br />
da Continental<br />
SOCIEDADE DE PNEUS<br />
DO ORIENTE<br />
Sede: Alameda Salgueiro Maia<br />
Lt4, Piso 1, Escritório 1<br />
Administrador: Humberto Matos<br />
Telefone: 210 134 590<br />
Fax: 210 103 820<br />
E-mail: sporiente@sporiente.pt<br />
Internet: www.sporiente.pt<br />
Aliás, entrar no mercado de origem é<br />
fundamental para a constituição da imagem.<br />
A Kumho sabe isso e tem vindo a dar passos<br />
muitos importantes nesse sentido.<br />
A Kumho é também muito conhecida na<br />
competição e tem na inovação uma das suas<br />
armas, tendo lançado por exemplo, o primeiro<br />
pneu com aroma do mundo.<br />
A Kumho tem actualmente as suas fábricas<br />
na China e na Coreia, estando prestes a<br />
abrir uma nova fábrica no Vietname.<br />
Sendo a Kumho a<br />
principal bandeira da<br />
Sociedade de <strong>Pneus</strong> do<br />
Oriente, como é que se<br />
está no mercado com<br />
uma marca menos<br />
conhecida não tendo o<br />
nome e a imagem de<br />
uma marca<br />
Premium?<br />
Com muito esforço e<br />
muito trabalho, mas<br />
acima de tudo usando a<br />
nossa credibilidade e relação<br />
pessoal muito forte<br />
com os nossos clientes.<br />
Neste momento existe um<br />
interesse muito grande da marca<br />
em desenvolver bastante a imagem da Kumho.<br />
Temos desenvolvido diversos suportes<br />
com uma imagem muito forte, nomeadamente<br />
as tabelas de preço. A prestação de<br />
serviços ao nível do Marketing que temos<br />
desenvolvido têm ajudado os nossos clientes,<br />
por exemplo, através de panfletos promocionais.<br />
Como é que se convence o cliente a montar<br />
Kumho no seu automóvel?<br />
A Kumho está dentro do leque de marcas<br />
menos conhecidas, contudo actualmente<br />
não podemos dizer que entre os 10 maiores<br />
produtos mundiais de pneus, existam<br />
“maus” pneus, o que existe é pneus com<br />
uma maior notoriedade relativamente a outros.<br />
Para nós o mais importante é que as pessoas<br />
experimentem e testem os pneus Kumho.<br />
A experiência que nós temos é que quando<br />
um cliente experimenta Kumho, depois<br />
acaba por ficar cliente, pois fica a conhecer<br />
a qualidade <strong>dos</strong> produtos.<br />
Considera que as casas de pneus<br />
independentes não têm futuro?<br />
As casas de pneus, que só vendem exclusivamente<br />
pneus, estão condenadas<br />
ao fracasso. Estas casas têm que evoluir<br />
para os serviços rápi<strong>dos</strong> como forma de<br />
compensar as curtas margens na venda <strong>dos</strong><br />
pneus.<br />
O especialista de pneus como se conhecia<br />
no passado não tem mais futuro, até porque<br />
o mercado exige outro tipo de operadores<br />
com outro tipo de prestação de serviços.<br />
De facto, penso que já existe uma nova geração<br />
de profissionais, com outra postura e<br />
outra dinâmica de mercado, e que já se<br />
adaptaram à nova realidade, mas que ainda<br />
são em número algo reduzido.<br />
Quais são, na sua opinião, as principais<br />
ameaças do mercado <strong>dos</strong> pneus em<br />
Portugal?<br />
Os pneus usa<strong>dos</strong> são um factor importante<br />
neste mercado, até porque se atravessam<br />
algumas dificuldades económicas, onde<br />
neste caso é necessário ter preço.<br />
Depois, os pneus chineses que foram uma<br />
“moda” de preço, mas que em minha opinião,<br />
começa a haver um certo retrocesso,<br />
pois existem outras opções qualidade / preço<br />
muito mais interessantes.<br />
O nosso mercado é relativamente pequeno,<br />
deverão existir presentemente mais de<br />
100 marcas, para além de uma grande importação<br />
paralela, para a qual não existem<br />
quaisquer regras. Isto é de facto, para mim,<br />
uma séria ameaça.<br />
Mas também existem oportunidades neste<br />
sector?<br />
Claro que sim. Mas essas oportunidades<br />
só poderão ser aproveitadas por aqueles que<br />
de uma forma muito objectiva se adaptem e<br />
profissionalizem, para as exigências cada<br />
vez maiores deste mercado.<br />
Quantos pneus comercializou a Sociedade<br />
de <strong>Pneus</strong> do Oriente no seu primeiro ano de<br />
mercado?<br />
Em 2007 vendemos cerca de 60.000 pneus.<br />
Temos um stock médio de 20.000 pneus, o<br />
que pensamos ser importante. Como a<br />
Kumho não tem plataformas na Europa, somos<br />
“obriga<strong>dos</strong>” a ter este investimento em<br />
stock.<br />
Apesar das dificuldades do mercado, esperamos<br />
vender cerca de 80.000 pneus em<br />
<strong>2008</strong>. Queremos crescer de forma consolidada<br />
no mercado. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
47
ENTREVISTA<br />
Rui Chorado, Sócio - Gerente da Dispnal <strong>Pneus</strong><br />
48<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Rui Chorado<br />
PERSPECTIVAS<br />
SÃO LIMITADAS<br />
A Dispnal <strong>Pneus</strong> comercializa todas as linhas de pneus<br />
para to<strong>dos</strong> os tipos de veículos e equipamentos, estando<br />
já posicionada no ranking de vendas do mercado<br />
português atrás das grandes marcas mundiais, como a<br />
Michein, Goodyear, Continental e Bridgestone.<br />
Para saber mais sobre esta jovem<br />
empresa e sobre os seus projectos,<br />
estivemos à conversa com<br />
Rui Chorado, o seu principal mentor.<br />
Como analisa o mercado actual de pneus<br />
em Portugal?<br />
O mercado presentemente está muito<br />
competitivo, porque as principais marcas,<br />
Michelin, Bridgestone, Continental e Goodyear,<br />
controlam quase totalmente o espaço<br />
disponível, possuindo marcas de segunda<br />
e terceira linha. Para equilibrar um<br />
pouco a situação, existem importadores<br />
que trazem para o mercado marcas asiáticas<br />
e outras alternativas, das quais temos<br />
algumas representações. São produtos de<br />
outras linhas, que permitem entrar nos nichos<br />
de mercado em disputa e conseguir<br />
alguns resulta<strong>dos</strong> concretos.<br />
Que planos tem a Dispnal <strong>Pneus</strong> em<br />
relação a novos produtos?<br />
Em relação aos novos produtos, estamos<br />
a seguir uma linha de orientação já consolidada<br />
nesta empresa, no sentido de termos<br />
uma oferta tão completa quanto possível<br />
e sempre com objectivo de a complementar.<br />
A tendência actual é para os nossos<br />
clientes não fazerem stock, encomendando<br />
os produtos à medida que vão necessitando.<br />
Se tivermos o artigo<br />
procurado, em 24 horas a entrega está<br />
efectuada e o negócio realizado. Isso obriga-nos<br />
a ser bastante flexíveis na oferta e a<br />
ter uma grande diversidade de produtos.<br />
Outra tendência que se está a consolidar é<br />
o aumento das medidas <strong>dos</strong> pneus. As jantes<br />
13 e 14 polegadas já têm uma procura<br />
mais reduzida, enquanto que as medidas<br />
acima de 15, 16, 17 e 18 polegadas são cada<br />
vez mais procuradas. Os fabricantes estão<br />
a corresponder a esse novo desafio, criado<br />
pela expansão do parque automóvel da<br />
gama média/alta. Em termos de qualidade,<br />
as marcas alternativas às grandes marcas<br />
estão num bom nível, tendo que se apreciar<br />
a negociação pelo prisma da relação<br />
preço/qualidade. Os nossos produtos são<br />
to<strong>dos</strong> certifica<strong>dos</strong> e passam por controlos<br />
de qualidade rigorosos. As empresas de<br />
segunda linha estão geralmente associadas<br />
a outras que já possuem a tecnologia e<br />
o know how desenvolvi<strong>dos</strong>, o que possibilita<br />
uma grande uniformidade de padrões de<br />
qualidade, entre todas as marcas.<br />
Quantos clientes activos tem<br />
actualmente a vossa empresa?<br />
Temos uma carteira de clientes com<br />
centenas de empresas, servidas por um<br />
operador logístico contratado, que disponibiliza<br />
as encomendas no prazo máximo<br />
de 24 horas, em 98% <strong>dos</strong> casos diários.<br />
Considera que as oficinas de pneus<br />
portuguesas têm evoluído, ou então<br />
paradas no tempo?<br />
A evolução <strong>dos</strong> operadores está de certo<br />
modo condicionada pelas incertezas do<br />
mercado e vai-se pautando pelas necessidades<br />
do dia-a-dia. Os próprios automóveis<br />
estão a exigir a substituição de máquinas<br />
de equilibrar e de alinhar mais antigas,<br />
devido à maior exigência tecnológica <strong>dos</strong><br />
modelos mais recentes. No plano comercial<br />
também há alguns progressos, no<br />
sentido de propor ao cliente produtos que<br />
garantam melhores prestações e segurança,<br />
durante toda a sua vida útil, em vez<br />
de seguirem a tendência geral de querer<br />
pneus que façam grandes quilometragens,<br />
sem levar em conta a questão da segurança<br />
e do conforto de condução. O profissionalismo<br />
vai-se impondo gradualmente<br />
e temos expectativas de ficar um<br />
destes dias ao nível <strong>dos</strong> países mais avança<strong>dos</strong><br />
