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Revista dos Pneus 030 - Fevereiro 2015

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Organização:<br />

/////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////<br />

<strong>Revista</strong> Independente de Pneumáticos e Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

AVALIAÇÃO OBRIGATÓRIA<br />

smart<br />

fourfour<br />

prime<br />

Qualidade<br />

Nº 30 ● <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong> Ano VIII ● 5 Euros<br />

Observatório DPAI<br />

Os números<br />

vistos à lupa<br />

ESTRUTURA EMPRESARIAL<br />

RETALHISTAS<br />

EVOLUÇÃO DAS VENDAS<br />

DOSSIER<br />

<strong>Pneus</strong> SUV e 4x4<br />

VERSATILIDADE<br />

GUIA Oficial<br />

Conferência<br />

Ibérica<br />

de <strong>Pneus</strong><br />

PROGRAMA EM DETALHE<br />

PERFIL DOS ORADORES<br />

TOTA L<br />

ENTREVISTA<br />

José Luis de la Fuente, Diretor Geral da Continental <strong>Pneus</strong><br />

Mais<br />

informações em<br />

revista<strong>dos</strong>pneus.com


PXT1S PXCF2 R888<br />

www.toyotires.pt | www.facebook.com/toyotires<br />

Há venda nas casas da especialidade<br />

Telf. +351 255 617 480 | Fax. +351 255 617 489<br />

www.dispnal.pt | dispnal@dispnal.pt


REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

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REVISTA DOS<br />

João Vieira<br />

PNEUS<br />

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escrito da REVISTA DOS PNEUS<br />

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Editorial<br />

Conhecer<br />

o futuro no Estoril<br />

“Projetar o futuro” é o lema da 1ª Conferência<br />

Ibérica de <strong>Pneus</strong>, que se realiza já no próximo dia 27<br />

de março de <strong>2015</strong> no Centro de Congressos do Estoril<br />

Vai ser uma oportunidade única para ouvir especialistas portugueses e espanhóis<br />

falarem das tendências do negócio <strong>dos</strong> pneus na Península Ibérica nas suas<br />

diversas vertentes: distribuição, retalho e oficinas.<br />

O objetivo deste grande encontro ibérico do setor <strong>dos</strong> pneus é criar um espaço<br />

comum onde os oradores e participantes possam discutir os seus interesses mútuos e<br />

partilhar as experiências pessoais com outros profissionais presentes.<br />

Para os participantes, esta é uma oportunidade única para aprofundar os conhecimentos<br />

sobre o presente e o futuro do comércio de pneus na Península Ibérica e as ferramentas<br />

que podem ser utilizadas para garantir o futuro das suas organizações. A apresentação<br />

de novos conceitos de negócio e estratégias de sucesso comprovado, pode contribuir<br />

para uma maior eficiência das organizações.<br />

Nunca o negócio do comércio de pneus foi tão exigente a nível do conhecimento técnico,<br />

de gestão e criatividade. Num mercado cada vez mais competitivo, as empresas<br />

têm de fazer mais com menos e saber responder às novas necessidades <strong>dos</strong> clientes.<br />

É com este cenário que a REVISTA DOS PNEUS e AUTOPOS EL PERIÓDICO realizam a<br />

1ª Conferência Ibérica de <strong>Pneus</strong>, onde vão ser discuti<strong>dos</strong> os principais desafios que se<br />

colocam às organizações, nomeadamente no que diz respeito à criação de uma cadeia<br />

de valor acrescentado mais eficiente.<br />

Os oradores da Conferência irão disponibilizar informação de qualidade, que permitirá<br />

aos participantes conhecer os desafios de negócio que se colocam às suas empresas. Os<br />

temas das apresentações cobrirão as áreas que mais preocupam os operadores do setor.<br />

Não perca a oportunidade de estar presente no maior evento do ano <strong>2015</strong> dedicado ao<br />

sector <strong>dos</strong> pneus. Terá a duração de um dia e contará com a presença de 25 oradores<br />

portugueses e espanhóis.<br />

João Vieira<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 03


Antevisão Conferência Ibérica de <strong>Pneus</strong><br />

//////////////////////////////<br />

Presente e futuro do Comércio de <strong>Pneus</strong> na Península Ibérica<br />

