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Revista dos Pneus 028 - Novembro 2014

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<strong>Revista</strong> Independente de Pneumáticos e Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />

Qualidade<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

Nº 28 ● novembro <strong>2014</strong> ● Ano VII ● 5 Euros<br />

Mercado<br />

Estatísticas ETRMA<br />

Altos & Baixos<br />

<strong>Pneus</strong> Agrícolas<br />

Sementes<br />

de prof issionalização<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

Empresas<br />

Mega Point<br />

Tiresur<br />

Euromaster<br />

Técnica<br />

Riscos de danos<br />

nos talões<br />

Produto<br />

<strong>Pneus</strong> Falken<br />

Indústria<br />

Fabrico de pneus<br />

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Conferência<br />

Ibérica de <strong>Pneus</strong><br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

“Projetar o futuro”<br />

27 de Março de 2015<br />

Auditório do Centro de Congressos do Estoril<br />

Organização<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Periódico Autopós<br />

informação para patrocínios | mario.carmo@apcomunicacao.com


REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

DIRETOR<br />

REVISTA DOS<br />

João Vieira<br />

PNEUS<br />

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bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Diretor Comercial<br />

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mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

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escrito da REVISTA DOS PNEUS<br />

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Editorial<br />

Eficiência e produtividade<br />

Ainda há muitas pessoas que pensam que ser<br />

eficiente se resume a sair de casa de manhã, ir até ao<br />

trabalho e fazer o que aparece para fazer<br />

Confundem assim a noção de diligência com a de eficiência, o que está muito<br />

longe de ser exato. Podemos ser diligentes e pouco eficientes, mas também<br />

podemos ser pouco diligentes e muito eficientes. Um artista que dá um concerto<br />

de três em três meses e fatura nessa altura mais do que muitas empresas<br />

num ano é muito eficiente, mas duvidamos que seja diligente, no sentido habitual em<br />

que o termo é utilizado.<br />

Outro termo de gestão por vezes maltratado é a produtividade. Confunde-se capacidade<br />

de produção, com produtividade. Na realidade, uma empresa pode produzir muito com<br />

baixa produtividade e outra produzir pouco, com elevada produtividade. A primeira pode<br />

produzir muito com custos eleva<strong>dos</strong> e desperdício (incluindo stocks não vendáveis),<br />

estando abaixo de zero no que diz respeito a produtividade, que é a capacidade de<br />

produção por unidade de tempo e por unidade de produção. Inversamente, a segunda<br />

empresa pode produzir pouco, mas com elevada produtividade.<br />

As novas tecnologias da informação e da comunicação, por seu turno, vieram revolucionar<br />

o conceito da produtividade, porque neutralizaram até certo ponto as contingências<br />

habituais das condicionantes espaço e tempo. Com um único código QR, por exemplo,<br />

podemos levar a informação de um pneu a milhões de pessoas em to<strong>dos</strong> os pontos do<br />

globo, a qualquer momento. O mesmo se passa com a informação de um site da Internet.<br />

Qualquer destes conteú<strong>dos</strong> pode ser interativo, o que multiplica as sinergias e os<br />

vários tipos de feedback. Teoricamente, uma empresa pode ser operada por um único<br />

elemento humano, desde que disponha de recursos digitais adequa<strong>dos</strong> e suficientes.<br />

Outro fator importante de eficiência e produtividade é a organização e planeamento.<br />

As principais áreas que beneficiam da organização e da planificação são a gestão e os<br />

processos da empresa. Estes por sua vez, requerem tecnologias de informação e da<br />

comunicação, porque não é possível operar organizadamente sem quadros de referência<br />

espaciais e temporais. Um bom exemplo disto é a logística global. O consumidor<br />

encomenda um jogo de pneus para uma oficina de retalho e marca o dia/hora de<br />

montagem. O sistema inteligente da oficina confere os stocks e marcações, reenviando<br />

feedback para o cliente e para o operador logístico, caso seja necessário. No dia certo e<br />

à hora certa, o pneu certo é montado no carro certo do cliente certo. Eficiência: 100%.<br />

Satisfação do cliente: 100%. Competitividade: 100%. Rentabilidade: OK. Produtividade:<br />

OK. Concorrência: KO! Muito complicado? Não, muito simples!<br />

João Vieira<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 03


Dossier<br />

<strong>Pneus</strong> Agrícolas<br />

Sementes de prof iss<br />

O mercado nacional de pneus agrícolas vive tempos<br />

de mudança. Os clientes estão mais exigentes e<br />

informa<strong>dos</strong> e as sementes de profissionalização do<br />

setor estão lançadas. Mas os números ainda são<br />

pouco rigorosos. Falta um maior acompanhamento<br />

das entidades oficiais<br />

Por: Jorge Flores<br />

Com a crise económica que o país<br />

ainda atravessa e com os níveis<br />

de desemprego a manterem-se<br />

sempre acima das duas casas decimais,<br />

muito se tem falado sobre o alegado<br />

regresso de um número significativo<br />

da população ao cultivo <strong>dos</strong> seus terrenos,<br />

explorando a sua “veia produtora”. Nunca<br />

a agricultura esteve tão na moda. Mas terá<br />

esta tendência reflexos consideráveis nas<br />

vendas de pneus agrícolas nacionais? A<br />

dificuldade de encontrar estatísticas oficiais<br />

é grande, mas podem fazer-se algumas<br />

leituras sobre a atual situação desta<br />

franja do mercado. Uma delas é a de que,<br />

de facto, este cresceu nos últimos anos. A<br />

outra é que ainda haverá muito por desbravar<br />

neste terreno, nomeadamente em<br />

matéria de especialização, dado tratar-se<br />

de um mercado ainda pouco maduro, algo<br />

“verde”. “Pode dizer-se que o nosso mercado<br />

de pneus agrícolas está numa fase<br />

de especialização, tal como o mercado<br />

agrícola em geral”, começa por dizer José<br />

Saraiva, responsável para Portugal da Trelleborg.<br />

“Está a especializar-se e os níveis<br />

de profissionalização estão a aumentar”.<br />

Segundo garante, “há uma concentração<br />

excessiva no custo inicial <strong>dos</strong> produtos em<br />

detrimento de uma análise que deve ser<br />

efectuada ao desempenho <strong>dos</strong> produtos<br />

e à sua rentabilidade ao fim de algumas<br />

horas de utilização”. Observando os últimos<br />

cinco anos, José Saraiva não tem dúvidas<br />

de que houve “algum crescimento”<br />

no mercado de pneus agrícolas. A REVISTA<br />

DOS PNEUS auscultou os vários players<br />

do mercado. Muitos têm uma visão mais<br />

negra...<br />

w AGRICULTORES INFORMADOS E EXIGENTES<br />

Hélio Fraústo, account manager Agrícola<br />

da Michelin para Portugal defende<br />

que, atualmente, o mercado está mais “exigente<br />

e profissional” do que em anos anteriores.<br />

“Posso afirmar que, hoje, o agricultor<br />

é <strong>dos</strong> consumidores mais informa<strong>dos</strong> e<br />

que procura sobretudo um especialista no<br />

aconselhamento <strong>dos</strong> seus pneus. A rede<br />

de especialistas Michelin Exelagri vai ao<br />

encontro das suas expectativas”, afirma.<br />

Para Hélio Fraústo, “uma larga maioria <strong>dos</strong><br />

clientes de pneus agrícolas procura uma<br />

optimização entre o custo inicial <strong>dos</strong> pneus<br />

e a sua via útil, valorizando a capacidade<br />

de tração e o conforto <strong>dos</strong> mesmos”. O<br />

responsável da Michelin para os pneus<br />

agrícolas, em solo nacional, não destaca<br />

nenhuma área geográfica predominante<br />

em termos comerciais. “Todas elas têm a<br />

sua especificidade”. Ou seja, “no norte do<br />

país, a procura recai sobre os pneus para<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


ionalização<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 05


Dossier<br />

<strong>Pneus</strong> Agrícolas<br />

os tratores de pequena e média potencia,<br />

já no centro e sul do país, a procura recai<br />

nos pneus para tratores de média e grande<br />

potência”. A chave do sucesso reside numa<br />

leitura inteligente do mapa nacional.<br />

w INCERTEZAS MUITO PREMIUM...<br />

Responsável de uma marca premim, Hélio<br />

Fraústo aponta, como principal ameaça do<br />

setor, “os pneus de baixo preço e a sua rápida<br />

penetração no mercado nacional”. Porém,<br />

como contraponto, considera que “a procura<br />

de rentabilidade por parte do agricultor poderá<br />

ser seguramente uma oportunidade”.<br />

Para Telmo Montenegro, gestor de produto<br />

Agrícola e Engenharia Civil da Bridgestone,<br />

em Portugal, o setor está a atravessar uma<br />

forte “mudança”. Uma “nova mudança”. E concretiza.<br />

“Este novo virar de página, desta vez,<br />

carateriza-se pela necessidade de haver novos<br />

operadores capazes e com conhecimentos<br />

“O nosso mercado de pneus<br />

agrícolas está numa fase<br />

de especialização. Os níveis<br />

de profissionalismo estão a<br />

aumentar”<br />

José Saraiva, Trelleborg<br />

para resolverem assuntos complexos e saberem<br />

dar conselhos que possam ajudar a<br />

aumentar a produtividade <strong>dos</strong> agricultores”,<br />

afirma.<br />

De resto, “ao contrário da primeira grande<br />

mudança, aquando da ‘radialização’ do mercado,<br />

agora, através de tratores de elevada<br />

potência, com maiores capacidades de carga<br />

“Neste momento, o mercado está<br />

virado para as marcas budget.<br />

Desde 2013 que estamos a perder<br />

quota de mercado”<br />

Nuno Pereira, Goodyear<br />

e velocidades. A exigência obriga a que os<br />

pneus e os seus operadores sigam esta nova<br />

revolução”, sustenta Telmo Montenegro.<br />

Em relação à capacidade <strong>dos</strong> operadores do<br />

mercado, a mesma fonte da Bridgestone vislumbra<br />

uma “melhoria na oferta <strong>dos</strong> serviços<br />

e rapidez, quando solicita<strong>dos</strong>. A assistência,<br />

no campo, com a capacidade de resolverem<br />

no terreno a maioria <strong>dos</strong> problemas, começa<br />

hoje a ser um serviço diferenciador e reconhecido<br />

pelo agricultor”.<br />

A fazer fé nas suas palavras, atualmente,<br />

a resposta a esta necessidade passa pelos<br />

“especialistas tradicionais de pneus agrícolas e<br />

pelos “grandes concessionários de marcas de<br />

tratores começarem a oferecer estes produtos<br />

e serviços aos seus clientes, de forma complementar<br />

a sua atividade direta. Em termos<br />

globais, e Portugal não será uma exceção,<br />

teremos que aumentar a nossa produção<br />

agrícola tendo em conta que o solo arável<br />

disponível é limitado e pouco disperso”, diz.<br />

Segundo Telmo Montenegro, o nosso país<br />

“está dependente de factores externos no que<br />

concerne a produção agrícola, variações de<br />

preços, quotas de produção, financiamentos e<br />

politicas internacionais”. Contudo, acrescenta,<br />

com otimismo, “temos assistido a um interesse<br />

das camadas mais jovens pela agricultura”,<br />

algo que irá trazer-nos, inevitavelmente,<br />

novas abordagens. Aliado ao interesse do país<br />

em evoluir nestas áreas, teremos um futuro<br />

muito interessante”.<br />

O crescimento do setor? Devido à importação<br />

de grandes quantidades de pneus de<br />

merca<strong>dos</strong> fora da UE, “torna-se difícil dar uma<br />

estimativa credível, mas poderemos estar<br />

acima das 50.000 unidades/ano de pneus<br />

convencionais e radiais”. Em relação a estes<br />

últimos, enfatiza, verifica-se uma evolução,<br />

“to<strong>dos</strong> os anos, em detrimento <strong>dos</strong> modelos<br />

convencionais, devido à renovação contínua<br />

do parque de máquinas”.<br />

Telmo Montenegro desvenda alguns critérios<br />

indispensáveis para o cliente na altura de<br />

comprar um pneu agrícola. “Normalmente,<br />

a escolha <strong>dos</strong> pneus está dependente do<br />

tipo de trabalho que o agricultor efetua. Na<br />

grande maioria das vezes, a proximidade do<br />

especialista de pneus agrícolas é usada pelo<br />

agricultor como uma forma de esclarecer<br />

dúvidas e ajudar a encontrar soluções para<br />

os problemas apresenta<strong>dos</strong>”, refere. “<strong>Pneus</strong><br />

com índices de carga suficientes para a sua<br />

operação e com índices de velocidades suficientes<br />

para poderem circular com cargas<br />

na estrada em segurança, são os requisitos<br />

mais procura<strong>dos</strong> e diferenciadores.<br />

Hoje em dia, a procura de pneus que ofereçam<br />

uma boa tração e conforto tanto em<br />

estrada como no campo são cada vez mais<br />

considera<strong>dos</strong>”, esclarece, concluindo. “O nível<br />

de compactação provocado pelo pneu,<br />

fenómeno muito conhecido pelos agricultores<br />

é considerado como vital para uma boa<br />

germinação e produtividade das culturas”.<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 07


Dossier<br />

<strong>Pneus</strong> Agrícolas<br />

Galeria de novidades<br />

O mercado <strong>dos</strong> pneus agrícolas em Portugal dispõe de<br />

várias marcas com soluções distintas para cada tipo de<br />

trabalho. Destacamos a seguir algumas novidades lançadas<br />

recentemente no mercado<br />

BKT AGRIMAX FORCE<br />

Desempenho superior<br />

w A S. José <strong>Pneus</strong> comercializa a gama completa<br />

de pneus agrícolas BKT, que comemorou<br />

na Feira de Essen 10 anos de tecnologia<br />

Radial. O destaque vai para o modelo Agrimax<br />

Force, um pneu radial para tratores de<br />

alta potência. A tecnologia IF, que tem sido<br />

desenvolvida pela BKT, permite aos utilizadores<br />

tirar o máximo de cargas pesadas com<br />

pressões mais baixas em comparação com<br />

um pneu padrão. Isso garante um desempenho<br />

superior, menor compactação do solo,<br />

bem como uma vida mais longa do pneu.<br />

TRELLEBORG TM1000<br />

HIGH POWER<br />

Respeitador do ambiente<br />

w Concebido com recurso à tecnologia Trelleborg<br />

Blue Tire, o novo TM1000 High<br />

Power para rodas motrizes procura redefinir<br />

os padrões da indústria agrícola. Respeitador<br />

do meio ambiente, assume-se como uma<br />

solução ideal para uma agricultura sustentável.<br />

A empresa possui duas áreas de negócio:<br />

Divisão de <strong>Pneus</strong> Agrícolas e Florestais,<br />

desenvolvendo, produzindo e distribuindo,<br />

em todo o mundo, a sua vasta gama de pneus<br />

e rodas completas para máquinas agrícolas<br />

e florestais.<br />

MICHELIN ULTRAFLEX<br />

Trunfo da polivalência<br />

w A Michelin sublinha que os seus produtos<br />

garantem uma rentabilidade ímpar no<br />

trabalho de campo. Entre as suas propostas<br />

de pneus agrícolas, o destaca vai para<br />

a gama Ultraflex, presente em quase to<strong>dos</strong><br />

os segmentos agrícolas. Referência também<br />

para as linhas Axiobib, para tratores de forte<br />

potência; Xeobib para máquinas de média<br />

potência e Cerexbib, para ceifeiras. Todas<br />

elas caraterizadas pela sua grande capacidade<br />

de carga, de resistência ao desgaste e<br />

reduzida compactação.<br />

ALLIANCE FARM PRO 85<br />

Competência israelita<br />

w A Distrityres, importadora da marca<br />

Alliance, não tem dúvidas de que a origem<br />

israelita <strong>dos</strong> pneus que comercializa são um<br />

forte trunfo. São muitos anos de competência.<br />

“Não tem pouco tempo de vida”. Além<br />

disso, sublinha fonte da empresa, a gama<br />

permite assegurar todas as opções possíveis<br />

e imaginárias dentro do segmento de pneus<br />

agrícolas. “Não há nenhuma outra gama mais<br />

completa”. O pneu Alliance Farm Pro 85 e o<br />

Alliance 846 são <strong>dos</strong> produtos melhor referencia<strong>dos</strong><br />

no catálogo da marca.<br />

Já Nuno Pereira, responsável para o<br />

nosso país das marcas Goodyear e Dunlop<br />

olha para o mercado com mais reservas.<br />

“Neste momento, está mais virado para as<br />

marcas budget”, o que dificulta a vida a quem<br />

comercializa produtos premium, como é o<br />

caso da Goodyear. “Desde 2013 que estamos<br />

a perder quota devido à queda do mercado<br />

da agricultura. Falta investimento”, lamenta.<br />

Na sua opinião, “com a agricultura sempre a<br />

cair, o mercado não pode piorar muito mais<br />

do que está”. Alguns subsídios até podem<br />

ajudar determinadas empresas a ultrapassar<br />

os tempos mais agrestes, mas estes têm sido<br />

atribuí<strong>dos</strong> essencialmente a “quem já tem<br />

condições e não tanto ao pequeno agricultor”,<br />

a quem restará apenas o associativismo poderá<br />

servir de apoio. Segundo Nuno Pereira,<br />

entre 2012 e 2013, a queda das vendas de<br />

pneus agrícolas foi de 7%.<br />

“Hoje, o agricultor é <strong>dos</strong><br />

consumidores mais informa<strong>dos</strong><br />

e que procura sobretudo um<br />

especialista no aconselhamento<br />

<strong>dos</strong> seus pneus”<br />

Hélio Fraústo, Michelin<br />

O preço continua a ser a grande questão<br />

para os clientes To<strong>dos</strong> querem “bom<br />

e barato”. O grande agricultor “aposta nas<br />

primeiras marcas, porque, nestas, já sabe<br />

que conseguirá uma obter rentabilidade e<br />

um número de horas de trabalho positivo”,<br />

garante Nuno Pereira. O pior é existirem<br />

“cada vez menos” a apostar nas marcas<br />

premium.<br />

w MAIS MARCAS A DISTRIBUIR JOGO<br />

Sérgio Heleno, responsável da Distrityres,<br />

empresa que importa a marca de<br />

pneus Alliance, faz uma leitura mais otimista<br />

do mercado, que considera estar mais<br />

saudável desde o início do ano, graças ao<br />

“incremento de várias marcas, algo que há<br />

dois anos não acontecia”. Entre premium e<br />

budget. “Abre outras possibilidades e beneficia<br />

a distribuição. Antes estava mais<br />

concentrado. Quando maior for a oferta,<br />

maior será a distribuição pelo mercado”. O<br />

mesmo responsável da Distrityres acredita<br />

que o consumo de pneus agrícolas possa<br />

aumentar se a própria economia nacional<br />

começar a erguer-se. E não encontra<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


“O incremento de várias marcas<br />

no mercado abre outras<br />

possibilidades na distribuição.<br />

Há dois anos estava mais<br />

concentrado”<br />

Sérgio Heleno, Distrityres<br />

grandes ameaças atuais para o setor. “São<br />

tudo oportunidades. Todas as marcas vão<br />

procurar o seu posicionamento. Vamos falar<br />

em qualidade em alguns casos e em preço<br />

noutros. O mercado assim o exige”, sublinha<br />

Sérgio Heleno.<br />

Como uma espécie de jogo. “O consumidor<br />

final pondera entre o preço e o número<br />

de horas de vida do pneu agrícola. O representante<br />

da marca quer ter um produto de<br />

qualidade, mas esbarra, muitas vezes, no<br />

preço. E o revendedor pergunta-se: será que<br />

alguém está a vender mais barato?”, vaticina<br />

o responsável da Distrityres. A empresa tem<br />

um ano e meio de presença no mercado<br />

português e Sérgio Heleno acedita que as<br />

vendas de pneus agrícolas “vão continuar<br />

acrescer. Este é o nosso ano zero”.<br />

Na essência, Manuela Valente, da Dispnal<br />

<strong>Pneus</strong>, não discorda do atrás referido.<br />

Pensa que se trata de um mercado carate-<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 09


Dossier<br />

<strong>Pneus</strong> Agrícolas<br />

PETLAS TA-60<br />

Performance elevada<br />

w A Dispnal <strong>Pneus</strong> comercializa atualmente<br />

várias marcas dentro do setor<br />

agrícola: Petlas, Taurus, Galaxy e Linglong.<br />

Em todas estas gamas, a empresa desta a<br />

capacidade de horas de trabalho, a elevada<br />

tração e ainda o sistema de autolimpeza.<br />

Uma das linhas mais comercializadas é a<br />

do Petlas TA-60 (R-1), um pneu de “ótima”<br />

performance, para ambos os eixos, traseiro<br />

ou dianteiro, dependendo do tamanho do<br />

trator para o qual se destina.<br />

rizado por uma “forte concorrência”. Tanto<br />

em termos de “operadores como de oferta”.<br />

No seu entender, “neste tipo de mercado,<br />

existem diversos operadores e inúmeras<br />

ofertas, ou seja, é possível encontrar um<br />

pneu com vários preços diferentes. Estamos<br />

na Era da Guerra de Preços. Como é óbvio,<br />

também falamos de pneus com preços<br />

consideráveis”. A situação económica do<br />

país e o “estado degradado da agricultura<br />

em Portugal” preocupam Manuela Valente,<br />

apesar de encontrar oportunidades no setor,<br />

assim os seus intervenientes tenham<br />

“capacidade de resposta imediata, preços<br />

competitivos e stock disponível”. Condições<br />

essenciais. A mesma fonte da Dispnal <strong>Pneus</strong><br />

também tem dificuldade em apresentar<br />

números do mercado, mas está ciente da<br />

sua queda em 2013 e da ligeira melhoria<br />

verificada no presente ano. Além disso, hoje<br />

em dia, “basta uma máquina agrícola para<br />

fazer o mesmo trabalho de várias, o que<br />

provoca também a diminuição das vendas<br />

“Temos de aumentar a nossa<br />

produção agrícola, tendo<br />

em conta que o solo arável<br />

disponível é limitado e pouco<br />

disperso”<br />

Telmo Montenegro, Bridgestone<br />

de pneus agrícolas”. No futuro? “A tendência<br />

será crescer a nível da tecnologia radial,<br />

se bem que a nossa procura é superior<br />

em pneus diagonais”. Segundo Manuela<br />

Valente, em Portugal, as vendas do setor<br />

verificam-se essencialmente no Ribatejo,<br />

Alentejo, Trás-os-Montes e Alto Douro.<br />

w AUSÊNCIA DE ESTATÍSTICAS<br />

A dificuldade na obtenção de números<br />

rigorosos sobre o mercado de pneus agrícolas<br />

deve-se, segundo o responsável da<br />

Trelleborg em Portugal, ao facto de se tratar<br />

de uma categoria de produtos composta<br />

BRIDGESTONE VT-TRACTOR<br />

Estreia absoluta<br />

w A Bridgestone já comercializa pneus<br />

agrícolas da Firestone há muito. Mas desde<br />

Maio de <strong>2014</strong> que passou a incluir uma<br />

gama em nome próprio, com a produção,<br />

pela primeira vez, de pneus radiais de elevada<br />

potência: os Bridgestone VT-Tractor.<br />

Trata-se de uma gama que recorre à tecnologia<br />

VI (muito alta deflexão) e que<br />

permite aguentar índices de carga 40%<br />

superiores aos modelos standart. Além<br />

disso, não obrigam a alterar as jantes de<br />

origem.<br />

“A concorrência é forte. Tanto<br />

em termos de operadores<br />

como de oferta. Um pneu tem<br />

muitos preços diferentes. É a<br />

Era da Guerra de Preços”<br />

Manuela Valente, Dispnal <strong>Pneus</strong><br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


“Aumentámos a área de<br />

armazém <strong>dos</strong> pneus agrícolas<br />

para satisfazer os pedi<strong>dos</strong> <strong>dos</strong><br />

nossos clientes, mas o mercado<br />

não está a crescer”<br />

Luis Aniceto, S. José <strong>Pneus</strong><br />

por “variadíssimas classes de caraterísticas<br />

muito diferentes”, o que baralha os<br />

números.<br />

“De qualquer forma”, acrescenta José<br />

Saraiva, “prefiro dizer que, considerando<br />

a totalidade dessas classes, o mercado<br />

pode valer claramente mais de 50 mil unidades,<br />

sendo que a Trelleborg, em média,<br />

terá uma quota muito próxima <strong>dos</strong> 20%”.<br />

Além do mais, os da<strong>dos</strong> estatísticos oficiais<br />

disponíveis, “não nos dão uma ideia real do<br />

mercado”, na medida em que “há alguns<br />

fabricantes que não estão presentes nessa<br />

‘pool’ e portanto adulteram-se os números<br />

com facilidade”, explica o responsável da<br />

Trelleborg.<br />

Comparado o mercado nacional de pneus<br />

agrícolas com a realidade internacional,<br />

José Saraiva conclui que “temos de ter<br />

consciência de que somos um mercado<br />

muito pequeno à escala europeia e mundial.<br />

Na europa, os merca<strong>dos</strong> principais são<br />

a França e a Alemanha, onde a extensão<br />

<strong>dos</strong> terrenos, o tipo de culturas e o nível de<br />

mecanização faz desses merca<strong>dos</strong> um alvo<br />

bastante forte <strong>dos</strong> fabricantes de pneus<br />

agrícolas”, adianta à REVISTA DOS PNEUS.<br />

w PRIORIDADE À AGRICULTURA<br />

Segundo José Saraiva, o nosso país ainda<br />

não atribui a devida importância ao sector<br />

agrícola. O que prejudica a atividade. “O<br />

maior obstáculo em Portugal é que, na<br />

PUB<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 11


Dossier <strong>Pneus</strong> Agrícolas<br />

Janeiro a Setembro <strong>2014</strong><br />

Venda de tratores agrícolas em queda<br />

w As vendas de tratores agrícolas serve de barómetro para<br />

3647<br />

3501<br />

o mercado nacional de pneus agrícolas. Ambos os sectores<br />

estão umbilicalmente liga<strong>dos</strong>.<br />

Analisando os da<strong>dos</strong> mais recentes da ACAP, relativos ao<br />

mês de Setembro de <strong>2014</strong> constata-se que foram matricula<strong>dos</strong><br />

407 tratores agrícolas novos, o que significa um acréscimo<br />

de 6,3 por cento, face ao mesmo mês do ano anterior.<br />

Mas em termos de valores acumula<strong>dos</strong> nos primeiros nove<br />

meses de <strong>2014</strong>, foram matricula<strong>dos</strong> um total de 3.501 tractores<br />

agrícolas novos o que representa um decréscimo do<br />

mercado de 4 por cento, relativamente ao mesmo período<br />

do ano anterior, determinado pelas quedas do mercado <strong>dos</strong><br />

2013<br />

<strong>2014</strong><br />

tratores compactos (-8,6%) e <strong>dos</strong> convencionais (-3,5%). No<br />