da Europa, neste sector. -<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
49
ENTREVISTA<br />
Rui Chorado, Sócio - Gerente da Dispnal <strong>Pneus</strong><br />
Que tipo de formação proporciona a Dispnal<br />
<strong>Pneus</strong> aos seus clientes?<br />
Temos uma parceria com a Michelin, para<br />
as marcas Kormoran e Taurus, destinadas à<br />
agricultura, que acompanha as situações ligadas<br />
à formação. Nas outras marcas, vamos<br />
transmitindo as informações aos nossos<br />
clientes, à medida que os fabricantes nos<br />
vão fornecendo mais detalhes sobre os produtos.<br />
É um acompanhamento constante,<br />
que não tem exigido um esforço de formação<br />
específico da nossa parte.<br />
Os chama<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> estão a<br />
prejudicar o mercado <strong>dos</strong> pneus novos?<br />
Efectivamente, causam algum incomodo<br />
pela fraca qualidade e em muitos casos com<br />
incidência especialmente no Norte do país,<br />
que é uma região mais massacrada por esse<br />
tipo de comércio. Criou-se uma abertura no<br />
mercado para esse tipo de produto e tornase<br />
muito difícil combater o fenómeno, porque<br />
o poder de compra <strong>dos</strong> automobilistas<br />
baixou consideravelmente. Muitas pessoas<br />
conseguem adquirir carros de topo de gama<br />
com pouco uso, graças ás facilidades de valores<br />
e de crédito existentes, mas no capítulo<br />
da manutenção e troca de pneus a margem<br />
continua muito limitada. O maior<br />
problema consiste no facto <strong>dos</strong> pneus<br />
usa<strong>dos</strong> terem as mais diversas proveniências,<br />
sendo difícil encontrar 4<br />
pneus que se ajustem perfeitamente, o<br />
que levanta alguns problemas direccionais<br />
e de segurança.<br />
As redes organizadas de oficinas de pneus<br />
acabarão por dominar o mercado?<br />
Isso depende muito das políticas comerciais<br />
que cada multinacional defende. Essas<br />
políticas não são imutáveis, tendo que ser<br />
flexíveis, a fim de acompanhar as evoluções<br />
do mercado. Cada caso é um caso. O mercado<br />
está muito aberto é há operadores independentes<br />
que têm bastante sucesso, sem<br />
pertencer a nenhuma rede organizada de<br />
oficinas. Por outro lado, há empresas que estão<br />
presentes em toda a Europa e precisam<br />
ter estabelecimentos também em Portugal,<br />
para acompanhar os seus clientes nas deslocações.<br />
A realidade actual do mercado caracteriza-se<br />
por uma grande abertura e todas<br />
as opções têm alguma hipótese de sucesso<br />
à partida.<br />
Como encara o fenómeno <strong>dos</strong> pneus run<br />
flat?<br />
Trata-se de uma experiência e ainda estamos<br />
longe de ter uma tendência estabelecida.<br />
A marca BMW apostou nesse tipo de<br />
oferta, o que tem vantagens e inconvenientes.<br />
O pneu run flat torna o carro mais duro e<br />
com uma condução que não é exactamente<br />
igual a outro pneu qualquer. A evolução<br />
des-<br />
A Dispnal conta com uma<br />
equipa de colaboradores que<br />
recebe as encomendas. Os<br />
pedi<strong>dos</strong> recebi<strong>dos</strong> até às<br />
cinco da tarde são entregues<br />
no dia seguinte<br />
Quem decide a compra <strong>dos</strong> pneus? O<br />
cliente, ou a casa de pneus?<br />
O atendimento ainda continua a ser<br />
um factor de decisão preponderante.<br />
Cada casa tenta trabalhar melhor as<br />
marcas pelas quais optou, convencendo<br />
os clientes das suas vantagens.<br />
Também existe o cliente com<br />
opção já formada, mas isso constitui<br />
um número muito pouco significativo<br />
de situações. O facto de<br />
existir actualmente um certo<br />
equilíbrio no plano da qualidade,<br />
também faz com que o cliente<br />
aceite outras opiniões e queira experimentar<br />
outras alternativas.<br />
Que evolução se tem verificado nos canais<br />
de distribuição de pneus?<br />
No que respeita aos canais de distribuição,<br />
está a verificar-se uma certa divisão do mercado<br />
pelas oficinas e grupos internacionais<br />
de marcas e pelas grandes superfícies comerciais.<br />
A casa de pneus, no entanto, continua<br />
a ter um papel chave nesta actividade e<br />
penso que por tempo indeterminado.<br />
se tipo de pneu depende<br />
muito do mercado, porque há condutores<br />
que gostam e outros que não apreciam<br />
mesmo nada. Esse tipo de pneu é ainda um<br />
pouco mais caro do que o pneu convencional,<br />
porque é produzido em pequena escala. Se<br />
chegarmos a grandes volumes de produção,<br />
o preço desses pneus poderá vir para dentro<br />
da média do mercado. Há que aguardar mais<br />
algum tempo, para ver como as coisas correm.<br />
DISPNAL PNEUS<br />
Sede: Santa Maria - Valpedre -<br />
Apartado 217<br />
4560-532 Penafiel<br />
Sócio-Gerente: Rui Chorado<br />
Telefone: 255.617.480<br />
Fax: 255.617.489<br />
E-mail: dispnal@dispnal.pt<br />
Internet: www.dispnal.pt<br />
50<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
A Dispnal<br />
comercializa todas<br />
as linhas de pneus<br />
para to<strong>dos</strong> os tipos<br />
de veículos e<br />
equipamentos<br />
Que projecções faz para a evolução<br />
do mercado português de pneus?<br />
Todas as fábricas de pneus querem<br />
e precisam vender os seus produtos.<br />
No entanto, o mercado português<br />
tem algumas características<br />
que o diferenciam da média<br />
europeia. Na maior parte <strong>dos</strong> países<br />
da Europa as pessoas trocam<br />
os pneus com meio uso, enquanto<br />
que entre nós o pneu só é trocado,<br />
na maior parte <strong>dos</strong> casos, no<br />
limite do desgaste, isto é, quando<br />
começa a levantar problemas<br />
de segurança ou de fiscalização.<br />
As marcas de topo tentam<br />
sempre lançar produtos<br />
inovadores e que ofereçam alguma<br />
mais valia, para alcançarem<br />
novos clientes e sectores do mercado. Os<br />
produtores asiáticos vão atrás das tendências<br />
que o mercado cria e tentam imitar as<br />
marcas de primeiro plano, às quais compram<br />
a tecnologia e o know how mais recentes.<br />
No plano global, existem oportunidades<br />
para to<strong>dos</strong> e o mercado está sempre a crescer,<br />
mas em Portugal, talvez por alguma falta<br />
de retoma da economia, o sector <strong>dos</strong><br />
pneus tem uma oferta que supera a procura<br />
e as perspectivas são limitadas.<br />
Como correu o ano de 2007 para a Dispnal<br />
<strong>Pneus</strong> e que perspectivas existem para <strong>2008</strong>?<br />
O ano de 2007 correu favoravelmente para<br />
a nossa empresa, devido a uma resposta rápida<br />
às condições do mercado, tendo havido<br />
alguma consolidação do negócio. Para <strong>2008</strong>,<br />
estamos a equacionar uma continuidade<br />
desta evolução, mas não é possível fazer<br />
previsões muito rigorosas, porque as coisas<br />
mudam muito rapidamente. No ano passado,<br />
o mercado diminuiu e poderá ter tendência<br />
para continuar a diminuir. Mesmo assim,<br />
com a nossa equipa e com as nossas capacidades,<br />
continuamos a apostar num crescimento<br />
moderado, dentro daquilo que os nossos<br />
clientes nos forem solicitando.<br />
Em que ponto estão os planos de expansão<br />
para os merca<strong>dos</strong> exteriores e de novas<br />
representações?<br />
Para o futuro, existem planos e ideias, mas<br />
temos que levar uma coisa avante de cada<br />
vez. Neste momento, estamos a arrumar a<br />
casa e a expansão para o exterior continua a<br />
ser um objectivo, embora condicionado por<br />
várias situações, que ainda terão que ser<br />
mais estudadas e aprofundadas. Existem novos<br />
planos para importação de outras marcas<br />
de origem europeia, mas ainda é cedo<br />
para falarmos nisso…■<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
51
REPORTAGEM<br />
Recauchutagem Ramôa<br />
A TERNURA<br />
DOS 40<br />
A Recauchutagem Ramôa comemora 40 anos.<br />
Uma data histórica que esta importante empresa de pneus<br />
de Braga está a comemorar condignamente, tendo como<br />
fase visível a nova filial em Barcelos.<br />
52<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
A NOVA FILIAL<br />
A nova filial de Barcelos, que<br />
apresenta uma excelente localização, foi<br />
concebida de raiz para ser uma<br />
moderna e funcional casa de pneus.<br />
Quando o objectivo é a qualidade de<br />
serviço, a Recauchutagem<br />
Ramôa não poupou esforços<br />
e apostou em modernos<br />
equipamentos e numa<br />
imagem moderna e virada<br />
para o conforto do cliente.<br />
Num terreno com mais de<br />
3.100 m2, esta nova casa de<br />
pneus Recauchutagem<br />
Ramôa em Barcelos, possui<br />
dois pisos, o superior dedicado<br />
aos veículos ligeiros e o inferior<br />
para os pesa<strong>dos</strong>, numa área coberta<br />
que ascende aos 1.550 m 2 .■<br />
“<br />
Quem trabalha nesta casa tem<br />
