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<strong>Revista</strong> Independente de Pneumáticos e Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
Nº 21 maio <strong>2013</strong> Ano IV 5 Euros<br />
Conhecer<br />
TPMS<br />
Revolução<br />
no mercado<br />
de consumíveis<br />
PUB<br />
Entrevistas<br />
Hugo de Carvalho<br />
Goodyear Dunlop<br />
Climénia Silva<br />
Valorpneu<br />
Dossier<br />
Tipos de clientes<br />
Acontecimento<br />
Convenção Center’s Auto<br />
Apresentação<br />
Goodyear EfficientGrip<br />
Empresa<br />
Alves Bandeira<br />
Garland <strong>Pneus</strong><br />
Novo<br />
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Rua 12 · Zona Industrial da Varziela<br />
4480 – 109 Vila do Conde · (Portugal)<br />
T: 351 252 249 070 · F: 351 252 249 079<br />
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Mercado<br />
3ª Conferência<br />
do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
Venda de pneus na Europa<br />
Diversificação de serviços<br />
CERP anuncia medidas
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
DIRETOR<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Publicidade<br />
Mário Carmo<br />
mario.carmo@apcomunicacao.com<br />
Departamento<br />
de arte e multimédia<br />
António Valente<br />
Redação<br />
Bela Vista Office, sala 2-29<br />
Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A<br />
2735-336 Cacém - Portugal<br />
Tel.: +351 219 288 052/4<br />
Fax: +351 219 288 053<br />
Serviços administrativos<br />
e contabilidade<br />
financeiro@apcomunicacao.com<br />
Periodicidade<br />
Trimestral<br />
Assinaturas<br />
assinaturas@apcomunicacao.com<br />
Editorial<br />
Reconverter<br />
ou requalif icar?<br />
A reconversão de oficinas de pneus para oficinas<br />
de serviços rápi<strong>dos</strong> foi um <strong>dos</strong> temas mais<br />
debatido na 3ª Conferência do Comércio de<br />
<strong>Pneus</strong>.<br />
© COPYRIGHT<br />
Nos termos legais em vigor é totalmente<br />
interdita a utilização ou a reprodução desta<br />
publicação, no seu todo ou em parte, sem<br />
a autorização prévia e por escrito da<br />
REVISTA DOS PNEUS<br />
IMPRESSÃO<br />
FIG, Indústrias Gráficas, SA<br />
Rua Adriano Lucas - 3020-265 Coimbra<br />
Telef.: 239.499.922 N.º de Registo no ERC:<br />
124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03<br />
TIRAGEM: 5.000 exemplares<br />
AP COMUNICAÇÃO<br />
Propriedade<br />
João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />
Sede<br />
Bela Vista Office, sala 2-29<br />
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Email: geral@apcomunicacao.com<br />
gps: 38º45’51.12”n - 9º18’22.61”w<br />
Depois de ouvi<strong>dos</strong> os especialistas e a opinião de alguns participantes, foi fácil<br />
concluir que a sobrevivência das oficinas de pneus só será possível com a<br />
diversificação <strong>dos</strong> serviços.<br />
Há no entanto medidas que ultrapassam a mera reconversão da oficina.<br />
É importante, além de mais serviços, oferecer melhor serviço. Isso exige formação e<br />
maior qualificação do pessoal técnico. Por outro lado, é importante ter os produtos a<br />
custos optimiza<strong>dos</strong> e portanto mais competitivos, utilizando um canal de distribuição<br />
adequado. Além disso, não adianta ter maior oferta de serviços, se o consumidor não<br />
associa esses serviços ao negócio da oficina. Isso implica ter uma política de marketing<br />
coerente com os objectivos e consistente.<br />
A conjugação da oferta de pneus com mecânica rápida é a combinação ideal, tanto<br />
para quem tem uma oficina de serviços rápi<strong>dos</strong>, como para quem tem um negócio de<br />
pneus, porque as mesmas instalações e alguns <strong>dos</strong> equipamentos e ferramentas são<br />
comuns às duas atividades. Mas o facto de associar serviços de mecânica rápida à oferta<br />
de serviços de pneus não impede que a oficina tenha uma especialização num determinado<br />
nicho de mercado, que pode ser pneus, travões, ar condicionado, suspensões,<br />
etc. Tanto melhor, se esse nicho estiver associado a uma marca de prestígio.<br />
Uma coisa é certa, se a oficina persistir em vender apenas pneus, perde capacidade<br />
competitiva, porque outra oficina ao lado vai oferecer serviços que ela não tem. O cliente<br />
é desse modo canalizada para o local onde tem mais opções e onde pode resolver mais<br />
facilmente as necessidades de manutenção <strong>dos</strong> seus veículos.<br />
Vendo o mesmo assunto de outro prisma, se a oficina oferecer mais serviços, lucra<br />
mais e garante a fidelidade do cliente. Se a quilometragem média anual for de 15.000<br />
km (hoje já é menor) e o pneu durar 45.000 km, a oficina só vê o cliente de 3 em 3 anos,<br />
uma vez que está limitada à venda de pneus. Ora, não é nada fácil fidelizar clientes que<br />
só vemos de vez em quando nos dias de hoje. O mesmo não acontece se a oficina tiver<br />
além <strong>dos</strong> pneus, pastilhas de travão, discos, filtros, escovas limpa vidros, flui<strong>dos</strong>, etc.,<br />
porque nesse caso a possibilidade de ver o cliente várias vezes por ano é quase inevitável.
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Atual Mercado<br />
////////////////<br />
Comissão Especializada de Produtores <strong>Pneus</strong> da ACAP<br />
Av. Torre de Belém, 29 - 1400-342 Lisboa I Telefone: 213 035 300 I Fax: 213 <strong>021</strong> 474 I E-mail: cepp@acap.pt /mail@acap.pt I Internet: www.acap.pt<br />
Gerir o potencial do pneu<br />
A Comissão Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong> da ACAP – CEPP, é uma<br />
entidade criada em 2009 no seio da maior associação empresarial do sector<br />
automóvel em Portugal, a ACAP<br />
No pouco tempo que decorreu desde a<br />
sua criação, a CEPP tem desenvolvido<br />
intensa atividade e envolveu-se em<br />
várias iniciativas importantes, como as campanhas<br />
“Pela sua Segurança, Pneu Usado pode<br />
ser Arriscado” e “A Nova Etiqueta <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>”.<br />
A campanha <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> foi a primeira<br />
que a CEPP organizou, tendo lançado mão <strong>dos</strong><br />
mais varia<strong>dos</strong> meios (rádio, comunicação escrita,<br />
nomeadamente, muitos jornais desportivos,<br />
site da ACAP, etc.).<br />
Além disso, está empenhada na homologação<br />
de novos aparelhos de medição e de controlo do<br />
estado <strong>dos</strong> pneus. O arcaico sistema de mandar<br />
parar o carro e medir o estado do piso do pneu<br />
já comprovou que não serve. Existem hoje sistemas<br />
electrónicos que permitem recolher da<strong>dos</strong><br />
digitais em tempo real do veículo e <strong>dos</strong> seus<br />
pneus, sem que estes se detenham (nas portagens,<br />
nas entradas de estacionamentos, etc.).<br />
Esses e outros sistemas poderão permitir uma<br />
malha de controlo mais apertada e contribuir<br />
assim para um equipamento pneumático mais<br />
adequado no país. Claro que haverá sempre<br />
quem não goste e discorde, mas a colectividade<br />
tem o direito de usar os meios de fiscalização<br />
mais eficazes para reduzir a sinistralidade, que<br />
custa muito ao país, quer em termos humanos<br />
e sociais, quer em termos materiais.<br />
A CEPP está também a tentar que as inspeções<br />
de veículos tenham mais atenção ao estado<br />
<strong>dos</strong> pneus.<br />
Outra tarefa que está a decorrer em bom ritmo<br />
na CEPP é a criação de módulos formativos e a<br />
organização da prestação de ações de formação<br />
a entidades estatais e privadas. Como não<br />
poderia deixar de acontecer, a Comissão tem<br />
acompanhado a implementação da legislação<br />
comunitária entre nós, designadamente a normativa<br />
REACH (óleos aromáticos no fabrico de<br />
pneus) e a normativa da nova etiqueta europeia<br />
de pneus, entre outras.<br />
A Campanha “Pela Sua Segurança, Pneu<br />
Usado pode ser Arriscado” foi realizada em<br />
dois momentos diferentes, respectivamente<br />
em Setembro de 2010 e em Fevereiro de 2011.<br />
Foi a primeira campanha dinamizada pela CEPP,<br />
beneficiando da colaboração de várias outras<br />
entidades, entre as quais o IMT, ASAE, UNT e Valorpneu,<br />
tendo sido lançada na óptica de alertar<br />
o consumidor para os riscos da aquisição de<br />
pneus usa<strong>dos</strong> de origem desconhecida e sem<br />
o mínimo controlo técnico. Não foi uma campanha<br />
contra nada, nem contra ninguém, mas<br />
a favor da venda de pneus usa<strong>dos</strong> com origem<br />
controlada e com garantia de inspeção técnica,<br />
nos termos em que são avalia<strong>dos</strong> os aspectos<br />
com maior incidência na segurança. Foi uma<br />
campanha em prol da maior segurança rodoviária,<br />
em prol da maior preservação ambiental e<br />
a favor de maior rigor da atividade da venda de<br />
pneus, combatendo os indesejáveis fenómenos<br />
da concorrência desleal e da evasão fiscal.<br />
A Campanha “A Nova Etiqueta <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” foi a segunda grande iniciativa<br />
pública da CEPP, tendo na sua base um triplo objectivo:<br />
1 - Sensibilizar a opinião pública, na óptica das vantagens para o utilizador final;<br />
2 - Promover a inovação tecnológica do produto;<br />
3 - Conseguir maior eficiência energética, maior preservação do meio ambiente<br />
e maior nível de segurança no transporte rodoviário.<br />
Esta campanha teve um impacto muito positivo, tanto ao nível <strong>dos</strong> Consumidores,<br />
como ao nível <strong>dos</strong> Distribuidores e ainda ao nível <strong>dos</strong> Produtores.<br />
No primeiro caso, temos informação mais completa e objectiva sobre o produto,<br />
constituindo um guia para a aquisição de pneus, na medida em que promove a<br />
qualidade <strong>dos</strong> pneus com melhor classificação e justifica o investimento adicional<br />
na segurança e na eficiência.<br />
Para os distribuidores, a campanha permitiu identificar oportunidades de convergir<br />
em relação à legislação vigente, a oportunidade de estabelecer uma comunicação<br />
mais transparente e pedagógica com o cliente e a oportunidade de atingir um nível de<br />
preparação em linha com os novos critérios e padrões da comercialização de pneus.<br />
No que respeita ao Produtores, o impacto foi no sentido de haver promoção do<br />
nível de performance <strong>dos</strong> seus produtos e de ser promovida a formação e a qualidade<br />
de comunicação com os seus clientes, permitindo a auto certificação <strong>dos</strong><br />
seus produtos.<br />
06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
A CEPP reúne os representantes das principais marcas de pneus<br />
que têm como objetivo comum contribuir para gerir o potencial do<br />
pneu na sociedade atual e contribuir para o reforço da sua presença<br />
e do seu contributo para os grandes objectivos da atualidade, que<br />
são a maior segurança rodoviária e uma mobilidade mais compatível<br />
com o ambiente e mais sustentável. Integram a CEPP os principais<br />
fabricantes de pneus, o que lhe garante toda a representatividade<br />
em relação ao mercado nacional, como vemos de seguida:<br />
Bridgestone Portugal, Lda.<br />
Continental <strong>Pneus</strong> S.A.<br />
Goodyear Dunlop Tires Portugal<br />
Michelin - Companhia Luso Pneu, Lda.<br />
Pirelli Neumáticos, S.A.<br />
<strong>Pneus</strong> da Península S.A.<br />
Yokohama Ibéria S.A.<br />
Comunicação dentro do sector<br />
Um <strong>dos</strong> objectivos relevantes da constituição da CEPP foi a<br />
possibilidade de promover o acompanhamento em tempo<br />
útil da atividade das empresas por si representadas e promover<br />
oportunidades de diálogo com um número crescente de entidades<br />
públicas e privadas, exigidas pela globalização <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>, garantindo<br />
a assessoria informativa e formativa aos seus Associa<strong>dos</strong> e<br />
promovendo o acesso destes a um leque mais alargado de produtos<br />
e serviços, cujo valor acrescentado se destina a apoiar o desenvolvimento<br />
da sua atividade empresarial e a sua imagem pública.<br />
Efetivamente, dentro do Plano de Atividades da CEPP, encontra-se<br />
a promoção da Regulação da Atividade. Nesse sentido, foi constituído<br />
um Grupo Técnico de Produtores de <strong>Pneus</strong>, cuja intervenção<br />
incidirá nas seguintes áreas:<br />
Comunicação com o exterior<br />
Um <strong>dos</strong> objetivos estratégicos da constituição da<br />
CEPP foi também o reforço da comunicação com a<br />
colectividade, visando entre outros objectivos a promoção<br />
do Sector <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> junto da opinião pública, através de<br />
iniciativas de comunicação levadas a cabo nos media.<br />
Outra forma de promover o Sector <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> será a participação<br />
da CEPP em encontros de empresas e Associações do<br />
sector, participação em eventos nacionais e internacionais (Feiras,<br />
Exposições, Colóquios, Seminários), bem como a promoção de<br />
iniciativas de comunicação junto do próprio consumidor final.<br />
Criação e definição do perfil de Técnico para o sector;<br />
Acompanhamento do processo de certificação desse Técnico;<br />
Pesquisa, recolha e tratamento de informação sobre temas em<br />
que a Comissão tenha que intervir;<br />
Pesquisa sobre sistemas de medição da profundidade do desenho<br />
da banda de rolamento do pneu, tendo em vista propor a sua homologação<br />
(foi apresentado formalmente já em 2012 um projeto<br />
ao IMT, à ANSR e junto do IPQ);<br />
Desenvolvimento de atividade formativa sobre pneus junto de<br />
entidades estatais e fiscalizadoras;<br />
Proposta ao IMT de inclusão do tema - <strong>Pneus</strong> - na formação prestada<br />
pelas Escolas de Condução, para habilitação de condutores.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 07
Atual<br />
//////////////////<br />
Mercado<br />
Comissão Especializada de Produtores <strong>Pneus</strong> da ACAP<br />
Desde 2009 que a CEPP se reúne<br />
regularmente, graças ao apoio das<br />
marcas e à disponibilidade que dão<br />
aos seus profissionais para se reunirem<br />
e debaterem as questões que são do<br />
interesse de to<strong>dos</strong><br />
Dentro da ACAP, foi criada a Comissão<br />
Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong> - CEPP<br />
que integra os principais fabricantes, os quais<br />
representam pelo menos 70% do mercado<br />
Julga desta forma a Comissão Especializada de Produtores de<br />
<strong>Pneus</strong> da ACAP ir de encontro às expectativas de to<strong>dos</strong> os operadores<br />
do sector <strong>dos</strong> pneus, contribuindo para um novo patamar<br />
de desenvolvimento da sua atividade e da sua imagem.<br />
Parte importante da comunicação da CEPP com o exterior é a<br />
atividade de formação junto de diversas entidades, com relevo para<br />
as que têm por missão fiscalizar e fazer cumprir a legislação vigente<br />
relativa ao pneu. O Grupo Técnico da CEPP já prestou formação à<br />
UNT, tendo para esse efeito desenvolvido um módulo de formação<br />
sobre o Pneu. A Comissão realizou ainda um projeto formativo<br />
de “Técnico” para o Sector <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, o qual está neste momento<br />
a ser analisado pela ANQ (Agência Nacional Para a Qualificação),<br />
com vista à sua homologação.<br />
Outro projeto na área da formação, que ainda está em fase de<br />
desenvolvimento, é a inclusão de informação específica pertinente<br />
sobre o Pneu, como matéria curricular do ensino das Escolas de<br />
Condução.<br />
No que respeita à participação em eventos sectoriais, a CEPP<br />
esteve presente na “2ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong>” (Estoril,<br />
março, 2011); na “3ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong>” (Batalha,<br />
abril <strong>2013</strong>); participou num encontro do Consórcio Nacional de<br />
Industriales del Caucho (Espanha). A política da CEPP é marcar<br />
presença em to<strong>dos</strong> os eventos relevantes onde possa levar a sua<br />
mensagem e partilhar informações sobre o tema pneu.<br />
Na divulgação das suas iniciativas e das suas mensagens, a CEPP<br />
tem utilizado diversos suportes e media, entre os quais a imprensa<br />
diária, revistas semanais, publicações periódicas e especializadas,<br />
programas televisivos (Minuto Verde, da Quercus - RTP1) e programas<br />
de rádio (Minuto pela Terra, Antena1). Essa comunicação<br />
é geralmente veiculada através de Conferências de Imprensa, Press<br />
Release, Folhetos e Cartazes.<br />
Sendo uma Comissão Especializada da ACAP, a CEPP utiliza todas<br />
as sinergias de comunicação da própria ACAP, designadamente<br />
através do Portal da ACAP.<br />
Foi criado também um endereço electrónico próprio (cepp@acap.<br />
pt), disponível para to<strong>dos</strong> os interessa<strong>dos</strong>.<br />
O objectivo último das iniciativas de comunicação da CEPP é<br />
promover as boas práticas no interior do Sector <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, generalizar<br />
a informação ao consumidor final e apoiar os operadores do<br />
mercado, tendo todas as suas atividades em vista obter retornos em<br />
matéria de prevenção rodoviária, defesa do meio ambiente, qualificação<br />
de recursos e melhoria da qualidade de vida das populações.<br />
Votos de longa vida<br />
Comissão Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong> da ACAP<br />
A (CEPP) vem preencher uma lacuna na coordenação e dinamização<br />
do sector <strong>dos</strong> pneus e muito se espera da sua atividade, no<br />
sentido da profissionalização e credibilização do sector, incluindo<br />
08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
naturalmente o retalho, estando aberta à participação e cooperação<br />
de to<strong>dos</strong> os empresários do sector.<br />
Junto do consumidor, neste período de restrições e de algumas<br />
dificuldades, o papel da CEPP é promover a maior informação<br />
possível sobre o Pneu, permitindo aos utilizadores de veículos tomar<br />
as melhores opções em termos de segurança e de gestão <strong>dos</strong><br />
custos. Estas passam principalmente pelo controlo da sinistralidade<br />
rodoviária (com a consequente redução <strong>dos</strong> prémios de seguros),<br />
controlo do estado <strong>dos</strong> pneus, da pressão e do alinhamento da direção<br />
(menor consumo de combustível) e ainda pela substituição <strong>dos</strong><br />
pneus por produtos e elevada eficiência energética (optimização<br />
do rendimento do combustível).<br />
Tudo isto se traduz em última análise por um equilíbrio ambiental<br />
mais sustentável, menos doenças para as populações e melhor<br />
qualidade de vida para to<strong>dos</strong>.<br />
Votos de longa vida e frutífera atividade para a novel CEPP, a<br />
cujos integrantes e colaboradores endereçamos os nossos melhores<br />
e genuínos cumprimentos de parabéns!<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 09
Acontecimento I Convenção CENTER’S AUTO<br />
//////////////////<br />
A Tiresur, distribuidor da marca GT Radial, realizou no passado dia 3 de maio a I Convenção<br />
Center’s Auto em Portugal, uma nova rede de oficinas com forte imagem corporativa<br />
Unir esforços!<br />
A rede de oficinas Center’s Auto é uma iniciativa da GT Radial e do grupo Tiresur. A GT<br />
Radial é um <strong>dos</strong> maiores fabricantes de pneus mundial, com capacidade de produção<br />
de 143.000 unidades / dia e cerca de 19.000 emprega<strong>dos</strong>, enquanto a Tiresur é uma<br />
empresa com 80 anos de história, que se tornou uma referência empresarial no<br />
mercado espanhol e internacional no sector da distribuição de pneus<br />
Criada em 2010, a rede de oficinas<br />
Center’s Auto conta atualmente<br />
com mais de 106 oficinas associadas<br />
em Espanha, cujo sucesso<br />
pode ser comprovado pela boa aceitação<br />
e contínuo crescimento que a rede tem<br />
registado no país vizinho.<br />
Motiva<strong>dos</strong> pelo sucesso obtido, os responsáveis<br />
da Tiresur não hesitaram em trazer<br />
este conceito para Portugal, tendo realizado<br />
uma apresentação detalhada para mais de<br />
30 oficinas convidadas.<br />
“Num mercado com uma concorrência cada<br />
vez mais forte, onde se concentram grandes<br />
grupos, e quando o preço se torna cada vez<br />
mais importante nas decisões de compra <strong>dos</strong><br />
clientes, acreditamos que a rede de oficinas<br />
Center’s Auto é a solução para as oficinas<br />
independentes conseguirem ter sucesso”,<br />
disse Luis Miguel Muñoz, Diretor Geral da<br />
Tiresur, no seu discurso de boas vindas aos<br />
participantes da Convenção.<br />
Seguiu-se a apresentação de Aldo Machado,<br />
Diretor Geral da Tiresur Portugal, que explicou<br />
como vai ser a implementação da rede<br />
no nosso país. “A rede Center’s Auto assenta<br />
numa imagem corporativa forte, alicerçada<br />
no produto GT Radial. O objetivo é conseguir<br />
rentabilizar ao máximo o negócio do cliente,<br />
o alargamento da sua oferta e a maximização<br />
<strong>dos</strong> seus resulta<strong>dos</strong>, tendo como base condições<br />
comerciais únicas e exclusivas para os<br />
associa<strong>dos</strong>”, disse este responsável.<br />
Para desenvolver a rede e dar apoio aos<br />
associa<strong>dos</strong>, a Tiresur Portugal dispõe duma<br />
rede comercial composta por 3 gestores de<br />
conta que possuem uma ferramenta CRM,<br />
um call center dedicado e uma plataforma<br />
B2B eficaz e extremamente fácil de utilizar,<br />
sempre no sentido de servir os clientes da<br />
forma que mais lhes convier com o mínimo<br />
esforço.<br />
A estratégia de mercado da Tiresur Portugal<br />
consiste essencialmente em apresentar<br />
produtos de grande qualidade a preços excepcionais,<br />
criando uma rede de distribuição<br />
sustentável e rentável. To<strong>dos</strong> os pneus GT<br />
Radial estão certifica<strong>dos</strong> pelos padrões mais<br />
eleva<strong>dos</strong> da indústria automóvel e a marca<br />
dispõe de um Centro Técnico Europeu, onde<br />
são desenvolvi<strong>dos</strong> pneus específicos para<br />
10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2013</strong>
a Europa, que depois são fabrica<strong>dos</strong> em<br />
unidades de produção que podem estar<br />
localizadas em países como a China ou na Indonésia,<br />
segundo as necessidades logísticas.<br />
Nesta I Convenção Center’s Auto, a Tiresur<br />
definiu com mais precisão a sua estratégia<br />
para Portugal. “Qualquer boa estratégia<br />
deve criar diferença para a concorrência e<br />
gerar surpresa positiva no consumidor. No<br />
que respeita aos Center´s Auto, a Tiresur<br />
aposta em relações transparentes, onde a<br />
fidelização acontece com os resulta<strong>dos</strong> de<br />
vendas e com o nível de serviço apresentado<br />
pela marca”, disse Aldo Machado.<br />
VANTAGENS E BENEFÍCIOS<br />
A Center’s Auto oferece soluções aos seus<br />
parceiros, de modo a tirarem a maior rentabilidade<br />
do seu negócio, num ambiente<br />
competitivo e mantendo a sua independência.<br />
Uma ampla e variada gama de pneus,<br />
liderada pela marca GT Radial, formação e<br />
apoio na gestão da oficina com uma atrativa<br />
imagem corporativa, acompanhado por<br />
várias ações, de modo a aumentar o número<br />
de clientes, são algumas das vantagens que<br />
