Revista dos Pneus 028 - Novembro 2014
Revista Independente de Pneumáticos e Serviços Rápidos Qualidade www.revistadospneus.com REVISTA DOS PNEUS Nº 28 ● novembro 2014 ● Ano VII ● 5 Euros Mercado Estatísticas ETRMA Altos & Baixos Pneus Agrícolas Sementes de prof issionalização REVISTA DOS PNEUS Empresas Mega Point Tiresur Euromaster Técnica Riscos de danos nos talões Produto Pneus Falken Indústria Fabrico de pneus PUB
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<strong>Revista</strong> Independente de Pneumáticos e Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />
Qualidade<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
Nº 28 ● novembro <strong>2014</strong> ● Ano VII ● 5 Euros<br />
Mercado<br />
Estatísticas ETRMA<br />
Altos & Baixos<br />
<strong>Pneus</strong> Agrícolas<br />
Sementes<br />
de prof issionalização<br />
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Empresas<br />
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nos talões<br />
Produto<br />
<strong>Pneus</strong> Falken<br />
Indústria<br />
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Conferência<br />
Ibérica de <strong>Pneus</strong><br />
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“Projetar o futuro”<br />
27 de Março de 2015<br />
Auditório do Centro de Congressos do Estoril<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Periódico Autopós<br />
informação para patrocínios | mario.carmo@apcomunicacao.com
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Editorial<br />
Eficiência e produtividade<br />
Ainda há muitas pessoas que pensam que ser<br />
eficiente se resume a sair de casa de manhã, ir até ao<br />
trabalho e fazer o que aparece para fazer<br />
Confundem assim a noção de diligência com a de eficiência, o que está muito<br />
longe de ser exato. Podemos ser diligentes e pouco eficientes, mas também<br />
podemos ser pouco diligentes e muito eficientes. Um artista que dá um concerto<br />
de três em três meses e fatura nessa altura mais do que muitas empresas<br />
num ano é muito eficiente, mas duvidamos que seja diligente, no sentido habitual em<br />
que o termo é utilizado.<br />
Outro termo de gestão por vezes maltratado é a produtividade. Confunde-se capacidade<br />
de produção, com produtividade. Na realidade, uma empresa pode produzir muito com<br />
baixa produtividade e outra produzir pouco, com elevada produtividade. A primeira pode<br />
produzir muito com custos eleva<strong>dos</strong> e desperdício (incluindo stocks não vendáveis),<br />
estando abaixo de zero no que diz respeito a produtividade, que é a capacidade de<br />
produção por unidade de tempo e por unidade de produção. Inversamente, a segunda<br />
empresa pode produzir pouco, mas com elevada produtividade.<br />
As novas tecnologias da informação e da comunicação, por seu turno, vieram revolucionar<br />
o conceito da produtividade, porque neutralizaram até certo ponto as contingências<br />
habituais das condicionantes espaço e tempo. Com um único código QR, por exemplo,<br />
podemos levar a informação de um pneu a milhões de pessoas em to<strong>dos</strong> os pontos do<br />
globo, a qualquer momento. O mesmo se passa com a informação de um site da Internet.<br />
Qualquer destes conteú<strong>dos</strong> pode ser interativo, o que multiplica as sinergias e os<br />
vários tipos de feedback. Teoricamente, uma empresa pode ser operada por um único<br />
elemento humano, desde que disponha de recursos digitais adequa<strong>dos</strong> e suficientes.<br />
Outro fator importante de eficiência e produtividade é a organização e planeamento.<br />
As principais áreas que beneficiam da organização e da planificação são a gestão e os<br />
processos da empresa. Estes por sua vez, requerem tecnologias de informação e da<br />
comunicação, porque não é possível operar organizadamente sem quadros de referência<br />
espaciais e temporais. Um bom exemplo disto é a logística global. O consumidor<br />
encomenda um jogo de pneus para uma oficina de retalho e marca o dia/hora de<br />
montagem. O sistema inteligente da oficina confere os stocks e marcações, reenviando<br />
feedback para o cliente e para o operador logístico, caso seja necessário. No dia certo e<br />
à hora certa, o pneu certo é montado no carro certo do cliente certo. Eficiência: 100%.<br />
Satisfação do cliente: 100%. Competitividade: 100%. Rentabilidade: OK. Produtividade:<br />
OK. Concorrência: KO! Muito complicado? Não, muito simples!<br />
João Vieira<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 03
Dossier<br />
<strong>Pneus</strong> Agrícolas<br />
Sementes de prof iss<br />
O mercado nacional de pneus agrícolas vive tempos<br />
de mudança. Os clientes estão mais exigentes e<br />
informa<strong>dos</strong> e as sementes de profissionalização do<br />
setor estão lançadas. Mas os números ainda são<br />
pouco rigorosos. Falta um maior acompanhamento<br />
das entidades oficiais<br />
Por: Jorge Flores<br />
Com a crise económica que o país<br />
ainda atravessa e com os níveis<br />
de desemprego a manterem-se<br />
sempre acima das duas casas decimais,<br />
muito se tem falado sobre o alegado<br />
regresso de um número significativo<br />
da população ao cultivo <strong>dos</strong> seus terrenos,<br />
explorando a sua “veia produtora”. Nunca<br />
a agricultura esteve tão na moda. Mas terá<br />
esta tendência reflexos consideráveis nas<br />
vendas de pneus agrícolas nacionais? A<br />
dificuldade de encontrar estatísticas oficiais<br />
é grande, mas podem fazer-se algumas<br />
leituras sobre a atual situação desta<br />
franja do mercado. Uma delas é a de que,<br />
de facto, este cresceu nos últimos anos. A<br />
outra é que ainda haverá muito por desbravar<br />
neste terreno, nomeadamente em<br />
matéria de especialização, dado tratar-se<br />
de um mercado ainda pouco maduro, algo<br />
“verde”. “Pode dizer-se que o nosso mercado<br />
de pneus agrícolas está numa fase<br />
de especialização, tal como o mercado<br />
agrícola em geral”, começa por dizer José<br />
Saraiva, responsável para Portugal da Trelleborg.<br />
“Está a especializar-se e os níveis<br />
de profissionalização estão a aumentar”.<br />
Segundo garante, “há uma concentração<br />
excessiva no custo inicial <strong>dos</strong> produtos em<br />
detrimento de uma análise que deve ser<br />
efectuada ao desempenho <strong>dos</strong> produtos<br />
e à sua rentabilidade ao fim de algumas<br />
horas de utilização”. Observando os últimos<br />
cinco anos, José Saraiva não tem dúvidas<br />
de que houve “algum crescimento”<br />
no mercado de pneus agrícolas. A REVISTA<br />
DOS PNEUS auscultou os vários players<br />
do mercado. Muitos têm uma visão mais<br />
negra...<br />
w AGRICULTORES INFORMADOS E EXIGENTES<br />
Hélio Fraústo, account manager Agrícola<br />
da Michelin para Portugal defende<br />
que, atualmente, o mercado está mais “exigente<br />
e profissional” do que em anos anteriores.<br />
“Posso afirmar que, hoje, o agricultor<br />
é <strong>dos</strong> consumidores mais informa<strong>dos</strong> e<br />
que procura sobretudo um especialista no<br />
aconselhamento <strong>dos</strong> seus pneus. A rede<br />
de especialistas Michelin Exelagri vai ao<br />
encontro das suas expectativas”, afirma.<br />
Para Hélio Fraústo, “uma larga maioria <strong>dos</strong><br />
clientes de pneus agrícolas procura uma<br />
optimização entre o custo inicial <strong>dos</strong> pneus<br />
e a sua via útil, valorizando a capacidade<br />
de tração e o conforto <strong>dos</strong> mesmos”. O<br />
responsável da Michelin para os pneus<br />
agrícolas, em solo nacional, não destaca<br />
nenhuma área geográfica predominante<br />
em termos comerciais. “Todas elas têm a<br />
sua especificidade”. Ou seja, “no norte do<br />
país, a procura recai sobre os pneus para<br />
04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
ionalização<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 05
Dossier<br />
<strong>Pneus</strong> Agrícolas<br />
os tratores de pequena e média potencia,<br />
já no centro e sul do país, a procura recai<br />
nos pneus para tratores de média e grande<br />
potência”. A chave do sucesso reside numa<br />
leitura inteligente do mapa nacional.<br />
w INCERTEZAS MUITO PREMIUM...<br />
Responsável de uma marca premim, Hélio<br />
Fraústo aponta, como principal ameaça do<br />
setor, “os pneus de baixo preço e a sua rápida<br />
penetração no mercado nacional”. Porém,<br />
como contraponto, considera que “a procura<br />
de rentabilidade por parte do agricultor poderá<br />
ser seguramente uma oportunidade”.<br />
Para Telmo Montenegro, gestor de produto<br />
Agrícola e Engenharia Civil da Bridgestone,<br />
em Portugal, o setor está a atravessar uma<br />
forte “mudança”. Uma “nova mudança”. E concretiza.<br />
“Este novo virar de página, desta vez,<br />
carateriza-se pela necessidade de haver novos<br />
operadores capazes e com conhecimentos<br />
“O nosso mercado de pneus<br />
agrícolas está numa fase<br />
de especialização. Os níveis<br />
de profissionalismo estão a<br />
aumentar”<br />
José Saraiva, Trelleborg<br />
para resolverem assuntos complexos e saberem<br />
dar conselhos que possam ajudar a<br />
aumentar a produtividade <strong>dos</strong> agricultores”,<br />
afirma.<br />
De resto, “ao contrário da primeira grande<br />
mudança, aquando da ‘radialização’ do mercado,<br />
agora, através de tratores de elevada<br />
potência, com maiores capacidades de carga<br />
“Neste momento, o mercado está<br />
virado para as marcas budget.<br />
Desde 2013 que estamos a perder<br />
quota de mercado”<br />
Nuno Pereira, Goodyear<br />
e velocidades. A exigência obriga a que os<br />
pneus e os seus operadores sigam esta nova<br />
revolução”, sustenta Telmo Montenegro.<br />
Em relação à capacidade <strong>dos</strong> operadores do<br />
mercado, a mesma fonte da Bridgestone vislumbra<br />
uma “melhoria na oferta <strong>dos</strong> serviços<br />
e rapidez, quando solicita<strong>dos</strong>. A assistência,<br />
no campo, com a capacidade de resolverem<br />
no terreno a maioria <strong>dos</strong> problemas, começa<br />
hoje a ser um serviço diferenciador e reconhecido<br />
pelo agricultor”.<br />
A fazer fé nas suas palavras, atualmente,<br />
a resposta a esta necessidade passa pelos<br />
“especialistas tradicionais de pneus agrícolas e<br />
pelos “grandes concessionários de marcas de<br />
tratores começarem a oferecer estes produtos<br />
e serviços aos seus clientes, de forma complementar<br />
a sua atividade direta. Em termos<br />
globais, e Portugal não será uma exceção,<br />
teremos que aumentar a nossa produção<br />
agrícola tendo em conta que o solo arável<br />
disponível é limitado e pouco disperso”, diz.<br />
Segundo Telmo Montenegro, o nosso país<br />
“está dependente de factores externos no que<br />
concerne a produção agrícola, variações de<br />
preços, quotas de produção, financiamentos e<br />
politicas internacionais”. Contudo, acrescenta,<br />
com otimismo, “temos assistido a um interesse<br />
das camadas mais jovens pela agricultura”,<br />
algo que irá trazer-nos, inevitavelmente,<br />
novas abordagens. Aliado ao interesse do país<br />
em evoluir nestas áreas, teremos um futuro<br />
muito interessante”.<br />
O crescimento do setor? Devido à importação<br />
de grandes quantidades de pneus de<br />
merca<strong>dos</strong> fora da UE, “torna-se difícil dar uma<br />
estimativa credível, mas poderemos estar<br />
acima das 50.000 unidades/ano de pneus<br />
convencionais e radiais”. Em relação a estes<br />
últimos, enfatiza, verifica-se uma evolução,<br />
“to<strong>dos</strong> os anos, em detrimento <strong>dos</strong> modelos<br />
convencionais, devido à renovação contínua<br />
do parque de máquinas”.<br />
Telmo Montenegro desvenda alguns critérios<br />
indispensáveis para o cliente na altura de<br />
comprar um pneu agrícola. “Normalmente,<br />
a escolha <strong>dos</strong> pneus está dependente do<br />
tipo de trabalho que o agricultor efetua. Na<br />
grande maioria das vezes, a proximidade do<br />
especialista de pneus agrícolas é usada pelo<br />
agricultor como uma forma de esclarecer<br />
dúvidas e ajudar a encontrar soluções para<br />
os problemas apresenta<strong>dos</strong>”, refere. “<strong>Pneus</strong><br />
com índices de carga suficientes para a sua<br />
operação e com índices de velocidades suficientes<br />
para poderem circular com cargas<br />
na estrada em segurança, são os requisitos<br />
mais procura<strong>dos</strong> e diferenciadores.<br />
Hoje em dia, a procura de pneus que ofereçam<br />
uma boa tração e conforto tanto em<br />
estrada como no campo são cada vez mais<br />
considera<strong>dos</strong>”, esclarece, concluindo. “O nível<br />
de compactação provocado pelo pneu,<br />
fenómeno muito conhecido pelos agricultores<br />
é considerado como vital para uma boa<br />
germinação e produtividade das culturas”.<br />
06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 07
Dossier<br />
<strong>Pneus</strong> Agrícolas<br />
Galeria de novidades<br />
O mercado <strong>dos</strong> pneus agrícolas em Portugal dispõe de<br />
várias marcas com soluções distintas para cada tipo de<br />
trabalho. Destacamos a seguir algumas novidades lançadas<br />
recentemente no mercado<br />
BKT AGRIMAX FORCE<br />
Desempenho superior<br />
w A S. José <strong>Pneus</strong> comercializa a gama completa<br />
de pneus agrícolas BKT, que comemorou<br />
na Feira de Essen 10 anos de tecnologia<br />
Radial. O destaque vai para o modelo Agrimax<br />
Force, um pneu radial para tratores de<br />
alta potência. A tecnologia IF, que tem sido<br />
desenvolvida pela BKT, permite aos utilizadores<br />
tirar o máximo de cargas pesadas com<br />
pressões mais baixas em comparação com<br />
um pneu padrão. Isso garante um desempenho<br />
superior, menor compactação do solo,<br />
bem como uma vida mais longa do pneu.<br />
TRELLEBORG TM1000<br />
HIGH POWER<br />
Respeitador do ambiente<br />
w Concebido com recurso à tecnologia Trelleborg<br />
Blue Tire, o novo TM1000 High<br />
Power para rodas motrizes procura redefinir<br />
os padrões da indústria agrícola. Respeitador<br />
do meio ambiente, assume-se como uma<br />
solução ideal para uma agricultura sustentável.<br />
A empresa possui duas áreas de negócio:<br />
Divisão de <strong>Pneus</strong> Agrícolas e Florestais,<br />
desenvolvendo, produzindo e distribuindo,<br />
em todo o mundo, a sua vasta gama de pneus<br />
e rodas completas para máquinas agrícolas<br />
e florestais.<br />
MICHELIN ULTRAFLEX<br />
Trunfo da polivalência<br />
w A Michelin sublinha que os seus produtos<br />
garantem uma rentabilidade ímpar no<br />
trabalho de campo. Entre as suas propostas<br />
de pneus agrícolas, o destaca vai para<br />
a gama Ultraflex, presente em quase to<strong>dos</strong><br />
os segmentos agrícolas. Referência também<br />
para as linhas Axiobib, para tratores de forte<br />
potência; Xeobib para máquinas de média<br />
potência e Cerexbib, para ceifeiras. Todas<br />
elas caraterizadas pela sua grande capacidade<br />
de carga, de resistência ao desgaste e<br />
reduzida compactação.<br />
ALLIANCE FARM PRO 85<br />
Competência israelita<br />
w A Distrityres, importadora da marca<br />
Alliance, não tem dúvidas de que a origem<br />
israelita <strong>dos</strong> pneus que comercializa são um<br />
forte trunfo. São muitos anos de competência.<br />
“Não tem pouco tempo de vida”. Além<br />
disso, sublinha fonte da empresa, a gama<br />
permite assegurar todas as opções possíveis<br />
e imaginárias dentro do segmento de pneus<br />
agrícolas. “Não há nenhuma outra gama mais<br />
completa”. O pneu Alliance Farm Pro 85 e o<br />
Alliance 846 são <strong>dos</strong> produtos melhor referencia<strong>dos</strong><br />
no catálogo da marca.<br />
Já Nuno Pereira, responsável para o<br />
nosso país das marcas Goodyear e Dunlop<br />
olha para o mercado com mais reservas.<br />
“Neste momento, está mais virado para as<br />
marcas budget”, o que dificulta a vida a quem<br />
comercializa produtos premium, como é o<br />
caso da Goodyear. “Desde 2013 que estamos<br />
a perder quota devido à queda do mercado<br />
da agricultura. Falta investimento”, lamenta.<br />
Na sua opinião, “com a agricultura sempre a<br />
cair, o mercado não pode piorar muito mais<br />
do que está”. Alguns subsídios até podem<br />
ajudar determinadas empresas a ultrapassar<br />
os tempos mais agrestes, mas estes têm sido<br />
atribuí<strong>dos</strong> essencialmente a “quem já tem<br />
condições e não tanto ao pequeno agricultor”,<br />
a quem restará apenas o associativismo poderá<br />
servir de apoio. Segundo Nuno Pereira,<br />
entre 2012 e 2013, a queda das vendas de<br />
pneus agrícolas foi de 7%.<br />
“Hoje, o agricultor é <strong>dos</strong><br />
consumidores mais informa<strong>dos</strong><br />
e que procura sobretudo um<br />
especialista no aconselhamento<br />
<strong>dos</strong> seus pneus”<br />
Hélio Fraústo, Michelin<br />
O preço continua a ser a grande questão<br />
para os clientes To<strong>dos</strong> querem “bom<br />
e barato”. O grande agricultor “aposta nas<br />
primeiras marcas, porque, nestas, já sabe<br />
que conseguirá uma obter rentabilidade e<br />
um número de horas de trabalho positivo”,<br />
garante Nuno Pereira. O pior é existirem<br />
“cada vez menos” a apostar nas marcas<br />
premium.<br />
w MAIS MARCAS A DISTRIBUIR JOGO<br />
Sérgio Heleno, responsável da Distrityres,<br />
empresa que importa a marca de<br />
pneus Alliance, faz uma leitura mais otimista<br />
do mercado, que considera estar mais<br />
saudável desde o início do ano, graças ao<br />
“incremento de várias marcas, algo que há<br />
dois anos não acontecia”. Entre premium e<br />
budget. “Abre outras possibilidades e beneficia<br />
a distribuição. Antes estava mais<br />
concentrado. Quando maior for a oferta,<br />
maior será a distribuição pelo mercado”. O<br />
mesmo responsável da Distrityres acredita<br />
que o consumo de pneus agrícolas possa<br />
aumentar se a própria economia nacional<br />
começar a erguer-se. E não encontra<br />
08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
“O incremento de várias marcas<br />
no mercado abre outras<br />
possibilidades na distribuição.<br />
Há dois anos estava mais<br />
concentrado”<br />
Sérgio Heleno, Distrityres<br />
grandes ameaças atuais para o setor. “São<br />
tudo oportunidades. Todas as marcas vão<br />
procurar o seu posicionamento. Vamos falar<br />
em qualidade em alguns casos e em preço<br />
noutros. O mercado assim o exige”, sublinha<br />
Sérgio Heleno.<br />
Como uma espécie de jogo. “O consumidor<br />
final pondera entre o preço e o número<br />
de horas de vida do pneu agrícola. O representante<br />
da marca quer ter um produto de<br />
qualidade, mas esbarra, muitas vezes, no<br />
preço. E o revendedor pergunta-se: será que<br />
alguém está a vender mais barato?”, vaticina<br />
o responsável da Distrityres. A empresa tem<br />
um ano e meio de presença no mercado<br />
português e Sérgio Heleno acedita que as<br />
vendas de pneus agrícolas “vão continuar<br />
acrescer. Este é o nosso ano zero”.<br />
Na essência, Manuela Valente, da Dispnal<br />
<strong>Pneus</strong>, não discorda do atrás referido.<br />
Pensa que se trata de um mercado carate-<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 09
Dossier<br />
<strong>Pneus</strong> Agrícolas<br />
PETLAS TA-60<br />
Performance elevada<br />
w A Dispnal <strong>Pneus</strong> comercializa atualmente<br />
várias marcas dentro do setor<br />
agrícola: Petlas, Taurus, Galaxy e Linglong.<br />
Em todas estas gamas, a empresa desta a<br />
capacidade de horas de trabalho, a elevada<br />
tração e ainda o sistema de autolimpeza.<br />
Uma das linhas mais comercializadas é a<br />
do Petlas TA-60 (R-1), um pneu de “ótima”<br />
performance, para ambos os eixos, traseiro<br />
ou dianteiro, dependendo do tamanho do<br />
trator para o qual se destina.<br />
rizado por uma “forte concorrência”. Tanto<br />
em termos de “operadores como de oferta”.<br />
No seu entender, “neste tipo de mercado,<br />
existem diversos operadores e inúmeras<br />
ofertas, ou seja, é possível encontrar um<br />
pneu com vários preços diferentes. Estamos<br />
na Era da Guerra de Preços. Como é óbvio,<br />
também falamos de pneus com preços<br />
consideráveis”. A situação económica do<br />
país e o “estado degradado da agricultura<br />
em Portugal” preocupam Manuela Valente,<br />
apesar de encontrar oportunidades no setor,<br />
assim os seus intervenientes tenham<br />
“capacidade de resposta imediata, preços<br />
competitivos e stock disponível”. Condições<br />
essenciais. A mesma fonte da Dispnal <strong>Pneus</strong><br />
também tem dificuldade em apresentar<br />
números do mercado, mas está ciente da<br />
sua queda em 2013 e da ligeira melhoria<br />
verificada no presente ano. Além disso, hoje<br />
em dia, “basta uma máquina agrícola para<br />
fazer o mesmo trabalho de várias, o que<br />
provoca também a diminuição das vendas<br />
“Temos de aumentar a nossa<br />
produção agrícola, tendo<br />
em conta que o solo arável<br />
disponível é limitado e pouco<br />
disperso”<br />
Telmo Montenegro, Bridgestone<br />
de pneus agrícolas”. No futuro? “A tendência<br />
será crescer a nível da tecnologia radial,<br />
se bem que a nossa procura é superior<br />
em pneus diagonais”. Segundo Manuela<br />
Valente, em Portugal, as vendas do setor<br />
verificam-se essencialmente no Ribatejo,<br />
Alentejo, Trás-os-Montes e Alto Douro.<br />
w AUSÊNCIA DE ESTATÍSTICAS<br />
A dificuldade na obtenção de números<br />
rigorosos sobre o mercado de pneus agrícolas<br />
deve-se, segundo o responsável da<br />
Trelleborg em Portugal, ao facto de se tratar<br />
de uma categoria de produtos composta<br />
BRIDGESTONE VT-TRACTOR<br />
Estreia absoluta<br />
w A Bridgestone já comercializa pneus<br />
agrícolas da Firestone há muito. Mas desde<br />
Maio de <strong>2014</strong> que passou a incluir uma<br />
gama em nome próprio, com a produção,<br />
pela primeira vez, de pneus radiais de elevada<br />
potência: os Bridgestone VT-Tractor.<br />
Trata-se de uma gama que recorre à tecnologia<br />
VI (muito alta deflexão) e que<br />
permite aguentar índices de carga 40%<br />
superiores aos modelos standart. Além<br />
disso, não obrigam a alterar as jantes de<br />
origem.<br />
“A concorrência é forte. Tanto<br />
em termos de operadores<br />
como de oferta. Um pneu tem<br />
muitos preços diferentes. É a<br />
Era da Guerra de Preços”<br />
Manuela Valente, Dispnal <strong>Pneus</strong><br />
10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
“Aumentámos a área de<br />
armazém <strong>dos</strong> pneus agrícolas<br />
para satisfazer os pedi<strong>dos</strong> <strong>dos</strong><br />
nossos clientes, mas o mercado<br />
não está a crescer”<br />
Luis Aniceto, S. José <strong>Pneus</strong><br />
por “variadíssimas classes de caraterísticas<br />
muito diferentes”, o que baralha os<br />
números.<br />
“De qualquer forma”, acrescenta José<br />
Saraiva, “prefiro dizer que, considerando<br />
a totalidade dessas classes, o mercado<br />
pode valer claramente mais de 50 mil unidades,<br />
sendo que a Trelleborg, em média,<br />
terá uma quota muito próxima <strong>dos</strong> 20%”.<br />
Além do mais, os da<strong>dos</strong> estatísticos oficiais<br />
disponíveis, “não nos dão uma ideia real do<br />
mercado”, na medida em que “há alguns<br />
fabricantes que não estão presentes nessa<br />
‘pool’ e portanto adulteram-se os números<br />
com facilidade”, explica o responsável da<br />
Trelleborg.<br />
Comparado o mercado nacional de pneus<br />
agrícolas com a realidade internacional,<br />
José Saraiva conclui que “temos de ter<br />
consciência de que somos um mercado<br />
muito pequeno à escala europeia e mundial.<br />
Na europa, os merca<strong>dos</strong> principais são<br />
a França e a Alemanha, onde a extensão<br />
<strong>dos</strong> terrenos, o tipo de culturas e o nível de<br />
mecanização faz desses merca<strong>dos</strong> um alvo<br />
bastante forte <strong>dos</strong> fabricantes de pneus<br />
agrícolas”, adianta à REVISTA DOS PNEUS.<br />
w PRIORIDADE À AGRICULTURA<br />
Segundo José Saraiva, o nosso país ainda<br />
não atribui a devida importância ao sector<br />
agrícola. O que prejudica a atividade. “O<br />
maior obstáculo em Portugal é que, na<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 11
Dossier <strong>Pneus</strong> Agrícolas<br />
Janeiro a Setembro <strong>2014</strong><br />
Venda de tratores agrícolas em queda<br />
w As vendas de tratores agrícolas serve de barómetro para<br />
3647<br />
3501<br />
o mercado nacional de pneus agrícolas. Ambos os sectores<br />
estão umbilicalmente liga<strong>dos</strong>.<br />
Analisando os da<strong>dos</strong> mais recentes da ACAP, relativos ao<br />
mês de Setembro de <strong>2014</strong> constata-se que foram matricula<strong>dos</strong><br />