que pensar Ramôa 24 horas<br />
por dia”. Esta frase de António<br />
Ramôa, Administrador da Recauchutagem<br />
Ramôa, espelha de forma<br />
clara a dedicação e empenho que toda a<br />
família, desde o seu pai e fundador, Manuel<br />
Ramôa, até à terceira geração (já a<br />
trabalhar na empresa), presta a este<br />
negócio.<br />
Num ano em que a Recauchutagem<br />
Ramôa vai levar por diante diversas acções<br />
de comemoração <strong>dos</strong> seus 40 anos,<br />
com reflexos externos, na atribuição de<br />
prémios aos seus clientes por via de<br />
campanhas especificas, mas também<br />
internos, através de determina<strong>dos</strong> eventos,<br />
um deles marcará de forma indelével<br />
esta data, como é o caso da inauguração<br />
da nova filial em Barcelos.<br />
Existe um enorme orgulho da empresa<br />
neste investimento, levando António<br />
Ramôa a dizer que “esta nova filial de<br />
Barcelos é a menina <strong>dos</strong> nossos olhos,<br />
sendo a prenda que quisemos dar a nós<br />
próprios, e muito especialmente ao fundador<br />
Manuel Ramôa, meu pai e principal<br />
impulsionador da empresa ao longo<br />
de to<strong>dos</strong> estes anos. Foi uma pessoa que<br />
nos passou uma mensagem de trabalho,<br />
dedicação, honestidade e seriedade, que<br />
são valores muito importantes no negócio<br />
e <strong>dos</strong> quais não abdicamos”.<br />
Aliás, para Manuel Ramôa, existe na<br />
empresa “o gosto e o prazer de sermos<br />
honestos e sérios, o que se vê cada vez<br />
menos neste mercado, mas que nos<br />
trouxe muitos proveitos”.<br />
Actualmente o “mundo” Ramôa é<br />
enorme. A Recauchutagem Ramôa possui<br />
nove casas de pneus, distribuídas<br />
por Braga (3), Barcelos (2), Vieira do Minho,<br />
Póvoa de Lanhoso, Montalegre e<br />
Vila Verde, e uma estação de serviço<br />
Galp em Braga, sem esquecer a unidade<br />
industrial de recauchutagem de pneus.<br />
Na sua totalidade trabalham na empresa<br />
mais de 110 funcionários, do quais<br />
25 estão integra<strong>dos</strong> na unidade fabril.<br />
Cerca de 30% da facturação da empresa<br />
é proveniente da actividade de recauchutagem,<br />
enquanto os restantes<br />
resultam praticamente da venda de<br />
pneus.<br />
“Na recauchutagem houve uma enorme<br />
modernização, e também por isso<br />
passamos a ser certifica<strong>dos</strong> nos pneus<br />
recauchuta<strong>dos</strong>, partindo para a homologação<br />
do nosso produto que pode ser<br />
vendido em toda a Europa, seja de ligeiro<br />
ou pesado com marca Ramôa”, assegura<br />
António Ramôa. -<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
53
REPORTAGEM<br />
Recauchutagem Ramôa<br />
Apesar de produzir pneus ligeiros<br />
racauchuta<strong>dos</strong>, a ”nossa<br />
aposta vai para o pesado, agrícola,<br />
longo curso, comerciais, fora<br />
de estrada, industrial e alguns<br />
pneus de turismo”.<br />
“A aposta no pneu recauchutado<br />
para ligeiros não faz muito sentido.<br />
Ainda o fazemos porque o mercado<br />
o pede e a situação económica do<br />
país o obriga, mas actualmente já<br />
existem propostas ao nível <strong>dos</strong><br />
pneus novos que supera em termos<br />
de preço o recauchutado, embora<br />
também existam novos com menos<br />
qualidade que os recauchuta<strong>dos</strong>”,<br />
refere o mesmo responsável.<br />
O Capital Social da Recauchutagem<br />
Ramôa é de 1.250.000 euros, prevendo a<br />
empresa facturar perto de 15 milhões de<br />
Euros em <strong>2008</strong>.<br />
Paralelamente aos negócios principais<br />
da empresa, a Recauchutagem Ramôa<br />
dedica-se também à distribuição e revenda<br />
de pneus, tanto ao nível da recauchutagem<br />
como de pneus novos, com<br />
forte incidência na zona norte.<br />
Retalho<br />
A lógica de rede de casas de pneus, é<br />
algo que sempre esteve presente na Recauchutagem<br />
Ramôa. À medida que foram<br />
sendo inauguradas as diversas casas<br />
de pneus que a empresa detém na<br />
região norte do país, houve sempre a intenção<br />
de estar próximo do cliente.<br />
“Sempre houve sensibilidade para se<br />
investir nos meios, materiais e humanos,<br />
que nos permitam a prestação de um<br />
serviço de qualidade”, assegura Antónia<br />
Ramôa, que não esquece também os investimentos<br />
que são feitos nas melhores<br />
máquinas, “pois julgamos que só<br />
tem sucesso quem investir na qualidade”<br />
e na formação “que tem que<br />
ser contínua”.<br />
A ligação à rede First Stop surgiu<br />
também na Recauchutagem Ramôa<br />
de forma natural, por via de uma relação<br />
história ás marcas Firestone e à<br />
Bridgestone.<br />
Apesar de algumas filiais terem também<br />
imagem First Stop, como é o caso<br />
da unidade recentemente inaugurada<br />
em Barcelos, “houve a manutenção do<br />
nome e da imagem Recauchutagem Ramôa<br />
em algumas das nossas casas, pois<br />
entedemos que é já uma marca, que as<br />
pessoas conhecem, que transmite credibilidade,<br />
que vende, que está consagrada<br />
e que não podia estar separada das nossas<br />
casas” afirma António Ramôa.<br />
Disponibilizando outros<br />
serviços nas suas casas de<br />
pneus, nomeadamente ao<br />
nível da mecânica rápida,<br />
António Ramôa afirma que<br />
“ao limite a que se chegou<br />
na venda de pneus, com<br />
margens cada vez mais<br />
esmagadas, tivémos que<br />
forçosamente alargar o<br />
nosso leque de negócios<br />
dentro da vertente automóvel”.<br />
Relativamente ao mercado, os 40 anos<br />
de história da empresa, permitem aos<br />
seus responsáveis olhar para o sector<br />
com muita clareza. Considerando que o<br />
“mercado paralelo é a principal ameaça”,<br />
António Ramôa refere a enorme ilegalidade<br />
que campeia no mercado paralelo,<br />
como sendo um <strong>dos</strong> factores que prejudica<br />
quem está de forma séria no sector.<br />
“Continuamos a ser a sucata da Europa,<br />
comprando os pneus que os outros já<br />
não usam, com a desvantagem de não<br />
entrarem no circuto da<br />
António Ramôa, está<br />
orgulhoso no trabalho<br />
desenvolvido pela<br />
Recauchutagem Ramôa<br />
RECAUCHUTAGEM<br />
RAMÔA<br />
A Recauchutagem<br />
Ramôa possui<br />
nove filiais na zona<br />
norte de Portugal<br />
em redor de<br />
Braga<br />
Sede: Avenida do Cávado 114-116<br />
Apartado 2657<br />
4700-690 Palmeira, Braga<br />
Adminstrador: António Ramôa<br />
Telefone: 253 607 760<br />
Fax: 253 607 779<br />
E-mail: geral@ramoa.pt<br />
Internet: www.ramoa.pt<br />
54<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Valorpneu, sendo esta uma fatia importante<br />
no nosso mercado”, revela o mesmo<br />
responsável, acrescentando que “se<br />
comprassemos to<strong>dos</strong> nos mesmos canais,<br />
viviamos melhor no sector”.<br />
Honestidade e<br />
seriedade no negócio<br />
do pneus, sao valores<br />
que os responsáveis da<br />
Recauchutagem<br />
Ramôa preservam<br />
Futuro<br />
Para o futuro a “nossa ideia é não parar<br />
por aqui”, garante o Administrador da<br />
empresa, acrescentando que “temos em<br />
mente abrir mais uma ou duas lojas, num<br />
raio de acção de 100 /<br />
150 kms”. Porém, a Recauchutagem<br />
Ramôa<br />
pensa já noutros negócios,<br />
que poderão vir a estar<br />
liga<strong>dos</strong> ao automóvel,<br />
mas nada terão a ver com<br />
pneus.<br />
Para finalizar, António<br />
Ramôa não quis deixar a<br />
oportunidade de agradecer<br />
“a to<strong>dos</strong> os funcionários<br />
que passaram pela Recauchutagem<br />
Ramôa e que deram<br />
o seu contributo para o<br />
sucesso desta empresa”. ■<br />
MARCOS HISTÓRICOS<br />
A Recauchutagem Ramôa teve origem em 31 de Agosto de 1968, na altura denominada “Oliveira & Ramôa”<br />
com um capital social de 25.000 escu<strong>dos</strong>, começando inicialmente por comercializar pneus no centro de Braga.<br />
Em 1974, instalou um pavilhão para a recauchutagem de pneus.<br />
No ano de 1981, a família Ramôa adquiriu a totalidade das quotas ao sócio Joaquim Oliveira, originando assim,<br />
a alteração do nome da sociedade de “Oliveira & Ramôa, Lda” para “Manuel Ramôa e Filhos, L.da.”.<br />
Desde então, a empresa tem crescido progressivamente, tendo implementado uma nova área comercial e<br />
industrial na Confeiteira - Dume (1981), ainda nesse ano foi criado o posto de venda de Barcelos e, em 1987, a<br />
empresa criou um segundo posto nesta mesma localidade.<br />
Em 1989, abriu uma filial em Vieira do Minho e em 1993, em Vila Verde.<br />
Contudo, foi em 1998 que se deu a maior expansão comercial. Foram cria<strong>dos</strong> no mesmo local (Palmeira) um<br />
posto de abastecimento de combustíveis e um posto de assistência a veículos pesa<strong>dos</strong>, que funcionam<br />
de forma independente. Para além disso, a área industrial da empresa foi<br />
transferida para o Parque Industrial de Adaúfe e as instalações de Dume<br />