as oficinas podem obter ao aderir à rede<br />
Center’s Auto.<br />
A formação é um pilar básico para o grupo,<br />
por isso existe um plano de formação, que<br />
inclui cursos técnicos, comerciais e de gestão.<br />
Mediante a aprendizagem adquirida nestas<br />
ações de formação, as oficinas otimizam a<br />
sua eficiência e eficácia, convertendo-se em<br />
oficinas de referência para o consumidor final.<br />
To<strong>dos</strong> os associa<strong>dos</strong> têm também apoio<br />
específico e contínuo em marketing, que<br />
os ajudará a vender mais e melhor nas suas<br />
oficinas. Campanhas específicas, com o objetivo<br />
de aumentar o movimento oficinal<br />
e dinamizar as vendas, serão lançadas na<br />
Páscoa, Verão e Inverno.<br />
De referir ainda que os associa<strong>dos</strong> dispõem<br />
de um programa de incentivos por pontos<br />
ao longo de todo o ano, que inclui presentes,<br />
produtos diversifica<strong>dos</strong>, viagens e material<br />
profissional.<br />
GT Radial<br />
Máximo valor<br />
ao melhor preço<br />
Em vez de investir na promoção de<br />
vendas, a GT Radial prefere aplicar<br />
recursos na renovação da gama e<br />
na apresentação de novos produtos, o<br />
que levou a que toda a gama de pneus<br />
da marca tivesse sido totalmente renovada<br />
nos últimos anos, obedecendo a<br />
critérios de prioridade. Além disso,<br />
outro investimento chave é na criação<br />
de fluxos de abastecimento do mercado<br />
sustentáveis, de modo a que não haja<br />
excesso, nem carência, de mercadoria<br />
nos diversos pontos de distribuição.<br />
Outra forma de manter o negócio em<br />
alta é explorar segmentos de mercado<br />
em desenvolvimento, como é o caso<br />
<strong>dos</strong> pneus de Inverno nos países nórdicos,<br />
para compensar um certo abrandamento<br />
dessa procura nos países da<br />
Europa Central.<br />
A GT Radial dispõe de<br />
uma gama completa<br />
de pneus de to<strong>dos</strong> os<br />
tipos, incluindo para<br />
ligeiros de passageiros,<br />
comerciais ligeiros,<br />
comerciais médios e<br />
pesa<strong>dos</strong><br />
Tiresur Portugal<br />
Da esquerda para a direita: Manuel Garrido, Diretor Mkt Tiresur; Corrado Moglia, Diretor Mkt<br />
GT Radial; Luis Miguel Muñoz, Dir. Geral Tiresur e Aldo Machado, Dir. Geral Tiresur Portugal<br />
EN 10, Km 127<br />
Edifício Norcentro, Bloco C<br />
2615-042 Alverca do Ribatejo<br />
Diretor-Geral: Aldo Machado<br />
Telefone: 21.993.81.20<br />
Fax: 21.993.81.29<br />
e-mail: encomendas@tiresur.com<br />
Internet: www.tiresur.com<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 11
Notícias Mercado<br />
1 ano da rede<br />
Confortauto Hankook<br />
Masters<br />
A parceria entre a Hankook Tire<br />
e o conceito de centros auto do<br />
Grupo Soledad, Confortauto, acaba<br />
de celebrar o primeiro aniversário.<br />
Com mais de 700 oficinas especializadas<br />
em pneus em Portugal e<br />
Espanha, a Confortauto Hankook<br />
Masters está na primeira linha de<br />
serviços de qualidade, constituindo<br />
uma aposta de sucesso a curto<br />
prazo. A melhor prova de que se<br />
trata de um projeto sério está o<br />
facto de 330 das oficinas que integram<br />
a rede Confortauto Hankook<br />
Masters já terem ficado aprovadas<br />
nas auditorias de qualidade.<br />
MAIOR CAMIÃO DO MUNDO<br />
com pneus Goodyear<br />
Goodyear vai fornecer<br />
A pneus para o maior<br />
camião do mundo, Tractomas,<br />
fabricado pela marca<br />
francesa Nicolas, especialista<br />
em veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
O camião, com mil cavalos<br />
de potência de mil cavalos,<br />
capaz de puxar um reboque<br />
de 535 toneladas, vai<br />
ser equipado com pneus<br />
Goodyear 385/95R25 GP-<br />
-2B. Este veículo esteve<br />
presente no stand da Nicolas<br />
na Feira de Bauma,<br />
exposição da indústria da<br />
construção realizada em<br />
Munique de 15 a 21 de<br />
abril <strong>2013</strong> (Área exterior<br />
F8, stand N828).<br />
O TR Tractomas 10x10<br />
pesa 40 toneladas sem<br />
carga, tem 10 metros de<br />
comprimento, 3,5 m de<br />
largura e 4,6 m de altura.<br />
É alimentado por um motor<br />
diesel Caterpillar de 27<br />
litros, com mil cavalos de<br />
potência e vai impulsionar<br />
o trator e os reboques com<br />
um peso total de cerca de<br />
535 toneladas a uma velocidade<br />
máxima de 50<br />
km/h em distâncias até<br />
40 quilómetros.<br />
O maior camião do mundo vai ser equipado com<br />
pneus Goodyear 385/95R25 GP-2B<br />
RS Contreras aberto<br />
aos sába<strong>dos</strong><br />
Consciente de que a rapidez<br />
e eficiência da sua distribuição<br />
na zona de Lisboa constitui uma<br />
mais valia importante, a RS Contreras<br />
decidiu consolidar essa dinâmica<br />
logística passando a estar<br />
abertos aos sába<strong>dos</strong> de manhã, das<br />
09H00 às 13H00, a partir de 4 <strong>Maio</strong>,<br />
adequando assim o horário de funcionamento<br />
e disponibilidade às<br />
solicitações <strong>dos</strong> clientes já abrangi<strong>dos</strong><br />
pelo seu raio de ação durante<br />
os restantes dias úteis da semana.<br />
KUMHO equipa novo Mini JCW GP<br />
A marca de pneus Kumho<br />
foi escolhida pelo Grupo BMW<br />
para equipar de origem o<br />
novo Mini JCW GP, uma versão<br />
especial do seu MINI GP.<br />
Pela primeira vez, desde que<br />
a BMW comprou a marca Mini<br />
aos ingleses da extinta BLMC,<br />
a marca alemão resolveu<br />
apresentar um modelo Mini<br />
verdadeiramente desportivo,<br />
capaz de evocar os feitos do<br />
conceito original, que venceu<br />
o Rali de Monte Carlo por três<br />
vezes, além de muitos outros<br />
triunfos memoráveis, em provas<br />
de estrada e de velocidade<br />
(na década de 60 do século<br />
passado).<br />
O novo Mini JCW GP tem-se<br />
revelado como a versão de<br />
produção mais rápida do modelo<br />
fabricada até hoje, conseguindo<br />
fazer um tempo de 8<br />
minutos e 23 segun<strong>dos</strong> no circuito<br />
alemão de Nurburgring<br />
(grande), 16 segun<strong>dos</strong> menos<br />
que o modelo Mini GP de base.<br />
Bridgestone<br />
Turanza T001<br />
A revista ADAC<br />
testou, na sua última<br />
edição, 19 pneus de<br />
Verão para veículos<br />
de pequeno porte,<br />
recorrendo à popular<br />
medida 185/60 R 15.<br />
A ADAC salientou o<br />
T001 Turanza como<br />
“um pneu para<br />
todas as superfícies,<br />
especialmente<br />
em piso seco”,<br />
obtendo igualmente<br />
recomendação para<br />
condutores que<br />
desejem baixos níveis<br />
de ruído.<br />
12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
GOODYEAR DUNLOP<br />
desenvolve pneus<br />
com base em 50<br />
critérios<br />
Cerca de cem dias depois da introdução<br />
da nova legislação sobre classificação de<br />
etiquetas da União Europeia, em Novembro<br />
de 2012, foram vendi<strong>dos</strong> milhões de pneus<br />
na Europa.<br />
Goodyear Dunlop, um<br />
A <strong>dos</strong> principais fabricantes<br />
de pneus da Europa, reflete<br />
sobre a sua experiência<br />
em relação à nova legislação<br />
Enquanto os vendedores<br />
europeus se encontram<br />
bem informa<strong>dos</strong> sobre a<br />
classificação de pneus da<br />
União Europeia, os seus requisitos<br />
e as suas limitações,<br />
os consumidores ainda não<br />
têm um conhecimento cabal<br />
da etiqueta.<br />
“A nova etiqueta de pneus<br />
não teve um impacto significativo<br />
no que diz respeito à<br />
eleição <strong>dos</strong> pneus”, afirmou<br />
Michel Rzonzef, Vice-Presidente<br />
da Goodyear para a<br />
Atividade de <strong>Pneus</strong> de Turismo<br />
de EMEA. “A etiqueta<br />
apenas traduz uma imagem<br />
limitada do pneu. Nós temos<br />
em consideração mais de<br />
cinquenta critérios quando<br />
desenvolvemos um pneu.<br />
Nessa medida, levamos<br />
muitos anos a assegurar-nos<br />
que os nossos produtos são<br />
líderes em to<strong>dos</strong> os campos<br />
e não apenas nos três contempla<strong>dos</strong><br />
pela Etiqueta<br />
Europeia”, afirmou Rzonzef.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 13
Notícias Mercado<br />
Bridgestone realiza<br />
“Ultimate Experience”<br />
A Bridgestone levou a cabo um<br />
teste de produto intitulado “Ultimate<br />
Experience” como parte da<br />
campanha digital de marketing<br />
do Potenza RE002 Adrenalin. Por<br />
cortesia da Bridgestone, 60 principais<br />
bloggers de veículos de toda a<br />
Europa reuniram-se no circuito Ascari,<br />
perto de Málaga, Espanha, no<br />
passado dia 23 de Março. Objectivo:<br />
testar o Potenza RE002 Adrenalin<br />
e viver uma experiência única. Os<br />
bloggers pilotaram sozinhos num<br />
Audi TT 2.0 S-line com 211 “cavalos.<br />
Vendas da Continental<br />
atingem € 32,7 biliões<br />
O ano de 2012 foi positivo para o<br />
Grupo Continental, que cresceu 7%,<br />
tendo fixado o volume de negócios<br />
em quase € 33 biliões. A margem<br />
operativa normalizada, antes de<br />
impostos, ficou em 10,7%. Face à<br />
estagnação do mercado automóvel,<br />
a administração da empresa<br />
prevê para <strong>2013</strong> um crescimento<br />
à volta de 5%, o que deverá permitir<br />
alcançar os € 34 biliões de<br />
vendas, mantendo a taxa de rentabilidade<br />
estável. O equilíbrio da<br />
situação económica e financeira da<br />
empresa deve-se à sua presença<br />
em 46 países e a uma equipa de<br />
mais de 170.000 pessoas.<br />
UNIROYAL lançou novos pneus<br />
A diferenciação no mercado de pneus continua imparável.<br />
A marca do Grupo Continental (desde 1979) Uniroyal acaba de<br />
lançar dois pneus do nicho de pneus de chuva, o RainExpert e o<br />
RainSport 2.<br />
Para não lançar a confusão entre os leitores,<br />
estes são para to<strong>dos</strong> os efeitos pneus<br />
de Verão, mas com aptidões especiais para<br />
pisos molha<strong>dos</strong>. Estas situações são menos<br />
frequentes na estação quente, mas<br />
também acontecem, sendo mais perigosas<br />
as chuvadas imprevistas nessa altura,<br />
do que no Inverno, quando to<strong>dos</strong> estão a<br />
contar com isso e estão equipa<strong>dos</strong> com<br />
pneus adequa<strong>dos</strong> para esse tempo. O<br />
Uniroyal RainExpert será fornecido em<br />
83 medidas diferentes, estando indicado<br />
para veículos compacto e do segmento<br />
médio. Embora os compostos de borracha<br />
sejam os mesmos da gama de Verão, o<br />
desenho da banda de rolamento permite<br />
melhor escoamento da água, evitando<br />
o aquaplaning. Além disso, os tacos da<br />
banda de rolamento possuem lâminas<br />
específicas em maior quantidade, permitindo<br />
boa aderência em pisos molha<strong>dos</strong> e<br />
boas distâncias de travagem. Quanto ao<br />
Uniroyal RainSport 2, que é oferecido em<br />
65 medidas diferentes, oferece as mesmas<br />
vantagens do RainExpert, mas possui um<br />
composto de borracha específico.<br />
O RainSport 2 está<br />
recomendado para<br />
viaturas desportivas<br />
e familiares de altas<br />
prestações<br />
NOVO PNEU Mitas ERL-50<br />
Na Feira Bauma, a Mitas revelou o<br />
seu mais recente pneu 20.5R25<br />
ERL-50, que estará disponível para<br />
venda em todo o mundo a partir de<br />
julho. A série ERL apresenta 12 pneus<br />
diferentes com profundidade <strong>dos</strong><br />
sulcos a variar entre 28 e 90 mm.<br />
“Os clientes exigem resistência aos<br />
pneus de pedreira, mais durabilidade<br />
e menos danos”, disse Andrew Mabin,<br />
diretor de vendas e marketing da Mitas.<br />
“O piso ERL-50 é particularmente<br />
resistente a cortes e desgaste. Este<br />
pneu radial foi projetado para aumentar<br />
a sua durabilidade, por isso,<br />
foi modificado o piso e malha de aço<br />
embutida na estrutura”.<br />
14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
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Notícias Mercado<br />
Al Dobowi e Westlake<br />
celebram 20 anos<br />
de parceria<br />
Em <strong>2013</strong>, o Grupo Al Dobowi, distribuidor<br />
<strong>dos</strong> pneus Westlake em<br />
vários merca<strong>dos</strong>-chave, e Hangzhou<br />
Zhongce, proprietário e fabricante<br />
da marca de pneus Westlake, celebram<br />
uma parceria contínua de 20<br />
anos. Não são muitas as relações<br />
comerciais chegar a um marco tão<br />
significativo, e por Al Dobowi e Westlake<br />
esta ocasião é uma prova de<br />
longa duração na confiança mútua<br />
que ambas as empresas têm nas capacidades<br />
de cada uma.<br />
Bridgestone EQUIPA NISSAN 370Z<br />
Os Bridgestone Potenza<br />
S001 foram escolhi<strong>dos</strong> como<br />
pneus de origem para o Nissan<br />
370Z Nismo, de modo a<br />
responder ao elevado manuseamento,<br />
capacidade de<br />
curvar e força bruta deste<br />
coupé equipado com motor<br />
V6 com 344 cavalos de potência.<br />
O composto do pneu<br />
foi desenvolvido propositadamente<br />
para este veículo,<br />
estando disponível apenas<br />
nas medidas 245/40R19 na<br />
frente e 285/35R19 na traseira.<br />
Já comercializado nos EUA e<br />
no Japão, a Nissan desenvolveu<br />
uma especificação única<br />
do 370Z Nismo para responder<br />
às condições das estradas<br />
europeias e do gosto <strong>dos</strong><br />
entusiastas europeus, tendo<br />
recebido, extensas melhorias<br />
ao nível da engenharia.<br />
Trelleborg<br />
presente na Sima<br />
A Trelleborg<br />
apresentou na feira de<br />
agricultura SIMA, em<br />
Paris, as suas últimas<br />
novidades. Num stand<br />
cujo lema era “uma<br />
agricultura sustentável“,<br />
a Trelleborg apresentou<br />
pneus mais eficientes,<br />
mais produtivos e<br />
com menor pegada<br />
ecológica. Entre os<br />
produtos expostos,<br />
estavam os novos pneus<br />
IF 900/60R42 TM1000<br />
High Power e o IF<br />
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16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
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FAX : + 351231244267<br />
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Notícias Mercado<br />
PNEUS DE INVERNO CONTINENTAL na Porsche<br />
O pneu de Inverno ContiWinterContact TS 830 P equipa novos Porsche<br />
marca de carros desportivos<br />
Porsche homologou o<br />
A<br />
pneu da Continental ContiWinterContact<br />
TS 830 P, desenvolvi<strong>dos</strong><br />
na fábrica de Hannover,<br />
para quatro <strong>dos</strong> seus modelos<br />
mais procura<strong>dos</strong>, como o novo<br />
Boxter, o novo Cayman, o 911<br />
Carrera e o 911 Carrera 4 (tipo<br />
981 e 991). Para os modelos<br />
Boxter e Cayman as medidas<br />
seleccionadas são 235/40R19<br />
no eixo dianteiro e 265/40R19<br />
no eixo posterior. No eixo frontal<br />
do 911 Carrera será montada a<br />
medida 235/40R19, enquanto<br />
que no eixo traseiro será utilizada<br />
a medida 285/35R19. O<br />
Porsche 911 Carrera 4 mantém<br />
os pneus da frente idênticos ao<br />
911 Carrera, mas monta atrás os<br />
pneus 295/35R19.<br />
O pneu de Inverno ContiWinter-<br />
Contact TS 830 P foi desenvolvido<br />
para modelos desportivos<br />
de elevada potência. Nos testes<br />
comparativos das revistas Sportauto<br />
e Auto Zeitung, este pneu<br />
da Continental ficou à frente <strong>dos</strong><br />
seus concorrentes nos principais<br />
parâmetros de avaliação.<br />
Para modelos como o Porsche<br />
Cayenne são fabricadas medias<br />
especiais deste pneu, que mereceram<br />
nos testes da revista<br />
alemã AutoBild a classificação<br />
Exemplar.<br />
O 911 Carrera<br />
monta os pneus<br />
Continental na<br />
medida 235/40R19<br />
(frente) e 285/35R19<br />
NOVO CENTRO I+D da Hankook na Coreia<br />
O departamento central de<br />
I+D da marca coreana de pneus<br />
Hankook será construído em<br />
Daedck Innopolis, o principal<br />
complexo científico e de investigação<br />
da Coreia do Sul, situado<br />
em Daejeon, a cerca de 150km<br />
de Seul, na direcção Sul. A área<br />
total atingirá os 100.000m2 e a<br />
obra deverá estar concluída em<br />
finais de 2015. A particularidade<br />
deste novo centro é ser projetado<br />
pelo consagrado escritório<br />
de arquitetos Foster+Partners,<br />
que desenhará a estrutura exterior<br />
e interior do edifício .<br />
BKT presente<br />
na Bauma<br />
Mais uma vez a<br />
BKT marcou presença<br />
destacada na Feira<br />
Bauma, em Munique,<br />
apresentando<br />
novidades na sua<br />
gama de produtos<br />
e reafirmando o seu<br />
posicionamento entre<br />
os principais players do<br />
mercado de pneus fora<br />
de estrada.<br />
SERVIÇO<br />
Euromaster<br />
Euromaster anunciou o lançamento<br />
de um serviço exclusivo,<br />
em parceria com a Inter<br />
Partner Assistance, o qual se<br />
trata da garantia mais completa<br />
de pneus, proporcionando três<br />
benefícios principais:<br />
- Garantia contra qualquer dano<br />
durante a vida útil do pneu.<br />
- Assistência em estrada 24h em<br />
Portugal e na Europa, por dano<br />
nos pneus (durante 3 anos).<br />
18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
Apollo Tyres<br />
reforça política<br />
de I+D<br />
A única forma de<br />
estar no mercado<br />
de pneus de altas<br />
prestações é dispor de<br />
competências muito<br />
elevadas no capítulo<br />
da investigação, testes<br />
e desenvolvimento de<br />
novos produtos. Isto<br />
é do mesmo modo<br />
válido para marcas<br />
consagradas e para<br />
marcas “emergentes”<br />
ou que estão a tentar<br />
afirmar-se a nível<br />
global. A Apollo Tyres<br />
reformulou a pensar<br />
nisso a sua política de<br />
I+D e abriu um novo<br />
Centro Técnico global<br />
em Enschede (Holanda).<br />
GOODYEAR tem novo slogan<br />
A Goodyear lançou o novo<br />
posicionamento da marca em<br />
simultâneo na Europa, Médio<br />
Oriente e África. O posicionamento,<br />
criado com base num<br />
novo slogan, “Made to Feel<br />
Good”, ultrapassa a segurança<br />
como mensagem central e,<br />
em vez disso, concentra-se<br />
na qualidade da condução<br />
no seu todo.<br />
“O pneu dá uma sensação<br />
de “prazer” pela construção<br />
que apresenta de um modo<br />
geral. Inspirámo-nos por<br />
elementos como jardins zen<br />
para dar uma sensação de<br />
paz e ordem e por seixos de<br />
grandes tamanhos para aumentar<br />
e transmitir a solidez<br />
<strong>dos</strong> blocos e, desse modo, a<br />
confiança. As folhas da flor-<br />
-de-lótus criaram a ideia de<br />
um tratamento hidrofóbico<br />
da parte inferior <strong>dos</strong> sulcos,<br />
o que, combinado com uma<br />
construção hidrodinâmica<br />
<strong>dos</strong> sulcos, transmite a força<br />
do pneu em condições de piso<br />
molhado”, conclui Fontaine.<br />
“Made to Feel Good” é<br />
o novo slogan da marca<br />
Goodyear<br />
DUNLOP assinala<br />
125º Aniversário<br />
A Dunlop está a celebrar<br />
os 125 anos de atividade<br />
como marca sempre ligada<br />
ao sector <strong>dos</strong> pneus. A inovação<br />
da Dunlop tem sido contínua.<br />
Em 1888 John Boyd<br />
Dunlop inventou o pneu com<br />
câmara de ar. Desde então<br />
grandes inovações da Dunlop<br />
incluem os pneus run-flat<br />
(sem pressão) em 1974. Este<br />
ano ficará registado como o<br />
ano em que os pneus Sport<br />
BluResponse da Dunlop fizeram<br />
a diferença na estrada e<br />
na pista.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 19
Notícias Mercado<br />
Resulta<strong>dos</strong><br />
financeiros do<br />
Grupo Michelin<br />
A Michelin anunciou<br />
vendas de 4.900<br />
milhões de euros no<br />
primeiro trimestre de<br />
<strong>2013</strong>, em linha com as<br />
suas previsões anuais.<br />
Num contexto de<br />
merca<strong>dos</strong> fracos nos<br />
países maduros e de<br />
crescimento nos novos<br />
merca<strong>dos</strong>, a Michelin<br />
confirma o seu objetivo<br />
de volumes estáveis em<br />
<strong>2013</strong>, aproveitando a<br />
sua presença em todo o<br />
mundo.<br />
Novo PIRELLI P ZERO NERO GT<br />
Para os condutores que<br />
não fazem compromissos a<br />
respeito da qualidade e da<br />
segurança, já está disponível<br />
no mercado ibérico o novo<br />
Pirelli P Zero Nero GT, uma<br />
versão mais aperfeiçoada do<br />
já muito bom P Zero Nero.<br />
Trata-se de um pneu de alta<br />
tecnologia, onde o quase<br />
impossível compromisso<br />
entre aderência e duração é<br />
alcançado. A disponibilidade<br />
de produto inclui cerca de 60<br />
medidas, entre as quais 11<br />
novas medidas “pequenas“,<br />
para jantes entre 16 e 19<br />
polegadas. Em termos de<br />
eficiência energética, o novo<br />
pneu melhora cerca de 20%<br />
em relação ao P Zero Nero,<br />
em boa parte devido ao teor<br />
de silício mais equilibrado<br />
existente no composto da<br />
borracha. Por outro lado, o<br />
desenho da banda de rolamento<br />
foi optimizado, tendo<br />
em vista melhorar a maneabilidade<br />
e reduzir ao mesmo<br />
tempo o nível de sonoridade<br />
do pneu. Para a Pirelli, o seu<br />
novo pneu P Zero Nero GT<br />
constitui uma nova referência<br />
para os veículos de altas<br />
prestações.<br />
Tom Edwards nomeado<br />
Diretor Marketing<br />
Europeu da Infinity<br />
O Grupo Al Dobowi, proprietário<br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> Infinity, anunciou<br />
a nomeação de Tom Edwards<br />
como Diretor de Marketing Europeu.<br />
Com dez anos de experiência<br />
em vendas e de marketing no<br />
negócio europeu de pneus, Tom<br />
Edwards traz consigo uma forte<br />
compreensão das oportunidades<br />
e desafios do sector, para o desenvolvimento<br />
de novas estratégias.<br />
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20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 21
Notícias Mercado<br />
REVISTAS TESTAM pneus Goodyear Dunlop<br />
As revistas especializadas alemãs testaram e<br />
compararam os últimos produtos da Goodyear<br />
Dunlop com a concorrência e o resultado é claro. O<br />
Dunlop Sport BluResponse no tamanho 195/65 R 15<br />
91V é um <strong>dos</strong> pneus vencedores do teste de pneus<br />
de Verão realizado em <strong>2013</strong> pela AutoBild, uma das<br />
principais revistas de automobilismo da Alemanha. O<br />
Dunlop Sport BluResponse no mesmo tamanho também<br />
ganhou o teste da ACE (Auto Club Europe) e da<br />
GTUE, uma das organizações mais reconhecidas na<br />
Alemanha constituído por inspetores independentes<br />
certifica<strong>dos</strong>. Por sua vez, o Goodyear EfficientGrip<br />
Performance, o produto mais recente da Goodyear,<br />
foi qualificado como “muito recomendado”.<br />
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LANÇA novo<br />
Battlax slick V01<br />
A Bridgestone apresentou o novo<br />
Racing Battlax V01, desenvolvido para<br />
competição. Aproveitando os compostos<br />
da Bridgestone desenvolvi<strong>dos</strong> para o<br />
MotoGP bem como as tecnologias de<br />
área de contacto, o Battlax V01 proporciona<br />
aos pilotos um manuseamento eficaz,<br />
enorme capacidade em curvas e um<br />
rápido warm-up, factores que aumentam<br />
a confiança durante a pilotagem.<br />
A Bridgestone desenvolveu os novos<br />
compostos de corrida do Battlax V01,<br />
optimizando a mistura para máxima aderência<br />
em todas as faixa de temperaturas.<br />
O pneu dianteiro V01 foi construído com<br />
uma cinta mono-espiral com um raio de<br />
coroa único para uma elevada estabili-<br />
dade sob qualquer ângulo de inclinação.<br />