407 tratores agrícolas novos, o que significa um acréscimo<br />
de 6,3 por cento, face ao mesmo mês do ano anterior.<br />
Mas em termos de valores acumula<strong>dos</strong> nos primeiros nove<br />
meses de <strong>2014</strong>, foram matricula<strong>dos</strong> um total de 3.501 tractores<br />
agrícolas novos o que representa um decréscimo do<br />
mercado de 4 por cento, relativamente ao mesmo período<br />
do ano anterior, determinado pelas quedas do mercado <strong>dos</strong><br />
2013<br />
<strong>2014</strong><br />
tratores compactos (-8,6%) e <strong>dos</strong> convencionais (-3,5%). No<br />
1618 1586<br />
período em análise o mercado <strong>dos</strong> tratores especiais cresceu<br />
1441<br />
1290<br />
1,1 por cento, face ao período homólogo do ano anterior.<br />
Quanto à distribuição do mercado de tratores novos por<br />
classes de potência nos primeiros nove meses do ano, os<br />
escalões que vão <strong>dos</strong> 40 aos 88kw representaram 46,2 por<br />
cento do total das matrículas, os escalões até aos 39kw representaram<br />
45,6 por cento e os escalões com mais de 88kw<br />
618 625<br />
representaram 8,2 por cento. Compactos Convencionais Especiais Total<br />
realidade, ainda não consideramos (e refiro-<br />
-me às autoridades oficiais competentes) a<br />
atividade agrícola como realmente prioritária<br />
para o desenvolvimento do país”, lamenta.<br />
Handicap para o mercado é ainda a forma<br />
como é avaliada a rentabilidade de um pneu.<br />
“Nem sempre são coloca<strong>dos</strong> em equação<br />
factores como as questões ambientais, a capacidade<br />
de tração e o consumo de combustível,<br />
factores esses importantíssimos e<br />
que distinguem um bom pneu de um pneu<br />
excelente como é o caso da Trelleborg”, defende<br />
José Saraiva.<br />
Dentro do mercado de pneus agrícolas, os<br />
“mais populares e apetecíveis são, sem dúvida,<br />
os pneus radiais para rodas motrizes,<br />
sobretudo nos tratores de alta potência. No<br />
caso da Trelleborg é uma classe muito importante”,<br />
sustenta José Saraiva, que define como<br />
“muito bom” o contexto atual da empresa.<br />
“A nível central estamos cada vez mais<br />
cooperantes com to<strong>dos</strong> os mais importantes<br />
fabricantes de equipamentos agrícolas,<br />
colaborando no desenvolvimento de novos<br />
produtos”, conta. Em Portugal, assegura,<br />
“estamos muito atentos à especialização<br />
de mercado e a aumentar, to<strong>dos</strong> os anos,<br />
a nossa faturação. O ano <strong>2014</strong> será seguramente<br />
muito bom para nós”...<br />
12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 13
Novidades Novos modelos pneus 2015<br />
/////////////////////////////////<br />
Uniroyal RainExpert 3<br />
O novo tubarão das estradas<br />
O RainExpert 3 representa a última geração em pneus de chuva e tem como<br />
principal característica o uso de pele de tubarão no design e estrutura do piso<br />
Inspira<strong>dos</strong> no desenho da pele de tubarão,<br />
os engenheiros da Uniroyal desenvolveram<br />
uma estrutura de superfície com<br />
cortes finos nas saliências <strong>dos</strong> sulcos semelhantes<br />
à pele deste predador, conhecida<br />
por diminuir significativamente o atrito ao<br />
deslocamento.<br />
O RainExpert 3 apresenta igualmente uma<br />
redução do desgaste, da percepção subjectiva<br />
do ruído e da resistência ao rolamento<br />
sem nenhum efeito negativo no desempenho<br />
em piso molhado. Estas características<br />
são asseguradas pelo padrão assimétrico do<br />
piso, que melhora as condições de desgaste<br />
e ruído. Ao mesmo tempo, o nível de aquaplanagem<br />
é mantido graças à estrutura de<br />
sulcos que otimizam o fluxo, a tecnologia<br />
de pele de tubarão e as AquaSipes. Além<br />
disso, o composto do pneu de chuva reduz<br />
a resistência ao rolamento sem produzir nenhum<br />
efeito negativo nas propriedades de<br />
travagem em piso molhado ou seco.<br />
w PADRÃO ASSIMÉTRICO DO PISO<br />
A nova geração da tecnologia do padrão<br />
assimétrico do RainExpert 3 permite um<br />
deslocamento volumétrico mais rápido,<br />
graças ao fluxo livre da água e da tecnologia<br />
pele de tubarão. Estas características<br />
possibilitam uma prevenção mais elevada<br />
da aquaplanagem.<br />
O ombro exterior mais largo com elevada<br />
rigidez lateral proporciona uma elevada<br />
aderência em curva e a rigidez uniforme<br />
<strong>dos</strong> blocos do padrão do piso permitem<br />
um baixo ruído interior ao longo da vida<br />
útil do pneu.<br />
A nova geração de padrões assimétricos do<br />
piso que combinam as vantagens da assimetria<br />
clássica (piso seco) com as <strong>dos</strong> padrões<br />
que otimizam o fluxo de desvio das águas<br />
de forma a evitar o risco de aquaplanagem,<br />
garantem igual desempenho em piso seco<br />
e em piso molhado.<br />
Além disso o padrão assimétrico garante<br />
um desgaste uniforme e diminuiu o nível<br />
de ruído ao longo de toda a vida útil do<br />
pneu, sem nunca perder nenhuma das propriedades<br />
de travagem quer em piso seco<br />
quer em molhado.<br />
Os pneus de chuva também têm que proporcionar<br />
uma elevada aderência em piso<br />
seco para um desempenho com precisão<br />
e distâncias de travagem curtas com baixa<br />
resistência ao rolamento. No RainExpert3<br />
a distribuição otimizada da rigidez <strong>dos</strong><br />
blocos, através da redução da inclinação e<br />
consequente utilização otimizada da área<br />
de contacto do pneu com o solo contribui<br />
para este efeito.<br />
Em <strong>2014</strong>, a Red Dot Design Award atribuiu<br />
o prémio à Uniroyal pelo pneu RainSport<br />
3. O design do pneu, diferente <strong>dos</strong> outros<br />
existentes no mercado e a inovadora tecnologia<br />
baseada na estrutura pele de tubarão<br />
foram decisivos para os cerca de 40<br />
membros do júri.<br />
14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
Pele<br />
de tubarão<br />
inspira<br />
engenheiros<br />
w O recurso à Shark Skin Technology (SST)<br />
diminuiu a resistência ao deslocamento e<br />
acelera o desvio da água da superfície de<br />
contacto do pneu.<br />
A tecnologia de pele de tubarão é utilizada<br />
como compensação. Esta tecnologia possuiu<br />
uma estrutura de sulcos otimizada e<br />
AquaSipes, que é utilizada para manter o<br />
nível de aquaplanagem.<br />
O novo pneu apresentado pela Uniroyal<br />
apresenta também uma evolução do desempenho<br />
em pisos secos, que permite<br />
um melhoramento da travagem e nenhum<br />
efeito negativo no desempenho da travagem<br />
em piso molhado.<br />
Tecnologias utilizadas<br />
A alta tecnologia da Uniroyal vai buscar os<br />
seus melhores ensinamentos à natureza. No<br />
RainExpert 3, a estrutura da pele de tubarão<br />
é transferida para os sulcos longitudinais<br />
do padrão do piso, que tem por vantagem<br />
expelir a água de forma muito mais rápida,<br />
graças à menor turbulência da água.<br />
w AQUASIPE<br />
O efeito de otimização do fluxo também<br />
é utilizado pelas AquaSipes. Estas apresentam<br />
como vantagem um deslocamento<br />
mais rápido nos sulcos laterais através do<br />
efeito de aspiração, em pneus novos. Em<br />
pneus com um desgaste de 50%, a tecnologia<br />
AquaSipes permite um alargamento<br />
da secção transversal a fim de contrariar a<br />
menor proteção contra a aquaplanagem<br />
provocada pelo desgaste.<br />
w GENTLE SOUND CONFIGURATION<br />
A fim de obter uma condução o mais<br />
confortável possível, a utilização do Gentle<br />
Sound Configuration (GST) através da<br />
otimização do número de secções, bem<br />
como da estrutura de padrão do piso com<br />
rigidez uniforme, garantindo que se ajustem<br />
diretamente à superfície de contacto com<br />
o solo, produzindo uma emissão de ruído<br />
uniforme e com níveis baixos, ao mesmo<br />
tempo que garante um desgaste regular do<br />
mesmo. A introdução deste novo modelo<br />
Uniroyal garante uma cobertura da marca<br />
ao mercado nacional nas dimensões Jante<br />
≤ 16 de cerca de 97 por cento e de 84 por<br />
cento nas dimensões Jante ≥ 17.<br />
w ULTIMATE FLOW STRUCTURE<br />
A estrutura do padrão do piso optimiza o<br />
fluxo e promove um rápido deslocamento<br />
volumétrico, o que confere uma elevada<br />
segurança em termos de aquaplanagem.<br />
A Ultimate Flow Structure garante ao RainExpert<br />
3 um padrão do piso com sulcos<br />
acentua<strong>dos</strong> e longos com elevado volume,<br />
que optimiza o fluxo e promove um rápido<br />
deslocamento volumétrico. Tal como a tecnologia<br />
pele de tubarão, a Ultimate Flow<br />
Structure apresenta como benefício uma<br />
elevada segurança no que respeita à aquaplanagem<br />
w RAIN TYRE COMPOUND<br />
A tecnologia Rain Tyre Compound permite<br />
a transferência de forças de travagem elevadas<br />
devido a um maior amortecimento do<br />
composto do piso, o que proporciona curtas<br />
distâncias de travagem em piso molhado.<br />
A Rain Tyre Compound possui também<br />
cadeias de polímeros mais estáveis que<br />
reduzem as perdas de atrito. Isto significa<br />
que esta tecnologia tem como benefício<br />
distâncias de travagem curtas em piso seco<br />
e baixa resistência ao rolamento.<br />
w DISTRIBUIÇÃO OTIMIZADA<br />
DA RIGIDEZ DOS BLOCOS<br />
Esta tecnologia possibilita a redução da<br />
inclinação <strong>dos</strong> blocos e a consequente<br />
utilização otimizada da área de contacto<br />
com o solo, dando origem a distâncias de<br />
travagem mais curtas em piso seco e baixa<br />
resistência ao rolamento.<br />
Para que estas características fossem possíveis,<br />
a RainExpert 3 recorreu à nova<br />
geração de padrões assimétricos do piso,<br />
que combinam as vantagens da assimetria<br />
clássica (comportamento em piso seco)<br />
com as <strong>dos</strong> padrões que otimizam o fluxo<br />
(aquaplanagem).<br />
A distribuição otimizada da rigidez <strong>dos</strong><br />
blocos através da redução da inclinação<br />
<strong>dos</strong> blocos e consequente otimização da<br />
área do pneu em contacto com o solo, bem<br />
como recurso ao Rain Tyre Compound<br />
(RTC) – cadeias de polímeros que reduzem<br />
as perdas de atrito – o novo Uniroyal<br />
RainExpert3 garante distâncias de travagem<br />
curta em piso seco e baixa resistência<br />
ao rolamento.<br />
Padrão assimétrico do piso Padrão direcional do piso RainExpert 3<br />
Deslocamentovolumétricolento<br />
devido a maior turbulência<br />
- Prevenção moderada da<br />
aquaplanagem<br />
Ombro exterior largo<br />
com elevada rigidez lateral<br />
+<br />
Rigidez uniforme <strong>dos</strong> blocos do<br />
padrão do piso<br />
Deslocamento volumétrico rápido<br />
graças a fluxo livre de àgua<br />
Prevenção elevada da<br />
aquaplanagem<br />
Ombro exterior mais estreito<br />
com baixa rigidez lateral<br />
Rigidez desigual <strong>dos</strong> blocos do<br />
padrão do piso<br />
- Maior ruído interior ao longo<br />
da vida útil do pneu<br />
Deslocamento volumétrico rápido<br />
graças a fluxo livre de àgua e SST<br />
Prevenção elevada da<br />
aquaplanagem<br />
Ombro exterior mais estreito<br />
com elevada rigidez lateral<br />
Elevada aderência em curva Média aderência em curva Elevada aderência em curva<br />
Baixo ruído interior ao longo<br />
da vida útil do pneu<br />
+ +<br />
-<br />
+ +<br />
+<br />
Rigidez uniforme <strong>dos</strong> blocos do<br />
padrão do piso<br />
Baixo ruído interior ao longo<br />
da vida útil do pneu<br />
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Novidades<br />
Modelos 2015<br />
Michelin Alpin 5 e Latitude 3<br />
Estratégia Total Performance<br />
A Michelin apresentou no Salão Mundial do Automóvel de Paris, o pneu de<br />
inverno de última geração, Alpin 5 e o pneu de altas prestações para SUV, Latitude<br />
Sport 3, ambos concebi<strong>dos</strong> com a filosofia Total Performance<br />
em molhado na etiqueta europeia do pneu,<br />
quando o seu antecessor conseguiu uma “C”.<br />
Existem 42 referências distintas para o pneu<br />
Michelin Alpin 5, da 195/65R15 à 225/55R17.<br />
Aumento da segurança em todas as<br />
circunstâncias, poupança na utilização<br />
e capacidade para acompanhar<br />
as cada vez melhores prestações <strong>dos</strong><br />
veículos que equipam, são algumas das importantes<br />
características que os novos pneus<br />
Michelin reúnem em benefício <strong>dos</strong> seus utilizadores.<br />
w MICHELIN ALPIN 5<br />
O novo pneu Michelin de inverno Alpin 5<br />
beneficia das tecnologias de vanguarda. Uma<br />
afeta o desenvolvimento da “escultura” da<br />
borracha da face de rolamento (em termos<br />
simples, trata-se do desenho da borracha da<br />
banda de rodagem, a única parte do pneu em<br />
contacto com a estrada). A segunda reside na<br />
composição idêntica da borracha da banda.<br />
A Michelin escolheu, pela primeira vez para<br />
uma gama de pneus de inverno, incorporar<br />
elastómeros funcionais na sua composição.<br />
É a Innovative Tread Compound Technology.<br />
O papel destes elastómeros funcionais é<br />
criar um composto de borracha mais homogéneo<br />
com taxas de sílica mais elevadas. Melhoraram-se<br />
assim as prestações de aderência<br />
em molhado e em neve, enquanto se mantém<br />
um bom nível de eficiência energética.<br />
O novo composto de borracha baseia-se<br />
na nova tecnologia Helio Compound de 4ª<br />
geração da Michelin. Esta inovação incorpora<br />
óleo de girassol que permite otimizar o funcionamento<br />
do pneu a baixa temperatura.<br />
O pneu Michelin Alpin 5 obtém, graças ao<br />
conjunto das suas inovações, uma classificação<br />
de “B” nas suas prestações de aderência<br />
Alguns números chave sobre o Grupo Michelin<br />
Fundação: 1889<br />
Implantação industrial: 67 fábricas em 17 países<br />
Número de emprega<strong>dos</strong>: 111.200 em todo o mundo<br />
Centro de Tecnologias: Mais de 6.600 investigadores em três continentes<br />
A escultura da<br />
banda de rodagem<br />
do Alpin 5 possui<br />
lamelas que atuam<br />
como milhares de<br />
pequenas garras<br />
que se engancham<br />
ao solo<br />
(Europa, América do Norte e Ásia)<br />
Orçamento anual para I+D: Mais de 643 milhões de euros<br />
Produção anual:<br />
Fabricam-se cerca de 171 milhões de pneus to<strong>dos</strong> os anos,<br />
vendem-se 13 milhões de mapas e guias em mais de 170 países<br />
e calculam-se mais de 1.200 milhões de itinerários através da ViaMichelin.<br />
Vendas líquidas em 2013: 20.247 milhões de euros.<br />
A nova escultura da banda de rodagem<br />
do pneu Michelin Alpin 5 gera:<br />
Um efeito cremalheira para cortar a neve<br />
e melhorar a resistência ao aquaplaning. O<br />
pneu deixa a sua marca na neve e cria-se um<br />
princípio de engrenagem. Este efeito é conseguido<br />
pela sua escultura direcional muito<br />
recortada e pelas placas de borracha específicas.<br />
A nova orientação <strong>dos</strong> canais laterais<br />
evacuam a água e limitam o aquaplaning.<br />
Um efeito garra para uma melhor tração<br />
em neve. As lamelas atuam como milhares<br />
de pequenas garras que se engancham ao<br />
solo. Isto gera motricidade. E este efeito é<br />
mais eficaz se o número de lamelas for mais<br />
elevado e as suas formas forem especialmente<br />
estudadas.<br />
Desenho e orientação especialmente concebi<strong>dos</strong><br />
para proporcionar uma função autoblocante<br />
é o que oferece a tecnologia Stabiligrip.<br />
Quanto maior é a pegada no solo, melhor é a<br />
aderência. Ora, um pneu deforma-se a cada<br />
volta da roda. Por isso, os técnicos da Michelin<br />
trabalharam sobre desenhos e orientações<br />
especialmente concebi<strong>dos</strong> para conseguir<br />
uma função autoblocante. Isto proporciona<br />
uma maior precisão na condução.<br />
w MICHELIN LATITUDE SPORT 3<br />
O novo pneu Michelin, homologado para<br />
os SUV de prestígio, acaba de sair da fábrica<br />
e já recebeu reconhecimentos pela sua segurança<br />
e pelo seu comportamento dinâmico.<br />
Apresentou-se desta forma o novo Michelin<br />
Latitude Sport 3, um pneu para utilização<br />
100% em estrada para SUV (Sport Utility<br />
Vehicle).<br />
16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 17
Novidades<br />
Modelos 2015<br />
Sava Cargo 4<br />
Novo pneu de reboque<br />
O novo Cargo 4 complementa a mais recente geração de<br />
pneus para camião Sava, uma das marcas líderes dentro<br />
do portefólio de produtos Goodyear, onde se inclui o pneu<br />
direcional Avant 4 e o pneu de tração Orjak 4<br />
O Michelin Latitude Sport 3 foi desenvolvido para<br />
rolar sobre o asfalto e consegue travar 2,7 metros<br />
antes em molhado do que a geração anterior<br />
Apesar da comercialização no mercado<br />
europeu de substituição ter começado só<br />
no primeiro semestre de <strong>2014</strong>, o novo pneu<br />
Michelin Latitude Sport 3 já foi homologado<br />
pelos mais prestigia<strong>dos</strong> SUV. Entre eles, o<br />
Porsche Macan, cujas vendas na Europa começaram<br />
em abril de <strong>2014</strong>. A BMW, para o seu<br />
X5, fez a mesma escolha e confiou no Michelin<br />
Latitude Sport 3 para garantir o seu contato<br />
com o solo em três dimensões específicas.<br />
Se o pneu Michelin Latitude Sport 3 tem<br />
sido selecionado pelos principais fabricantes<br />
de automóveis para equipar os seus modelos<br />
mais representativos, é porque ele reúne as<br />
prestações mais adaptadas à dinâmica destes<br />
veículos e às mais procuradas pelos seus<br />
utilizadores.<br />
A primeira delas é a segurança. Esta é, ao<br />
mesmo tempo, a exigência fundamental da<br />
Michelin para cada um <strong>dos</strong> seus pneus, um<br />
requisito prévio para o utilizador e um componente<br />
obrigatório para os construtores<br />
de automóveis. Neste ponto, alvo de toda a<br />
prioridade, o novo pneu Michelin Latitude<br />
Sport 3 realiza a façanha de travar 2,70 metros<br />
antes em molhado do que a geração<br />
anterior. Com estas prestações, o pneu traz<br />
durabilidade e contribui para a redução do<br />
consumo de combustível <strong>dos</strong> veículos.<br />
Na linha estabelecida pelos próprios fabricantes<br />
de automóveis, que fazem <strong>dos</strong> SUV<br />
veículos puramente de estrada, o Michelin<br />
Latitude Sport 3 foi desenvolvido para rolar<br />
sobre asfalto. No seu primeiro ano de comercialização,<br />
o novo pneu apresenta-se em 41<br />
dimensões/referências diferentes para ser<br />
capaz de equipar o maior número de SUV,<br />
que já estão em circulação ou que sairão<br />
brevemente das fábricas.<br />
w O novo pneu para reboques Sava Cargo<br />
4, apresenta quatro características chave<br />
melhoradas: versatilidade, aderência ao<br />
piso molhado, durabilidade e capacidade<br />
de recauchutagem.<br />
O desenho da banda de rodagem assegura<br />
uma distribuição equilibrada da pressão,<br />
uma taxa de desgaste baixa e um perfil de<br />
desgaste uniforme. Além disso, a elevada<br />
densidade das lâminas disponibiliza uma<br />
boa travagem em piso molhado e a estrutura<br />
uma menor acumulação de calor garantindo<br />
uma boa durabilidade. O volume<br />
de borracha superior assegura uma excelente<br />
quilometragem. Os blocos rígi<strong>dos</strong><br />
no ombro trazem mais vantagens para<br />
o manuseamento e estabilidade lateral, e<br />
uma ampla zona com lâminas contribui<br />
para uma elevada quilometragem, tração<br />
e travagem superiores. O baixo nível de<br />
ruído e a elevada durabilidade são outras<br />
das vantagens.<br />
O Cargo 4 disponibiliza uma boa tração e<br />
travagem em piso molhado, a par de um<br />
volume usável de borracha superior para<br />
assegurar uma boa quilometragem. Outras<br />
vantagens são a redução de acumulação<br />
de calor (para maior durabilidade),<br />
o desgaste uniforme, a boa resistência a<br />
estragos e danos e uma maior estabilidade<br />
no eixo traseiro de forma a garantir um<br />
melhor manuseamento. O baixo nível de<br />
ruído e a baixa resistência ao rolamento<br />
são igualmente aspetos importantes.<br />
Tal como to<strong>dos</strong> os pneus para camião da<br />
gama Sava existente, o novo pneu Cargo 4<br />
com 385/65R22.5 é reesculturável e graças<br />
ao novo composto da banda de rodagem e<br />
às novas características da carcaça, oferece<br />
uma maior capacidade de recauchutagem.<br />
O Cargo 4 está disponível na medida<br />
385/65R22.5, a mais popular do mercado,<br />
e apresenta-se aos operadores de<br />
frota com quatro grandes melhorias:<br />
oferece uma maior versatilidade, um melhor<br />
desempenho em termos de aderência ao piso<br />
molhado (que se traduz numa maior segurança),<br />
uma maior durabilidade e um nível<br />
superior de capacidade de recauchutagem, a<br />
preços competitivos.<br />
Novo composto banda de rodagem<br />
O novo composto da banda de rodagem<br />
permite uma melhor proteção contra danos<br />
e cortes causa<strong>dos</strong> por pedras, conferindo uma<br />
maior versatilidade. Ao mesmo tempo também<br />
proporciona um desempenho 10% melhor<br />
em termos de aderência ao piso molhado<br />
em comparação com o seu antecessor, conseguindo<br />
a classificação B na etiqueta europeia,<br />
em relação à aderência em piso molhado.<br />
Esta classificação está um nível acima da do<br />
antecessor Cargo C3 Plus, enquanto que, graças<br />
a uma sub camada de proteção, manteve<br />
a classificação C em termos de eficiência do<br />
consumo de combustível e 70 dB no que respeita<br />
ao ruído exterior.<br />
Os resulta<strong>dos</strong> da avaliação interna e das respostas<br />
<strong>dos</strong> clientes comprovam que fornece<br />
um nível elevado de desempenho, incluindo<br />
um desgaste uniforme e baixa resistência ao<br />
rolamento.<br />
Novo composto da banda de rodagem<br />
permite melhor proteção contra danos<br />
18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
ContiRe EcoPlus HT3<br />
3ª Geração de Recauchuta<strong>dos</strong> para Reboques<br />
O lançamento no mercado da nova geração da família ContiRe EcoPlus está em andamento,<br />
destinando-se à utilização em grandes distâncias e ao transporte a nível regional<br />
Como acontece com to<strong>dos</strong> os produtos<br />
da terceira geração de pneus<br />
Continental, a nova gama de pneus<br />
tem como base um revestimento<br />
recauchutável de elevada qualidade com<br />
fios de aço reforçado e os pneus são completamente<br />
recauchutáveis.<br />
O ContiRe EcoPlus HT3 é a versão recauchutada<br />
do novo pneu para reboques Conti<br />
EcoPlus HT3. Os seus compostos de borracha<br />
de polímero para bandas de rodagem e paredes<br />
laterais, a sua estabilidade, as correias<br />
do ombro fechadas e o conceito “Padrão<br />
Com Mais Volume” da banda de rodagem<br />
melhoram significativamente a resistência ao<br />
rolamento (com uma diminuição até 26%) e<br />
as capacidades de manobra do novo pneu.<br />
A melhor aderência do novo composto da<br />
banda de rodagem transfere para a estrada<br />
as forças geradas durante a curva e uma elevada<br />
percentagem do binário da travagem.<br />
Além disso, as nervuras em forma de triângulo<br />
na base das ranhuras da banda de rodagem<br />
protegem o pneu do reboque contra a flexão.<br />
O ContiRe EcoPlus HT3 continua a ter todas<br />
as vantagens do novo pneu Conti EcoPlus<br />
HT3, em parte graças ao design de to<strong>dos</strong> os<br />
pneus Continental para veículos comerciais,<br />
em que durante o processo de criação do<br />
produto a recauchutagem já é tida em conta.<br />
w FÁBRICA INOVADORA<br />
Igualmente benéfica é a abordagem da<br />
inovadora fábrica ContiLifeCycle onde a Continental<br />
harmoniza a produção de pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
para camiões e autocarros com a<br />
produção de novos pneus, combinando o uso<br />
de técnicas da produção de pneus novos com<br />
tecnologias aperfeiçoadas de recauchutagem.<br />
O sistema de reciclagem de borracha da<br />
Continental é também um aspeto importante<br />
da fábrica ContiLifeCycle. O pó que é gerado<br />
durante o polimento passa por uma série de<br />
inovadoras etapas de processamento para<br />
que o processo de vulcanização seja invertido.<br />
A borracha reciclada produzida tem uma<br />
qualidade tão elevada que pode ser usada<br />
em compostos para novos pneus. Através<br />
deste processo de reciclagem a quantidade<br />
de desperdícios é reduzida em mais de 80%,<br />
permitindo assim uma grande economia em<br />
termos de CO2.<br />
Tal como to<strong>dos</strong> os pneus para camiões da<br />
Continental, o novo ContiRe EcoPlus HT3 também<br />
tem o revestimento interno patenteado<br />
AirKeep que evita a perda gradual de pressão<br />
de ar. To<strong>dos</strong> os pneus recauchuta<strong>dos</strong> ContiRe<br />
beneficiam das mesmas garantias dadas pelo<br />