foram remodeladas e passaram apenas a funcionar com a área comercial.<br />
Em Janeiro de 2002 a empresa inaugurou um novo estabelecimento na<br />
Póvoa de Lanhoso.<br />
Em 21 de Dezembro de 1999, altera-se a denominação social da empresa<br />
para “Recauchutagem Ramôa, S.A.”.<br />
Em 5 de Julho de 2<strong>001</strong>, foi aprovado o processo de<br />
homologação de qualidade <strong>dos</strong> produtos e de certificação de<br />
qualidade nos termos da ISO 9002.<br />
Já no decorrer deste ano a empresa completa 40 anos de<br />
existência e para celebrar abriu mais uma filial em Barcelos, com<br />
instalações modernas onde presta serviços de ligeiros e também<br />
de pesa<strong>dos</strong> numas instalações com cerca de 1600 m2 de área<br />
coberta dota<strong>dos</strong> da mais alta tecnologia no ramo automóvel.<br />
Refira-se que o volume de facturação da secção de<br />
recauchutagem, representou no ano passado cerca de 30% do<br />
volume de facturação total da empresa.■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
55
REPORTAGEM<br />
BJS Reparação de Jantes<br />
COMO NOVAS<br />
Apostada em valores como o serviço e a imagem, a BJS<br />
Reparação de Jantes é a mais recente operadora do ramo<br />
em Portugal. As casas de pneus agradecem.<br />
Omercado das reparação das jantes<br />
tem ganho uma significativa expressão<br />
no mercado português,<br />
sendo cada vez mais os operadores que trabalham<br />
nesta área, que é muito útil para as<br />
casas de pneus, que lidam diariamente com<br />
jantes.<br />
A reparação de jantes empenadas ou parcialmemente<br />
partidas é um trabalho que exige<br />
especialização e conhecimentos técnicos,<br />
bem como alguma experiência, pois nunca se<br />
pode colocar em causa a segurança do automóvel.<br />
Ciente desta realidade, e observando uma<br />
oportunidade de mercado, surgiu em Torres<br />
56<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
Vedras uma nova casa de reparação de jantes,<br />
a BJS, liderada por jovens empresários,<br />
com conhecimentos do sector e muita vontade<br />
de singrar no mercado, apostando em<br />
áreas críticas de sucesso, como o serviço rápido,<br />
atendimento personalizado e a imagem.<br />
Começando por este último aspecto, a BJS<br />
apostou claramente nas cores preta e laranja,<br />
que transmitem uma imagem de modernidade<br />
e dão uma identidade própria à empresa.<br />
To<strong>dos</strong> os elementos físicos da BJS,<br />
sejam instalações, veículos, fardamento, documentação,<br />
etc, recorrem a uma imagem<br />
comum, considerada como fundamental pelos<br />
seus responsáveis, nos valores que pretendem<br />
transmitir aos seus clientes.<br />
Internamente, esta empresa fundada já no<br />
último trimestre de 2007, investiu em equipamentos<br />
modernos que utilizam processos<br />
de reparação, tratamento e pintura das jantes<br />
muito modernos.<br />
O que também concorre para a qualidade<br />
de serviço é a qualificação <strong>dos</strong> técnicos, que<br />
possuem larga experiência neste tipo de actividade<br />
de reparação de jantes, pois apesar<br />
<strong>dos</strong> modernos equipamentos trata-se de um<br />
trabalho que requer técnicos e mão-de-obra<br />
especializada e conhecedora.<br />
“Ao apostarmos na reparação das jantes<br />
teriamos que o fazer pela via da qualidade do<br />
serviço que prestamos em termos técnicos,<br />
e que nos permite ter um excelente produto
BJS NO MERCADO<br />
Localizada na Zona Industrial de Arenes, em Torres<br />
Vedras, a BJS teve o seu início de actividade em<br />
Outubro de 2007, desde logo com o objectivo de<br />
“prestar ao cliente um melhor serviço em termos de<br />
rapidez pela maior proximidade com os clientes desta<br />
zona do país”, refere Licínio Aniceto.<br />
Com uma capacidade instalada superior às 2.000<br />
jantes que repara por mês, a BJS não condiciona a<br />
sua actividade apenas às jantes <strong>dos</strong> veículos ligeiros<br />
dando resposta também às jantes para moto, moto 4,<br />
pesa<strong>dos</strong> e mesmo de competição ou de veículos<br />
clássicos.<br />
Com uma carteira superior a 500 clientes, a BJS<br />
tem como clientes as casas de pneus, os<br />
concessionários automóveis e de motos, mas também<br />
algumas frotas e diversos outros agentes que<br />
trabalham com pneus e jantes.■<br />
A imagem é também um <strong>dos</strong> pontos fortes<br />
desta empresa de reparação de jantes<br />
A empresa de Torres Vedras recorreu a<br />
profissionais com larga experiência na<br />
reparação de jantes<br />
final para entregar aos clientes”, afirma Licínio<br />
Aniceto, Sócio-gerente da BJS.<br />
A qualidade também se mede pelo serviço<br />
comercial prestado aos clientes, sendo este<br />
um pormenor também considerado muito<br />
importante na BJS.<br />
Recorrendo a uma equipa de quatro comerciais,<br />
que trabalha essencialmente o<br />
mercado da grande Lisboa, região sul do<br />
país e mesmo algumas zonas de Espanha, a<br />
BJS aposta numa relação de proximidade<br />
com os seus clientes.<br />
“Para nós é fundamental entregar rapidamente<br />
ao cliente as jantes”, refere Licínio<br />
Aniceto, assegurando que no “máximo em<br />
48 horas recolhemos, reparamos e entregamos<br />
a jante, o que nos parece um excelente<br />
indicador de serviço para o cliente. Penso<br />
que este é um factor que nos diferencia da<br />
concorrência”.■<br />
A BJS possui meios técnicos para<br />
desenvolver todo o tipo de reparações<br />
Qualquer jante, de moto, ligeiro ou pesado,<br />
pode ser reparada na BJS<br />
BJS REPARAÇÃO<br />
DE JANTES<br />
Sede: Zona Industrial Arenes<br />
Rua Luís Vaz de Camões, 4<br />
2560-685 Torres Vedras<br />
Gestor do negócio: Licínio Aniceto<br />
Telefone: 261 312 151<br />
Fax: 261 311 147<br />
E-mail: geral@bjs.pt<br />
Internet: www.bjs.pt<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
57
APRESENTAÇÃO<br />
Point S Portugal<br />
PONTO DE PARTIDA<br />
Foi oficialmente apresentada em Lisboa, no final do mês de<br />
Março, a mais recente rede independentes de pneus que irá<br />
começar a operar no nosso país. Chama-se Point S, chega de<br />
França, e pretende marcar a sua presença neste sector.<br />
Omercado do pós-venda automóvel<br />
português ficou fortemente marcado<br />
nos últimos anos pelo estabelecimento<br />
de diversas redes oficinais. A<br />
Point S é a mais recente delas todas, tendo<br />
sido recentemente apresentada aos principais<br />
operadores do sector <strong>dos</strong> pneus em<br />
Portugal.<br />
Um <strong>dos</strong> aspectos mais importantes na<br />
Point S é que a mesma é totalmente independente<br />
(em termos financeiros) de qualquer<br />
construtor de pneus, sendo constituída,<br />
desde a sua origem, pela associação de casas<br />
de pneus independentes.<br />
Estas são as marcas diferenciadoras que a<br />
Point S quer estabelecer no mercado em<br />
Portugal e que, aliás, estão consolidadas pelos<br />
37 anos de experiência que a empresa<br />
tem e pelos mais de 1.500 pontos de venda<br />
de pneus (que representam quase 1.000 casas<br />
de pneus) espalha<strong>dos</strong> por cerca de 15<br />
países em toda a Europa.<br />
“Queremos claramente ser conheci<strong>dos</strong><br />
como os especilistas de pneus, com uma<br />
marca comum, que é a Point S, mas que podem<br />
prestar outros serviços, embora com<br />
uma expressão mais reduzida”, referiu Fabien<br />
Bouquet, Director Internacional da<br />
Point S Development na apresentação.<br />
Essa especialização é transmitida, segundo<br />
o mesmo responsável, pelos mais de 11<br />
milhões de pneus que a Point S vende em<br />
toda a Europa, o que representa uma quota<br />
de mercado de 5% nos veículos ligeiros e 8%<br />
nos veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
Fabien Bouquet, esteve em Portugal para<br />
apresentar a nova rede de especialistas de<br />
pneus e manutenção automóvel<br />
58<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
ADESÃO À REDE POINT S<br />
Homem com larga experiência no mercado <strong>dos</strong> pneus, Humberto<br />
Meneses é o responsável pelo desenvolvimento da Point S em<br />
Portugal. Nesta fase de arranque a Point S irá apoiar fortemente os<br />
primeiros 20 aderentes, que deverão estar geograficamente bem<br />
dispersos pelos país (com forte presença no litoral).<br />
O acesso à rede Point S está condicionada a determinadas regras e à<br />
análise que é feita de cada aderente. Os requisitos mínimos são dispor<br />
de instalações com um mínimo de 150 m 2 , dispondo de equipamentos<br />
adequa<strong>dos</strong> aos produtos comercializa<strong>dos</strong> e um escritório devidamente<br />
informatizado. Com acções de Marketing dirigidas à rede e ao<br />
consumidor final, pretende-se transformar a rede de compras também<br />
numa rede de vendas.<br />
O acompanhamento à rede e ao seu desenvolvimento está<br />