O Battlax V01 proporciona aos<br />
pilotos um manuseamento<br />
eficaz, enorme capacidade em<br />
curvas e um rápido warm-up<br />
22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 23
Notícias Mercado<br />
NOVOS PRODUTOS General Tire na Andrés<br />
A empresa Grupo Andrés, distribuidor exclusivo <strong>dos</strong> pneus General Tire para Portugal e Espanha,<br />
começou a distribuir os novos pneus Grabber GT desta marca, que são propostos em 42 medidas<br />
diferentes, para jantes de 15 a 21 polegadas.<br />
empresa Grupo Andrés,<br />
A distribuidor exclusivo<br />
<strong>dos</strong> pneus General Tire para<br />
Portugal e Espanha, começou<br />
a distribuir os novos<br />
pneus Grabber GT desta<br />
marca, que são propostos em<br />
42 medidas diferentes, para<br />
jantes de 15 a 21 polegadas.<br />
O novo pneu Grabber GT da<br />
General Tire foi desenvolvido<br />
especialmente para veículos<br />
4x4 que circulam apenas em<br />
estradas de asfalto (SUV),<br />
tendo como principais características<br />
a grande aderência<br />
em pisos secos e molha<strong>dos</strong>,<br />
precisão de condução, eficiência<br />
energética e conforto.<br />
O Grabber GT apresenta<br />
um desenho assimétrico da<br />
banda de rolamento, com<br />
grandes blocos de borracha<br />
nos ombros do pneu, que<br />
proporcionam grande solidez<br />
ao pneu, indispensável<br />
para um comportamento<br />
dinâmico de primeira linha.<br />
Por outro lado, este novos<br />
pneus possuem soluções que<br />
permitem verificar o seu nível<br />
de rendimento com o passar<br />
<strong>dos</strong> quilómetros. Uma delas<br />
é o sistema VAI ou Indicador<br />
Visual de Alinhamento, que<br />
permitem verificar se a geometria<br />
da direcção do veículo<br />
está correctamente alinhada.<br />
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24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 25
Atual Mercado<br />
////////////////<br />
3ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
Expectativas superadas<br />
A “3ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong>”, organizada pela AP Comunicação<br />
e promovida pela REVISTA DOS PNEUS, teve este ano a sua melhor edição e<br />
afirmou-se como ponto de encontro do sector<br />
A<br />
Conferência decorreu no Auditório<br />
da ExpoSalão, na Batalha, no<br />
passado dia 6 de Abril, e reuniu<br />
mais de uma centena de players<br />
do sector, afirmando-se cada vez mais, graças<br />
ao enorme êxito da presente edição, como<br />
o evento de referência no sector <strong>dos</strong> pneus,<br />
graças ao contributo e enorme qualidade e<br />
know-how <strong>dos</strong> oradores, e à abertura ao debate<br />
de to<strong>dos</strong> os conferencistas participantes,<br />
que manifestaram abertamente opiniões e<br />
colocaram questões pertinentes de extrema<br />
relevância para salvaguardar o futuro da sua<br />
atividade empresarial.<br />
A sessão de abertura esteve a cargo de João<br />
Vieira, Director Geral da AP Comunicação, que<br />
traçou duma forma sumária os principais objectivos<br />
da empresa, explicando que estes<br />
passam por “consolidar as nossas publicações<br />
no presente e prepará-las para o futuro”.<br />
Nesse sentido, a REVISTA DOS PNEUS foi<br />
melhorada já este ano com “alterações do<br />
grafismo e do formato”, dando corpo a uma<br />
estratégia editorial de constante modernização,<br />
à qual não é alheia também a rápida<br />
expansão do “mundo digital”.<br />
A AP Comunicação é fruto dum legado de<br />
“quase duas décadas de experiência” editorial<br />
e comunicacional no sector do aftermarket<br />
automóvel, cujo trabalho é hoje amplamente<br />
reconhecido pela esmagadora maioria <strong>dos</strong><br />
seus players, pretendendo, sobretudo, com a<br />
realização desta 3ª Conferência do Comércio<br />
de <strong>Pneus</strong>, dar mais um “contributo significativo<br />
para que o sector represente o seu papel na<br />
economia”.<br />
CEPP EMPENHADA NA PROMOÇÃO DA<br />
SEGURANÇA RODOVIÁRIA E DA ATIVIDADE<br />
Jorge Vieira, representante da CEPP (Comissão<br />
Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong> da<br />
ACAP), organismo constituído pela maioria<br />
<strong>dos</strong> principais fabricantes e marcas de pneus<br />
comercializa<strong>dos</strong> em Portugal, nomeadamente<br />
a Bridgestone Portugal, Continental <strong>Pneus</strong>,<br />
Goodyear Dunlop, Michelin, Pirelli Neumáticos,<br />
<strong>Pneus</strong> da Península e Yokohama Iberia,<br />
abordou o tema “Fabricantes de <strong>Pneus</strong>” no<br />
primeiro painel, iniciando a sua intervenção<br />
com uma breve abordagem à missão e principais<br />
objectivos da ACAP, “a única associação<br />
empresarial que representa a globalidade do<br />
sector automóvel em Portugal, congregando<br />
cerca de 2.000 empresas associadas”.<br />
Sobre o trabalho propriamente dito da<br />
CEPP, organismo que reúne regularmente<br />
desde 2009, revelou que as suas orientações<br />
abrangem sobretudo duas vertentes, “a pro-<br />
Jorge Vieira, representante da CEPP, referiu<br />
que “gostaríamos de ser consulta<strong>dos</strong> como<br />
especialistas de pneus por todas as entidades que<br />
têm por função legislar a nossa atividade”<br />
moção segurança rodoviária e a promoção<br />
da atividade”. As primeiras passam por “ações<br />
realizadas com o apoio de entidades estatais<br />
como o IMT, UNT e PSP”, enquanto as segundas,<br />
um pouco mais complexas, integram “a<br />
criação e definição de perfil de técnico para<br />
26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
David Mota, gerente da HT Consulting, elegeu<br />
Moçambique como o mercado mais apetecível<br />
neste momento para a internacionalização da<br />
atividade do comércio de pneus<br />
o sector e o próprio acompanhamento do<br />
processo de certificação do técnico, propostas<br />
de certificação da atividade da venda de<br />
pneus, apresentação de iniciativas legislativas<br />
e o acompanhamento do cumprimento” das<br />
principais normas regulamentares do sector<br />
<strong>dos</strong> pneus.<br />
A CEPP tem também um papel ativo em<br />
projetos de desenvolvimento de atividades<br />
formativas junto de várias entidades do Estado<br />
e da Administração Pública ligadas, direta e<br />
indiretamente, à fiscalização. Numa outra vertente,<br />
pauta a sua atuação pela “divulgação<br />
do sector <strong>dos</strong> pneus”, tanto no capítulo da<br />
“realização e participação em encontros com<br />
empresas e associações do sector”, quer através<br />
de campanhas nos media como a do “pneu<br />
usado pode ser arriscado” e a da nova “etiqueta<br />
<strong>dos</strong> pneus”, quer ainda na participação em<br />
feiras, colóquios, seminários e conferências.<br />
“Gostaríamos de ser consulta<strong>dos</strong> como especialistas<br />
de pneus por todas as entidades<br />
que têm por função legislar e fiscalizar a nossa<br />
atividade, adaptando de uma forma realista<br />
as normas comunitárias à realidade do nosso<br />
país”, concluiu Jorge Vieira.<br />
MOÇAMBIQUE UM MERCADO MUITO<br />
APETECÍVEL PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO<br />
O segundo painel teve como orador David<br />
Mota, Gerente da HT Consulting & Business<br />
Developement, que protagonizou mais uma<br />
excelente intervenção, onde desenvolveu a<br />
temática “Estratégias de Internacionalização”.<br />
Na análise de David Mota, que considera que<br />
“com a crise, a solução é procurar novos merca<strong>dos</strong>”,<br />
depois de alertar para o clima adverso<br />
à internacionalização em Espanha e no resto<br />
da Europa, no Norte de África pela enorme<br />
instabilidade política, no Brasil por ser um<br />
mercado “onde é muito complicado entrar<br />
e to<strong>dos</strong> os produtos têm de ser certifica<strong>dos</strong><br />
lá”, em Angola que, “apesar ser um mercado<br />
interessante e poderoso, a internacionalização<br />
é exigente, onerosa e impõe a necessidade<br />
de um parceiro local”, acabou por eleger Moçambique<br />
como “a cereja em cima do bolo”,<br />
isto é, o mercado alvo mais apetecível neste<br />
momento para a internacionalização.<br />
E explicou porquê: “para além da comunicação<br />
ser fácil, devido à partilha da língua portuguesa<br />
e os laços culturais fortes, Moçambique<br />
apresenta neste momento um <strong>dos</strong> maiores<br />
índices de crescimento do todo o continente<br />
africano, é um país cumpridor, portanto onde<br />
se pode investir, é encarado como um caso de<br />
sucesso, uma democracia multipartidária e<br />
tem uma localização estratégica privilegiada<br />
como plataforma de entrada na SADC (Comunidade<br />
para o Desenvolvimento da África<br />
Austral), um mercado com 250 milhões de<br />
consumidores”.<br />
Acrescem ainda os factos de coexistirem<br />
boas relações institucionais entre os dois<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 27
Atual<br />
//////////////////<br />
Mercado<br />
III Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
países, de haver empresas portuguesas estabelecidas<br />
em Moçambique, da qualidade<br />
<strong>dos</strong> produtos e das marcas portuguesas serem<br />
muito reconhecida localmente, “num<br />
país onde o sector <strong>dos</strong> transportes, um <strong>dos</strong><br />
5 motores da economia, ter registado um<br />
crescimento de 15,1% em 2012”.<br />
David Mota revelou também as principais<br />
dificuldades da internacionalização em Moçambique,<br />
nomeadamente a “distância geográfica,<br />
a forte concorrência da África do<br />
Sul e <strong>dos</strong> países asiáticos, a dificuldade de<br />
acesso à compra de terrenos e o ambiente<br />
de negócios inflacionado”, aconselhando os<br />
potenciais investidores a preparar bem todo o<br />
processo de internacionalização em Portugal<br />
e só depois avançar com a missão no terreno.<br />
seguindo-se a nova distribuição (Norauto,<br />
FeuVert, etc.), as oficinas independentes com<br />
20%, e os concessionários e o canal internet<br />
compartilham uma quota de cerca de 5%”.<br />
Em relação à venda de pneus por segmento,<br />
em 2012 o premium absorveu uma quota<br />
de mercado de 43%, o quality apenas 17%<br />
e o budget 40%. No histórico comparativo<br />
com 2005, constata-se que as “tendências de<br />
mercado refletem uma polarização do mesmo<br />
em marcas premium e budget”.<br />
Paralelamente existe um outro conjunto<br />
de tendências, “com os fabricantes a tentar<br />
REDES INDEPENDENTES<br />
LIDERAM MERCADO EUROPEU<br />
No terceiro painel, subordinado ao tema “A<br />
Evolução do Mercado de <strong>Pneus</strong> na Europa”, Jorge<br />
Crespo, Diretor Geral da Infinity Tyres, afirmou<br />
que “o mercado europeu de pneus teve uma<br />
evolução negativa em 2012”, com um decréscimo<br />
de 12% nos segmentos de Veículos Ligeiros,<br />
Comerciais Ligeiros e SUV, e de 18%<br />
no segmento <strong>dos</strong> Veículos Pesa<strong>dos</strong>.<br />
Nos maiores 5 merca<strong>dos</strong> europeus. a maior<br />
queda foi na Itália com -26%, seguindo-se<br />
a Alemanha (-15%), Espanha (-11%), Grã-<br />
-Bretanha (-10%) e França (-7%). E se o ano<br />
de 2012 já foi negativo para o negócio de<br />
pneus na Europa, “o primeiro trimestre de<br />
<strong>2013</strong> também não está a correr bem”.<br />
“Quanto à venda de pneus na Europa por<br />
canal, os grupos de compra, redes independentes<br />
tipo Euromaster, First Stop, etc., lideram<br />
com uma quota de mercado de 46%,<br />
Jorge Crespo, Diretor Geral da Infinity, afirmou que<br />
“o mercado europeu de pneus teve uma evolução<br />
negativa em 2012, com um decréscimo de 12%<br />
nos veículos ligeiros e 18% nos pesa<strong>dos</strong>”<br />
28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
Tiago Pinho, do Grupo @Work, disse que “60% <strong>dos</strong><br />
portugueses já têm acesso à internet e passam em<br />
média por semana 13,2 horas on-line. O volume<br />
de negócios em 2012 ascendeu a €1.600 milhões”<br />
aumentar a sua presença direta nos pontos<br />
de venda, com a criação de páginas B2C e redes<br />
associadas, o incremento da internet não<br />
tanto nas vendas mas no número de visitas e<br />
na definição de opções de compra, o aumento<br />
do uso de pneus usa<strong>dos</strong>, o aumento do número<br />
de atores no mercado” – entre outros.<br />
No capítulo das oportunidades, Jorge<br />
Crespo aconselha às empresas “acrescentar<br />
valor ao seu negócio e a renovação e modernização<br />
<strong>dos</strong> pontos de venda”, considera que<br />
o “serviço é a chave” e que se deve “diversificar<br />
serviços para minimizar riscos”.<br />
VENDAS NA NET FACTURARAM<br />
1.600 MILHÕES DE EUROS EM ANO E MEIO<br />
Tiago Pinho, do Grupo @Work, desenvolveu,<br />
no quarto painel, o tema cada vez mais atual<br />
das “Novas Tecnologias no Negócio <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>”.<br />
Segundo este jovem orador, no chamado e-<br />
-business, que recorre ao “uso de tecnologia<br />
digital e da internet para executar os principais<br />
processos de negócio de uma organização,<br />
encontram-se incluídas atividades de gestão<br />
interna da organização, nomeadamente<br />
a gestão de stocks ou as requisições internas,<br />
e a coordenação com fornecedores e com<br />
outros parceiros de negócios”.<br />
Por sua vez, no e-commerce, “um canal de<br />
negócio que possibilita a compra e venda de<br />
produtos e serviços pela internet”, encontram-<br />
-se entre as principais vantagens em relação<br />
ao comércio tradicional, “os custos residuais<br />
de stock, uma vez que não é necessário ter os<br />
produtos fisicamente, não existem também as<br />
limitações de espaço para expor os produtos<br />
das lojas físicas, uma imagem e uma descrição<br />
do produto são suficientes para este estar<br />
disponível para venda”, isto porque “o canal<br />
electrónico permite a venda de artigos que<br />
não estão em stock, possibilitando a oferta<br />
de um leque de produtos muito superior e<br />
uma loja on-line encontra-se aberta 24 horas<br />
por dia 365 dias por ano”.<br />
Tiago Pinho falou também da mecânica das<br />
lojas on-line, dando como exemplo uma loja<br />
de pneus. Apresentou igualmente alguns<br />
da<strong>dos</strong> estatísticos mundiais e nacionais que<br />
revelam claramente as crescentes potencialidades<br />
de mercado das lojas on-line, “cerca de<br />
60% <strong>dos</strong> portugueses já têm acesso à internet,<br />
passam em média por semana 13,2 horas<br />
on-line, entre Setembro de 2011 e Fevereiro<br />
António Ganhão, responsável da rede de oficinas<br />
Vulco, disse que “há espaço para o especilista de<br />
pneus, mas este especilista deve tentar tornar-se<br />
também num especilistas de serviços rápi<strong>dos</strong>”<br />
de 2012 o volume de negócios feitos pela<br />
internet ascendeu aos 1.600 milhões de euros,<br />
78% <strong>dos</strong> internautas já fizeram compras pela<br />
internet e 97% já procurou informação on-<br />
-line” relacionada com categorias de produtos<br />
que pretende adquirir.<br />
MARCAS PREMIUM<br />
MANTÊM POSIÇÃO DE MERCADO<br />
António Ganhão, responsável da rede de<br />
oficinas Vulco (Grupo Goodyear Dunlop), protagonizou<br />
a última intervenção da manhã e<br />
abordou o tema “Reconversão de Oficinas de<br />
<strong>Pneus</strong> para Oficinas de Serviços Rápi<strong>dos</strong>”, que<br />
se tornaria central ao longo de todo o debate<br />
nos trabalhos da conferência a partir de aqui.<br />
“Será que esta evolução não é necessária? ”-<br />
questionou o orador, em jeito de desafio inicial<br />
lançado a to<strong>dos</strong> os conferencistas presentes.<br />
Relativamente às tendências de mercado,<br />
constata que “não está a crescer, as marcas<br />
premium estão a conseguir manter as suas<br />
posições, as marcas intermédias já estão ao<br />
preço das budget e estas últimas a preços<br />
de ocasião”.<br />
Outra das características intrínsecas do mercado<br />
global, segundo exemplificou num slide<br />
bastante expressivo, é que os maiores vão<br />
“engolindo” os mais pequenos em cadeia, mas<br />
alertou: “nem sempre o sucesso bate à porta<br />
daqueles que são mais fortes, muitas vezes<br />
bate à porta daqueles que se conseguem<br />
adaptar melhor ao mercado”.<br />
Em relação à qualidade, um conceito de<br />
que toda a gente hoje fala, “não basta que<br />
ela exista, uma vez que deve ser reconhecida<br />
e medida pela satisfação do cliente”.<br />
Finalmente abordou a questão central, o<br />
novo conceito de oficina One Stop Shop, que<br />
neste caso concreto consiste em “transformar<br />
uma oficina de pneus numa de serviços<br />
rápi<strong>dos</strong>”, o que traria uma maior fidelização<br />
do cliente, na medida em que este não iria<br />
apenas à oficina quando necessitasse dum<br />
novo jogo de pneus, mas também os chama<strong>dos</strong><br />
serviços rápi<strong>dos</strong>.<br />
“Continuo a achar que continua a haver espaço<br />
para o especialista exclusivo de pneus,<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 29
Atual<br />
//////////////////<br />
Mercado<br />
III Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
mas o especialista de pneus deve tentar também<br />
tornar-se paralelamente num especialista<br />
de serviços rápi<strong>dos</strong>” – concluiu António<br />
Ganhão.<br />
INFINITY ATACA MERCADO<br />
PORTUGUÊS COM OFERTA PARA<br />
TODAS AS GAMAS DE VEÍCULOS<br />
A sessão da tarde arrancou com a “Apresentação<br />
do Patrocinador Diamante”, a cargo de<br />
Manuel Félix, Director Geral da Eurotyre Portugal,<br />
distribuidor exclusivo da marca de pneus<br />
Infinity, integrada no Grupo indiano Al Dobowi,<br />
recentemente lançada no mercada nacional e<br />
“comercializada em mais de 65 países”.<br />
Segundo Manuel Félix, trata-se “duma marca<br />
premium com preços altamente competitivos,<br />
cujos pneus são desenvolvi<strong>dos</strong> na Europa e<br />
cumprem todas as normas europeias”, com uma<br />
oferta muito ampla que abrange o segmento<br />
turismo, veículos comerciais ligeiros, veículos<br />
comerciais pesa<strong>dos</strong> (camiões e autocarros) e<br />
veículos agrícolas.<br />
Na gama turismo a oferta é bastante diversificada,<br />
passando pelo pneu de rendimento<br />
garantido Ecomax, pelo pneu ligeiro Ecosis, pelo<br />
pneu de piso optimizado e segurança garantida<br />
Ecopioneer e ainda do pneu silencioso e<br />
seguro Enviro de qualidade premium para SUV,<br />
disponíveis na esmagadora maioria de medidas<br />
<strong>dos</strong> respectivos sub-segmentos.<br />
Para veículos comerciais ligeiros e 4x4, a<br />
oferta é assegurada pelo Infinity Ecovantage,<br />
um pneu que recebeu um novo composto de<br />
sílica e apresenta excelente nível de desgaste,<br />
disponível em 11 medidas.<br />
A gama camião é assegurada pelos pneus INF-<br />
-F865, INF-D925 e INF-A902, destacando-se a<br />
sua extraordinária classificação em termos de<br />
“etiqueta” europeia, sobretudo no capítulo da<br />
segurança em piso molhado, que se situa entre<br />
A e C, consoante as medidas.<br />
Para a gama agrícola a oferta integra o INF-<br />
-LR801, um pneu de baixa resistência ao rolamento<br />
com tacos com acção de auto-limpeza<br />
e reduzida compactação <strong>dos</strong> solos.<br />
Manuel Félix concluiu que as principais vantagens<br />
da marca Infinity são a “alta qualidade,<br />
segurança e fiabilidade do produto, uma ampla<br />
oferta de medidas que já cobre cerca de 91%<br />
do mercado europeu, uma gama completa<br />
transversal a to<strong>dos</strong> os segmentos lançada já<br />
no decurso de <strong>2013</strong>”, entre outras.<br />
NOVA GERAÇÃO DE RETALHISTAS<br />
PREPARADA PARA OS DESAFIOS DO FUTURO<br />
O sexto painel esteve a cargo de Pedro Nascimento<br />
da CERP – Comissão Especializada de<br />
Retalhistas de <strong>Pneus</strong> da ACAP, um organismo<br />
que nasceu há cerca de 2 anos e integra as empresas<br />
Chaveca & Janeira, Europneus, Rodinhas,<br />
Nascimento & Moita, Pneubase, <strong>Pneus</strong> do Alcoa,<br />
<strong>Pneus</strong> 32 e Pneuvita.<br />
“A nova geração de retalhistas que vem aí é<br />
diferente e está preparada para os desafios do<br />
futuro” – sublinhou Pedro Nascimento, que fez<br />
também questão de referir que “a Valorpneu é<br />
uma das melhores empresas gestoras a nível<br />
europeu”.<br />
Quanto à CERP propriamente dita tem vários<br />
projetos em carteira, nomeadamente a criação<br />
duma circular informativa acerca da caducidade<br />
<strong>dos</strong> pneus, a criação de seguro próprio para<br />
obstar a negligência do trabalhador, neste capítulo,<br />
“já existem duas companhias de seguros<br />
que estão em condições de o fazer e vai ser<br />
assinado brevemente um protocolo”, um plano<br />
de formação técnica específica incorporado no<br />
plano de formação <strong>2013</strong> da ACAP, a alteração<br />
das tolerâncias de ripómetro, “para evitar a reinspecção<br />
periódica de veículos, por vezes tendo<br />
de desalinhar a direção para poder passar”, a<br />
regulação do comércio de pneus usa<strong>dos</strong> em<br />
Portugal, um inquérito de caracterização do<br />
negócio das empresas e estatístico da evolução<br />
do mercado e ainda para o desenvolvimento<br />
duma tabela de preços médios indicativos.<br />
Pedro Nascimento aconselha os retalhistas a<br />
licenciarem-se junto das câmaras e divulgou que<br />
a CERP “está a tentar limitar o acesso à atividade”.<br />
Quanto ao futuro do retalho <strong>dos</strong> pneus “é preciso<br />
combater a concorrência desleal, diversificar<br />
os serviços, modificar a visão do negócio, as<br />
empresas devem adaptar-se às condições de<br />
mercado e da economia mantendo a rentabilidade<br />
necessária para sustentar o negócio e<br />
promover o associativismo”.<br />
A Infinity foi o patrocinador principal da 3ª Conferência do<br />
Comércio de <strong>Pneus</strong>. Toda a equipa da Eurotyre, responsável pela<br />
distribuição da marca em Portugal, esteve presente para dar<br />
informações sobre a nova gama de pneus da marca<br />
OFICINA DE PNEUS ANALISA<br />
PRÓS E CONTRAS DO ALARGAMENTO<br />
A SERVIÇOS RÁPIDOS DE MECÂNICA<br />
O sétimo painel reuniu um conjunto de cinco<br />
oradores em representação <strong>dos</strong> diversos sub<br />
30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
Pedro Nascimento, representante da CERP, disse<br />
que “é preciso combater a concorrência desleal,<br />
diversificar os serviços e modificar a visão do<br />
negócio para se adaptar às condições do mercado”<br />
segmentos sectoriais: fabricantes de pneus,<br />
retalhistas, grossistas, nova distribuição e fornecedores<br />
de peças, nomeadamente Ricardo<br />
Martins (Diretor de Marketing da Continental),<br />
Paulo Cristóvão (Administrador da Pneubase),<br />
Luís Aniceto (Administrador da S. José <strong>Pneus</strong>),<br />
Mário Mendes, (responsável da rede First Stop)<br />
e Ângelo Lopes (Diretor de Vendas da Sonicel),<br />
que desenvolveram o tema “Análise do Sector<br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> em Portugal na Atualidade”, respondendo<br />
a um conjunto de questões altamente<br />
pertinentes e de grande atualidade, colocadas<br />
variavelmente a cada um <strong>dos</strong> intervenientes<br />
pelo moderador João Vieira.<br />
O mercado está a aderir ao conceito das redes<br />
ou resiste independente?<br />