1618 1586<br />

período em análise o mercado <strong>dos</strong> tratores especiais cresceu<br />

1441<br />

1290<br />

1,1 por cento, face ao período homólogo do ano anterior.<br />

Quanto à distribuição do mercado de tratores novos por<br />

classes de potência nos primeiros nove meses do ano, os<br />

escalões que vão <strong>dos</strong> 40 aos 88kw representaram 46,2 por<br />

cento do total das matrículas, os escalões até aos 39kw representaram<br />

45,6 por cento e os escalões com mais de 88kw<br />

618 625<br />

representaram 8,2 por cento. Compactos Convencionais Especiais Total<br />

realidade, ainda não consideramos (e refiro-<br />

-me às autoridades oficiais competentes) a<br />

atividade agrícola como realmente prioritária<br />

para o desenvolvimento do país”, lamenta.<br />

Handicap para o mercado é ainda a forma<br />

como é avaliada a rentabilidade de um pneu.<br />

“Nem sempre são coloca<strong>dos</strong> em equação<br />

factores como as questões ambientais, a capacidade<br />

de tração e o consumo de combustível,<br />

factores esses importantíssimos e<br />

que distinguem um bom pneu de um pneu<br />

excelente como é o caso da Trelleborg”, defende<br />

José Saraiva.<br />

Dentro do mercado de pneus agrícolas, os<br />

“mais populares e apetecíveis são, sem dúvida,<br />

os pneus radiais para rodas motrizes,<br />

sobretudo nos tratores de alta potência. No<br />

caso da Trelleborg é uma classe muito importante”,<br />

sustenta José Saraiva, que define como<br />

“muito bom” o contexto atual da empresa.<br />

“A nível central estamos cada vez mais<br />

cooperantes com to<strong>dos</strong> os mais importantes<br />

fabricantes de equipamentos agrícolas,<br />

colaborando no desenvolvimento de novos<br />

produtos”, conta. Em Portugal, assegura,<br />

“estamos muito atentos à especialização<br />

de mercado e a aumentar, to<strong>dos</strong> os anos,<br />

a nossa faturação. O ano <strong>2014</strong> será seguramente<br />

muito bom para nós”...<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 13


Novidades Novos modelos pneus 2015<br />

/////////////////////////////////<br />

Uniroyal RainExpert 3<br />

O novo tubarão das estradas<br />

O RainExpert 3 representa a última geração em pneus de chuva e tem como<br />

principal característica o uso de pele de tubarão no design e estrutura do piso<br />

Inspira<strong>dos</strong> no desenho da pele de tubarão,<br />

os engenheiros da Uniroyal desenvolveram<br />

uma estrutura de superfície com<br />

cortes finos nas saliências <strong>dos</strong> sulcos semelhantes<br />

à pele deste predador, conhecida<br />

por diminuir significativamente o atrito ao<br />

deslocamento.<br />

O RainExpert 3 apresenta igualmente uma<br />

redução do desgaste, da percepção subjectiva<br />

do ruído e da resistência ao rolamento<br />

sem nenhum efeito negativo no desempenho<br />

em piso molhado. Estas características<br />

são asseguradas pelo padrão assimétrico do<br />

piso, que melhora as condições de desgaste<br />

e ruído. Ao mesmo tempo, o nível de aquaplanagem<br />

é mantido graças à estrutura de<br />

sulcos que otimizam o fluxo, a tecnologia<br />

de pele de tubarão e as AquaSipes. Além<br />

disso, o composto do pneu de chuva reduz<br />

a resistência ao rolamento sem produzir nenhum<br />

efeito negativo nas propriedades de<br />

travagem em piso molhado ou seco.<br />

w PADRÃO ASSIMÉTRICO DO PISO<br />

A nova geração da tecnologia do padrão<br />

assimétrico do RainExpert 3 permite um<br />

deslocamento volumétrico mais rápido,<br />

graças ao fluxo livre da água e da tecnologia<br />

pele de tubarão. Estas características<br />

possibilitam uma prevenção mais elevada<br />

da aquaplanagem.<br />

O ombro exterior mais largo com elevada<br />

rigidez lateral proporciona uma elevada<br />

aderência em curva e a rigidez uniforme<br />

<strong>dos</strong> blocos do padrão do piso permitem<br />

um baixo ruído interior ao longo da vida<br />

útil do pneu.<br />

A nova geração de padrões assimétricos do<br />

piso que combinam as vantagens da assimetria<br />

clássica (piso seco) com as <strong>dos</strong> padrões<br />

que otimizam o fluxo de desvio das águas<br />

de forma a evitar o risco de aquaplanagem,<br />

garantem igual desempenho em piso seco<br />

e em piso molhado.<br />

Além disso o padrão assimétrico garante<br />

um desgaste uniforme e diminuiu o nível<br />

de ruído ao longo de toda a vida útil do<br />

pneu, sem nunca perder nenhuma das propriedades<br />

de travagem quer em piso seco<br />

quer em molhado.<br />

Os pneus de chuva também têm que proporcionar<br />

uma elevada aderência em piso<br />

seco para um desempenho com precisão<br />

e distâncias de travagem curtas com baixa<br />

resistência ao rolamento. No RainExpert3<br />

a distribuição otimizada da rigidez <strong>dos</strong><br />

blocos, através da redução da inclinação e<br />

consequente utilização otimizada da área<br />

de contacto do pneu com o solo contribui<br />

para este efeito.<br />

Em <strong>2014</strong>, a Red Dot Design Award atribuiu<br />

o prémio à Uniroyal pelo pneu RainSport<br />

3. O design do pneu, diferente <strong>dos</strong> outros<br />

existentes no mercado e a inovadora tecnologia<br />

baseada na estrutura pele de tubarão<br />

foram decisivos para os cerca de 40<br />

membros do júri.<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


Pele<br />

de tubarão<br />

inspira<br />

engenheiros<br />

w O recurso à Shark Skin Technology (SST)<br />

diminuiu a resistência ao deslocamento e<br />

acelera o desvio da água da superfície de<br />

contacto do pneu.<br />

A tecnologia de pele de tubarão é utilizada<br />

como compensação. Esta tecnologia possuiu<br />

uma estrutura de sulcos otimizada e<br />

AquaSipes, que é utilizada para manter o<br />

nível de aquaplanagem.<br />

O novo pneu apresentado pela Uniroyal<br />

apresenta também uma evolução do desempenho<br />

em pisos secos, que permite<br />

um melhoramento da travagem e nenhum<br />

efeito negativo no desempenho da travagem<br />

em piso molhado.<br />

Tecnologias utilizadas<br />

A alta tecnologia da Uniroyal vai buscar os<br />

seus melhores ensinamentos à natureza. No<br />

RainExpert 3, a estrutura da pele de tubarão<br />

é transferida para os sulcos longitudinais<br />

do padrão do piso, que tem por vantagem<br />

expelir a água de forma muito mais rápida,<br />

graças à menor turbulência da água.<br />

w AQUASIPE<br />

O efeito de otimização do fluxo também<br />

é utilizado pelas AquaSipes. Estas apresentam<br />

como vantagem um deslocamento<br />

mais rápido nos sulcos laterais através do<br />

efeito de aspiração, em pneus novos. Em<br />

pneus com um desgaste de 50%, a tecnologia<br />

AquaSipes permite um alargamento<br />

da secção transversal a fim de contrariar a<br />

menor proteção contra a aquaplanagem<br />

provocada pelo desgaste.<br />

w GENTLE SOUND CONFIGURATION<br />

A fim de obter uma condução o mais<br />

confortável possível, a utilização do Gentle<br />

Sound Configuration (GST) através da<br />

otimização do número de secções, bem<br />

como da estrutura de padrão do piso com<br />

rigidez uniforme, garantindo que se ajustem<br />

diretamente à superfície de contacto com<br />

o solo, produzindo uma emissão de ruído<br />

uniforme e com níveis baixos, ao mesmo<br />

tempo que garante um desgaste regular do<br />

mesmo. A introdução deste novo modelo<br />

Uniroyal garante uma cobertura da marca<br />

ao mercado nacional nas dimensões Jante<br />

≤ 16 de cerca de 97 por cento e de 84 por<br />

cento nas dimensões Jante ≥ 17.<br />

w ULTIMATE FLOW STRUCTURE<br />

A estrutura do padrão do piso optimiza o<br />

fluxo e promove um rápido deslocamento<br />

volumétrico, o que confere uma elevada<br />

segurança em termos de aquaplanagem.<br />

A Ultimate Flow Structure garante ao RainExpert<br />

3 um padrão do piso com sulcos<br />

acentua<strong>dos</strong> e longos com elevado volume,<br />

que optimiza o fluxo e promove um rápido<br />

deslocamento volumétrico. Tal como a tecnologia<br />

pele de tubarão, a Ultimate Flow<br />

Structure apresenta como benefício uma<br />

elevada segurança no que respeita à aquaplanagem<br />

w RAIN TYRE COMPOUND<br />

A tecnologia Rain Tyre Compound permite<br />

a transferência de forças de travagem elevadas<br />

devido a um maior amortecimento do<br />

composto do piso, o que proporciona curtas<br />

distâncias de travagem em piso molhado.<br />

A Rain Tyre Compound possui também<br />

cadeias de polímeros mais estáveis que<br />

reduzem as perdas de atrito. Isto significa<br />

que esta tecnologia tem como benefício<br />

distâncias de travagem curtas em piso seco<br />

e baixa resistência ao rolamento.<br />

w DISTRIBUIÇÃO OTIMIZADA<br />

DA RIGIDEZ DOS BLOCOS<br />

Esta tecnologia possibilita a redução da<br />

inclinação <strong>dos</strong> blocos e a consequente<br />

utilização otimizada da área de contacto<br />

com o solo, dando origem a distâncias de<br />

travagem mais curtas em piso seco e baixa<br />

resistência ao rolamento.<br />

Para que estas características fossem possíveis,<br />

a RainExpert 3 recorreu à nova<br />

geração de padrões assimétricos do piso,<br />

que combinam as vantagens da assimetria<br />

clássica (comportamento em piso seco)<br />

com as <strong>dos</strong> padrões que otimizam o fluxo<br />

(aquaplanagem).<br />

A distribuição otimizada da rigidez <strong>dos</strong><br />

blocos através da redução da inclinação<br />

<strong>dos</strong> blocos e consequente otimização da<br />

área do pneu em contacto com o solo, bem<br />

como recurso ao Rain Tyre Compound<br />

(RTC) – cadeias de polímeros que reduzem<br />

as perdas de atrito – o novo Uniroyal<br />

RainExpert3 garante distâncias de travagem<br />

curta em piso seco e baixa resistência<br />

ao rolamento.<br />

Padrão assimétrico do piso Padrão direcional do piso RainExpert 3<br />

Deslocamentovolumétricolento<br />

devido a maior turbulência<br />

- Prevenção moderada da<br />

aquaplanagem<br />

Ombro exterior largo<br />

com elevada rigidez lateral<br />

+<br />

Rigidez uniforme <strong>dos</strong> blocos do<br />

padrão do piso<br />

Deslocamento volumétrico rápido<br />

graças a fluxo livre de àgua<br />

Prevenção elevada da<br />

aquaplanagem<br />

Ombro exterior mais estreito<br />

com baixa rigidez lateral<br />

Rigidez desigual <strong>dos</strong> blocos do<br />

padrão do piso<br />

- Maior ruído interior ao longo<br />

da vida útil do pneu<br />

Deslocamento volumétrico rápido<br />

graças a fluxo livre de àgua e SST<br />

Prevenção elevada da<br />

aquaplanagem<br />

Ombro exterior mais estreito<br />

com elevada rigidez lateral<br />

Elevada aderência em curva Média aderência em curva Elevada aderência em curva<br />

Baixo ruído interior ao longo<br />

da vida útil do pneu<br />

+ +<br />

-<br />

+ +<br />

+<br />

Rigidez uniforme <strong>dos</strong> blocos do<br />

padrão do piso<br />

Baixo ruído interior ao longo<br />

da vida útil do pneu<br />

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Novidades<br />

Modelos 2015<br />

Michelin Alpin 5 e Latitude 3<br />

Estratégia Total Performance<br />

A Michelin apresentou no Salão Mundial do Automóvel de Paris, o pneu de<br />

inverno de última geração, Alpin 5 e o pneu de altas prestações para SUV, Latitude<br />

Sport 3, ambos concebi<strong>dos</strong> com a filosofia Total Performance<br />

em molhado na etiqueta europeia do pneu,<br />

quando o seu antecessor conseguiu uma “C”.<br />

Existem 42 referências distintas para o pneu<br />

Michelin Alpin 5, da 195/65R15 à 225/55R17.<br />

Aumento da segurança em todas as<br />

circunstâncias, poupança na utilização<br />

e capacidade para acompanhar<br />

as cada vez melhores prestações <strong>dos</strong><br />

veículos que equipam, são algumas das importantes<br />

características que os novos pneus<br />

Michelin reúnem em benefício <strong>dos</strong> seus utilizadores.<br />

w MICHELIN ALPIN 5<br />

O novo pneu Michelin de inverno Alpin 5<br />

beneficia das tecnologias de vanguarda. Uma<br />

afeta o desenvolvimento da “escultura” da<br />

borracha da face de rolamento (em termos<br />

simples, trata-se do desenho da borracha da<br />

banda de rodagem, a única parte do pneu em<br />

contacto com a estrada). A segunda reside na<br />

composição idêntica da borracha da banda.<br />

A Michelin escolheu, pela primeira vez para<br />

uma gama de pneus de inverno, incorporar<br />

elastómeros funcionais na sua composição.<br />

É a Innovative Tread Compound Technology.<br />

O papel destes elastómeros funcionais é<br />

criar um composto de borracha mais homogéneo<br />

com taxas de sílica mais elevadas. Melhoraram-se<br />

assim as prestações de aderência<br />

em molhado e em neve, enquanto se mantém<br />

um bom nível de eficiência energética.<br />

O novo composto de borracha baseia-se<br />

na nova tecnologia Helio Compound de 4ª<br />

geração da Michelin. Esta inovação incorpora<br />

óleo de girassol que permite otimizar o funcionamento<br />

do pneu a baixa temperatura.<br />

O pneu Michelin Alpin 5 obtém, graças ao<br />

conjunto das suas inovações, uma classificação<br />

de “B” nas suas prestações de aderência<br />

Alguns números chave sobre o Grupo Michelin<br />

Fundação: 1889<br />

Implantação industrial: 67 fábricas em 17 países<br />

Número de emprega<strong>dos</strong>: 111.200 em todo o mundo<br />

Centro de Tecnologias: Mais de 6.600 investigadores em três continentes<br />

A escultura da<br />

banda de rodagem<br />

do Alpin 5 possui<br />

lamelas que atuam<br />

como milhares de<br />

pequenas garras<br />

que se engancham<br />

ao solo<br />

(Europa, América do Norte e Ásia)<br />

Orçamento anual para I+D: Mais de 643 milhões de euros<br />

Produção anual:<br />

Fabricam-se cerca de 171 milhões de pneus to<strong>dos</strong> os anos,<br />

vendem-se 13 milhões de mapas e guias em mais de 170 países<br />

e calculam-se mais de 1.200 milhões de itinerários através da ViaMichelin.<br />

Vendas líquidas em 2013: 20.247 milhões de euros.<br />

A nova escultura da banda de rodagem<br />

do pneu Michelin Alpin 5 gera:<br />

Um efeito cremalheira para cortar a neve<br />

e melhorar a resistência ao aquaplaning. O<br />

pneu deixa a sua marca na neve e cria-se um<br />

princípio de engrenagem. Este efeito é conseguido<br />

pela sua escultura direcional muito<br />

recortada e pelas placas de borracha específicas.<br />

A nova orientação <strong>dos</strong> canais laterais<br />

evacuam a água e limitam o aquaplaning.<br />

Um efeito garra para uma melhor tração<br />

em neve. As lamelas atuam como milhares<br />

de pequenas garras que se engancham ao<br />

solo. Isto gera motricidade. E este efeito é<br />

mais eficaz se o número de lamelas for mais<br />

elevado e as suas formas forem especialmente<br />

estudadas.<br />

Desenho e orientação especialmente concebi<strong>dos</strong><br />

para proporcionar uma função autoblocante<br />

é o que oferece a tecnologia Stabiligrip.<br />

Quanto maior é a pegada no solo, melhor é a<br />

aderência. Ora, um pneu deforma-se a cada<br />

volta da roda. Por isso, os técnicos da Michelin<br />

trabalharam sobre desenhos e orientações<br />

especialmente concebi<strong>dos</strong> para conseguir<br />

uma função autoblocante. Isto proporciona<br />

uma maior precisão na condução.<br />

w MICHELIN LATITUDE SPORT 3<br />

O novo pneu Michelin, homologado para<br />

os SUV de prestígio, acaba de sair da fábrica<br />

e já recebeu reconhecimentos pela sua segurança<br />

e pelo seu comportamento dinâmico.<br />

Apresentou-se desta forma o novo Michelin<br />

Latitude Sport 3, um pneu para utilização<br />

100% em estrada para SUV (Sport Utility<br />

Vehicle).<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


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Novidades<br />

Modelos 2015<br />

Sava Cargo 4<br />

Novo pneu de reboque<br />

O novo Cargo 4 complementa a mais recente geração de<br />

pneus para camião Sava, uma das marcas líderes dentro<br />

do portefólio de produtos Goodyear, onde se inclui o pneu<br />

direcional Avant 4 e o pneu de tração Orjak 4<br />

O Michelin Latitude Sport 3 foi desenvolvido para<br />

rolar sobre o asfalto e consegue travar 2,7 metros<br />

antes em molhado do que a geração anterior<br />

Apesar da comercialização no mercado<br />

europeu de substituição ter começado só<br />

no primeiro semestre de <strong>2014</strong>, o novo pneu<br />

Michelin Latitude Sport 3 já foi homologado<br />

pelos mais prestigia<strong>dos</strong> SUV. Entre eles, o<br />

Porsche Macan, cujas vendas na Europa começaram<br />

em abril de <strong>2014</strong>. A BMW, para o seu<br />

X5, fez a mesma escolha e confiou no Michelin<br />

Latitude Sport 3 para garantir o seu contato<br />

com o solo em três dimensões específicas.<br />

Se o pneu Michelin Latitude Sport 3 tem<br />

sido selecionado pelos principais fabricantes<br />

de automóveis para equipar os seus modelos<br />

mais representativos, é porque ele reúne as<br />

prestações mais adaptadas à dinâmica destes<br />

veículos e às mais procuradas pelos seus<br />

utilizadores.<br />

A primeira delas é a segurança. Esta é, ao<br />

mesmo tempo, a exigência fundamental da<br />

Michelin para cada um <strong>dos</strong> seus pneus, um<br />

requisito prévio para o utilizador e um componente<br />

obrigatório para os construtores<br />

de automóveis. Neste ponto, alvo de toda a<br />

prioridade, o novo pneu Michelin Latitude<br />

Sport 3 realiza a façanha de travar 2,70 metros<br />

antes em molhado do que a geração<br />

anterior. Com estas prestações, o pneu traz<br />

durabilidade e contribui para a redução do<br />

consumo de combustível <strong>dos</strong> veículos.<br />

Na linha estabelecida pelos próprios fabricantes<br />

de automóveis, que fazem <strong>dos</strong> SUV<br />

veículos puramente de estrada, o Michelin<br />

Latitude Sport 3 foi desenvolvido para rolar<br />

sobre asfalto. No seu primeiro ano de comercialização,<br />

o novo pneu apresenta-se em 41<br />

dimensões/referências diferentes para ser<br />

capaz de equipar o maior número de SUV,<br />

que já estão em circulação ou que sairão<br />

brevemente das fábricas.<br />

w O novo pneu para reboques Sava Cargo<br />

4, apresenta quatro características chave<br />

melhoradas: versatilidade, aderência ao<br />

piso molhado, durabilidade e capacidade<br />

de recauchutagem.<br />

O desenho da banda de rodagem assegura<br />

uma distribuição equilibrada da pressão,<br />

uma taxa de desgaste baixa e um perfil de<br />

desgaste uniforme. Além disso, a elevada<br />

densidade das lâminas disponibiliza uma<br />

boa travagem em piso molhado e a estrutura<br />

uma menor acumulação de calor garantindo<br />

uma boa durabilidade. O volume<br />

de borracha superior assegura uma excelente<br />

quilometragem. Os blocos rígi<strong>dos</strong><br />

no ombro trazem mais vantagens para<br />

o manuseamento e estabilidade lateral, e<br />

uma ampla zona com lâminas contribui<br />

para uma elevada quilometragem, tração<br />

e travagem superiores. O baixo nível de<br />

ruído e a elevada durabilidade são outras<br />

das vantagens.<br />

O Cargo 4 disponibiliza uma boa tração e<br />

travagem em piso molhado, a par de um<br />

volume usável de borracha superior para<br />

assegurar uma boa quilometragem. Outras<br />

vantagens são a redução de acumulação<br />

de calor (para maior durabilidade),<br />

o desgaste uniforme, a boa resistência a<br />

estragos e danos e uma maior estabilidade<br />

no eixo traseiro de forma a garantir um<br />

melhor manuseamento. O baixo nível de<br />

ruído e a baixa resistência ao rolamento<br />

são igualmente aspetos importantes.<br />

Tal como to<strong>dos</strong> os pneus para camião da<br />

gama Sava existente, o novo pneu Cargo 4<br />

com 385/65R22.5 é reesculturável e graças<br />

ao novo composto da banda de rodagem e<br />

às novas características da carcaça, oferece<br />

uma maior capacidade de recauchutagem.<br />

O Cargo 4 está disponível na medida<br />

385/65R22.5, a mais popular do mercado,<br />

e apresenta-se aos operadores de<br />

frota com quatro grandes melhorias:<br />

oferece uma maior versatilidade, um melhor<br />

desempenho em termos de aderência ao piso<br />

molhado (que se traduz numa maior segurança),<br />

uma maior durabilidade e um nível<br />

superior de capacidade de recauchutagem, a<br />

preços competitivos.<br />

Novo composto banda de rodagem<br />

O novo composto da banda de rodagem<br />

permite uma melhor proteção contra danos<br />

e cortes causa<strong>dos</strong> por pedras, conferindo uma<br />

maior versatilidade. Ao mesmo tempo também<br />

proporciona um desempenho 10% melhor<br />

em termos de aderência ao piso molhado<br />

em comparação com o seu antecessor, conseguindo<br />

a classificação B na etiqueta europeia,<br />

em relação à aderência em piso molhado.<br />

Esta classificação está um nível acima da do<br />

antecessor Cargo C3 Plus, enquanto que, graças<br />

a uma sub camada de proteção, manteve<br />

a classificação C em termos de eficiência do<br />

consumo de combustível e 70 dB no que respeita<br />

ao ruído exterior.<br />

Os resulta<strong>dos</strong> da avaliação interna e das respostas<br />

<strong>dos</strong> clientes comprovam que fornece<br />

um nível elevado de desempenho, incluindo<br />

um desgaste uniforme e baixa resistência ao<br />

rolamento.<br />

Novo composto da banda de rodagem<br />

permite melhor proteção contra danos<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


ContiRe EcoPlus HT3<br />

3ª Geração de Recauchuta<strong>dos</strong> para Reboques<br />

O lançamento no mercado da nova geração da família ContiRe EcoPlus está em andamento,<br />

destinando-se à utilização em grandes distâncias e ao transporte a nível regional<br />