programado por fases, quer através de “back-office” quer através do<br />
desenvolvimento de acções de formação no plano técnico como<br />
comportamental (atendimento).<br />
Cada aderente à rede passará a ser accionista da Point S, gerindo o<br />
seu próprio negócio de forma independente (fazendo os pedi<strong>dos</strong><br />
directamente às marcas), embora a facturação seja centralizada, pois<br />
os objectivos passam pela redução nos stocks e pela uniformização de<br />
descontos.<br />
“Outro <strong>dos</strong> objectivos é também usufruir de uma imagem Point S e de<br />
uma marca própria de pneus que é a SummerStar, ter acesso a<br />
formação e poder desenvolver o negócio junto de outros clientes como<br />
as gestoras de frotas”, afirma Humberto Meneses.■<br />
A Apresentação da Point S em Portugal contou com os representantes das principais marcas<br />
de pneus representadas no nosso país<br />
A Point S<br />
dispõe de uma<br />
marca de pneus<br />
própria,<br />
designada<br />
SummerStar<br />
POINT S<br />
PORTUGAL<br />
Sede: Rua da Saibreira, Lt 6 – 1º Dto<br />
2600-679 Castanheira do Ribatejo<br />
Gestor do negócio: Humberto Meneses<br />
Telefone: 263 284 277<br />
Fax: 263 284 279<br />
E-mail: point-s-portugal@mail.telepac.com<br />
Internet: www.points-development.com<br />
Derivado da sua experiência internacional,<br />
o conceito Point S assenta, como se disse,<br />
em especialistas de pneus, “que apostem<br />
numa imagem comum e que estejam fortemente<br />
orienta<strong>dos</strong> para a área comercial,<br />
pois serão eles próprios os accionistas e que<br />
irão tomar decisões sobre o negócio”, afirma<br />
Fabien Bouquet.<br />
Durante <strong>2008</strong>, a Point S pretende ter cerca<br />
de 20 pontos de venda, enquanto os objectivos<br />
a médio prazo, até 2010, passam por<br />
uma rede de 62 especialistas de pneus.<br />
To<strong>dos</strong> estes pontos de venda serão identifica<strong>dos</strong><br />
em termos de imagem com a rede<br />
em questão, quer em termos de cores, logotipos<br />
e decoração, ao nível do edíficio, economato<br />
e fardamento.<br />
Em termos de fornecimento, a Point S vai<br />
trabalhar com os principais fabricantes de<br />
pneus que estão presentes no mercado em<br />
Portugal, recorrendo também a diversos<br />
fornecedores nacionais na área das peças,<br />
<strong>dos</strong> acessórios e <strong>dos</strong> consumíveis, embora<br />
mais tarde também se possa iniciar a venda<br />
de alguns produtos com marca Point S.<br />
Tal como acontece em quase todas as redes,<br />
também a Point S tem uma marca própria,<br />
a SummerStar, fabricada pela Continental,<br />
que apresenta uma gama muito vasta<br />
de pneus para ligeiros e comerciais.<br />
Refira-se que a Point S Portugal, terá a sua<br />
sede em Castanheira do Ribatejo, onde estão<br />
centraliza<strong>dos</strong> os serviços administrativos e<br />
comerciais.■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
59
TÉCNICA<br />
Compreender os pneus<br />
FUNÇÕES E ESTRUTURA<br />
O pneu é o elo de ligação do veículo à estrada, cuja missão<br />
consiste em transmitir todas as forças estáticas e<br />
dinâmicas do carro ao solo, através de uma área de<br />
contacto equivalente ao um bilhete postal ou à palma de<br />
uma mão. O conforto, a segurança e toda a condução do<br />
veículo passam pelo pneu.<br />
Se estrada estiver molhada, o pneu<br />
tem ainda a função de eliminar a<br />
água entre a sua banda de rodagem<br />
e a via, de maneira a manter o melhor contacto<br />
ao solo. Não será, pois, de estranhar<br />
que todo o desenvolvimento de um novo modelo<br />
rode em torno de um pneu específico,<br />
cujas medidas, estrutura e pressão de ar interna,<br />
rigorosamente especificadas, se destinam<br />
a garantir um comportamento óptimo<br />
da viatura, na utilização comum em estrada.<br />
A primeira característica que um pneu<br />
deve apresentar é a resistência, segundo diversos<br />
ângulos:<br />
- Resistência ao desgaste e à deterioração<br />
provoca<strong>dos</strong> pelo uso e pelos agentes<br />
agressivos (atrito, calor, produtos químicos,<br />
pedras, etc.);<br />
- Resistência mecânica estrutural, a fim de<br />
sustentar o peso do veículo e respectivos<br />
ocupantes e bagagens, transmitir os eleva<strong>dos</strong><br />
binários de aceleração e travagem,<br />
quando o carro se desloca, assim como as<br />
forças transversais geradas pela força<br />
centrífuga em curva, sem se deformar<br />
exageradamente, pondo em risco as suas<br />
normais prestações;<br />
- Resistência a impactos, provoca<strong>dos</strong> por<br />
buracos, desníveis da via, passeios, pedras<br />
e outros objectos, etc. Para se ter uma<br />
ideia das solicitações que o pneu sofre,<br />
basta dizer que num automóvel familiar<br />
médio cada pneu suporta cerca de meia<br />
tonelada de força estática. Se o veículo se<br />
movimentar a alta velocidade, essas forças<br />
são ainda consideravelmente maiores.<br />
A segunda característica essencial <strong>dos</strong><br />
pneus é a elasticidade, destinada a absorver<br />
as irregularidades e vibrações da via, juntamente<br />
com os componentes da suspensão.<br />
O compromisso resistência/elasticidade é<br />
assim fundamental para o conforto, a segurança<br />
de condução e o nível de ruído em circulação.<br />
Outra característica fundamental do pneu<br />
é a aderência, que garante a transferência<br />
das forças para a estrada. A aderência resulta<br />
do desenho do piso, da estrutura do pneu e<br />
da composição da mistura que constitui a<br />
60<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
orracha. Neste momento, importa que o<br />
pneu tenha uma boa aderência, mas sem<br />
que isso signifique um aumento do consumo<br />
de combustível, sendo necessário encontrar<br />
um grau correcto de compromisso entre dureza<br />
e aderência. A grande concorrência que<br />
existe no mercado <strong>dos</strong> pneus para automóvel,<br />
que é um consumível de desgaste relativamente<br />
rápido, faz com que os padrões de<br />
qualidade e desenvolvimento tecnológico se<br />
mantenham eleva<strong>dos</strong>, garantindo o produto<br />
ao consumidor.<br />
1<br />
6<br />
7<br />
ELEMENTOS DO PNEU<br />
Para conseguir levar a bom termo a sua<br />
hercúlea tarefa, o pneu é construído para<br />
que as diversas partes que o constituem se<br />
apoiem entre si, contribuindo da melhor forma<br />
para o desempenho global. To<strong>dos</strong> os elementos<br />
que formam o pneu são vulcaniza<strong>dos</strong><br />
em conjunto, para lhes dar a coerência e<br />
coesão indispensáveis. Na Figura acima, podemos<br />
verificar, através de um corte transversal,<br />
a complexidade interna do pneu:<br />
1. Revestimento interior de borracha sintética,<br />
impermeável ao ar sob pressão e que<br />
funciona como câmara de ar.<br />
2. A carcaça é constituída por finos cabos<br />
de fibra têxtil perpendiculares entre si, embebi<strong>dos</strong><br />
na borracha. São estes cerca de<br />
1.400 cabos que permitem ao pneu suportar<br />
a pressão interna, podendo cada cabo resistir<br />
individualmente uma força de 15kg.<br />
1<br />
5 3<br />
4 2<br />
3. O talão é parte do pneu que se apoia na<br />
jante, quando o pneu é montado à pressão,<br />
ou seja, o mais justo possível. Com o enchimento,<br />
a pressão interior do ar comprimido<br />
aumenta ainda mais o contacto do talão<br />
com a jante, permitindo que o pneu e jante<br />
funcionem como uma única peça, a fim de<br />
transmitir os binários de travagem e aceleração<br />
ao solo.<br />
4. Os aros do talão são reforça<strong>dos</strong> interiormente<br />
com cabos de aço, para impedir a<br />
deformação do talão e manter o pneu em<br />
permanente contacto com a jante. Podem<br />
suportar forças até 1.800kg, sem risco de<br />
ruptura.<br />
5. Os flancos são as paredes laterais do<br />
pneu, estabelecendo a ligação entre a banda<br />
de rodagem ou piso e os talões. São revesti<strong>dos</strong><br />
por uma camada de borracha flexível,<br />
que protege a carcaça <strong>dos</strong> impactos.<br />
6. As lonas de reforço destinam-se a dar<br />
estabilidade dinâmica ao pneu, sendo constituídas<br />
por finos cabos de aço. As lonas são<br />
cruzadas sobre a carcaça, de modo a formar<br />
minúsculos triângulos indeformáveis.<br />
A função das lonas é bastante complexa,<br />
porque têm que ser suficientemente rígidas,<br />
para impedir a deformação do pneu<br />
pela força centrífuga e pelos esforços de<br />
tracção laterais. Em contrapartida, têm que<br />
conservar alguma flexibilidade, para permitir<br />
ao pneu absorver as irregularidades<br />
da estrada. A colagem <strong>dos</strong> cabos de aço à<br />
borracha é um processo tecnicamente<br />
complexo, mas é fundamental para o correcto<br />
comportamento do pneu.<br />