Mário Mendes considera que “está a ganhar<br />
consciência de que é um caminho a tomar<br />
porque as redes permitem enfrentar melhor<br />
os novos desafios”.<br />
Que novos conceitos de negócio podem existir<br />
no retalho de pneus?<br />
Paulo Cristóvão sublinhou que os retalhistas<br />
são “umas sardinhas” num contexto de mercado<br />
dominado por tubarões. “No retalho temos de<br />
evoluir para a diversificação, mantendo a nossa<br />
base de negócio. Vai aparecer, cada vez mais, um<br />
novo conceito que assenta numa oficina com<br />
especificação em pneus. Os novos serviços de<br />
mecânica são importantes para uma casa de<br />
pneus, mas é preciso definir duma forma muito<br />
clara quais são os nossos limites na mecânica”.<br />
Que factores mais valorizam as oficinas na<br />
escolha das peças aftermarket?<br />
Para Ângelo Lopes “as empresas vivem uma<br />
dicotomia, por um lado, querem continuar a<br />
manter-se no mercado de pneus e existe uma<br />
resistência à mudança, por outro, manifestam<br />
abertura à mudança quando aparecem soluções<br />
viáveis. A alternativa via serviços de mecânica<br />
ao cliente permite o aumento da qualidade e<br />
da fidelização. Na nossa empresa o papel do<br />
marketing é muito importante.<br />
Quais as vantagens e inconvenientes do comércio<br />
electrónico de pneus (B2B e B2C)?<br />
Segundo Luís Aniceto, “para nós o B2B já é<br />
histórico, permitiu-nos uma grande diversificação<br />
e também aumentar muito a oferta. As<br />
casas de pneus vão diminuindo os seus stocks<br />
e o facto de poderem ter o pneu em 24 horas é<br />
uma enorme mais-valia. No caso do B2C permite<br />
que cada casa de pneus possa dar informação,<br />
por exemplo, começam a chegar muitos de fora<br />
do país e isso levanta questões legais quer por<br />
parte do IVA quer da Ecovalor”.<br />
Num mercado tão pequeno e tradicional<br />
como o português, ainda existe espaço para<br />
o aparecimento de mais redes?<br />
Na opinião de Mário Mendes, apesar de “nos<br />
últimos dois anos terem surgido 14 novas redes<br />
que tocam no mercado de pneus”, acredita que<br />
sim, “mas sempre liga<strong>dos</strong> a uma marca que lhes<br />
dê credibilidade”.<br />
De que modo a crise económica que o país<br />
atravessa está a influenciar o desenvolvimento<br />
do sector?<br />
“A crise sempre influenciou o desenvolvimento<br />
do sector” – revelou Ricardo Martins – “num<br />
mercado em retração existe a necessidade de<br />
comunicação. Cerca de 35% das entradas na<br />
oficina são para mudança de pneus o que faz<br />
deste o principal motivo de entrada.<br />
Qual a importância da gestão da tesouraria<br />
para o bom funcionamento de uma oficina de<br />
pneus?<br />
A esta questão, Paulo Cristóvão, respondeu<br />
duma forma direta: “o que não se mede não se<br />
gere. A gestão tem de ser cada vez mais profissionalizada.<br />
Mesmo assim, todas as ferramentas<br />
que nós temos não quer dizer que nos garantam<br />
a sobrevivência.<br />
Qual tem sido a evolução <strong>dos</strong> pneus importa<strong>dos</strong><br />
asiáticos em comparação com os pneus<br />
importa<strong>dos</strong> europeus?<br />
Ricardo Martins constata que “em 2012 começou<br />
o declínio <strong>dos</strong> pneus asiáticos. O diferencial<br />
<strong>dos</strong> preços na categoria budget deixou<br />
de ser significativo. Os pneus asiáticos tiveram<br />
de incorporar os sobrecustos das matérias primas<br />
e com a introdução da etiqueta os pneus<br />
asiáticos tiveram também de investir mais em<br />
Investigação e Desenvolvimento”.<br />
QUEM ACREDITA EM SUPER-HERÓIS<br />
TEM MAIS HIPÓTESES DE MUDAR O MUNDO<br />
O oitavo painel teve como protagonista Miguel<br />
Gonçalves, um jovem empresário de sucesso<br />
que abordou duma forma desconcertante,<br />
intensa, descontraída e com grande sentido<br />
de humor, o tema “Admirável Mercado Novo”,<br />
O sétimo painel reuniu um conjunto de cinco oradores em representação <strong>dos</strong> diversos sub segmentos<br />
sectoriais: fabricantes de pneus, retalhistas, grossistas, nova distribuição e fornecedores de peças<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 31
Atual<br />
//////////////////<br />
Mercado<br />
III Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
certamente de alguma forma a parafrasear<br />
a obra literária que notabilizou o escritor<br />
norte-americano Aldous Huxley (Admirável<br />
Mundo Novo).<br />
Miguel Gonçalves iniciou a sua intervenção<br />
afirmando que acredita em “super-heróis”, e<br />
citou alguns exemplos: Picasso, Salvador Dali,<br />
Steve Jobs, Jeff Bezos, Sergio Marchionne,<br />
Nolan Bushnell, tendo cada um deles, à sua<br />
maneira, e graças ao seu espírito visionário e<br />
determinação, dado um grande contributo<br />
para mudar o mundo.<br />
No caso concreto de Sergio Marchionne,<br />
CEO do Grupo Fiat, revelou que quando a<br />
Fiat comprou a Chrysler e o Sergio chegou<br />
ao mega-edifício do construtor norte-americano,<br />
ao contrário do que seria de esperar,<br />
que era juntar-se à administração, foi traba-<br />
Miguel Gonçalves, orador principal da<br />
Conferência, citou o sucesso da sua empresa<br />
que no último ano cresceu 700% e afirmou que<br />
acredita em “super-heróis”.<br />
lhar ao lado <strong>dos</strong> engenheiros. A lição a tirar<br />
é a seguinte: “se os quero gerir ponho-me<br />
ao lado deles”.<br />
Uma outra máxima de Miguel Gonçalves,<br />
é “não ter medo <strong>dos</strong> que são melhores do<br />
que nós, mas trazê-los para a nossa equipa”.<br />
Miguel Gonçalves considera que os meios<br />
de informação generalista dão uma imagem<br />
errada e deprimente do país. Cita o exemplo<br />
de sucesso da sua empresa que no último<br />
ano cresceu 700%, e em relação à mudança<br />
afirmou o seguinte: “uma coisa é quando<br />
se muda porque temos de mudar, outra é<br />
mudar porque queremos mudar”.<br />
Hélder Rocha, Administrador da Rodangra<br />
“O mercado açoriano é pequeno<br />
e muito concorrencial”<br />
Hélder Rocha, administrador da Rodangra, uma empresa de<br />
retalho que opera na esfera da rede Point.S, na cidade de Angra<br />
do Heroísmo, na Ilha Terceira, foi de to<strong>dos</strong> os participantes que<br />
estiveram presentes na 3ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />
aquele que veio de mais longe, <strong>dos</strong> Açores, e também o único com<br />
sede nas Ilhas Adjacentes<br />
REVISTA DOS PNEUS quis saber o que<br />
A é que motivou Hélder Rocha a fazer uma<br />
viagem tão longa, com vários voos de permeio<br />
e quase 300 km de estrada de ida e volta<br />
para a Batalha. O empresário referiu que esta<br />
já é a segunda vez que participa no evento,<br />
“vim para aprender e para tentar manter-me<br />
atualizado em relação àquilo que se passa no<br />
mercado de pneus”.<br />
Hélder Rocha faz também um balanço muito<br />
positivo da forma como foi organizado e decorreu<br />
o evento, declarando o seguinte: “foi<br />
uma experiência enriquecedora, ajudou-me<br />
a perceber quais são as tendências do negócio<br />
em termos mais gerais, lá só podemos olhar<br />
para o lado e ver o que está a acontecer, normalmente<br />
as tendências que ocorrem no Continente<br />
chegam aos Açores algum tempo mais<br />
tarde, segui com muita atenção as mensagens<br />
de to<strong>dos</strong> os intervenientes das mais diversas<br />
áreas, desde colegas retalhistas até fabricantes<br />
e outros, acho que fiquei com uma boa perspectiva<br />
do que é que poderá ser a tendência<br />
de negócio”.<br />
A Rodangra nasceu em 2007 e emprega atualmente<br />
8 pessoas, mas Hélder Rocha encontra-<br />
-se ligado ao sector <strong>dos</strong> pneus desde a mais<br />
tenra infância, uma vez que o seu pai, com<br />
quem começou a trabalhar, “foi distribuidor<br />
da Mabor”.<br />
A REVISTA DOS PNEUS também quis saber<br />
quais são as “tendências” ao nível das casas<br />
de retalho de pneus na Ilha Terceira. Hélder<br />
Rocha explicou-nos que se trata duma<br />
ilha com 55.000 habitantes, “é um mercado<br />
pequeno e bastante concorrencial, só na rua<br />
onde está a Rodangra existem mais duas casas<br />
de pneus. Havia muito negócio para viaturas<br />
afectas à atividade da construção civil, mas a<br />
construção parou completamente. Nos particulares<br />
não se pode dizer que tenha havido<br />
um decréscimo, mas uma transferência em<br />
termos de valor para os segmentos de pneus<br />
das categorias mais baixas. Nos pequenos comerciais<br />
liga<strong>dos</strong> a pequenos negócios houve<br />
uma quebra porque, com a crise económica,<br />
as empresas têm menos volume de negócios<br />
e os carros fazem menos quilómetros. Nós<br />
também trabalhamos para veículos do sector<br />
agrícola. Neste momento já começamos<br />
a fazer alguns serviços rápi<strong>dos</strong>, uma coisa de<br />
que se falou aqui muito hoje, e que a mim<br />
me parece que vai ser quase obrigatório no<br />
negócio das casas de pneus”.<br />
Hélder Rocha veio <strong>dos</strong><br />
Açores para assistir<br />
à Conferência. Este<br />
empresário referiu que “vim<br />
para aprender e manter-me<br />
atualizado em relação ao<br />
que se passa no mercado<br />
<strong>dos</strong> pneus”<br />
32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
José Carlos Branco<br />
Troféu “Prémio Carreira” <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> <strong>2013</strong><br />
Antes do encerramento da Conferência foi chamado ao palco Luís Martins, que proferiu um breve<br />
discurso de homenagem a José Carlos Branco, que este ano foi a personalidade eleita com o Troféu<br />
“Prémio Carreira” <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> <strong>2013</strong><br />
José Carlos Branco, nasceu a 22 de Novembro<br />
de 1933. Iniciou a sua carreira no mercado<br />
<strong>dos</strong> pneus nos primeiros anos da década de 60<br />
na firma Albino & Ferreira, na altura representante<br />
da Michelin.<br />
Ruma à Michelin em mea<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> anos 60,<br />
com a função de comercial (vulgo”viajante”)<br />
da zona centro do país.<br />
Na altura a empresa Michelin ainda com a<br />
denominação Société d’Explotation Michelin,<br />
uma sociedade criada em França para<br />
comercializar a marca no estrangeiro, tinha a<br />
sua sede na Praça José Queirós em Lisboa e era<br />
constituída por uma pequena equipa.<br />
No início <strong>dos</strong> anos 70, José Carlos Branco<br />
inicia o seu percurso dentro da Michelin<br />
como Chefe de Vendas Regional, função que<br />
desempenhou durante quase 10 anos, numa<br />
altura de grande força para a implementação<br />
do mercado português <strong>dos</strong> pneus.<br />
Em 1974 é criada a Michelin, Companhia<br />
Luso-Pneu, denominação atual da empresa.<br />
A partir desta altura, o mercado regista um<br />
grande desenvolvimento, que se acentuou com<br />
a entrada do país na União Europeia, em 1988.<br />
No final da década de 80, José Carlos Branco<br />
passa a desempenhar as funções de Diretor<br />
de Vendas de todo o país, contribuindo decididamente<br />
para o crescimento do negócio<br />
da marca.<br />
Em 1992, a Companhia Luso Pneu inaugurou<br />
no Prior Velho uma nova sede, que dispunha<br />
de um armazém com 10.500 m2, reparti<strong>dos</strong><br />
em dois pisos e mais 1.100 m2 destina<strong>dos</strong> a<br />
escritórios.<br />
Foi a época dourada da Michelin em Portugal,<br />
vivida intensamente por José Carlos Branco,<br />
que saiu da empresa em 1994, após quase três<br />
décadas de um percurso profissional exemplar,<br />
onde fez muitas amizades e do qual guarda as<br />
melhores recordações.<br />
No mesmo ano, inicia colaboração com a<br />
Contipneu - <strong>Pneus</strong> da Marca Continental,<br />
S.A., desempenhando funções de Assessor da<br />
Administração e Product Manager <strong>Pneus</strong> de<br />
Camião da marca Semperit.<br />
Uma boa parte da notoriedade, sucesso e crescimento<br />
exponencial das quotas de mercado<br />
das diferentes marcas do grupo, a ele se devem,<br />
Na impossibilidade de<br />
estar presente para receber<br />
pessoalmente o Troféu “Prémio<br />
Carreira”, o Sr. José Carlos Branco<br />
fez-se representar por José<br />
Saraiva, responsável da marca<br />
Trelleborg, que recebeu o Troféu<br />
entregue por João Vieira, Diretor<br />
da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />
tendo na altura desempenhado um papel importantíssimo<br />
como verdadeiro “embaixador”<br />
da empresa. Neste período, a quota de mercado<br />
da companhia em Portugal, passa de uns modestos<br />
8% para uns significativos 24%.<br />
Em 2001 está na génese da Lusitano <strong>Pneus</strong>,<br />
tendo, conjuntamente com os Srs. Inácio<br />
Ribeiro (Ex. Goodyear), Ramiro Rodrigues<br />
(Grupo Sobralpneus) e Veiga Carvalho (<strong>Pneus</strong><br />
da Península) sido sócio fundador da distribuidora<br />
<strong>dos</strong> pneus Semperit em Portugal.<br />
Na Lusitano <strong>Pneus</strong>, encerra com “chave de<br />
ouro” a sua longa e extremamente bem sucedida<br />
carreira profissional, deixando uma marca<br />
indelével no mercado <strong>dos</strong> pneus em Portugal,<br />
que muito ajudou a dignificar e, ainda hoje, se<br />
pode orgulhar da sua organização e método ter<br />
feito escola e de ter formado muitos <strong>dos</strong> bons<br />
profissionais deste mercado.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 33
Venda de pneus na Europa<br />
Quebra generalizada<br />
Com a quebra <strong>dos</strong> rendimentos e o aumento do preço <strong>dos</strong> combustíveis, não<br />
admira que a venda de pneus para veículos ligeiros e pesa<strong>dos</strong> na Europa, tenha<br />
sofrido uma descida acentuada<br />
Os pneus de ligeiros tiveram uma<br />
quebra de vendas de -12% em<br />
2012, relativamente a 2011, em<br />
linha com a diminuição da quilometragem<br />
média <strong>dos</strong> veículos. Nos pneus de<br />
pesa<strong>dos</strong>, as vendas desceram 18% no mesmo<br />
período, o que reflete ainda mais claramente o<br />
clima de contração das atividades económicas<br />
no espaço europeu (Fig. 1).<br />
Analisando a mesma evolução desta vez por<br />
países, verificamos que a França mesmo assim<br />
limitou as perdas, tendo descido apenas 7% nos<br />
ligeiros e 11% nos pesa<strong>dos</strong>, claramente abaixo<br />
da média europeia, para o período de referência.<br />
Na Alemanha, a descida nos pneus de ligeiros<br />
(-15%) supera a média europeia, mas acompanha<br />
esta nos pneus de pesa<strong>dos</strong> (-18%), o que<br />
demonstra bem e peso do mercado alemão no<br />
contexto europeu. Na Grã-Bretanha, o mercado<br />
está ligeiramente melhor do que no continente,<br />
dando a ideia de que a libra ainda consegue<br />
fazer valer a sua cotação. No Sul da Europa, o<br />
descalabro das vendas é mais visível, fruto das<br />
políticas de convergência do défice orçamental,<br />
Fig.1<br />
tal como acontece no mercado português. A Itália<br />
perdeu cerca de ¼ do mercado (-26% e -25%,<br />
respectivamente, nas duas principais categorias<br />
de pneus), um pouco pior do que a Espanha, que<br />
perdeu 27% nas vendas de pneus de pesa<strong>dos</strong>,<br />
mas conseguiu ficar na média europeia (-11%)<br />
nos pneus de ligeiros (Fig. 2).<br />
Idêntica tendência seguiram os pneus de Inverno<br />
em 2012, cujas vendas desceram cerca<br />
de 1% em relação a 2011, dando a ideia de que<br />
alguns condutores preferiram moderar a sua<br />
condução e usar pneus de Verão todo o ano,<br />
a montar pneus de Inverno. A atual quota de<br />
mercado é de 63,53% para os pneus de Verão,<br />
enquanto os pneus de Inverno ficam pelos<br />
36,47% (fig. 3).<br />
Na análise de vendas por canal de distribuição,<br />
vemos que as oficinas independentes seguram<br />
20% do mercado, mas as redes de marca e os<br />
grupos de compra já vão nos 46%, constituindo<br />
juntamente com a Nova Distribuição (24%) a<br />
parte mais significativa do mercado. Os concessionários<br />
ainda não são vistos pelo mercado<br />
como especialistas em pneus e ficam pelos 5%,<br />
Vendas de pneus no mercado europeu<br />
Vendas de pneus no mercado europeu (por países)<br />
o que também reflete a sua perda de influência<br />
no pós-venda automóvel de um modo geral. As<br />
vendas online entre operadores já valem 5% do<br />
mercado, mas a Internet apenas assegura ainda<br />
1% das vendas diretas (Fig. 4).<br />
Por segmentos de produto, se compararmos a<br />
situação em 2005 e em 2012, verifica-se que os<br />
pneus de topo de gama (Premium) perderam<br />
22% da sua quota de mercado, que atualmente<br />
vale 43% das vendas globais. Quem lucrou com<br />
isso foram os pneus da classe económica (budget),<br />
que passaram a dominar 40% do mercado<br />
(contra 12% em 2005), mas sobretudo os pneus<br />
da classe económica. Quanto aos pneus Qaulity,<br />
que chegam agora aos 17% das vendas, quando<br />
em 2005 representavam 23%. Isto reflecte sem<br />
dúvida a crise económica, mas também significa<br />
que as diferenças de qualidade entre os<br />
diversos segmentos se estão a reduzir muito<br />
rapidamente (Fig. 5).<br />
DISTRIBUIÇÃO EM MUDANÇA<br />
A distribuição de pneus está a ser claramente<br />
afectada pela diminuição das margens e pela<br />
consequente necessidade de melhorar a eficiência<br />
de processos. Neste contexto, as marcas<br />
<strong>dos</strong> fabricantes principais a nível global estão<br />
a aumentar os pontos de venda direta, no que<br />
vulgarmente se chama a estratégia de venda<br />
“diretamente do produtor para o consumidor“.<br />
A presença das marcas no retalho é conseguida<br />
com plataformas electrónicas de comércio online<br />
(B2C) e com o reforço de redes de retalho<br />
associadas.<br />
Fig.2<br />
34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
Vendas de pneus na Europa (verão/inverno)<br />
2011 2012<br />
Fig.3<br />
Vendas de pneus na Europa (por canal)<br />
POLARIZAÇÃO DO MERCADO<br />
A tendência para a polarização do mercado<br />
entre marcas de primeira linha e marcas budget,<br />
com perto de 50% de quota de mercado<br />
para cada lado, redobra o clima de competição,<br />
obrigando a recorrer ao comércio online, para<br />
fugir à redução de margem no distribuidor e<br />
no retalho. Os fabricantes, em contrapartida,<br />
conseguem melhorar a sua margem, ao eliminarem<br />
elos da cadeia de valor.<br />
Outros aspectos da distribuição atual de pneus<br />
são o reforço da legislação na Europa (REACH,<br />
etiqueta europeia, taxa de ecovalor, etc.), o aumento<br />
de canais de retalho (grandes superfícies<br />
comerciais, retalho de peças, Internet, etc.) e o<br />
aparecimento de pneus usa<strong>dos</strong> com garantia<br />
mínima, sujeitos a revisões técnicas. Por outro<br />
lado, o mix de produto, que tem vindo a evoluir<br />
positivamente ao longo <strong>dos</strong> últimos 15 anos,<br />
tem tendência para estagnar ou mesmo regredir,<br />
em certos casos.<br />
Fig.4<br />
Os fabricantes estão assim a competir diretamente<br />
no mercado com os seus clientes (distribuidores<br />
e outras redes de retalho), o que não<br />
deixa de ser curioso. Seria interessante que esse<br />
tipo de concorrência produzisse uma melhoria<br />
claramente significativa do serviço ao cliente<br />
final, com a provável e desejável promoção da<br />
segurança rodoviária.<br />
Nestas condições, o distribuidor tradicional<br />
perde o significado fundamental da sua função<br />
e torna-se num operador de mercado como<br />
outro qualquer. A principal saída para este impasse<br />
consiste em criarem as suas próprias redes<br />
de retalho associadas. O perfil do distribuidor<br />
monomarca desaparece, sendo substituído<br />
por um novo modelo de distribuidores multimarca,<br />
assente no conceito de serviço (entrega<br />
de produto até seis vezes por dia, entre outros,<br />
entre outros).<br />
obrigam claramente a este posicionamento.<br />
Por outro lado, empresas com mais de seis ou<br />
sete pontos de venda a retalho acabam por se<br />
converter em grupos de compra ou distribuidores<br />
locais. Do mesmo modo, várias empresas<br />
de retalho podem associar-se e criar grupos<br />
de compra, para terem as mesmas condições<br />
de acesso ao produto que os restantes atores<br />
do mercado.<br />
OPORTUNIDADES DE MERCADO<br />
Acrescentar valor à oferta, principalmente<br />
através do serviço, é a chave para alcançar a<br />
diferenciação e liderar o mercado. A renovação e<br />
modernização das instalações de retalho vão desempenhar<br />
como sempre uma função dinamizadora<br />
de vendas, mas é necessário diversificar<br />
também os serviços e investir em criatividade.<br />
Uma das hipóteses com futuro são os serviços<br />
realiza<strong>dos</strong> no exterior (montagem de pneus,<br />
alinhamento de direções, etc.) e a assistência<br />
na estrada ao cliente. Trabalhar com as muito<br />
competitivas marcas asiáticas é outro factor de<br />
sucesso garantido, embora o preço por si já não<br />
motive os consumidores exclusivamente. As<br />
novas tecnologias e o comércio online vieram<br />
para ficar e passaram a ser uma condição básica<br />
para estar no mercado.<br />
Vendas de pneus na Europa (por segmentos)<br />
2005 2012<br />
REDUÇÃO DE STOCKS<br />
Para se tornarem cada vez mais competitivos<br />
e com alguma margem de rentabilidade, os<br />
pontos de venda a retalho eliminam os stocks,<br />
que ficam reduzi<strong>dos</strong> aos produtos e medidas de<br />
grande rotação. O grande número de referências<br />
de produto e as dificuldades de financiamento<br />
Fig.4<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 35
Diversificação de serviços<br />
Combinação ideal!<br />
A conjugação da oferta de pneus com mecânica rápida é a combinação ideal, pois<br />
consegue garantir mais facilmente a plena ocupação <strong>dos</strong> recursos, aumentando a<br />
rentabilidade do negócio<br />
No sector <strong>dos</strong> especialistas tradicionais<br />
de retalho de pneus, coloca-se<br />
atualmente a questão da reconversão<br />
de uma oficina de pneus clássica<br />
para uma oficina de serviços rápi<strong>dos</strong>, com<br />
todas as dúvidas, receios e desafios que tal<br />
implica.<br />
A pergunta que geralmente se coloca a estes<br />
especialistas é a seguinte: “Será esta a melhor<br />
opção? Será positivo para o meu negócio? “<br />
É uma pergunta que não tem uma resposta<br />
simples. Para evitar grandes rodeios, deve-<br />
-se responder com outra pergunta que é a<br />
seguinte: “Será necessária essa mudança?“<br />
Analisando as condições do mercado e a sua<br />
evolução, somos obriga<strong>dos</strong> a responder que<br />
sim. No entanto, vendo as coisas um pouco<br />
mais realisticamente, somos obriga<strong>dos</strong> a concluir<br />
que as pessoas que passaram a vida a<br />
trabalhar com pneus sentem-se de repente<br />
como se tivessem que andar com os sapatos<br />
de outra pessoa. É uma sensação realmente<br />
incómoda.<br />
Quem sente a segurança de ser especialista<br />
num produto e numa área de negócio, tendo<br />
as competências adquiridas que foi acumulando<br />
ao longo do tempo, acha que tornar-se<br />
generalista em várias coisas é um retrocesso<br />
perigoso. Este receio e esta dúvida constitui<br />
Para sobreviverem num mercado em evolução constante, as oficinas têm de se adaptar e perceber o que<br />