Como acontece com to<strong>dos</strong> os produtos<br />

da terceira geração de pneus<br />

Continental, a nova gama de pneus<br />

tem como base um revestimento<br />

recauchutável de elevada qualidade com<br />

fios de aço reforçado e os pneus são completamente<br />

recauchutáveis.<br />

O ContiRe EcoPlus HT3 é a versão recauchutada<br />

do novo pneu para reboques Conti<br />

EcoPlus HT3. Os seus compostos de borracha<br />

de polímero para bandas de rodagem e paredes<br />

laterais, a sua estabilidade, as correias<br />

do ombro fechadas e o conceito “Padrão<br />

Com Mais Volume” da banda de rodagem<br />

melhoram significativamente a resistência ao<br />

rolamento (com uma diminuição até 26%) e<br />

as capacidades de manobra do novo pneu.<br />

A melhor aderência do novo composto da<br />

banda de rodagem transfere para a estrada<br />

as forças geradas durante a curva e uma elevada<br />

percentagem do binário da travagem.<br />

Além disso, as nervuras em forma de triângulo<br />

na base das ranhuras da banda de rodagem<br />

protegem o pneu do reboque contra a flexão.<br />

O ContiRe EcoPlus HT3 continua a ter todas<br />

as vantagens do novo pneu Conti EcoPlus<br />

HT3, em parte graças ao design de to<strong>dos</strong> os<br />

pneus Continental para veículos comerciais,<br />

em que durante o processo de criação do<br />

produto a recauchutagem já é tida em conta.<br />

w FÁBRICA INOVADORA<br />

Igualmente benéfica é a abordagem da<br />

inovadora fábrica ContiLifeCycle onde a Continental<br />

harmoniza a produção de pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

para camiões e autocarros com a<br />

produção de novos pneus, combinando o uso<br />

de técnicas da produção de pneus novos com<br />

tecnologias aperfeiçoadas de recauchutagem.<br />

O sistema de reciclagem de borracha da<br />

Continental é também um aspeto importante<br />

da fábrica ContiLifeCycle. O pó que é gerado<br />

durante o polimento passa por uma série de<br />

inovadoras etapas de processamento para<br />

que o processo de vulcanização seja invertido.<br />

A borracha reciclada produzida tem uma<br />

qualidade tão elevada que pode ser usada<br />

em compostos para novos pneus. Através<br />

deste processo de reciclagem a quantidade<br />

de desperdícios é reduzida em mais de 80%,<br />

permitindo assim uma grande economia em<br />

termos de CO2.<br />

Tal como to<strong>dos</strong> os pneus para camiões da<br />

Continental, o novo ContiRe EcoPlus HT3 também<br />

tem o revestimento interno patenteado<br />

AirKeep que evita a perda gradual de pressão<br />

de ar. To<strong>dos</strong> os pneus recauchuta<strong>dos</strong> ContiRe<br />

beneficiam das mesmas garantias dadas pelo<br />

fabricante que os pneus novos.<br />

O ContiRe EcoPlus HT3 é a versão recauchutada<br />

do novo pneu para reboques Conti EcoPlus HT3<br />

Fulda Ecotonn 2<br />

Novo pneu da Fulda<br />

para reboques de camião<br />

w O novo Fulda Cargo 4 complementa a mais recente geração de<br />

pneus para camião Sava, uma das marcas líderes dentro do portefólio<br />

de produtos Goodyear, onde se inclui o pneu direcional Avant 4 e o<br />

pneu de tração Orjak 4<br />

A Fulda apresenta o pneu Ecotonn 2 para reboques que substitui<br />

o Ecotonn + e complementa o mais recente gama de pneus<br />

para camiões da Fulda. O novo composto da banda de rodagem<br />

e carcaça otimizada, garantem uma maior quilometragem,<br />

menor resistência ao rolamento, maior durabilidade e<br />

capacidade de recauchutagem em comparação com o seu antecessor.<br />

Disponível na medida mais popular do mercado, 385/65R22,<br />

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Novidades<br />

Modelos 2015<br />

o Ecotonn 2 da Fulda conta com um<br />

novo composto de banda que aumenta<br />

a quilometragem enquanto reduz consumo<br />

de combustível. Em comparação<br />

com o Ecotonn +, o novo pneu para<br />

reboque oferece até 10% mais de quilometragem<br />

e uma redução de 7% da resistência<br />

ao rolamento, resultando num<br />

menor custo por quilómetro.<br />

O desenho da banda de rodagem do<br />

novo pneu é igual ao do seu antecessor,<br />

respeitando as avaliações internas e o<br />

desgaste uniforme e a baixa resistência ao<br />

rolamento.O novo pneu para reboques<br />

disponibiliza até 10% mais quilometragem<br />

e 7% menos resistência ao rolamento<br />

em relação ao antigo pneu Ecotonn +.<br />

Estes benefícios traduzem-se num custo<br />

reduzido por quilómetro. A construção<br />

otimizada da carcaça do Ecotonn 2 melhora<br />

a durabilidade do pneu a longo<br />

prazo. Além disso, a nova construção<br />

da carcaça tem uma subcamada que<br />

possibilita um maior arrefecimento e<br />

uma melhor proteção contra a oxidação,<br />

aumentando a durabilidade. Estas novas<br />

características da carcaça constituem a<br />

principal vantagem do Ecotonn 2.<br />

As restantes classificações permanecem<br />

iguais: B para aderência ao piso molhado<br />

e 70 dB e uma onda para o ruído externo.<br />

O Ecotonn 2 completa a mais recente<br />

gama de pneus para camiões da Fulda,<br />

que agora inclui o pneu direcional Fulda<br />

Ecocontrol 2, o pneu de tração Fulda<br />

Ecoforce 2 e o novo pneu para reboques<br />

Ecotonn 2.<br />

Ovation VI-286 HT<br />

Novo modelo para SUV<br />

A marca asiática Ovation, representada em Portugal<br />

pela Tiresur, acaba de lançar um novo modelo na gama<br />

SUV, denominado VI-286 HT<br />

Estreando um novo composto de sílica, a marca anuncia que o VI-286 HT<br />

melhora substancialmente a tração e a precisão em curva, não descurando o<br />

facto de se apresentar como um pneumático de comportamento silencioso.<br />

Deste modo, a Ovation reforça a sua presença na gama SUV (onde já contava<br />

com o modelo VI-186 HT, disponível em 4 medidas entre jantes 15” e 16”)<br />

com um produto inovador, confortável e com elevada performance, propondo<br />

uma escolha com excelente relação preço/qualidade num segmento de mercado<br />

extremamente competitivo.<br />

Em simultâneo, a Ovation alargou a oferta no modelo de altas prestações VI388<br />

com mais 4 medidas compreendidas entre jantes 16” e 18”, tendo realizado um<br />

pequeno ajustamento na gama para veículos comerciais V-02 com a introdução<br />

de 2 medidas em jantes 13” e 14”.<br />

Com todas as novidades agora enumeradas, a Ovation passa a disponibilizar<br />

para o mercado português mais de 100 medidas entre as suas gamas de turismo,<br />

comerciais, SUV e camião, oferecendo um produto de qualidade por um preço<br />

extremamente competitivo.<br />

Novos pisos Vipal<br />

VRT3, ECO e linha DV<br />

w Destina<strong>dos</strong> ao segmento de transporte<br />

de carga e passageiros, os novos pisos da<br />

Vipal foram recentemente apresenta<strong>dos</strong><br />

ao mercado. O piso VRT3 foi desenvolvido<br />

para pneus radiais e eixos de tração,<br />

que circulam em estradas pavimentadas e<br />

por longas distâncias. O produto destaca-<br />

-se pela tração e respostas rápidas, tanto<br />

em pisos secos como molha<strong>dos</strong>. Quando<br />

comparado com um produto semelhante<br />

da concorrência, apresenta um rendimento<br />

2,6% superior no que diz respeito<br />

aos quilómetros realiza<strong>dos</strong>.<br />

A linha de pisos ECO é produzida com<br />

compostos especiais e desenhos exclusivos<br />

que garantem menor resistência ao rolamento,<br />

menor consumo de combustível e<br />

maior rendimento quilométrico. Ou seja:<br />

ao mesmo tempo que ajuda o transportador<br />

a reduzir o consumo de combustível<br />

até 10%, também preserva o meio<br />

ambiente. Um <strong>dos</strong> produtos de maior<br />

sucesso da Vipal faz parte desta linha: o<br />

VL130 ECO, que se caracteriza pela baixa<br />

resistência ao rolamento, gera menos calor,<br />

garantindo menor fadiga da carcaça,<br />

e também seus ombros arredonda<strong>dos</strong>,<br />

que reduzem os efeitos do arraste lateral.<br />

O portfólio da Vipal conta ainda com outros<br />

produtos da linha DV. São pisos que<br />

possuem desenhos exclusivos, voltadas ao<br />

segmento de transporte de carga e passageiros,<br />

como o DV-UM3, DV-RM, DV-RL<br />

e DV-RT2.<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 21


Mercado<br />

Relatório estatístico ETRMA<br />

/////////////////////////////////<br />

Altos & Baixos<br />

A ETRMA (European Tyre & Rubber Manufacturers’ Association) divulgou o<br />

relatório estatístico de 2013 para o setor <strong>dos</strong> pneus e produtos de borracha nos<br />

28 países da União Europeia. Por entre altos e baixos, há números interessantes<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

A<br />

origem da ETRMA (European Tyre &<br />

Rubber Manufacturers’ Association<br />

– Associação Europeia <strong>dos</strong> Fabricantes<br />

de <strong>Pneus</strong> e Borracha) remonta a<br />

1959, quando associações de fabricantes de<br />

borracha de cinco Esta<strong>dos</strong>-Membros criaram<br />

o BLIC (Bureau de Liaison des Industries du<br />

Caoutchouc). Hoje, o ETRMA, para além de<br />

associações nacionais de sete países e de quatro<br />

membros afilia<strong>dos</strong>, tem como membros<br />

corporativos os fabricantes de pneus Apollo<br />

Vredestein, Bridgestone, Continental, Cooper,<br />

Goodyear Dunlop, Hankook, Marangoni,<br />

Michelin, Mitas, Nokian, Pirelli e Trelleborg.<br />

Juntos, totalizam, na Europa, 90 fábricas, 16<br />

centros de pesquisa e desenvolvimento e<br />

12 sedes.<br />

Ciente de que os da<strong>dos</strong> estatísticos são elementos<br />

importantes para o conhecimento do<br />

setor <strong>dos</strong> pneus, que abarca uma ampla gama<br />

de produtos, muitos deles comercializa<strong>dos</strong><br />

internacionalmente, a ETRMA tem publicado<br />

to<strong>dos</strong> os anos relatórios estatísticos com base<br />

em informações recolhidas junto de várias<br />

fontes, como o Eurostat, LMC, ACEA e International<br />

Rubber Study Group. Num mercado<br />

“ávido” por indicadores estatísticos e números<br />

fidedignos, como é o <strong>dos</strong> pneus, nesta edição<br />

trazemos-lhe os da<strong>dos</strong> mais relevantes que<br />

constam no relatório de 2013 elaborado pela<br />

ETRMA para os 28 países da União Europeia.<br />

w VOLUME DE NEGÓCIO CAIU<br />

Os primeiros da<strong>dos</strong> visíveis no relatório de<br />

52 páginas dão conta que o volume de negócio<br />

do setor <strong>dos</strong> pneus em 2013 foi de 45<br />

mil milhões de euros, ou seja, -2,2% do que<br />

em 2012, que registou 46 mil milhões. No<br />

que aos produtos de borracha diz respeito,<br />

houve um crescimento de 0,6% em 2013<br />

face a 2012 (17,9 contra 17,8 mil milhões de<br />

euros). Quanto à produção de pneus, os números<br />

traduzem um aumento de 2% em 2013<br />

comparativamente a 2012 (4,67 contra 4,58<br />

milhões de toneladas). Analisando o fabrico<br />

de produtos de borracha, verificou-se uma<br />

queda de 1,3% em 2013 face a 2012 (2,57<br />

milhões contra 2,6 milhões de toneladas). O<br />

volume de negócio <strong>dos</strong> fabricantes de pneus<br />

membros corporativos da ETRMA desceu de<br />

28,2 mil milhões de euros em 2012 para 27<br />

mil milhões em 2013, o que correspondeu<br />

uma queda de 4,3%.<br />

Em 2013, o setor <strong>dos</strong> pneus e produtos de<br />

borracha gerou 356.400 empregos diretos,<br />

ou seja, -1% do que em 2012, que registou<br />

360.000. Contudo, o número de empresas<br />

aumentou 1,7% em 2013 face ao ano anterior:<br />

4.270 contra 4.200.<br />

Olhando agora para a balança comercial,<br />

os da<strong>dos</strong> da ETRMA revelam que, em 2013, o<br />

volume total de importações nos 28 países da<br />

União Europeia foi de 9,4 mil milhões de euros,<br />

o que correspondeu a uma queda de 2,1%<br />

face a 2012 (que registou 9,6 mil milhões).<br />

Destes, 6,1 mil milhões disseram respeito a<br />

pneus (-1,6% do que em 2012) e 3,3 mil milhões<br />

a produtos de borracha (-2,9% do que<br />

em 2012). Do lado das exportações, o volume<br />

total, em 2013, foi de 10,12 mil milhões de<br />

euros, o que correspondeu a -1,7% do que em<br />

2012 (que registou 10,3 mil milhões). Destes,<br />

6,02 mil milhões disseram respeito a pneus<br />

(-4,4% do que em 2012) e 4,1 mil milhões a<br />

produtos de borracha (+2,5% face a 2012).<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


Da<strong>dos</strong> gerais 2013 Fonte: ETRMA – EU 27<br />

EMPREGO DIRETO<br />

NÚMERO DE EMPRESAS<br />

VOLUME DE NEGÓCIOS<br />

DO SECTOR<br />

PRODUÇÃO DE PRODUTOS BORRACHA<br />

EM MILHÕES TONELADAS<br />

Produção de pneus<br />

é estimada em<br />

em cada<br />

PRODUÇÃO DE PNEUS EM MILHÕES TONELADAS<br />

da produção<br />

mundial de pneus<br />

fabricantes<br />

globais de pneus<br />

são membros<br />

ETRMA<br />

Representa 65% do volume<br />

de negócio da indústria<br />

mundial de pneus<br />

Em biliões €<br />

w PARQUE AUTOMÓVEL CRESCEU<br />

No que à venda de pneus diz respeito, analisando<br />

todo o documento, não se vislumbram<br />

quaisquer da<strong>dos</strong> relativos a ligeiros de passageiros.<br />

Ao contrário do que acontece com<br />

os pneus para veículos comerciais ligeiros,<br />

cuja venda aumentou 0,4% em 2013 (253<br />

milhões de unidades contra 252 milhões<br />

em 2012). No caso <strong>dos</strong> pneus para veículos<br />

comerciais médios e pesa<strong>dos</strong>, a subida foi<br />

de 10,4% em 2013 face a 2012 (10,6 milhões<br />

contra 9,6 milhões).<br />

O parque de veículos de passageiros na<br />

Europa cresceu 2,5% em 2013 face a 2012<br />

(281 milhões contra 274,2), ao passo que o de<br />

veículos pesa<strong>dos</strong> estagnou nos 4,6 milhões.<br />

O que não deixa de ser curioso atendendo<br />

ao facto de o volume de vendas de novos<br />

modelos ter diminuído. Mas apesar de o parque<br />

automóvel estar a crescer na Europa, tal<br />

como nos EUA, em ambos tudo acontece a<br />

um ritmo bem mais lento comparativamente<br />

ao que se verifica em outras regiões do globo.<br />

Ainda assim, a Europa é quem tem o maior<br />

parque automóvel (317 milhões em 2013,<br />

esperando-se que atinja os 367 milhões em<br />

2025). Segue-se a NAFTA (México, EUA e Canadá),<br />

com 176 milhões em 2013, prevendo-<br />

-se que chegue aos 196 milhões em 2025.<br />

Depois, surge a China (88 milhões em 2013;<br />

299 milhões em 2025), o Leste asiático (81<br />

milhões em 2013; 85 milhões em 2025), a<br />

América do Sul (54 milhões em 2013; 93 milhões<br />

em 2025), o Médio Oriente (41 milhões<br />

em 2013; 70 milhões em 2025), os países do<br />

Sudeste asiático (28 milhões em 2013; 52 milhões<br />

em 2025), a Índia (27 milhões em 2013;<br />

96 milhões em 2025), a Oceânia (16 milhões<br />

em 2013; 21 milhões em 2025) e a África (14<br />

milhões em 2013; 25 milhões em 2025).<br />

w IMPORTAÇÕES EM ALTA<br />

Com 4.670 toneladas de pneus produzidas<br />

na Europa em 2013 (+2% do que em 2012,<br />

que registou 4.580), a Bridgestone liderou<br />

o Top 10 no ano transato, com vendas de<br />

21.573 milhões de euros. Seguiram-se-lhe<br />

Michelin (19.842), Goodyear (14.216), Continental<br />

(9.583), Pirelli (6.116), Hankook (4.947),<br />

Sumitomo (4.840), Yokohama (3.423), Maxxis<br />

International (3.237) e Zhongce Rubber<br />

Group (3.566).<br />

Analisando as vendas europeias de pneus<br />

no mercado de substituição em 2013 para<br />

veículos ligeiros (passageiros e comerciais),<br />

o volume total ficou ligeiramente acima das<br />

250.000 unidades, não chegando às 200.000<br />

unidades contabilizando apenas os membros<br />

da ETRMA.<br />

No caso <strong>dos</strong> pneus para camiões e autocarros<br />

no mercado de substituição, os números<br />

estiveram ligeiramente acima <strong>dos</strong> 10.000<br />

(8.000 nos membros da ETRMA) (Quadro V).<br />

No mercado de pneus para motociclos em<br />

2013, o volume total rondou as 15.000 unidades<br />

(quase 8.000 nos membros ETRMA) e<br />

no segmento agroindustrial o volume foi de<br />

7.000 unidades (cerca de 1.500 nos membros<br />

ETRMA).<br />

No domínio das exportações, em 2013 foram<br />

60 milhões os pneus ligeiros que saíram<br />

da Europa. 25% destinaram-se à NAFTA, 12%<br />

à Rússia e Ucrânia, 21% ao resto da Europa,<br />

8% a África, 4% à América Latina, 4% à China,<br />

11% à Turquia e 15% ao resto do mundo.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 23


Mercado<br />

Relatório estatístico ETRMA<br />

Da<strong>dos</strong> gerais 2013<br />

Fonte: ETRMA, Eurostat, LMC - EU 27<br />

Comerciais ligeiros<br />

Comerciais gama média<br />

Pesa<strong>dos</strong> Ligeiros de passageiros<br />

IMPORTAÇÃO EM BILIÕES €<br />

EXPORTAÇÃO EM BILIÕES €<br />

PARQUE AUTO EM MILHÕES DE UNIDADES<br />

IMPORTAÇÃO EM MILHÕES DE PNEUS<br />

EXPORTAÇÃO EM MILHÕES DE PNEUS<br />

VENDAS DE PNEUS EM MILHÕES DE UNIDADES<br />

INVESTIMENTO EM P&D (PESQUISA &DESENVOLVIMENTO)<br />

(PERCENTAGEM DO TOTAL DE INVESTIMENTOS)<br />

P&D PNEUS<br />

P&D PRODUTOS BORRACHA<br />

Do lado das importações, o volume de<br />

pneus ligeiros foi de 105 milhões. 45% foram<br />

provenientes da China, 9% da Turquia,<br />

11% da ASEAN, 11% da Coreia do Sul, 13%<br />

do resto do mundo, 5% da Rússia e Ucrânia<br />

e 6% do resto da Europa. À exceção <strong>dos</strong><br />

pneus pesa<strong>dos</strong>, onde a Europa exporta<br />

ligeiramente mais do que importa, nos<br />

pneus para motociclos e para o segmento<br />

agroindustrial, as importações também<br />

superam em muito as exportações.<br />

Quanto ao Top 10 das empresas de produtos<br />

de borracha, em 2013 o ranking<br />

colocou em primeiro lugar a Continental<br />

AG, seguindo-se-lhe Hutchinson SA, Freudenberg<br />

Group, Tokai Rubber, Bridgestone<br />

Corporation, NOK Inc., Cooper Standard<br />

Auto, Pinafore Holdings, Trelleborg AB e<br />

Parker-Hannifin Corporation.<br />

Do total de 1.510 toneladas de produtos<br />

de borracha produzidas em 2013 na Europa<br />

(-0,33% do que em 2012, que registou<br />

1.515 toneladas), 785 foram na Alemanha,<br />

330 em França, 223 em Itália e 172 em<br />

Espanha.<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


Produção de pneus na Europa (em toneladas)<br />

e ranking de vendas <strong>dos</strong> maiores fabricantes mundiais<br />

6000<br />

5000<br />

4000<br />

4900<br />

+ 4.1% - 7.1%<br />

5100<br />

4740<br />

- 24.7%<br />

+ 26.1%<br />

4500<br />

+ 6.7% - 4.6% + 2.0%<br />

4800<br />

4580 4670<br />

3000<br />

3568<br />

2000<br />

1000<br />

0<br />

2006<br />

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013<br />

2012 2013 Empresa Sede Vendas 2012 M€ Vendas 2013 M€ Variação<br />

1 1 Bridgestone Japão 24.953 21.573 -14%<br />

2 2 Michelin França 21.044 19.842 -6%<br />

3 3 Goodyear USA 16.333 14.216 -13%<br />

4 4 Continental Alemanha 9.665 9.583 -1%<br />

5 5 Pirelli Itália 6.031 6.116 1%<br />

7 6 Hankook Korea do Sul 4.841 4.947 2%<br />

6 7 Sumitomo Japão 5.768 4.840 -16%<br />

8 8 Yokohama Japão 4.338 3.423 -21%<br />

9 9 Maxis International Taiwan 3.418 3.237 -5%<br />

11 10 Zhongce Rubber Grup China 3.588 3.566 -1%<br />

Membros<br />

ETRMA<br />

w Apollo Vredestein<br />

w Cooper Tires<br />

w Marangoni<br />

w Nokian Tyres<br />

w Bridgestone<br />

w Goodyear Dunlop<br />

w Michelin<br />

w Pirelli<br />

w Continental<br />

w Hankook<br />

w Mitas<br />

w Trelleborg<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 25


Notícias Mercado<br />

Campanha Michelin Verificação de <strong>Pneus</strong> <strong>2014</strong><br />

QUASE METADE DOS PNEUS, com<br />

A Campanha Michelin de Verificação de <strong>Pneus</strong> em Espanha e Portugal <strong>2014</strong>, deixou patente o mais<br />

que preocupante estado da pressão <strong>dos</strong> pneus do nosso parque automobilístico<br />

Esta Campanha<br />

de Verificação de<br />

pneus é a sexta<br />

em Portugal<br />

Campanha Michelin de Verificação<br />

de <strong>Pneus</strong> em Espa-<br />

A<br />

nha e Portugal <strong>2014</strong> decorreu<br />

este ano em 50 estações de<br />

serviço Repsol, entre os dias 13<br />

de junho e 2 de agosto, durante<br />

oito fins-de-semana em ações de<br />

dois dias, sexta-feira e sábado,<br />

com a intenção de consciencializar<br />

os condutores de ambos os<br />

países sobre a importância da<br />

correta manutenção <strong>dos</strong> pneus,<br />

vital para reduzir os acidentes de<br />

trânsito, o consumo de combustível<br />

e as emissões de CO2.<br />

Esta campanha de verificação de<br />

pneus é a quarta realizada em<br />

Espanha e a sexta em Portugal<br />

pelo Grupo Michelin, o que é<br />

mais um exemplo da sua firme<br />

aposta na segurança rodoviária e<br />

no respeito pelo meio ambiente.<br />

Com o arranque desta segunda<br />

edição em colaboração com a<br />

Repsol, ambas as empresas<br />

reafirmam o seu compromisso<br />

para sensibilizar os condutores<br />

sobre a importância de manter<br />

os pneus com uma boa profundidade<br />

de piso e uma pressão<br />

de enchimento correta, aumentando<br />

assim a segurança<br />

nas deslocações por estrada,<br />

especialmente nas datas prévias<br />

às férias do verão, quando aumenta<br />

o trânsito rodado. Nesta<br />

segunda edição, superaram-se<br />

as previsões, atingindo os 13.325<br />

veículos verifica<strong>dos</strong><br />

w QUASE 50% COM BAIXA PRESSÃO<br />

Os da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> nesta edição<br />

da campanha demonstram,<br />

mais uma vez, que circular com<br />

a pressão correta nos pneus não<br />

é ainda um tema prioritário para<br />

uma grande parte <strong>dos</strong> condutores.<br />

Em concreto, 48% <strong>dos</strong> pneus<br />

verifica<strong>dos</strong> (25.520) tinha uma<br />

pressão inferior à recomendada.<br />

Dos mesmos, praticamente a<br />

metade, 49,3% (12.581), estavam<br />

monta<strong>dos</strong> no eixo dianteiro e o<br />

resto, no traseiro.<br />

Indo à categoria em concreto,<br />

<strong>dos</strong> 48.368 pneus de ligeiros que<br />

entraram no estudo quase 48%<br />

(23.151) tinham pouca pressão.<br />

44,12% (1.371) <strong>dos</strong> 3.108 pneus<br />

de 4x4 inspeciona<strong>dos</strong> estavam<br />

também nesta situação, assim<br />

como pouco mais de 55% (1.020)<br />

<strong>dos</strong> 1.844 pneus de comerciais<br />

ligeiros.<br />

w DESGASTE,<br />

DADOS MUITO POSITIVOS<br />

Outro aspeto que se controlou<br />

foi a profundidade do piso,<br />

1,50%<br />

1,34%<br />

2,40%<br />

Ligeiro 4x4 CTA<br />

igualmente importante para a<br />

segurança rodoviária, dada a<br />

sua influência definitiva sobre<br />

a distância de travagem, a aderência<br />

e estabilidade. Contudo,<br />

ao contrário do caso da pressão,<br />

os da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> revelam um<br />

estado mais do que bom do piso<br />

<strong>dos</strong> pneus, com apenas 1,52%<br />

<strong>dos</strong> mesmos abaixo do limite<br />

legal de 1,6 mm.<br />

Dessa pequena percentagem de<br />

pneus desgasta<strong>dos</strong>, 55,6% estavam<br />

monta<strong>dos</strong> no eixo dianteiro<br />

do veículo e o 44,34% restante<br />

no traseiro.<br />

Sobre o total de veículos com<br />

pneus desgasta<strong>dos</strong>, os comerciais<br />

ligeiros são os que registam<br />

uma maior percentagem,<br />

com 2,4% (44 pneus) em mau<br />

estado. De seguida, situam-se os<br />

ligeiros, com 726 pneus e 1,5%.<br />

Finalmente, os 4x4 encerram a<br />

classificação com 1,35% e 42<br />

pneus.<br />

w CRESCENTE<br />

ENVELHECIMENTO DOS VEÍCULOS<br />

Nesta edição da campanha de<br />

verificação de pneus, recolheram-se<br />

da<strong>dos</strong> sobre a antiguidade<br />

do parque automóvel e a<br />

sua distribuição por sexo pela<br />

primeira vez. A amostra deixa<br />

patente o envelhecimento <strong>dos</strong><br />

veículos com uma média de<br />

idade que ascende até quase<br />

aos 9 anos, sendo a faixa compreendida<br />

entre os 5 e 10 anos<br />

a maioritária com 39% do total.<br />

A isto acresce-se um preocupante<br />

28% de veículos com mais<br />

de 10 anos e menos de 15, enquanto<br />

aqueles que têm entre<br />

15 e 20 anos representam 8,5%.<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


baixa pressão<br />

Isto é, quase 37% <strong>dos</strong> veículos<br />

possui uma antiguidade<br />

entre 10 e 20 anos. Este volume<br />

mostra o importante<br />

risco para a segurança<br />

rodoviária que significa a<br />

presença destes veículos<br />

nas nossas estradas.<br />

w MARCAS PREMIUM VS.<br />

RESTO DO MERCADO<br />

Também como novidade<br />

nesta edição, estudaram-se<br />

os da<strong>dos</strong> por marcas, diferenciando<br />

entre marcas premium<br />

e o resto do mercado.<br />

Neste sentido, os resulta<strong>dos</strong><br />

mostram que os veículos<br />

que equipam pneus de primeiras<br />

marcas representam<br />

60,5% (8.062) do total. Por<br />

tipologia, <strong>dos</strong> 12.092 ligeiros<br />

que entraram no estudo,<br />

60,3% (7.291) montava<br />

pneus de primeiras marcas,<br />

assim como 65,4% (508) <strong>dos</strong><br />

4x4 e 57,27% (264) das camionetas.<br />

No ponto sobre<br />

desgaste do piso, só 1,34%<br />

<strong>dos</strong> pneus analisa<strong>dos</strong> eram<br />

de primeiras marcas e 1,8%<br />

de outras.<br />

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Pneurama - reconhecido distribuidor do<br />

mercado português, trabalha com alto<br />

stock de pneus e tem como objetivo<br />

estratégico criar parcerias de longo<br />

prazo com retalhistas.<br />

TORNE-SE<br />

REVENDEDOR<br />

PNEURAMA<br />

CTA<br />

44,7%<br />

55,3%<br />

4x4<br />

55,88%<br />

44,12%<br />

Representante Exclusivo:<br />

Ligeiro<br />

52,14%<br />

47,86%<br />

Pressão correta<br />

Pressão incorreta<br />

CONCLUSÕES<br />

Do estudo realizado pela Michelin e pela Repsol,<br />

podem-se destacar algumas conclusões interessantes.<br />

A mais importante e preocupante é que<br />

quase a metade <strong>dos</strong> condutores circulam com a<br />

pressão <strong>dos</strong> pneus mais baixa do que a recomendada<br />

pelo fabricante do veículo. Esta situação é um<br />

perigo para a segurança rodoviária, pois com uma<br />

pressão baixa aumenta a distância de travagem,<br />

tanto em solo seco como molhado, aumentando<br />

o risco para o condutor e os seus acompanhantes.<br />

Outra conclusão é o fato de que os pneus <strong>dos</strong><br />

comerciais ligeiros possuem condições de manutenção<br />

mais deficiente do que as outras categorias<br />

de veículos, registando da<strong>dos</strong> mais negativos em<br />

pressão e desgaste do piso. Finalmente, merece<br />

destacar-se também que os pneus de marcas não<br />

premium mostram um pior estado de manutenção<br />

que os outros que pertencem a primeiras firmas.<br />

Sociedade Comercial de Importação e Exportação de <strong>Pneus</strong>, Lda<br />