7. A banda de rodagem é a parte do pneu<br />
que está em contacto com a estrada e contribui,<br />
com o desenho das suas esculturas<br />
na borracha, para a imediata identificação<br />
de cada pneu. A mistura que constitui esta<br />
camada de borracha, colocada sobre as telas<br />
de reforço, tem por missão assegurar a<br />
aderência nos mais varia<strong>dos</strong> pisos e condições<br />
climatéricas, assim como proporcionar<br />
longa duração e baixo consumo de<br />
combustível.<br />
3 4<br />
2 5<br />
6<br />
O pneu influencia directamente o conforto, o<br />
comportamento e a condução do automóvel<br />
IDENTIFICAR UM PNEU<br />
As marcas na actualidade jogam forte na<br />
estética <strong>dos</strong> pneus e na sua capacidade de<br />
impressionar os consumidores, aliás, como<br />
em tudo o mais. O desenho do pneu, a marca<br />
e a forma como é apresentado não revelam,<br />
no entanto, as características objectivas do<br />
produto, as quais interessam tanto aos profissionais<br />
do ramo, como as consumidores<br />
finais. De facto, cada pneu é estudado e produzido<br />
para veículos com determinadas características,<br />
estando a sua utilização limitada<br />
por certos factores, como a velocidade e a<br />
carga, por exemplo. Para que os interessa<strong>dos</strong><br />
possam identificar as características<br />
técnicas do pneu, estas encontram-se codificadas<br />
em caracteres inscritos na própria<br />
borracha, incluindo o país de origem, certificações<br />
e outros aspectos legais importantes.<br />
As principais características que interessam<br />
aos condutores e profissionais de montagem<br />
estão geralmente bem visíveis e podem ser<br />
interpretadas da seguinte forma, seguindo<br />
um exemplo aleatório de 205/55 R16 91W:<br />
1. 205 é a largura do pneu em milímetros.<br />
2. 55 indica a Série, isto é, altura/largura x<br />
100. Neste caso, trata-se de um pneu bastante<br />
convencional, com 113mm de altura,<br />
um pouco mais de metade da largura. Neste<br />
momento, estão a utilizar-se pneus com menos<br />
de metade da largura em altura, da Série<br />
40, 30, etc., que são os chama<strong>dos</strong> pneus de<br />
perfil baixo. Esses pneus proporcionam um<br />
comportamento dinâmico superior e dissipam<br />
melhor o calor, mas tornam a suspensão<br />
mais firme.<br />
3. R este símbolo indica que o pneu é de<br />
construção radial, a regra quase geral em<br />
veículos ligeiros de passageiros.<br />
4. 16 é a medida em polegadas do diâmetro<br />
da jante.<br />
5. 91 indica o índice de carga, que neste<br />
caso é de 615kg. Multiplicando por 4, obtémse<br />
o peso bruto do veículo, isto é, 2.460kg. Dividindo<br />
o PB por 4, obtém-se a carga máxima<br />
necessária em cada pneu.<br />
6. W é o código do índice de velocidade máxima,<br />
neste caso igual a 270 km/h.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
61
TÉCNICA<br />
Meramente a título exemplificativo, fornecemos<br />
abaixo os principais códigos de velocidade<br />
máxima, visto que existem códigos a<br />
partir <strong>dos</strong> 5km/h…<br />
SÍMBOLO<br />
VELOCIDADE<br />
DE VELOCIDADE<br />
(Km/h)<br />
R 170<br />
S 180<br />
T 190<br />
U 200<br />
H 210<br />
V 240<br />
W 270<br />
Y 300<br />
Com os índices de carga, também vamos<br />
seguir o mesmo critério, pois estes variam<br />
entre 45kg e 136 toneladas…<br />
ÍNDICE<br />
CARGA MÁXIMA<br />
DE CARGA POR PNEU (Kg)<br />
75 387<br />
80 450<br />
85 515<br />
90 600<br />
95 690<br />
100 800<br />
105 900<br />
62<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
MEDIDAS DE PNEUS E JANTES<br />
Para cada tipo e medida de pneu, corresponde<br />
uma medida de jante. Se bem que as<br />
jantes de liga leve tenham inegáveis vantagens,<br />
em termos de melhorar as prestações<br />
dinâmicas da viatura, dissipação do calor<br />
mais eficiente, economia de combustível e<br />
"up grade" estético, nem sempre as modificações<br />
introduzidas se traduzem por um<br />
maior nível de segurança, economia, conforto<br />
e performances, pelo contrário. A primeira<br />
condição, que raramente é respeitada, é a<br />
nova jante estar homologada, quer pelo<br />
construtor do veículo, quer pelo próprio fabricante<br />
da jante, para um determinado modelo<br />
de automóvel, tanto em especificações<br />
de construção, como em medidas. A medida<br />
das jantes é dada em polegadas, tanto para o<br />
diâmetro, como para a largura. Para saber a<br />
correspondência da largura do pneu com a<br />
da jante, é necessário converter as polegadas<br />
em milímetros (1 polegada=25,4mm). Se<br />
a jante for mais estreita do que o pneu, este<br />
fica a "flutuar", com prejuízo da direcção e da<br />
estabilidade do veículo. Se for mais larga, o<br />
pneu fica achatado, diminuindo o rendimento<br />
da viatura e prejudicando o seu comportamento<br />
dinâmico. No quadro abaixo, dá-se<br />
uma ideia das principais equivalências de<br />
medidas pneu/jante:<br />
DIMENSÕES DA JANTE DIMENSÕES<br />
MÍNIMO IDEAL MÁXIMO DO PNEU<br />
4 5 6 175/70 R 13<br />
4,5 5,5 6 175/70 R 13<br />
5 5,5 6,5 185/70 R13<br />
5,5 6 7 195/70 R13<br />
5 5,5 7 185/60 R 14<br />
5,5 6 7 195/60 R 14<br />
5,5 6 7,5 205/60 R 14<br />
6 6,5 8 225/60 R 14<br />
Além da medida da jante, é necessário verificar<br />
a distância do plano de fixação da jante<br />
ao cubo da roda, pois é variável. Ao trocar<br />
para pneus de perfil baixo, o diâmetro da jante<br />
tem que aumentar proporcionalmente,<br />
desde que caiba dentro do espaço previsto<br />
pelo construtor do veículo, para os elementos<br />
da direcção e da suspensão. De qualquer<br />
modo, se a medida da jante não estiver correcta,<br />
às vezes o condutor só descobre na<br />
pior altura, ou seja, quando vai a curvar a<br />
grande velocidade, ou quando leva o carro ao<br />
Centro de Inspecção. Direcção pesada, menor<br />
conforto de suspensão, maior consumo<br />
de combustível e performances inferiores<br />
são algumas das "surpresas" de condutores<br />
que não procuram assistência de profissionais<br />
competentes, a fim de trocar jantes e<br />
pneus da sua viatura. A fim de calcular a<br />
equivalência do diâmetro exterior de diversos<br />
tipos de pneus, monta<strong>dos</strong> em várias jantes,<br />
existe a seguinte fórmula matemática:<br />
D = d x 25,4 + 2Ra/100 x S (mm)<br />
O resultado dá o diâmetro exterior do pneu<br />
(D) em milímetros, tendo em conta que:<br />
Ra = Formato do pneu (Série)<br />
S = Largura em mm<br />
D = Diâmetro da jante (polegadas)<br />
A CORRECTA PRESSÃO DOS PNEUS<br />
A pressão de enchimento <strong>dos</strong> pneus é uma<br />
das suas mais importantes especificações,<br />
uma vez que é variável, quer em função da<br />
carga e da modificação da temperatura, quer<br />
em resultado de anomalias e de perío<strong>dos</strong><br />
exageradamente longos sem verificação. A<br />
pressão ideal do pneu é a preconizada pelo<br />
construtor do veículo, que efectuou to<strong>dos</strong> os<br />
cálculos, a fim de obter rigorosamente os<br />
melhores resulta<strong>dos</strong>, tanto em termos de<br />
conforto, como no que respeita a rendimento<br />
e economia da viatura. Nos manuais de utilização<br />
<strong>dos</strong> veículos existe uma tabela de<br />
pressões para os dois eixos, que pode ser diferente,<br />
quer com o veículo vazio, quer a plena<br />
carga. O enchimento incorrecto <strong>dos</strong><br />
pneus é o principal responsável pela sua<br />
prematura deterioração e por muitos erros<br />
de condução, com ou sem consequências<br />
desastrosas. A pressão insuficiente e a pressão<br />
desigual entre os diversos pneus do veículo<br />
são as duas situações piores, embora o<br />
excesso de pressão também apresente os<br />
seus inconvenientes. Analisemos em primeiro<br />
lugar as consequência da pressão insuficiente<br />
na condução:<br />
1. O carro reage com imprecisão aos coman<strong>dos</strong><br />
da direcção e a condução em curvas<br />
e ao travar torna-se aleatória.<br />
2. Os problemas de condução agravam-se<br />
quando o carro vai completamente carregado,<br />
pois a direcção pode tornar-se excessivamente<br />
pesada.<br />
3. Se a pressão estiver abaixo do recomendado<br />
apenas num ou em dois pneus, a condução<br />
é ainda mais problemática, especialmente<br />
ao travar e ao descrever curvas a alta<br />
velocidade.<br />
4. Excepção 1 - Em estrada molhada, um<br />
pressão ligeiramente abaixo da tabela (2-3<br />
psi), igual em to<strong>dos</strong> os pneus, pode promover<br />
a aderência, se o carro não estiver carregado,<br />
uma vez que o peso cria uma baixa<br />
pressão relativa.<br />
5. Excepção 2 - Como recurso, quando o<br />
carro patina em terrenos arenosos (junto<br />
das praias e <strong>dos</strong> rios), a pressão deve ser diminuída,<br />
uma vez que isso aumenta a área<br />
de contacto do pneu com o solo, promovendo<br />
a tracção.