fabricante que os pneus novos.<br />
O ContiRe EcoPlus HT3 é a versão recauchutada<br />
do novo pneu para reboques Conti EcoPlus HT3<br />
Fulda Ecotonn 2<br />
Novo pneu da Fulda<br />
para reboques de camião<br />
w O novo Fulda Cargo 4 complementa a mais recente geração de<br />
pneus para camião Sava, uma das marcas líderes dentro do portefólio<br />
de produtos Goodyear, onde se inclui o pneu direcional Avant 4 e o<br />
pneu de tração Orjak 4<br />
A Fulda apresenta o pneu Ecotonn 2 para reboques que substitui<br />
o Ecotonn + e complementa o mais recente gama de pneus<br />
para camiões da Fulda. O novo composto da banda de rodagem<br />
e carcaça otimizada, garantem uma maior quilometragem,<br />
menor resistência ao rolamento, maior durabilidade e<br />
capacidade de recauchutagem em comparação com o seu antecessor.<br />
Disponível na medida mais popular do mercado, 385/65R22,<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 19
Novidades<br />
Modelos 2015<br />
o Ecotonn 2 da Fulda conta com um<br />
novo composto de banda que aumenta<br />
a quilometragem enquanto reduz consumo<br />
de combustível. Em comparação<br />
com o Ecotonn +, o novo pneu para<br />
reboque oferece até 10% mais de quilometragem<br />
e uma redução de 7% da resistência<br />
ao rolamento, resultando num<br />
menor custo por quilómetro.<br />
O desenho da banda de rodagem do<br />
novo pneu é igual ao do seu antecessor,<br />
respeitando as avaliações internas e o<br />
desgaste uniforme e a baixa resistência ao<br />
rolamento.O novo pneu para reboques<br />
disponibiliza até 10% mais quilometragem<br />
e 7% menos resistência ao rolamento<br />
em relação ao antigo pneu Ecotonn +.<br />
Estes benefícios traduzem-se num custo<br />
reduzido por quilómetro. A construção<br />
otimizada da carcaça do Ecotonn 2 melhora<br />
a durabilidade do pneu a longo<br />
prazo. Além disso, a nova construção<br />
da carcaça tem uma subcamada que<br />
possibilita um maior arrefecimento e<br />
uma melhor proteção contra a oxidação,<br />
aumentando a durabilidade. Estas novas<br />
características da carcaça constituem a<br />
principal vantagem do Ecotonn 2.<br />
As restantes classificações permanecem<br />
iguais: B para aderência ao piso molhado<br />
e 70 dB e uma onda para o ruído externo.<br />
O Ecotonn 2 completa a mais recente<br />
gama de pneus para camiões da Fulda,<br />
que agora inclui o pneu direcional Fulda<br />
Ecocontrol 2, o pneu de tração Fulda<br />
Ecoforce 2 e o novo pneu para reboques<br />
Ecotonn 2.<br />
Ovation VI-286 HT<br />
Novo modelo para SUV<br />
A marca asiática Ovation, representada em Portugal<br />
pela Tiresur, acaba de lançar um novo modelo na gama<br />
SUV, denominado VI-286 HT<br />
Estreando um novo composto de sílica, a marca anuncia que o VI-286 HT<br />
melhora substancialmente a tração e a precisão em curva, não descurando o<br />
facto de se apresentar como um pneumático de comportamento silencioso.<br />
Deste modo, a Ovation reforça a sua presença na gama SUV (onde já contava<br />
com o modelo VI-186 HT, disponível em 4 medidas entre jantes 15” e 16”)<br />
com um produto inovador, confortável e com elevada performance, propondo<br />
uma escolha com excelente relação preço/qualidade num segmento de mercado<br />
extremamente competitivo.<br />
Em simultâneo, a Ovation alargou a oferta no modelo de altas prestações VI388<br />
com mais 4 medidas compreendidas entre jantes 16” e 18”, tendo realizado um<br />
pequeno ajustamento na gama para veículos comerciais V-02 com a introdução<br />
de 2 medidas em jantes 13” e 14”.<br />
Com todas as novidades agora enumeradas, a Ovation passa a disponibilizar<br />
para o mercado português mais de 100 medidas entre as suas gamas de turismo,<br />
comerciais, SUV e camião, oferecendo um produto de qualidade por um preço<br />
extremamente competitivo.<br />
Novos pisos Vipal<br />
VRT3, ECO e linha DV<br />
w Destina<strong>dos</strong> ao segmento de transporte<br />
de carga e passageiros, os novos pisos da<br />
Vipal foram recentemente apresenta<strong>dos</strong><br />
ao mercado. O piso VRT3 foi desenvolvido<br />
para pneus radiais e eixos de tração,<br />
que circulam em estradas pavimentadas e<br />
por longas distâncias. O produto destaca-<br />
-se pela tração e respostas rápidas, tanto<br />
em pisos secos como molha<strong>dos</strong>. Quando<br />
comparado com um produto semelhante<br />
da concorrência, apresenta um rendimento<br />
2,6% superior no que diz respeito<br />
aos quilómetros realiza<strong>dos</strong>.<br />
A linha de pisos ECO é produzida com<br />
compostos especiais e desenhos exclusivos<br />
que garantem menor resistência ao rolamento,<br />
menor consumo de combustível e<br />
maior rendimento quilométrico. Ou seja:<br />
ao mesmo tempo que ajuda o transportador<br />
a reduzir o consumo de combustível<br />
até 10%, também preserva o meio<br />
ambiente. Um <strong>dos</strong> produtos de maior<br />
sucesso da Vipal faz parte desta linha: o<br />
VL130 ECO, que se caracteriza pela baixa<br />
resistência ao rolamento, gera menos calor,<br />
garantindo menor fadiga da carcaça,<br />
e também seus ombros arredonda<strong>dos</strong>,<br />
que reduzem os efeitos do arraste lateral.<br />
O portfólio da Vipal conta ainda com outros<br />
produtos da linha DV. São pisos que<br />
possuem desenhos exclusivos, voltadas ao<br />
segmento de transporte de carga e passageiros,<br />
como o DV-UM3, DV-RM, DV-RL<br />
e DV-RT2.<br />
20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 21
Mercado<br />
Relatório estatístico ETRMA<br />
/////////////////////////////////<br />
Altos & Baixos<br />
A ETRMA (European Tyre & Rubber Manufacturers’ Association) divulgou o<br />
relatório estatístico de 2013 para o setor <strong>dos</strong> pneus e produtos de borracha nos<br />
28 países da União Europeia. Por entre altos e baixos, há números interessantes<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
A<br />
origem da ETRMA (European Tyre &<br />
Rubber Manufacturers’ Association<br />
– Associação Europeia <strong>dos</strong> Fabricantes<br />
de <strong>Pneus</strong> e Borracha) remonta a<br />
1959, quando associações de fabricantes de<br />
borracha de cinco Esta<strong>dos</strong>-Membros criaram<br />
o BLIC (Bureau de Liaison des Industries du<br />
Caoutchouc). Hoje, o ETRMA, para além de<br />
associações nacionais de sete países e de quatro<br />
membros afilia<strong>dos</strong>, tem como membros<br />
corporativos os fabricantes de pneus Apollo<br />
Vredestein, Bridgestone, Continental, Cooper,<br />
Goodyear Dunlop, Hankook, Marangoni,<br />
Michelin, Mitas, Nokian, Pirelli e Trelleborg.<br />
Juntos, totalizam, na Europa, 90 fábricas, 16<br />
centros de pesquisa e desenvolvimento e<br />
12 sedes.<br />
Ciente de que os da<strong>dos</strong> estatísticos são elementos<br />
importantes para o conhecimento do<br />
setor <strong>dos</strong> pneus, que abarca uma ampla gama<br />
de produtos, muitos deles comercializa<strong>dos</strong><br />
internacionalmente, a ETRMA tem publicado<br />
to<strong>dos</strong> os anos relatórios estatísticos com base<br />
em informações recolhidas junto de várias<br />
fontes, como o Eurostat, LMC, ACEA e International<br />
Rubber Study Group. Num mercado<br />
“ávido” por indicadores estatísticos e números<br />
fidedignos, como é o <strong>dos</strong> pneus, nesta edição<br />
trazemos-lhe os da<strong>dos</strong> mais relevantes que<br />
constam no relatório de 2013 elaborado pela<br />
ETRMA para os 28 países da União Europeia.<br />
w VOLUME DE NEGÓCIO CAIU<br />
Os primeiros da<strong>dos</strong> visíveis no relatório de<br />
52 páginas dão conta que o volume de negócio<br />
do setor <strong>dos</strong> pneus em 2013 foi de 45<br />
mil milhões de euros, ou seja, -2,2% do que<br />
em 2012, que registou 46 mil milhões. No<br />
que aos produtos de borracha diz respeito,<br />
houve um crescimento de 0,6% em 2013<br />
face a 2012 (17,9 contra 17,8 mil milhões de<br />
euros). Quanto à produção de pneus, os números<br />
traduzem um aumento de 2% em 2013<br />
comparativamente a 2012 (4,67 contra 4,58<br />
milhões de toneladas). Analisando o fabrico<br />
de produtos de borracha, verificou-se uma<br />
queda de 1,3% em 2013 face a 2012 (2,57<br />
milhões contra 2,6 milhões de toneladas). O<br />
volume de negócio <strong>dos</strong> fabricantes de pneus<br />
membros corporativos da ETRMA desceu de<br />
28,2 mil milhões de euros em 2012 para 27<br />
mil milhões em 2013, o que correspondeu<br />
uma queda de 4,3%.<br />
Em 2013, o setor <strong>dos</strong> pneus e produtos de<br />
borracha gerou 356.400 empregos diretos,<br />
ou seja, -1% do que em 2012, que registou<br />
360.000. Contudo, o número de empresas<br />
aumentou 1,7% em 2013 face ao ano anterior:<br />
4.270 contra 4.200.<br />
Olhando agora para a balança comercial,<br />
os da<strong>dos</strong> da ETRMA revelam que, em 2013, o<br />
volume total de importações nos 28 países da<br />
União Europeia foi de 9,4 mil milhões de euros,<br />
o que correspondeu a uma queda de 2,1%<br />
face a 2012 (que registou 9,6 mil milhões).<br />
Destes, 6,1 mil milhões disseram respeito a<br />
pneus (-1,6% do que em 2012) e 3,3 mil milhões<br />
a produtos de borracha (-2,9% do que<br />
em 2012). Do lado das exportações, o volume<br />
total, em 2013, foi de 10,12 mil milhões de<br />
euros, o que correspondeu a -1,7% do que em<br />
2012 (que registou 10,3 mil milhões). Destes,<br />
6,02 mil milhões disseram respeito a pneus<br />
(-4,4% do que em 2012) e 4,1 mil milhões a<br />
produtos de borracha (+2,5% face a 2012).<br />
22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
Da<strong>dos</strong> gerais 2013 Fonte: ETRMA – EU 27<br />
EMPREGO DIRETO<br />
NÚMERO DE EMPRESAS<br />
VOLUME DE NEGÓCIOS<br />
DO SECTOR<br />
PRODUÇÃO DE PRODUTOS BORRACHA<br />
EM MILHÕES TONELADAS<br />
Produção de pneus<br />
é estimada em<br />
em cada<br />
PRODUÇÃO DE PNEUS EM MILHÕES TONELADAS<br />
da produção<br />
mundial de pneus<br />
fabricantes<br />
globais de pneus<br />
são membros<br />
ETRMA<br />
Representa 65% do volume<br />
de negócio da indústria<br />
mundial de pneus<br />
Em biliões €<br />
w PARQUE AUTOMÓVEL CRESCEU<br />
No que à venda de pneus diz respeito, analisando<br />
todo o documento, não se vislumbram<br />
quaisquer da<strong>dos</strong> relativos a ligeiros de passageiros.<br />
Ao contrário do que acontece com<br />
os pneus para veículos comerciais ligeiros,<br />
cuja venda aumentou 0,4% em 2013 (253<br />
milhões de unidades contra 252 milhões<br />
em 2012). No caso <strong>dos</strong> pneus para veículos<br />
comerciais médios e pesa<strong>dos</strong>, a subida foi<br />
de 10,4% em 2013 face a 2012 (10,6 milhões<br />
contra 9,6 milhões).<br />
O parque de veículos de passageiros na<br />
Europa cresceu 2,5% em 2013 face a 2012<br />
(281 milhões contra 274,2), ao passo que o de<br />
veículos pesa<strong>dos</strong> estagnou nos 4,6 milhões.<br />
O que não deixa de ser curioso atendendo<br />
ao facto de o volume de vendas de novos<br />
modelos ter diminuído. Mas apesar de o parque<br />
automóvel estar a crescer na Europa, tal<br />
como nos EUA, em ambos tudo acontece a<br />
um ritmo bem mais lento comparativamente<br />
ao que se verifica em outras regiões do globo.<br />
Ainda assim, a Europa é quem tem o maior<br />
parque automóvel (317 milhões em 2013,<br />
esperando-se que atinja os 367 milhões em<br />
2025). Segue-se a NAFTA (México, EUA e Canadá),<br />
com 176 milhões em 2013, prevendo-<br />
-se que chegue aos 196 milhões em 2025.<br />
Depois, surge a China (88 milhões em 2013;<br />
299 milhões em 2025), o Leste asiático (81<br />
milhões em 2013; 85 milhões em 2025), a<br />
América do Sul (54 milhões em 2013; 93 milhões<br />
em 2025), o Médio Oriente (41 milhões<br />
em 2013; 70 milhões em 2025), os países do<br />
Sudeste asiático (28 milhões em 2013; 52 milhões<br />
em 2025), a Índia (27 milhões em 2013;<br />
96 milhões em 2025), a Oceânia (16 milhões<br />
em 2013; 21 milhões em 2025) e a África (14<br />
milhões em 2013; 25 milhões em 2025).<br />
w IMPORTAÇÕES EM ALTA<br />
Com 4.670 toneladas de pneus produzidas<br />
na Europa em 2013 (+2% do que em 2012,<br />
que registou 4.580), a Bridgestone liderou<br />
o Top 10 no ano transato, com vendas de<br />
21.573 milhões de euros. Seguiram-se-lhe<br />
Michelin (19.842), Goodyear (14.216), Continental<br />
(9.583), Pirelli (6.116), Hankook (4.947),<br />
Sumitomo (4.840), Yokohama (3.423), Maxxis<br />
International (3.237) e Zhongce Rubber<br />
Group (3.566).<br />
Analisando as vendas europeias de pneus<br />
no mercado de substituição em 2013 para<br />
veículos ligeiros (passageiros e comerciais),<br />
o volume total ficou ligeiramente acima das<br />
250.000 unidades, não chegando às 200.000<br />
unidades contabilizando apenas os membros<br />
da ETRMA.<br />
No caso <strong>dos</strong> pneus para camiões e autocarros<br />
no mercado de substituição, os números<br />
estiveram ligeiramente acima <strong>dos</strong> 10.000<br />
(8.000 nos membros da ETRMA) (Quadro V).<br />
No mercado de pneus para motociclos em<br />
2013, o volume total rondou as 15.000 unidades<br />
(quase 8.000 nos membros ETRMA) e<br />
no segmento agroindustrial o volume foi de<br />
7.000 unidades (cerca de 1.500 nos membros<br />
ETRMA).<br />
No domínio das exportações, em 2013 foram<br />
60 milhões os pneus ligeiros que saíram<br />
da Europa. 25% destinaram-se à NAFTA, 12%<br />
à Rússia e Ucrânia, 21% ao resto da Europa,<br />
8% a África, 4% à América Latina, 4% à China,<br />
11% à Turquia e 15% ao resto do mundo.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 23
Mercado<br />
Relatório estatístico ETRMA<br />
Da<strong>dos</strong> gerais 2013<br />
Fonte: ETRMA, Eurostat, LMC - EU 27<br />
Comerciais ligeiros<br />
Comerciais gama média<br />
Pesa<strong>dos</strong> Ligeiros de passageiros<br />
IMPORTAÇÃO EM BILIÕES €<br />
EXPORTAÇÃO EM BILIÕES €<br />
PARQUE AUTO EM MILHÕES DE UNIDADES<br />
IMPORTAÇÃO EM MILHÕES DE PNEUS<br />
EXPORTAÇÃO EM MILHÕES DE PNEUS<br />
VENDAS DE PNEUS EM MILHÕES DE UNIDADES<br />
INVESTIMENTO EM P&D (PESQUISA &DESENVOLVIMENTO)<br />
(PERCENTAGEM DO TOTAL DE INVESTIMENTOS)<br />
P&D PNEUS<br />
P&D PRODUTOS BORRACHA<br />
Do lado das importações, o volume de<br />
pneus ligeiros foi de 105 milhões. 45% foram<br />
provenientes da China, 9% da Turquia,<br />
11% da ASEAN, 11% da Coreia do Sul, 13%<br />
do resto do mundo, 5% da Rússia e Ucrânia<br />
e 6% do resto da Europa. À exceção <strong>dos</strong><br />
pneus pesa<strong>dos</strong>, onde a Europa exporta<br />
ligeiramente mais do que importa, nos<br />
pneus para motociclos e para o segmento<br />
agroindustrial, as importações também<br />
superam em muito as exportações.<br />
Quanto ao Top 10 das empresas de produtos<br />
de borracha, em 2013 o ranking<br />
colocou em primeiro lugar a Continental<br />
AG, seguindo-se-lhe Hutchinson SA, Freudenberg<br />
Group, Tokai Rubber, Bridgestone<br />
Corporation, NOK Inc., Cooper Standard<br />
Auto, Pinafore Holdings, Trelleborg AB e<br />
Parker-Hannifin Corporation.<br />
Do total de 1.510 toneladas de produtos<br />
de borracha produzidas em 2013 na Europa<br />
(-0,33% do que em 2012, que registou<br />
1.515 toneladas), 785 foram na Alemanha,<br />
330 em França, 223 em Itália e 172 em<br />
Espanha.<br />
24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
Produção de pneus na Europa (em toneladas)<br />
e ranking de vendas <strong>dos</strong> maiores fabricantes mundiais<br />
6000<br />
5000<br />
4000<br />
4900<br />
+ 4.1% - 7.1%<br />
5100<br />
4740<br />
- 24.7%<br />
+ 26.1%<br />
4500<br />
+ 6.7% - 4.6% + 2.0%<br />
4800<br />
4580 4670<br />
3000<br />
3568<br />
2000<br />
1000<br />
0<br />
2006<br />
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013<br />
2012 2013 Empresa Sede Vendas 2012 M€ Vendas 2013 M€ Variação<br />
1 1 Bridgestone Japão 24.953 21.573 -14%<br />
2 2 Michelin França 21.044 19.842 -6%<br />
3 3 Goodyear USA 16.333 14.216 -13%<br />
4 4 Continental Alemanha 9.665 9.583 -1%<br />
5 5 Pirelli Itália 6.031 6.116 1%<br />
7 6 Hankook Korea do Sul 4.841 4.947 2%<br />
6 7 Sumitomo Japão 5.768 4.840 -16%<br />
8 8 Yokohama Japão 4.338 3.423 -21%<br />
9 9 Maxis International Taiwan 3.418 3.237 -5%<br />
11 10 Zhongce Rubber Grup China 3.588 3.566 -1%<br />
Membros<br />
ETRMA<br />
w Apollo Vredestein<br />
w Cooper Tires<br />
w Marangoni<br />
w Nokian Tyres<br />
w Bridgestone<br />
w Goodyear Dunlop<br />
w Michelin<br />
w Pirelli<br />
w Continental<br />
w Hankook<br />
w Mitas<br />
w Trelleborg<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 25
Notícias Mercado<br />
Campanha Michelin Verificação de <strong>Pneus</strong> <strong>2014</strong><br />
QUASE METADE DOS PNEUS, com<br />
A Campanha Michelin de Verificação de <strong>Pneus</strong> em Espanha e Portugal <strong>2014</strong>, deixou patente o mais<br />
que preocupante estado da pressão <strong>dos</strong> pneus do nosso parque automobilístico<br />
Esta Campanha<br />
de Verificação de<br />
pneus é a sexta<br />
em Portugal<br />
Campanha Michelin de Verificação<br />
de <strong>Pneus</strong> em Espa-<br />
A<br />
nha e Portugal <strong>2014</strong> decorreu<br />
este ano em 50 estações de<br />
serviço Repsol, entre os dias 13<br />
de junho e 2 de agosto, durante<br />
oito fins-de-semana em ações de<br />
dois dias, sexta-feira e sábado,<br />
com a intenção de consciencializar<br />
os condutores de ambos os<br />
países sobre a importância da<br />
correta manutenção <strong>dos</strong> pneus,<br />
vital para reduzir os acidentes de<br />
trânsito, o consumo de combustível<br />
e as emissões de CO2.<br />
Esta campanha de verificação de<br />
pneus é a quarta realizada em<br />
Espanha e a sexta em Portugal<br />
pelo Grupo Michelin, o que é<br />
mais um exemplo da sua firme<br />
aposta na segurança rodoviária e<br />
no respeito pelo meio ambiente.<br />
Com o arranque desta segunda<br />
edição em colaboração com a<br />
Repsol, ambas as empresas<br />
reafirmam o seu compromisso<br />
para sensibilizar os condutores<br />
sobre a importância de manter<br />
os pneus com uma boa profundidade<br />
de piso e uma pressão<br />
de enchimento correta, aumentando<br />
assim a segurança<br />
nas deslocações por estrada,<br />
especialmente nas datas prévias<br />
às férias do verão, quando aumenta<br />
o trânsito rodado. Nesta<br />
segunda edição, superaram-se<br />
as previsões, atingindo os 13.325<br />
veículos verifica<strong>dos</strong><br />
w QUASE 50% COM BAIXA PRESSÃO<br />
Os da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> nesta edição<br />
da campanha demonstram,<br />
mais uma vez, que circular com<br />
a pressão correta nos pneus não<br />
é ainda um tema prioritário para<br />
uma grande parte <strong>dos</strong> condutores.<br />
Em concreto, 48% <strong>dos</strong> pneus<br />
verifica<strong>dos</strong> (25.520) tinha uma<br />
pressão inferior à recomendada.<br />
Dos mesmos, praticamente a<br />
metade, 49,3% (12.581), estavam<br />
monta<strong>dos</strong> no eixo dianteiro e o<br />
resto, no traseiro.<br />
Indo à categoria em concreto,<br />
<strong>dos</strong> 48.368 pneus de ligeiros que<br />
entraram no estudo quase 48%<br />
(23.151) tinham pouca pressão.<br />
44,12% (1.371) <strong>dos</strong> 3.108 pneus<br />
de 4x4 inspeciona<strong>dos</strong> estavam<br />
também nesta situação, assim<br />
como pouco mais de 55% (1.020)<br />
<strong>dos</strong> 1.844 pneus de comerciais<br />
ligeiros.<br />
w DESGASTE,<br />
DADOS MUITO POSITIVOS<br />
Outro aspeto que se controlou<br />
foi a profundidade do piso,<br />
1,50%<br />
1,34%<br />
2,40%<br />
Ligeiro 4x4 CTA<br />
igualmente importante para a<br />
segurança rodoviária, dada a<br />
sua influência definitiva sobre<br />
a distância de travagem, a aderência<br />
e estabilidade. Contudo,<br />
ao contrário do caso da pressão,<br />
os da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> revelam um<br />
estado mais do que bom do piso<br />
<strong>dos</strong> pneus, com apenas 1,52%<br />
<strong>dos</strong> mesmos abaixo do limite<br />
legal de 1,6 mm.<br />
Dessa pequena percentagem de<br />
pneus desgasta<strong>dos</strong>, 55,6% estavam<br />
monta<strong>dos</strong> no eixo dianteiro<br />
do veículo e o 44,34% restante<br />
no traseiro.<br />
Sobre o total de veículos com<br />
pneus desgasta<strong>dos</strong>, os comerciais<br />
ligeiros são os que registam<br />
uma maior percentagem,<br />
com 2,4% (44 pneus) em mau<br />
estado. De seguida, situam-se os<br />
ligeiros, com 726 pneus e 1,5%.<br />
Finalmente, os 4x4 encerram a<br />
classificação com 1,35% e 42<br />
pneus.<br />
w CRESCENTE<br />
ENVELHECIMENTO DOS VEÍCULOS<br />
Nesta edição da campanha de<br />
verificação de pneus, recolheram-se<br />
da<strong>dos</strong> sobre a antiguidade<br />
do parque automóvel e a<br />
sua distribuição por sexo pela<br />
primeira vez. A amostra deixa<br />
patente o envelhecimento <strong>dos</strong><br />
veículos com uma média de<br />
idade que ascende até quase<br />
aos 9 anos, sendo a faixa compreendida<br />
entre os 5 e 10 anos<br />
a maioritária com 39% do total.<br />
A isto acresce-se um preocupante<br />
28% de veículos com mais<br />
de 10 anos e menos de 15, enquanto<br />
aqueles que têm entre<br />
15 e 20 anos representam 8,5%.<br />
26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
baixa pressão<br />
Isto é, quase 37% <strong>dos</strong> veículos<br />
possui uma antiguidade<br />
entre 10 e 20 anos. Este volume<br />
mostra o importante<br />
risco para a segurança<br />
rodoviária que significa a<br />
presença destes veículos<br />
nas nossas estradas.<br />
w MARCAS PREMIUM VS.<br />
RESTO DO MERCADO<br />
Também como novidade<br />
nesta edição, estudaram-se<br />
os da<strong>dos</strong> por marcas, diferenciando<br />
entre marcas premium<br />
e o resto do mercado.<br />
Neste sentido, os resulta<strong>dos</strong><br />
mostram que os veículos<br />
que equipam pneus de primeiras<br />
marcas representam<br />
60,5% (8.062) do total. Por<br />
tipologia, <strong>dos</strong> 12.092 ligeiros<br />
que entraram no estudo,<br />
60,3% (7.291) montava<br />
pneus de primeiras marcas,<br />
assim como 65,4% (508) <strong>dos</strong><br />
4x4 e 57,27% (264) das camionetas.<br />
No ponto sobre<br />
desgaste do piso, só 1,34%<br />
<strong>dos</strong> pneus analisa<strong>dos</strong> eram<br />
de primeiras marcas e 1,8%<br />
de outras.<br />
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Pneurama - reconhecido distribuidor do<br />
mercado português, trabalha com alto<br />
stock de pneus e tem como objetivo<br />
estratégico criar parcerias de longo<br />
prazo com retalhistas.<br />
TORNE-SE<br />
REVENDEDOR<br />
PNEURAMA<br />
CTA<br />
44,7%<br />
55,3%<br />
4x4<br />
55,88%<br />
44,12%<br />
Representante Exclusivo:<br />
Ligeiro<br />
52,14%<br />
47,86%<br />
Pressão correta<br />
Pressão incorreta<br />
CONCLUSÕES<br />
Do estudo realizado pela Michelin e pela Repsol,<br />
podem-se destacar algumas conclusões interessantes.<br />
A mais importante e preocupante é que<br />
quase a metade <strong>dos</strong> condutores circulam com a<br />
pressão <strong>dos</strong> pneus mais baixa do que a recomendada<br />
pelo fabricante do veículo. Esta situação é um<br />
perigo para a segurança rodoviária, pois com uma<br />
pressão baixa aumenta a distância de travagem,<br />
tanto em solo seco como molhado, aumentando<br />
o risco para o condutor e os seus acompanhantes.<br />
Outra conclusão é o fato de que os pneus <strong>dos</strong><br />
comerciais ligeiros possuem condições de manutenção<br />
mais deficiente do que as outras categorias<br />
de veículos, registando da<strong>dos</strong> mais negativos em<br />
pressão e desgaste do piso. Finalmente, merece<br />
destacar-se também que os pneus de marcas não<br />
premium mostram um pior estado de manutenção<br />
que os outros que pertencem a primeiras firmas.<br />
Sociedade Comercial de Importação e Exportação de <strong>Pneus</strong>, Lda<br />
Rua Dr. Mota Pinto, 158 | 4585 - 186 Gandra - Paredes - Portugal<br />
Telf.: +351.224.150.008 - Telem.: +351.917.810.911<br />
www.pneurama.pt | www.facebook.com/pneurama.lda<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 27
Notícias Mercado<br />
Bridgestone lança campanha<br />
de segurança rodoviária<br />
A Bridgestone lançou uma campanha de alto impacto nos<br />
meios de comunicação com a qual pretende contrariar crenças<br />
e comportamentos <strong>dos</strong> consumidores em relação à segurança<br />
<strong>dos</strong> pneus, aumentando o conhecimento relativamente à importância<br />
da escolha de pneus de qualidade, bem como da<br />
sua manutenção regular.<br />
Com pesquisas constantes por novas tecnologias que garantam<br />
qualidade, eficiência, performance e segurança de qualidade<br />