Rua Dr. Mota Pinto, 158 | 4585 - 186 Gandra - Paredes - Portugal<br />

Telf.: +351.224.150.008 - Telem.: +351.917.810.911<br />

www.pneurama.pt | www.facebook.com/pneurama.lda<br />

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Notícias Mercado<br />

Bridgestone lança campanha<br />

de segurança rodoviária<br />

A Bridgestone lançou uma campanha de alto impacto nos<br />

meios de comunicação com a qual pretende contrariar crenças<br />

e comportamentos <strong>dos</strong> consumidores em relação à segurança<br />

<strong>dos</strong> pneus, aumentando o conhecimento relativamente à importância<br />

da escolha de pneus de qualidade, bem como da<br />

sua manutenção regular.<br />

Com pesquisas constantes por novas tecnologias que garantam<br />

qualidade, eficiência, performance e segurança de qualidade<br />

superior, a Bridgestone espera que estas iniciativas tenham o<br />

poder de alterar não só os desenvolvimentos em termos de<br />

produção, como também o comportamento do consumidor,<br />

muitas vezes a variável mais ignorada no que diz respeito à<br />

segurança <strong>dos</strong> pneus.<br />

Novo relatório<br />

de mobilidade<br />

da GOODYEAR<br />

Goodyear lançou o seu relatório<br />

“Mobility of the Future:<br />

A<br />

Smart Fleets and the Future of<br />

the Transport Industry” (Mobilidade<br />

do futuro: Frotas inteligentes<br />

e o futuro da indústria<br />

<strong>dos</strong> transportes) no simpósio da<br />

empresa realizado em Bruxelas,<br />

no passado mês de outubro. A<br />

principal conclusão do relatório<br />

é que as entidades reguladoras<br />

devem desempenhar um papel<br />

ainda mais preponderante no<br />

futuro da indústria de transportes<br />

rodoviários.<br />

O relatório da investigação inclui<br />

novos resulta<strong>dos</strong> e disponibiliza<br />

recomendações dirigidas<br />

aos legisladores europeus a<br />

nível nacional, como incentivos<br />

mais claros para o estabelecimento<br />

de frotas eficientes e<br />

uma maior promoção do rótulo<br />

europeu do pneu para ajudar<br />

a maximizar o seu potencial. A<br />

pesquisa da Goodyear revela<br />

que as entidades reguladoras<br />

deviam desempenhar um papel<br />

mais importante na condução<br />

do futuro da indústria de transportes<br />

rodoviários. 53% <strong>dos</strong> gestores<br />

de frotas favorecem mais<br />

incentivos para frotas ecológicas,<br />

ao passo que 60% favorecem<br />

incentivos para a compra<br />

de pneus eficientes.<br />

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28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


Novidades Bridgestone<br />

no IAA<br />

A presença da Bridgestone no<br />

65º IAA Veículos Comerciais <strong>2014</strong><br />

em Hanover, foi enriquecida com a<br />

apresentação de muitas novidades,<br />

nomeadamente o avançado Sistema<br />

de Monitorização de Pressão de <strong>Pneus</strong><br />

(TPMS) que permite aos proprietários<br />

de frotas de camiões ou autocarros<br />

monitorizarem os níveis de pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus eletronicamente e em<br />

tempo real. Os visitantes do stand da<br />

Bridgestone poderam testemunhar<br />

também, e em primeira mão, como<br />

é que uma combinação de novos<br />

pneus de última geração de alta<br />

performance e pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

Bandag se combinaram para oferecer<br />

aos proprietários de frotas um custo<br />

total de quilómetros significativamente<br />

menor ao longo da vida do pneu.<br />

DEZ ANOS de tecnologia Michelin Ultraflex<br />

N<br />

uma época em que os estu<strong>dos</strong> universitários<br />

quantificam o rendimento e a<br />

produtividade geradas com práticas respeitosas<br />

com o solo, a Michelin celebra o 10º<br />

aniversário da tecnologia Michelin Ultraflex,<br />

uma inovação revolucionária que permite<br />

aos pneus agrícolas um maior respeito ao<br />

solo, graças à sua capacidade para trabalhar<br />

a baixa pressão e, portanto, obter melhores<br />

colheitas.<br />

A tecnologia Michelin Ultraflex responde<br />

a um desafio duplo: evoluir ao ritmo da<br />

maquinaria agrícola para melhorar a produtividade<br />

ao mesmo tempo que protege<br />

os solos. Um estudo recente mostrou que<br />

as melhorias no rendimento agrónomo que<br />

proporciona a tecnologia Ultraflex podem<br />

atingir até 4%. Neste caso, o retorno do investimento<br />

em pneus com esta tecnologia<br />

pode superar 24 %, graças à melhoria do<br />

rendimento <strong>dos</strong> cultivos gerada pela menor<br />

compactação do solo.<br />

Melhorias no<br />

rendimento<br />

atingem 4%<br />

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Notícias Mercado<br />

Bridgestone<br />

apresenta ToolBox<br />

O ToolBox é um sistema de<br />

soluções de software para gestão<br />

de pneus de frotas, de fácil<br />

utilização. Ao permitir uma recolha,<br />

análise e relatório de um vasto<br />

leque de da<strong>dos</strong>, o ToolBox aumenta<br />

significativamente a produtividade.<br />

O conjunto ToolBox oferece acesso<br />

fácil e instantâneo a todo o tipo de<br />

ferramentas e informação relativa a<br />

pneus para maximizar o retorno do<br />

investimento <strong>dos</strong> clientes frotistas<br />

que utilizam pneus Bridgestone nos<br />

seus veículos.<br />

CONTINENTAL produz pneus com Taraxagum<br />

Durante a Feira de Veículos Comerciais IAA<br />

em Hanover a Continental apresentou os<br />

primeiros pneus de teste feitos de um material<br />

inovador a que a empresa chamou Taraxagum,<br />

uma designação inspirada no nome botânico do<br />

dente-de-leão (Taraxacum). A borracha natural<br />

nas bandas de rodagem <strong>dos</strong> pneus de teste<br />

foi totalmente substituída por Taraxagum. Este<br />

importante passo deixa a Continental ainda<br />

mais perto de atingir o seu objetivo de tornar<br />

a produção de pneus mais sustentável e menos<br />

dependente das matérias-primas tradicionais.<br />

A Continental pretende industrializar a borracha<br />

de dente-de-leão e iniciar a produção em série<br />

nos próximos 5 a 10 anos. Os pneus vão ser<br />

testa<strong>dos</strong> na pista de testes Contidrom perto<br />

de Hanover e em Arvidsjaur na Suécia.<br />

O objetivo a longo prazo deste projeto é encontrar<br />

uma solução ecológica, económica e<br />

socialmente viável para a crescente procura<br />

de borracha natural. O dente-de-leão pode ser<br />

cultivado em áreas que não estavam a ser utilizadas<br />

anteriormente em regiões de clima<br />

temperado na Europa que fiquem situadas<br />

perto de fábricas de pneus da Continental.<br />

Isto encurta as rotas de transporte e diminui<br />

o impacto ambiental.<br />

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30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


VIPAL COM novas bandas de rodagem<br />

Vipal Borrachas apresentou novas bandas<br />

de rodagem na 39ª edição do Con-<br />

A<br />

gresso Nacional do Transporte (Colfecar) que<br />

decorreu entre os dias 8 e 10 de outubro,<br />

no Hotel Las Americas, em Cartagena, na<br />

Colômbia. Os destaques foram para a banda<br />

VRT3 e as inovadoras bandas ECO, além de<br />

desenhos exclusivos da linha DV.<br />

A banda VRT3 da Vipal foi desenvolvida para<br />

pneus radiais e eixos de tração, que rolam<br />

em estradas pavimentadas e por longas<br />

distâncias. O produto destaca-se pela tração<br />

e pela resposta, tanto em pisos secos<br />

quanto molha<strong>dos</strong>. Outro destaque neste<br />

evento foi a linha de bandas ECO. Lançada<br />

em 2008, a avançada tecnologia das bandas<br />

ECO é produzida com compostos especiais<br />

e desenhos exclusivos que garantem menor<br />

resistência ao rolamento, menor consumo<br />

de combustível e maior rendimento quilométrico.<br />

Um <strong>dos</strong> produtos de maior sucesso<br />

da Vipal faz parte desta linha: a VL130 ECO.<br />

<strong>Revista</strong> Off Road elege<br />

pneu da Goodyear<br />

Pelo segundo ano consecutivo,<br />

o pneu Wrangler DuraTrac<br />

da Goodyear foi eleito o melhor<br />

pneu off-road pelos leitores da<br />

revista especializada alemã “Off<br />

Road”. Foi o vencedor na categoria<br />

“<strong>Pneus</strong> de tração” na qual<br />

os leitores tiveram que votar<br />

entre 10 candidatos. 
Cerca de<br />

63.000 leitores participaram na<br />

votação para o Prémio Off Road<br />

<strong>2014</strong>. O pneu da Goodyear, que<br />

foi desenvolvido para uso em<br />

terrenos difíceis, recebeu aproximadamente<br />

1/3 <strong>dos</strong> votos. O<br />

pneu foi desenvolvido originalmente<br />

nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> onde<br />

continua a ser produzido atualmente<br />

ainda que também seja<br />

fabricado na unidade de produção<br />

da Fulda, na Alemanha, para<br />

satisfazer a procura de pneus de<br />

diferentes dimensões por parte<br />

<strong>dos</strong> fabricantes europeus. 
 
Os<br />

prémios da revista “Off Road”,<br />

que são entregues desde 1982,<br />

permitem aos leitores eleger os<br />

melhores carros off-road em 13<br />

categorias diferentes, bem como<br />

o pneu com melhor tração.<br />

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Notícias Mercado<br />

Análise ETRMA<br />

Mercado de pneus<br />

mantém-se estável<br />

No acumulado de vendas desde o início do ano até o passado<br />

mês de setembro, to<strong>dos</strong> os segmentos crescem na Europa, menos<br />

o de pneus agrícolas, que se mantém<br />

Michelin desvenda<br />

novidades no Salão<br />

de Paris<br />

A Michelin desvendou no Salão<br />

Mundial do Automóvel que<br />

decorreu em Paris, três novos<br />

pneus e uma tecnologia inédita,<br />

mas também uma iniciativa<br />

inovadora, associada ao seu<br />

departamento de Investigação<br />

e Desenvolvimento: a criação de<br />

um laboratório de utilizações em<br />

estrada aplicado à escala europeia,<br />

que irá permitir a recolha<br />

imediata das informações derivadas<br />

das utilizações reais de 2.800<br />

automobilistas com diferentes<br />

perfis.<br />

O acumulado do<br />

ano continua a ter<br />

resultado positivo<br />

Os da<strong>dos</strong> divulga<strong>dos</strong> pela Associação Europeia<br />

de Fabricantes de <strong>Pneus</strong> (ETRMA),<br />

indicam um terceiro trimestre estável em toda<br />

a europa na venda de pneus de substituição.<br />

Depois de um primeiro semestre mais do<br />

que positivo, os números mantiveram-se<br />

sem grandes alterações no terceiro trimestre,<br />

embora deva ser lembrado que a partir do<br />

verão de 2013, o setor começou a mostrar<br />

uma melhoria notável em todo o continente.<br />

O mercado de pneus de camião estabilizou<br />

no terceiro trimestre deste ano, enquanto o<br />

segmento de pneus para veículos turismo<br />

e motos cresceu 1%. Pior foi a prestação de<br />

pneus agrícolas, que registou uma descida<br />

de 9%.<br />

Embora tenha diminuído o ritmo de crescimento,<br />

o acumulado do ano continua a ter<br />

um resultado positivo em quase to<strong>dos</strong> os<br />

segmentos. Assim, as vendas de pneus de<br />

turismo cobertos acumulam um aumento<br />

de 5%, enquanto a de veículos comerciais<br />

cresceu 6%, e de motos 7%. Os pneus agrícolas<br />

mantêm-se nos mesmos valores de 2013.<br />

Em números totais, de julho a setembro de<br />

<strong>2014</strong> foram vendi<strong>dos</strong> na Europa, 58,4 milhões<br />

de pneus de automóveis de passageiros (788<br />

mil mais que no mesmo período de 2013);<br />

2.550.000 unidades de pneus de camião<br />

(6.000 a menos); cerca de 1.800.000 de motos(16.000<br />

a mais) e 386.000 para tratores<br />

agrícolas (38.000 a menos).<br />

Segundo a ETRMA, este aumento nas vendas<br />

durante os primeiros nove meses do ano, é<br />

devido a um aumento no número de matrículas<br />

na maioria <strong>dos</strong> países europeus.<br />

Goodyear/Dunlop<br />

passa teste pneus<br />

da Auto Express<br />

A Goodyear Dunlop anunciou<br />

que dois <strong>dos</strong> seus produtos alcançaram<br />

os dois primeiros lugares<br />

no reconhecido teste de pneus da<br />

revista britânica Auto Express. O<br />

pneu Dunlop Sport BluResponse<br />

ficou em primeiro lugar e o pneu<br />

Goodyear EfficientGrip Performance<br />

em segundo lugar.<br />

A Auto Express comparou dez<br />

marcas de pneu com a dimensão<br />

205/55 R16 com um índice de<br />

carga de 91 ou 94 e uma classificação<br />

de velocidade de V ou W.<br />

Os testes incluíram travagem em<br />

piso seco e molhado, curvas em<br />

piso molhado, aquaplanagem em<br />

rectas e curvas, resistência ao rolamento<br />

e ruído. 

O pneu Dunlop<br />

Sport BluResponse, que alcançou<br />

o primeiro lugar, teve um desempenho<br />

particularmente bom em<br />

termos de travagem.<br />

32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


CENTRO TESTES GOODYEAR celebra 30 anos<br />

O centro de provas da Goodyear em Mireval, localizado em Hérault, entre Montpellier e Sète, foi<br />

inaugurado sob a designação de Karland em 1974<br />

Nessa altura, era neste circuito que se<br />

disputavam as melhores corridas<br />

de automóveis e de motociclismo. Dez<br />

anos mais tarde, em setembro de 1984,<br />

a Goodyear comprou as instalações.
<br />

Ao longo <strong>dos</strong> anos, a Goodyear gastou<br />

vários milhões de euros em modificações<br />

de longo alcance para adaptar o<br />

centro aos requisitos <strong>dos</strong> testes de desenvolvimento<br />

de pneus. Atualmente,<br />

o centro de testes conta com modernas<br />

instalações com equipamento de medição<br />

de alta precisão e de alta tecnologia<br />

e circuitos de testes seguros em<br />

conformidade com as mais exigentes<br />

normas, em particular aqueles que se<br />

destinam à aprovação e rotulagem<br />

<strong>dos</strong> pneus.<br />

O centro de testes conta<br />

com equipamento<br />

de medição de alta<br />

precisão e tecnologia<br />

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Notícias Mercado<br />

PIRELLI E MASERATI juntas há um século<br />

As raízes da parceria técnica entre as empresas, que se tornaram ícones da indústria automóvel Italiana,<br />

remontam à época em que os pneus Pirelli eram designa<strong>dos</strong> de “Stella Bianca”<br />

De facto, a Pirelli e a Maserati<br />

já foram associadas nas primeiras<br />

décadas do século passado,<br />

quando o oito cilindros<br />

de Giuseppe Campari Maserati<br />

obteve uma esmagadora vitória<br />

no grande prémio de França em<br />

1933.<br />

A parceria que uniu a Pirelli e<br />

a Maserati nas pistas, também<br />

alcançou um profundo impacto<br />

sobre os produtos para a estrada,<br />

com a Pirelli a transformar<br />

o mundo a partir <strong>dos</strong> anos 60,<br />

com a introdução do novo pneu<br />

Cinturato, um nome que ainda<br />

hoje existe.<br />

No início da década de 2000, os<br />

pneus mais emblemáticos da Pirelli<br />

foram designa<strong>dos</strong> de P Zero<br />

e tornaram-se os “pneus das vitórias”,<br />

tal como os seus ilustres<br />

antecessores, tanto na estrada<br />

como em pista. Em 2002, o pneu<br />

P Zero foi aprovado para equipar<br />

os Maserati´s no respetivo<br />

Troféu Maserati. Atualmente,<br />

o mais recente capítulo desta<br />

colaboração de um século foi<br />

escrito pelos atuais modelos<br />

Quattroporte e Ghibli. Estes recentes<br />

Maserati´s são mais uma<br />

vez equipa<strong>dos</strong> com os pneus da<br />

Pirelli, mas ao contrário <strong>dos</strong> seus<br />

antecessores, atualmente os<br />

pneus são concebi<strong>dos</strong> à medida.<br />

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34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


DUNLOP OFERECE até 100<br />

na compra de pneus<br />

De forma a promover a compra<br />

de pneus de gama alta, os clientes<br />

que comprarem dois ou quatro<br />

pneus Dunlop num <strong>dos</strong> pontos de<br />

venda aderentes à nova promoção<br />

da marca receberão um cartão de débito<br />

com valores que vão desde os<br />

20€ aos 100€.

 Quem comprar dois<br />

pneus Dunlop 16” ou menos recebe<br />

20€, quem comprar quatro pneus<br />

nestas medidas recebe 40€. Caso a<br />

aquisição seja de dois pneus de 17”,<br />

recebe 30€, que passam a 60€ se forem<br />

quatro. Os clientes que comprem<br />

pneus de 18’’ ou mais recebem 50€<br />

em cartão, ou 100€, o montante máximo,<br />

caso comprem quatro pneus<br />

com estas medidas. Para saber quais as<br />

oficinas aderentes à promoção, visite<br />

www.dunlop.eu<br />

Trelleborg lança nova APP<br />

A Trelleborg ampliou a sua oferta digital<br />

com o lançamento da sua aplicação “Tire<br />

Efficiency” para utilização em iOS e tablets<br />

Android. Baseado no conceito TOC (Custo<br />

Total da Operação), esta aplicação intuitiva<br />

é fácil de utilizar e mede os benefícios proporcionado<br />

por um conjunto de pneus Trellborg<br />

de um eixo, tanto no que diz respeito<br />

a poupança como em tempo de trabalho.<br />

Desenvolvida especificamente para agricultores<br />

e distribuidores especializa<strong>dos</strong> em<br />

pneus e maquinaria, esta aplicação permite<br />

aos utilizadores selecionar o número de<br />

hectares cobertos, a sua operação específica,<br />

tempo de trabalho e vários outros<br />

parâmetros. Disponível em seis idiomas,<br />

a nova aplicação conta com um desenho<br />

e um interface de utilizador que permite<br />

aos agricultores compartilhar os resulta<strong>dos</strong><br />

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Fabrico de pneus<br />

Evitar escolhas impossíveis<br />

Para criar um novo pneu, não só é necessário inovar, como também dispor de tecnologias<br />

avançadas que permitam levar a cabo a solução para o pneu à escala industrial<br />

Os conflitos com que se confrontam os<br />

investigadores na criação e desenvolvimento<br />

de novos pneus são numeroso.<br />

Há que dar prioridade à travagem em<br />

seco ou em molhado? Travagem em reta ou em<br />

curva? Duração quilométrica ou poupança de<br />

combustível? Robustez ou conforto? A estratégia<br />

consiste em manter uma visão global e ter em<br />

conta todas as exigências <strong>dos</strong> utilizadores.<br />

Quanto maiores são os conhecimentos <strong>dos</strong><br />

fabricantes de pneus, mais se descobrem usos<br />

insuspeita<strong>dos</strong> ou crenças erróneas por parte <strong>dos</strong><br />

automobilistas. Ora, para desenvolver o pneu perfeito,<br />

os engenheiros devem conhecer estes usos,<br />

sem preconceitos, e compreendê-los melhor, para<br />

orientar os trabalhos de investigação para a solução<br />

mais adaptada.<br />

Dois exemplos permitem tirar conclusões importantes:<br />

w w Sete em cada dez acidentes acontecem em<br />

linha reta.<br />

w w Em molhado, nove em cada dez acidentes<br />

têm lugar sobre uma camada de água muito fina.<br />

Estas duas informações, extraídas <strong>dos</strong> trabalhos<br />

do Instituto de Investigação de Acidentes em Estrada<br />

(VUFO) da Universidade de Dresden, põem<br />

em causa os preconceitos solidamente ancora<strong>dos</strong><br />

na sociedade. Estes da<strong>dos</strong> permitem também<br />

compreender melhor a estratégia das marcas que<br />

procuram criar pneus que satisfaçam plenamente<br />

as necessidades <strong>dos</strong> automobilistas.<br />

Conhecer bem as utilizações é para as marcas<br />

condição prévia indispensável para desenvolver<br />

os melhores pneus, aqueles que associam todas<br />

as prestações importantes para os utilizadores.<br />

Esta é a dificuldade. Um automobilista norte-<br />

-americano não conduz da mesma forma que<br />

um europeu ou que um do sudeste asiático. Não<br />

possuem exatamente o mesmo veículo, não circulam<br />

pelas mesmas infraestruturas, não têm a<br />

mesma forma ou maneiras de conduzir, não estão<br />

sujeitos às mesmas regras de trânsito e não<br />

têm de confrontar-se com as mesmas condições<br />

climatéricas. São muitas as especificações que as<br />

marcas têm de ter em conta quando desenvolvem<br />

novos pneus para o mercado.<br />

São muitas as<br />

especificações<br />

que as marcas<br />

têm de ter em<br />

conta quando<br />

desenvolvem<br />

novos pneus<br />

para o mercado<br />

36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


Os 7 passos do processo de fabrico<br />

Processo de criação de um pneu<br />

A Goodyear descreve em sete passos o processo de criação de um pneu: desde o<br />

surgimento da ideia original até à colocação no mercado<br />

Passo 1<br />

Definir os objetivos<br />

de desenvolvimento<br />

Antes de começar o complexo processo de<br />

desenvolvimento <strong>dos</strong> pneus, o qual pode demorar<br />

três anos ou mais, a equipa responsável<br />

pelo marketing de produto avalia o consumidor<br />

e as necessidades <strong>dos</strong> clientes no segmento<br />

correspondente. Leva-se a cabo uma extensa<br />

investigação de mercado em toda a Europa<br />

que visa definir as expectativas específicas <strong>dos</strong><br />

consumidores, identificar as suas preferências<br />

através <strong>dos</strong> diversos merca<strong>dos</strong> e de antever as<br />

tendências futuras.<br />

Uma equipa de engenheiros trabalha em<br />

estreita colaboração com to<strong>dos</strong> os principais<br />

fabricantes de automóveis, incluindo os veículos<br />

ligeiros e comerciais, para avaliar e definir<br />

as necessidades de futuros modelos para criar<br />

um produto que se adeque pontualmente às<br />

especificações exatas.<br />

Também existem diversos requisitos reguladores<br />

estabeleci<strong>dos</strong> a nível mundial, na União<br />

Europeia e, algumas vezes, dentro do próprio<br />

país, que devem ser considera<strong>dos</strong> durante o<br />

desenvolvimento <strong>dos</strong> pneus. Os fabricantes<br />

têm também em conta os critérios <strong>dos</strong> testes<br />

de pneus realiza<strong>dos</strong> pelas revistas do setor automóvel<br />

e pelos clubes de automóveis, porque<br />

a sua avaliação tem uma grande influência na<br />

escolha <strong>dos</strong> consumidores.<br />

O objetivo desta primeira etapa é estabelecer<br />

metas de prestações específicas para o novo<br />

produto. Cada tipo de pneu será centrado nas<br />

diferentes características de funcionamento,<br />

como a eficiência do combustível, aderência<br />

em piso seco e molhado, a sua resistência à<br />

aquaplanagem ou estabilidade em alta velocidade,<br />

entre outros.<br />

Passo 2<br />

O papel <strong>dos</strong> projetistas<br />

Os projetistas estão presentes desde o conceito<br />

inicial, aquando do desenvolvimento, até<br />

à comunicação visual do produto final.<br />

Existem dois tipos de projetistas de pneus que<br />

fazem parte do processo de desenvolvimento<br />

do pneu. O projetista criativo, que se centra<br />

no aspeto da banda de rodagem e das paredes<br />

laterais; e o projetista técnico, focado exclusivamente<br />

nos efeitos de desempenho de um<br />

desenho específico. O projetista criativo tem<br />

em conta as expectativas do consumidor, da<br />

marca, as necessidades do produto e os aspetos<br />

estéticos em geral. O projetista técnico é o<br />

responsável pelo desenho da banda que, com<br />

to<strong>dos</strong> os seus blocos, sulcos e canais, tem um<br />

impacto direto nos critérios de desempenho,<br />

como a aderência, a resistência à aquaplanagem,<br />

o manuseamento e os níveis de ruído.<br />

Para que um desenho tenha sucesso deve oferecer<br />

as seguintes vantagens:<br />

w Desenho técnico funcional<br />

O desenho vem a seguir à funcionalidade. O<br />

rendimento do pneu é <strong>dos</strong> critérios mais importantes<br />

e, portanto, o desenho tem de ser<br />

funcional e contribuir de modo eficaz na consecução<br />

<strong>dos</strong> objetivos globais das prestações<br />

do pneu. Para cada pneu projetado existem<br />

diferentes objetivos de prestações.<br />

w Comunicação de prestações reforçada<br />

Um desenho que reforce a percepção de um<br />

bom funcionamento no que diz respeito à sua<br />

aplicação adiciona pontos na mente do consumidor.<br />

Um pneu de inverno pode expressar<br />

na sua aparência a forma como adere à neve e<br />

um pneu de baixa resistência pode representar<br />

eficiência e ecologia.<br />

w Percepção da qualidade melhorada<br />

Um produto de primeira qualidade necessita<br />

de um desenho homogéneo englobando o<br />

produto no seu conjunto e um maior nível de<br />

detalhes no desenho da banda de rodagem do<br />

pneu. O desenho e os seus detalhes desempenham<br />

um papel chave na aparência final do<br />

produto e definem o que o cliente capta e sente<br />

em relação a um produto.<br />

w Diferenciação incrementada do produto<br />

Serão aplica<strong>dos</strong> desenhos e diferentes características<br />

nos produtos das várias marcas,<br />

que irão circular ao nível da comunicações e<br />

marketing de produto, de forma a assegurar<br />

uma imagem coerente entre os produtos da<br />

mesma marca.<br />

Passo 3<br />

A estrutura:<br />

reforço e estabilidade<br />

são os aspetos chave<br />

A estrutura de um pneu é fundamental no que<br />

respeita às suas prestações e existem muitas<br />

variações determinantes no processo de fabricação.<br />

Isso implica o uso de vários compostos<br />

diferentes e materiais de reforço, tais como o<br />

aço, o poliéster ou as fibras de aramida.<br />

Presentemente, os radiais são os pneus fabrica<strong>dos</strong><br />

a nível global, se bem que os diagonais<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 37