o mercado está a exigir delas num determinado momento<br />
muitas vezes um travão para avançar, mesmo<br />
que as pessoas sintam que a sobrevivência<br />
do seu negócio está de certo modo ameaçada.<br />
Claro que não podemos subestimar<br />
esta posição, porque se trata geralmente<br />
de pessoas que estão ativas no seu negócio<br />
e fazem realmente bem aquilo que fazem.<br />
Do que não nos podemos esquecer é que<br />
A oficina especialista<br />
de pneus tem de ser<br />
também especilista<br />
em serviços rápi<strong>dos</strong>,<br />
pois só assim consegue<br />
aumentar a faturação<br />
sem mexer nos custos<br />
fixos<br />
estamos em Portugal, na Europa e no Mundo<br />
e que esse Mundo gira cada vez mais ao sabor<br />
<strong>dos</strong> caprichos do Euro e do Dólar, as duas<br />
moedas que dominam o comércio internacional.<br />
Por outro lado, a globalização reduziu<br />
as distâncias e anulou muitos entraves. Do<br />
mesmo que eu consigo saber em poucos<br />
minutos o que se passa neste sector em vários<br />
pontos da Europa e do outro lado do<br />
Mundo, também o que acontece do outro<br />
lado do Mundo (conflitos bélicos, desastres<br />
naturais, greves, etc.) nos pode afectar aqui<br />
muito rapidamente.<br />
Isto leva-nos a pensar na evolução que as<br />
coisas têm experimentado e nas voltas que<br />
o mercado tem dado. De facto, nós partimos<br />
de um mercado localizado, onde tínhamos a<br />
nossa posição bem definida, para um mercado<br />
muito maior, com fronteiras menos<br />
definidas, onde a oficina é apenas mais um<br />
ator e não mais do que isso. No meio desta<br />
“europeização“ e desta mundialização, a qualidade<br />
de produtos e serviços que oferecemos<br />
36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
aos nossos clientes está a torna-se num factor<br />
chave para a sobrevivência.<br />
Falando especificamente do universo <strong>dos</strong><br />
pneus, temos a percepção de que o mercado<br />
global não está a crescer. Também vemos que<br />
as principais marcas têm conseguido defender<br />
as suas posições e até têm aumentado o<br />
seu negócio em certos nichos de mercado.<br />
Por outro lado, as marcas que nós considerávamos<br />
“value“ já não são o que eram e as<br />
marcas “budget“ por seu turno estão praticamente<br />
ao preço de pneus de ocasião. Isto<br />
está a levar à segmentação do mercado e a<br />
alterações profundas ao nível da distribuição<br />
e <strong>dos</strong> canais de venda.<br />
Para sobreviver neste mercado em evolução<br />
constante, as oficinas têm de se adaptar e<br />
perceber o que o mercado está a exigir delas<br />
num determinado momento.<br />
PARA QUE SERVE O CLIENTE?<br />
Também é fundamental perceber qual é o<br />
factor essencial de mudança do mercado e<br />
qual é o elemento chave para estar permanentemente<br />
atualizado. Com pouco esforço,<br />
verificamos que esse elemento é o próprio<br />
cliente. Qualquer que seja esse cliente, independentemente<br />
de idade, sexo, nível social,<br />
características étnicas, cultura, profissão e outras<br />
incidências, tem uma atitude psicológica<br />
comum a to<strong>dos</strong> os outros clientes: quer tudo<br />
e nunca está satisfeito! Na realidade, o que o<br />
cliente pretende é resolver as suas necessidades,<br />
problemas ou expectativas e ser bem<br />
servido. Ou seja, quer qualidade.<br />
Das muitas definições de qualidade possíveis,<br />
uma delas é a satisfação plena das necessidades<br />
e expectativas do cliente. Estas,<br />
podem ser explícitas e implícitas. As primeiras,<br />
podem ser satisfeitas pelas características do<br />
produto, ao passo que nas implícitas o cliente<br />
só acaba por verificar que foram atendidas<br />
mais tarde. Estão neste caso a garantia e fiabilidade<br />
do produto, a assistência de pós-venda,<br />
o acompanhamento, etc..<br />
Por outro lado, existem graus muito diferentes<br />
de satisfação do cliente. Podemos ter<br />
um cliente moderadamente satisfeito, plenamente<br />
satisfeito, muito satisfeito, agradavelmente<br />
surpreendido, entusiasmado e até<br />
eufórico, quando descobre que foi servido de<br />
uma forma e numa medida muito para lá do<br />
que poderia ter imaginado.<br />
Vamos agora tentar compreender como esta<br />
psicologia do cliente influenciou a evolução<br />
do nosso mercado. No caso <strong>dos</strong> veículos, vemos<br />
que a maior parte <strong>dos</strong> construtores apresenta<br />
uma oferta extremamente diversificada<br />
de modelos e até dentro do mesmo modelo<br />
É fundamental perceber qual é o factor essencial de mudança do mercado e qual é o momento chave<br />
para estar permanentemente atualizado. Com pouco esforço, verificamos que esse elemento é o próprio<br />
cliente que “quer tudo e nunca está satisfeito”<br />
podemos encontrar carroçarias de duas e quatro<br />
portas, coupé, cabriolet, station, desportivo,<br />
etc. Das dez ou doze cores fixas de há 20<br />
anos, passamos a ter pinturas com dezenas<br />
de tonalidades e acabamentos (metaliza<strong>dos</strong>,<br />
perla<strong>dos</strong>, mistos, efeitos especiais, etc.). Se<br />
olharmos para dentro das carroçarias, vemos<br />
que os interiores podem ter estofos de vários<br />
tipos, incluindo de pele legítima, ar condicionado,<br />
sistemas multimédia, computadores,<br />
etc.. Nos motores, transmissões, suspensões e<br />
direções vamos igualmente encontrar as mais<br />
variadas opções, o mesmo sucedendo em relação<br />
ao sistema de iluminação, jantes, pneus,<br />
etc. Isto significa que a marca ou construtor<br />
pretende servir o leque mais variado possível<br />
de clientes e evitar aquilo que ninguém quer,<br />
que é o cliente dizer: “ Esta marca é muito boa,<br />
mas não tem o carro que eu quero! “<br />
O FOCO CERTO DO NEGÓCIO<br />
Num artifício de linguagem, podemos dizer<br />
que o automóvel tem pneus, mas o pneu<br />
não tem automóveis. Isso significa apenas<br />
que o foco correto da atividade oficinal é o<br />
automóvel e o seu utilizador, o cliente, sendo<br />
secundário o produto e/ou serviço.<br />
Como é que isto se aplica ao tema da reconversão<br />
das casas de pneus em oficinas<br />
de serviços rápi<strong>dos</strong>? Qualquer oficina hoje<br />
pode vender e vende pneus e jantes, mesmo<br />
não sendo especialista. É apenas mais um <strong>dos</strong><br />
produtos que o cliente pode pedir e portanto<br />
a oficina tem que o ter no seu catálogo. Se<br />
eu persistir em vender apenas pneus, perco<br />
capacidade competitiva, porque o outro<br />
tem a mesma coisa que eu tenho, mas eu<br />
não tenho o que ele tem. A clientela é desse<br />
modo canalizada para o local onde tem mais<br />
opções e onde pode resolver mais facilmente<br />
as suas necessidades de manutenção <strong>dos</strong> seus<br />
veículos.<br />
Diversificar os serviços representa mais faturação<br />
com despesas fixas, o que significa<br />
maior rentabilidade e portanto maior sustentabilidade<br />
para o negócio.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 37
CERP anuncia medidas<br />
Um futuro melhor<br />
A CERP é formada por uma nova geração de retalhistas de pneus com ideias<br />
inovadoras para o seu sector. Estes retalhistas têm vindo a reunir-se regulamente<br />
desde 2011, tendo desenvolvido diversas iniciativas e coordenado vários projetos<br />
FORMAÇÃO<br />
Outra iniciativa que a CERP entendeu desenvolver<br />
foi a programação de formação<br />
específica para os técnicos das empresas de<br />
retalho de pneus. Esses técnicos têm recebido<br />
uma formação generalista e às vezes aleatória,<br />
proporcionada por fornecedores de equipamentos,<br />
de pneus ou de consumíveis. De<br />
qualquer modo, é um tipo de formação que<br />
não está reconhecido, nem certificado pelo<br />
IPFP nem pelo IPQ. Para este ano de <strong>2013</strong>, a<br />
ACAP introduziu já no seu plano de formação<br />
anual uma área específica para retalhistas de<br />
pneus. Os interessa<strong>dos</strong> devem contactar a<br />
ACAP, a CERP ou os serviços de formação da<br />
ACAP, para obterem mais informações sobre<br />
esta iniciativa.<br />
O<br />
principal significado da existência<br />
da CERP – Comissão Especializada<br />
de Retalhistas de <strong>Pneus</strong> da ACAP,<br />
é um novo rumo futuro para a actividade<br />
de retalho de pneus, assente numa<br />
visão do modelo de negócio que ultrapassa<br />
os meros objectivos comerciais imediatos e<br />
pretende moldar o seu conceito segundo os<br />
princípios da modernidade, competitividade,<br />
eficiência, rentabilidade e sustentabilidade.<br />
A CERP está empenhada em cooperar com<br />
a Comissão de Produtores de <strong>Pneus</strong>, que também<br />
existe na ACAP, bem como com to<strong>dos</strong> os<br />
operadores do sector <strong>dos</strong> pneus interessa<strong>dos</strong><br />
em fazer avançar esta atividade e torná-la mais<br />
interessante e mais produtiva para a economia<br />
do país e para a prosperidade e sustentabilidade<br />
do sector automóvel.<br />
Sobre os principais projetos que estão a<br />
ser desenvolvi<strong>dos</strong> pela CERP, passamos a<br />
enunciar:<br />
SEGURO<br />
Uma situação transversal a to<strong>dos</strong> os retalhistas<br />
é a possibilidade de haver danos materiais<br />
e humanos, provoca<strong>dos</strong> por um erro qualquer<br />
na montagem do pneu ou da roda, entre outros<br />
problemas. Mesmo um técnico experiente<br />
e com formação pode ter um momento de<br />
negligência ou estar pressionado, cometendo<br />
uma incorrecção passível de provocar um acidente<br />
na estrada. Para evitar que a empresa<br />
tenha que responder inesperadamente por<br />
uma avultada indemnização ao cliente e/ou<br />
terceiros, com riscos graves para a sua estabilidade<br />
financeira e para a sustentabilidade do<br />
negócio, a CERP contratou duas companhias<br />
que se disponibilizaram a fazer um seguro de<br />
responsabilidade civil específico para estes<br />
casos. Esse seguro beneficia de condições<br />
especiais para associa<strong>dos</strong> da ACAP, sendo o<br />
seu custo proporcional à cobertura de riscos<br />
pretendida.<br />
ALINHAMENTO<br />
Uma situação caricata que existia nesta actividade<br />
era a discrepância entre as oficinas<br />
de reparação e os centros de inspecção, sobre<br />
o alinhamento da direcção. Este é medido<br />
pelo ripómetro e tem tolerâncias que não<br />
se conseguem na prática alcançar. A prática<br />
desprestigiante para to<strong>dos</strong> os envolvi<strong>dos</strong>,<br />
a fim de evitar a reprovação <strong>dos</strong> veículos,<br />
consistia em desalinhar o veículo antes de<br />
ir à inspecção, voltando a colocá-lo com os<br />
parâmetros do construtor a seguir à inspecção.<br />
A solução que a CERP estudou em conjunto<br />
com o IMT foi alargar a margem de tolerância,<br />
que passa a ser de 5 a 12 metros para to<strong>dos</strong> os<br />
carros, no futuro. Estamos convenci<strong>dos</strong> que<br />
esta proposta vai ser bem aceite e evitará aos<br />
clientes das oficinas mais problemas com os<br />
ripómetros <strong>dos</strong> centros de inspecção.<br />
USADOS<br />
Outro projecto que a CERP tem neste momento<br />
nas suas mãos é a regularização da<br />
venda de pneus usa<strong>dos</strong> em Portugal, mais<br />
uma vez em colaboração com o IMT, que se<br />
tem mostrado muito receptivo às suas sugestões<br />
e pretensões. A venda de pneus usa<strong>dos</strong><br />
até este momento tem estado associada ao<br />
mercado negro, importações ilegais e outras<br />
incidências do mesmo tipo. Embora as importações<br />
ilegais de pneus não se limitem aos<br />
pneus usa<strong>dos</strong>, isso já constitui outro tema.<br />
38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
O que a CERP está a pensar fazer, para que<br />
exista mais transparência e mais segurança<br />
no comércio de pneus usa<strong>dos</strong>, é passar a rotular<br />
os pneus usa<strong>dos</strong>, à semelhança do que<br />
já se faz com os pneus novos e com os pneus<br />
reconstruí<strong>dos</strong>. Já que não é possível proibir<br />
a venda de pneus usa<strong>dos</strong>, a solução passa<br />
pela inspecção desses pneus antes de serem<br />
lança<strong>dos</strong> no mercado, com equipamentos<br />
homologa<strong>dos</strong>. Se ficarem aprova<strong>dos</strong>, os pneus<br />
usa<strong>dos</strong> são rotula<strong>dos</strong> e podem ser vendi<strong>dos</strong><br />
com segurança.<br />
ACESSO E QUALIFICAÇÃO<br />
Esta questão da verificação <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong><br />
levanta outra questão, que é o acesso à<br />
profissão de retalhista de pneus, que neste<br />
momento não tem qualquer entrave. Se uma<br />
empresa retalhista de pneus fechar as portas,<br />
cada um <strong>dos</strong> seus emprega<strong>dos</strong> está em<br />
condições de montar um negócio de pneus<br />
e geralmente é o que fazem. O problema é<br />
que às vezes as empresas formadas não têm<br />
resposta para a maioria das questões técnicas.<br />
Além disso, a pulverização do sector distorce<br />
a concorrência e coloca a fasquia do serviço<br />
ao cliente no nível mais baixo. É bem provável,<br />
pois, que o acesso a este ramo de negócio<br />
venha a ser limitado a certas condições básicas,<br />
sem as quais não poderá haver venda<br />
de pneus a retalho. To<strong>dos</strong> os operadores que<br />
ainda não estão licencia<strong>dos</strong> neste momento<br />
devem fazê-lo, porque mais tarde pode ser<br />
mais difícil conseguir o licenciamento. Isto,<br />
porque a CERP está a tentar que o retalhista<br />
de pneus tenha um responsável técnico<br />
obrigatoriamente. Esse responsável técnico<br />
é indispensável, entre outros procedimentos,<br />
para realizar os testes de pneus usa<strong>dos</strong><br />
(pressurização, avaliação visual, teste de raios<br />
X, etc.).<br />
INQUÉRITOS À ACTIVIDADE<br />
Para a valorização e requalificação do sector<br />
retalhista de pneus, tendo em vista a sua<br />
rentabilização e sustentabilidade, a CERP entende<br />
que é necessário efetuar um inquérito<br />
nacional de caracterização do negócio e das<br />
empresas (dimensão, tipo de produtos que<br />
trabalha, tipos de serviços que presta e outros<br />
da<strong>dos</strong> pertinentes). Neste momento, ninguém<br />
sabe exactamente o que se passa no sector,<br />
nem qual é o mercado do retalho de pneus<br />
e isso impede que haja planeamento e medidas<br />
de desenvolvimento do mesmo. Dentro<br />
da mesma perspectiva, está a tentar fazer o<br />
inquérito estatístico da evolução do mercado,<br />
para perceber as variações do ponto de vista<br />
do retalho, sobre as quais ainda não existem<br />
da<strong>dos</strong>. A ideia é criar um sistema em plataforma<br />
electrónica, para que os que enviam<br />
da<strong>dos</strong> para a ACAP passam a ter acesso aos da<strong>dos</strong><br />
trata<strong>dos</strong> estatisticamente, o que irá permitir<br />
melhor gestão e orientação <strong>dos</strong> negócios.<br />
Mês a mês, poderemos ver se há crescimento<br />
de vendas, variações por segmento e outros<br />
parâmetros. Logicamente, quanto maior for<br />
o número de da<strong>dos</strong> forneci<strong>dos</strong> ao sistema,<br />
mais fiáveis e precisos serão os da<strong>dos</strong> recolhi<strong>dos</strong><br />
e disponibiliza<strong>dos</strong>. Neste momento,<br />
os da<strong>dos</strong> disponíveis para os distribuidores<br />
são da Europool, sendo realiza<strong>dos</strong> na óptica<br />
do produtor, o que desvirtua a dimensão real<br />
do mercado de pneus.<br />
PREÇOS<br />
Outro ponto para o qual a CERP está a tentar<br />
encontrar um consenso e uma solução é a<br />
Tabela de Preços. O objectivo é fazer uma<br />
tabela de preços médios indicativos, para que<br />
os consumidores consigam ter uma visão mais<br />
transparente e exacta do sector. A estratégia<br />
é valorizar os serviços e receber o respectivo<br />
custo, por oposição ao que se passa em muitos<br />
casos, em que os serviços não são debita<strong>dos</strong> e<br />
o consumidor assume que são gratuitos. Essa<br />
tabela de preços médios está feita e é válida<br />
para todo o território nacional, servindo para<br />
os operadores do mercado debitarem o custo<br />
<strong>dos</strong> serviços indica<strong>dos</strong>. Do ponto de vista da<br />
gestão das empresas, a prestação de serviços<br />
gratuitos enfraquece a margem de negócio,<br />
a rentabilidade da empresa, provoca falta de<br />
liquidez e constitui uma prática incorrecta de<br />
livre concorrência.<br />
PONTOS DE REFLEXÃO<br />
Sobre os principais pontos de reflexão sobre<br />
o futuro do retalho de pneus, a CERP sugere<br />
os seguintes temas, que julgamos da maior<br />
actualidade e utilidade:<br />
Combate à concorrência desleal;<br />
Promover a diversificação <strong>dos</strong> serviços<br />
a prestar;<br />
Modificar a visão e o modelo de negócio<br />
vigente, utilizando critérios comprova<strong>dos</strong> de<br />
competência profissional, eficiência, produtividade<br />
e rentabilidade;<br />
Adaptação do sector às condições do<br />
mercado e da economia, mantendo a rentabilidade<br />
necessária para sustentar o negócio;<br />
Promover o associativismo entre os retalhistas<br />
de pneus. Há pessoas que ainda acreditam<br />
que cada um por si é o melhor, mas<br />
isso não corresponde à realidade. Se cada um<br />
contribuir com uma pequena ajuda, é possível<br />
melhorar significativamente a atividade e<br />
garantir um futuro melhor para to<strong>dos</strong>.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 39
Apresentação<br />
Chegou o Performance e o Compact<br />
/////////////////////////////////////////////<br />
Goodyear Dunlop Portugal I Estrada de Alfragide nº 67 - Alfrapark Edifício F, Piso O Sul 2610-008 Amadora<br />
Country Sales Director: Hugo de Carvalho I Telefone: 210 349 000 I Fax: 210 349 001 I Internet: www.goodyear.com.pt<br />
Goodyear completa<br />
gama EfficientGrip<br />
A REVISTA DOS PNEUS testou no Centro de Ensaios de Karland os novos<br />
pneumáticos Goodyear EfficientGrip Performance, para automóveis de<br />
altas prestações, onde teve oportunidade de comprovar o excepcional<br />
desempenho desta nova gama de pneus<br />
Entre as características que mais evidenciam o EfficientGrip Compact destaca-se a sua enorme eficiência<br />
de travagem em piso molhado.<br />
Depois do lançamento do Efficient<br />
Grip SUV o ano passado, para o<br />
segmento <strong>dos</strong> automóveis SUV e<br />
4x4, a Goodyear assinalou com este<br />
evento o lançamento <strong>dos</strong> novos pneumáticos<br />
EfficientGrip Performence e EfficientGrip<br />
Compact, este último para pequenos veículos<br />
urbanos, cobrindo a partir de agora uma percentagem<br />
muito significativa do parque automóvel<br />
em pneumáticos de altas prestações<br />
e ultra altas prestações, graças a toda uma<br />
nova gama de produto líder em tecnologia<br />
e inovação.<br />
A NOVA ESTRELA DA COMPANHIA<br />
A Goodyear completa assim uma ofensiva<br />
em toda a linha com o lançamento do pneumático<br />
de verão, dirigido ao segmento de<br />
automóveis de altas prestações, surgindo no<br />
mercado como um <strong>dos</strong> líderes na etiquetagem<br />
europeia, com uma classificação geral<br />
BA, nomeadamente classe “A” ao nível da aderência<br />
em piso molhado e “B” em termos de<br />
resistência à rodagem, critério que determina<br />
a boa performance do seu contributo para<br />
poupar combustível.<br />
Outra boa notícia é que 63% <strong>dos</strong> 39 tamanhos<br />
já disponíveis nos merca<strong>dos</strong> da Europa,<br />
Médio Oriente e África, receberam a classificação<br />
BA. Por agora, a gama está disponível<br />
para medidas de jante entre as 14 e as 18<br />
polegadas.<br />
O segredo do EfficientGrip Performance<br />
encontra-se nas suas tecnologias muito<br />
avançadas utilizadas no desenvolvimento<br />
deste novo produto. Entre estas encontra-<br />
-se a tecnologia WearControl da Goodyear,<br />
a qual garante um desgaste uniforme do<br />
pneumático, uma firmeza em piso molhado<br />
sem procedentes e uma melhor resistência<br />
à rodagem durante toda a vida útil do pneu.<br />
Graças à fórmula desenvolvida no composto<br />
da banda, este novo pneumático proporciona<br />
níveis de aquecimento mais baixos na parte<br />
inferior <strong>dos</strong> flancos laterais o que diminui<br />
muito substantivamente a resistência à<br />
rodagem (cerca de 23% inferior nos testes<br />
realiza<strong>dos</strong> em Miravel comparativamente<br />
com pneus da concorrência de qualidade<br />
equivalente).<br />
Outra das tecnologias desenvolvidas pela<br />
Goodyear no composto para combater os<br />
efeitos nefastos do aquecimento é a Cool-<br />
Cushion Layer, a qual garante um combate<br />
eficaz ao calor e à sua redução em toda a<br />
superfície do pneu. A disposição <strong>dos</strong> blocos<br />
laterais e os sulcos extra finos nos mesmos<br />
ajudam, por sua vez, a reduzir os níveis de<br />
ruído do pneumático.<br />
Acresce ainda o facto de ter sido introduzida<br />
no design da banda de rodagem uma<br />
avançada tecnologia de desenho de blocos<br />
3D, denominada ActiveBraking, permitindo<br />
melhor contacto entre os blocos e a estrada,<br />
diminuindo assim a distância de travagem. A<br />
utilização de nervuras longitudinais contínuas,<br />
aumenta a rigidez nas curvas, proporcionando<br />
um controlo e manobrabilidade do veículo<br />
excepcionais.<br />
Em boa verdade, podemos dizer que o EfficientGrip<br />
Performance se trata dum pneumático<br />
topo de gama ou fora de série, uma<br />
questão de linguagem, graças a um conjunto<br />
de tecnologias pioneiras introduzidas, algumas<br />
delas em estreia mundial, pela Goodyear.<br />
Na opinião de Hugues Despres, Director da<br />
Goodyear para região EMEA, “quando desenvolvemos<br />
um pneumático queremos oferecer<br />
um produto de qualidade que mantenha as<br />
suas prestações durante toda a sua vida. Estamos<br />
realmente entusiasma<strong>dos</strong> pelo enorme<br />
salto em termos de prestações, economia,<br />
conforto e segurança do novo EfficientGrip<br />
Performance. Esta nova estrela dentro <strong>dos</strong><br />
pneumáticos de verão para turismos consolida<br />
a nossa posição no mercado face aos<br />
nossos competidores”.<br />
40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
EFFICIENTGRIP COMPACT DESTACA-SE<br />
PELA SUA EFICIÊNCIA DE TRAVAGEM<br />
Por sua vez, o novo EfficientGrip Compact,<br />
destinado a pequenos veículos urbanos, vai<br />
ser disponibilizado em 26 tamanhos desde as<br />
13 às 15 polegadas. Mais modesto, como seria<br />
de esperar em termos de etiqueta europeia,<br />
surge no mercado, na esmagadora maioria<br />
das medidas, com classificação “B” relativamente<br />
à sua aderência em piso molhado e<br />
classificação “C” em matéria de resistência à<br />
rodagem.<br />
Entre as características que mais o evidenciam<br />
da concorrência nos pneumáticos desenha<strong>dos</strong><br />
para veículos pequenos e urbanos, a<br />
Goodyear destaca a sua enorme eficiência de<br />
travagem em piso molhado, graças à multiplicidade<br />
de ranhuras extra largas que cortam<br />
de forma muito eficaz a capa aquosa do piso<br />
da estrada.<br />
O novo pneumático também se caracteriza<br />
por uma forma da cavidade mais arredondada.<br />