superior, a Bridgestone espera que estas iniciativas tenham o<br />
poder de alterar não só os desenvolvimentos em termos de<br />
produção, como também o comportamento do consumidor,<br />
muitas vezes a variável mais ignorada no que diz respeito à<br />
segurança <strong>dos</strong> pneus.<br />
Novo relatório<br />
de mobilidade<br />
da GOODYEAR<br />
Goodyear lançou o seu relatório<br />
“Mobility of the Future:<br />
A<br />
Smart Fleets and the Future of<br />
the Transport Industry” (Mobilidade<br />
do futuro: Frotas inteligentes<br />
e o futuro da indústria<br />
<strong>dos</strong> transportes) no simpósio da<br />
empresa realizado em Bruxelas,<br />
no passado mês de outubro. A<br />
principal conclusão do relatório<br />
é que as entidades reguladoras<br />
devem desempenhar um papel<br />
ainda mais preponderante no<br />
futuro da indústria de transportes<br />
rodoviários.<br />
O relatório da investigação inclui<br />
novos resulta<strong>dos</strong> e disponibiliza<br />
recomendações dirigidas<br />
aos legisladores europeus a<br />
nível nacional, como incentivos<br />
mais claros para o estabelecimento<br />
de frotas eficientes e<br />
uma maior promoção do rótulo<br />
europeu do pneu para ajudar<br />
a maximizar o seu potencial. A<br />
pesquisa da Goodyear revela<br />
que as entidades reguladoras<br />
deviam desempenhar um papel<br />
mais importante na condução<br />
do futuro da indústria de transportes<br />
rodoviários. 53% <strong>dos</strong> gestores<br />
de frotas favorecem mais<br />
incentivos para frotas ecológicas,<br />
ao passo que 60% favorecem<br />
incentivos para a compra<br />
de pneus eficientes.<br />
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28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
Novidades Bridgestone<br />
no IAA<br />
A presença da Bridgestone no<br />
65º IAA Veículos Comerciais <strong>2014</strong><br />
em Hanover, foi enriquecida com a<br />
apresentação de muitas novidades,<br />
nomeadamente o avançado Sistema<br />
de Monitorização de Pressão de <strong>Pneus</strong><br />
(TPMS) que permite aos proprietários<br />
de frotas de camiões ou autocarros<br />
monitorizarem os níveis de pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus eletronicamente e em<br />
tempo real. Os visitantes do stand da<br />
Bridgestone poderam testemunhar<br />
também, e em primeira mão, como<br />
é que uma combinação de novos<br />
pneus de última geração de alta<br />
performance e pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
Bandag se combinaram para oferecer<br />
aos proprietários de frotas um custo<br />
total de quilómetros significativamente<br />
menor ao longo da vida do pneu.<br />
DEZ ANOS de tecnologia Michelin Ultraflex<br />
N<br />
uma época em que os estu<strong>dos</strong> universitários<br />
quantificam o rendimento e a<br />
produtividade geradas com práticas respeitosas<br />
com o solo, a Michelin celebra o 10º<br />
aniversário da tecnologia Michelin Ultraflex,<br />
uma inovação revolucionária que permite<br />
aos pneus agrícolas um maior respeito ao<br />
solo, graças à sua capacidade para trabalhar<br />
a baixa pressão e, portanto, obter melhores<br />
colheitas.<br />
A tecnologia Michelin Ultraflex responde<br />
a um desafio duplo: evoluir ao ritmo da<br />
maquinaria agrícola para melhorar a produtividade<br />
ao mesmo tempo que protege<br />
os solos. Um estudo recente mostrou que<br />
as melhorias no rendimento agrónomo que<br />
proporciona a tecnologia Ultraflex podem<br />
atingir até 4%. Neste caso, o retorno do investimento<br />
em pneus com esta tecnologia<br />
pode superar 24 %, graças à melhoria do<br />
rendimento <strong>dos</strong> cultivos gerada pela menor<br />
compactação do solo.<br />
Melhorias no<br />
rendimento<br />
atingem 4%<br />
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Notícias Mercado<br />
Bridgestone<br />
apresenta ToolBox<br />
O ToolBox é um sistema de<br />
soluções de software para gestão<br />
de pneus de frotas, de fácil<br />
utilização. Ao permitir uma recolha,<br />
análise e relatório de um vasto<br />
leque de da<strong>dos</strong>, o ToolBox aumenta<br />
significativamente a produtividade.<br />
O conjunto ToolBox oferece acesso<br />
fácil e instantâneo a todo o tipo de<br />
ferramentas e informação relativa a<br />
pneus para maximizar o retorno do<br />
investimento <strong>dos</strong> clientes frotistas<br />
que utilizam pneus Bridgestone nos<br />
seus veículos.<br />
CONTINENTAL produz pneus com Taraxagum<br />
Durante a Feira de Veículos Comerciais IAA<br />
em Hanover a Continental apresentou os<br />
primeiros pneus de teste feitos de um material<br />
inovador a que a empresa chamou Taraxagum,<br />
uma designação inspirada no nome botânico do<br />
dente-de-leão (Taraxacum). A borracha natural<br />
nas bandas de rodagem <strong>dos</strong> pneus de teste<br />
foi totalmente substituída por Taraxagum. Este<br />
importante passo deixa a Continental ainda<br />
mais perto de atingir o seu objetivo de tornar<br />
a produção de pneus mais sustentável e menos<br />
dependente das matérias-primas tradicionais.<br />
A Continental pretende industrializar a borracha<br />
de dente-de-leão e iniciar a produção em série<br />
nos próximos 5 a 10 anos. Os pneus vão ser<br />
testa<strong>dos</strong> na pista de testes Contidrom perto<br />
de Hanover e em Arvidsjaur na Suécia.<br />
O objetivo a longo prazo deste projeto é encontrar<br />
uma solução ecológica, económica e<br />
socialmente viável para a crescente procura<br />
de borracha natural. O dente-de-leão pode ser<br />
cultivado em áreas que não estavam a ser utilizadas<br />
anteriormente em regiões de clima<br />
temperado na Europa que fiquem situadas<br />
perto de fábricas de pneus da Continental.<br />
Isto encurta as rotas de transporte e diminui<br />
o impacto ambiental.<br />
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30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
VIPAL COM novas bandas de rodagem<br />
Vipal Borrachas apresentou novas bandas<br />
de rodagem na 39ª edição do Con-<br />
A<br />
gresso Nacional do Transporte (Colfecar) que<br />
decorreu entre os dias 8 e 10 de outubro,<br />
no Hotel Las Americas, em Cartagena, na<br />
Colômbia. Os destaques foram para a banda<br />
VRT3 e as inovadoras bandas ECO, além de<br />
desenhos exclusivos da linha DV.<br />
A banda VRT3 da Vipal foi desenvolvida para<br />
pneus radiais e eixos de tração, que rolam<br />
em estradas pavimentadas e por longas<br />
distâncias. O produto destaca-se pela tração<br />
e pela resposta, tanto em pisos secos<br />
quanto molha<strong>dos</strong>. Outro destaque neste<br />
evento foi a linha de bandas ECO. Lançada<br />
em 2008, a avançada tecnologia das bandas<br />
ECO é produzida com compostos especiais<br />
e desenhos exclusivos que garantem menor<br />
resistência ao rolamento, menor consumo<br />
de combustível e maior rendimento quilométrico.<br />
Um <strong>dos</strong> produtos de maior sucesso<br />
da Vipal faz parte desta linha: a VL130 ECO.<br />
<strong>Revista</strong> Off Road elege<br />
pneu da Goodyear<br />
Pelo segundo ano consecutivo,<br />
o pneu Wrangler DuraTrac<br />
da Goodyear foi eleito o melhor<br />
pneu off-road pelos leitores da<br />
revista especializada alemã “Off<br />
Road”. Foi o vencedor na categoria<br />
“<strong>Pneus</strong> de tração” na qual<br />
os leitores tiveram que votar<br />
entre 10 candidatos. Cerca de<br />
63.000 leitores participaram na<br />
votação para o Prémio Off Road<br />
<strong>2014</strong>. O pneu da Goodyear, que<br />
foi desenvolvido para uso em<br />
terrenos difíceis, recebeu aproximadamente<br />
1/3 <strong>dos</strong> votos. O<br />
pneu foi desenvolvido originalmente<br />
nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> onde<br />
continua a ser produzido atualmente<br />
ainda que também seja<br />
fabricado na unidade de produção<br />
da Fulda, na Alemanha, para<br />
satisfazer a procura de pneus de<br />
diferentes dimensões por parte<br />
<strong>dos</strong> fabricantes europeus. Os<br />
prémios da revista “Off Road”,<br />
que são entregues desde 1982,<br />
permitem aos leitores eleger os<br />
melhores carros off-road em 13<br />
categorias diferentes, bem como<br />
o pneu com melhor tração.<br />
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Notícias Mercado<br />
Análise ETRMA<br />
Mercado de pneus<br />
mantém-se estável<br />
No acumulado de vendas desde o início do ano até o passado<br />
mês de setembro, to<strong>dos</strong> os segmentos crescem na Europa, menos<br />
o de pneus agrícolas, que se mantém<br />
Michelin desvenda<br />
novidades no Salão<br />
de Paris<br />
A Michelin desvendou no Salão<br />
Mundial do Automóvel que<br />
decorreu em Paris, três novos<br />
pneus e uma tecnologia inédita,<br />
mas também uma iniciativa<br />
inovadora, associada ao seu<br />
departamento de Investigação<br />
e Desenvolvimento: a criação de<br />
um laboratório de utilizações em<br />
estrada aplicado à escala europeia,<br />
que irá permitir a recolha<br />
imediata das informações derivadas<br />
das utilizações reais de 2.800<br />
automobilistas com diferentes<br />
perfis.<br />
O acumulado do<br />
ano continua a ter<br />
resultado positivo<br />
Os da<strong>dos</strong> divulga<strong>dos</strong> pela Associação Europeia<br />
de Fabricantes de <strong>Pneus</strong> (ETRMA),<br />
indicam um terceiro trimestre estável em toda<br />
a europa na venda de pneus de substituição.<br />
Depois de um primeiro semestre mais do<br />
que positivo, os números mantiveram-se<br />
sem grandes alterações no terceiro trimestre,<br />
embora deva ser lembrado que a partir do<br />
verão de 2013, o setor começou a mostrar<br />
uma melhoria notável em todo o continente.<br />
O mercado de pneus de camião estabilizou<br />
no terceiro trimestre deste ano, enquanto o<br />
segmento de pneus para veículos turismo<br />
e motos cresceu 1%. Pior foi a prestação de<br />
pneus agrícolas, que registou uma descida<br />
de 9%.<br />
Embora tenha diminuído o ritmo de crescimento,<br />
o acumulado do ano continua a ter<br />
um resultado positivo em quase to<strong>dos</strong> os<br />
segmentos. Assim, as vendas de pneus de<br />
turismo cobertos acumulam um aumento<br />
de 5%, enquanto a de veículos comerciais<br />
cresceu 6%, e de motos 7%. Os pneus agrícolas<br />
mantêm-se nos mesmos valores de 2013.<br />
Em números totais, de julho a setembro de<br />
<strong>2014</strong> foram vendi<strong>dos</strong> na Europa, 58,4 milhões<br />
de pneus de automóveis de passageiros (788<br />
mil mais que no mesmo período de 2013);<br />
2.550.000 unidades de pneus de camião<br />
(6.000 a menos); cerca de 1.800.000 de motos(16.000<br />
a mais) e 386.000 para tratores<br />
agrícolas (38.000 a menos).<br />
Segundo a ETRMA, este aumento nas vendas<br />
durante os primeiros nove meses do ano, é<br />
devido a um aumento no número de matrículas<br />
na maioria <strong>dos</strong> países europeus.<br />
Goodyear/Dunlop<br />
passa teste pneus<br />
da Auto Express<br />
A Goodyear Dunlop anunciou<br />
que dois <strong>dos</strong> seus produtos alcançaram<br />
os dois primeiros lugares<br />
no reconhecido teste de pneus da<br />
revista britânica Auto Express. O<br />
pneu Dunlop Sport BluResponse<br />
ficou em primeiro lugar e o pneu<br />
Goodyear EfficientGrip Performance<br />
em segundo lugar.<br />
A Auto Express comparou dez<br />
marcas de pneu com a dimensão<br />
205/55 R16 com um índice de<br />
carga de 91 ou 94 e uma classificação<br />
de velocidade de V ou W.<br />
Os testes incluíram travagem em<br />
piso seco e molhado, curvas em<br />
piso molhado, aquaplanagem em<br />
rectas e curvas, resistência ao rolamento<br />
e ruído. O pneu Dunlop<br />
Sport BluResponse, que alcançou<br />
o primeiro lugar, teve um desempenho<br />
particularmente bom em<br />
termos de travagem.<br />
32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
CENTRO TESTES GOODYEAR celebra 30 anos<br />
O centro de provas da Goodyear em Mireval, localizado em Hérault, entre Montpellier e Sète, foi<br />
inaugurado sob a designação de Karland em 1974<br />
Nessa altura, era neste circuito que se<br />
disputavam as melhores corridas<br />
de automóveis e de motociclismo. Dez<br />
anos mais tarde, em setembro de 1984,<br />
a Goodyear comprou as instalações. <br />
Ao longo <strong>dos</strong> anos, a Goodyear gastou<br />
vários milhões de euros em modificações<br />
de longo alcance para adaptar o<br />
centro aos requisitos <strong>dos</strong> testes de desenvolvimento<br />
de pneus. Atualmente,<br />
o centro de testes conta com modernas<br />
instalações com equipamento de medição<br />
de alta precisão e de alta tecnologia<br />
e circuitos de testes seguros em<br />
conformidade com as mais exigentes<br />
normas, em particular aqueles que se<br />
destinam à aprovação e rotulagem<br />
<strong>dos</strong> pneus.<br />
O centro de testes conta<br />
com equipamento<br />
de medição de alta<br />
precisão e tecnologia<br />
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Notícias Mercado<br />
PIRELLI E MASERATI juntas há um século<br />
As raízes da parceria técnica entre as empresas, que se tornaram ícones da indústria automóvel Italiana,<br />
remontam à época em que os pneus Pirelli eram designa<strong>dos</strong> de “Stella Bianca”<br />
De facto, a Pirelli e a Maserati<br />
já foram associadas nas primeiras<br />
décadas do século passado,<br />
quando o oito cilindros<br />
de Giuseppe Campari Maserati<br />
obteve uma esmagadora vitória<br />
no grande prémio de França em<br />
1933.<br />
A parceria que uniu a Pirelli e<br />
a Maserati nas pistas, também<br />
alcançou um profundo impacto<br />
sobre os produtos para a estrada,<br />
com a Pirelli a transformar<br />
o mundo a partir <strong>dos</strong> anos 60,<br />
com a introdução do novo pneu<br />
Cinturato, um nome que ainda<br />
hoje existe.<br />
No início da década de 2000, os<br />
pneus mais emblemáticos da Pirelli<br />
foram designa<strong>dos</strong> de P Zero<br />
e tornaram-se os “pneus das vitórias”,<br />
tal como os seus ilustres<br />
antecessores, tanto na estrada<br />
como em pista. Em 2002, o pneu<br />
P Zero foi aprovado para equipar<br />
os Maserati´s no respetivo<br />
Troféu Maserati. Atualmente,<br />
o mais recente capítulo desta<br />
colaboração de um século foi<br />
escrito pelos atuais modelos<br />
Quattroporte e Ghibli. Estes recentes<br />
Maserati´s são mais uma<br />
vez equipa<strong>dos</strong> com os pneus da<br />
Pirelli, mas ao contrário <strong>dos</strong> seus<br />
antecessores, atualmente os<br />
pneus são concebi<strong>dos</strong> à medida.<br />
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34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
DUNLOP OFERECE até 100<br />
na compra de pneus<br />
De forma a promover a compra<br />
de pneus de gama alta, os clientes<br />
que comprarem dois ou quatro<br />
pneus Dunlop num <strong>dos</strong> pontos de<br />
venda aderentes à nova promoção<br />
da marca receberão um cartão de débito<br />
com valores que vão desde os<br />
20€ aos 100€. Quem comprar dois<br />
pneus Dunlop 16” ou menos recebe<br />
20€, quem comprar quatro pneus<br />
nestas medidas recebe 40€. Caso a<br />
aquisição seja de dois pneus de 17”,<br />
recebe 30€, que passam a 60€ se forem<br />
quatro. Os clientes que comprem<br />
pneus de 18’’ ou mais recebem 50€<br />
em cartão, ou 100€, o montante máximo,<br />
caso comprem quatro pneus<br />
com estas medidas. Para saber quais as<br />
oficinas aderentes à promoção, visite<br />
www.dunlop.eu<br />
Trelleborg lança nova APP<br />
A Trelleborg ampliou a sua oferta digital<br />
com o lançamento da sua aplicação “Tire<br />
Efficiency” para utilização em iOS e tablets<br />
Android. Baseado no conceito TOC (Custo<br />
Total da Operação), esta aplicação intuitiva<br />
é fácil de utilizar e mede os benefícios proporcionado<br />
por um conjunto de pneus Trellborg<br />
de um eixo, tanto no que diz respeito<br />
a poupança como em tempo de trabalho.<br />
Desenvolvida especificamente para agricultores<br />
e distribuidores especializa<strong>dos</strong> em<br />
pneus e maquinaria, esta aplicação permite<br />
aos utilizadores selecionar o número de<br />
hectares cobertos, a sua operação específica,<br />
tempo de trabalho e vários outros<br />
parâmetros. Disponível em seis idiomas,<br />
a nova aplicação conta com um desenho<br />
e um interface de utilizador que permite<br />
aos agricultores compartilhar os resulta<strong>dos</strong><br />
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Fabrico de pneus<br />
Evitar escolhas impossíveis<br />
Para criar um novo pneu, não só é necessário inovar, como também dispor de tecnologias<br />
avançadas que permitam levar a cabo a solução para o pneu à escala industrial<br />
Os conflitos com que se confrontam os<br />
investigadores na criação e desenvolvimento<br />
de novos pneus são numeroso.<br />
Há que dar prioridade à travagem em<br />
seco ou em molhado? Travagem em reta ou em<br />
curva? Duração quilométrica ou poupança de<br />
combustível? Robustez ou conforto? A estratégia<br />
consiste em manter uma visão global e ter em<br />
conta todas as exigências <strong>dos</strong> utilizadores.<br />
Quanto maiores são os conhecimentos <strong>dos</strong><br />
fabricantes de pneus, mais se descobrem usos<br />
insuspeita<strong>dos</strong> ou crenças erróneas por parte <strong>dos</strong><br />
automobilistas. Ora, para desenvolver o pneu perfeito,<br />
os engenheiros devem conhecer estes usos,<br />
sem preconceitos, e compreendê-los melhor, para<br />
orientar os trabalhos de investigação para a solução<br />
mais adaptada.<br />
Dois exemplos permitem tirar conclusões importantes:<br />
w w Sete em cada dez acidentes acontecem em<br />
linha reta.<br />
w w Em molhado, nove em cada dez acidentes<br />
têm lugar sobre uma camada de água muito fina.<br />
Estas duas informações, extraídas <strong>dos</strong> trabalhos<br />
do Instituto de Investigação de Acidentes em Estrada<br />
(VUFO) da Universidade de Dresden, põem<br />
em causa os preconceitos solidamente ancora<strong>dos</strong><br />
na sociedade. Estes da<strong>dos</strong> permitem também<br />
compreender melhor a estratégia das marcas que<br />
procuram criar pneus que satisfaçam plenamente<br />
as necessidades <strong>dos</strong> automobilistas.<br />
Conhecer bem as utilizações é para as marcas<br />
condição prévia indispensável para desenvolver<br />
os melhores pneus, aqueles que associam todas<br />
as prestações importantes para os utilizadores.<br />
Esta é a dificuldade. Um automobilista norte-<br />
-americano não conduz da mesma forma que<br />
um europeu ou que um do sudeste asiático. Não<br />
possuem exatamente o mesmo veículo, não circulam<br />
pelas mesmas infraestruturas, não têm a<br />
mesma forma ou maneiras de conduzir, não estão<br />
sujeitos às mesmas regras de trânsito e não<br />
têm de confrontar-se com as mesmas condições<br />
climatéricas. São muitas as especificações que as<br />
marcas têm de ter em conta quando desenvolvem<br />
novos pneus para o mercado.<br />
São muitas as<br />
especificações<br />
que as marcas<br />
têm de ter em<br />
conta quando<br />
desenvolvem<br />
novos pneus<br />
para o mercado<br />
36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
Os 7 passos do processo de fabrico<br />
Processo de criação de um pneu<br />
A Goodyear descreve em sete passos o processo de criação de um pneu: desde o<br />
surgimento da ideia original até à colocação no mercado<br />
Passo 1<br />
Definir os objetivos<br />
de desenvolvimento<br />
Antes de começar o complexo processo de<br />
desenvolvimento <strong>dos</strong> pneus, o qual pode demorar<br />
três anos ou mais, a equipa responsável<br />
pelo marketing de produto avalia o consumidor<br />
e as necessidades <strong>dos</strong> clientes no segmento<br />
correspondente. Leva-se a cabo uma extensa<br />
investigação de mercado em toda a Europa<br />
que visa definir as expectativas específicas <strong>dos</strong><br />
consumidores, identificar as suas preferências<br />
através <strong>dos</strong> diversos merca<strong>dos</strong> e de antever as<br />
tendências futuras.<br />
Uma equipa de engenheiros trabalha em<br />
estreita colaboração com to<strong>dos</strong> os principais<br />
fabricantes de automóveis, incluindo os veículos<br />
ligeiros e comerciais, para avaliar e definir<br />
as necessidades de futuros modelos para criar<br />
um produto que se adeque pontualmente às<br />
especificações exatas.<br />
Também existem diversos requisitos reguladores<br />
estabeleci<strong>dos</strong> a nível mundial, na União<br />
Europeia e, algumas vezes, dentro do próprio<br />
país, que devem ser considera<strong>dos</strong> durante o<br />
desenvolvimento <strong>dos</strong> pneus. Os fabricantes<br />
têm também em conta os critérios <strong>dos</strong> testes<br />
de pneus realiza<strong>dos</strong> pelas revistas do setor automóvel<br />
e pelos clubes de automóveis, porque<br />
a sua avaliação tem uma grande influência na<br />
escolha <strong>dos</strong> consumidores.<br />
O objetivo desta primeira etapa é estabelecer<br />
metas de prestações específicas para o novo<br />
produto. Cada tipo de pneu será centrado nas<br />
diferentes características de funcionamento,<br />
como a eficiência do combustível, aderência<br />
em piso seco e molhado, a sua resistência à<br />
aquaplanagem ou estabilidade em alta velocidade,<br />
entre outros.<br />
Passo 2<br />
O papel <strong>dos</strong> projetistas<br />
Os projetistas estão presentes desde o conceito<br />
inicial, aquando do desenvolvimento, até<br />
à comunicação visual do produto final.<br />
Existem dois tipos de projetistas de pneus que<br />
fazem parte do processo de desenvolvimento<br />
do pneu. O projetista criativo, que se centra<br />
no aspeto da banda de rodagem e das paredes<br />
laterais; e o projetista técnico, focado exclusivamente<br />
nos efeitos de desempenho de um<br />
desenho específico. O projetista criativo tem<br />
em conta as expectativas do consumidor, da<br />
marca, as necessidades do produto e os aspetos<br />
estéticos em geral. O projetista técnico é o<br />
responsável pelo desenho da banda que, com<br />
to<strong>dos</strong> os seus blocos, sulcos e canais, tem um<br />
impacto direto nos critérios de desempenho,<br />
como a aderência, a resistência à aquaplanagem,<br />
o manuseamento e os níveis de ruído.<br />
Para que um desenho tenha sucesso deve oferecer<br />
as seguintes vantagens:<br />
w Desenho técnico funcional<br />
O desenho vem a seguir à funcionalidade. O<br />
rendimento do pneu é <strong>dos</strong> critérios mais importantes<br />
e, portanto, o desenho tem de ser<br />
funcional e contribuir de modo eficaz na consecução<br />
<strong>dos</strong> objetivos globais das prestações<br />
do pneu. Para cada pneu projetado existem<br />
diferentes objetivos de prestações.<br />
w Comunicação de prestações reforçada<br />
Um desenho que reforce a percepção de um<br />
bom funcionamento no que diz respeito à sua<br />
aplicação adiciona pontos na mente do consumidor.<br />
Um pneu de inverno pode expressar<br />
na sua aparência a forma como adere à neve e<br />
um pneu de baixa resistência pode representar<br />
eficiência e ecologia.<br />
w Percepção da qualidade melhorada<br />
Um produto de primeira qualidade necessita<br />
de um desenho homogéneo englobando o<br />
produto no seu conjunto e um maior nível de<br />
detalhes no desenho da banda de rodagem do<br />
pneu. O desenho e os seus detalhes desempenham<br />
um papel chave na aparência final do<br />
produto e definem o que o cliente capta e sente<br />
em relação a um produto.<br />
w Diferenciação incrementada do produto<br />
Serão aplica<strong>dos</strong> desenhos e diferentes características<br />
nos produtos das várias marcas,<br />
que irão circular ao nível da comunicações e<br />
marketing de produto, de forma a assegurar<br />
uma imagem coerente entre os produtos da<br />
mesma marca.<br />
Passo 3<br />
A estrutura:<br />
reforço e estabilidade<br />
são os aspetos chave<br />
A estrutura de um pneu é fundamental no que<br />
respeita às suas prestações e existem muitas<br />
variações determinantes no processo de fabricação.<br />
Isso implica o uso de vários compostos<br />
diferentes e materiais de reforço, tais como o<br />
aço, o poliéster ou as fibras de aramida.<br />
Presentemente, os radiais são os pneus fabrica<strong>dos</strong><br />
a nível global, se bem que os diagonais<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 37
Fabrico de pneus<br />
continuam a ser fabrica<strong>dos</strong> para determinadas<br />
aplicações. Na fabricação de um pneu radial<br />
utilizam-se cabos de aço entrelaça<strong>dos</strong> que se<br />
estendem através do pneu, de modo a que os<br />