Fabrico de pneus<br />

continuam a ser fabrica<strong>dos</strong> para determinadas<br />

aplicações. Na fabricação de um pneu radial<br />

utilizam-se cabos de aço entrelaça<strong>dos</strong> que se<br />

estendem através do pneu, de modo a que os<br />

cabos fiquem instala<strong>dos</strong> aproximadamente<br />

em ângulo reto relativamente à linha central<br />

da banda de rodagem e paralelos entre si. As<br />

vantagens desta estrutura incluem o prolongamento<br />

da vida da banda, melhor controlo<br />

e níveis mais baixos de resistência à rodagem,<br />

e, desta forma, mais económico ao nível de<br />

combustível.<br />

O processo de fabricação da carcaça é muito<br />

importante no que respeita às prestações<br />

globais do pneu já que pode afetar muitas<br />

das características de rendimento incluindo<br />

o equilíbrio do pneu, a sua força à alta velocidade<br />

e nas curvas, a aderência, a carga e a<br />

resistência à rodagem, a distância de travagem<br />

e o desgaste do piso.<br />

As variações na fabricação da carcaça também<br />

podem ser utilizadas para ajudar a conseguir<br />

um pneu com características exclusivas que o<br />

situem numa posição muito superior, como a<br />

Tecnologia Run Flat que utiliza paredes laterais<br />

reforçadas para suportar o pneu no caso de<br />

perda total da pressão.<br />

Passo 4<br />

O composto e a arte da mistura<br />

A criação do composto de um pneu consiste<br />

em reunir to<strong>dos</strong> os ingredientes requeri<strong>dos</strong><br />

para misturar um lote de composto de borracha.<br />

Cada componente possui uma mistura<br />

diferente de ingredientes de acordo com as<br />

propriedades necessárias para esse componente.<br />

Pode-se comparar com um chef que<br />

mistura os ingredientes de uma receita de<br />

modo que as variações subtis na mistura <strong>dos</strong><br />

mesmos podem levar a resulta<strong>dos</strong> muito diferentes.<br />

Todas as áreas chave do pneu contêm diferentes<br />

compostos e, cada composto, diferentes<br />

ingredientes. Por exemplo, para manter o ar de<br />

um pneu, a camada interior utiliza diferentes<br />

compostos na parede lateral para a estabilidade<br />

e diferentes compostos na banda de rodagem<br />

para outras características, como a aderência<br />

e o manuseamento. Um pneu de automóvel<br />

ligeiro é fabricado até com 25 componentes<br />

diferentes e contém mais de 15 compostos diferentes.<br />

Um engenheiro utiliza mais de 100<br />

materiais diferentes para desenvolver os seus<br />

compostos.<br />

A mistura é o processo de transformar os<br />

ingredientes numa substância homogénea<br />

através de um trabalho mecânico. Podem ser<br />

necessárias até sete etapas para garantir que<br />

os ingredientes sejam incorpora<strong>dos</strong> na ordem<br />

desejada.<br />

Os ingredientes do composto utiliza<strong>dos</strong> e a<br />

forma como são mistura<strong>dos</strong> têm um grande<br />

impacto nas prestações de um pneu. O uso de<br />

ingredientes de primeira qualidade e a seleção<br />

<strong>dos</strong> melhores compostos e misturas são<br />

os aspetos que situam os fabricantes de pneus<br />

premium longe <strong>dos</strong> seus concorrentes mais<br />

baratos.<br />

Passo 5<br />

Fabricar o protótipo<br />

Assim que os componentes, compostos, materiais<br />

específicos e o desenho da banda de rodagem<br />

forem defini<strong>dos</strong>, inicia-se a fabricação<br />

<strong>dos</strong> pneus protótipo para poderem ser testa<strong>dos</strong><br />

nos laboratórios de ensaio e nos veículos. A<br />

equipa trabalha em estreita colaboração com o<br />

departamento de avaliação de pneus para que<br />

os protótipos possam ser testa<strong>dos</strong> num amplo<br />

programa de testes e os resulta<strong>dos</strong> possam ser<br />

envia<strong>dos</strong> de volta à equipa de I+D.<br />

Numa etapa mais avançada do processo de<br />

desenvolvimento, fabrica-se um molde que<br />

permite à equipa testar o novo pneu em toda<br />

a sua extensão.<br />

Os pneus protótipo são feitos à mão e fabrica<strong>dos</strong><br />

em instalações, onde o fabricante de pneus<br />

se certifica de que os diferentes componentes<br />

do pneu são fabrica<strong>dos</strong> de acordo com as especificações<br />

recebidas da equipa de Investigação<br />

e Desenvolvimento.<br />

Os componentes são monta<strong>dos</strong> num tambor<br />

com uma ordem específica e ajustes predefini<strong>dos</strong>.<br />

O produto final deste processo é denominado<br />

pneu verde referindo-se ao seu estado<br />

sem vulcanizar. Este pneu verde é vulcanizado<br />

num molde específico instalado numa vulcanizadora.<br />

Depois, o pneu vulcanizado é inspecionado<br />

a fundo e enviado para o departamento<br />

de testes.<br />

Passo 6<br />

Avaliação do pneu<br />

Os testes constituem uma atividade importante<br />

para a empresa, testando mais de 70.000<br />

pneus por ano nos seus laboratórios com pistas<br />

de testes e nas estradas. Na Europa, a Goodyear<br />

é proprietária de três pistas de testes com instalações<br />

específicas para pôr ao limite os pneus,<br />

situadas em França, Alemanha e Luxemburgo.<br />

Mais de 500 veículos são utiliza<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os<br />

anos para levar a cabo os testes de pneus.<br />

Durante a fase de desenvolvimento do produto,<br />

os pneus da companhia são submeti<strong>dos</strong><br />

a testes rigorosos quer nos tambores de laboratório<br />

quer na pista. Os pneus para necessidades<br />

38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


específicas exigem testes adicionais como no<br />

caso <strong>dos</strong> testes <strong>dos</strong> pneus de inverno na neve,<br />

chuva com neve e em gelo, que são leva<strong>dos</strong><br />

a cabo com temperaturas muito baixas nas<br />

instalações da Finlândia, Suécia, Suíça e Nova<br />

Zelândia. Estes testes específicos são desenvolvi<strong>dos</strong><br />

visando ser utiliza<strong>dos</strong> também nos pneus<br />

comerciais, pneus para camiões e pneus agrícolas.<br />

To<strong>dos</strong> os resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> testes de pneus<br />

são comunica<strong>dos</strong> à equipa de I+D, que tratará<br />

de melhorar as áreas específicas salientadas<br />

pelo departamento de avaliação <strong>dos</strong> pneus.<br />

Passo 7<br />

Industrialização e fabrico<br />

O processo de industrialização visa a criação<br />

de infraestruturas de produção, processos e<br />

equipas para garantir o sucesso do lançamento<br />

de um novo produto, a nível de produção em<br />

massa.<br />

Uma vez estabeleci<strong>dos</strong> os objetivos iniciais de<br />

marketing e a fase de verificação do protótipo<br />

completa, o produto inicia uma fase de extrapolação<br />

de linha. As novas especificações são<br />

aplicadas a toda a carteira de tamanhos e na<br />

fábrica são levadas a cabo testes individuais<br />

de qualificação.<br />

Para um fabricante que opera num mercado<br />

global, supõe a definição, estandardização<br />

e implantação <strong>dos</strong> processos de fabricação<br />

necessários para a produção desse pneu em<br />

particular em cada fábrica com os mesmos<br />

standards de qualidade, oferecendo as mesmas<br />

prestações ao consumidor final. Os responsáveis<br />

pela planificação enfrentam o desafio<br />

diário de antever e planear a quantidade, tipos<br />

e tamanhos requeri<strong>dos</strong> pelo mercado.<br />

Um pneu não é uma peça uniforme de borracha.<br />

Pelo contrário, está fabricado com<br />

diferentes componentes, entre 10 e 20 componentes<br />

com diferentes propriedades. O próprio<br />

processo de fabricação é uma sucessão de<br />

diferentes passos, com operações muito específicas.<br />

Isto inclui a mistura de ingredientes em<br />

proporções muito precisas e sob uma série de<br />

condições de processo muito controladas para<br />

conseguir diferentes compostos de borracha.<br />

Depois vem a preparação <strong>dos</strong> componentes incluindo<br />

os processos de criação de calendários,<br />

extrusão e fabricação do talão. Uma máquina<br />

de montagem reúne to<strong>dos</strong> os componentes e<br />

o processo de vulcanização no molde proporciona<br />

a forma final e as propriedades materiais<br />

finais do pneu. Uma vez finalizado o processo,<br />

os pneus passam por uma série de inspeções e<br />

testes para verificar o cumprimento <strong>dos</strong> standards<br />

de qualidade estabeleci<strong>dos</strong>.<br />

PUB<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 39


Apresentação<br />

<strong>Pneus</strong> Falken<br />

ab tyres I Zona Industrial da Pedrulha, Lote 12, Mealhada, 3050 -183 Casal Comba I Director Comercial: Paulo Santos<br />

Tel.: 231 244 200 I Fax.: 231 244 201 I e-mail: paulo.santos@abtyres.pt<br />

Alta<br />

performance<br />

Os pneus Falken, distribuí<strong>dos</strong> em exclusivo para o mercado português pela empresa<br />

ab tyres, do Grupo Alves Bandeira, destacam-se pelas elevadas prestações<br />

e diversidade de gama<br />

Por: João Vieira<br />

Os pneus Falken, são a mais recente<br />

representação exclusiva da ab<br />

tyres e surgem da necessidade de<br />

oferta de um pneu do segmento<br />

quality, com provas de qualidade inquestionáveis<br />

e a preços altamente competitivos.<br />

Fabrica<strong>dos</strong> pela Japonesa Sumitomo Rubber<br />

Industries (7º maior fabricante mundial<br />

de pneus) os pneus Falken contam no seu<br />

currículo com altas demonstrações da sua<br />

qualidade, especialmente em competição,<br />

como é o caso das 24 Horas de Nürburgring,<br />

onde venceu várias edições.<br />

A gama oferece um leque diversificado de<br />

medidas para os principais segmentos de<br />

Turismo, Comerciais e Todo-o-Terreno.<br />

Nas palavras de Paulo Santos, diretor comercial<br />

da ab tyres, “Representamos em exclusivo<br />

os pneus Falken deste o passado mês de abril,<br />

e o balanço é bastante positivo, porque temos<br />

vindo a perceber que quem já utilizou<br />

a marca recomenda-a e mantém-se fiel. Tem<br />

uma boa imagem e inspira confiança. Os pisos<br />

são muito atrativos e tem uma relação preço<br />

/ qualidade bastante boa.”<br />

Graças à elevada notoriedade da marca<br />

junto do público entusiasta de desportos<br />

motoriza<strong>dos</strong> e de elevadas performances, são<br />

os próprios clientes que procuram a marca e<br />

não o contrário.<br />

“É uma marca que quem experimentou<br />

gosta e é sempre referenciada no sentido<br />

positivo. Não é necessário um esforço muito<br />

grande na venda porque há um reconhecimento<br />

e notoriedade que a marca tem que<br />

dificilmente será apagada da memória das<br />

pessoas”, conclui Paulo Santos.<br />

w Distribuição melhorada<br />

A estratégia de distribuição <strong>dos</strong> pneus<br />

Falken em Portugal está a passar pela escolha<br />

de parceiros preferenciais em vários pontos<br />

do país, que serão responsáveis pela comercialização<br />

da marca na sua zona de influência.<br />

“Vamos entregar a distribuição a clientes<br />

preferenciais nalgumas zonas do país, com<br />

proteção da zona geográfica de cada parceiro<br />

e com outras situações atrativas para cada<br />

um deles, que poderão ser diferenciadas<br />

consuante a importância <strong>dos</strong> parceiros.”, diz<br />

Paulo Santos.<br />

Desde o passado mês de outubro, a empresa<br />

alargou a janela de recepção de pedi<strong>dos</strong>,<br />

ou seja, agora trabalha até às 19H00 e<br />

coloca os pneus em qualquer ponto do país<br />

no dia seguinte, sendo que normalmente<br />

80 a 90% das encomendas são colocadas<br />

na parte da manhã.<br />

No caso de algum modelo não existir em<br />

stock no nosso país, a ab tyre tem a possibilidade<br />

de pedir diretamente ao armazém<br />

central europeu da marca, localizado na<br />

Alemanha, que tem sempre produto disponível.<br />

“Vamos entregar a distribuição <strong>dos</strong> pneus Falken a clientes preferenciais”, diz Paulo Santos, da ab tyres<br />

A gama <strong>dos</strong> pneus Falken oferece um leque diversificado de medidas para os principais segmentos<br />

40 | REVISTA DOS PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


w A marca japonesa Falken existe desde 1983 e pertence à já centenária<br />

Sumitomo Rubber Industries, Ltd. Mas só em Dezembro<br />

de 2008 a marca se estabeleceu na Europa, mais concretamente em<br />

Offenbach am Main, na Alemanha. No ano a seguir, em 2009, foi<br />

efetivamente o período que marcou o arranque da FTE - Falken<br />

Tyre Europe GmbH. Depois, em 2010, começou a atividade de<br />

vendas, que duplicaram em 2011 e, em 2012, fruto da difícil conjuntura<br />

económica que atingiu os consumidores, os resulta<strong>dos</strong><br />

estiverem ligeiramente abaixo de 2011. Mas em 2013, graças, também,<br />

aos novos pneus introduzi<strong>dos</strong> na gama, a FTE aumentou as<br />

suas vendas. Este ano irá estabelecer um novo recorde.<br />

A FTE tem atualmente 66 funcionários, cujo objetivo é melhorar<br />

o serviço para to<strong>dos</strong> os clientes Falken na Europa. Recebe apoio<br />

total da empresa-mãe Sumitomo Rubber Industries em termos<br />

de produtos, performance e suporte técnico, de modo a garantir<br />

os produtos certos para as diversas regiões da europa.<br />

O plano de longo prazo da FTE está definido. O objetivo é<br />

Breve historial da Falken<br />

veja o video em<br />

revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

atingir uma quota de 5% no mercado de substituição na Europa.<br />

Para tal, vai continuar a oferecer bons produtos em to<strong>dos</strong><br />

os segmentos: ligeiros, off road e comerciais. A marca está<br />

também empenhada em aumentar o sucesso nas 24 Horas de<br />

Nürburgring, onde colabora com a Porsche já há vários anos.<br />

Este evento continuará a ser importante para testar os pneus e<br />

aumentar a notoriedade da marca junto do público entusiasta<br />

por desportos motoriza<strong>dos</strong>.<br />

Gama extensa<br />

e variada<br />

Falken oferece uma variedade completa<br />

A para cada necessidade. Desde pneus de<br />

Verão até pneus de Inverno, passando pelos<br />

“all season”. Os pneus Falken são produzi<strong>dos</strong><br />

de acordo com os mais eleva<strong>dos</strong> padrões de<br />

qualidade. To<strong>dos</strong> os módulos de produção<br />

cumprem as certificações ISO 9001: 2000<br />

e ISO/TS 16949:2002. Além disso, dispõem<br />

da certificação ISO 14001 para sistema de<br />

gestão ambiental.<br />

Como se tudo isto não bastasse, a marca<br />

está ainda envolvida na competição: campeonatos<br />

de drift (Reino Unido; Holanda;<br />

Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> da América) e corridas de<br />

resistência (24 Horas de Nürburgring; The<br />

American Le Mans Series; Endurance Racing<br />

Championship Nürburgring).<br />

Azenis FK453 Runflat<br />

w O Azenis FK453 Runflat está disponível<br />

apenas em duas medidas (jantes de 17”,<br />

séries 50 e 45; código de velocidade Y), e<br />

destina-se a equipar veículos <strong>dos</strong> segmentos<br />

D (familiares médios) e E (executivos).<br />

Em 2015, serão lançadas mais cinco medidas<br />

e, em 2016, outras duas. A grande vantagem<br />

deste pneu reside no facto de poder<br />

rolar totalmente sem ar durante 80 km,<br />

a velocidades não superiores a 80 km/h.<br />

Outra característica do novo Azenis<br />

FK453 Runflat é a parede lateral com covas,<br />

que permite dispersar o excesso de calor<br />

que se acumula no pneu, aumentando<br />

a sua durabilidade até 17%. Os recessos<br />

retangulares nessa secção melhoram o<br />

rolamento, causando uma dissipação térmica<br />

mais eficiente.<br />

Sincera SN832 Ecorun<br />

w Disponível em 19 medidas, com jantes<br />

de 13” a 15”, séries 70 a 55 e código de velocidade<br />

T, o Sincera SN832 Ecorun destina-se<br />

a equipar veículos <strong>dos</strong> segmentos<br />

A (citadinos), B (utilitários) e C (familiares<br />

compactos). Com um nível de ruído que<br />

se situa entre 69 e 71 dB, este novo pneu<br />

anuncia etiquetas C e E para o consumo<br />

de combustível e A para o desempenho<br />

em piso molhado. O novo Sincera SN832<br />

Ecorun dispõe de um composto de borracha<br />

otimizado para baixas fricções, que<br />

reduz a acumulação de calor e diminui a<br />

resistência ao rolamento. O contorno arredondado<br />

da carcaça proporciona uma<br />

deformação uniforme em condições de<br />

carga, resultando numa resposta mais precisa<br />

e em melhor estabilidade direcional.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 41


Reportagem 12º ENCONTRO VALORPNEU<br />

//////////////////<br />

Números mágicos<br />

Em 12 anos de atividade, os números da Valorpneu são uma espécie de<br />

magia para a economia, gerando, por ano, 78 milhões de euros para o<br />

Produto Interno Bruto do país. Este ano, o encontro com centros de recolha<br />

e tratamento do SGPU decorreu na ilha de S. Miguel, nos Açores<br />

Por: Jorge Flores<br />

Entre um cozido nas caldeiras naturais<br />

da Lagoa das Furnas e a plantação<br />

de quase mil pinheiros-bravos (para<br />

compensar a eventual poluição gerada<br />

pelo evento), o 12º Encontro da Valorpneu,<br />

decorreu, de forma descontraída,<br />

no idílico cenário da ilha de S. Miguel, nos<br />

Açores, tendo reunido mais de uma centena<br />

de responsáveis de centros de recolha e tratamento<br />

de pneus usa<strong>dos</strong> de todo o país.<br />

Em doze anos de atividade, os números<br />

apresenta<strong>dos</strong> por Climénia Silva são, segundo<br />

palavras da própria, “mágicos”. Basta<br />

ver que, entre 2003 e <strong>2014</strong>, a rede da Valorpneu<br />

conseguiu alcançar o seu primeiro<br />

milhão de toneladas de pneus recolhi<strong>dos</strong> e<br />

valoriza<strong>dos</strong>. “É difícil de imaginar. Um milhão<br />

de toneladas de pneus! Que é isso? É abstrato.<br />

Mas corresponde a uma autoestrada<br />

que atravesse Portugal nos dois senti<strong>dos</strong>,<br />

coberta de pneus com uma altura de 3 metros”,<br />

exemplifica a diretora-geral, para uma<br />

melhor noção <strong>dos</strong> valores.<br />

w ECONOMIA VERDE<br />

Registe-se que, neste “milhão”, estão incluídas<br />

51 mil toneladas de passivo ambiental<br />

(5% do total) e 17 500 toneladas relativas à<br />

Região Autónoma <strong>dos</strong> Açores.<br />

O benefício gerado pelo Sistema de Gestão<br />

de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> (SGPU) da Valorpneu<br />

é facilmente quantificável em termos de<br />

emissões de gases poluentes: evitou um<br />

milhão e quinhentas toneladas de CO2,<br />

além de um consumo energético primário<br />

na ordem de 47 mil TJ.<br />

O contributo do SGPU em termos económicos<br />

também não é pequeno. Por ano,<br />

gerou uma riqueza nacional de 78 milhões<br />

de euros - <strong>dos</strong> quais, 45 milhões de euros de<br />

importações líquidas evitadas. Do ponto de<br />

vista social, a atividade da rede da Valorpneu<br />

refletiu-se na criação de 970 empregos<br />

diretos e 1013 indiretos ou induzi<strong>dos</strong>.<br />

O destino <strong>dos</strong> pneus valoriza<strong>dos</strong> pela rede,<br />

entre 2003 e <strong>2014</strong>, divide-se em várias áreas.<br />

Na cadeia, de resto, existem várias velocidades.<br />

Entre o primeiro milhão de pneus<br />

recolhi<strong>dos</strong> e valoriza<strong>dos</strong>, a “fatia de leão”<br />

continua a pertencer à reciclagem (47,4%<br />

do total), seguida da valorização energética<br />

(29,2%) e da recauchutagem (21,5%). Os restantes<br />

campos da rede são quase residuais:<br />

reutilização (1,1%) e outros (0,8%)...<br />

w MARGEM DE PROGRESSÃO<br />

A evolução da Valorpneu tem sido grande,<br />

tendo conseguido uma abrangência nacional.<br />

“Os números provam-no”, afirmou Climénia<br />

Silva à REVISTA DOS PNEUS. Mas tal<br />

não significa que não exista uma margem<br />

de progressão da rede em determina<strong>dos</strong><br />

campos. Por exemplo, a questão das cargas<br />

realizadas pelos operadores encontram-se<br />

“fortemente condicionadas pelos meios de<br />

carga utiliza<strong>dos</strong>”, sendo pois importante tornar<br />

mais eficiente a questão do transporte<br />

<strong>dos</strong> pneus.<br />

Os “recorrentes erros” de pesagem das cargas<br />

em alguns pneus valoriza<strong>dos</strong> na rede<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


Biosafe<br />

Evolução tecnológica<br />

Climénia Silva mostrou-se muito otimista com os<br />

números da Valorpneu<br />

deverão também, num futuro próximo, ser<br />

alvo de correções dentro do sistema.<br />

Mas existe uma outra preocupação da<br />

responsável da Valorpneu: a dificuldade<br />

nos merca<strong>dos</strong> do granulado de borracha<br />

reciclado de pneus usa<strong>dos</strong>. Um problema<br />

que, defendeu, obrigará a uma “maior eficiência<br />

sobre a tipologia e dimensões do<br />

granulado produzido”.<br />

Alargar a atividade <strong>dos</strong> recicladores aos<br />

produtos finais que incorporam o granulado<br />

e incentivar (e tornar obrigatória, se<br />

possível...) a utilização de material reciclado<br />

de pneus nas obras é outro <strong>dos</strong> objetivos.<br />

Para a Valorpneu, seria ainda desejável que<br />

os pneus usa<strong>dos</strong> utiliza<strong>dos</strong> como combustível<br />

pela indústria cimenteira, fossem em<br />

parte considera<strong>dos</strong> como valorização material<br />

contando para a meta de reciclagem,<br />

uma vez que os materiais que os compõem<br />

vão enriquecer o cimento produzido.<br />

Segundo Climénia Silva, algo que também<br />

não tem corrido de feição em todo o processo<br />

de valorização <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> é o<br />

funcionamento do mercado final <strong>dos</strong> produtos.<br />

“Há que ganhar mercado. E esse processo<br />

tem sido muito lento. Não temos aqui um<br />

produto com valor, não temos ouro, não<br />

temos cobre... Com esses produtos é mais<br />

fácil. Isto é borracha e é preta. Então é preciso<br />

trabalhar muito o produto para que ele<br />

ganhe um valor. Para que seja competitivo,<br />

descontaminado. Há todo um processo para<br />

chegar a um granulado, descontaminado,<br />

e para que este possa competir com outros<br />

produtos. É uma busca constante. E é por<br />

isso que apoiamos diversos projetos na<br />

w Nascida em 1994, no universo do Grupo<br />

Auto Sueco, a Biosafe – Indústria de Reciclagem<br />

foi um <strong>dos</strong> pontos de recolha e<br />

tratamento de pneus usa<strong>dos</strong> presente no<br />

12º Encontro da Valorpneu, nos Açores. Na<br />

sua génese, a empresa tratava apenas <strong>dos</strong><br />

pneus dentro grupo. Mas, em 1997, ganhou<br />

nome próprio e uma fábrica em Ovar.<br />

A sua evolução em termos tecnológicos<br />

tem sido uma constante e a garantia de<br />

sucesso. “A Biosafe era, basicamente, até<br />

há três anos, uma empresa recicladora,<br />

produzindo granulado de borracha para<br />

várias utilizações, sobretudo para a área<br />

desportiva. Desde então, apostámos no<br />

desenvolvimento e na execução de novos<br />

produtos”, revelou José Carvalho, diretor<br />

executivo da empresa à REVISTA DOS<br />

PNEUS.<br />

A Biosafe dispõe agora de quatro áreas de<br />

produção, apesar de a linha de granulação<br />

continuar a ser a base do negócio. Conta<br />

com linhas de coloração, de montagem e<br />

de extrusão, transformando o granulado<br />

em produtos finais, “sempre com a ideia de<br />

que não queremos concorrer com os nossos<br />

clientes – nacionais ou internacionais.<br />

“É uma questão de cooperação”...<br />

Nos últimos tempos, a empresa cresceu das<br />

seis mil toneladas de produção, por ano,<br />

para as 15 mil toneladas que fazemos agora.<br />

Tudo devido à aposta tecnológica.<br />

“No nosso portfólio de equipamento já há<br />

robots que fazem determinadas operações,<br />

enquanto era tudo praticamente manual na<br />

altura”, adiantou o responsável.<br />

No final do ano, a empresa terá concluído<br />

um investimento de 3,4 milhões de euros<br />

iniciado em 2012. “São tudo passos da<br />

vivência de uma unidade deste tipo. Das<br />

duas uma: ou evoluímos ou morremos.<br />

São investimentos muito pesa<strong>dos</strong>. Qualquer<br />

coisa que se discuta representa meio<br />

milhão de euros”.<br />

Foram perto de uma centena os responsáveis de centros de recolha e tratamento da rede Valorpneu<br />

a marcarem presença no evento. As atividades lúdicas foram muitas e passaram pela plantação de<br />

árvores, para compensar os eventuais prejuízos ambientais do encontro...<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 43