Quando um pneu roda sobre uma<br />
superfície molhada, é gerada acumulação<br />
de água em frente ao pneumático. Uma<br />
cavidade mais redonda reduz esse efeito e<br />
diminui substancialmente o risco de aquaplaning.<br />
Também a estrutura deste pneumático foi<br />
optimizada do ponto de vista tecnológico,<br />
utilizando fórmulas mais eficientes nos componentes,<br />
que permitiram uma redução de<br />
peso do novo EfficientGrip Compact em cerca<br />
de 5%, comparativamente com o seu antecessor<br />
(Goodyear Duragrip).<br />
A utilização de menos material e as propriedades<br />
optimizadas <strong>dos</strong> componentes<br />
geram de igual forma menos calor, portanto,<br />
menor resistência à rodagem. O desenho<br />
rígido da banda reduz o efeito de deformação<br />
da goma, produzindo, consequentemente,<br />
menos dissipação de energia, enquanto os<br />
blocos grandes <strong>dos</strong> ombros aumentam a<br />
área de contacto durante a travagem e proporcionam<br />
maior rigidez lateral para melhorar<br />
o rendimento nas curvas. Finalmente, a<br />
distribuição optimizada da pressão permite<br />
um desgaste regular o que contribui para<br />
melhorar o factor durabilidade.<br />
Segundo Hugues Despres, “o mercado de<br />
carros pequenos na Europa encontra-se em<br />
crescimento o que gera uma necessidade<br />
específica de uma gama de pneumáticos<br />
que possam satisfazer essa procura. O EfficientGrip<br />
Compact é uma resposta a esta<br />
necessidade”.<br />
O Circuito Automóvel de Karland<br />
Situado nas colinas sobranceiras<br />
à pequena<br />
localidade de Mireval, a<br />
pouco mais de uma dezena<br />
de quilómetros da cidade<br />
de Montpellier e com uma<br />
vista priveligiada sob as lagoas<br />
e os sapais do mediterrâneo<br />
da região francesa<br />
de Languedoc-Roussilon, o<br />
Circuito Automóvel de Karland<br />
tem um passado histórico<br />
rico ligado à competição<br />
automóvel, interrompido em<br />
1984, ano em que foi adquirido<br />
pela Goodyear que o<br />
transformou num magnífico<br />
Centro de Ensaios.<br />
O actual Centro de Ensaios<br />
da Goodyear Dunlop integra<br />
um circuito com cerca de 3,3<br />
km para testes de estrada e<br />
de velocidade, um circuito<br />
interno para testes de pneumáticos<br />
em piso molhado,<br />
uma pista circular para testes<br />
de aquaplaning com uma camada<br />
permanente de 8 cm de<br />
água numa zona onde os veículos<br />
equipa<strong>dos</strong> com pneus<br />
EfficientGrip Performance<br />
entravam a uma velocidade<br />
média de 80 Km/h, uma<br />
zona para testes de travagem<br />
e uma outra para testes comparativos<br />
de resistência ao rolamento.<br />
Possui também um<br />
circuito off-road com cerca<br />
de 1,5 km.<br />
Trabalham neste Centro<br />
de Ensaios cerca de seis de<br />
pessoas, incluindo pilotos<br />
profissionais, e é aqui que a<br />
Goodyear Dunlop testa muitos<br />
<strong>dos</strong> seus novos produtos<br />
para automóveis e motociclos<br />
no decurso da sua fase de desenvolvimento.<br />
O EfficientGrip<br />
Performance<br />
proporciona bons<br />
consumos e apresenta<br />
comportamentos<br />
previsíveis, um factor de<br />
crucial importância em<br />
matéria de segurança.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 41
Apresentação<br />
Chegou o Performance e o Compact<br />
/////////////////////////////////////////////<br />
Hugo de Carvalho, Country Sales Director da Goodyear Dunlop Portugal<br />
“Objectivo é fazer cada vez melhor”<br />
O lançamento de dois novos pneus da gama EfficientGrip da Goodyear no mercado nacional<br />
orgulha Hugo de Carvalho, que desenvolve nesta entrevista as principais potencialidades<br />
desta nova família de produtos<br />
Hugo de Carvalho é Director de Vendas<br />
da Goodyear Dunlop Tires Portugal, uma<br />
empresa integrada na Goodyear Dunlop<br />
Iberia, onde desempenha idênticas funções,<br />
considerando logo à partida que<br />
existem diferenças muito substantivas<br />
entre os merca<strong>dos</strong> português e espanhol.<br />
O que é que gostaria de destacar neste novo<br />
pneu EfficientGrip Performance?<br />
Este novo pneumático Performance é o primeiro<br />
da marca na geração pós entrada em<br />
vigor da “etiqueta”. É um pneu que tem uma<br />
performance claramente na linha da frente.<br />
Especialmente de assinalar a performance<br />
em piso molhado, com uma classificação “A”,<br />
o que é uma prestação muito significativa.<br />
Porém, a Goodyear não se foca apenas nos<br />
três parâmetros que são medi<strong>dos</strong> pela etiquetagem,<br />
nem sequer nos 15 parâmetros<br />
que são normalmente medi<strong>dos</strong> nos testes<br />
realiza<strong>dos</strong> pela imprensa internacional especializada.<br />
Nós vamos muito mais longe,<br />
uma vez que realizamos 50 parâmetros distintos<br />
ao longo da fase de desenvolvimento<br />
de produto. Isto quer dizer que nós como<br />
companhia focamo-nos naquilo que o consumidor<br />
procura, fazemo-lo sempre através<br />
do máximo de ligação tecnológica, mas não<br />
estamos dispostos a fazer nenhum compromisso<br />
em termos da qualidade de um parâmetro<br />
para satisfazer outro.<br />
O nosso objectivo é fazermos cada vez pneus<br />
melhores e mais seguros para o consumidor.<br />
Logo à partida, o EfficientGrip Performance é<br />
um produto vencedor, estou certo que isto se<br />
vai reflectir no mercado. Estou certo também<br />
que o consumidor vai reconhecer e aperceber-<br />
-se rapidamente das diferenças entre os vários<br />
produtos em oferta no mercado.<br />
O segredo do EfficientGrip Performance encontra-se nas suas tecnologias muito avançadas utilizadas no<br />
desenvolvimento deste novo produto.<br />
E do ponto de vista tecnológico propriamente<br />
dito?<br />
Foi dado um salto importante com este pneu<br />
graças à utilização de novos compostos que<br />
permitem tirar o máximo proveito tanto da<br />
resistência ao rolamento como ao nível da<br />
travagem com piso molhado. E isto sem sacrificar<br />
outros parâmetros como, por exemplo,<br />
a durabilidade. A Goodyear investe permanentemente<br />
na área tecnológica. Há cerca de dois<br />
anos lançamos o Assimétrico 2, um produto<br />
que já tinha um nível tecnológico muito avançado<br />
no segmento das ultra altas prestações.<br />
Parte dessa tecnologia nós também já incorporámos<br />
no EfficientGrip Performance, no<br />
segmento das altas prestações.<br />
A partir de agora há portanto tecnologias que<br />
são comuns a estes dois segmentos. Em segmentos<br />
mais baixos há tecnologias que não são<br />
aplicadas, nem sequer faz sentido.<br />
42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
Este novo produto já se encontra disponível<br />
em Portugal?<br />
Já está disponível. Foi lançado no nosso<br />
mercado a partir do dia 1 de Março. Como<br />
é lógico há uma adaptação ao mercado no<br />
sentido duma introdução gradual do produto,<br />
mas um consumidor que for à procura do<br />
EfficientGrip Performance já o pode encontrar<br />
ou encomendar.<br />
Encontra-se agendado mais algum lançamento<br />
para este ano?<br />
Este ano, como companhia, já fizemos dois<br />
grandes lançamentos. Um com os Goodyear<br />
EfficientGrip Performance e EfficientGrip<br />
Compact, e fizemos também o lançamento<br />
oficial do Dunlop Blue Response, no Dubai,<br />
em Janeiro.<br />
Por agora, são os dois megalançamentos que<br />
temos em agenda para este ano. Gostaria<br />
também de salientar que não há ano em que<br />
a companhia, quer numa marca quer noutra,<br />
não venha ao mercado com uma grande inovação,<br />
isto quer dizer que a renovação da gama e<br />
a constante evolução <strong>dos</strong> nossos produtos são<br />
duas das principais características genéticas da<br />
Goodyear Dunlop.<br />
As tecnologias que estão a ser utilizadas<br />
neste novo produto também vão ser utilizadas<br />
na marca Dunlop?<br />
A Goodyear e a Dunlop são duas marcas<br />
“premium”. Posso dizer que temos o privilégio<br />
de ser o único fabricante de pneus<br />
com duas marcas “premium”, mas dirigem-<br />
-se a dois tipos de consumidores distintos:<br />
Um mais preocupado com a qualidade e a<br />
segurança, enquanto o consumidor Dunlop<br />
muito mais com a emoção da condução e<br />
com o prazer da condução. Dedicamos o<br />
nosso esforço a satisfazer dois tipos de consumidores<br />
distintos e também a forma como<br />
desenvolvemos e construímos os pneus reflectem<br />
isso. São pneus diferentes. Não obstante,<br />
há tecnologias que são transversais, e<br />
isto também porque tanto uma marca como<br />
outra estão no mercado com produtos cujos<br />
níveis de segurança são muito eleva<strong>dos</strong>. Independentemente<br />
disso, há outras tecnologias<br />
que são específicas para cada um deles,<br />
para que possamos satisfazer consumidores<br />
distintos.<br />
Como caracteriza a rede de distribuidores<br />
Goodyear em Portugal?<br />
Nós em Portugal temos uma rede de distribuição<br />
bastante forte e com altíssima cobertura<br />
nacional em termos geográficos. Estamos<br />
presentes em quase todas as geografias e bem<br />
presentes, quer através da rede Vulco, que é<br />
aquela que nos é mais próxima, quer através<br />
do resto <strong>dos</strong> nossos clientes, dentro do que são<br />
as oficinas independentes.<br />
Os produtos da Goodyear dirigem-se fundamentalmente<br />
a que tipo de clientes?<br />
De um modo geral, os produtos da Goodyear<br />
dirigem-se a um consumidor que procura produtos<br />
de mais alta qualidade, dentro dum leque<br />
de pessoas que, dependendo do seu perfil, podem<br />
ter mais ou menos conhecimentos técnicos.<br />
No entanto, não está disposto a sacrificar<br />
a qualidade e a segurança, por outros factores,<br />
simplesmente por comprar mais barato. Em<br />
suma, o consumidor Goodyear é uma pessoa<br />
que dá valor sua à segurança e à <strong>dos</strong> seus e que<br />
vê na Goodyear, precisamente, uma garantia<br />
dessa segurança.<br />
Acha que o facto <strong>dos</strong> combustíveis estarem<br />
tão caros e da “etiqueta” demonstrar que os<br />
consumidores podem poupar combustível<br />
irá atrair novos clientes aos produtos da<br />
Goodyear?<br />
Acho que a preocupação económica está latente<br />
em to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong> e nas diferentes<br />
indústrias. A resistência ao rolamento é um<br />
<strong>dos</strong> parâmetros que tem impacto no consumo<br />
combustível, logo, o facto <strong>dos</strong> pneus Goodyear<br />
terem uma performance tão boa em termos de<br />
resistência ao rolamento é algo que será valorizado<br />
pelos consumidores.<br />
Contudo, não é só a poupança de combustível<br />
que é relevante mas o conjunto total da<br />
performance, nomeadamente, não sacrificar<br />
a segurança para ter uma maior economia, e<br />
nós não o fazemos.<br />
É possível fazer um breve balanço da Goodyear<br />
Dunlop Portugal em 2012?<br />
Em Portugal, tivemos um ano de 2012, que<br />
no geral foi acima das expectativas. Foi um<br />
ano positivo, tendo em conta a situação do<br />
mercado em geral que na nossa indústria,<br />
como em outras indústrias, não é favorável.<br />
Estamos muito satisfeitos com os resulta<strong>dos</strong><br />
do ano passado.<br />
E em termos de perspectivas para <strong>2013</strong>?<br />
Este é um ano especial em que lançamos no<br />
mercado dois produtos que, num contexto<br />
de etiquetagem que surgiu no final do ano<br />
passado, apresentam-se como produtos de<br />
vanguarda nessa área. O facto de ambos usufruírem<br />
já este ano do reconhecimento internacional<br />
<strong>dos</strong> media da especialidade, onde<br />
ganhámos grandes prémios logo nos primeiros<br />
testes, a nível das principais revistas internacionais<br />
do sector, é a prova que continuamos<br />
no caminho certo, trazendo inovações ao<br />
mercado que são cada mais relevantes para o<br />
consumidor. Por tudo isso, só podemos estar<br />
optimistas!<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 43
Entrevista Climénia Silva<br />
Valorpneu I Av. Torre de Belém, 29 1400-342 Lisboa I Diretora Geral: Climénia Silva I Telef: 213.032.303 Fax: 213.032.305<br />
E-mail: valorpneu@valorpneu.pt I Internet. www.valorpneu.pt<br />
“Conseguimos mudar<br />
mentalidades”<br />
Já passou uma década desde que a Valorpneu iniciou<br />
a sua atividade operacional a 1 de fevereiro de 2003.<br />
Hoje, é uma sólida realidade presente de norte a<br />
sul do país, gerindo o correto encaminhamento <strong>dos</strong><br />
pneus em fim de vida<br />
Desde sempre sinónimo de um ambiente<br />
melhor, a Valorpneu tem<br />
contribuído significativamente para<br />
minimizar os perigos ambientais <strong>dos</strong><br />
pneus em fim de vida, promovendo a sua<br />
recolha organizada, separação seletiva, retoma<br />
e valorização, num processo que se inicia<br />
nos pontos de recolha, passa pelo transporte<br />
e termina num <strong>dos</strong> quatro destinos da<strong>dos</strong><br />
pela Valorpneu aos pneus usa<strong>dos</strong>: reutilização,<br />
recauchutagem, reciclagem ou valorização<br />
energética.<br />
Dez anos passa<strong>dos</strong>, é tempo de renovar a<br />
aposta neste compromisso de futuro que a<br />
to<strong>dos</strong> diz respeito: o ambiente. Em entrevista<br />
à REVISTA DOS PNEUS, Climénia Silva, Diretora<br />
Geral da Valorpneu, faz o balanço de uma<br />
década de atividade e traça os objetivos para<br />
o futuro.<br />
Que balanço faz do desempenho de<br />
dez anos de atividade da Valorpneu?<br />
O balanço é manifestamente positivo. O<br />
elevado desempenho da Valorpneu é reconhecido<br />
por to<strong>dos</strong> os que se relacionam<br />
com a nossa atividade. Temos total abrangência<br />
em termos do território nacional, um<br />
elevado número de produtores aderentes e<br />
ultrapassámos os objetivos de recolha e de<br />
reciclagem defini<strong>dos</strong> legalmente. O sistema<br />
já se encontra maduro, com um modelo operacional<br />
estável. É claro, que não fizemos este<br />
trabalho sozinhos. Gerimos o sistema numa<br />
estreita ligação com uma rede de parceiros.<br />
Este desempenho também só foi possível com<br />
o contributo <strong>dos</strong> produtores e importadores<br />
aderentes que transferiram para a Valorpneu<br />
a sua responsabilidade pelo tratamento <strong>dos</strong><br />
pneus que colocam no mercado, quando estes<br />
chegam ao fim de vida. Os produtores e<br />
importadores aderentes devem sentir orgulho<br />
nos resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> pela Valorpneu.<br />
Quantos pneus foram recolhi<strong>dos</strong><br />
pela Valorpneu durante esta década de<br />
atividade?<br />
Durante os 10 anos de atividade do sistema<br />
integrado de gestão de pneus usa<strong>dos</strong> gerido<br />
pela Valorpneu foram gera<strong>dos</strong> no nosso país<br />
aproximadamente 70 milhões de pneus usa<strong>dos</strong>,<br />
o que corresponde a cerca de 1 pneu<br />
usado gerado num ano por cada 2 habitantes.<br />
A Valorpneu, para além desta quantidade,<br />
também integrou no sistema para tratamento<br />
os pneus em fim de vida gera<strong>dos</strong> antes da sua<br />
entrada em funcionamento. Foram no total<br />
recolhi<strong>dos</strong> e valoriza<strong>dos</strong> 893.000 toneladas<br />
de pneus.<br />
Quantos pneus foram reaproveita<strong>dos</strong><br />
para recauchutagem?<br />
Para recauchutagem foram reaproveita<strong>dos</strong><br />
7 milhões de pneus de diferentes categorias,<br />
correspondendo a 207.000 toneladas. Na<br />
década, <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong> no nosso<br />
país, 65% em peso são pneus de camião. A<br />
recauchutagem de pneus é uma atividade<br />
recorrente nesta categoria de pneus. Por cada<br />
pneu novo vendido de camião foi produzido<br />
um pneu recauchutado da mesma categoria.<br />
Quantos foram encaminha<strong>dos</strong> para as<br />
unidades de reciclagem?<br />
Para reciclagem foram encaminhadas<br />
422.000 toneladas de pneus, 39 mil toneladas<br />
acima do objectivo legal. Este volume<br />
permitiu a produção de 253.000 toneladas<br />
de granulado de borracha e a recuperação<br />
de 59.000 toneladas de aço. Para se ter uma<br />
ideia mais concreta, o granulado produzido<br />
seria suficiente para o enchimento de 2.500<br />
campos de futebol de relva sintética e o aço<br />
para construir 8 Torres Eiffel.<br />
E quantos foram encaminha<strong>dos</strong><br />
ao longo destes 10 anos para serem<br />
utiliza<strong>dos</strong> como fonte de energia?<br />
Nestes 10 anos, foram utiliza<strong>dos</strong> como fonte<br />
de energia, 255.000 toneladas de pneus, a<br />
energia necessária para produzir 2 milhões de<br />
toneladas de clinquer, o principal componente<br />
44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
Diretora Geral da Valorpneu<br />
com o diferimento <strong>dos</strong> pagamentos por parte<br />
das empresas que aproveitam o ecovalor (que<br />
repercutem aos seus clientes) como forma de<br />
financiamento, não o entregando à Valorpneu<br />
no prazo devido.<br />
Por outro lado, o mercado <strong>dos</strong> produtos<br />
recicla<strong>dos</strong> de pneus regista um decréscimo<br />
muito significativo, devido essencialmente à<br />
recessão do mercado da construção.<br />
do cimento, ou seja, o cimento suficiente para<br />
a construção de 11 estádios de futebol, de<br />
dimensão semelhante ao maior estádio de<br />
futebol de Portugal.<br />
Que contributo tem dado a Valorpneu<br />
para minimizar os perigos ambientais <strong>dos</strong><br />
pneus em fim de vida?<br />
A Valorpneu tem-se revelado uma empresa<br />
que conseguiu mudar mentalidades<br />
e concretizar uma efetiva recolha e valorização<br />
<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>. Já não se encontram<br />
pneus abandona<strong>dos</strong> por esse país fora, como<br />
era recorrente há 10 anos atrás. Hoje, existe<br />
uma rede de pontos de recolha que recebe<br />
os pneus sem qualquer custo pelo depósito,<br />
uma logística organizada para o seu encaminhamento<br />
para destinos finais que procedem<br />
à sua recuperação quer como matéria-prima,<br />
quer como recurso energético. Este modelo de<br />
funcionamento foi desenhado e organizado<br />
pela Valorpneu que tem vindo a gerir o sistema<br />
de forma transparente, rigorosa e focalizada<br />
na qualidade do serviço tendo em vista a<br />
criação de valor. Entre outras ações damos<br />
formação aos operadores, acompanhamos<br />
com relatórios de avaliação o seu desempenho,<br />
procedemos a inspeções e promovemos<br />
a certificação.<br />
Mas, não ficamos por aqui. Temos investido<br />
em investigação e promovemos e participamos<br />
em projetos com vista ao desenvolvimento<br />
de soluções sustentáveis para os pneus<br />
em fim de vida. Durante estes 10 anos, participámos<br />
em 22 projetos, alguns da nossa<br />
iniciativa, como é exemplo o Prémio Inovação<br />
Valorpneu, que vai este ano na sua 5ª edição.<br />
Qual o total de ecovalor recebido<br />
nestes 10 anos de atividade da<br />
Valorpneu?<br />
Foram factura<strong>dos</strong> pela Valorpneu nestes 10<br />
anos, 90 milhões de euros, infelizmente não<br />
totalmente converti<strong>dos</strong> em recebimentos.<br />
Assinalo que este montante é totalmente<br />
aplicado na atividade da Valorpneu. Somos<br />
uma sociedade sem fins lucrativos e é completamente<br />
vedada a distribuição de resulta<strong>dos</strong>,<br />
caso existam, sendo reinvesti<strong>dos</strong> na própria<br />
atividade.<br />
Durante estes 10 anos apenas aumentámos<br />
a tabela de ecovalor 2 vezes, uma em janeiro<br />
de 2008, outra em julho de 2012. No entanto,<br />
se convertêssemos a atual tabela a preços de<br />
2003 (do início do sistema), os ecovalores hoje<br />
pratica<strong>dos</strong> seriam mais baixos em 14%, o que<br />
traduz a eficiência na gestão do sistema.<br />
Como é que a crise económica que<br />
o país vive está a afetar a atividade da<br />
Valorpneu?<br />
A atividade da Valorpneu é reflexo das dificuldades<br />
que o país atravessa e em particular<br />
o setor <strong>dos</strong> pneus. A nossa faturação, que depende<br />
diretamente da quantidade de pneus<br />
coloca<strong>dos</strong> no mercado, diminuiu uma vez que<br />
o mercado está em queda, mas também porque<br />
as importações e aquisições intracomunitárias<br />
não declaradas aumentam, resultado<br />
do crescimento do mercado paralelo, que tem<br />
tendência a acentuar-se quando a carga fiscal<br />
aumenta. As cobranças estão cada vez mais<br />
difíceis com o acumular das insolvências e<br />
Qual tem sido a evolução da recolha de<br />
pneus em fim de vida?<br />
A Valorpneu, desde o início de funcionamento<br />
da rede, que recolhe mais pneus do<br />
que aqueles que lhe são declara<strong>dos</strong> e que<br />
financiam o sistema. Tem assim vindo a ultrapassar<br />
os objectivos legais, encontrando-se<br />
inclusivamente a recolha <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong><br />
no seu máximo.<br />
Contudo, a evolução em termos percentuais<br />
acompanha diretamente as flutuações <strong>dos</strong><br />
merca<strong>dos</strong> em que se relaciona: de substituição<br />
pneus, recauchutagem e de veículos. Tal<br />
originou uma evolução crescente até 2008,<br />
ano em que ultrapassou as 100 mil toneladas<br />
recolhidas, registando-se uma redução a partir<br />
deste ano (com exceção para 2010), que se<br />
agravou em 2012 com -15% relativamente<br />
ao ano anterior.<br />
Quanto ao processo de valorização<br />
<strong>dos</strong> vários materiais provenientes <strong>dos</strong><br />
pneus em fim de vida, quantas empresas<br />
trabalham nesta área e qual tem sido a<br />
sua evolução?<br />
Trabalhamos com 4 unidades de valorização<br />
energética, das quais 3 são cimenteiras que<br />
utilizam como combustível os pneus usa<strong>dos</strong><br />
inteiros ou fragmenta<strong>dos</strong>, de acordo com de-<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 45
Entrevista Climénia Silva<br />
termina<strong>dos</strong> requisitos. A outra unidade de<br />
valorização energética aproveita os pneus<br />
para a cogeração de vapor para a produção<br />
de energia elétrica.<br />
Estas unidades têm feito vultosos investimentos<br />
para adaptarem o seu processo produtivo<br />
à utilização de pneus como fonte de energia.<br />
Em relação à indústria da reciclagem, existem<br />
em Portugal 3 fábricas de reciclagem de pneus,<br />
2 constituídas mesmo antes da entrada em<br />
funcionamento da Valorpneu. Existe ainda na<br />
rede 1 operador que efetua a fragmentação de<br />
pneus para posterior valorização. Quanto aos<br />
industriais de recauchutagem, que atualmente<br />
são 30 empresas, todas aderentes ao sistema,<br />
assiste-se desde 2010 ao encerramento de<br />
algumas unidades e de forma geral à redução<br />
da atividade.<br />
Em 2012 a produção de pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
pela indústria nacional de recauchutagem<br />
foi cerca de metade da produção verificada<br />
em 2007.<br />
Considera que o público tem<br />
suficiente conhecimento da atividade da<br />
Valorpneu?<br />
A Valorpneu tem investido periodicamente<br />
na comunicação e sensibilização, através <strong>dos</strong><br />