cabos fiquem instala<strong>dos</strong> aproximadamente<br />
em ângulo reto relativamente à linha central<br />
da banda de rodagem e paralelos entre si. As<br />
vantagens desta estrutura incluem o prolongamento<br />
da vida da banda, melhor controlo<br />
e níveis mais baixos de resistência à rodagem,<br />
e, desta forma, mais económico ao nível de<br />
combustível.<br />
O processo de fabricação da carcaça é muito<br />
importante no que respeita às prestações<br />
globais do pneu já que pode afetar muitas<br />
das características de rendimento incluindo<br />
o equilíbrio do pneu, a sua força à alta velocidade<br />
e nas curvas, a aderência, a carga e a<br />
resistência à rodagem, a distância de travagem<br />
e o desgaste do piso.<br />
As variações na fabricação da carcaça também<br />
podem ser utilizadas para ajudar a conseguir<br />
um pneu com características exclusivas que o<br />
situem numa posição muito superior, como a<br />
Tecnologia Run Flat que utiliza paredes laterais<br />
reforçadas para suportar o pneu no caso de<br />
perda total da pressão.<br />
Passo 4<br />
O composto e a arte da mistura<br />
A criação do composto de um pneu consiste<br />
em reunir to<strong>dos</strong> os ingredientes requeri<strong>dos</strong><br />
para misturar um lote de composto de borracha.<br />
Cada componente possui uma mistura<br />
diferente de ingredientes de acordo com as<br />
propriedades necessárias para esse componente.<br />
Pode-se comparar com um chef que<br />
mistura os ingredientes de uma receita de<br />
modo que as variações subtis na mistura <strong>dos</strong><br />
mesmos podem levar a resulta<strong>dos</strong> muito diferentes.<br />
Todas as áreas chave do pneu contêm diferentes<br />
compostos e, cada composto, diferentes<br />
ingredientes. Por exemplo, para manter o ar de<br />
um pneu, a camada interior utiliza diferentes<br />
compostos na parede lateral para a estabilidade<br />
e diferentes compostos na banda de rodagem<br />
para outras características, como a aderência<br />
e o manuseamento. Um pneu de automóvel<br />
ligeiro é fabricado até com 25 componentes<br />
diferentes e contém mais de 15 compostos diferentes.<br />
Um engenheiro utiliza mais de 100<br />
materiais diferentes para desenvolver os seus<br />
compostos.<br />
A mistura é o processo de transformar os<br />
ingredientes numa substância homogénea<br />
através de um trabalho mecânico. Podem ser<br />
necessárias até sete etapas para garantir que<br />
os ingredientes sejam incorpora<strong>dos</strong> na ordem<br />
desejada.<br />
Os ingredientes do composto utiliza<strong>dos</strong> e a<br />
forma como são mistura<strong>dos</strong> têm um grande<br />
impacto nas prestações de um pneu. O uso de<br />
ingredientes de primeira qualidade e a seleção<br />
<strong>dos</strong> melhores compostos e misturas são<br />
os aspetos que situam os fabricantes de pneus<br />
premium longe <strong>dos</strong> seus concorrentes mais<br />
baratos.<br />
Passo 5<br />
Fabricar o protótipo<br />
Assim que os componentes, compostos, materiais<br />
específicos e o desenho da banda de rodagem<br />
forem defini<strong>dos</strong>, inicia-se a fabricação<br />
<strong>dos</strong> pneus protótipo para poderem ser testa<strong>dos</strong><br />
nos laboratórios de ensaio e nos veículos. A<br />
equipa trabalha em estreita colaboração com o<br />
departamento de avaliação de pneus para que<br />
os protótipos possam ser testa<strong>dos</strong> num amplo<br />
programa de testes e os resulta<strong>dos</strong> possam ser<br />
envia<strong>dos</strong> de volta à equipa de I+D.<br />
Numa etapa mais avançada do processo de<br />
desenvolvimento, fabrica-se um molde que<br />
permite à equipa testar o novo pneu em toda<br />
a sua extensão.<br />
Os pneus protótipo são feitos à mão e fabrica<strong>dos</strong><br />
em instalações, onde o fabricante de pneus<br />
se certifica de que os diferentes componentes<br />
do pneu são fabrica<strong>dos</strong> de acordo com as especificações<br />
recebidas da equipa de Investigação<br />
e Desenvolvimento.<br />
Os componentes são monta<strong>dos</strong> num tambor<br />
com uma ordem específica e ajustes predefini<strong>dos</strong>.<br />
O produto final deste processo é denominado<br />
pneu verde referindo-se ao seu estado<br />
sem vulcanizar. Este pneu verde é vulcanizado<br />
num molde específico instalado numa vulcanizadora.<br />
Depois, o pneu vulcanizado é inspecionado<br />
a fundo e enviado para o departamento<br />
de testes.<br />
Passo 6<br />
Avaliação do pneu<br />
Os testes constituem uma atividade importante<br />
para a empresa, testando mais de 70.000<br />
pneus por ano nos seus laboratórios com pistas<br />
de testes e nas estradas. Na Europa, a Goodyear<br />
é proprietária de três pistas de testes com instalações<br />
específicas para pôr ao limite os pneus,<br />
situadas em França, Alemanha e Luxemburgo.<br />
Mais de 500 veículos são utiliza<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os<br />
anos para levar a cabo os testes de pneus.<br />
Durante a fase de desenvolvimento do produto,<br />
os pneus da companhia são submeti<strong>dos</strong><br />
a testes rigorosos quer nos tambores de laboratório<br />
quer na pista. Os pneus para necessidades<br />
38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
específicas exigem testes adicionais como no<br />
caso <strong>dos</strong> testes <strong>dos</strong> pneus de inverno na neve,<br />
chuva com neve e em gelo, que são leva<strong>dos</strong><br />
a cabo com temperaturas muito baixas nas<br />
instalações da Finlândia, Suécia, Suíça e Nova<br />
Zelândia. Estes testes específicos são desenvolvi<strong>dos</strong><br />
visando ser utiliza<strong>dos</strong> também nos pneus<br />
comerciais, pneus para camiões e pneus agrícolas.<br />
To<strong>dos</strong> os resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> testes de pneus<br />
são comunica<strong>dos</strong> à equipa de I+D, que tratará<br />
de melhorar as áreas específicas salientadas<br />
pelo departamento de avaliação <strong>dos</strong> pneus.<br />
Passo 7<br />
Industrialização e fabrico<br />
O processo de industrialização visa a criação<br />
de infraestruturas de produção, processos e<br />
equipas para garantir o sucesso do lançamento<br />
de um novo produto, a nível de produção em<br />
massa.<br />
Uma vez estabeleci<strong>dos</strong> os objetivos iniciais de<br />
marketing e a fase de verificação do protótipo<br />
completa, o produto inicia uma fase de extrapolação<br />
de linha. As novas especificações são<br />
aplicadas a toda a carteira de tamanhos e na<br />
fábrica são levadas a cabo testes individuais<br />
de qualificação.<br />
Para um fabricante que opera num mercado<br />
global, supõe a definição, estandardização<br />
e implantação <strong>dos</strong> processos de fabricação<br />
necessários para a produção desse pneu em<br />
particular em cada fábrica com os mesmos<br />
standards de qualidade, oferecendo as mesmas<br />
prestações ao consumidor final. Os responsáveis<br />
pela planificação enfrentam o desafio<br />
diário de antever e planear a quantidade, tipos<br />
e tamanhos requeri<strong>dos</strong> pelo mercado.<br />
Um pneu não é uma peça uniforme de borracha.<br />
Pelo contrário, está fabricado com<br />
diferentes componentes, entre 10 e 20 componentes<br />
com diferentes propriedades. O próprio<br />
processo de fabricação é uma sucessão de<br />
diferentes passos, com operações muito específicas.<br />
Isto inclui a mistura de ingredientes em<br />
proporções muito precisas e sob uma série de<br />
condições de processo muito controladas para<br />
conseguir diferentes compostos de borracha.<br />
Depois vem a preparação <strong>dos</strong> componentes incluindo<br />
os processos de criação de calendários,<br />
extrusão e fabricação do talão. Uma máquina<br />
de montagem reúne to<strong>dos</strong> os componentes e<br />
o processo de vulcanização no molde proporciona<br />
a forma final e as propriedades materiais<br />
finais do pneu. Uma vez finalizado o processo,<br />
os pneus passam por uma série de inspeções e<br />
testes para verificar o cumprimento <strong>dos</strong> standards<br />
de qualidade estabeleci<strong>dos</strong>.<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 39
Apresentação<br />
<strong>Pneus</strong> Falken<br />
ab tyres I Zona Industrial da Pedrulha, Lote 12, Mealhada, 3050 -183 Casal Comba I Director Comercial: Paulo Santos<br />
Tel.: 231 244 200 I Fax.: 231 244 201 I e-mail: paulo.santos@abtyres.pt<br />
Alta<br />
performance<br />
Os pneus Falken, distribuí<strong>dos</strong> em exclusivo para o mercado português pela empresa<br />
ab tyres, do Grupo Alves Bandeira, destacam-se pelas elevadas prestações<br />
e diversidade de gama<br />
Por: João Vieira<br />
Os pneus Falken, são a mais recente<br />
representação exclusiva da ab<br />
tyres e surgem da necessidade de<br />
oferta de um pneu do segmento<br />
quality, com provas de qualidade inquestionáveis<br />
e a preços altamente competitivos.<br />
Fabrica<strong>dos</strong> pela Japonesa Sumitomo Rubber<br />
Industries (7º maior fabricante mundial<br />
de pneus) os pneus Falken contam no seu<br />
currículo com altas demonstrações da sua<br />
qualidade, especialmente em competição,<br />
como é o caso das 24 Horas de Nürburgring,<br />
onde venceu várias edições.<br />
A gama oferece um leque diversificado de<br />
medidas para os principais segmentos de<br />
Turismo, Comerciais e Todo-o-Terreno.<br />
Nas palavras de Paulo Santos, diretor comercial<br />
da ab tyres, “Representamos em exclusivo<br />
os pneus Falken deste o passado mês de abril,<br />
e o balanço é bastante positivo, porque temos<br />
vindo a perceber que quem já utilizou<br />
a marca recomenda-a e mantém-se fiel. Tem<br />
uma boa imagem e inspira confiança. Os pisos<br />
são muito atrativos e tem uma relação preço<br />
/ qualidade bastante boa.”<br />
Graças à elevada notoriedade da marca<br />
junto do público entusiasta de desportos<br />
motoriza<strong>dos</strong> e de elevadas performances, são<br />
os próprios clientes que procuram a marca e<br />
não o contrário.<br />
“É uma marca que quem experimentou<br />
gosta e é sempre referenciada no sentido<br />
positivo. Não é necessário um esforço muito<br />
grande na venda porque há um reconhecimento<br />
e notoriedade que a marca tem que<br />
dificilmente será apagada da memória das<br />
pessoas”, conclui Paulo Santos.<br />
w Distribuição melhorada<br />
A estratégia de distribuição <strong>dos</strong> pneus<br />
Falken em Portugal está a passar pela escolha<br />
de parceiros preferenciais em vários pontos<br />
do país, que serão responsáveis pela comercialização<br />
da marca na sua zona de influência.<br />
“Vamos entregar a distribuição a clientes<br />
preferenciais nalgumas zonas do país, com<br />
proteção da zona geográfica de cada parceiro<br />
e com outras situações atrativas para cada<br />
um deles, que poderão ser diferenciadas<br />
consuante a importância <strong>dos</strong> parceiros.”, diz<br />
Paulo Santos.<br />
Desde o passado mês de outubro, a empresa<br />
alargou a janela de recepção de pedi<strong>dos</strong>,<br />
ou seja, agora trabalha até às 19H00 e<br />
coloca os pneus em qualquer ponto do país<br />
no dia seguinte, sendo que normalmente<br />
80 a 90% das encomendas são colocadas<br />
na parte da manhã.<br />
No caso de algum modelo não existir em<br />
stock no nosso país, a ab tyre tem a possibilidade<br />
de pedir diretamente ao armazém<br />
central europeu da marca, localizado na<br />
Alemanha, que tem sempre produto disponível.<br />
“Vamos entregar a distribuição <strong>dos</strong> pneus Falken a clientes preferenciais”, diz Paulo Santos, da ab tyres<br />
A gama <strong>dos</strong> pneus Falken oferece um leque diversificado de medidas para os principais segmentos<br />
40 | REVISTA DOS PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
w A marca japonesa Falken existe desde 1983 e pertence à já centenária<br />
Sumitomo Rubber Industries, Ltd. Mas só em Dezembro<br />
de 2008 a marca se estabeleceu na Europa, mais concretamente em<br />
Offenbach am Main, na Alemanha. No ano a seguir, em 2009, foi<br />
efetivamente o período que marcou o arranque da FTE - Falken<br />
Tyre Europe GmbH. Depois, em 2010, começou a atividade de<br />
vendas, que duplicaram em 2011 e, em 2012, fruto da difícil conjuntura<br />
económica que atingiu os consumidores, os resulta<strong>dos</strong><br />
estiverem ligeiramente abaixo de 2011. Mas em 2013, graças, também,<br />
aos novos pneus introduzi<strong>dos</strong> na gama, a FTE aumentou as<br />
suas vendas. Este ano irá estabelecer um novo recorde.<br />
A FTE tem atualmente 66 funcionários, cujo objetivo é melhorar<br />
o serviço para to<strong>dos</strong> os clientes Falken na Europa. Recebe apoio<br />
total da empresa-mãe Sumitomo Rubber Industries em termos<br />
de produtos, performance e suporte técnico, de modo a garantir<br />
os produtos certos para as diversas regiões da europa.<br />
O plano de longo prazo da FTE está definido. O objetivo é<br />
Breve historial da Falken<br />
veja o video em<br />
revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
atingir uma quota de 5% no mercado de substituição na Europa.<br />
Para tal, vai continuar a oferecer bons produtos em to<strong>dos</strong><br />
os segmentos: ligeiros, off road e comerciais. A marca está<br />
também empenhada em aumentar o sucesso nas 24 Horas de<br />
Nürburgring, onde colabora com a Porsche já há vários anos.<br />
Este evento continuará a ser importante para testar os pneus e<br />
aumentar a notoriedade da marca junto do público entusiasta<br />
por desportos motoriza<strong>dos</strong>.<br />
Gama extensa<br />
e variada<br />
Falken oferece uma variedade completa<br />
A para cada necessidade. Desde pneus de<br />
Verão até pneus de Inverno, passando pelos<br />
“all season”. Os pneus Falken são produzi<strong>dos</strong><br />
de acordo com os mais eleva<strong>dos</strong> padrões de<br />
qualidade. To<strong>dos</strong> os módulos de produção<br />
cumprem as certificações ISO 9001: 2000<br />
e ISO/TS 16949:2002. Além disso, dispõem<br />
da certificação ISO 14001 para sistema de<br />
gestão ambiental.<br />
Como se tudo isto não bastasse, a marca<br />
está ainda envolvida na competição: campeonatos<br />
de drift (Reino Unido; Holanda;<br />
Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> da América) e corridas de<br />
resistência (24 Horas de Nürburgring; The<br />
American Le Mans Series; Endurance Racing<br />
Championship Nürburgring).<br />
Azenis FK453 Runflat<br />
w O Azenis FK453 Runflat está disponível<br />
apenas em duas medidas (jantes de 17”,<br />
séries 50 e 45; código de velocidade Y), e<br />
destina-se a equipar veículos <strong>dos</strong> segmentos<br />
D (familiares médios) e E (executivos).<br />
Em 2015, serão lançadas mais cinco medidas<br />
e, em 2016, outras duas. A grande vantagem<br />
deste pneu reside no facto de poder<br />
rolar totalmente sem ar durante 80 km,<br />
a velocidades não superiores a 80 km/h.<br />
Outra característica do novo Azenis<br />
FK453 Runflat é a parede lateral com covas,<br />
que permite dispersar o excesso de calor<br />
que se acumula no pneu, aumentando<br />
a sua durabilidade até 17%. Os recessos<br />
retangulares nessa secção melhoram o<br />
rolamento, causando uma dissipação térmica<br />
mais eficiente.<br />
Sincera SN832 Ecorun<br />
w Disponível em 19 medidas, com jantes<br />
de 13” a 15”, séries 70 a 55 e código de velocidade<br />
T, o Sincera SN832 Ecorun destina-se<br />
a equipar veículos <strong>dos</strong> segmentos<br />
A (citadinos), B (utilitários) e C (familiares<br />
compactos). Com um nível de ruído que<br />
se situa entre 69 e 71 dB, este novo pneu<br />
anuncia etiquetas C e E para o consumo<br />
de combustível e A para o desempenho<br />
em piso molhado. O novo Sincera SN832<br />
Ecorun dispõe de um composto de borracha<br />
otimizado para baixas fricções, que<br />
reduz a acumulação de calor e diminui a<br />
resistência ao rolamento. O contorno arredondado<br />
da carcaça proporciona uma<br />
deformação uniforme em condições de<br />
carga, resultando numa resposta mais precisa<br />
e em melhor estabilidade direcional.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 41
Reportagem 12º ENCONTRO VALORPNEU<br />
//////////////////<br />
Números mágicos<br />
Em 12 anos de atividade, os números da Valorpneu são uma espécie de<br />
magia para a economia, gerando, por ano, 78 milhões de euros para o<br />
Produto Interno Bruto do país. Este ano, o encontro com centros de recolha<br />
e tratamento do SGPU decorreu na ilha de S. Miguel, nos Açores<br />
Por: Jorge Flores<br />
Entre um cozido nas caldeiras naturais<br />
da Lagoa das Furnas e a plantação<br />
de quase mil pinheiros-bravos (para<br />
compensar a eventual poluição gerada<br />
pelo evento), o 12º Encontro da Valorpneu,<br />
decorreu, de forma descontraída,<br />
no idílico cenário da ilha de S. Miguel, nos<br />
Açores, tendo reunido mais de uma centena<br />
de responsáveis de centros de recolha e tratamento<br />
de pneus usa<strong>dos</strong> de todo o país.<br />
Em doze anos de atividade, os números<br />
apresenta<strong>dos</strong> por Climénia Silva são, segundo<br />
palavras da própria, “mágicos”. Basta<br />
ver que, entre 2003 e <strong>2014</strong>, a rede da Valorpneu<br />
conseguiu alcançar o seu primeiro<br />
milhão de toneladas de pneus recolhi<strong>dos</strong> e<br />
valoriza<strong>dos</strong>. “É difícil de imaginar. Um milhão<br />
de toneladas de pneus! Que é isso? É abstrato.<br />
Mas corresponde a uma autoestrada<br />
que atravesse Portugal nos dois senti<strong>dos</strong>,<br />
coberta de pneus com uma altura de 3 metros”,<br />
exemplifica a diretora-geral, para uma<br />
melhor noção <strong>dos</strong> valores.<br />
w ECONOMIA VERDE<br />
Registe-se que, neste “milhão”, estão incluídas<br />
51 mil toneladas de passivo ambiental<br />
(5% do total) e 17 500 toneladas relativas à<br />
Região Autónoma <strong>dos</strong> Açores.<br />
O benefício gerado pelo Sistema de Gestão<br />
de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> (SGPU) da Valorpneu<br />
é facilmente quantificável em termos de<br />
emissões de gases poluentes: evitou um<br />
milhão e quinhentas toneladas de CO2,<br />
além de um consumo energético primário<br />
na ordem de 47 mil TJ.<br />
O contributo do SGPU em termos económicos<br />
também não é pequeno. Por ano,<br />
gerou uma riqueza nacional de 78 milhões<br />
de euros - <strong>dos</strong> quais, 45 milhões de euros de<br />
importações líquidas evitadas. Do ponto de<br />
vista social, a atividade da rede da Valorpneu<br />
refletiu-se na criação de 970 empregos<br />
diretos e 1013 indiretos ou induzi<strong>dos</strong>.<br />
O destino <strong>dos</strong> pneus valoriza<strong>dos</strong> pela rede,<br />
entre 2003 e <strong>2014</strong>, divide-se em várias áreas.<br />
Na cadeia, de resto, existem várias velocidades.<br />
Entre o primeiro milhão de pneus<br />
recolhi<strong>dos</strong> e valoriza<strong>dos</strong>, a “fatia de leão”<br />
continua a pertencer à reciclagem (47,4%<br />
do total), seguida da valorização energética<br />
(29,2%) e da recauchutagem (21,5%). Os restantes<br />
campos da rede são quase residuais:<br />
reutilização (1,1%) e outros (0,8%)...<br />
w MARGEM DE PROGRESSÃO<br />
A evolução da Valorpneu tem sido grande,<br />
tendo conseguido uma abrangência nacional.<br />
“Os números provam-no”, afirmou Climénia<br />
Silva à REVISTA DOS PNEUS. Mas tal<br />
não significa que não exista uma margem<br />
de progressão da rede em determina<strong>dos</strong><br />
campos. Por exemplo, a questão das cargas<br />
realizadas pelos operadores encontram-se<br />
“fortemente condicionadas pelos meios de<br />
carga utiliza<strong>dos</strong>”, sendo pois importante tornar<br />
mais eficiente a questão do transporte<br />
<strong>dos</strong> pneus.<br />
Os “recorrentes erros” de pesagem das cargas<br />
em alguns pneus valoriza<strong>dos</strong> na rede<br />
42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
Biosafe<br />
Evolução tecnológica<br />
Climénia Silva mostrou-se muito otimista com os<br />
números da Valorpneu<br />
deverão também, num futuro próximo, ser<br />
alvo de correções dentro do sistema.<br />
Mas existe uma outra preocupação da<br />
responsável da Valorpneu: a dificuldade<br />
nos merca<strong>dos</strong> do granulado de borracha<br />
reciclado de pneus usa<strong>dos</strong>. Um problema<br />
que, defendeu, obrigará a uma “maior eficiência<br />
sobre a tipologia e dimensões do<br />
granulado produzido”.<br />
Alargar a atividade <strong>dos</strong> recicladores aos<br />
produtos finais que incorporam o granulado<br />
e incentivar (e tornar obrigatória, se<br />
possível...) a utilização de material reciclado<br />
de pneus nas obras é outro <strong>dos</strong> objetivos.<br />
Para a Valorpneu, seria ainda desejável que<br />
os pneus usa<strong>dos</strong> utiliza<strong>dos</strong> como combustível<br />
pela indústria cimenteira, fossem em<br />
parte considera<strong>dos</strong> como valorização material<br />
contando para a meta de reciclagem,<br />
uma vez que os materiais que os compõem<br />
vão enriquecer o cimento produzido.<br />
Segundo Climénia Silva, algo que também<br />
não tem corrido de feição em todo o processo<br />
de valorização <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> é o<br />
funcionamento do mercado final <strong>dos</strong> produtos.<br />
“Há que ganhar mercado. E esse processo<br />
tem sido muito lento. Não temos aqui um<br />
produto com valor, não temos ouro, não<br />
temos cobre... Com esses produtos é mais<br />
fácil. Isto é borracha e é preta. Então é preciso<br />
trabalhar muito o produto para que ele<br />
ganhe um valor. Para que seja competitivo,<br />
descontaminado. Há todo um processo para<br />
chegar a um granulado, descontaminado,<br />
e para que este possa competir com outros<br />
produtos. É uma busca constante. E é por<br />
isso que apoiamos diversos projetos na<br />
w Nascida em 1994, no universo do Grupo<br />
Auto Sueco, a Biosafe – Indústria de Reciclagem<br />
foi um <strong>dos</strong> pontos de recolha e<br />
tratamento de pneus usa<strong>dos</strong> presente no<br />
12º Encontro da Valorpneu, nos Açores. Na<br />
sua génese, a empresa tratava apenas <strong>dos</strong><br />
pneus dentro grupo. Mas, em 1997, ganhou<br />
nome próprio e uma fábrica em Ovar.<br />
A sua evolução em termos tecnológicos<br />
tem sido uma constante e a garantia de<br />
sucesso. “A Biosafe era, basicamente, até<br />
há três anos, uma empresa recicladora,<br />
produzindo granulado de borracha para<br />
várias utilizações, sobretudo para a área<br />
desportiva. Desde então, apostámos no<br />
desenvolvimento e na execução de novos<br />
produtos”, revelou José Carvalho, diretor<br />
executivo da empresa à REVISTA DOS<br />
PNEUS.<br />
A Biosafe dispõe agora de quatro áreas de<br />
produção, apesar de a linha de granulação<br />
continuar a ser a base do negócio. Conta<br />
com linhas de coloração, de montagem e<br />
de extrusão, transformando o granulado<br />
em produtos finais, “sempre com a ideia de<br />
que não queremos concorrer com os nossos<br />
clientes – nacionais ou internacionais.<br />
“É uma questão de cooperação”...<br />
Nos últimos tempos, a empresa cresceu das<br />
seis mil toneladas de produção, por ano,<br />
para as 15 mil toneladas que fazemos agora.<br />
Tudo devido à aposta tecnológica.<br />
“No nosso portfólio de equipamento já há<br />
robots que fazem determinadas operações,<br />
enquanto era tudo praticamente manual na<br />
altura”, adiantou o responsável.<br />
No final do ano, a empresa terá concluído<br />
um investimento de 3,4 milhões de euros<br />
iniciado em 2012. “São tudo passos da<br />
vivência de uma unidade deste tipo. Das<br />
duas uma: ou evoluímos ou morremos.<br />
São investimentos muito pesa<strong>dos</strong>. Qualquer<br />
coisa que se discuta representa meio<br />
milhão de euros”.<br />
Foram perto de uma centena os responsáveis de centros de recolha e tratamento da rede Valorpneu<br />
a marcarem presença no evento. As atividades lúdicas foram muitas e passaram pela plantação de<br />
árvores, para compensar os eventuais prejuízos ambientais do encontro...<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 43
Reportagem 12º ENCONTRO VALORPNEU<br />
////////////////////////<br />
Hélder Pedro,<br />
secretário-geral<br />
da ACAP, foi o<br />
moderador do<br />
debate<br />
área de investigação e desenvolvimento.<br />
Só assim é que conseguimos criar sustentabilidade<br />
e garantir aqui o futuro”, adiantou<br />
a diretora-geral da Valorpneu.<br />
w LACUNAS LEGAIS<br />
Entre as “pedras” na engrenagem do SGPU<br />
está também a falta de um enquadramento<br />