Reportagem 12º ENCONTRO VALORPNEU<br />

////////////////////////<br />

Hélder Pedro,<br />

secretário-geral<br />

da ACAP, foi o<br />

moderador do<br />

debate<br />

área de investigação e desenvolvimento.<br />

Só assim é que conseguimos criar sustentabilidade<br />

e garantir aqui o futuro”, adiantou<br />

a diretora-geral da Valorpneu.<br />

w LACUNAS LEGAIS<br />

Entre as “pedras” na engrenagem do SGPU<br />

está também a falta de um enquadramento<br />

legal que permita uma visão estratégica de<br />

forma a desenvolver ainda mais a atividade,<br />

nomeadamente em termos da “prorrogação<br />

da licença publicada com atraso e por perío<strong>dos</strong><br />

trimestrais”. As propostas da Valorpneu,<br />

neste sentido, passam pela agilização do<br />

processo do novo licenciamento da EG e<br />

pela “prioridade à estabilidade do SGPU”,<br />

bem como pela necessidade de “harmonizar<br />

os objetivos de gestão com a maioria <strong>dos</strong><br />

países da UE e com o contexto do mercado<br />

(eliminar a meta da recauchutagem e flexibilizar<br />

a meta da reciclagem)”.<br />

Em tudo o resto, Climénia Silva gosta de<br />

citar Ewan Scott, jornalista da revista Tyre<br />

and Rubber Recycling: “If it ain´t broke, don´t<br />

fix it” (não conserte o que não está partido).<br />

Por outras palavras, não se deve alterar no<br />

sistema o que funciona bem.<br />

Ribeiro & Filhos, Prémio Desempenho <strong>2014</strong><br />

Capacidade de transporte como trunfo<br />

w A Ribeiro & Filhos foi a empresa distinguida<br />

com o Prémio Desempenho <strong>2014</strong>,<br />

como o melhor ponto de recolha e tratamento<br />

de pneus usa<strong>dos</strong> da rede Valorpneu.<br />

Esta foi a segunda vez que a empresa<br />

de Coruche recebeu o galardão. “Receber<br />

este prémio significa muito, é fruto do nosso<br />

trabalho, da enorme dedicação que temos<br />

enquanto ponto de recolha”, adiantou José<br />

Ribeiro, gerente da casa criada pelo seu pai<br />

há 30 anos.<br />

A funcionar como centro de recolha desde<br />

2006, a Ribeiro & Filhos considera que os<br />

pontos fortes da empresa são a qualidade da<br />

recolha e da triagem, mas, essencialmente, a<br />

sua capacidade de transporte. “Em termos<br />

de pneus, não existe no país quem tenha<br />

maior”, disse, acrescentando: “estamos a falar<br />

de 120 metros cúbicos. Em pneus ligeiros<br />

são cerca de 25 toneladas por camião. A<br />

média anda pelas 10, 12 toneladas”. Graças<br />

a esta capacidade de transporte, a empresa<br />

obtém uma redução significativa <strong>dos</strong> seus<br />

custos por viagem. Além de contribuir, com<br />

isso, para um melhor ambiente.<br />

A saúde financeira da empresa também<br />

se aconselha. E apesar <strong>dos</strong> efeitos da crise,<br />

das casas que fecharam, e das reduções nas<br />

compras das “sobreviventes”, José Ribeiro<br />

sente que a sua empresa tem passado a sua<br />

mensagem entre os clientes. Os negócios<br />

têm acontecido. “Somos uma empresa que<br />

mexe, em média, entre 600 a 700 toneladas<br />

mensais. Isto prova que o cliente é bem<br />

servido e que passa a palavra”, assegurou o<br />

responsável.<br />

Destes encontros com os restantes pontos<br />

de recolha e tratamento, José Ribeiro retira<br />

muitos conhecimentos. “Dá para comunicarmos<br />

com outros pontos de recolha, para<br />

termos o feedback deles. Tentamos ensinar<br />

e aprender um pouco com to<strong>dos</strong> eles”...<br />

O almoço?<br />

Um cozido tirado diretamente do vapor das Furnas!<br />

A empresa<br />

Ribeiro & Filhos<br />

foi a vencedora<br />

do Prémio<br />

Desempenho<br />

<strong>2014</strong><br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 45


Avaliação obrigatória Mégane R.S. 275 Trophy<br />

//////////////////<br />

Massa de ar quente<br />

Não foi feito para andar devagar. Detesta estar parado num semáforo vermelho ou<br />

numa fila de trânsito. Tem o condão de alternar sorrisos de prazer com expressões de<br />

pânico. A nova série limitada do Mégane R.S. dá pelo nome de 275 Trophy e produz<br />

uma massa de ar quente<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Nos últimos quatro anos, a Renault<br />

tem lançado no mercado,<br />

ao ritmo de uma por ano, séries<br />

limitadas para o Mégane R.S. Tudo<br />

começou em 2011 com o Trophy. Seguiu-<br />

-se-lhe os Red Bull Racing RB7 (2012) e Red<br />

Bull Racing RB8 (2013). Agora, foi a vez do<br />

275 Trophy. Comercializado em 20 países<br />

(Portugal incluído), oferece mais 10 cv do<br />

que o Mégane R.S. “normal”, dispõe de uma<br />

decoração mais exuberante, conta com<br />

escape Akrapovič, é vendido com pneus<br />

específicos e recebeu molas e amortecedores<br />

deriva<strong>dos</strong> da competição. Para o<br />

nosso país, estão disponíveis 11 unidades,<br />

incluindo a que figura nestas páginas, que<br />

pertence ao importador da marca francesa<br />

e ostenta o N.° 0007.<br />

w FEBRE AMARELA<br />

Vistoso, musculado, apelativo. A cor<br />

amarela não só provoca febre a quem a<br />

observa, como assenta-lhe muito bem. Face<br />

ao Mégane R.S. “convencional”, a série limitada<br />

275 Trophy distingue-se pela lâmina<br />

dianteira em cinzento platina com sticker<br />

“Trophy”, pelo stripping lateral “Trophy”<br />

também em cinzento platina, pela placa<br />

numerada e dotada da inscrição “Trophy”<br />

nas soleiras das portas, pela linha de escape<br />

Akrapovič em titânio e pelas jantes<br />

“Speedline” pretas de 19” com onze raios.<br />

O deflector no topo do óculo posterior, o<br />

difusor traseiro, as luzes diurnas de LED, as<br />

pinças de travagem vermelhas e o preto<br />

lacado aplicado nos puxadores das portas e<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


Tal como o exterior, o habitáculo transpira<br />

agressividade por to<strong>dos</strong> os poros. O<br />

equipamento é extenso e o posto de<br />

condução ótimo<br />

zento, o grafismo branco <strong>dos</strong> mostradores,<br />

o punho da caixa Zommac, as inserções a<br />

imitar fibra de carbono nas portas e tablier<br />

e os cintos de segurança e friso do tablier<br />

de cor vermelha, traduzem toda a vocação<br />

do melhor Mégane de produção em série<br />

da atualidade.<br />

Ao posto de condução ótimo, junta-se<br />

uma qualidade convincente, um espaço<br />

interior de bom nível e uma bagageira que<br />

oferece um volume amplo, ainda que dificultado<br />

pela elevada altura do pára-choques.<br />

Além do teto panorâmico em vidro<br />

(fixo), apenas a câmara de marcha-atrás e<br />

o pneu sobressalente de dimensões reduzidas<br />

(substitui o kit de reparação de furos)<br />

consistem nas únicas opções disponíveis.<br />

nas caixas <strong>dos</strong> retrovisores são os restantes<br />

adereços que completam o visual apelativo.<br />

Por dentro, o Mégane R.S. 275 Trophy também<br />

transpira agressividade por to<strong>dos</strong> os<br />

poros. O volante de três braços em “mousse”,<br />

com costura vermelha no ponto “0”,<br />

tem uma pega excelente. Os bancos Recaro<br />

revesti<strong>dos</strong> em pele e Alcântara, decora<strong>dos</strong><br />

com costuras vermelhas e logótipo Renault<br />

Sport, proporcionam um encaixe perfeito.<br />

Os pedais e apoio para o pé esquerdo em<br />

alumínio, o conta-rotações com fundo cin-<br />

w STREET RACER<br />

Para além da imagem, do estatuto e das<br />

aptidões dinâmicas, outro <strong>dos</strong> ex-líbris do<br />

Mégane R.S. 275 Trophy diz respeito ao<br />

R.S. Monitor 2.0, anunciado como o mais<br />

completo sistema de telemetria montado<br />

de fábrica num automóvel de produção<br />

em série. Ao estar incorporado no R-Link<br />

(tablet que dispõe das funções multimédia,<br />

navegação, rádio, telefone, audiostreaming<br />

Bluetooth, entradas para aparelhos portáteis<br />

e serviços online), o R.S. Monitor 2.0 beneficia<br />

da amplitude conferida pelo ecrã de 7”<br />

em 3D, operado através de comando tátil<br />

ou do joystick colocado na consola central.<br />

Os grafismos, as cores, mas também as múltiplas<br />

informações e funções, marcam uma<br />

evolução em relação à anterior versão do<br />

R.S. Monitor. Basta premir o botão que tem<br />

uma bandeira de xadrez para ter-se acesso a<br />

uma panóplia de informações. Como se de<br />

um jogo de consola se tratasse. Eis algumas:<br />

temperatura da água, do óleo do motor e<br />

da caixa de velocidades; binário; potência;<br />

admissão do ar; combustível; ângulo do volante;<br />

pressão do turbo; diagrama “G”; funcionamento<br />

do diferencial; cronómetro.<br />

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Avaliação obrigatória<br />

Continental ContiSportContact 5 P<br />

Tecnologia Black Chilli<br />

w Em vez de estar equipado com uns Pilot Sport Cup 2, desenvolvi<strong>dos</strong><br />

pela Renault Sport em parceria com a Michelin especificamente para este<br />

modelo, o Mégane R.S. 275 Trophy que a REVISTA DOS PNEUS testou<br />

vinha “calçado” com uns Continental ContiSportContact 5 P. Dotado<br />

de blocos centrais sóli<strong>dos</strong> e assimétricos, recorre a ombros exteriores<br />

flexíveis que, em conjunto com esses blocos centrais rígi<strong>dos</strong>, asseguram<br />

uma adaptação perfeita do pneu à superfície da estrada.<br />

Outro <strong>dos</strong> seus ingredientes diz respeito à tecnologia Black Chilli: composto<br />

especialmente desenvolvido com recurso a um tipo de carbono<br />

negro utilizado na competição. O que assegura um processo de aquecimento<br />

rápido e uma elevada estabilidade. Os polímeros do composto<br />

estão reforça<strong>dos</strong> com nanopartículas, tornando-os extremamente flexíveis.<br />

Além disso, proporcionam mais pontos de contacto com a estrada,<br />

melhorando a aderência e a estabilidade. Adicionalmente, resinas<br />

especiais de aderência tornam ótima a ligação ao piso seco e molhado,<br />

permitindo distâncias de travagem mais curtas.<br />

Mégane R.S. 275 Trophy<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

4 cilindros em linha,<br />

transversal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1998<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

82,7x93,0<br />

Taxa de compressão 8,6:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 275/5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 360/3000-5000<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção eletrónica multiponto<br />

Sobrealimentação<br />

turbo + intercooler<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

dianteira c/ diferencial<br />

autoblocante + ESP<br />

Caixa de velocidades<br />

manual de 6+ma<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica variável)<br />

Diâmetro de viragem (m) 11,05<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (340)<br />

Traseiros (ø mm) discos maciços (290)<br />

ABS<br />

sim, com EBD+BAS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

McPherson c/ triângulos inferiores<br />

Traseira<br />

eixo semi-rígido<br />

Barra estabilizadora frente/trás sim/não<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 255<br />

0-100 km/h (s) 6,0<br />

Consumos (l/100 km)<br />

Extra-urbano/Combinado/Urbano 6,2/7,5/9,8<br />

Emissões de CO2 (g/km) 174<br />

Nível de emissões Euro 5<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Cx 0,34<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4299/1848/1435<br />

Distância entre eixos (mm) 2636<br />

Largura de vias frente/trás (mm) 1546/1547<br />

Capacidade do depósito (l) 60<br />

Capacidade da mala (l) 344-991<br />

Peso (kg) 1376<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 5,0<br />

Jantes de série<br />

8 1/2Jx19”<br />

<strong>Pneus</strong> de série<br />

Michelin Pilot Sport Cup<br />

2, 235/35ZR19<br />

PNEUS UNIDADE TESTADA<br />

Continental ContiSportContact 5 P, 235/35ZR19 91Y XL<br />

Imposto Único Circulação (IUC) €249,48<br />

Preço (s/ despesas) €44 150<br />

unidade testada €44 150<br />

Mas o que torna este modelo tão especial<br />

são as suas aptidões dinâmicas. A<br />

começar nas performances explosivas<br />

do motor turbo de 2,0 litros com 275 cv<br />

e acabar no pack chassis Cup, que integra<br />

diferencial autoblocante. Passando,<br />

claro está, pela sonoridade viciante da<br />

linha de escape em titânio (desenvolvida<br />

pela Renault Sport em parceria com a<br />

Akrapovič), pelos travões Brembo e pelos<br />

amortecedores Öhlins Road & Track<br />

de uma via (reguláveis), que trabalham<br />

em íntima colaboração com molas em<br />

aço. Uma evolução técnica que deriva<br />

da competição, mais concretamente do<br />

Mégane N4.<br />

Com uma estabilidade digna de elogios,<br />

o Mégane R.S. 275 Trophy tem aderência<br />

e motricidade excecionais. A direção é<br />

precisa e comunicativa, permitindo no-<br />

táveis inserções do eixo dianteiro em<br />

curva. Quanto aos travões, são eficazes.<br />

O comando da caixa? Rápido. E a suspensão<br />

extremamente firme faz com que se<br />

sintam todas as pedras. O Mégane R.S.<br />

275 Trophy é <strong>dos</strong> melhores desportivos<br />

de tração dianteira que existem. Mesmo<br />

à chuva. O botão R.S. permite selecionar<br />

o controlo de estabilidade para o modo<br />

Sport ou até mesmo desligá-lo.<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 49


Em estrada Por:<br />

Jorge Flores<br />

//////////////////<br />

Citroën C1 Airscape 1.0 VTi Feel Edition<br />

Feito à medida<br />

w Que ninguém se deixe enganar pelo tamanho<br />

do Citroën C1, testado, nesta edição<br />

com o motor 1.0 VTi de 68 cv e carroçaria<br />

de cinco portas. O visual é, todo ele, personalizável.<br />

Neste caso, o vermelho (Sunrise<br />

Red), empresta-lhe um aspecto trendy,<br />

mas é essencialmente devido ao Airscape<br />

que esta versão mais se destaca. Quem resiste<br />

a uma capota de lona vermelha, que,<br />

para mais, quando aberta, não faz grande<br />

barulho?<br />

Nesta evolução, o C1 disponibiliza mais espaço<br />

para os ocupantes, graças a um inteligente<br />

aproveitamento do espaço para quatro<br />

ocupantes. O interior é jovem, como o provam<br />

os muitos pormenores colori<strong>dos</strong> nos<br />

bancos e plásticos (alguns de qualidade mais<br />

discutível) do tablier.<br />

A bagageira tem agora uma capacidade<br />

de 196 litros e pode chegar aos 780 litros<br />

caso se rebatam os bancos traseiros. Um<br />

aumento de 40% da capacidade que se<br />

explica pelos 3 cm que o C1 ganhou em<br />

comprimento.<br />

O C1 viu ainda serem-lhe revistas as suas<br />

ligações ao solo e ganhou novos amortecedores,<br />

suspensão, barra anti-rolamento e<br />

direção assistida elétrica. Tudo com reflexos<br />

no conforto em viagem. O motor 1.0 VTi de<br />

68 cv às 6000 rpm é económico, não indo<br />

além <strong>dos</strong> 3,6 l/100 km em ciclo combinado.<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

3 cil. em linha,<br />

transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 998<br />

Potência máxima (cv/rpm) 68/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 96/4800<br />

Velocidade máxima (km/h) 155<br />

0-100 km/h (s) 14,5<br />

Consumo (l/100 km) 3,6<br />

Emissões de CO2 (g/km) 95<br />

Preço €13 677<br />

IUC €103,82<br />

Ford EcoSport 1.5 TDCi Titanium<br />

Soluções bizarras<br />

w Para os mais distraí<strong>dos</strong>, o formato do Ford<br />

EcoSport poderá parecer algo bizarro. Talvez o<br />

seja – apesar do sucesso granjeado na América<br />

do Sul, mais concretamente no Brasil. Mas o<br />

seu conteúdo vai muito para além do formato<br />

das suas linhas exteriores, que, em Portugal,<br />

apenas o penaliza verdadeiramente ao obrigar<br />

os seus proprietários ao pagamento de Classe<br />

2 nas portagens, devido à elevada altura do<br />

eixo dianteiro.<br />

O Ford EcoSport parte da plataforma <strong>dos</strong><br />

Fiesta e B-Max, mas é mais alto (1,66 m), mais<br />

comprido (4,23 m), mais largo (1,76 m) e apresenta<br />

uma maior distância ao solo (20 cm).<br />

Trata-se de um modelo que pisca claramente<br />

o olho ao segmento crossover, exibindo umas<br />

proteções de plástico nas zonas inferiores e<br />

recorrendo a determinadas soluções, no mínimo,<br />

invulgares: o portão de abertura lateral e<br />

a roda sobressalente colocada no exterior, com<br />

o intuito de libertar espaço para a bagageira<br />

(310 litros) são disso os mais vivos exemplos.<br />

O habitáculo espaçoso e funcional e o empenhado<br />

e poupado motor 1.5 TDCi de 90 cv<br />

são trunfos do Ford EcoSport, que, na versão<br />

Titanium está bastante recheado, não faltando<br />

jantes de 16’’, faróis de nevoeiro, barras no tejadilho,<br />

coman<strong>dos</strong> no volante e computador<br />

de bordo, só para citarmos alguns exemplos.<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

4 cil. em linha<br />

Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1499<br />

Potência máxima (cv/rpm) 90/3750<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 205/1750-3000<br />

Velocidade máxima (km/h) 160<br />

0-100 km/h (s) 14,0<br />

Consumo (l/100 km) 4,6<br />

Emissões de CO2 (g/km) 120<br />

Preço €23 850<br />

IUC €141,47<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


Isuzu D-Max 2.5 Cabine Longa LS<br />

Exercício de dimensões<br />

w Conduzir uma pick-up será sempre um<br />

exercício de dimensões. Sobretudo para quem<br />

trabalha na cidade e não propriamente em atividades<br />

que envolvam o transporte de cargas<br />

significativas na cabine.<br />

Com a Isuzu D-Max Cabine Longa (Extended<br />

Cab) não é diferente. Há muito que esta pick-up<br />

deixou de ser vista apenas como um modelo de<br />

trabalho. Modernizou-se. Apresenta atualmente<br />

umas linhas muito em dia com os parâmetros<br />

do design automóvel. E também atualizou os<br />

seus padrões de conforto a bordo, mesmo no<br />

caso da unidade ensaiada, com duas portas e<br />

apenas lugar para o condutor e um passageiro<br />

(convidar alguém a sentar-se no banco corrido<br />

traseiro será uma atitude censurável). O interior<br />

é sereno e robusto, mas subiu alguns padrões<br />

em termos de qualidade: desde o desenho do<br />

painel de instrumentos à iluminação do tablier.<br />

Uma vez resolvidas as equações sobre as suas<br />

(enormes) dimensões, pode afirmar-se que é<br />

extremamente fácil manobrar a Isuzu D-Max.<br />

Em relação às gerações anteriores, nota-se uma<br />

evolução no sentido desportivo, com especial<br />

ênfase nos dispositivos eletrónicos de apoio à<br />

condução. Existe apenas um manípulo para<br />

controlar a caixa manual de seis velocidades. E<br />

três botões que permitem selecionar os mo<strong>dos</strong><br />

de circulação: 2H para duas rodas motrizes; 4H<br />

para tração às quatro rodas; 4L para recorrer às<br />

chamadas redutoras.<br />

O motor 2.5 biturbo Diesel de injeção common<br />

rail com 163 cv é um poço de força. E no equipamento<br />

não falta nada de essencial. A começar<br />

pelo Bluetooth e ar condicionado.<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

4 cil. em linha<br />

Diesel, long., diant.<br />

Cilindrada (cc) 2499<br />

Potência máxima (cv/rpm) 163/3600<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 400/1400-2000<br />

Velocidade máxima (km/h) 180 (limitada)<br />

0-100 km/h (s) n.d.<br />

Consumo combinado (l/100 km) 7,4<br />

Emissões de CO2 (g/km) 194<br />

Preço €28 850<br />

IUC €366,10<br />

Kia cee’d SW 1.6 CRDi TX Sport Aut.<br />

Decisões automáticas<br />

w Optar por uma caixa manual ou automática,<br />

nem sempre é uma decisão... automática.<br />

Obriga a refletir sobre os prós e contras.<br />

E nos valores que envolvem a decisão. No<br />

caso do Kia cee’d SW 1.6 CRDi, as contas<br />

são simples. A versão com caixa automática<br />

de seis velocidades representa um custo de<br />

mais €5000, relativamente à de transmissão<br />

manual. Porquê? Porque a primeira eleva as<br />

emissões de CO2 para a fasquia <strong>dos</strong> 149 g/<br />

km. E esta paga-se em imposto.<br />

Mas isto são contas de outro rosário. Porventura<br />

mais interessante é saber se, em<br />

termos de prestações, compensa. E aí, as<br />

dúvidas permanecem. Não raras vezes, a<br />

transmissão automática denota pouca suavidade<br />

nas passagens de relação, além de se<br />

fazer ouvir de forma considerável. E se nas<br />

acelerações cumpre, já nas recuperações demora<br />

um pouco mais a colocar os 128 cv no<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

4 cil. em linha<br />

Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1582<br />

Potência máxima (cv/rpm) 128/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 260/1900-2750<br />

Velocidade máxima (km/h) 185<br />

0-100 km/h (s) 12,1<br />

Consumo (l/100 km) 5,6<br />

Emissões de CO2 (g/km) 149<br />

Preço €30 382<br />

IUC €174,58<br />

chão, através das rodas dianteiras.<br />

Irrepreensível é quase tudo o resto. Alberga<br />

espaçosamente cinco pessoas, muito embora<br />

o lugar central <strong>dos</strong> bancos traseiros seja um<br />

pouco apertado. O nível de equipamento TX<br />

Sport, único disponível na versão de caixa<br />

automática, contempla tudo o que se possa<br />

reclamar de um modelo do segmento C.<br />

Mesmo mimos como os sensores de luz e<br />

chuva, ar condicionado automático e câmaras<br />

de apoio ao estacionamento traseiro<br />

constam da lista. E graças a uma campanha,<br />

custa €30 382 em vez de €34 232, o que representa<br />

uma poupança de €3850.<br />

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Empresa<br />

Euromaster<br />

Euromaster Portugal I Campo Grande, 378, 4º A, 1700-096 Lisboa I Diretor Franquia: Miguel Santos I Telemóvel: 919 510 012<br />

E-mail: Miguel.santos@euromaster.com I Internet: www.euromaster.pt<br />

Rumo à liderança<br />

A Euromaster tem uma data na cabeça: 2019! Até lá, pretende alcançar a liderança<br />

no mercado de pneus e manutenção. A REVISTA DOS PNEUS foi a Madrid conhecer<br />

os três passos que a marca pretende dar rumo ao primeiro lugar: ampliação da<br />

rede, alargamento <strong>dos</strong> serviços e uma maior atenção aos clientes<br />

Por: Jorge Flores<br />

T<br />

o<strong>dos</strong> os desejos de expansão pressupõem<br />

um plano estratégico. A<br />

Euromaster pretende alcançar a<br />

liderança do mercado de pneus<br />

e manutenção e elaborou, nesse sentido<br />

(que pretende ascendente...) um programa<br />

composto por três vertentes complementares.<br />

Em conferência de imprensa<br />

realizada num clube privado, no centro<br />

de Madrid, Fausto Casetta, diretor-geral<br />

da Euromaster revelou que, nos próximos<br />

cinco anos, a empresa incorporará<br />

90 novos centros na rede: 60 postos em<br />

Espanha (30 próprios e 30 franchising) e<br />

30 em Portugal (ver caixa). Em Espanha, a<br />

marca ampliará a rede em Bilbau, Madrid,<br />

Sevilha e Valência, enquanto, no nosso<br />

país, esse reforço continuará a visar a zona<br />

Fausto Casetta, diretor geral da Euromaster<br />

revelou que nos próximo 5 anos a empresa<br />

incorporará 90 novos centros<br />

do Litoral Norte e as cidades localizadas<br />

nas saídas para Espanha. Uma aposta ambiciosa<br />

da Euromaster e que representa<br />

um acréscimo de 25% da rede (de 350<br />

para 450 postos), bem como um esforço<br />

financeiro superior a 10 milhões de euros.<br />

w MANUTENÇÃO INTEGRAL<br />

A evolução do negócio prevê a conservação<br />

<strong>dos</strong> dois modelos de postos: os<br />

propriedade da Euromaster e os postos<br />

franchising. Uma combinação que, segundo<br />

Fausto Casetta tem resultado. “É<br />

a força e a solidez <strong>dos</strong> recursos, mas ao<br />

mesmo tempo, a flexibilidade. Ambos<br />

os papéis estão muito bem defini<strong>dos</strong>”,<br />

garantiu o diretor-geral.<br />

O crescimento da rede é o primeiro <strong>dos</strong><br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