A pressão ideal do pneu é a preconizada pelo<br />
construtor do veículo<br />
Vejamos, em seguida, os efeitos da pressão<br />
insuficiente nos próprios pneus e nos<br />
componentes mecânicos:<br />
1. A baixa pressão aumenta a área de contacto<br />
do pneu com a via, o que eleva consideravelmente<br />
o atrito e, em consequência, a<br />
temperatura do pneu. Como a borracha se<br />
torna mais macia ao aquecer e o atrito é superior,<br />
o desgaste do pneu aumenta drasticamente.<br />
O desgaste, por outro lado, tornase<br />
desigual, o que inutiliza ainda mais depressa<br />
o pneu, em especial nos ombros.<br />
2. Como o atrito e a resistência ao rolamento<br />
aumentam, o consumo também sobre,<br />
podendo atingir valores inespera<strong>dos</strong>.<br />
3. Os flancos do pneu rolam mais flecti<strong>dos</strong>,<br />
o que provoca fissuras, aumenta o desgaste<br />
e cria o risco de rebentamento e furos por<br />
impactos.<br />
4. As rótulas da direcção e da suspensão,<br />
bem como os rolamentos, sofrem desgaste<br />
prematuro devido à circulação com pressão<br />
insuficiente nos pneus.<br />
Ao contrário da pressão insuficiente, que<br />
afasta a parte central da banda de rolamento<br />
da estrada, o excesso de pressão projecta a<br />
parte central do pneu para fora, levantando<br />
os ombros do pneu. A análise desta situação<br />
em termos de condução, revela o seguinte:<br />
1. A direcção torna-se mais leve e os<br />
pneus perdem a aderência, deslizando mais<br />
facilmente no solo, o que provoca mais facilmente<br />
a derrapagem em curvas. Os condutores<br />
amantes da condução desportiva sabem<br />
isto, mas assumem pessoalmente os<br />
riscos e os custos dessa opção.<br />
2. Distâncias de travagem mais longas, sobretudo<br />
em pisos de fraca aderência, com<br />
perda eventual da trajectória.<br />
3. Perigo de rebentamento por impacto,<br />
principalmente com temperaturas exteriores<br />
elevadas.<br />
4. Excepção 1 - Para conduzir de forma<br />
contínua em auto-estrada, durante longas<br />
distâncias, pode ser aconselhável elevar a<br />
pressão apenas 0,2 ou 0,3 bar (3-5 psi), em<br />
todas as rodas, pois isso reduz ligeiramente<br />
o consumo e o aquecimento <strong>dos</strong> pneus.<br />
O pneus com excesso de pressão apresentam,<br />
por seu turno, os seguintes problemas:<br />
1. <strong>Maio</strong>r desgaste na parte central da banda<br />
de rodagem, que também se pode estender<br />
aos ombros, se o carro circular frequentemente<br />
em vias sinuosas.<br />
2. Aparecimento de fissuras na base <strong>dos</strong><br />
sulcos da banda de rodagem, devido à excessiva<br />
tensão da borracha.<br />
3. <strong>Maio</strong>r probabilidade de cortes e furos,<br />
por objectos contundentes.<br />
4. Menor conforto da suspensão.<br />
5. Embora a sobrepressão <strong>dos</strong> pneus dê<br />
lugar a alguma economia de combustível, o<br />
desgaste prematuro <strong>dos</strong> pneus e os eventuais<br />
impactos com outros veículos anulam<br />
rapidamente essa ligeira "vantagem". ■<br />
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Tel.: 21 928 80 52 - Fax: 21 928 80 53<br />
Mário Carmo mario.carmo@apcomunicacao.com<br />
Anabela Machado anabela.machado@apcomunicacao.com<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
63
CONSUMÍVEIS<br />
Travões<br />
DIVERSIDADE E<br />
COMPETÊNCIA<br />
As marcas de travões reagem com sucesso à grande<br />
oferta de produtos de travagem no aftermarket nacional.<br />
O know how e a presença OE são uma preciosa ajuda.<br />
Aqui ficam algumas propostas.<br />
Oque diferencia as marcas de produtos<br />
de travagem nem sempre é<br />
perceptível pelo elevado patamar<br />
em que quase todas se posicionam. Os fabricantes<br />
possuem produtos de alta qualidade<br />
graças aos seus processos integra<strong>dos</strong> de fabrico,<br />
a que juntam campanhas de marketing<br />
agressivas.<br />
O design, a própria fundição do ferro, passando<br />
pela montagem, testes e simulações,<br />
tudo é considerado para o sucesso do produto<br />
final. A inovação envolve novas tecnologias,<br />
novos materiais, novas formas e novos<br />
merca<strong>dos</strong>. A performance do produto é<br />
combinada com pesquisa para um estilo único,<br />
em linha com o desenho <strong>dos</strong> veículos.<br />
As novidades com que as marcas presenteiam<br />
o mercado são variadas. Nas linhas<br />
seguintes deixamos alguns <strong>dos</strong> mais recentes<br />
lançamentos e notícias relativas a uma<br />
dezena de marcas presentes em Portugal.<br />
64<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Brembo<br />
A Brembo tem estado particularmente activa.<br />
Exemplo disso é o facto da marca italiana,<br />
histórica na produção de discos e tambores<br />
de travão, ter recentemente lançado<br />
no mercado pastilhas de travão e kits de<br />
maxilas. É mais um actor de peso a baralhar<br />
as contas de um mercado já bastante competitivo.<br />
A experiência histórica da Brembo na produção<br />
de discos e tambores para automóveis,<br />
motocicletas e veículos comerciais, deu<br />
à marca um importante fôlego para o início<br />
da produção de dois produtos até agora arreda<strong>dos</strong><br />
do seu portfolio de travagem para o<br />
aftermarket.<br />
A Brembo tem uma larga experiência em<br />
sistemas de travões para Equipamento Original<br />
(OE) e corridas. Portanto os novos produtos<br />
para o aftermarket independente não<br />
lhe são totalmente estranhos.<br />
A Brembo analisou e concebeu mais de 60<br />
misturas distintas para cada aplicação específica<br />
de pastilhas, propondo de início cerca<br />
de 1000 artigos destina<strong>dos</strong> a mais de 96% do<br />
parque europeu.<br />
A marca irá aproveitar ao máximo as sinergias<br />
e a boa imagem alcançada com a<br />
venda <strong>dos</strong> históricos discos e tambores. Os<br />
novos produtos estão para já disponíveis no<br />
mercado espanhol, ao que tudo indica com<br />
uma boa aceitação, o que deixa antever a inserção<br />
também noutros merca<strong>dos</strong> europeus.<br />
À semelhança de outras importantes empresas,<br />
a Brembo tem investido com vista a<br />
garantir o seu crescimento. Exemplo disso é<br />
a recente aquisição do fabricante chinês<br />
Nanking Yuejin Automotive Brake Systems<br />
Co. (NYABS). Como consequência, a NYABS<br />
tornar-se-á o principal pólo industrial da<br />
Brembo naquele ponto do globo, com a intenção<br />
de produzir sistemas de travagem<br />
para carros de passageiros e veículos comerciais.<br />
Textar, Pagid, Mintex, Don<br />
A TMD Friction tem três marcas de prestígio<br />
para veículos ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, nomeadamente<br />
a Textar, a Pagid e a Don para pesa<strong>dos</strong><br />
e a Textar, a Pagid e a Mintex para veículos<br />
ligeiros. A Textar é actualmente a<br />
marca n.º 1 no sector <strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
O fabricante decidiu no início de 2007 dar a<br />
oportunidade aos seus clientes em Portugal<br />
de trabalharem directamente com a TMD<br />
Friction, em substituição <strong>dos</strong> diferentes<br />
agentes que então tinham. Tudo em nome da<br />
maior eficácia.<br />
Contam com o grande trunfo de uma presença<br />
muito forte no primeiro equipamento.<br />
A TMD Friction dedica as suas fábricas de<br />
Equipamento de Origem também à produção<br />
para o aftermarket. As marcas OE são<br />
colocadas no aftermarket sob as designações<br />
Textar e Pagid, dupla de nomes que<br />
lhes permite também segmentar o mercado.<br />
As marcas Textar e Pagid têm níveis de<br />
preços muito similares. Os produtos Mintex,<br />
por seu turno, não são primeiro equipamento<br />
mas possuem a mesma elevada qualidade<br />
e, além disso, têm uma relação preço qualidade<br />
muito atraente. Por fim, a marca Don é<br />
especialista em veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
A maior parte da facturação é realizada em<br />
fricção (pastilhas e maxilas) para carros de<br />
passageiros e veículos comerciais. Mas também<br />
possuem gamas completas de discos,<br />
indicadores de desgaste e flui<strong>dos</strong> de travão.<br />
A expansão da TMD Friction é também um<br />
ponto assente. Iniciou recentemente a laboração<br />
na sua nova fábrica em Caransebes/Roménia.<br />
Com este passo, o fabricante<br />
líder mundial de peças de fricção para equipamento<br />