legal que permita uma visão estratégica de<br />
forma a desenvolver ainda mais a atividade,<br />
nomeadamente em termos da “prorrogação<br />
da licença publicada com atraso e por perío<strong>dos</strong><br />
trimestrais”. As propostas da Valorpneu,<br />
neste sentido, passam pela agilização do<br />
processo do novo licenciamento da EG e<br />
pela “prioridade à estabilidade do SGPU”,<br />
bem como pela necessidade de “harmonizar<br />
os objetivos de gestão com a maioria <strong>dos</strong><br />
países da UE e com o contexto do mercado<br />
(eliminar a meta da recauchutagem e flexibilizar<br />
a meta da reciclagem)”.<br />
Em tudo o resto, Climénia Silva gosta de<br />
citar Ewan Scott, jornalista da revista Tyre<br />
and Rubber Recycling: “If it ain´t broke, don´t<br />
fix it” (não conserte o que não está partido).<br />
Por outras palavras, não se deve alterar no<br />
sistema o que funciona bem.<br />
Ribeiro & Filhos, Prémio Desempenho <strong>2014</strong><br />
Capacidade de transporte como trunfo<br />
w A Ribeiro & Filhos foi a empresa distinguida<br />
com o Prémio Desempenho <strong>2014</strong>,<br />
como o melhor ponto de recolha e tratamento<br />
de pneus usa<strong>dos</strong> da rede Valorpneu.<br />
Esta foi a segunda vez que a empresa<br />
de Coruche recebeu o galardão. “Receber<br />
este prémio significa muito, é fruto do nosso<br />
trabalho, da enorme dedicação que temos<br />
enquanto ponto de recolha”, adiantou José<br />
Ribeiro, gerente da casa criada pelo seu pai<br />
há 30 anos.<br />
A funcionar como centro de recolha desde<br />
2006, a Ribeiro & Filhos considera que os<br />
pontos fortes da empresa são a qualidade da<br />
recolha e da triagem, mas, essencialmente, a<br />
sua capacidade de transporte. “Em termos<br />
de pneus, não existe no país quem tenha<br />
maior”, disse, acrescentando: “estamos a falar<br />
de 120 metros cúbicos. Em pneus ligeiros<br />
são cerca de 25 toneladas por camião. A<br />
média anda pelas 10, 12 toneladas”. Graças<br />
a esta capacidade de transporte, a empresa<br />
obtém uma redução significativa <strong>dos</strong> seus<br />
custos por viagem. Além de contribuir, com<br />
isso, para um melhor ambiente.<br />
A saúde financeira da empresa também<br />
se aconselha. E apesar <strong>dos</strong> efeitos da crise,<br />
das casas que fecharam, e das reduções nas<br />
compras das “sobreviventes”, José Ribeiro<br />
sente que a sua empresa tem passado a sua<br />
mensagem entre os clientes. Os negócios<br />
têm acontecido. “Somos uma empresa que<br />
mexe, em média, entre 600 a 700 toneladas<br />
mensais. Isto prova que o cliente é bem<br />
servido e que passa a palavra”, assegurou o<br />
responsável.<br />
Destes encontros com os restantes pontos<br />
de recolha e tratamento, José Ribeiro retira<br />
muitos conhecimentos. “Dá para comunicarmos<br />
com outros pontos de recolha, para<br />
termos o feedback deles. Tentamos ensinar<br />
e aprender um pouco com to<strong>dos</strong> eles”...<br />
O almoço?<br />
Um cozido tirado diretamente do vapor das Furnas!<br />
A empresa<br />
Ribeiro & Filhos<br />
foi a vencedora<br />
do Prémio<br />
Desempenho<br />
<strong>2014</strong><br />
44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 45
Avaliação obrigatória Mégane R.S. 275 Trophy<br />
//////////////////<br />
Massa de ar quente<br />
Não foi feito para andar devagar. Detesta estar parado num semáforo vermelho ou<br />
numa fila de trânsito. Tem o condão de alternar sorrisos de prazer com expressões de<br />
pânico. A nova série limitada do Mégane R.S. dá pelo nome de 275 Trophy e produz<br />
uma massa de ar quente<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Nos últimos quatro anos, a Renault<br />
tem lançado no mercado,<br />
ao ritmo de uma por ano, séries<br />
limitadas para o Mégane R.S. Tudo<br />
começou em 2011 com o Trophy. Seguiu-<br />
-se-lhe os Red Bull Racing RB7 (2012) e Red<br />
Bull Racing RB8 (2013). Agora, foi a vez do<br />
275 Trophy. Comercializado em 20 países<br />
(Portugal incluído), oferece mais 10 cv do<br />
que o Mégane R.S. “normal”, dispõe de uma<br />
decoração mais exuberante, conta com<br />
escape Akrapovič, é vendido com pneus<br />
específicos e recebeu molas e amortecedores<br />
deriva<strong>dos</strong> da competição. Para o<br />
nosso país, estão disponíveis 11 unidades,<br />
incluindo a que figura nestas páginas, que<br />
pertence ao importador da marca francesa<br />
e ostenta o N.° 0007.<br />
w FEBRE AMARELA<br />
Vistoso, musculado, apelativo. A cor<br />
amarela não só provoca febre a quem a<br />
observa, como assenta-lhe muito bem. Face<br />
ao Mégane R.S. “convencional”, a série limitada<br />
275 Trophy distingue-se pela lâmina<br />
dianteira em cinzento platina com sticker<br />
“Trophy”, pelo stripping lateral “Trophy”<br />
também em cinzento platina, pela placa<br />
numerada e dotada da inscrição “Trophy”<br />
nas soleiras das portas, pela linha de escape<br />
Akrapovič em titânio e pelas jantes<br />
“Speedline” pretas de 19” com onze raios.<br />
O deflector no topo do óculo posterior, o<br />
difusor traseiro, as luzes diurnas de LED, as<br />
pinças de travagem vermelhas e o preto<br />
lacado aplicado nos puxadores das portas e<br />
46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
Tal como o exterior, o habitáculo transpira<br />
agressividade por to<strong>dos</strong> os poros. O<br />
equipamento é extenso e o posto de<br />
condução ótimo<br />
zento, o grafismo branco <strong>dos</strong> mostradores,<br />
o punho da caixa Zommac, as inserções a<br />
imitar fibra de carbono nas portas e tablier<br />
e os cintos de segurança e friso do tablier<br />
de cor vermelha, traduzem toda a vocação<br />
do melhor Mégane de produção em série<br />
da atualidade.<br />
Ao posto de condução ótimo, junta-se<br />
uma qualidade convincente, um espaço<br />
interior de bom nível e uma bagageira que<br />
oferece um volume amplo, ainda que dificultado<br />
pela elevada altura do pára-choques.<br />
Além do teto panorâmico em vidro<br />
(fixo), apenas a câmara de marcha-atrás e<br />
o pneu sobressalente de dimensões reduzidas<br />
(substitui o kit de reparação de furos)<br />
consistem nas únicas opções disponíveis.<br />
nas caixas <strong>dos</strong> retrovisores são os restantes<br />
adereços que completam o visual apelativo.<br />
Por dentro, o Mégane R.S. 275 Trophy também<br />
transpira agressividade por to<strong>dos</strong> os<br />
poros. O volante de três braços em “mousse”,<br />
com costura vermelha no ponto “0”,<br />
tem uma pega excelente. Os bancos Recaro<br />
revesti<strong>dos</strong> em pele e Alcântara, decora<strong>dos</strong><br />
com costuras vermelhas e logótipo Renault<br />
Sport, proporcionam um encaixe perfeito.<br />
Os pedais e apoio para o pé esquerdo em<br />
alumínio, o conta-rotações com fundo cin-<br />
w STREET RACER<br />
Para além da imagem, do estatuto e das<br />
aptidões dinâmicas, outro <strong>dos</strong> ex-líbris do<br />
Mégane R.S. 275 Trophy diz respeito ao<br />
R.S. Monitor 2.0, anunciado como o mais<br />
completo sistema de telemetria montado<br />
de fábrica num automóvel de produção<br />
em série. Ao estar incorporado no R-Link<br />
(tablet que dispõe das funções multimédia,<br />
navegação, rádio, telefone, audiostreaming<br />
Bluetooth, entradas para aparelhos portáteis<br />
e serviços online), o R.S. Monitor 2.0 beneficia<br />
da amplitude conferida pelo ecrã de 7”<br />
em 3D, operado através de comando tátil<br />
ou do joystick colocado na consola central.<br />
Os grafismos, as cores, mas também as múltiplas<br />
informações e funções, marcam uma<br />
evolução em relação à anterior versão do<br />
R.S. Monitor. Basta premir o botão que tem<br />
uma bandeira de xadrez para ter-se acesso a<br />
uma panóplia de informações. Como se de<br />
um jogo de consola se tratasse. Eis algumas:<br />
temperatura da água, do óleo do motor e<br />
da caixa de velocidades; binário; potência;<br />
admissão do ar; combustível; ângulo do volante;<br />
pressão do turbo; diagrama “G”; funcionamento<br />
do diferencial; cronómetro.<br />
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Avaliação obrigatória<br />
Continental ContiSportContact 5 P<br />
Tecnologia Black Chilli<br />
w Em vez de estar equipado com uns Pilot Sport Cup 2, desenvolvi<strong>dos</strong><br />
pela Renault Sport em parceria com a Michelin especificamente para este<br />
modelo, o Mégane R.S. 275 Trophy que a REVISTA DOS PNEUS testou<br />
vinha “calçado” com uns Continental ContiSportContact 5 P. Dotado<br />
de blocos centrais sóli<strong>dos</strong> e assimétricos, recorre a ombros exteriores<br />
flexíveis que, em conjunto com esses blocos centrais rígi<strong>dos</strong>, asseguram<br />
uma adaptação perfeita do pneu à superfície da estrada.<br />
Outro <strong>dos</strong> seus ingredientes diz respeito à tecnologia Black Chilli: composto<br />
especialmente desenvolvido com recurso a um tipo de carbono<br />
negro utilizado na competição. O que assegura um processo de aquecimento<br />
rápido e uma elevada estabilidade. Os polímeros do composto<br />
estão reforça<strong>dos</strong> com nanopartículas, tornando-os extremamente flexíveis.<br />
Além disso, proporcionam mais pontos de contacto com a estrada,<br />
melhorando a aderência e a estabilidade. Adicionalmente, resinas<br />
especiais de aderência tornam ótima a ligação ao piso seco e molhado,<br />
permitindo distâncias de travagem mais curtas.<br />
Mégane R.S. 275 Trophy<br />
MOTOR<br />
Tipo<br />
4 cilindros em linha,<br />
transversal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1998<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
82,7x93,0<br />
Taxa de compressão 8,6:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 275/5500<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 360/3000-5000<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c., 16 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção eletrónica multiponto<br />
Sobrealimentação<br />
turbo + intercooler<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
dianteira c/ diferencial<br />
autoblocante + ESP<br />
Caixa de velocidades<br />
manual de 6+ma<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (elétrica variável)<br />
Diâmetro de viragem (m) 11,05<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (340)<br />
Traseiros (ø mm) discos maciços (290)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
McPherson c/ triângulos inferiores<br />
Traseira<br />
eixo semi-rígido<br />
Barra estabilizadora frente/trás sim/não<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 255<br />
0-100 km/h (s) 6,0<br />
Consumos (l/100 km)<br />
Extra-urbano/Combinado/Urbano 6,2/7,5/9,8<br />
Emissões de CO2 (g/km) 174<br />
Nível de emissões Euro 5<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Cx 0,34<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 4299/1848/1435<br />
Distância entre eixos (mm) 2636<br />
Largura de vias frente/trás (mm) 1546/1547<br />
Capacidade do depósito (l) 60<br />
Capacidade da mala (l) 344-991<br />
Peso (kg) 1376<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 5,0<br />
Jantes de série<br />
8 1/2Jx19”<br />
<strong>Pneus</strong> de série<br />
Michelin Pilot Sport Cup<br />
2, 235/35ZR19<br />
PNEUS UNIDADE TESTADA<br />
Continental ContiSportContact 5 P, 235/35ZR19 91Y XL<br />
Imposto Único Circulação (IUC) €249,48<br />
Preço (s/ despesas) €44 150<br />
unidade testada €44 150<br />
Mas o que torna este modelo tão especial<br />
são as suas aptidões dinâmicas. A<br />
começar nas performances explosivas<br />
do motor turbo de 2,0 litros com 275 cv<br />
e acabar no pack chassis Cup, que integra<br />
diferencial autoblocante. Passando,<br />
claro está, pela sonoridade viciante da<br />
linha de escape em titânio (desenvolvida<br />
pela Renault Sport em parceria com a<br />
Akrapovič), pelos travões Brembo e pelos<br />
amortecedores Öhlins Road & Track<br />
de uma via (reguláveis), que trabalham<br />
em íntima colaboração com molas em<br />
aço. Uma evolução técnica que deriva<br />
da competição, mais concretamente do<br />
Mégane N4.<br />
Com uma estabilidade digna de elogios,<br />
o Mégane R.S. 275 Trophy tem aderência<br />
e motricidade excecionais. A direção é<br />
precisa e comunicativa, permitindo no-<br />
táveis inserções do eixo dianteiro em<br />
curva. Quanto aos travões, são eficazes.<br />
O comando da caixa? Rápido. E a suspensão<br />
extremamente firme faz com que se<br />
sintam todas as pedras. O Mégane R.S.<br />
275 Trophy é <strong>dos</strong> melhores desportivos<br />
de tração dianteira que existem. Mesmo<br />
à chuva. O botão R.S. permite selecionar<br />
o controlo de estabilidade para o modo<br />
Sport ou até mesmo desligá-lo.<br />
48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 49
Em estrada Por:<br />
Jorge Flores<br />
//////////////////<br />
Citroën C1 Airscape 1.0 VTi Feel Edition<br />
Feito à medida<br />
w Que ninguém se deixe enganar pelo tamanho<br />
do Citroën C1, testado, nesta edição<br />
com o motor 1.0 VTi de 68 cv e carroçaria<br />
de cinco portas. O visual é, todo ele, personalizável.<br />
Neste caso, o vermelho (Sunrise<br />
Red), empresta-lhe um aspecto trendy,<br />
mas é essencialmente devido ao Airscape<br />
que esta versão mais se destaca. Quem resiste<br />
a uma capota de lona vermelha, que,<br />
para mais, quando aberta, não faz grande<br />
barulho?<br />
Nesta evolução, o C1 disponibiliza mais espaço<br />
para os ocupantes, graças a um inteligente<br />
aproveitamento do espaço para quatro<br />
ocupantes. O interior é jovem, como o provam<br />
os muitos pormenores colori<strong>dos</strong> nos<br />
bancos e plásticos (alguns de qualidade mais<br />
discutível) do tablier.<br />
A bagageira tem agora uma capacidade<br />
de 196 litros e pode chegar aos 780 litros<br />
caso se rebatam os bancos traseiros. Um<br />
aumento de 40% da capacidade que se<br />
explica pelos 3 cm que o C1 ganhou em<br />
comprimento.<br />
O C1 viu ainda serem-lhe revistas as suas<br />
ligações ao solo e ganhou novos amortecedores,<br />
suspensão, barra anti-rolamento e<br />
direção assistida elétrica. Tudo com reflexos<br />
no conforto em viagem. O motor 1.0 VTi de<br />
68 cv às 6000 rpm é económico, não indo<br />
além <strong>dos</strong> 3,6 l/100 km em ciclo combinado.<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
3 cil. em linha,<br />
transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 998<br />
Potência máxima (cv/rpm) 68/6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 96/4800<br />
Velocidade máxima (km/h) 155<br />
0-100 km/h (s) 14,5<br />
Consumo (l/100 km) 3,6<br />
Emissões de CO2 (g/km) 95<br />
Preço €13 677<br />
IUC €103,82<br />
Ford EcoSport 1.5 TDCi Titanium<br />
Soluções bizarras<br />
w Para os mais distraí<strong>dos</strong>, o formato do Ford<br />
EcoSport poderá parecer algo bizarro. Talvez o<br />
seja – apesar do sucesso granjeado na América<br />
do Sul, mais concretamente no Brasil. Mas o<br />
seu conteúdo vai muito para além do formato<br />
das suas linhas exteriores, que, em Portugal,<br />
apenas o penaliza verdadeiramente ao obrigar<br />
os seus proprietários ao pagamento de Classe<br />
2 nas portagens, devido à elevada altura do<br />
eixo dianteiro.<br />
O Ford EcoSport parte da plataforma <strong>dos</strong><br />
Fiesta e B-Max, mas é mais alto (1,66 m), mais<br />
comprido (4,23 m), mais largo (1,76 m) e apresenta<br />
uma maior distância ao solo (20 cm).<br />
Trata-se de um modelo que pisca claramente<br />
o olho ao segmento crossover, exibindo umas<br />
proteções de plástico nas zonas inferiores e<br />
recorrendo a determinadas soluções, no mínimo,<br />
invulgares: o portão de abertura lateral e<br />
a roda sobressalente colocada no exterior, com<br />
o intuito de libertar espaço para a bagageira<br />
(310 litros) são disso os mais vivos exemplos.<br />
O habitáculo espaçoso e funcional e o empenhado<br />
e poupado motor 1.5 TDCi de 90 cv<br />
são trunfos do Ford EcoSport, que, na versão<br />
Titanium está bastante recheado, não faltando<br />
jantes de 16’’, faróis de nevoeiro, barras no tejadilho,<br />
coman<strong>dos</strong> no volante e computador<br />
de bordo, só para citarmos alguns exemplos.<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
4 cil. em linha<br />
Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1499<br />
Potência máxima (cv/rpm) 90/3750<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 205/1750-3000<br />
Velocidade máxima (km/h) 160<br />
0-100 km/h (s) 14,0<br />
Consumo (l/100 km) 4,6<br />
Emissões de CO2 (g/km) 120<br />
Preço €23 850<br />
IUC €141,47<br />
50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
Isuzu D-Max 2.5 Cabine Longa LS<br />
Exercício de dimensões<br />
w Conduzir uma pick-up será sempre um<br />
exercício de dimensões. Sobretudo para quem<br />
trabalha na cidade e não propriamente em atividades<br />
que envolvam o transporte de cargas<br />
significativas na cabine.<br />
Com a Isuzu D-Max Cabine Longa (Extended<br />
Cab) não é diferente. Há muito que esta pick-up<br />
deixou de ser vista apenas como um modelo de<br />
trabalho. Modernizou-se. Apresenta atualmente<br />
umas linhas muito em dia com os parâmetros<br />
do design automóvel. E também atualizou os<br />
seus padrões de conforto a bordo, mesmo no<br />
caso da unidade ensaiada, com duas portas e<br />
apenas lugar para o condutor e um passageiro<br />
(convidar alguém a sentar-se no banco corrido<br />
traseiro será uma atitude censurável). O interior<br />
é sereno e robusto, mas subiu alguns padrões<br />
em termos de qualidade: desde o desenho do<br />
painel de instrumentos à iluminação do tablier.<br />
Uma vez resolvidas as equações sobre as suas<br />
(enormes) dimensões, pode afirmar-se que é<br />
extremamente fácil manobrar a Isuzu D-Max.<br />
Em relação às gerações anteriores, nota-se uma<br />
evolução no sentido desportivo, com especial<br />
ênfase nos dispositivos eletrónicos de apoio à<br />
condução. Existe apenas um manípulo para<br />
controlar a caixa manual de seis velocidades. E<br />
três botões que permitem selecionar os mo<strong>dos</strong><br />
de circulação: 2H para duas rodas motrizes; 4H<br />
para tração às quatro rodas; 4L para recorrer às<br />
chamadas redutoras.<br />
O motor 2.5 biturbo Diesel de injeção common<br />
rail com 163 cv é um poço de força. E no equipamento<br />
não falta nada de essencial. A começar<br />
pelo Bluetooth e ar condicionado.<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
4 cil. em linha<br />
Diesel, long., diant.<br />
Cilindrada (cc) 2499<br />
Potência máxima (cv/rpm) 163/3600<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 400/1400-2000<br />
Velocidade máxima (km/h) 180 (limitada)<br />
0-100 km/h (s) n.d.<br />
Consumo combinado (l/100 km) 7,4<br />
Emissões de CO2 (g/km) 194<br />
Preço €28 850<br />
IUC €366,10<br />
Kia cee’d SW 1.6 CRDi TX Sport Aut.<br />
Decisões automáticas<br />
w Optar por uma caixa manual ou automática,<br />
nem sempre é uma decisão... automática.<br />
Obriga a refletir sobre os prós e contras.<br />
E nos valores que envolvem a decisão. No<br />
caso do Kia cee’d SW 1.6 CRDi, as contas<br />
são simples. A versão com caixa automática<br />
de seis velocidades representa um custo de<br />
mais €5000, relativamente à de transmissão<br />
manual. Porquê? Porque a primeira eleva as<br />
emissões de CO2 para a fasquia <strong>dos</strong> 149 g/<br />
km. E esta paga-se em imposto.<br />
Mas isto são contas de outro rosário. Porventura<br />
mais interessante é saber se, em<br />
termos de prestações, compensa. E aí, as<br />
dúvidas permanecem. Não raras vezes, a<br />
transmissão automática denota pouca suavidade<br />
nas passagens de relação, além de se<br />
fazer ouvir de forma considerável. E se nas<br />
acelerações cumpre, já nas recuperações demora<br />
um pouco mais a colocar os 128 cv no<br />
Ficha Técnica<br />
Motor<br />
4 cil. em linha<br />
Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1582<br />
Potência máxima (cv/rpm) 128/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 260/1900-2750<br />
Velocidade máxima (km/h) 185<br />
0-100 km/h (s) 12,1<br />
Consumo (l/100 km) 5,6<br />
Emissões de CO2 (g/km) 149<br />
Preço €30 382<br />
IUC €174,58<br />
chão, através das rodas dianteiras.<br />
Irrepreensível é quase tudo o resto. Alberga<br />
espaçosamente cinco pessoas, muito embora<br />
o lugar central <strong>dos</strong> bancos traseiros seja um<br />
pouco apertado. O nível de equipamento TX<br />
Sport, único disponível na versão de caixa<br />
automática, contempla tudo o que se possa<br />
reclamar de um modelo do segmento C.<br />
Mesmo mimos como os sensores de luz e<br />
chuva, ar condicionado automático e câmaras<br />
de apoio ao estacionamento traseiro<br />
constam da lista. E graças a uma campanha,<br />
custa €30 382 em vez de €34 232, o que representa<br />
uma poupança de €3850.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 51
Empresa<br />
Euromaster<br />
Euromaster Portugal I Campo Grande, 378, 4º A, 1700-096 Lisboa I Diretor Franquia: Miguel Santos I Telemóvel: 919 510 012<br />
E-mail: Miguel.santos@euromaster.com I Internet: www.euromaster.pt<br />
Rumo à liderança<br />
A Euromaster tem uma data na cabeça: 2019! Até lá, pretende alcançar a liderança<br />
no mercado de pneus e manutenção. A REVISTA DOS PNEUS foi a Madrid conhecer<br />
os três passos que a marca pretende dar rumo ao primeiro lugar: ampliação da<br />
rede, alargamento <strong>dos</strong> serviços e uma maior atenção aos clientes<br />
Por: Jorge Flores<br />
T<br />
o<strong>dos</strong> os desejos de expansão pressupõem<br />
um plano estratégico. A<br />
Euromaster pretende alcançar a<br />
liderança do mercado de pneus<br />
e manutenção e elaborou, nesse sentido<br />
(que pretende ascendente...) um programa<br />
composto por três vertentes complementares.<br />
Em conferência de imprensa<br />
realizada num clube privado, no centro<br />
de Madrid, Fausto Casetta, diretor-geral<br />
da Euromaster revelou que, nos próximos<br />
cinco anos, a empresa incorporará<br />
90 novos centros na rede: 60 postos em<br />
Espanha (30 próprios e 30 franchising) e<br />
30 em Portugal (ver caixa). Em Espanha, a<br />
marca ampliará a rede em Bilbau, Madrid,<br />
Sevilha e Valência, enquanto, no nosso<br />
país, esse reforço continuará a visar a zona<br />
Fausto Casetta, diretor geral da Euromaster<br />
revelou que nos próximo 5 anos a empresa<br />
incorporará 90 novos centros<br />
do Litoral Norte e as cidades localizadas<br />
nas saídas para Espanha. Uma aposta ambiciosa<br />
da Euromaster e que representa<br />
um acréscimo de 25% da rede (de 350<br />
para 450 postos), bem como um esforço<br />
financeiro superior a 10 milhões de euros.<br />
w MANUTENÇÃO INTEGRAL<br />
A evolução do negócio prevê a conservação<br />
<strong>dos</strong> dois modelos de postos: os<br />
propriedade da Euromaster e os postos<br />
franchising. Uma combinação que, segundo<br />
Fausto Casetta tem resultado. “É<br />
a força e a solidez <strong>dos</strong> recursos, mas ao<br />
mesmo tempo, a flexibilidade. Ambos<br />
os papéis estão muito bem defini<strong>dos</strong>”,<br />
garantiu o diretor-geral.<br />
O crescimento da rede é o primeiro <strong>dos</strong><br />
52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
Rede em Portugal sempre a crescer<br />
w Presente em Portugal há apenas<br />
dois anos, a rede Euromaster alcançou<br />
já números expressivos. Dispõe<br />
de 65 postos e está prestes a inaugurar<br />
mais um, na Sertã, cobrindo já<br />
todas as capitais de distrito. Nos próximos<br />
cinco anos, a rede será aumentada<br />
em 30 novos centros, seguindo o<br />
plano estruturado pela Eurtomaster.<br />
Miguel Santos, responsável da rede de<br />
Franchisng (no nosso país não está previsto<br />
outro modelo de negócio) confirmou<br />
que à REVISTA DOS PNEUS que o<br />
reforço da rede passará pelas zonas onde<br />
já está presente, nomeadamente, no Litoral<br />
Norte do país e nos eixos rodoviários<br />
que fazem a ligação com Espanha<br />
e a Europa.<br />
De resto, em tão pouco tempo, seria<br />
difícil obter melhores resulta<strong>dos</strong>. Filipe<br />
Marques, responsável de Marketing,<br />
sublinhou o facto de “muitas empresas<br />
já terem nascido Euromaster”. E ainda a<br />
importância de 28 <strong>dos</strong> postos da marca<br />
em Portugal estarem já “certifica<strong>dos</strong><br />
para efetuar revisões oficiais”. O mesmo<br />
responsável admite que, dentro da rede,<br />
existem “diferentes velocidades”. E recorreu<br />
ao ciclismo para exemplificar<br />
a situação. “À partida, os ciclistas vão<br />
to<strong>dos</strong> juntos, mas quando se aumenta a<br />
velocidade é que o pelotão se começa a<br />
separar. O nosso objetivo não é abrandar<br />
o ritmo, mas sim fazer com que aqueles<br />