mass media, com campanhas na TV, rádio e<br />
imprensa. Tem ainda organizado e participado<br />
em inúmeros eventos, a rede de operadores<br />
encontra-se sinalizada uniformemente e<br />
publica uma newsletter quadrimestral com<br />
distribuição de 3.000 exemplares. Tudo isto,<br />
justamente para dar conhecimento da sua<br />
atividade.<br />
Quais os objectivos da Valorpneu para<br />
<strong>2013</strong>, em termos de quantidades totais<br />
de pneus recolhi<strong>dos</strong>?<br />
Para <strong>2013</strong> prevemos a recolha de 73.000<br />
toneladas de pneus usa<strong>dos</strong>, menos 8% da<br />
quantidade recolhida em 2012, evolução<br />
que segundo as nossas previsões ocorrerá<br />
nos merca<strong>dos</strong> de substituição de pneus novos<br />
e recauchuta<strong>dos</strong> em conjugação com o<br />
de veículos.<br />
PUB<br />
ligeiros<br />
comerciais<br />
4x4<br />
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46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
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Telefone: 231 244 200 Fax: 231 244 201 I E-mail: marketing@a-bandeira.pt Internet: www.alvesbandeira.pt<br />
Testemunho de<br />
empreendorismo<br />
Começar há cerca de 45 anos com uma bomba de gasolina na<br />
província e chegar agora ao ranking das 300 maiores empresas<br />
portuguesas não é to<strong>dos</strong> os dias, nem para toda a gente<br />
Estamos a falar do Grupo Alves Bandeira,<br />
um conjunto de 9 empresas da região<br />
centro de várias áreas mas que na sua<br />
grande maioria se complementam nas<br />
suas atividades, tendo alcançado um volume<br />
de negócios de € 192 milhões (2012), para<br />
uma equipa global de 420 colaboradores.<br />
Quem quiser saber como é que se faz, terá<br />
que perguntar a Cassiano Alves Bandeira, um<br />
jovem ativo, ambicioso e irrequieto de Góis,<br />
que trocou a escola pública pela Escola da<br />
Vida, primeiro, para trabalhar com o pai e depois<br />
ir aos 15 anos até Lisboa, para trabalhar<br />
e aprender mais qualquer coisa. Quando aos<br />
23 anos regressou à sua terra natal, em plena<br />
Serra da Lousã, não foi para fazer turismo,<br />
mas para colocar em prática os seus planos<br />
e as suas ideias de negócios.<br />
Começou assim em 1960 com o seu primeiro<br />
negócio, com um posto de abastecimento de<br />
combustíveis e venda de lubrificantes, pneus<br />
e acessórios, marcando desde logo o ADN da<br />
futura evolução do negócio. Um Snack-bar e<br />
uma estação de serviço com oficina de pneus<br />
completaram a iniciativa, mas o jovem Cassiano<br />
queria ir mais longe. Enquanto a esposa<br />
Maria Adelaide Neves tomava conta do posto<br />
de combustíveis, Cassiano percorria as feiras<br />
e localidades da região a vender pneus, lubrificantes,<br />
acessórios e outros artigos, entre os<br />
quais moto serras, algo muito útil naquelas<br />
paragens.<br />
Com todo este dinamismo e evidente sentido<br />
da economia, o nosso jovem empresário<br />
começou rapidamente a aumentar o número<br />
de postos de abastecimento de combustíveis<br />
na Região Centro, tendo surgido três novos<br />
empreendimentos nas localidades de Tentúgal<br />
(Montemor-o-Velho), Ceira (Coimbra)<br />
e Marinha das Ondas (Pombal).<br />
Em 1974 foi criada a empresa Alves Bandeira<br />
C. Ldª , e que tem hoje uma rede com 95<br />
postos de abastecimento de combustíveis<br />
espalha<strong>dos</strong> por todo o país.<br />
O Grupo Alves Bandeira, tem as diversas<br />
áreas de negócio que se complementam e<br />
sempre no sentido do negócio auto.<br />
O negócio de importação, representação e<br />
assistência de equipamentos para postos de<br />
abastecimento, oficinas de pneus, estações e<br />
oficinas de reparação de serviço é outro ramo<br />
importante,tendo surgido naturalmente das<br />
sinergias de crescimento do próprio grupo<br />
de empresas.<br />
Outro negócio que cresceu dentro da atividade<br />
do Grupo AB foi o <strong>dos</strong> transportes de<br />
aluguer para combustíveis.<br />
A compra e venda de automóveis novos e<br />
usa<strong>dos</strong>, incluindo algumas concessões como<br />
a marca Mitsubishi é também um negócio<br />
que encaixa perfeitamente no conjunto de<br />
sinergias que gera na sua atividade.<br />
Complementarmente, o Grupo AB está<br />
48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
ainda ativo nas áreas da construção civil, mediação<br />
de seguros, engenharia e certificação<br />
energética de edifícios, energias renováveis.<br />
PRINCÍPIOS E ESTRATÉGIAS<br />
Obviamente, ninguém consegue edificar<br />
um pequeno império empresarial como este<br />
sem a colaboração empenhada e leal de emprega<strong>dos</strong>,<br />
familiares, amigos e parceiros de<br />
negócio. Por isso, os valores tradicionais da<br />
honestidade, profissionalismo, qualidade,<br />
familiaridade e solidariedade que fizeram<br />
parte desde sempre da forma de estar da<br />
Alves Bandeira, continuam a ser referências<br />
para o dia-a-dia e serão princípios orientadores<br />
para o futuro.<br />
Por outro lado, a visão de negócio prevalecente<br />
sempre foi a da satisfação das<br />
necessidades do cliente e do mercado em<br />
geral, dentro de uma estratégia de criar valor<br />
para a própria empresa, para os parceiros<br />
de negócio, para o cliente e para o mercado.<br />
A diversificação e complementaridade das<br />
atividades desenvolvidas pelo Grupo AB são<br />
disso a melhor prova.<br />
Resultando de todas estas opções criteriosas,<br />
a estratégia comercial assenta na melhor<br />
relação preço/qualidade possível, que se<br />
traduz por um posicionamento de máxima<br />
competitividade no mercado.<br />
Não menos importante, o fortalecimento da<br />
coesão da empresa e do espírito de equipa<br />
de to<strong>dos</strong> os colaboradores está enraizado<br />
em to<strong>dos</strong> os procedimentos e formas de relacionamento.<br />
Uma das consequências desta<br />
visão solidária e amigável é o Clube AB, uma<br />
iniciativa que visa valorizar uma cultura empresarial<br />
de proximidade e cooperação entre<br />
to<strong>dos</strong> os colaboradores, fomentando diversas<br />
iniciativas de lazer e de salutar convívio entre<br />
to<strong>dos</strong> intensificando a camaradagem e o<br />
espírito de equipa entre as várias empresas<br />
do Grupo AB.<br />
SECTOR DOS COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES<br />
A aposta <strong>dos</strong> combustíveis e lubrificantes<br />
foi um <strong>dos</strong> factores de êxito do Grupo Alves<br />
Bandeira, constituindo uma das principais<br />
fontes de facturação.<br />
A estrutura de distribuição direta ao público<br />
inclui cerca de 95 postos de abastecimento de<br />
norte a sul do pais, dota<strong>dos</strong> de um conjunto<br />
de serviços de qualidade para os seus clientes<br />
desde o particular aos clientes frota/empresa.<br />
Para ter sucesso hoje em dia na venda de<br />
combustíveis, é necessário ter uma oferta<br />
competitiva de produtos e serviços complementares,<br />
algo que encaixa perfeitamente<br />
na filosofia de acrescentar valor de todas as<br />
empresas do Grupo Alves Bandeira.<br />
Nos postos de combustíveis da rede AB,<br />
especialmente nos que possuem lojas de<br />
conveniência, o cliente pode encontrar vários<br />
produtos, desde os acessórios auto, lubrificantes,<br />
alimentação, bebidas, jornais/revistas,<br />
lavagem automática de veículos, serviço de<br />
cafetaria, etc, para além da possibilidade de<br />
poder abastecer através das várias soluções<br />
de cartões de fidelização para particulares<br />
e para frotas, que proporcionam descontos<br />
nos combustíveis, além de outros benefícios<br />
e serviços para os seus utilizadores.<br />
Nos lubrificantes, negocio que esta presente<br />
desde a sua génese, além de comercializar as<br />
principais marcas do mercado, a Alves Bandeira<br />
optou por lançar em 2003 a sua marca<br />
própria AB que se tornou rapidamente na<br />
marca mais vendida pela empresa, graças<br />
Com um stock médio<br />
de 50.000 unidades<br />
e vendas de 150.000<br />
unidades / ano,<br />
a Alves Bandeira<br />
assume-se como um<br />
<strong>dos</strong> principais distribuidores<br />
de pneus<br />
do país.<br />
Paulo Santos, Responsável Comercial (esquerda)<br />
e Paulo Bandeira, Diretor de Marketing, foram os<br />
anfitriões na nossa visita às instalações da Alves<br />
Bandeira<br />
a uma linha bastante completa de produtos<br />
que esta constantemente em evolução,<br />
sendo a sua relação qualidade/preço o grande<br />
facto competitivo da marca. Uma equipa de<br />
técnicos/comerciais qualificada e experiente<br />
garante o apoio e assistência ao mercado nas<br />
mais diversas áreas, com a marca a oferecer<br />
soluções para as principais exigências, desde<br />
o automóvel, agricultura a industria.<br />
A qualidade da gama de Lubrificantes AB,<br />
foi importante para dar seguimento a sua<br />
estratégia de internacionalização, estando<br />
hoje a marca AB presente alem fronteiras<br />
em outros países da Europa, Médio Oriente<br />
e África.<br />
O sucesso obtido com os lubrificantes levou<br />
a empresa a lançar em 2005 uma nova linha<br />
de produtos de marca própria (AB Car Care)<br />
de manutenção automóvel AB, constituída<br />
por produtos certifica<strong>dos</strong> e garanti<strong>dos</strong>, com<br />
um preço muito competitivo e que são principalmente<br />
distribuí<strong>dos</strong> através da sua rede<br />
de postos.<br />
DISTRIBUIÇÃO DE PNEUS<br />
Além da sua atividade “core business“ de<br />
distribuição e revenda de combustíveis e produtos<br />
deriva<strong>dos</strong> do petróleo, a Alves Bandeira<br />
desenvolve uma notável atividade de distribuição<br />
de pneus, negocio que esta presente<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 49
Empresa Grupo Alves Bandeira<br />
desde o nascimento da empresa, mas que<br />
hoje assume grande destaque, sendo hoje<br />
um <strong>dos</strong> principais operadores do mercado.<br />
Representando algumas marcas em exclusivo<br />
para o mercado português, possui um<br />
stock médio com cerca de 45.000 unidades<br />
e vendas de 160.000 unidades/ano (2012), a<br />
Alves Bandeira é sem duvida uma referência<br />
no mercado que complementa essa atividade<br />
com a venda de lubrificantes, acessórios auto<br />
e outro tipo de produtos.<br />
PERSPECTIVAS PARA O FUTURO<br />
NA ÁREA DE PNEUS<br />
A estratégia da Alves Bandeira continua a<br />
ser estar ao lado <strong>dos</strong> clientes e acompanhar<br />
as mudanças do mercado. Este está evoluir<br />
para a bipolarização, isto é, para os pneus de<br />
preço “segmento budget, por um lado, e para<br />
os pneus de elevadas prestações e grande notoriedade<br />
de mercado “segmento premium”,<br />
por outro lado. No fundo, ambas são formas<br />
de reduzir os custos de mobilidade, mas a segunda<br />
opção assegura uma maior segurança,<br />
para quem tiver possibilidades de investir em<br />
produtos mais evoluí<strong>dos</strong> tecnologicamente.<br />
Nesse sentido, a oferta da Alves Bandeira vai<br />
sofrer alguns “acertos”, mantendo a aposta em<br />
marcas de preços acessíveis e competitivos,<br />
muitas das quais distribui em exclusivo para<br />
o nosso país. Entre elas estão a Meteor, Hercules,<br />
Maxtrek, Zeetex e Torque. Esta última,<br />
e a mais recente do seu universo de marcas,<br />
caracteriza-se por pneus fabrica<strong>dos</strong> no continente<br />
asiático, com um design inovador,<br />
que cumprem todas as exigências legais europeias<br />
e utilizam a mais recente tecnologia<br />
de fabrico. A marca Torque posiciona-se no<br />
mercado como um produto de qualidade, de<br />
confiança e com preços bastante competitivos,<br />
estando hoje em destaque no raking<br />
de vendas da empresa.<br />
Por outro lado, a Alves Bandeira está a ultimar<br />
novos acor<strong>dos</strong> de distribuição com<br />
marcas de primeiro plano “premium” como<br />
a Continental, Goodyear /Dunlop. As negociações<br />
prosseguem neste momento com outras<br />
marcas dentro deste mesmo segmento, com<br />
vista a alcançar as melhores condições de<br />
distribuição para o mercado português e não<br />
só, e a confiança destas marcas de referência<br />
mundial na Alves Bandeira vem reforçar em<br />
pleno a sua capacidade e o bom trabalho<br />
desenvolvido no mercado <strong>dos</strong> pneus, que é<br />
variolizado pelas grandes marcas que vem<br />
nesta empresa um importante parceiro, seja<br />
a nível nacional como internacional.<br />
De acordo com informações adiantadas<br />
pelo Responsável Comercial da empresa,<br />
Paulo Santos, foi criada há cerca de um ano,<br />
uma empresa de trading no Dubai (Emirado<br />
Árabes Uni<strong>dos</strong>), a fim de facilitar to<strong>dos</strong> os<br />
negócios e transações para o mercado asiático<br />
e africano onde começa já operar com<br />
alguma regularidade com clientes em vários<br />
países destes continentes.<br />
Recentemente foi feita também uma importante<br />
parceria com uma empresa portuguesa<br />
em Angola, estando também a Alves Bandeira<br />
a operar neste pais de enorme potencial, com<br />
as primeiras indicações a serem muito positivas<br />
sendo o mercado angolano uma aposta<br />
de futuro, tendo como objetivo melhorar toda<br />
a estrutura e capacidade logística para dar<br />
uma melhor respsta as necessidades deste<br />
mercado. No decorrer de <strong>2013</strong>, esses objetivos<br />
serão certamente alcança<strong>dos</strong>, com a Alves<br />
Bandeira a marcar uma posição de referência<br />
neste novo mercado bem como em outros<br />
países que se prepara para operar.<br />
Apoio técnico e formação aos n/clientes<br />
através das principais marcas “premium” de<br />
mercado vai ser uma aposta durante o ano de<br />
<strong>2013</strong>. O portal de encomendas online (B2B)<br />
terá uma nova dinâmica, para conseguir responder<br />
de uma forma mais eficaz a questões<br />
<strong>dos</strong> n/clientes. Segundo Paulo Santos,<br />
a dinamização das vendas vai continuar com<br />
diversos tipos de campanhas (diárias, semanais,<br />
mensais, oferta de merchandising, etc.).<br />
O novo armazém da Alves Bandeira com cerca de 9.000 m2, agrega em três pisos to<strong>dos</strong> os serviços<br />
administrativos, um armazém com 6.000 m2, oficinas técnicas e uma área social com todas as condições<br />
de comodidade para to<strong>dos</strong> os que colaboram ou visitam diariamente o Pólo.<br />
50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
O site da Internet/“encomendas online” da<br />
Alves Bandeira é o melhor “veículo” para fazer<br />
chegar essa informação junto do n/cliente,<br />
por isso, é determinante a sua dinâmica e<br />
constitui uma mais-valia para podermos<br />
continuar a crescer neste mercado <strong>dos</strong> pneus.<br />
“O preço continua a ser um factor importante,<br />
mas a disponibilidade começa a ser<br />
vista como um fator essencial ao negócio.<br />
O serviço “logística” também será cada vez<br />
mais importante“, alerta Paulo Santos, considerando<br />
que a conjugação deste fatores será<br />
determinante para o sucesso do negócio da<br />
Alves Bandeira.<br />
Em termos de tendências, o segmento<br />
em que a procura tem crescido mais são os<br />
pneus para SUV/4x4. Isso é de alguma forma<br />
positivo, porque permite uma faturação mais<br />
elevada, no entanto, exige também um maior<br />
nível de serviço e investimento em stocks<br />
mais eleva<strong>dos</strong>, dado que, este segmento<br />
possui um leque de medidas bastante diversificado.<br />
Uma das apostas da Alves Bandeira para este<br />
ano é a distribuição <strong>dos</strong> pneus para veículos<br />
pesa<strong>dos</strong> da marca Zeetex, um segmento em<br />
que a empresa ainda não tinha efetuado uma<br />
séria aposta. A marca em questão oferece uma<br />
excelente relação qualidade/preço. Sucesso<br />
à vista, portanto.<br />
Nos lubrificantes,<br />
além de comercializar<br />
as principais marcas<br />
do mercado, a Alves<br />
Bandeira lançou em<br />
2003 a marca própria<br />
AB, que se tormou a<br />
marca mais vendida<br />
da empresa.<br />
OPORTUNIDADES NO RETALHO<br />
Consciente de que o seu negócio depende<br />
em grande parte da evolução do sector do<br />
retalho <strong>dos</strong> pneus, a Alves Bandeira está<br />
atenta aos sinais do mercado e tenta fazer<br />
passar a mensagem correta.<br />
Para Paulo Santos, Responsável Comercial<br />
da empresa, “Os serviços rápi<strong>dos</strong> constituem<br />
a grande oportunidade de rentabilizar o negócio,<br />
pois possuem uma margem superior. É<br />
uma opção muito importante para qualquer<br />
oficina de pneus“. Sobre o modelo de negócio,<br />
este quadro da Alves Bandeira salientou<br />
que o facto de se tratar de oficinas em rede<br />
ou independentes não é relevante, desde<br />
que existam boas estruturas e uma gestão<br />
dinâmica.<br />
Oficinas em excesso e com escassas condições<br />
para promoverem o negócio são um<br />
entrave ao desenvolvimento do sector, mas<br />
Paulo Santos adverte que, provavelmente,<br />
irão desaparecer uns quantos negócios antes<br />
desta crise terminar. Este ano será crítico<br />
para muitas empresas com dificuldades, que<br />
não foram capazes de encontrar um rumo de<br />
sobrevivência correto.<br />
Quanto às vendas diretas de pneus pela<br />
Internet (B2C), Paulo Santos mostra-se céptico<br />
e acredita que não irão ter grande futuro,<br />
nomeadamente pela ausência de pagamento<br />
em determina<strong>dos</strong> aspectos legais, fazendo<br />
concorrência desleal aos operadores do mercado<br />
já estabeleci<strong>dos</strong>. Além disso, o comprador<br />
<strong>dos</strong> pneus online depende da rede de<br />
retalho para os montar, ficando portanto<br />
condicionado. Já no caso da nova Etiqueta<br />
europeia <strong>dos</strong> pneus, Paulo Santos mostra-se<br />
convicto que é uma iniciativa que fará evoluir<br />
o mercado, mas adverte que o consumidor<br />
final ainda não dá muita importância ao assunto.<br />
É provável que no entanto tal venha<br />
a acontecer com o decorrer do tempo, como<br />
já aconteceu noutros produtos com etiqueta<br />
energética, como os electrodomésticos, por<br />
exemplo.<br />
Pólo CAB<br />
(Cassiano Alves Bandeira)<br />
Novas instalações do<br />
Grupo Alves Bandeira<br />
ano de 2012 marcou a mudança de<br />
O instalações do Grupo Alves Bandeira,<br />
agora localizadas na Zona Industrial da Pedrulha<br />
(Casal Comba - Mealhada).<br />
Ficam centralizadas assim, num único<br />
espaço, todas as empresas do Grupo, otimizando<br />
deste modo, o funcionamento<br />
operacional entre os vários sectores, além<br />
de oferecer excelentes condições de trabalho<br />
aos seus colaboradores.<br />
Este novo espaço, com cerca de 9.000 m2,<br />
agrega em três pisos to<strong>dos</strong> os serviços administrativos,<br />
um armazém com 6.000 m2,<br />
oficinas técnicas, e uma área social, com todas<br />
as condições de comodidade, para to<strong>dos</strong><br />
os que colaboram ou visitam diariamente<br />
o Pólo.<br />
Destaque para o facto desta obra (com um<br />
investimento global de cerca de 5.500.000<br />
euros), ter sido da responsabilidade da<br />
Prediband, a empresa de construção do<br />
Grupo AB , que liderou todo o projeto e<br />
sua execução.<br />
VENDAS VÃO RECUPERAR<br />
Na Alves Bandeira não há tempo para lamentações!<br />
É preciso trabalhar com profissionalismo<br />
e apresentar propostas de valor<br />
ao mercado. Instado sobre a evolução das<br />
vendas de pneus na Alves Bandeira, Paulo<br />
Santos revelou-nos que “o ano de 2012 foi<br />
difícil para o negócio <strong>dos</strong> pneus, provocando<br />
descida das nossas vendas, mas abaixo da<br />
média do mercado. Isso quer dizer que vendemos<br />
menos, mas não perdemos quota de<br />
mercado. Em <strong>2013</strong>, haverá uma resposta a<br />
essa situação, com aposta em novas marcas<br />
de pneus e preços mais competitivos, para<br />
recuperar volume de negócio perdido. Os<br />
resulta<strong>dos</strong> vão aparecer já no 2º semestre<br />
deste ano “.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 51
Empresa Garland <strong>Pneus</strong><br />
Garland distribui<br />
pneus Nokian<br />
A Garland, através da<br />
Garland <strong>Pneus</strong>, acaba de<br />
iniciar a comercialização<br />
da marca Nokian,<br />
disponibilizando toda<br />
a gama para veículos<br />
ligeiros, comerciais 4x4<br />
e SUV. Esta oferta vem<br />
reforçar a panóplia de<br />
marcas disponibilizadas<br />
pela Garland <strong>Pneus</strong> aos<br />
seus clientes<br />
A<br />
Nokian é uma marca finlandesa da<br />
Nokian Tyres, o maior fabricante de<br />
pneus do norte da Europa e uma<br />
das mais lucrativas companhias na<br />
sua indústria em todo o mundo. Fundada<br />
em 1988 na cidade de Nokia, Finlândia, este<br />
fabricante cresceu a um ritmo espetacular.<br />
A Nokian distingue-se no fabrico de pneus<br />
de Inverno, concebi<strong>dos</strong> para assegurar uma<br />
segurança raramente alcançada nas estradas<br />
com neve, com um consumo de combustível<br />
reduzido.<br />
Toda a gama Nokian é essencialmente de<br />
pneus Verdes, porque, sendo uma marca nórdica,<br />
as questões do ambiente são sempre<br />
mais importantes do que para outros povos e<br />
culturas. Um <strong>dos</strong> pilares da empresa é produzir<br />
pneus amigos do ambiente e estar na primeira<br />
linha da defesa <strong>dos</strong> recursos naturais.<br />
Em termos de mercado europeu, vai abrir<br />
um escritório num país europeu, com uma<br />
estratégia de comunicação mais evoluída e<br />
mais agressiva. Tem novos parceiros na área<br />
da comunicação e vai desenvolver uma estratégia<br />
de divulgação da marca junto do<br />
grande público.<br />
Atualmente, a marca ainda está muito focada<br />
nos pneus de Inverno e tem dado o<br />
melhor do seu esforço a esse segmento do<br />
mercado. No entanto, tem excelentes pneus<br />
de Verão, que alcançaram bom desempenho<br />
em testes comparativos e tenciona promover<br />
a sua distribuição de forma consequente.<br />
A companhia opera principalmente nos<br />
merca<strong>dos</strong> de reposição de pneus. Fatores<br />
chave de sucesso incluem a atualização<br />
constante da gama de produtos e inovações<br />
que proporcionam mais valias genuínas<br />
ao cliente.<br />
Os pneus da Nokian Tyres são vendi<strong>dos</strong><br />
em cerca de 50 países, sendo que as vendas<br />
internacionais representavam a maioria da<br />
sua faturação.<br />
Em Portugal a distribuição e comercialização<br />
é garantida pela Garland <strong>Pneus</strong>, através<br />
de dois armazéns, com entregas bidiárias em<br />
52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
História da marca<br />
Nokian Tyres plc foi fundada em 1988,<br />
A tendo entrado para a Bolsa de Valores de<br />
Helsínquia em 1995. As raízes da companhia<br />
remontam a 1898, quando a Suomen Gummitehdas<br />
Oy (fábrica de borracha) foi fundada.<br />
Em 1904 foi construída uma fábrica na cidade<br />
de Nokia e a produção de pneus de bicicleta<br />
tem início em 1925. Alguns anos mais tarde,<br />
em 1932, arranca a produção de pneus para<br />
carros de passageiros.<br />
Em 1945 foi construída uma nova fábrica de<br />
pneus em Nokia e em 1967 é estabelecida a<br />
Nokia Corporation – divisões de borracha,<br />