de origem vai aumentar a sua produção<br />
em 20 milhões de unidades, num acumulado<br />
de aproximadamente 270 milhões<br />
de unidades por ano. A abertura de uma unidade<br />
na Roménia é parte da estratégia de<br />
expansão da TMD Friction para os merca<strong>dos</strong><br />
da Europa de Leste.<br />
Outro exemplo da crescente aposta da<br />
TMD Friction no aumento da sua capacidade<br />
é o facto de desde 2002 cerca de 37 milhões<br />
de euros terem sido investi<strong>dos</strong> na modernização<br />
e expansão das suas fábricas em Coswig<br />
e Hamm, Alemanha, focadas na produção<br />
para o mercado de veículos comerciais.<br />
A TMD Friction gerou uma facturação de<br />
690 milhões de Euros em 2007 e emprega<br />
cerca de 4500 pessoas em todo o mundo.<br />
Bendix, Jurid<br />
A Bendix e a Jurid são marcas de primeiro<br />
equipamento para veículos ligeiros e pesa<strong>dos</strong>,<br />
com a oferta de uma gama alargada em<br />
pastilhas, calços, discos e tambores, sem<br />
esquecer a hidráulica.<br />
A Bendix é distribuída a partir do centro de<br />
distribuição em França, e a Jurid é fornecida<br />
a partir do centro de distribuição na Alemanha.<br />
Aqui a Jurid é líder de mercado.<br />
As pastilhas Bendix e Jurid são produzidas<br />
segundo o processo patenteado com o nome<br />
de Metlock, tecnologicamente muito avançado,<br />
que permite uma elevada qualidade e<br />
um baixo nível de ruído.<br />
Outro exemplo da tecnologia de ponta aplicada<br />
na concepção de produtos de fricção é o<br />
facto de serem o único fabricante do mundo<br />
que tem um equipamento que permite testar<br />
os seus produtos de fricção a uma velocidade<br />
até 500 km/h.<br />
TRW<br />
A diversidade de produtos TRW (travões,<br />
amortecedores, direcção e suspensão, equipamentos,<br />
etc.) parece não constituir entrave<br />
para a qualidade e expansão na área da<br />
travagem. Em parte devido à grande variedade<br />
de produtos, a TRW também investe<br />
forte internacionalmente. O novo armazém,<br />
situado em Ueberherrnna na região germânica<br />
de Saarland, é disso exemplo. Assume<br />
todas as actividades de distribuição para os<br />
negócios do aftermarket independente da<br />
TRW (IAM). Ao fazerem a transferência para<br />
uma unidade nova e de maior dimensão, ficaram<br />
com mais capacidade para expandirem<br />
o leque de produtos e melhorarem o<br />
processo de distribuição.<br />
A TRW também produz ferramentas para<br />
os sistemas mais sofistica<strong>dos</strong>. A nova ferramenta<br />
de serviço para o travão eléctrico de<br />
parqueamento – Electric Park Brake (EPB)<br />
da TRW - é disso exemplo. Para as oficinas<br />
que trocam pastilhas de travão em veículos<br />
equipa<strong>dos</strong> com o sistema de travão de parqueamento<br />
eléctrico da TRW, a Easy Brake<br />
Tool (EBT) revela-se uma peça essencial de<br />
equipamento.<br />
Para mudar de modo rápido e seguro o<br />
óleo de travão, a TRW também passou recentemente<br />
a oferecer duas unidades profissionais<br />
de sangramento para travões<br />
eléctricos.<br />
A diversidade tecnológica <strong>dos</strong> produtos da<br />
TRW Automotive Aftermarket não acaba<br />
aqui. Lançaram recentemente uma gama<br />
exclusiva de discos de travão com rolamentos<br />
e anéis magnéticos de ABS integra<strong>dos</strong>.<br />
Rolamentos e anéis magnéticos são componentes<br />
cruciais para a segurança do veículo<br />
e devem ser troca<strong>dos</strong> sempre que o disco é<br />
substituído, pois podem danificar-se neste<br />
processo.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
65
CONSUMÍVEIS<br />
A inovação<br />
envolve novas<br />
tecnologias,<br />
novos materiais,<br />
novas formas e<br />
novos merca<strong>dos</strong><br />
A diversificação no seio <strong>dos</strong> produtos de<br />
travagem da TRW Automotive Aftermarket<br />
não se fica por aqui. Aumentaram recentemente<br />
o seu programa de calipers, com a<br />
qualidade do Equipamento Original, para<br />
mais de 2200 referências, tornando-o assim<br />
um <strong>dos</strong> programas mais completos disponíveis.<br />
Uma das novidades introduzidas é uma<br />
gama exclusiva de calipers com EPB (Travão<br />
de Estacionamento Eléctrico) integrado.<br />
A marca TRW pertence à TRW Inc., companhia<br />
norte americana presente directamente<br />
em 35 países, com 250 fábricas e que disponibiliza<br />
para o aftermarket e construtores<br />
automóveis uma gama abrangente de componentes.<br />
A TRW Inc. celebrou em 2<strong>001</strong> o<br />
seu centésimo aniversário.<br />
ATE<br />
A diversidade também é a nota dominante<br />
da ATE. A qualidade anda de mãos dadas. Ou<br />
não fosse um importante fabricante para<br />
Equipamento de Origem. Integrado na sua<br />
oferta estão pastilhas, discos, maxilas, tambores,<br />
líquido de travões, cilindros de roda,<br />
cilindros principais, cilindros de embraiagem,<br />
pinças de travão, tubos de travão, cabos<br />
de travão, reguladores de travão, sensores<br />
ABS, kits de reparação... A ATE também<br />
disponibiliza equipamentos e ferramentas<br />
para oficinas.<br />
O ATE EST enquadra-se nessa linha. É um<br />
novo produto que permite o trabalho em sistemas<br />
electrónicos de travagem de forma<br />
segura, sem problemas e sem necessidade<br />
de aparelhos dispendiosos de diagnóstico.<br />
Pequeno e manejável, entra em contacto<br />
com a unidade de controlo através da porta<br />
OBD e dirige os passos necessários para<br />
uma troca de pastilhas ou qualquer outro<br />
trabalho de reparação que se tenha de realizar.<br />
O ATE EST é de uso universal.<br />
Equipamentos de sangramento e de teste<br />
de líquido de travões, são mais dois exemplos<br />
que espelham a oferta abrangente.<br />
66<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
A ATE é uma marca alemã da Continental<br />
Teves – companhia integrada na Continental<br />
AG. A Continental Teves possui 22 fábricas<br />
de ponta na Europa, América do Sul e EUA, e<br />
dois centros de desenvolvimento em Frankfurt<br />
e Detroit.<br />
Bosch<br />
A Bosch dispensa apresentações. Líder<br />
em sistemas de travagem para Equipamento<br />
de Origem e aftermarket, inclui no seu<br />
portfólio um sem número de soluções que<br />
totalizam cerca de 6.000 referências: Kits<br />
Pro; Kits SuperPro; Pastilhas para travões<br />
de disco e avisador de desgaste; Discos de<br />
travão; Jogos de maxilas de tambor e conjuntos<br />
de peças; Tambores de travão; Cilindros<br />
receptores; Pinças de travão e jogos de<br />
reparação; Reguladores de força do travão;<br />
Cilindros de travão e jogos de reparação;<br />
Amplificadores da força de travagem (servo<br />
freios); Cabos de travão de mão; Tubos flexíveis;<br />
Cilindros de embraiagem; Líquido de<br />
travões; Componentes ABS. Resta referir<br />
que a Bosch é “somente” a companhia que<br />
inventou o sistema de travagem ABS há 30<br />
anos.<br />
Ferodo<br />
Ferodo foi no passado a designação <strong>dos</strong><br />
profissionais para produtos de fricção. Hoje,<br />
com a diversidade de marcas, já não é assim.<br />
Mas o prestígio e a qualidade histórica mantêm-se.<br />
A Ferodo pertence à Federal Mogul<br />
Corporation, possuindo no seu portfolio na<br />
área da travagem, pastilhas, maxilas, discos<br />
e tambores de travão, assim como líqui<strong>dos</strong><br />
de travão para veículos de turismo, veículos<br />
comercias e motociclos, quer para Equipamento<br />
de Origem como para o aftermarket.<br />
As pastilhas Ferodo Thermo Quiet são o<br />
mais recente ícone de tecnologia de topo da<br />
marca inglesa. São pastilhas de travão de<br />
uma única peça para veículos ligeiros. O segredo<br />
está na resina especial fenólica, um<br />
material composto moldado no material de<br />
fricção (IMI).<br />
Providencia uma travagem mais silenciosa,<br />
amortecimento consistente durante toda<br />
a vida útil da pastilha, maior vida útil desta e<br />
maior performance geral.<br />
Metelli, Cifam<br />
Na área da travagem, o Grupo Metelli integra<br />
as marcas Metelli e Cifam, fortes no<br />
campo da hidráulica, tambores, discos e kits<br />
de travão. O Grupo Metelli é um <strong>dos</strong> principais<br />
players do aftermarket e Equipamento<br />
Original. O gigante italiano tem o seu quartel-general<br />
em Cologne, província de Bréscia<br />
e conta com três fábricas.■