que vêm mais atrasa<strong>dos</strong> acelerem e alcancem<br />
o pelotão da frente”.<br />
sua especialidade. Assim, a acrescer à<br />
oferta original, o objetivo será sempre<br />
possibilitar aos clientes serviços como<br />
a mudança de óleo, de filtros, travões e<br />
amortecedores e sistemas de ar condicionado,<br />
garantido, inclusivamente, as<br />
revisões oficiais.<br />
w ATENÇÃO AO CLIENTE<br />
O terceiro pilar do plano é a satisfação<br />
e a confiança de quem recorre à rede.<br />
Para que tal seja possível, a Euromaster<br />
tentará conciliar o trinómio “profissionalismo,<br />
honestidade e atenção ao cliente”.<br />
Fausto Casetta explicou que, por ano, a<br />
Euromaster ministra mais de 10 mil horas<br />
de formação aos seus funcionários, tal a<br />
importância do assunto. “Em Espanha e<br />
Portugal temos mais de dois mil profissionais,<br />
cujo trabalho principal é oferecer<br />
aconselhamento honesto, apoiado na<br />
qualidade do serviço e num excelente<br />
atendimento ao cliente. Por isso, estamos<br />
seguros de que, qualquer que seja o tipo<br />
de veículo estará sempre nas mãos de<br />
profissionais”.<br />
Adiante-se, a propósito, que, to<strong>dos</strong> os<br />
anos, um milhão de veículos entra num<br />
qualquer centro da Euromaster em Espanha<br />
ou Portugal.<br />
Em Portugal, o reforço da rede Euromaster passará pelas zonas onde já está presente<br />
pilares do plano da Euromaster, que, simultaneamente,<br />
renovou a sua imagem<br />
institucional, fazendo sobressair a bandeira<br />
tricolor, em azul, amarelo e verde;<br />
bem como o slogan “nas mãos de profissionais”.<br />
A frase de “guerra” que, atualmente,<br />
centra as fachadas da rede já deixa<br />
antever o segundo pilar do programa:<br />
“<strong>Pneus</strong> e manutenção de veículos”. Isto<br />
porque a Euromaster está determinada<br />
em reposicionar os serviços <strong>dos</strong> seus centros,<br />
disponibilizando uma manutenção<br />
integral aos veículos – ligeiros e pesa<strong>dos</strong>.<br />
Além da querer estar presente numa área<br />
geográfica muito abrangente, dentro da<br />
Península Ibérica, o plano estratégico da<br />
marca passa ainda por assegurar to<strong>dos</strong><br />
os serviços e não apenas os pneus, a<br />
A Euromaster ministra<br />
por ano, mais de 10 mil<br />
horas de formação aos<br />
seus funcionários<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 53
Empresa<br />
Tiresur<br />
Tiresur I Rua do Tertir s/n 2615 – 382 Alverca do Ribatejo I Country Manager Portugal: Aldo Machado I Telefone: 219 938 120<br />
Fax: 219 938 129 I e-mail: encomendas@tiresur.com I Site: www.tiresur.com<br />
Universo em expansão<br />
Presente em Portugal há pouco mais de ano e meio, a Tiresur mudou, em Junho de<br />
<strong>2014</strong>, de instalações. E dispõe, hoje, de uma estrutura composta por 16 pessoas.<br />
Inserido no Grupo AM, este distribuidor grossista tem o seu universo em expansão<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Na véspera de partir para Cabo<br />
Verde, local escolhido para a realização<br />
da primeira viagem da rede<br />
de oficinas Center’s Auto, Aldo<br />
Machado, Country Manager Portugal da<br />
Tiresur, esteve à conversa com a REVISTA<br />
DOS PNEUS. No tom simpático e cordial<br />
que o caracteriza, recebeu-nos de braços<br />
abertos nas novas instalações de Alverca do<br />
Ribatejo. Depois de uma viagem pela história<br />
da Tiresur e pelo percurso do Grupo AM,<br />
o nosso anfitrião revelou-nos o “segredo”<br />
de ter uma margem de erro em envios<br />
próprios praticamente inexistente, falou<br />
sobre as novas infraestruturas e levantou<br />
um pouco o véu sobre os planos para 2015.<br />
w REPRESENTANTE DA GT RADIAL<br />
A Tiresur, que ostenta o título de terceiro<br />
maior distribuidor grossista ibérico, instalou-se<br />
em Portugal em Fevereiro de 2013.<br />
Alverca do Ribatejo foi o local escolhido<br />
para esta empresa do Grupo AM estabelecer<br />
a sua sede e, a partir dela, desenvolver<br />
a sua atividade no mercado nacional. De<br />
Norte a Sul. E com base em três principais<br />
vetores: preço, serviço e stock. Dispondo<br />
de cerca de 1.000 clientes ativos, <strong>dos</strong> quais<br />
600 fazem compras to<strong>dos</strong> os meses, a Tiresur<br />
tem crescido de forma sustentada,<br />
alargando o seu portefólio à medida das<br />
necessidades <strong>dos</strong> clientes (casas de pneus)<br />
e em função <strong>dos</strong> requisitos do mercado.<br />
Como referiu Aldo Machado, “o grande<br />
desígnio da Tiresur passa por continuar a<br />
“O novo<br />
armazém da<br />
Tiresur possui<br />
um sistema<br />
informatizado<br />
de picking<br />
que reduz<br />
praticamente<br />
a zero os erros<br />
de envio”, diz<br />
Aldo Machado,<br />
Country Manager<br />
da Tiresur<br />
manter não só os standards que conseguiu<br />
introduzir mas, também, melhorá-los de<br />
dia para dia, na perspetiva de melhor servir<br />
os clientes.”<br />
Grande parte das vendas da Tiresur<br />
está alicerçada nas marcas budget e na<br />
sua marca quality exclusiva. Contudo,<br />
as premium representam, também, um<br />
bolo bastante interessante no volume de<br />
negócios. “Quase 40% das nossas vendas<br />
dizem respeito a pneus budget, ficando<br />
30% para os quality e pouco mais de 20%<br />
para os premium. Mas o grande motor que<br />
nos impulsionou foi a marca GT Radial, da<br />
qual a Tiresur é representante oficial em<br />
Portugal e Espanha”, revelou Aldo Machado.<br />
Com uma oferta que inclui pneus de<br />
turismo, 4x4 e comerciais, além de pneus<br />
para pesa<strong>dos</strong> da marca Ovation, este broker<br />
conta no seu portefólio com outras marcas-<br />
-chave no segmento budget. Entre elas, encontram-se<br />
as Sunfull e Ovation, sendo esta<br />
última a mais conceituada. Mas a grande<br />
novidade é a Three-A, destinada apenas aos<br />
33 associa<strong>dos</strong> da rede de oficinas Center’s<br />
Auto (são mais de 130 aderentes em Espanha).<br />
Trata-se de uma marca low budget<br />
que é encarada como a porta de entrada<br />
no universo da Tiresur. Contudo, este distribuidor<br />
tem à sua disposição, também,<br />
todas as marcas premium.<br />
Nascida de um projeto conjunto entre a<br />
marca oriunda da Indonésia GT Radial e<br />
a Tiresur, a rede de oficinas Center’s Auto<br />
surgiu no nosso país em Maio de 2013 (2011<br />
em Espanha). “No fundo, esta rede acaba<br />
por ser o motor de vendas da GT Radial, que<br />
ultrapassará os 60.000 pneus este ano, <strong>dos</strong><br />
quais entre 35.000 a 37.000 serão compra<strong>dos</strong><br />
pelos Center’s Auto”, concluiu o Country<br />
Manager Portugal. Em <strong>2014</strong>, a Tiresur<br />
prevê superar os 10 milhões de euros de<br />
faturação (foram 6 milhões em 2013). Já na<br />
54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
veja o video em<br />
revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
Grupo AM<br />
A trabalhar<br />
desde 1934<br />
O novo armazém alberga um stock de 40.000 pneus, dividi<strong>dos</strong> por 520 jaulas. A Tiresur conta ainda com o<br />
apoio <strong>dos</strong> armazéns em Granada com 100.000 pneus e Madrid com mais 80.000 pneus em stock<br />
Península Ibérica, o volume de negócios<br />
deverá ultrapassar os 60 milhões de euros<br />
no final deste ano, o que, a confirmar-se,<br />
corresponderá a um aumento de 20% face<br />
a 2013, que ficou ligeiramente acima <strong>dos</strong><br />
50 milhões de euros.<br />
w ERROS DE ENVIO? 8 EM 20.000<br />
Em Junho de <strong>2014</strong>, a Tiresur mudou de<br />
instalações. Sem sair de Alverca do Ribatejo.<br />
“O processo foi doloroso, mas muito rápido.<br />
Demorou apenas um fim-de-semana”, recordou<br />
Aldo Machado. Com cerca de 3.200<br />
m2 de área útil de armazenagem, o novo<br />
complexo alberga um stock que anda na<br />
casa <strong>dos</strong> 40.000 pneus, dividi<strong>dos</strong> por 520<br />
jaulas. Contudo, se necessário for, pode<br />
ser alargado para 60.000. À conversa com<br />
a REVISTA DOS PNEUS, o Country Manager<br />
Portugal da Tiresur deu conta que a<br />
empresa que gere é “suportada pela plataforma<br />
logística do grupo em Espanha,<br />
com sede em Granada, onde existem cerca<br />
de 110.000 pneus em stock permanente.<br />
E, também, por Madrid, que dispõe entre<br />
70.000 a 80.000 pneus. Por via das acessibilidades<br />
a Portugal, a capital espanhola<br />
é, neste momento, o principal canal de<br />
abastecimento da Tiresur. Tudo o que não<br />
houver cá em stock, consegue ser-nos entregue<br />
em 24 ou 48 horas.”<br />
A necessidade de mudar de instalações foi<br />
detetada em Setembro de 2013. Para além<br />
das limitações de espaço, “o nível de serviço<br />
nas anteriores instalações, que dispunham<br />
de outro operador logístico, estava a baixar.<br />
Começámos a ter muitos problemas. Não<br />
só a nível de stock, mas, também, na fiabilidade<br />
<strong>dos</strong> envios. O que estava a prejudicar<br />
a nossa imagem”, afirmou Aldo Machado.<br />
Com um estrutura composta por 16 pessoas<br />
(seis na área administrativa, financeira<br />
e de atendimento ao cliente; seis ligadas<br />
à logística, distribuição e armazém; quatro<br />
no departamento comercial), a Tiresur<br />
efetuou nesta mudança um investimento<br />
que rondou os €200.000. Agora, dispõe de<br />
uma equipa autónoma e totalmente sua.<br />
Ninguém está, por isso, em outsourcing.<br />
Com uma margem de erro atual em envios<br />
próprios de apenas oito em mais de<br />
20.000 pedi<strong>dos</strong>, o “segredo” desta eficácia<br />
foi revelado por Aldo Machado: “Com a<br />
implementação de um novo sistema informático<br />
e de um sistema de picking, alicerçado<br />
numa leitura do código de barras<br />
por pistola, conseguimos ter uma eficácia<br />
muito próxima <strong>dos</strong> 100% nos envios, o<br />
que, obviamente, transmite grande confiança<br />
aos nossos clientes.” E prosseguiu:<br />
“Além disso, dispomos de um sistema de<br />
inventário permanente. To<strong>dos</strong> os dias inventariamos<br />
cerca de dez jaulas de pneus. A<br />
partir daqui, temos uma garantia de quase<br />
100% que tudo aquilo que o cliente pede é<br />
expedido conforme as suas necessidades<br />
e pretensões.”<br />
Tendo a CARF como principal parceiro na<br />
distribuição (nos distritos de Lisboa, Setúbal<br />
e Santarém, faz entregas quatro vezes ao<br />
dia; no eixo Coimbra-Setúbal e em todo o<br />
Algarve, as entregas são bi-diárias; de Aveiro<br />
w Fez, em <strong>2014</strong>, 80 anos que o Grupo<br />
AM iniciou a sua atividade. E rapidamente<br />
atingiu o estatuto de referência<br />
empresarial no setor de distribuição de<br />
pneus e pós-venda de produtos auto,<br />
estando presente ainda em áreas tão<br />
diversas como a construção, biotecnologia<br />
e desenvolvimento de projetos-<br />
-chave para a economia nacional e<br />
internacional.<br />
O Grupo AM consiste num núcleo empresarial<br />
que diversifica as suas áreas<br />
de negócio, ainda que a sua atividade<br />
principal seja a distribuição de pneus.<br />
Nesta última, opera em oito países, espalha<strong>dos</strong><br />
por três continentes. A Tiresur<br />
encarrega-se da Europa e do Norte<br />
de África. A sua filial Tiresur Brasil<br />
fica com a América Central e do Sul.<br />
Dentro do setor pós-venda de produtos<br />
auto, o grupo dispõe <strong>dos</strong> Center’s<br />
Auto, rede de auto centros e oficinas<br />
dedicadas à manutenção automóvel.<br />
A Tiresur surgiu há mais de 20 anos<br />
em Espanha. Em Portugal, instalou-se<br />
em Fevereiro de 2013. É, atualmente,<br />
o terceiro maior distribuidor grossista<br />
ibérico. No nosso país, deverá entrar<br />
para o Top 5 <strong>dos</strong> maiores distribuidores<br />
nacionais no final de <strong>2014</strong>.<br />
para cima, as entregas são feitas ao nascer<br />
do dia seguinte ao pedido), a Tiresur espera,<br />
no final de <strong>2014</strong>, entrar para o Top 5 <strong>dos</strong><br />
maiores distribuidores nacionais.<br />
E quais os planos para 2015? O Country<br />
Manager Portugal foi perentório: “Estamos<br />
a planear a introdução de uma nova<br />
marca de pneus para pesa<strong>dos</strong>. E, também,<br />
a efetuar negociações, a nível ibérico, para<br />
termos uma marca de pneus para o segmento<br />
agroindustrial. São projetos que já<br />
estão a ser desenvolvi<strong>dos</strong> há algum tempo.<br />
Para aumentar a nossa quota de mercado<br />
e, assim, incrementar o nosso volume de<br />
faturação. Só assim conseguiremos crescer.”<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 55
Empresa<br />
Mega Point<br />
Mega Point I Av.ª Machado Santos, Estádio da Luz 1500 – 374 Lisboa I Chefe de posto: Paula Afonso I Telefone: 210 115 211 I Fax: 210 115 211<br />
e-mail: global@megamundi.pt I Site: www.megamundi.pt<br />
Primar pela diferença<br />
É o primeiro ponto de exploração direta do Grupo MEGAMundi. Chama-se Mega<br />
Point. Abriu ao público no passado dia 6 de Outubro. Dotado de um centro de<br />
formação e de uma nova imagem exterior, tem o objetivo de primar pela diferença<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Até pela confusão que a sua designação<br />
pode gerar, uma vez que<br />
Mega Point resulta da conjugação<br />
das palavras MEGAMundi e<br />
Point S, importa esclarecer, antes de mais,<br />
que o Grupo MEGAMundi é o representante<br />
legal da marca Point S em Portugal.<br />
A Point S existia como empresa no nosso<br />
país até Dezembro de 2013. Depois, com<br />
o aparecimento do novo projeto, a Point<br />
S acabou e a sua marca passou a ser explorada<br />
pelo Grupo MEGAMundi.<br />
Dos 25 aderentes Point S que existiam no<br />
nosso mercado, nem to<strong>dos</strong> integraram o<br />
projeto MEGAMundi. Por outras palavras,<br />
nem to<strong>dos</strong> se disponibilizaram para ser<br />
acionistas, uma vez que a subscrição de<br />
capital é condição essencial para ser-se<br />
aderente. Atualmente, são 60 os postos<br />
que compõem o Grupo MEGAMundi em<br />
Portugal: 58 no continente e 2 na ilha da<br />
Madeira. Mas nenhum tem o centro de<br />
O novo espaço do grupo MEGAMundi dispõe de um moderno Centro de Formação<br />
formação e a imagem do novo Mega Point,<br />
que pretende primar pela diferença.<br />
“O objetivo<br />
do Centro<br />
de Formação<br />
é formar os<br />
colaboradores da<br />
rede com as mais<br />
recentes técnicas<br />
de reparação<br />
em pneus e<br />
mecânica”, diz Jorge<br />
Correia, diretor<br />
Administrativo<br />
e Financeiro da<br />
MEGAMundi<br />
w EXEMPLO A SEGUIR<br />
O posto Mega Point foi inaugurado no<br />
passado dia 4 de Outubro. Pelo Presidente<br />
da Junta de Freguesia de São Domingos<br />
de Benfica, organismo que representa o<br />
espaço, mas, também, pelo Presidente<br />
do Sport Lisboa e Benfica, clube ao qual<br />
pertence a área comercial do posto, que<br />
está inserida no complexo desportivo. Dois<br />
dias depois, a 6 de Outubro, o espaço foi<br />
aberto ao público.<br />
Este primeiro ponto de exploração direta<br />
do Grupo MEGAMundi dispõe de 365 m2<br />
de área coberta, que abarca um centro<br />
de formação, uma área de vendas e dois<br />
espaços oficinais. São três os funcionários<br />
que aqui trabalham: Paula Afonso (chefe<br />
de posto), Rui Veloso (alinhamento; mon-<br />
56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
“este projeto já estava pensado desde<br />
1999, embora com outra finalidade. Na<br />
altura, foi aprovada pela nossa assembleia<br />
a criação de dois pontos exclusivamente<br />
destina<strong>dos</strong> a vendas no país e de exploraveja<br />
o video em<br />
revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
ção própria: um em Lisboa; outro no Porto.”<br />
Com o passar do tempo e atendendo à<br />
evolução do mercado e às exigências legais<br />
que vêm sendo criadas, “procurámos<br />
conciliar neste projeto duas mais-valias.<br />
Primeira: disponibilizar um centro de formação,<br />
que, numa primeira fase, servirá<br />
a nossa rede através de um plano anual<br />
com certificações. Segunda: proporcionar<br />
à nossa rede um contacto com outras realidades<br />
do mercado, uma vez que ele não<br />
é todo igual ao longo do país”, adiantou o<br />
mesmo responsável. O investimento neste<br />
novo posto superou os €100.000.<br />
Este primeiro ponto de exploração direta do Grupo MEGAMundi dispõe de 365 m2 de área coberta<br />
tagem; serviços rápi<strong>dos</strong>) e Luís Cerqueira<br />
(montagem; serviços rápi<strong>dos</strong>).<br />
Em declarações à REVISTA DOS PNEUS,<br />
Jorge Correia, Diretor Administrativo e Financeiro<br />
da MEGAMundi, salientou que<br />
w ABRANGÊNCIA DE SERVIÇOS<br />
O Mega Point vem reforçar a presença<br />
do grupo na cidade de Lisboa e situa-se<br />
numa área que permite conquistar outro<br />
tipo de clientes. Além de tudo o que está<br />
relacionado com pneus, dispõe de serviços<br />
rápi<strong>dos</strong>. Como referiu Jorge Correia, “hoje,<br />
cada vez mais o cliente procura que o serviço<br />
seja efetuado no mesmo local. Quer<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 57
Empresa Mega Point<br />
O novo espaço é um modelo para to<strong>dos</strong> os que<br />
trabalham ou venham a trabalhar na rede<br />
sejam pneus, quer sejam serviços rápi<strong>dos</strong>.<br />
E dispomos ainda de parcerias que nos<br />
permitem prestar os restantes serviços ao<br />
cliente: jantes, lavagens e escapes. Com<br />
isto, criamos uma maior abrangência de<br />
serviços. Não podemos tê-los to<strong>dos</strong>, mas<br />
não deixamos de disponibilizá-los.”<br />
Com um stock permanente de 250 pneus,<br />
o Mega Point trabalha com todas as marcas<br />
de pneus. As que não tiver, consegue<br />
entregá-las ao cliente, no máximo, em 24<br />
horas. E conta com uma marca própria:<br />
Point S (modelo Summer Star). Tendo<br />
como principais parceiros a Continental,<br />
a Pirelli, a Nokian, a Toyo e a Cometil, o<br />
Mega Point tem ainda outra mais-valia.<br />
Jorge Correia falou sobre ela: “O protocolo<br />
que estamos a elaborar com o IEFP (Instituto<br />
de Emprego e Formação Profissional)<br />
permite que um acionista que queira contratar<br />
uma pessoa por intermédio dessa<br />
entidade, seja ela do Centro ou do Sul, o<br />
possa fazer. A pessoa vem fazer o estágio<br />
neste novo posto, para, depois, ir para o<br />
posto do acionista que a contratou. Um<br />
<strong>dos</strong> nossos objetivos passa, também, pela<br />
criação de emprego.”<br />
E como correu o negócio nos primeiros<br />
dias? “Os resulta<strong>dos</strong> estiveram dentro das<br />
perspetivas traçadas. Fizemos um pouco<br />
de tudo. <strong>Pneus</strong>, serviços rápi<strong>dos</strong> e até mudámos<br />
um escape, através de um parceria<br />
que temos com um especialista nessa área.<br />
Estamos satisfeitos com a variedade da<br />
procura que registámos nos primeiros dias.<br />
E temos recebido muitos elogios”, concluiu<br />
o Diretor Administrativo e Financeiro da<br />
MEGAMundi.<br />
Localização e imagem<br />
Instalações com raízes benfiquistas<br />
w O mais recente posto que o Grupo<br />
MEGAMundi abriu está localizado<br />
paredes-meias com o Estádio da Luz. É<br />
visto como um exemplo a seguir. Pela<br />
formação que disponibilizará a partir do<br />
início de 2015, mas, também, pelos equipamentos<br />
de que dispõe e pela imagem<br />
que o caracteriza. Segundo afirmou Jorge<br />
Correia, Diretor Administrativo e Financeiro<br />
da MEGAMundi, à REVISTA DOS<br />
PNEUS, “a abertura deste posto resulta<br />
de um namoro antigo. O facto de o presidente<br />
do Sport Lisboa e Benfica, Luís<br />
Filipe Vieira, ter experiência no negócio<br />
<strong>dos</strong> pneus e ligações ao nosso grupo, ajudou.<br />
O espaço que, aqui, arrendamos é<br />
propriedade do clube, visto estar dentro<br />
do seu complexo desportivo, ainda que<br />
seja uma área comercial. As duas únicas<br />
“exigências” que o presidente nos fez teve<br />
a ver com o equipamento de topo e com<br />
o chão branco.” As cores utilizadas pelo<br />
grupo nos restantes postos tiveram de<br />
ser reformuladas para este novo espaço,<br />
o que constitui um facto inédito. Jorge<br />
Correia explicou porquê: “Foi uma “recomendação”<br />
do presidente do Sport<br />
Lisboa e Benfica, que esteve presente<br />
na inauguração. Se mantivéssemos as<br />
cores originais no exterior, corríamos<br />
o risco de não ter as instalações intactas<br />
por muito tempo.” Aberto de 2ª a<br />
sábado, das 9h às 19h, este novo posto<br />
encerra aos domingos e feria<strong>dos</strong>. Para<br />
além disso, fecha mais cedo em dias de<br />
jogo. É que, nestes, não se consegue trabalhar<br />
convenientemente nem garantir<br />
condições de segurança adequadas face à<br />
enorme afluência de público ao estádio. E<br />
como o futebol tem tanto de apaixonante<br />
quanto de perigoso, mais vale prevenir do<br />
que remediar.<br />
O espaço de recepção<br />
está orientado para o<br />
cliente, proporcionando<br />
um tempo de espera<br />
agradável e confortável,<br />
permitindo aos<br />
automobilistas assistirem<br />
às operações de<br />
manutenção das suas<br />
viaturas<br />
58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 59
Técnica a Formação Bridgestone<br />
Curso intensivo<br />
No passado dia 10 de<br />
Outubro, a Bridgestone<br />
Portugal levou a cabo,<br />
nas suas instalações, uma<br />
ação de formação sobre<br />
pneus ligeiros. Este curso<br />
intensivo começou com<br />
a história da marca e<br />
terminou na montagem<br />
de um pneu<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
A<br />
ideia foi colocar à prova, num ambiente<br />
descontraído, os conhecimentos<br />
da imprensa em matéria<br />
de pneus ligeiros. Seis horas foi o<br />
tempo que durou a ação de formação que a<br />
Bridgestone Portugal levou a cabo na suas instalações,<br />
na Urbanização do Passil, Alcochete.<br />
André Bettencourt, Diretor de Marketing e<br />
Responsável de Comunicação, e Ricardo Car<strong>dos</strong>o,<br />
do Departamento Técnico e de Formação,<br />
foram os oradores. A palestra começou<br />
com uma viagem pela história da marca e<br />
terminou com os forman<strong>dos</strong> a assistirem à<br />
montagem de um pneu. Pelo meio, foram<br />
aborda<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os aspetos relaciona<strong>dos</strong><br />
com pneus ligeiros, desfizeram-se dúvidas<br />
e puseram-se termo a ideias pré-concebidas<br />
e interpretações erradas. No final, os participantes<br />
(REVISTA DOS PNEUS incluída) saíram<br />
com a sensação de estarem prepara<strong>dos</strong> para<br />
abrir uma casa de pneus...<br />
w ORIGEM DA MARCA<br />
Antes da parte técnica propriamente dita,<br />
André Bettencourt começou por referir que<br />
“quando se fala em Bridgestone, algumas<br />
pessoas pensam tratar-se de uma empresa<br />
inglesa, devido ao seu nome. A Bridgestone<br />
foi fundada por Shojiro Ishibashi, que era um<br />
empresário de calçado. Aquilo que, hoje, conhecemos<br />
como “havaianas”, já na altura eram<br />
produzidas por este japonês, que utilizava<br />
corda e borracha (esta última na sola) de<br />
modo a evitar que a humidade passasse.” O<br />
Diretor de Marketing e Responsável de Comunicação<br />
da Bridgestone Portugal revelou<br />
que “Shojiro Ishibashi foi, depois, convidado<br />
pelos fabricantes nipónicos que davam os<br />
seus primeiros passos na construção de automóveis.<br />
Se Ishibashi já calçava as pessoas,<br />
porque não calçar também os automóveis?<br />
E foi aí que este empresário de calçado começou<br />
a fabricar pneus. Mas achou que, com<br />
o seu nome, não iria longe. Então, resolveu<br />
consultar um tradutor para saber o que significava,<br />
em inglês, o seu apelido. E constatou<br />
que Ishibashi queria dizer Stone Bridge, que<br />
encaixava perfeitamente no conceito japonês<br />
utilizado na construção de pontes. Foi então<br />
que Shojiro Ishibashi decidiu inverter essas<br />
palavras inglesas e chamar Bridgestone à sua<br />
marca de pneus.”<br />
A Bridgestone começou a sua atividade em<br />
60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
Sabia que...<br />
w w A Bridgestone foi criada em 1931 por<br />
Shojiro Ishibashi e que a origem do seu nome<br />
se deve à tradução para inglês do apelido<br />
do seu fundador (Ishibashi significa Stone<br />
Bridge)?<br />
w w Embora 85% da sua atividade esteja relacionada<br />
com o fabrico de pneus para to<strong>dos</strong><br />
os tipos de veículos, a Bridgestone produz,<br />
também, bicicletas, bolas de golfe, tapetes de<br />
borracha para o setor mineiro e mangueiras<br />
de borracha para as trasfegas de petróleo <strong>dos</strong><br />
barcos para terra, entre outros produtos?<br />