cabos e papel.<br />
Em 1974 a produção de pneus de bicicleta e<br />
câmaras-de-ar tem início em Lieksa. 2002 é<br />
marcado pela criação de um novo centro logístico<br />
em Nokia. Em 2003, o controlo da Nokia<br />
sobre a Nokian Tyres terminou: a Bridgestone<br />
Europe NV/SA tornou-se no maior acionista.<br />
Hoje o principal acionista é a Bridgestone<br />
Europe. A marca de pneus Nokian está essencialmente<br />
presente na Europa do Norte e na<br />
Rússia. É especializada no fabrico de pneus de<br />
inverno, os quais representam 80% das suas<br />
vendas de pneus automóvel.<br />
Novidades Nokian<br />
eLine - Turismo económico - Verão<br />
Hakkapeliitta 8 - Turismo desportivo - Inverno<br />
Hakkapeliitta LT2 - 4x4 Estrada - Nórdico<br />
Hakkapeliitta R2 - Turismo desportivo - Inverno<br />
Hakkapeliitta R2 SUV - 4x4 Estrada - Inverno<br />
Line - Turismo Gama alta - Verão<br />
Nordman+ - Turismo económico - Inverno<br />
Rotiiva AT - 4x4 Misto - Verão<br />
zLine - Turismo desportivo - Verão<br />
<strong>Pneus</strong> Nokian batem recorde de velocidade<br />
marca Nokian é conhecida<br />
pela qualidade <strong>dos</strong> A<br />
seus pneus de inverno. É a segunda<br />
vez que um Audi RS6<br />
“calçado” com pneus Nokian,<br />
bate o recorde de velocidade<br />
no gelo.<br />
A história repete-se com a<br />
já conhecida parceria entre<br />
a Audi e a marca de pneus<br />
Nokian. Socorrendo-se de<br />
uma das berlinas mais rápidas<br />
de sempre, o Audi RS6 e do<br />
seu conhecido piloto de testes,<br />
Janne Laitinen, a Nokian pode<br />
afirmar que os seus pneus são<br />
os mais rápi<strong>dos</strong> no gelo –<br />
335.713 km/h, contra 330.610<br />
km/h atingi<strong>dos</strong> em 2011 pelas<br />
mesmas marcas em parceria.<br />
O recorde entrou para o Guinness,<br />
substituindo o anterior.<br />
Este recorde é batido numa<br />
altura em que discute a importância<br />
<strong>dos</strong> pneus de inverno<br />
e a preocupação em<br />
alertar os habitantes <strong>dos</strong> países<br />
mais frios, da necessidade<br />
de trocarem de pneus com o<br />
objetivo de preparar o seu<br />
carro para as baixas temperaturas<br />
e consequente formação<br />
de gelo.<br />
Os pneus Nokian são desde o início do mês de<br />
maio, distribuí<strong>dos</strong> pela Garland <strong>Pneus</strong><br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 53
Dossier<br />
Ser melhor<br />
III Capítulo Tipos de clientes<br />
Para podermos optimizar o atendimento aos clientes, factor chave de sucesso<br />
em qualquer oficina e no retalho de pneus em particular, temos que personalizar<br />
esse atendimento, porque existem vários tipos de clientes<br />
Vários estu<strong>dos</strong> realiza<strong>dos</strong> pela marca Continental e conhecimentos decorrentes<br />
da sua experiência da atividade <strong>dos</strong> retalhistas de pneus, indicam a existência de<br />
pelo menos seis grandes grupos de consumidores de pneus, que iremos analisar de<br />
seguida (Quadro I):<br />
CONSUMIDOR NORMAL - É o tipo de cliente sem surpresas e sem<br />
exigências especiais. Compra os pneus porque precisa deles e quer resolver<br />
o assunto com rapidez. Não tem interesse em saber muito sobre<br />
pneus e para ele os pneus são to<strong>dos</strong> iguais. É o tipo de cliente que está<br />
habituado a consumir aquilo que já comprovou e de que gosta, não<br />
lhe importando muito que existam 30 ou 40 marcas ou variedades do<br />
mesmo artigo no mercado. No caso <strong>dos</strong> pneus, confia na escolha de<br />
quem vende e só espera que tudo resulte na perfeição e que não tenha<br />
problemas com os pneus novos. Depois do negócio, é como se tivesse<br />
bebido uma cerveja e esquece rapidamente o assunto.<br />
CONSUMIDOR POUPADO - Estes clientes têm um perfil idêntico<br />
ao consumidor normal, mas preocupam-se prioritariamente com a<br />
despesa, porque o orçamento familiar mensal é apertado e só compram<br />
o que for realmente necessário. Despesas cíclicas mais elevadas,<br />
como a compra de um frigorífico novo ou uma máquina de lavar nova,<br />
exigem sempre muita “ginástica” financeira para não faltar dinheiro<br />
para nada. Com os pneus passa-se exatamente a mesma coisa e a sua<br />
compra envolve sempre alguma ansiedade. Normalmente, é o tipo de<br />
consumidor que compra as coisas a prestações e no caso <strong>dos</strong> pneus<br />
pretende a solução mais económica, dentro de uma certa garantia de<br />
qualidade mínima.<br />
CONSUMIDOR EXIGENTE - É o tipo de cliente que quer retirar da<br />
vida o melhor que puder, consumindo tudo aquilo que lhe der mais<br />
prazer e tornar a sua existência mais agradável. São consumidores que<br />
apreciam coisas com boa qualidade de fabrico e estética atraente, desembolsando<br />
o que for necessário para satisfazer a sua escolha. Gostam<br />
54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
de passar férias em locais agradáveis e escolhem restaurantes de topo<br />
para refeições fora de casa. No caso <strong>dos</strong> pneus, estes clientes inclinam-<br />
-se para produtos com excelente aparência, grande conforto de condução<br />
e total segurança. Normalmente, escolhem pneus de marcas<br />
de prestígio, das quais já tenham experiências anteriores satisfatórias.<br />
CONSUMIDOR ADAPTADO - É o tipo de cliente que segue as últimas<br />
tendências do consumo, especialmente as que lhe dão a sensação<br />
de pertencer a um determinado grupo ou estrato social. Faz geralmente<br />
um certo alarde das suas compras, para que to<strong>dos</strong> possam perceber<br />
que tipo de pessoa é ou pretende ser. Roupas de marca, dispositivos<br />
electrónicos avança<strong>dos</strong>, óculos de sol e relógios “in” e naturalmente<br />
o carro da moda fazem parte das tentativas de identificação destes<br />
consumidores, que não olham a meios para obter o que pretendem.<br />
Isso geralmente leva à utilização abusiva <strong>dos</strong> cartões de crédito e ao endividamento.<br />
É o tipo de cliente que compra umas jantes de alto custo,<br />
desde que tenha a certeza que está a causar a impressão que pretende.<br />
Potencial de consumo<br />
Tipo de Cliente Consumo Global Compras de <strong>Pneus</strong><br />
Consumidor Normal 44% 60%<br />
Consumidor Poupado 15% 25%<br />
Consumidor Exigente 21%<br />
Consumidor Adaptado 8%<br />
15%<br />
Consumidor de Prestígio 8%<br />
Consumidor de Luxo 4%<br />
CONSUMIDOR DE PRESTÍGIO - É o cliente que gosta de mostrar<br />
aos outros o que tem e não precisa imitar pessoas de outros grupos,<br />
porque já pertence a um certo estrato social. Normalmente, consomem<br />
o que há de mais avançado no mercado, desde que isso sirva para<br />
mostrar a conheci<strong>dos</strong> e vizinhos o tipo de vida que levam. No carro,<br />
gostam de ter vários extras, entre os quais um bom sistema de som e<br />
jantes largas de liga leve. Quanto ao pneu, como não aparece muito,<br />
basta que seja de uma marca de topo.<br />
CONSUMIDOR DE LUXO - É o cliente que não precisa fazer contas<br />
aos gastos, porque tem rendimentos suficientemente folga<strong>dos</strong>. Gosta<br />
de gastar sem preocupações, para demonstrar que ganhou dinheiro<br />
à custa de muito trabalho ou que teve a sorte de beneficiar de uma<br />
herança milionária. Quer o melhor para si e faz uma vida só acessível<br />
a um grupo restrito de pessoas. Como regra, usa um carro de topo<br />
de gama e os pneus têm que estar dentro da lógica do modelo. No<br />
entanto, não encara a compra de pneus novos com muito interesse,<br />
mas simplesmente como outra necessidade qualquer de manutenção<br />
do veículo.<br />
A correta gestão <strong>dos</strong> clientes e o atendimento personalizado devem seguir<br />
as estatísticas médias do consumo na Europa. No caso <strong>dos</strong> pneus,<br />
85% do potencial de consumo está nos clientes ditos normais e nos<br />
poupa<strong>dos</strong>, uma variante <strong>dos</strong> primeiros, mas com maiores limitações<br />
económicas. No entanto, cada classe de clientes exige um tratamento<br />
específico, para podermos optimizar a satisfação desses clientes e melhorar<br />
o negócio.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 55
Controlo da pressão <strong>dos</strong> pneus<br />
A UE declara no Regulamento 661/2009, relativamente à segurança de veículos<br />
a motor, que to<strong>dos</strong> os novos modelos de automóveis aprova<strong>dos</strong> a partir de<br />
Novembro de 2012 e os automóveis novos vendi<strong>dos</strong> a partir de Novembro de 2014,<br />
terão de ter o TPMS como equipamento de série<br />
TPMS revoluciona mercado<br />
de consumíveis<br />
Veículos motoriza<strong>dos</strong> de duas rodas e veículos<br />
comerciais ligeiros e pesa<strong>dos</strong> deverão ser incluí<strong>dos</strong><br />
nesta obrigatoriedade, somente a partir de 2016, na<br />
altura em que a legislação de segurança de veículos a<br />
motor será revista<br />
A<br />
legislação da UE foi introduzida<br />
em Março de 2009. Seguiu-se à<br />
introdução do Ato TREAD nos<br />
EUA, que impõe a instalação de<br />
sistemas TPMS em to<strong>dos</strong> os automóveis<br />
ligeiros novos vendi<strong>dos</strong> nos EUA, desde<br />
2008. Esta lei surgiu depois de ocorrerem<br />
acidentes e capotamentos que envolviam<br />
um modelo de automóvel e uma marca de<br />
pneus, nos finais da década de 1990, que<br />
fizeram mais de 100 vítimas mortais. Na<br />
Europa, para além das razões de segurança,<br />
também o impacto ambiental é um factor<br />
determinante para a introdução imposta<br />
do TPMS.<br />
MEDIDA POSITIVA<br />
Trata-se de uma medida positiva, porque a<br />
incorreta pressão <strong>dos</strong> pneus é de facto responsável<br />
por uma perda considerável do nível<br />
de segurança do veículo, de várias formas. Em<br />
primeiro lugar, porque desequilibra o carro<br />
em todas as situações (em linha recta, em<br />
curva e ao travar), impedindo o seu correto<br />
controlo por parte do condutor. Em segundo<br />
lugar, porque degrada os pneus e piora ainda<br />
mais a condução e a estabilidade do veículo,<br />
podendo dar origem a falhas imprevistas <strong>dos</strong><br />
pneus, um factor de gravidade acrescida. Em<br />
terceiro lugar, porque canaliza recursos do<br />
utilizador do veículo para o excesso de combustível<br />
consumido e para a substituição <strong>dos</strong><br />
pneus deteriora<strong>dos</strong>, atrasando ou impedindo<br />
mesmo a correta manutenção <strong>dos</strong> sistemas<br />
de segurança do veículo.<br />
Dependendo do tipo de veículo, estilo de<br />
condução e carga total transportada, bem<br />
como da diferença de pressão <strong>dos</strong> pneus para<br />
os valores especifica<strong>dos</strong> pelo construtor, o<br />
consumo de combustível pode aumentar<br />
entre 3% e 6%. No caso <strong>dos</strong> pneus, atendendo<br />
a idênticas variáveis, a vida útil do pneu pode<br />
ficar reduzida de 1/3 ou ½, para não falar em<br />
casos de destruição ainda mais prematura.<br />
Direção desalinhada e suspensão degradada<br />
“ajudam“ muito nesse sentido.<br />
Mesmo assim, além da maior segurança<br />
ativa do veículo, os sistemas de controlo de<br />
pressão <strong>dos</strong> pneus conseguem aumentar a<br />
eficiência energética do motor e reduzir as<br />
emissões, o que não deixa de ser um factor<br />
de grande importância.<br />
CONSEQUÊNCIAS PARA O PÓS-VENDA<br />
A abertura de novas oportunidades de negócio<br />
na assistência a sistemas de controlo da<br />
pressão de pneus ultrapassará largamente a<br />
ligeira baixa do volume de vendas originada<br />
pela vida útil alargada <strong>dos</strong> pneus.<br />
Além das peças, à cabeça das quais estão os<br />
sensores de roda, mais vulneráveis a avarias,<br />
devido à sua localização, há que contar com<br />
a mão-de-obra e os serviços electrónicos indispensáveis<br />
para repor o sistema em estado<br />
totalmente operacional. Isso será suficiente<br />
56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
para elevar a faturação de oficinas e retalhistas<br />
de pneus, desde que apostem na formação e<br />
no equipamento necessário para aproveitar<br />
esse nicho de mercado.<br />
Neste momento ainda tem uma expressão<br />
residual, mas deve tornar-se em pouco tempo<br />
um <strong>dos</strong> principais segmentos de mercado<br />
para as oficinas de pneus. A grande dúvida é<br />
saber onde vai cair este mercado. Tanto pode<br />
cair tendencialmente numa casa pneus, como<br />
numa oficina multimarca, num concessionário<br />
ou num eletricista. A questão agora é<br />
saber quem é que pretende estar preparado<br />
para dar assistência a este novo mercado,<br />
porque vai exigir abertura para o conhecimento,<br />
coisa que muitas vezes não interessa<br />
aos operadores do mercado.<br />
Os sensores de pressão <strong>dos</strong> pneus deixaram<br />
de ser uma questão de moda ou porque o<br />
condutor tem interesse nisso. Existem normativas<br />
europeias sobre o assunto e é mesmo<br />
para se tornar uma necessidade geral.<br />
Cada sensor tem uma pilha interna que dura<br />
cerca de 4 anos. Quando a pilha acaba, o sensor<br />
tem que ser substituído. Como o sistema<br />
tem um unidade central de processamento<br />
electrónica, o novo sensor tem que ser instalado<br />
nessa ECU, introduzindo os respectivos<br />
da<strong>dos</strong> na memória do software. Se isso não<br />
for efectuado, o sistema não funciona, porque<br />
a ECU não reconhece o novo sensor. Essa<br />
operação é relativamente cara, porque exige<br />
um equipamento de diagnóstico avançado<br />
e um técnico especializado.<br />
Cá estão as boas notícias, a juntar aos benefícios<br />
consideráveis que estes sistemas trarão<br />
para a segurança rodoviária e ao ambiente.<br />
CONCLUSÃO<br />
Ter a informação da pressão <strong>dos</strong> pneus no<br />
painel de instrumentos pode ser totalmente<br />
irrelevante para o condutor, se ele não perceber<br />
minimamente o significado técnico<br />
dessa informação e se não possuir o sentido<br />
de responsabilidade cívica e a percepção<br />
ética, para avaliar o risco existente em relação<br />
a si próprio e para os restantes utentes<br />
da via pública. Dito por outras palavras, os<br />
sistemas electrónicos de controlo da pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus (TPMS) são para os condutores que<br />
desejam essa informação e fazem dela uma<br />
parte importante da sua responsabilidade<br />
Válvulas e sensores<br />
Não devemos confundir o que é uma<br />
válvula com o sensor. A válvula, sua<br />
manutenção e sua vida útil são idênticos ao<br />
existente hoje. O que é novidade é o facto<br />
de agora termos um sensor “agarrado” à<br />
válvula.<br />
Os corpos das válvulas são geralmente em<br />
alumínio, o que altera a metodologia de<br />
trabalho. Este deve ser auxiliado por ferramentas<br />
dinamométricas para garantir<br />
a perfeita vedação do ar, sem danificar a<br />
rosca, tanto nos núcleos da válvula, como<br />
nos casquilhos de fixação.<br />
Existem no mercado dois grupos de sensores:<br />
Os sensores chama<strong>dos</strong> OE, ou seja os<br />
mesmos que equipam a viatura de origem<br />
e os sensores universais.<br />
Os sensores OE obedecem a uma aplicação<br />
específica para cada viatura, a quantidade<br />
de referências é grande e o custo varia em<br />
função do veículo em questão. Depois de<br />
substituído, na maioria <strong>dos</strong> casos, a “centralina”<br />
da viatura tem que ser reprogramada<br />
com o número do sensor novo, utilizando<br />
uma ferramenta própria para o efeito, o<br />
que obriga a um custo acrescido ao nível<br />
do equipamento e formação.<br />
Por sua vez, os sensores universais, são<br />
O que é o TPMS?<br />
TPMS é um sistema que monitoriza<br />
O a pressão e a temperatura <strong>dos</strong> pneus<br />
constantemente. O seu uso permite ao<br />
automobilista corrigir problemas com<br />
os pneus antes deles se tornarem irreversíveis<br />
e perigosos, trazendo: vida mais<br />
longa aos pneus, assim como um enorme<br />
aumento da segurança e redução nos custos<br />
de manutenção.<br />
O TPMS é capaz de alertar o condutor<br />
em caso de pneus com perda de pressão<br />
e/ou aumento de temperatura, que são os<br />
principais problemas causadores de desgaste<br />
prematuro e/ou rebentamento <strong>dos</strong><br />
pneus. <strong>Pneus</strong> com pressão incorreta são<br />
também um <strong>dos</strong> principais causadores<br />
de graves acidentes em ruas e estradas,<br />
tudo isso pode ser evitado com o uso<br />
deste monitor de pressão e temperatura<br />
<strong>dos</strong> pneus.<br />
programa<strong>dos</strong> utilizando uma ferramenta<br />
própria de custo reduzido em função do<br />
sensor velho. Este processo permite programar<br />
sensores “crus” para quase todas<br />
as viaturas sem reprogramação da “centralina”,<br />
já que o sensor novo vai ficar com a<br />
mesma informação do sensor velho, e com<br />
um custo igual para todas as viaturas. A<br />
grande vantagem desta solução é permitir<br />
cobrir todo o mercado com um único sensor.<br />
Já não é preciso um sensor para cada<br />
veículo, porque na Europa quase to<strong>dos</strong> os<br />
sistemas comunicam a uma frequência de<br />
433 Mhz e o mesmo sensor serve para a<br />
maioria <strong>dos</strong> veículos.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 57
Controlo da pressão <strong>dos</strong> pneus<br />
Bruno Carvalho, Administrador da Rubber Vulk<br />
Oportunidade para as oficinas de pneus<br />
A Rubber Vulk é uma empresa nacional distribuidora de consumíveis para o sector <strong>dos</strong> pneus<br />
Dentre a sua vasta gama de produtos<br />
destacam-se os sensores TPMS que vão<br />
passar a ser obrigatórios em to<strong>dos</strong> os<br />
veículos.<br />
Em entrevista à REVISTA DOS PNEUS,<br />
Bruno Carvalho diz ter uma ainda uma<br />
expressão residual, mas deve tornar-se em<br />
pouco tempo o principal segmento de mercado<br />
para a empresa. Os sensores de pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus são por isso uma excelente oportunidade<br />
para todas as oficinas que desejem<br />
aumentar a rentabilidade <strong>dos</strong> serviços.<br />
Os sistemas electrónicos de controlo de<br />
pressão de pneus têm que ser atualiza<strong>dos</strong><br />
após as mudanças de rodas e pneus?<br />
Dependendo do tipo de viatura, a rotação<br />
<strong>dos</strong> pneus tem que ser informada à “centralina”<br />
do carro para que esta informe a<br />
posição correta das rodas.<br />
Qual o tempo médio de vida das pilhas<br />
<strong>dos</strong> sensores das rodas?<br />
Pode variar de equipamento para equipamento,<br />
mas a média são 4 anos.<br />
Quantas marcas de sistemas electrónicos<br />
de controlo da pressão <strong>dos</strong> pneus existem<br />
atualmente no mercado?<br />
As marcas que equipam os veículos novos<br />
na Europa são a Beru, a Schrader e a Siemens/VDO.<br />
No aftermarket existem ainda<br />
as marcas de sensores universais como o<br />
KLONE da Rubber Vulk e o EZ Sensor da<br />
Schrader, entre outros.<br />
Os sistemas de controlo e aviso da baixa<br />
de pressão <strong>dos</strong> pneus exigem algum tipo<br />
de manutenção?<br />
Não, os sistemas funcionam enquanto os<br />
sensores tiverem bateria para comunicar<br />
com a viatura. As válvulas, por sua vez,<br />
têm manutenção idêntica às atualmente<br />
existentes. A avaria no sistema implica que<br />
um alerta vai ser dado ao condutor como<br />
outros alertas existentes hoje. Se não for reparado,<br />
o sistema não efetua a sua função<br />
de proporcionar segurança.<br />
Quando se montam pneus novos num<br />
carro equipado com sistema TPMS, podem-se<br />
aproveitar as válvulas que estavam<br />
montadas nos pneus antigos?<br />
Podem ser aproveitadas as válvulas desde<br />
que se efetue a devida manutenção. Troca de<br />
núcleo de válvula, tampa e o’rings.<br />
Quanto pode custar em média, a substituição<br />
de uma válvula / sensor de controlo<br />
de pressão <strong>dos</strong> pneus?<br />
A manutenção da válvula deve manter o<br />
custo que tem hoje. A substituição do sensor<br />
varia em função do tipo de sensor a aplicar.<br />
Um sensor OE pode variar entre 40 e 150<br />
Euros dependendo da viatura; e um sensor<br />
universal deve ter um custo standard de 50<br />
Euros. Isto sem contar com custos adjacentes<br />
à sua instalação (desmontagem do pneu,<br />
equilíbrio da roda, programação, etc.).<br />
Podem-se montar sistemas de controlo<br />
de pressão de pneus em carros ainda não<br />
equipa<strong>dos</strong> de origem com eles?<br />
Sim, é possível instalar kits chama<strong>dos</strong> retrofit,<br />
onde se instala um receptor da informação<br />
enviada pelos sensores.<br />
Quanto pode valer o mercado de sistemas<br />
de controlo de pressão de pneus no<br />
nosso país, quando to<strong>dos</strong> os veículos tiverem<br />
monta<strong>dos</strong> os sistemas de controlo de<br />
pressão?<br />
Partindo do princípio que um pneu dura em<br />
média dois anos e um sensor dura em média<br />
quatro anos, o valor em unidades será, dentro<br />
de alguns anos, 50% das unidades de pneus<br />
vendi<strong>dos</strong> em Portugal. Por outras palavras,<br />
por cada dois pneus vendi<strong>dos</strong>, vender-se-á<br />
um sensor e far-se-á manutenção à válvula<br />
com os mesmos números de hoje.<br />
Que tipo de formação é necessário dar<br />
aos mecânicos para ficarem habilita<strong>dos</strong> a<br />
montar sistemas de controlo de pressão de<br />
pneus?<br />
Os profissionais devem ter formação para saberem<br />
operar as máquinas que programam a<br />
centralina ou as máquinas que efetuam a clonagem<br />
<strong>dos</strong> sensores novos a partir <strong>dos</strong> velhos<br />
no caso <strong>dos</strong> sensores universais; o cuidado<br />
ao desmontar rodas com sensores e efetuar a<br />
manutenção à válvula.<br />
Que tipo de equipamentos deve ter uma<br />
oficina para conseguir montar com garantia<br />
sistemas de controlo de pressão de pneus?<br />
Deve em primeiro lugar escolher que tipo de<br />
sensores pretende trabalhar, adquirir o programador<br />
adequado e solicitar a formação<br />
correspondente. Pela facilidade, comodidade,<br />
rapidez e economia com que se pode resolver<br />
a avaria, sugiro os sensores universais. Assim,<br />
o equipamento a adquirir seria um equipamento<br />
do tipo Klone, cujo custo é reduzido.<br />
Ainda que já tenham adquirido ferramentas<br />
do tipo “diagnóstico” que permitam efetuar<br />
a programação da centralina, o investimento<br />
em sistema universal é de rápido retorno.<br />
Os sensores TPMS são to<strong>dos</strong> compatíveis<br />
com os sistemas de diagnóstico e de gestão<br />
oficinal?<br />
Os sensores OE são compatíveis com a maioria<br />
<strong>dos</strong> sistemas de diagnóstico e de gestão<br />
oficinal. O que normalmente acontece é que<br />
o profissional até pode ter o sistema adequado<br />
para OE, mas é quase impossível ter em stock<br />
o sensor que necessita, devido ao seu custo e<br />
elevado número de referências. Nesta perspectiva,<br />
o sistema universal permite com um<br />
só jogo de sensores a cobertura de quase todas<br />
as necessidades.<br />
58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | maio <strong>2013</strong>
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