Rede em Portugal sempre a crescer<br />

w Presente em Portugal há apenas<br />

dois anos, a rede Euromaster alcançou<br />

já números expressivos. Dispõe<br />

de 65 postos e está prestes a inaugurar<br />

mais um, na Sertã, cobrindo já<br />

todas as capitais de distrito. Nos próximos<br />

cinco anos, a rede será aumentada<br />

em 30 novos centros, seguindo o<br />

plano estruturado pela Eurtomaster.<br />

Miguel Santos, responsável da rede de<br />

Franchisng (no nosso país não está previsto<br />

outro modelo de negócio) confirmou<br />

que à REVISTA DOS PNEUS que o<br />

reforço da rede passará pelas zonas onde<br />

já está presente, nomeadamente, no Litoral<br />

Norte do país e nos eixos rodoviários<br />

que fazem a ligação com Espanha<br />

e a Europa.<br />

De resto, em tão pouco tempo, seria<br />

difícil obter melhores resulta<strong>dos</strong>. Filipe<br />

Marques, responsável de Marketing,<br />

sublinhou o facto de “muitas empresas<br />

já terem nascido Euromaster”. E ainda a<br />

importância de 28 <strong>dos</strong> postos da marca<br />

em Portugal estarem já “certifica<strong>dos</strong><br />

para efetuar revisões oficiais”. O mesmo<br />

responsável admite que, dentro da rede,<br />

existem “diferentes velocidades”. E recorreu<br />

ao ciclismo para exemplificar<br />

a situação. “À partida, os ciclistas vão<br />

to<strong>dos</strong> juntos, mas quando se aumenta a<br />

velocidade é que o pelotão se começa a<br />

separar. O nosso objetivo não é abrandar<br />

o ritmo, mas sim fazer com que aqueles<br />

que vêm mais atrasa<strong>dos</strong> acelerem e alcancem<br />

o pelotão da frente”.<br />

sua especialidade. Assim, a acrescer à<br />

oferta original, o objetivo será sempre<br />

possibilitar aos clientes serviços como<br />

a mudança de óleo, de filtros, travões e<br />

amortecedores e sistemas de ar condicionado,<br />

garantido, inclusivamente, as<br />

revisões oficiais.<br />

w ATENÇÃO AO CLIENTE<br />

O terceiro pilar do plano é a satisfação<br />

e a confiança de quem recorre à rede.<br />

Para que tal seja possível, a Euromaster<br />

tentará conciliar o trinómio “profissionalismo,<br />

honestidade e atenção ao cliente”.<br />

Fausto Casetta explicou que, por ano, a<br />

Euromaster ministra mais de 10 mil horas<br />

de formação aos seus funcionários, tal a<br />

importância do assunto. “Em Espanha e<br />

Portugal temos mais de dois mil profissionais,<br />

cujo trabalho principal é oferecer<br />

aconselhamento honesto, apoiado na<br />

qualidade do serviço e num excelente<br />

atendimento ao cliente. Por isso, estamos<br />

seguros de que, qualquer que seja o tipo<br />

de veículo estará sempre nas mãos de<br />

profissionais”.<br />

Adiante-se, a propósito, que, to<strong>dos</strong> os<br />

anos, um milhão de veículos entra num<br />

qualquer centro da Euromaster em Espanha<br />

ou Portugal.<br />

Em Portugal, o reforço da rede Euromaster passará pelas zonas onde já está presente<br />

pilares do plano da Euromaster, que, simultaneamente,<br />

renovou a sua imagem<br />

institucional, fazendo sobressair a bandeira<br />

tricolor, em azul, amarelo e verde;<br />

bem como o slogan “nas mãos de profissionais”.<br />

A frase de “guerra” que, atualmente,<br />

centra as fachadas da rede já deixa<br />

antever o segundo pilar do programa:<br />

“<strong>Pneus</strong> e manutenção de veículos”. Isto<br />

porque a Euromaster está determinada<br />

em reposicionar os serviços <strong>dos</strong> seus centros,<br />

disponibilizando uma manutenção<br />

integral aos veículos – ligeiros e pesa<strong>dos</strong>.<br />

Além da querer estar presente numa área<br />

geográfica muito abrangente, dentro da<br />

Península Ibérica, o plano estratégico da<br />

marca passa ainda por assegurar to<strong>dos</strong><br />

os serviços e não apenas os pneus, a<br />

A Euromaster ministra<br />

por ano, mais de 10 mil<br />

horas de formação aos<br />

seus funcionários<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 53


Empresa<br />

Tiresur<br />

Tiresur I Rua do Tertir s/n 2615 – 382 Alverca do Ribatejo I Country Manager Portugal: Aldo Machado I Telefone: 219 938 120<br />

Fax: 219 938 129 I e-mail: encomendas@tiresur.com I Site: www.tiresur.com<br />

Universo em expansão<br />

Presente em Portugal há pouco mais de ano e meio, a Tiresur mudou, em Junho de<br />

<strong>2014</strong>, de instalações. E dispõe, hoje, de uma estrutura composta por 16 pessoas.<br />

Inserido no Grupo AM, este distribuidor grossista tem o seu universo em expansão<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Na véspera de partir para Cabo<br />

Verde, local escolhido para a realização<br />

da primeira viagem da rede<br />

de oficinas Center’s Auto, Aldo<br />

Machado, Country Manager Portugal da<br />

Tiresur, esteve à conversa com a REVISTA<br />

DOS PNEUS. No tom simpático e cordial<br />

que o caracteriza, recebeu-nos de braços<br />

abertos nas novas instalações de Alverca do<br />

Ribatejo. Depois de uma viagem pela história<br />

da Tiresur e pelo percurso do Grupo AM,<br />

o nosso anfitrião revelou-nos o “segredo”<br />

de ter uma margem de erro em envios<br />

próprios praticamente inexistente, falou<br />

sobre as novas infraestruturas e levantou<br />

um pouco o véu sobre os planos para 2015.<br />

w REPRESENTANTE DA GT RADIAL<br />

A Tiresur, que ostenta o título de terceiro<br />

maior distribuidor grossista ibérico, instalou-se<br />

em Portugal em Fevereiro de 2013.<br />

Alverca do Ribatejo foi o local escolhido<br />

para esta empresa do Grupo AM estabelecer<br />

a sua sede e, a partir dela, desenvolver<br />

a sua atividade no mercado nacional. De<br />

Norte a Sul. E com base em três principais<br />

vetores: preço, serviço e stock. Dispondo<br />

de cerca de 1.000 clientes ativos, <strong>dos</strong> quais<br />

600 fazem compras to<strong>dos</strong> os meses, a Tiresur<br />

tem crescido de forma sustentada,<br />

alargando o seu portefólio à medida das<br />

necessidades <strong>dos</strong> clientes (casas de pneus)<br />

e em função <strong>dos</strong> requisitos do mercado.<br />

Como referiu Aldo Machado, “o grande<br />

desígnio da Tiresur passa por continuar a<br />

“O novo<br />

armazém da<br />

Tiresur possui<br />

um sistema<br />

informatizado<br />

de picking<br />

que reduz<br />

praticamente<br />

a zero os erros<br />

de envio”, diz<br />

Aldo Machado,<br />

Country Manager<br />

da Tiresur<br />

manter não só os standards que conseguiu<br />

introduzir mas, também, melhorá-los de<br />

dia para dia, na perspetiva de melhor servir<br />

os clientes.”<br />

Grande parte das vendas da Tiresur<br />

está alicerçada nas marcas budget e na<br />

sua marca quality exclusiva. Contudo,<br />

as premium representam, também, um<br />

bolo bastante interessante no volume de<br />

negócios. “Quase 40% das nossas vendas<br />

dizem respeito a pneus budget, ficando<br />

30% para os quality e pouco mais de 20%<br />

para os premium. Mas o grande motor que<br />

nos impulsionou foi a marca GT Radial, da<br />

qual a Tiresur é representante oficial em<br />

Portugal e Espanha”, revelou Aldo Machado.<br />

Com uma oferta que inclui pneus de<br />

turismo, 4x4 e comerciais, além de pneus<br />

para pesa<strong>dos</strong> da marca Ovation, este broker<br />

conta no seu portefólio com outras marcas-<br />

-chave no segmento budget. Entre elas, encontram-se<br />

as Sunfull e Ovation, sendo esta<br />

última a mais conceituada. Mas a grande<br />

novidade é a Three-A, destinada apenas aos<br />

33 associa<strong>dos</strong> da rede de oficinas Center’s<br />

Auto (são mais de 130 aderentes em Espanha).<br />

Trata-se de uma marca low budget<br />

que é encarada como a porta de entrada<br />

no universo da Tiresur. Contudo, este distribuidor<br />

tem à sua disposição, também,<br />

todas as marcas premium.<br />

Nascida de um projeto conjunto entre a<br />

marca oriunda da Indonésia GT Radial e<br />

a Tiresur, a rede de oficinas Center’s Auto<br />

surgiu no nosso país em Maio de 2013 (2011<br />

em Espanha). “No fundo, esta rede acaba<br />

por ser o motor de vendas da GT Radial, que<br />

ultrapassará os 60.000 pneus este ano, <strong>dos</strong><br />

quais entre 35.000 a 37.000 serão compra<strong>dos</strong><br />

pelos Center’s Auto”, concluiu o Country<br />

Manager Portugal. Em <strong>2014</strong>, a Tiresur<br />

prevê superar os 10 milhões de euros de<br />

faturação (foram 6 milhões em 2013). Já na<br />

54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


veja o video em<br />

revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

Grupo AM<br />

A trabalhar<br />

desde 1934<br />

O novo armazém alberga um stock de 40.000 pneus, dividi<strong>dos</strong> por 520 jaulas. A Tiresur conta ainda com o<br />

apoio <strong>dos</strong> armazéns em Granada com 100.000 pneus e Madrid com mais 80.000 pneus em stock<br />

Península Ibérica, o volume de negócios<br />

deverá ultrapassar os 60 milhões de euros<br />

no final deste ano, o que, a confirmar-se,<br />

corresponderá a um aumento de 20% face<br />

a 2013, que ficou ligeiramente acima <strong>dos</strong><br />

50 milhões de euros.<br />

w ERROS DE ENVIO? 8 EM 20.000<br />

Em Junho de <strong>2014</strong>, a Tiresur mudou de<br />

instalações. Sem sair de Alverca do Ribatejo.<br />

“O processo foi doloroso, mas muito rápido.<br />

Demorou apenas um fim-de-semana”, recordou<br />

Aldo Machado. Com cerca de 3.200<br />

m2 de área útil de armazenagem, o novo<br />

complexo alberga um stock que anda na<br />

casa <strong>dos</strong> 40.000 pneus, dividi<strong>dos</strong> por 520<br />

jaulas. Contudo, se necessário for, pode<br />

ser alargado para 60.000. À conversa com<br />

a REVISTA DOS PNEUS, o Country Manager<br />

Portugal da Tiresur deu conta que a<br />

empresa que gere é “suportada pela plataforma<br />

logística do grupo em Espanha,<br />

com sede em Granada, onde existem cerca<br />

de 110.000 pneus em stock permanente.<br />

E, também, por Madrid, que dispõe entre<br />

70.000 a 80.000 pneus. Por via das acessibilidades<br />

a Portugal, a capital espanhola<br />

é, neste momento, o principal canal de<br />

abastecimento da Tiresur. Tudo o que não<br />

houver cá em stock, consegue ser-nos entregue<br />

em 24 ou 48 horas.”<br />

A necessidade de mudar de instalações foi<br />

detetada em Setembro de 2013. Para além<br />

das limitações de espaço, “o nível de serviço<br />

nas anteriores instalações, que dispunham<br />

de outro operador logístico, estava a baixar.<br />

Começámos a ter muitos problemas. Não<br />

só a nível de stock, mas, também, na fiabilidade<br />

<strong>dos</strong> envios. O que estava a prejudicar<br />

a nossa imagem”, afirmou Aldo Machado.<br />

Com um estrutura composta por 16 pessoas<br />

(seis na área administrativa, financeira<br />

e de atendimento ao cliente; seis ligadas<br />

à logística, distribuição e armazém; quatro<br />

no departamento comercial), a Tiresur<br />

efetuou nesta mudança um investimento<br />

que rondou os €200.000. Agora, dispõe de<br />

uma equipa autónoma e totalmente sua.<br />

Ninguém está, por isso, em outsourcing.<br />

Com uma margem de erro atual em envios<br />

próprios de apenas oito em mais de<br />

20.000 pedi<strong>dos</strong>, o “segredo” desta eficácia<br />

foi revelado por Aldo Machado: “Com a<br />

implementação de um novo sistema informático<br />

e de um sistema de picking, alicerçado<br />

numa leitura do código de barras<br />

por pistola, conseguimos ter uma eficácia<br />

muito próxima <strong>dos</strong> 100% nos envios, o<br />

que, obviamente, transmite grande confiança<br />

aos nossos clientes.” E prosseguiu:<br />

“Além disso, dispomos de um sistema de<br />

inventário permanente. To<strong>dos</strong> os dias inventariamos<br />

cerca de dez jaulas de pneus. A<br />

partir daqui, temos uma garantia de quase<br />

100% que tudo aquilo que o cliente pede é<br />

expedido conforme as suas necessidades<br />

e pretensões.”<br />

Tendo a CARF como principal parceiro na<br />

distribuição (nos distritos de Lisboa, Setúbal<br />

e Santarém, faz entregas quatro vezes ao<br />

dia; no eixo Coimbra-Setúbal e em todo o<br />

Algarve, as entregas são bi-diárias; de Aveiro<br />

w Fez, em <strong>2014</strong>, 80 anos que o Grupo<br />

AM iniciou a sua atividade. E rapidamente<br />

atingiu o estatuto de referência<br />

empresarial no setor de distribuição de<br />

pneus e pós-venda de produtos auto,<br />

estando presente ainda em áreas tão<br />

diversas como a construção, biotecnologia<br />

e desenvolvimento de projetos-<br />

-chave para a economia nacional e<br />

internacional.<br />

O Grupo AM consiste num núcleo empresarial<br />

que diversifica as suas áreas<br />

de negócio, ainda que a sua atividade<br />

principal seja a distribuição de pneus.<br />

Nesta última, opera em oito países, espalha<strong>dos</strong><br />

por três continentes. A Tiresur<br />

encarrega-se da Europa e do Norte<br />

de África. A sua filial Tiresur Brasil<br />

fica com a América Central e do Sul.<br />

Dentro do setor pós-venda de produtos<br />

auto, o grupo dispõe <strong>dos</strong> Center’s<br />

Auto, rede de auto centros e oficinas<br />

dedicadas à manutenção automóvel.<br />

A Tiresur surgiu há mais de 20 anos<br />

em Espanha. Em Portugal, instalou-se<br />

em Fevereiro de 2013. É, atualmente,<br />

o terceiro maior distribuidor grossista<br />

ibérico. No nosso país, deverá entrar<br />

para o Top 5 <strong>dos</strong> maiores distribuidores<br />

nacionais no final de <strong>2014</strong>.<br />

para cima, as entregas são feitas ao nascer<br />

do dia seguinte ao pedido), a Tiresur espera,<br />

no final de <strong>2014</strong>, entrar para o Top 5 <strong>dos</strong><br />

maiores distribuidores nacionais.<br />

E quais os planos para 2015? O Country<br />

Manager Portugal foi perentório: “Estamos<br />

a planear a introdução de uma nova<br />

marca de pneus para pesa<strong>dos</strong>. E, também,<br />

a efetuar negociações, a nível ibérico, para<br />

termos uma marca de pneus para o segmento<br />

agroindustrial. São projetos que já<br />

estão a ser desenvolvi<strong>dos</strong> há algum tempo.<br />

Para aumentar a nossa quota de mercado<br />

e, assim, incrementar o nosso volume de<br />

faturação. Só assim conseguiremos crescer.”<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 55


Empresa<br />

Mega Point<br />

Mega Point I Av.ª Machado Santos, Estádio da Luz 1500 – 374 Lisboa I Chefe de posto: Paula Afonso I Telefone: 210 115 211 I Fax: 210 115 211<br />

e-mail: global@megamundi.pt I Site: www.megamundi.pt<br />

Primar pela diferença<br />

É o primeiro ponto de exploração direta do Grupo MEGAMundi. Chama-se Mega<br />

Point. Abriu ao público no passado dia 6 de Outubro. Dotado de um centro de<br />

formação e de uma nova imagem exterior, tem o objetivo de primar pela diferença<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Até pela confusão que a sua designação<br />

pode gerar, uma vez que<br />

Mega Point resulta da conjugação<br />

das palavras MEGAMundi e<br />

Point S, importa esclarecer, antes de mais,<br />

que o Grupo MEGAMundi é o representante<br />

legal da marca Point S em Portugal.<br />

A Point S existia como empresa no nosso<br />

país até Dezembro de 2013. Depois, com<br />

o aparecimento do novo projeto, a Point<br />

S acabou e a sua marca passou a ser explorada<br />

pelo Grupo MEGAMundi.<br />

Dos 25 aderentes Point S que existiam no<br />

nosso mercado, nem to<strong>dos</strong> integraram o<br />

projeto MEGAMundi. Por outras palavras,<br />

nem to<strong>dos</strong> se disponibilizaram para ser<br />

acionistas, uma vez que a subscrição de<br />

capital é condição essencial para ser-se<br />

aderente. Atualmente, são 60 os postos<br />

que compõem o Grupo MEGAMundi em<br />

Portugal: 58 no continente e 2 na ilha da<br />

Madeira. Mas nenhum tem o centro de<br />

O novo espaço do grupo MEGAMundi dispõe de um moderno Centro de Formação<br />

formação e a imagem do novo Mega Point,<br />

que pretende primar pela diferença.<br />

“O objetivo<br />

do Centro<br />

de Formação<br />

é formar os<br />

colaboradores da<br />

rede com as mais<br />

recentes técnicas<br />

de reparação<br />

em pneus e<br />

mecânica”, diz Jorge<br />

Correia, diretor<br />

Administrativo<br />

e Financeiro da<br />

MEGAMundi<br />

w EXEMPLO A SEGUIR<br />

O posto Mega Point foi inaugurado no<br />

passado dia 4 de Outubro. Pelo Presidente<br />

da Junta de Freguesia de São Domingos<br />

de Benfica, organismo que representa o<br />

espaço, mas, também, pelo Presidente<br />

do Sport Lisboa e Benfica, clube ao qual<br />

pertence a área comercial do posto, que<br />

está inserida no complexo desportivo. Dois<br />

dias depois, a 6 de Outubro, o espaço foi<br />

aberto ao público.<br />

Este primeiro ponto de exploração direta<br />

do Grupo MEGAMundi dispõe de 365 m2<br />

de área coberta, que abarca um centro<br />

de formação, uma área de vendas e dois<br />

espaços oficinais. São três os funcionários<br />

que aqui trabalham: Paula Afonso (chefe<br />

de posto), Rui Veloso (alinhamento; mon-<br />

56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


“este projeto já estava pensado desde<br />

1999, embora com outra finalidade. Na<br />

altura, foi aprovada pela nossa assembleia<br />

a criação de dois pontos exclusivamente<br />

destina<strong>dos</strong> a vendas no país e de exploraveja<br />

o video em<br />

revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

ção própria: um em Lisboa; outro no Porto.”<br />

Com o passar do tempo e atendendo à<br />

evolução do mercado e às exigências legais<br />

que vêm sendo criadas, “procurámos<br />

conciliar neste projeto duas mais-valias.<br />

Primeira: disponibilizar um centro de formação,<br />

que, numa primeira fase, servirá<br />

a nossa rede através de um plano anual<br />

com certificações. Segunda: proporcionar<br />

à nossa rede um contacto com outras realidades<br />

do mercado, uma vez que ele não<br />

é todo igual ao longo do país”, adiantou o<br />

mesmo responsável. O investimento neste<br />

novo posto superou os €100.000.<br />

Este primeiro ponto de exploração direta do Grupo MEGAMundi dispõe de 365 m2 de área coberta<br />

tagem; serviços rápi<strong>dos</strong>) e Luís Cerqueira<br />

(montagem; serviços rápi<strong>dos</strong>).<br />

Em declarações à REVISTA DOS PNEUS,<br />

Jorge Correia, Diretor Administrativo e Financeiro<br />

da MEGAMundi, salientou que<br />

w ABRANGÊNCIA DE SERVIÇOS<br />

O Mega Point vem reforçar a presença<br />

do grupo na cidade de Lisboa e situa-se<br />

numa área que permite conquistar outro<br />

tipo de clientes. Além de tudo o que está<br />

relacionado com pneus, dispõe de serviços<br />

rápi<strong>dos</strong>. Como referiu Jorge Correia, “hoje,<br />

cada vez mais o cliente procura que o serviço<br />

seja efetuado no mesmo local. Quer<br />

PUB<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 57


Empresa Mega Point<br />

O novo espaço é um modelo para to<strong>dos</strong> os que<br />

trabalham ou venham a trabalhar na rede<br />

sejam pneus, quer sejam serviços rápi<strong>dos</strong>.<br />

E dispomos ainda de parcerias que nos<br />

permitem prestar os restantes serviços ao<br />

cliente: jantes, lavagens e escapes. Com<br />

isto, criamos uma maior abrangência de<br />

serviços. Não podemos tê-los to<strong>dos</strong>, mas<br />

não deixamos de disponibilizá-los.”<br />

Com um stock permanente de 250 pneus,<br />

o Mega Point trabalha com todas as marcas<br />

de pneus. As que não tiver, consegue<br />

entregá-las ao cliente, no máximo, em 24<br />

horas. E conta com uma marca própria:<br />

Point S (modelo Summer Star). Tendo<br />

como principais parceiros a Continental,<br />

a Pirelli, a Nokian, a Toyo e a Cometil, o<br />

Mega Point tem ainda outra mais-valia.<br />

Jorge Correia falou sobre ela: “O protocolo<br />

que estamos a elaborar com o IEFP (Instituto<br />

de Emprego e Formação Profissional)<br />

permite que um acionista que queira contratar<br />

uma pessoa por intermédio dessa<br />

entidade, seja ela do Centro ou do Sul, o<br />

possa fazer. A pessoa vem fazer o estágio<br />

neste novo posto, para, depois, ir para o<br />

posto do acionista que a contratou. Um<br />

<strong>dos</strong> nossos objetivos passa, também, pela<br />

criação de emprego.”<br />

E como correu o negócio nos primeiros<br />

dias? “Os resulta<strong>dos</strong> estiveram dentro das<br />

perspetivas traçadas. Fizemos um pouco<br />

de tudo. <strong>Pneus</strong>, serviços rápi<strong>dos</strong> e até mudámos<br />

um escape, através de um parceria<br />

que temos com um especialista nessa área.<br />

Estamos satisfeitos com a variedade da<br />

procura que registámos nos primeiros dias.<br />

E temos recebido muitos elogios”, concluiu<br />

o Diretor Administrativo e Financeiro da<br />

MEGAMundi.<br />

Localização e imagem<br />

Instalações com raízes benfiquistas<br />

w O mais recente posto que o Grupo<br />

MEGAMundi abriu está localizado<br />

paredes-meias com o Estádio da Luz. É<br />

visto como um exemplo a seguir. Pela<br />

formação que disponibilizará a partir do<br />

início de 2015, mas, também, pelos equipamentos<br />

de que dispõe e pela imagem<br />

que o caracteriza. Segundo afirmou Jorge<br />

Correia, Diretor Administrativo e Financeiro<br />

da MEGAMundi, à REVISTA DOS<br />

PNEUS, “a abertura deste posto resulta<br />

de um namoro antigo. O facto de o presidente<br />

do Sport Lisboa e Benfica, Luís<br />

Filipe Vieira, ter experiência no negócio<br />

<strong>dos</strong> pneus e ligações ao nosso grupo, ajudou.<br />

O espaço que, aqui, arrendamos é<br />

propriedade do clube, visto estar dentro<br />

do seu complexo desportivo, ainda que<br />

seja uma área comercial. As duas únicas<br />

“exigências” que o presidente nos fez teve<br />

a ver com o equipamento de topo e com<br />

o chão branco.” As cores utilizadas pelo<br />

grupo nos restantes postos tiveram de<br />

ser reformuladas para este novo espaço,<br />

o que constitui um facto inédito. Jorge<br />

Correia explicou porquê: “Foi uma “recomendação”<br />

do presidente do Sport<br />

Lisboa e Benfica, que esteve presente<br />

na inauguração. Se mantivéssemos as<br />

cores originais no exterior, corríamos<br />

o risco de não ter as instalações intactas<br />

por muito tempo.” Aberto de 2ª a<br />

sábado, das 9h às 19h, este novo posto<br />

encerra aos domingos e feria<strong>dos</strong>. Para<br />

além disso, fecha mais cedo em dias de<br />

jogo. É que, nestes, não se consegue trabalhar<br />

convenientemente nem garantir<br />

condições de segurança adequadas face à<br />

enorme afluência de público ao estádio. E<br />

como o futebol tem tanto de apaixonante<br />

quanto de perigoso, mais vale prevenir do<br />

que remediar.<br />

O espaço de recepção<br />

está orientado para o<br />

cliente, proporcionando<br />

um tempo de espera<br />

agradável e confortável,<br />

permitindo aos<br />

automobilistas assistirem<br />

às operações de<br />

manutenção das suas<br />

viaturas<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 59


Técnica a Formação Bridgestone<br />

Curso intensivo<br />

No passado dia 10 de<br />

Outubro, a Bridgestone<br />

Portugal levou a cabo,<br />

nas suas instalações, uma<br />

ação de formação sobre<br />

pneus ligeiros. Este curso<br />

intensivo começou com<br />

a história da marca e<br />

terminou na montagem<br />

de um pneu<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

A<br />

ideia foi colocar à prova, num ambiente<br />

descontraído, os conhecimentos<br />

da imprensa em matéria<br />

de pneus ligeiros. Seis horas foi o<br />

tempo que durou a ação de formação que a<br />

Bridgestone Portugal levou a cabo na suas instalações,<br />

na Urbanização do Passil, Alcochete.<br />

André Bettencourt, Diretor de Marketing e<br />

Responsável de Comunicação, e Ricardo Car<strong>dos</strong>o,<br />

do Departamento Técnico e de Formação,<br />

foram os oradores. A palestra começou<br />

com uma viagem pela história da marca e<br />

terminou com os forman<strong>dos</strong> a assistirem à<br />

montagem de um pneu. Pelo meio, foram<br />

aborda<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os aspetos relaciona<strong>dos</strong><br />

com pneus ligeiros, desfizeram-se dúvidas<br />

e puseram-se termo a ideias pré-concebidas<br />

e interpretações erradas. No final, os participantes<br />

(REVISTA DOS PNEUS incluída) saíram<br />

com a sensação de estarem prepara<strong>dos</strong> para<br />

abrir uma casa de pneus...<br />

w ORIGEM DA MARCA<br />

Antes da parte técnica propriamente dita,<br />

André Bettencourt começou por referir que<br />

“quando se fala em Bridgestone, algumas<br />

pessoas pensam tratar-se de uma empresa<br />

inglesa, devido ao seu nome. A Bridgestone<br />

foi fundada por Shojiro Ishibashi, que era um<br />

empresário de calçado. Aquilo que, hoje, conhecemos<br />

como “havaianas”, já na altura eram<br />

produzidas por este japonês, que utilizava<br />

corda e borracha (esta última na sola) de<br />

modo a evitar que a humidade passasse.” O<br />

Diretor de Marketing e Responsável de Comunicação<br />

da Bridgestone Portugal revelou<br />

que “Shojiro Ishibashi foi, depois, convidado<br />

pelos fabricantes nipónicos que davam os<br />

seus primeiros passos na construção de automóveis.<br />

Se Ishibashi já calçava as pessoas,<br />

porque não calçar também os automóveis?<br />

E foi aí que este empresário de calçado começou<br />

a fabricar pneus. Mas achou que, com<br />

o seu nome, não iria longe. Então, resolveu<br />

consultar um tradutor para saber o que significava,<br />

em inglês, o seu apelido. E constatou<br />

que Ishibashi queria dizer Stone Bridge, que<br />

encaixava perfeitamente no conceito japonês<br />

utilizado na construção de pontes. Foi então<br />

que Shojiro Ishibashi decidiu inverter essas<br />

palavras inglesas e chamar Bridgestone à sua<br />

marca de pneus.”<br />

A Bridgestone começou a sua atividade em<br />

60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


Sabia que...<br />

w w A Bridgestone foi criada em 1931 por<br />

Shojiro Ishibashi e que a origem do seu nome<br />

se deve à tradução para inglês do apelido<br />

do seu fundador (Ishibashi significa Stone<br />

Bridge)?<br />

w w Embora 85% da sua atividade esteja relacionada<br />

com o fabrico de pneus para to<strong>dos</strong><br />

os tipos de veículos, a Bridgestone produz,<br />

também, bicicletas, bolas de golfe, tapetes de<br />

borracha para o setor mineiro e mangueiras<br />

de borracha para as trasfegas de petróleo <strong>dos</strong><br />

barcos para terra, entre outros produtos?<br />

w w A Bridgestone produziu uma barbatana<br />

artificial de borracha para um golfinho que<br />

habitava o Zoo de Tóquio, prótese sem a qual<br />

o animal não sobreviveria (a sua barbatana<br />

teve de ser amputada devido à existência de<br />

uma bactéria)?<br />

Ricardo Car<strong>dos</strong>o, do Departamento Técnico da Bridgestone, explica alguns tipos de danos nos pneus<br />