w w A Bridgestone produziu uma barbatana<br />
artificial de borracha para um golfinho que<br />
habitava o Zoo de Tóquio, prótese sem a qual<br />
o animal não sobreviveria (a sua barbatana<br />
teve de ser amputada devido à existência de<br />
uma bactéria)?<br />
Ricardo Car<strong>dos</strong>o, do Departamento Técnico da Bridgestone, explica alguns tipos de danos nos pneus<br />
1931. Primeiro no mercado doméstico e,<br />
mais tarde, também nos merca<strong>dos</strong> norte-<br />
-americano e europeu. E adquiriu marcas<br />
fortemente implantadas nesses continentes.<br />
Foi assim que, nos EUA, comprou a Firestone.<br />
O que lhe trouxe a internacionalização. Com<br />
sede em Tóquio, a Bridgestone dispõe de vários<br />
centros espalha<strong>dos</strong> pelo mundo. A sua<br />
sede europeia está localizada em Bruxelas,<br />
na Bélgica. E, hoje, as várias subsidiárias espalhadas<br />
pela Europa são vistas como regiões.<br />
Embora Portugal e Espanha funcionem de<br />
forma independente, ambas formam a região<br />
Southwest.<br />
Apesar de 85% da sua atividade estar relacionada<br />
com o fabrico de pneus para to<strong>dos</strong><br />
os tipos de veículos, a Bridgestone produz,<br />
também, componentes que não estão relaciona<strong>dos</strong>,<br />
pelo menos de forma direta, com<br />
pneus. É o caso das bicicletas, das bolas de<br />
golfe, <strong>dos</strong> tapetes de borracha para o setor<br />
mineiro e das mangueiras de borracha para<br />
fazer a trasfega de petróleo <strong>dos</strong> barcos para<br />
terra, entre outros. E produziu até, imagine-<br />
-se, uma barbatana artificial de borracha para<br />
um golfinho que habitava o Zoo de Tóquio,<br />
prótese sem a qual o animal não sobreviveria<br />
(a sua barbatana teve de ser amputada devido<br />
à existência de uma bactéria). Este fabricante<br />
conta ainda no seu portefólio com material<br />
para windsurf e kitesurf.<br />
w MERCADO EM CRESCIMENTO<br />
Líder mundial na produção de pneus, tendo<br />
uma quota de mercado de 15,3%, o Grupo<br />
Bridgestone dispõe, na Europa, de 9 fábricas:<br />
3 em Espanha, 2 na Polónia, 1 em França, 1 em<br />
Itália, 1 na Hungria e 1 na Bélgica (esta última<br />
apenas para a parte de pneus recauchuta<strong>dos</strong>).<br />
Além disso, conta com centro técnico e uma<br />
pista de testes, perto de Roma, e tem uma<br />
pista de testes de pneus de Inverno, situada na<br />
Suécia. Como deu conta André Bettencourt,<br />
“é no TCE (Tecnhical Center Europe) que são<br />
desenvolvidas as várias áreas do pneu. Antes<br />
de este entrar numa fase de pré-produção,<br />
são recriadas as diversas utilizações a que<br />
ele vai estar submetido. Só depois são concebi<strong>dos</strong><br />
os protótipos. Sempre obedecendo<br />
a certificações com vista a que os pneus se<br />
tornem cada vez mais eco-friendly.”<br />
Antes de passar a palavra, o Diretor de Marketing<br />
e Responsável de Comunicação da<br />
Bridgestone Portugal revelou os da<strong>dos</strong> do<br />
Europool, organismo que recebe a informação<br />
de todas as marcas que estão presentes<br />
na Europa com, pelo menos, uma fábrica: “O<br />
mercado de substituição em Portugal, no que<br />
aos pneus ligeiros diz respeito, registou, no<br />
passado mês de Setembro, um crescimento<br />
de 11% face a igual mês de 2013. Já no acumulado<br />
(Janeiro a Setembro de <strong>2014</strong>), cresceu<br />
8,3%. Em todas as categorias, o mercado cresceu.<br />
O que é, não só, um sinal de vitalidade<br />
mas, também, um dado que permite concluir<br />
que o ano de 2013 não foi positivo.”<br />
Apesar de entrarem no mercado muitos<br />
pneus que não figuram nos da<strong>dos</strong> do Europool,<br />
como, por exemplo, os que provêm<br />
de importações paralelas, “os números desta<br />
w w O Grupo Bridgestone é líder mundial<br />
na produção de pneus, tendo uma quota de<br />
mercado de 15,3%?<br />
w w A Bridgestone dispõe de 9 fábricas na<br />
Europa: 3 em Espanha, 2 na Polónia, 1 em<br />
França, 1 em Itália, 1 na Hungria e 1 na Bélgica<br />
(esta última apenas para a parte de pneus<br />
recauchuta<strong>dos</strong>)?<br />
w w Um pneu ligeiro pode ter até 15 compostos<br />
diferentes de borracha, até 20 ingredientes<br />
por composto e até 30 componentes diferentes<br />
(teci<strong>dos</strong> e aço)?<br />
w w Na condição sem carga, o pneu insuflado<br />
é, essencialmente, um toroide (figura geométrica<br />
semelhante a um donut)?<br />
w w Uma das funções do pneu, em conjunto<br />
com o ar pressurizado que se encontra no seu<br />
interior, é suportar a carga? E que as restantes<br />
são absorver as irregularidades da estrada,<br />
mudar ou manter a direção do veículo e<br />
transmitir tração e força na travagem?<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 61
Técnica Formação Bridgestone<br />
5 áreas principais<br />
de um pneu<br />
w w Zona do piso: zona de contacto com a<br />
estrada (secção entre os ombros)<br />
w w Zona <strong>dos</strong> ombros: extremidades exteriores<br />
do piso, que fazem a transição entre<br />
o flanco e a coroa<br />
w w Zona da parede lateral ou sidewall:<br />
limitada entre a zona <strong>dos</strong> ombros e a zona<br />
do talão, proporciona proteção da carcaça e<br />
suporta flexão e desgaste<br />
w w Zona do talão: zona de fixação do pneu,<br />
desenvolvida de modo a que o pneu fique<br />
agarrado à jante<br />
w w Revestimento Butílico, revestimento interno<br />
ou inner liner: borracha muito pouco<br />
porosa que isola a carcaça da câmara de ar<br />
ou proporciona uma barreira hermética –<br />
substitui a câmara de ar – entre a pressão de<br />
insuflação e a carcaça<br />
Principais componentes<br />
de um pneu<br />
w w Aro do talão<br />
(filamentos de aço encordoa<strong>dos</strong> que formam<br />
uma peça única)<br />
w w Apex/cunha<br />
(faz a transição entre os elementos metálicos<br />
e flexíveis, de modo a que o tempo de resposta<br />
do pneu seja menor)<br />
w w Reforços de talão<br />
(têm a função de proteger a carcaça e o talão,<br />
bem como de dissipar calor)<br />
w w Tela de carcaça<br />
(componente mais importante, uma vez que<br />
dá a resistência ao pneu)<br />
w w Anti-abrasão<br />
(composto de borracha resistente)<br />
w w Wing tip (composto de borracha resistente<br />
na zona do ombro, que faz a ligação<br />
entre a parede lateral e a zona do piso)<br />
w w Tela zero graus/cap ply<br />
(envolve todas as telas do pneu e está disposta<br />
em espiral, evitando que o pneu se<br />
expanda com o calor)<br />
w w Telas estabilizadoras<br />
(protegem a carcaça)<br />
Materiais que compõem<br />
um pneu<br />
w w Borracha – Natural e sintética<br />
w w Tecido das telas – Aço; Rayon; Nylon;<br />
Poliester; Fibra de vidro; Aramid<br />
w w Arames do talão – Aço<br />
w w Produtos químicos – Negro de fumo;<br />
Enxofre; Sílica<br />
Ricardo Car<strong>dos</strong>o explicou a importância do bom equilíbrio das rodas para a segurança <strong>dos</strong> veículos<br />
entidade dizem-nos que o mercado de substituição<br />
em Portugal, para pneus ligeiros, de<br />
Janeiro a Setembro de <strong>2014</strong>, representou<br />
1.735.204 unidades, das quais 207.428 no<br />
passado mês de Setembro”, referiu. Cruzando,<br />
depois, estes da<strong>dos</strong> com os da Valorpneu,<br />
estima-se que o mercado total de pneus ligeiros<br />
(onde se incluem os 4x4 e comercias)<br />
possa rondar as três milhões de unidades no<br />
nosso país. Existe, por isso, uma grande diferença<br />
entre os da<strong>dos</strong> que as marcas têm e<br />
os que acabam por ser o potencial do mercado<br />
nacional. A concluir, André Bettencourt<br />
deu conta que “o mercado premium cresceu<br />
16%, o mercado quality aumentou 2,3% e o<br />
mercado budget caiu face ao ano anterior.<br />
Nos pneus 4x4, houve um crescimento de<br />
21,9% de Janeiro a Setembro de <strong>2014</strong>. Nos<br />
pneus comerciais, o mercado aumentou 6,6%<br />
também em termos acumula<strong>dos</strong>.”<br />
w FUNÇÕES, GRUPOS E TIPOS<br />
Um pneu é muito mais do que um componente<br />
preto, redondo e com um buraco no<br />
meio. Foi com esta afirmação que Ricardo<br />
Car<strong>dos</strong>o, do Departamento Técnico e de<br />
Formação, começou a sua intervenção. Para,<br />
depois, prosseguir: “O pneu é um elemento<br />
essencial em termos de segurança ativa e de<br />
conforto, que tem de conseguir congregar<br />
diferentes materiais (origem metálica e têxtil)<br />
e diferentes compostos (vários tipos de borracha).<br />
De acordo com o ETRTO (European Tyre<br />
and Rim Technical Organisation), organismo<br />
que define e normaliza todo o processo de<br />
construção e dimensionamento de pneus,<br />
o pneu é um componente flexível aplicado<br />
numa roda, constituído por borracha, sendo<br />
reforçado através de outros materiais. Quando<br />
insuflado por um fluido compressível (gás),<br />
adquire a capacidade de suportar a carga<br />
aplicada na roda, bem como transmite ao eixo<br />
em carga forças longitudinais e transversais.<br />
Na condição sem carga, o pneu insuflado é,<br />
essencialmente, toroidal (tem uma figura<br />
geométrica semelhante a um donut).”<br />
A primeira função do pneu é suportar a carga.<br />
Mas, para isso, é imprescindível o ar pressurizado<br />
que se encontra no seu interior. Caso<br />
contrário, o pneu de nada serviria. Outra das<br />
funções que tem é absorver as irregularidades<br />
da estrada, acabando por desempenhar um<br />
62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
papel importante no domínio do conforto.<br />
Mais: através do atrito que se gera entre a<br />
superfície de rodagem e a borracha que constitui<br />
o piso, vai permitir mudar ou manter a<br />
direção do automóvel. E é ele que transmite<br />
tração e força na travagem (o pneu permite<br />
que haja movimento). Ricardo Car<strong>dos</strong>o frisou<br />
ainda que “o pneu é, fundamentalmente,<br />
um elemento de segurança, que suporta o<br />
desgaste e o arrancamento, contribui com<br />
um baixo nível de ruído, é produzido com<br />
materiais amigos do ambiente, é reciclável,<br />
tem a capacidade de operar em condições<br />
não controladas e é um elemento de estética.”<br />
Existem dois grupos principais no que à construção<br />
do pneu diz respeito. O pneu pode<br />
ser radial (na tela de corpo a disposição <strong>dos</strong><br />
cabos, de origem metálica ou têxtil, surge<br />
em forma de raio, permitindo um elevado<br />
grau de resistência) ou diagonal/convencional<br />
(cabos dispostos na diagonal, o que obriga à<br />
utilização de várias telas de corpo sobrepostas<br />
em vez de apenas uma, sendo este pneu bem<br />
menos flexível do que um radial, ao mesmo<br />
tempo que proporciona menor superfície<br />
de contacto com o solo).<br />
Depois, explicou Ricardo Car<strong>dos</strong>o, “o pneu<br />
pode ser tubeless (revestimento hermético<br />
que substitui a câmara de ar, encontrando-<br />
-se a válvulas fixa na jante) ou tubetype (o<br />
revestimento Butílico não tem as mesmas<br />
propriedades e a câmara de ar perde instantaneamente<br />
a pressão em caso de furo,<br />
acabando a válvula por retrair ao estar fixada<br />
à câmara de ar). A grande vantagem do pneu<br />
tubeless face ao tubetype é fazer com que<br />
a perda de pressão seja muito mais gradual<br />
face à perfuração de um corpo estranho. Para<br />
além de ser mais fácil montar e desmontar<br />
(devido à sua estrutura mais leve) e de estar<br />
menos sujeito ao aquecimento.”<br />
A ação de formação<br />
realizada pela<br />
Bridgestone foi<br />
dirigida a jornalistas<br />
e contribuiu para<br />
aumentar os<br />
conhecimentos<br />
destes profissionais<br />
sobre pneus e a<br />
sua manutenção e<br />
reparação<br />
4 tipos de piso<br />
de um pneu<br />
w w Simétrico: desenho igual em toda<br />
a largura do piso. Não tem sentido de<br />
rotação nem posição de montagem<br />
w w Assimétrico: zona exterior para<br />
superfícies secas e zona interior para<br />
superfícies molhadas, acabando por ser<br />
uma solução de compromisso. Requer<br />
especial atenção na montagem, uma<br />
vez que não se pode fazer rotação na<br />
jante nem deixar de virar o “outside”<br />
para o exterior<br />
w w Direcional: melhor opção para piso<br />
molhado, até porque reduz o risco de<br />
aquaplaning. Não se pode inverter o<br />
seu sentido de rotação<br />
w w Composto: junção do assimétrico<br />
com o direcional. Está reservado para<br />
veículos de elevadas performances.<br />
Existem pneus específicos para os<br />
la<strong>dos</strong> direito e esquerdo <strong>dos</strong> veículos<br />
Deve ser respeitada a assimetria e o<br />
sentido de rotação<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 63
Técnica a Riscos de danos nos talões<br />
Abordagem profissional<br />
A montagem/<br />
desmontagem de pneus<br />
deve ser operada por<br />
pessoal qualificado e<br />
com formação específica,<br />
utilizando máquinas<br />
atualizadas e em bom<br />
estado técnico, de modo a<br />
evitar os danos nos talões<br />
Quanto ao tema deste artigo, há<br />
riscos potenciais evidentes em<br />
máquinas que prendem a jante<br />
pelo lado inferior, podendo resultar<br />
danos nos talões do pneu, a partir de um<br />
ou mais <strong>dos</strong> seguintes fatores: aumento súbito<br />
de binário da máquina, desalinhamento<br />
ocasional da máquina e/ou procedimentos<br />
de montagem incorretos.<br />
Os danos mais comuns ocorrem na parte<br />
lateral do talão ou na base deste (Fig. 1).<br />
Quem está a realizar o serviço deve estar<br />
com a máxima atenção, porque, se o pneu<br />
for montado com danos, podem surgir graves<br />
problemas ao pressurizar o pneu ou depois<br />
de montado no veículo.<br />
w LUBRIFICAÇÃO ADEQUADA<br />
Parte importante <strong>dos</strong> procedimentos recomenda<strong>dos</strong><br />
é a adequada lubrificação do talão<br />
do pneu ao montar, utilizando produtos de<br />
preferência lubrificantes específicos existentes<br />
no mercado. Óleo vegetal ou sabão de<br />
origem animal (azul e branco ou vermelho e<br />
branco) podem alternativamente ser utiliza<strong>dos</strong>,<br />
em caso de falhas de abastecimento do<br />
lubrificante adequado. No entanto, NUNCA<br />
utilizar lubrificantes de motores minerais ou<br />
sintéticos, porque estes atacam a borracha do<br />
pneu e deterioram o mesmo rapidamente. No<br />
caso do fabricante recomendar a diluição do<br />
! ATENÇÃO !<br />
w Danos pessoais graves ou mesmo fatais<br />
podem resultar de um pneu com talões<br />
danifica<strong>dos</strong>. O pneu pode explodir ao ser<br />
pressurizado ou saltar da jante, quando já<br />
estiver a ser utilizado no veículo.<br />
Fig. 1 - Danos típicos nos talões, provoca<strong>dos</strong> por<br />
erros de montagem/desmontagem do pneu<br />
Fig. 2 - Correta lubrificação <strong>dos</strong> talões do pneu<br />
! IMPORTANTE !<br />
w Ao montar o talão do lado inferior na<br />
jante, manter o talão superior no fundo<br />
da jante, porque facilita a operação de<br />
montagem e evita forçar a estrutura do<br />
pneu. Isto consegue-se apoiando a mão<br />
esquerda na parede lateral superior do<br />
pneu, mantendo um ângulo de 180º em<br />
relação à cabeça de montagem da máquina<br />
ou da ferramenta de montagem<br />
utilizada. Quanto mais baixo for o perfil<br />
lateral do pneu, maior será o esforço de<br />
montagem, sendo fundamental seguir o<br />
procedimento atrás referido.<br />
produto lubrificante de pneus, seguir as instruções<br />
rigorosamente, porque lubrificantes<br />
muito diluí<strong>dos</strong> secam rapidamente, não tendo<br />
o mínimo efeito benéfico na montagem. Pelo<br />
contrário, se o produto for recomendado<br />
para diluir, o facto de aplicar diretamente<br />
o lubrificante da embalagem, pode fazer o<br />
pneu deslizar na jante, ao arrancar o veículo,<br />
provocando a derrapagem deste.<br />
Por outro lado, o lubrificante deve ser aplicado<br />
na jante e nos dois talões do pneu, para<br />
permitir que este deslize suavemente sobre<br />
a jante ao montar, não se danificando (Fig.<br />
2). Além disso, os ressaltos de segurança da<br />
jante, os assentos <strong>dos</strong> talões e os rebor<strong>dos</strong><br />
exteriores da jante também devem ser correctamente<br />
lubrifica<strong>dos</strong> (Fig. 3).<br />
64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
Fig. 3 - Pontos de<br />
lubrificação da jante:<br />
Ressaltos<br />
de segurança<br />
w A máquina deve estar bem<br />
afinada, de acordo com as<br />
instruções do respectivo<br />
manual de uso, antes de<br />
montar o pneu. A folga do<br />
braço vertical de controlo<br />
da cabeça de montagem<br />
pode variar com a utilização,<br />
podendo dar origem<br />
a danos na jante e/ou no<br />
pneu. Manter sempre a folga<br />
recomendada pelo fabricante<br />
do equipamento (Fig. 4).<br />
Manter a folga recomendada<br />
Cabeça de<br />
desmontar ou<br />
barra<br />
Talões<br />
do pneu<br />
Jante<br />
Fig. 4 - Folga do braço vertical<br />
Rebor<strong>dos</strong> exteriores da jante<br />
Assentos<br />
os talões<br />
Folga do<br />
braço vertical<br />
oscilante<br />
Aro da<br />
jante<br />
Verificar cabeças<br />
das máquinas<br />
w As cabeças de montar/desmontar das<br />
máquinas não funcionam todas da mesma<br />
maneira, nem exatamente na mesma<br />
posição. É possível que existam formas de<br />
afinação, previstas no manual de instruções<br />
do fabricante. Se a cabeça não estiver<br />
corretamente posicionada, há risco de se<br />
poderem verificar danos nos talões e/ou<br />
na jante (Fig. 5). Existem protetores de<br />
plástico para as jantes que deviam ser usa<strong>dos</strong><br />
por sistema e não somente nas jantes<br />
de liga leve. Se as jantes pintadas perderem<br />
a tinta, ficam sujeitas à oxidação e<br />
deterioram-se prematuramente.<br />
Jante<br />
Cabeça<br />
desenquadrada<br />
Zonas de<br />
danificação<br />
do talão<br />
(base ou<br />
parede<br />
ateral)<br />
Pneu<br />
Fig. 5 - É indispensável a afinação prévia da<br />
cabeça de montar/desmontar da máquina.<br />
! ATENÇÃO !<br />
w A montagem de pneus envolve<br />
sérios riscos pessoais para o operador<br />
e outros presentes no local, devendo<br />
ser imperiosamente respeita<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong><br />
os procedimentos recomenda<strong>dos</strong> de<br />
segurança, nomeadamente:<br />
Nunca exceder a pressão de 40 psi ao<br />
assentar os talões;<br />
w Pressurizar o pneu somente numa<br />
máquina com sistema de segurança<br />
(rede ou tampa). Não existindo essa<br />
possibilidade, colocar o pneu num<br />
local seguro e afastado, enquanto<br />
estiver a ser pressurizado; convém<br />
nesse caso existir um tubo comprido<br />
de ar comprimido ou uma tomada de<br />
ar no local;<br />
Apenas pessoal qualificado e com<br />
formação específica deve efetuar a<br />
montagem de pneus.<br />
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Gestão de Empresas<br />
Imagem das Oficinas<br />
Diferenciação <strong>dos</strong> benefícios<br />
A experiência <strong>dos</strong> automobilistas que visitam as oficinas não é, em muitos casos,<br />
satisfatória. E o que se pretende é que o seja, de facto. A estratégia a seguir passa pela<br />
diferenciação <strong>dos</strong> benefícios presta<strong>dos</strong><br />
A<br />
imagem de uma oficina vinculou-<br />
-se, na maioria das situações, ao seu<br />
exterior e aos aspetos estéticos que<br />
apresenta, incluindo o tipo de letreiro,<br />
as cores, o desenho do logótipo, etc. São tudo<br />
elementos gráficos de extrema importância,<br />
todavia, hoje, são insuficientes para que o cliente<br />
tenha uma experiência positiva na nossa oficina<br />
e, portanto, regresse e faça boa publicidade no<br />
passa-palavra junto de familiares e amigos.<br />
Sensações, emoções, desejos…<br />
Por onde começar?<br />
1. Definir de forma clara qual é o perfil de clientes<br />
para os quais, sobretudo, vai dirigir os seus<br />
serviços e, entrando em linha de conta com esse<br />
aspeto, desenhá-los à sua medida;<br />
2. O estudo e a implementação da imagem<br />
e ambiente deverão ser os mais apropria<strong>dos</strong>,<br />
tanto no exterior, como no interior, em função<br />
do definido no ponto 1.<br />
3. Formação do pessoal de contacto, em termos<br />
de práticas corretas de atendimento ao<br />
cliente (tendo em conta a psicologia e o comportamento<br />
do consumidor), e em termos de<br />
técnicas de vendas.<br />
4. Estabelecer algum método de informação<br />
simples (se for fácil, é aplicado, se for complicado,<br />
não é aplicado) que nos permita a qualquer<br />
momento saber a opinião e o que pensam os<br />
clientes da nossa oficina.<br />
Que elementos contribuem para gerar experiências<br />
positivas aos clientes nas nossas<br />
oficinas?<br />
a) As pessoas<br />
As pessoas são o elemento essencial na prestação<br />
de qualquer serviço; sem elas falaríamos<br />
de auto serviço. Os resulta<strong>dos</strong> do trabalho em<br />
equipa (bem aplicado) incrementam exponencialmente<br />
a qualidade do serviço, os benefícios<br />
económicos e a “libertação” de responsabilidade<br />
da oficina para que possa dedicar mais tempo<br />
a planificar, organizar e dirigir. É fundamental<br />
uma recepção atenta, rápida e profissional,<br />
acompanhada de um sorriso, gestos amáveis<br />
e, sobretudo, que o cliente perceba sempre<br />
que o mais importante, naquele instante, é ele.<br />
b) As zonas ou espaços da oficina<br />
Uma recepção separada fisicamente da zona<br />
da oficina (coloquemos isso como hipótese),<br />
pode ajudar-nos a melhorar muitos aspetos,<br />
tais como, por um lado, potenciar a imagem<br />
e a venda e, por outro lado, reduzir possíveis<br />
problemas deriva<strong>dos</strong> de comportamentos e<br />
atitudes nem sempre controláveis, tanto de<br />
clientes, como de emprega<strong>dos</strong>.<br />
c) A iluminação<br />
A luz, utilizada de forma adequada, serve para<br />
ensinar, destacar, esconder, estimular, deprimir,<br />
esfumar, etc. Em última análise, é capaz de criar<br />
sensações. Na oficina podemos criar diferentes<br />
ambientes e atmosferas, graças à iluminação.<br />
Se na zona da recepção do veículo, a luz é mais<br />
intensa do que nas áreas adjacentes, o automóvel<br />
“debaixo <strong>dos</strong> holofotes”, adquire todo um<br />
protagonismo, relegando o resto para segundo<br />
plano. Ali é onde se fazem a maioria das vendas.<br />
d) Arrumação e limpeza<br />
Assim como a higiene e o asseio pessoal dizem<br />
muito acerca das pessoas, uma oficina em que a<br />
arrumação e a limpeza estão presentes são sinais<br />
inequívocos da maneira de ser das pessoas que<br />
fazem parte desse mesmo estabelecimento. A<br />
arrumação e a limpeza transmitem segurança<br />
e confiança aos clientes que no subconsciente<br />
do seu cérebro, pensam: “A mesma preocupação<br />
com a arrumação e limpeza que colocam<br />
na oficina também a terão com o meu carro,<br />
por certo!”.<br />
e) A decoração<br />
Poderíamos diferenciar dois tipos de decoração:<br />
por um lado, a técnico-profissional que tem<br />
que ver com tudo aquilo que contribui para que<br />
a oficina “respire” profissionalismo; por outro<br />
lugar, a decoração emotiva ou de ambiente, a<br />
qual visa transmitir determinadas sensações a<br />
certos tipos de clientes. O ambiente a escolher<br />
deve ser pensado com critério, podendo até<br />
combinar estas duas facetas, em função de cada<br />
uma das zonas da oficina.<br />
f) Os odores<br />
O olfato é um <strong>dos</strong> senti<strong>dos</strong> mais primários e<br />
instintivos que existem. Numa oficina há que<br />
evitar os maus cheiros, mas se optar pela utilização<br />
de ambientadores na recepção, assegure-<br />
-se que não são demasiado artificiais e não<br />
transformam a oficina numa falsa perfumaria.<br />
Também convém evitar o excesso de fumo<br />
produzido pelos automóveis. Para tal, utilize<br />
sistemas de extração adequa<strong>dos</strong> – não apenas<br />
o cliente agradecerá, como também a saúde<br />
<strong>dos</strong> seus emprega<strong>dos</strong>.<br />
h) A temperatura ambiente<br />
Cuide da temperatura ambiente na recepção,<br />
oficina e sala de espera, evitando, sobretudo, as<br />
sempre incómodas e prejudiciais correntes de<br />
ar. Quando maior for o conforto térmico, mais<br />
cómo<strong>dos</strong> se sentirão os clientes na sua oficina.<br />
E a comodidade é uma condição essencial para<br />
conseguir vender o seu serviço e valorizar o<br />
seu negócio.<br />
66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>
www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 67
68 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | novembro <strong>2014</strong>