1931. Primeiro no mercado doméstico e,<br />

mais tarde, também nos merca<strong>dos</strong> norte-<br />

-americano e europeu. E adquiriu marcas<br />

fortemente implantadas nesses continentes.<br />

Foi assim que, nos EUA, comprou a Firestone.<br />

O que lhe trouxe a internacionalização. Com<br />

sede em Tóquio, a Bridgestone dispõe de vários<br />

centros espalha<strong>dos</strong> pelo mundo. A sua<br />

sede europeia está localizada em Bruxelas,<br />

na Bélgica. E, hoje, as várias subsidiárias espalhadas<br />

pela Europa são vistas como regiões.<br />

Embora Portugal e Espanha funcionem de<br />

forma independente, ambas formam a região<br />

Southwest.<br />

Apesar de 85% da sua atividade estar relacionada<br />

com o fabrico de pneus para to<strong>dos</strong><br />

os tipos de veículos, a Bridgestone produz,<br />

também, componentes que não estão relaciona<strong>dos</strong>,<br />

pelo menos de forma direta, com<br />

pneus. É o caso das bicicletas, das bolas de<br />

golfe, <strong>dos</strong> tapetes de borracha para o setor<br />

mineiro e das mangueiras de borracha para<br />

fazer a trasfega de petróleo <strong>dos</strong> barcos para<br />

terra, entre outros. E produziu até, imagine-<br />

-se, uma barbatana artificial de borracha para<br />

um golfinho que habitava o Zoo de Tóquio,<br />

prótese sem a qual o animal não sobreviveria<br />

(a sua barbatana teve de ser amputada devido<br />

à existência de uma bactéria). Este fabricante<br />

conta ainda no seu portefólio com material<br />

para windsurf e kitesurf.<br />

w MERCADO EM CRESCIMENTO<br />

Líder mundial na produção de pneus, tendo<br />

uma quota de mercado de 15,3%, o Grupo<br />

Bridgestone dispõe, na Europa, de 9 fábricas:<br />

3 em Espanha, 2 na Polónia, 1 em França, 1 em<br />

Itália, 1 na Hungria e 1 na Bélgica (esta última<br />

apenas para a parte de pneus recauchuta<strong>dos</strong>).<br />

Além disso, conta com centro técnico e uma<br />

pista de testes, perto de Roma, e tem uma<br />

pista de testes de pneus de Inverno, situada na<br />

Suécia. Como deu conta André Bettencourt,<br />

“é no TCE (Tecnhical Center Europe) que são<br />

desenvolvidas as várias áreas do pneu. Antes<br />

de este entrar numa fase de pré-produção,<br />

são recriadas as diversas utilizações a que<br />

ele vai estar submetido. Só depois são concebi<strong>dos</strong><br />

os protótipos. Sempre obedecendo<br />

a certificações com vista a que os pneus se<br />

tornem cada vez mais eco-friendly.”<br />

Antes de passar a palavra, o Diretor de Marketing<br />

e Responsável de Comunicação da<br />

Bridgestone Portugal revelou os da<strong>dos</strong> do<br />

Europool, organismo que recebe a informação<br />

de todas as marcas que estão presentes<br />

na Europa com, pelo menos, uma fábrica: “O<br />

mercado de substituição em Portugal, no que<br />

aos pneus ligeiros diz respeito, registou, no<br />

passado mês de Setembro, um crescimento<br />

de 11% face a igual mês de 2013. Já no acumulado<br />

(Janeiro a Setembro de <strong>2014</strong>), cresceu<br />

8,3%. Em todas as categorias, o mercado cresceu.<br />

O que é, não só, um sinal de vitalidade<br />

mas, também, um dado que permite concluir<br />

que o ano de 2013 não foi positivo.”<br />

Apesar de entrarem no mercado muitos<br />

pneus que não figuram nos da<strong>dos</strong> do Europool,<br />

como, por exemplo, os que provêm<br />

de importações paralelas, “os números desta<br />

w w O Grupo Bridgestone é líder mundial<br />

na produção de pneus, tendo uma quota de<br />

mercado de 15,3%?<br />

w w A Bridgestone dispõe de 9 fábricas na<br />

Europa: 3 em Espanha, 2 na Polónia, 1 em<br />

França, 1 em Itália, 1 na Hungria e 1 na Bélgica<br />

(esta última apenas para a parte de pneus<br />

recauchuta<strong>dos</strong>)?<br />

w w Um pneu ligeiro pode ter até 15 compostos<br />

diferentes de borracha, até 20 ingredientes<br />

por composto e até 30 componentes diferentes<br />

(teci<strong>dos</strong> e aço)?<br />

w w Na condição sem carga, o pneu insuflado<br />

é, essencialmente, um toroide (figura geométrica<br />

semelhante a um donut)?<br />

w w Uma das funções do pneu, em conjunto<br />

com o ar pressurizado que se encontra no seu<br />

interior, é suportar a carga? E que as restantes<br />

são absorver as irregularidades da estrada,<br />

mudar ou manter a direção do veículo e<br />

transmitir tração e força na travagem?<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 61


Técnica Formação Bridgestone<br />

5 áreas principais<br />

de um pneu<br />

w w Zona do piso: zona de contacto com a<br />

estrada (secção entre os ombros)<br />

w w Zona <strong>dos</strong> ombros: extremidades exteriores<br />

do piso, que fazem a transição entre<br />

o flanco e a coroa<br />

w w Zona da parede lateral ou sidewall:<br />

limitada entre a zona <strong>dos</strong> ombros e a zona<br />

do talão, proporciona proteção da carcaça e<br />

suporta flexão e desgaste<br />

w w Zona do talão: zona de fixação do pneu,<br />

desenvolvida de modo a que o pneu fique<br />

agarrado à jante<br />

w w Revestimento Butílico, revestimento interno<br />

ou inner liner: borracha muito pouco<br />

porosa que isola a carcaça da câmara de ar<br />

ou proporciona uma barreira hermética –<br />

substitui a câmara de ar – entre a pressão de<br />

insuflação e a carcaça<br />

Principais componentes<br />

de um pneu<br />

w w Aro do talão<br />

(filamentos de aço encordoa<strong>dos</strong> que formam<br />

uma peça única)<br />

w w Apex/cunha<br />

(faz a transição entre os elementos metálicos<br />

e flexíveis, de modo a que o tempo de resposta<br />

do pneu seja menor)<br />

w w Reforços de talão<br />

(têm a função de proteger a carcaça e o talão,<br />

bem como de dissipar calor)<br />

w w Tela de carcaça<br />

(componente mais importante, uma vez que<br />

dá a resistência ao pneu)<br />

w w Anti-abrasão<br />

(composto de borracha resistente)<br />

w w Wing tip (composto de borracha resistente<br />

na zona do ombro, que faz a ligação<br />

entre a parede lateral e a zona do piso)<br />

w w Tela zero graus/cap ply<br />

(envolve todas as telas do pneu e está disposta<br />

em espiral, evitando que o pneu se<br />

expanda com o calor)<br />

w w Telas estabilizadoras<br />

(protegem a carcaça)<br />

Materiais que compõem<br />

um pneu<br />

w w Borracha – Natural e sintética<br />

w w Tecido das telas – Aço; Rayon; Nylon;<br />

Poliester; Fibra de vidro; Aramid<br />

w w Arames do talão – Aço<br />

w w Produtos químicos – Negro de fumo;<br />

Enxofre; Sílica<br />

Ricardo Car<strong>dos</strong>o explicou a importância do bom equilíbrio das rodas para a segurança <strong>dos</strong> veículos<br />

entidade dizem-nos que o mercado de substituição<br />

em Portugal, para pneus ligeiros, de<br />

Janeiro a Setembro de <strong>2014</strong>, representou<br />

1.735.204 unidades, das quais 207.428 no<br />

passado mês de Setembro”, referiu. Cruzando,<br />

depois, estes da<strong>dos</strong> com os da Valorpneu,<br />

estima-se que o mercado total de pneus ligeiros<br />

(onde se incluem os 4x4 e comercias)<br />

possa rondar as três milhões de unidades no<br />

nosso país. Existe, por isso, uma grande diferença<br />

entre os da<strong>dos</strong> que as marcas têm e<br />

os que acabam por ser o potencial do mercado<br />

nacional. A concluir, André Bettencourt<br />

deu conta que “o mercado premium cresceu<br />

16%, o mercado quality aumentou 2,3% e o<br />

mercado budget caiu face ao ano anterior.<br />

Nos pneus 4x4, houve um crescimento de<br />

21,9% de Janeiro a Setembro de <strong>2014</strong>. Nos<br />

pneus comerciais, o mercado aumentou 6,6%<br />

também em termos acumula<strong>dos</strong>.”<br />

w FUNÇÕES, GRUPOS E TIPOS<br />

Um pneu é muito mais do que um componente<br />

preto, redondo e com um buraco no<br />

meio. Foi com esta afirmação que Ricardo<br />

Car<strong>dos</strong>o, do Departamento Técnico e de<br />

Formação, começou a sua intervenção. Para,<br />

depois, prosseguir: “O pneu é um elemento<br />

essencial em termos de segurança ativa e de<br />

conforto, que tem de conseguir congregar<br />

diferentes materiais (origem metálica e têxtil)<br />

e diferentes compostos (vários tipos de borracha).<br />

De acordo com o ETRTO (European Tyre<br />

and Rim Technical Organisation), organismo<br />

que define e normaliza todo o processo de<br />

construção e dimensionamento de pneus,<br />

o pneu é um componente flexível aplicado<br />

numa roda, constituído por borracha, sendo<br />

reforçado através de outros materiais. Quando<br />

insuflado por um fluido compressível (gás),<br />

adquire a capacidade de suportar a carga<br />

aplicada na roda, bem como transmite ao eixo<br />

em carga forças longitudinais e transversais.<br />

Na condição sem carga, o pneu insuflado é,<br />

essencialmente, toroidal (tem uma figura<br />

geométrica semelhante a um donut).”<br />

A primeira função do pneu é suportar a carga.<br />

Mas, para isso, é imprescindível o ar pressurizado<br />

que se encontra no seu interior. Caso<br />

contrário, o pneu de nada serviria. Outra das<br />

funções que tem é absorver as irregularidades<br />

da estrada, acabando por desempenhar um<br />

62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


papel importante no domínio do conforto.<br />

Mais: através do atrito que se gera entre a<br />

superfície de rodagem e a borracha que constitui<br />

o piso, vai permitir mudar ou manter a<br />

direção do automóvel. E é ele que transmite<br />

tração e força na travagem (o pneu permite<br />

que haja movimento). Ricardo Car<strong>dos</strong>o frisou<br />

ainda que “o pneu é, fundamentalmente,<br />

um elemento de segurança, que suporta o<br />

desgaste e o arrancamento, contribui com<br />

um baixo nível de ruído, é produzido com<br />

materiais amigos do ambiente, é reciclável,<br />

tem a capacidade de operar em condições<br />

não controladas e é um elemento de estética.”<br />

Existem dois grupos principais no que à construção<br />

do pneu diz respeito. O pneu pode<br />

ser radial (na tela de corpo a disposição <strong>dos</strong><br />

cabos, de origem metálica ou têxtil, surge<br />

em forma de raio, permitindo um elevado<br />

grau de resistência) ou diagonal/convencional<br />

(cabos dispostos na diagonal, o que obriga à<br />

utilização de várias telas de corpo sobrepostas<br />

em vez de apenas uma, sendo este pneu bem<br />

menos flexível do que um radial, ao mesmo<br />

tempo que proporciona menor superfície<br />

de contacto com o solo).<br />

Depois, explicou Ricardo Car<strong>dos</strong>o, “o pneu<br />

pode ser tubeless (revestimento hermético<br />

que substitui a câmara de ar, encontrando-<br />

-se a válvulas fixa na jante) ou tubetype (o<br />

revestimento Butílico não tem as mesmas<br />

propriedades e a câmara de ar perde instantaneamente<br />

a pressão em caso de furo,<br />

acabando a válvula por retrair ao estar fixada<br />

à câmara de ar). A grande vantagem do pneu<br />

tubeless face ao tubetype é fazer com que<br />

a perda de pressão seja muito mais gradual<br />

face à perfuração de um corpo estranho. Para<br />

além de ser mais fácil montar e desmontar<br />

(devido à sua estrutura mais leve) e de estar<br />

menos sujeito ao aquecimento.”<br />

A ação de formação<br />

realizada pela<br />

Bridgestone foi<br />

dirigida a jornalistas<br />

e contribuiu para<br />

aumentar os<br />

conhecimentos<br />

destes profissionais<br />

sobre pneus e a<br />

sua manutenção e<br />

reparação<br />

4 tipos de piso<br />

de um pneu<br />

w w Simétrico: desenho igual em toda<br />

a largura do piso. Não tem sentido de<br />

rotação nem posição de montagem<br />

w w Assimétrico: zona exterior para<br />

superfícies secas e zona interior para<br />

superfícies molhadas, acabando por ser<br />

uma solução de compromisso. Requer<br />

especial atenção na montagem, uma<br />

vez que não se pode fazer rotação na<br />

jante nem deixar de virar o “outside”<br />

para o exterior<br />

w w Direcional: melhor opção para piso<br />

molhado, até porque reduz o risco de<br />

aquaplaning. Não se pode inverter o<br />

seu sentido de rotação<br />

w w Composto: junção do assimétrico<br />

com o direcional. Está reservado para<br />

veículos de elevadas performances.<br />

Existem pneus específicos para os<br />

la<strong>dos</strong> direito e esquerdo <strong>dos</strong> veículos<br />

Deve ser respeitada a assimetria e o<br />

sentido de rotação<br />

PUB<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 63


Técnica a Riscos de danos nos talões<br />

Abordagem profissional<br />

A montagem/<br />

desmontagem de pneus<br />

deve ser operada por<br />

pessoal qualificado e<br />

com formação específica,<br />

utilizando máquinas<br />

atualizadas e em bom<br />

estado técnico, de modo a<br />

evitar os danos nos talões<br />

Quanto ao tema deste artigo, há<br />

riscos potenciais evidentes em<br />

máquinas que prendem a jante<br />

pelo lado inferior, podendo resultar<br />

danos nos talões do pneu, a partir de um<br />

ou mais <strong>dos</strong> seguintes fatores: aumento súbito<br />

de binário da máquina, desalinhamento<br />

ocasional da máquina e/ou procedimentos<br />

de montagem incorretos.<br />

Os danos mais comuns ocorrem na parte<br />

lateral do talão ou na base deste (Fig. 1).<br />

Quem está a realizar o serviço deve estar<br />

com a máxima atenção, porque, se o pneu<br />

for montado com danos, podem surgir graves<br />

problemas ao pressurizar o pneu ou depois<br />

de montado no veículo.<br />

w LUBRIFICAÇÃO ADEQUADA<br />

Parte importante <strong>dos</strong> procedimentos recomenda<strong>dos</strong><br />

é a adequada lubrificação do talão<br />

do pneu ao montar, utilizando produtos de<br />

preferência lubrificantes específicos existentes<br />

no mercado. Óleo vegetal ou sabão de<br />

origem animal (azul e branco ou vermelho e<br />

branco) podem alternativamente ser utiliza<strong>dos</strong>,<br />

em caso de falhas de abastecimento do<br />

lubrificante adequado. No entanto, NUNCA<br />

utilizar lubrificantes de motores minerais ou<br />

sintéticos, porque estes atacam a borracha do<br />

pneu e deterioram o mesmo rapidamente. No<br />

caso do fabricante recomendar a diluição do<br />

! ATENÇÃO !<br />

w Danos pessoais graves ou mesmo fatais<br />

podem resultar de um pneu com talões<br />

danifica<strong>dos</strong>. O pneu pode explodir ao ser<br />

pressurizado ou saltar da jante, quando já<br />

estiver a ser utilizado no veículo.<br />

Fig. 1 - Danos típicos nos talões, provoca<strong>dos</strong> por<br />

erros de montagem/desmontagem do pneu<br />

Fig. 2 - Correta lubrificação <strong>dos</strong> talões do pneu<br />

! IMPORTANTE !<br />

w Ao montar o talão do lado inferior na<br />

jante, manter o talão superior no fundo<br />

da jante, porque facilita a operação de<br />

montagem e evita forçar a estrutura do<br />

pneu. Isto consegue-se apoiando a mão<br />

esquerda na parede lateral superior do<br />

pneu, mantendo um ângulo de 180º em<br />

relação à cabeça de montagem da máquina<br />

ou da ferramenta de montagem<br />

utilizada. Quanto mais baixo for o perfil<br />

lateral do pneu, maior será o esforço de<br />

montagem, sendo fundamental seguir o<br />

procedimento atrás referido.<br />

produto lubrificante de pneus, seguir as instruções<br />

rigorosamente, porque lubrificantes<br />

muito diluí<strong>dos</strong> secam rapidamente, não tendo<br />

o mínimo efeito benéfico na montagem. Pelo<br />

contrário, se o produto for recomendado<br />

para diluir, o facto de aplicar diretamente<br />

o lubrificante da embalagem, pode fazer o<br />

pneu deslizar na jante, ao arrancar o veículo,<br />

provocando a derrapagem deste.<br />

Por outro lado, o lubrificante deve ser aplicado<br />

na jante e nos dois talões do pneu, para<br />

permitir que este deslize suavemente sobre<br />

a jante ao montar, não se danificando (Fig.<br />

2). Além disso, os ressaltos de segurança da<br />

jante, os assentos <strong>dos</strong> talões e os rebor<strong>dos</strong><br />

exteriores da jante também devem ser correctamente<br />

lubrifica<strong>dos</strong> (Fig. 3).<br />

64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


Fig. 3 - Pontos de<br />

lubrificação da jante:<br />

Ressaltos<br />

de segurança<br />

w A máquina deve estar bem<br />

afinada, de acordo com as<br />

instruções do respectivo<br />

manual de uso, antes de<br />

montar o pneu. A folga do<br />

braço vertical de controlo<br />

da cabeça de montagem<br />

pode variar com a utilização,<br />

podendo dar origem<br />

a danos na jante e/ou no<br />

pneu. Manter sempre a folga<br />

recomendada pelo fabricante<br />

do equipamento (Fig. 4).<br />

Manter a folga recomendada<br />

Cabeça de<br />

desmontar ou<br />

barra<br />

Talões<br />

do pneu<br />

Jante<br />

Fig. 4 - Folga do braço vertical<br />

Rebor<strong>dos</strong> exteriores da jante<br />

Assentos<br />

os talões<br />

Folga do<br />

braço vertical<br />

oscilante<br />

Aro da<br />

jante<br />

Verificar cabeças<br />

das máquinas<br />

w As cabeças de montar/desmontar das<br />

máquinas não funcionam todas da mesma<br />

maneira, nem exatamente na mesma<br />

posição. É possível que existam formas de<br />

afinação, previstas no manual de instruções<br />

do fabricante. Se a cabeça não estiver<br />

corretamente posicionada, há risco de se<br />

poderem verificar danos nos talões e/ou<br />

na jante (Fig. 5). Existem protetores de<br />

plástico para as jantes que deviam ser usa<strong>dos</strong><br />

por sistema e não somente nas jantes<br />

de liga leve. Se as jantes pintadas perderem<br />

a tinta, ficam sujeitas à oxidação e<br />

deterioram-se prematuramente.<br />

Jante<br />

Cabeça<br />

desenquadrada<br />

Zonas de<br />

danificação<br />

do talão<br />

(base ou<br />

parede<br />

ateral)<br />

Pneu<br />

Fig. 5 - É indispensável a afinação prévia da<br />

cabeça de montar/desmontar da máquina.<br />

! ATENÇÃO !<br />

w A montagem de pneus envolve<br />

sérios riscos pessoais para o operador<br />

e outros presentes no local, devendo<br />

ser imperiosamente respeita<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong><br />

os procedimentos recomenda<strong>dos</strong> de<br />

segurança, nomeadamente:<br />

Nunca exceder a pressão de 40 psi ao<br />

assentar os talões;<br />

w Pressurizar o pneu somente numa<br />

máquina com sistema de segurança<br />

(rede ou tampa). Não existindo essa<br />

possibilidade, colocar o pneu num<br />

local seguro e afastado, enquanto<br />

estiver a ser pressurizado; convém<br />

nesse caso existir um tubo comprido<br />

de ar comprimido ou uma tomada de<br />

ar no local;<br />

Apenas pessoal qualificado e com<br />

formação específica deve efetuar a<br />

montagem de pneus.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 65


Gestão de Empresas<br />

Imagem das Oficinas<br />

Diferenciação <strong>dos</strong> benefícios<br />

A experiência <strong>dos</strong> automobilistas que visitam as oficinas não é, em muitos casos,<br />

satisfatória. E o que se pretende é que o seja, de facto. A estratégia a seguir passa pela<br />

diferenciação <strong>dos</strong> benefícios presta<strong>dos</strong><br />

A<br />

imagem de uma oficina vinculou-<br />

-se, na maioria das situações, ao seu<br />

exterior e aos aspetos estéticos que<br />

apresenta, incluindo o tipo de letreiro,<br />

as cores, o desenho do logótipo, etc. São tudo<br />

elementos gráficos de extrema importância,<br />

todavia, hoje, são insuficientes para que o cliente<br />

tenha uma experiência positiva na nossa oficina<br />

e, portanto, regresse e faça boa publicidade no<br />

passa-palavra junto de familiares e amigos.<br />

Sensações, emoções, desejos…<br />

Por onde começar?<br />

1. Definir de forma clara qual é o perfil de clientes<br />

para os quais, sobretudo, vai dirigir os seus<br />

serviços e, entrando em linha de conta com esse<br />

aspeto, desenhá-los à sua medida;<br />

2. O estudo e a implementação da imagem<br />

e ambiente deverão ser os mais apropria<strong>dos</strong>,<br />

tanto no exterior, como no interior, em função<br />

do definido no ponto 1.<br />

3. Formação do pessoal de contacto, em termos<br />

de práticas corretas de atendimento ao<br />

cliente (tendo em conta a psicologia e o comportamento<br />

do consumidor), e em termos de<br />

técnicas de vendas.<br />

4. Estabelecer algum método de informação<br />

simples (se for fácil, é aplicado, se for complicado,<br />

não é aplicado) que nos permita a qualquer<br />

momento saber a opinião e o que pensam os<br />

clientes da nossa oficina.<br />

Que elementos contribuem para gerar experiências<br />

positivas aos clientes nas nossas<br />

oficinas?<br />

a) As pessoas<br />

As pessoas são o elemento essencial na prestação<br />

de qualquer serviço; sem elas falaríamos<br />

de auto serviço. Os resulta<strong>dos</strong> do trabalho em<br />

equipa (bem aplicado) incrementam exponencialmente<br />

a qualidade do serviço, os benefícios<br />

económicos e a “libertação” de responsabilidade<br />

da oficina para que possa dedicar mais tempo<br />

a planificar, organizar e dirigir. É fundamental<br />

uma recepção atenta, rápida e profissional,<br />

acompanhada de um sorriso, gestos amáveis<br />

e, sobretudo, que o cliente perceba sempre<br />

que o mais importante, naquele instante, é ele.<br />

b) As zonas ou espaços da oficina<br />

Uma recepção separada fisicamente da zona<br />

da oficina (coloquemos isso como hipótese),<br />

pode ajudar-nos a melhorar muitos aspetos,<br />

tais como, por um lado, potenciar a imagem<br />

e a venda e, por outro lado, reduzir possíveis<br />

problemas deriva<strong>dos</strong> de comportamentos e<br />

atitudes nem sempre controláveis, tanto de<br />

clientes, como de emprega<strong>dos</strong>.<br />

c) A iluminação<br />

A luz, utilizada de forma adequada, serve para<br />

ensinar, destacar, esconder, estimular, deprimir,<br />

esfumar, etc. Em última análise, é capaz de criar<br />

sensações. Na oficina podemos criar diferentes<br />

ambientes e atmosferas, graças à iluminação.<br />

Se na zona da recepção do veículo, a luz é mais<br />

intensa do que nas áreas adjacentes, o automóvel<br />

“debaixo <strong>dos</strong> holofotes”, adquire todo um<br />

protagonismo, relegando o resto para segundo<br />

plano. Ali é onde se fazem a maioria das vendas.<br />

d) Arrumação e limpeza<br />

Assim como a higiene e o asseio pessoal dizem<br />

muito acerca das pessoas, uma oficina em que a<br />

arrumação e a limpeza estão presentes são sinais<br />

inequívocos da maneira de ser das pessoas que<br />

fazem parte desse mesmo estabelecimento. A<br />

arrumação e a limpeza transmitem segurança<br />

e confiança aos clientes que no subconsciente<br />

do seu cérebro, pensam: “A mesma preocupação<br />

com a arrumação e limpeza que colocam<br />

na oficina também a terão com o meu carro,<br />

por certo!”.<br />

e) A decoração<br />

Poderíamos diferenciar dois tipos de decoração:<br />

por um lado, a técnico-profissional que tem<br />

que ver com tudo aquilo que contribui para que<br />

a oficina “respire” profissionalismo; por outro<br />

lugar, a decoração emotiva ou de ambiente, a<br />

qual visa transmitir determinadas sensações a<br />

certos tipos de clientes. O ambiente a escolher<br />

deve ser pensado com critério, podendo até<br />

combinar estas duas facetas, em função de cada<br />

uma das zonas da oficina.<br />

f) Os odores<br />

O olfato é um <strong>dos</strong> senti<strong>dos</strong> mais primários e<br />

instintivos que existem. Numa oficina há que<br />

evitar os maus cheiros, mas se optar pela utilização<br />

de ambientadores na recepção, assegure-<br />

-se que não são demasiado artificiais e não<br />

transformam a oficina numa falsa perfumaria.<br />

Também convém evitar o excesso de fumo<br />

produzido pelos automóveis. Para tal, utilize<br />

sistemas de extração adequa<strong>dos</strong> – não apenas<br />

o cliente agradecerá, como também a saúde<br />

<strong>dos</strong> seus emprega<strong>dos</strong>.<br />

h) A temperatura ambiente<br />

Cuide da temperatura ambiente na recepção,<br />

oficina e sala de espera, evitando, sobretudo, as<br />

sempre incómodas e prejudiciais correntes de<br />

ar. Quando maior for o conforto térmico, mais<br />

cómo<strong>dos</strong> se sentirão os clientes na sua oficina.<br />

E a comodidade é uma condição essencial para<br />

conseguir vender o seu serviço e valorizar o<br />

seu negócio.<br />

66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>


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68 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>

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