Vamos falar de pneus?<br />

No próximo dia 27 de<br />

Março, no Centro de<br />

Congressos do Estoril,<br />

realizar-se-á a primeira<br />

Conferência Ibérica<br />

de <strong>Pneus</strong>. O evento,<br />

organizado pela REVISTA<br />

DOS PNEUS e AUTOPOS<br />

EL PERIÓDICO, será uma<br />

oportunidade única para<br />

debater o sector em duas<br />

línguas. Vamos hablar de<br />

pneus?<br />

Organização:<br />

Por: Jorge Flores<br />

A Conferência Ibérica de <strong>Pneus</strong> vai -se<br />

realizar no Centro de Congressos do Estoril<br />

Mais<br />

informações em<br />

revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

Adata de 27 de Março de <strong>2015</strong> ficará marcada na agenda<br />

do sector <strong>dos</strong> pneus, como o dia em que, pela primeira<br />

vez, representantes do mercado português e espanhol<br />

debateram, em conjunto, os grandes temas comuns<br />

da atualidade.<br />

O palco deste encontro será no Centro de Congressos do Estoril,<br />

onde, logo pelas 8h45, terá lugar o discurso de abertura pela<br />

voz de João Vieira, diretor da REVISTA DOS PNEUS e de Carlos<br />

Pozo, diretor de AUTOPOS EL PERIÓDICO. Os dois responsáveis<br />

tratarão de enquadrar a conferência com o momento que vive<br />

o sector, sublinhando o facto de estarmos a iniciar um ano de<br />

previsível crescimento do mercado de pneus a nível mundial e<br />

também europeu, depois de um período de acentuadas quebras<br />

comerciais.<br />

João Vieira e Carlos Pozo serão também os moderadores <strong>dos</strong><br />

9 painéis que compõem o programa, to<strong>dos</strong> eles apresenta<strong>dos</strong><br />

por oradores portugueses e espanhóis, que darão os seus fundamenta<strong>dos</strong><br />

pontos de vista sobre o desenvolvimento do sector<br />

no respetivo país. Serão as realidades assim tão diferentes? No<br />

segundo momento do dia, e ainda antes da abertura <strong>dos</strong> painéis,<br />

Miguel Frasquilho, presidente da AICEP, apresentará a Conferência<br />

Ibérica de <strong>Pneus</strong>. Depois da sessão de perguntas e respostas,<br />

oradores e participantes poderão partilhar as suas experiências<br />

e estabelecer contactos com potenciais parceiros de negócio<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


08H00 - 08H45<br />

08H45 - 09H00<br />

João Vieira<br />

Carlos Pozo<br />

Recepção <strong>dos</strong> participantes<br />

Discurso de Boas Vindas<br />

Diretor da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

Diretor de Autopos el Periódico<br />

09H00 - 09H15 Apresentação da Conferência<br />

Miguel Frasquilho Presidente da AICEP<br />

09H15 - 09H45<br />

1º PAINEL<br />

Presente e futuro do Comércio de <strong>Pneus</strong> na Europa<br />

e Península Ibérica<br />

Ribeiro da Silva<br />

Diretor Comercial da Unidade de Ligeiros<br />

da Continental <strong>Pneus</strong> SA<br />

Ricardo Martins<br />

Diretor de Marketing da Continental <strong>Pneus</strong> SA<br />

09H45 - 10H15<br />

2º PAINEL<br />

Associativismo no sector <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> na Península Ibérica<br />

Jorge Vieira<br />

Representante da CEPP<br />

Comissão Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong> da ACAP<br />

Pedro Nascimento<br />

Representantes da CERP<br />

Comissão Especializada de Retalhistas de <strong>Pneus</strong> da ACAP<br />

José Luis Rodriguez<br />

Representante da Comissão de Fabricantes<br />

de <strong>Pneus</strong> de Espanha<br />

Juan Ramón Pérez<br />

Presidente da ADINE<br />

Associação Nacional de Distribuidores<br />

e Importadores de <strong>Pneus</strong><br />

10H15 - 10H45<br />

3º PAINEL<br />

Da<strong>dos</strong> Estatísticos do Mercado Ibérico de <strong>Pneus</strong><br />

Guillermo de Llera<br />

Diretor Geral da GIPA Portugal<br />

Fernando Alcorta<br />

Diretor Divisão Automóvel da GFK Espanha<br />

10H45 - 11H30 - Coffee Break e Networking<br />

11H30 - 12H00<br />

4º PAINEL<br />

<strong>Pneus</strong> em Fim de Vida na Península Ibérica<br />

Climénia Silva, Diretora da Valorpneu<br />

Gabriel Leal, Diretor Geral da Signus<br />

12H00 - 12H30<br />

5º PAINEL<br />

O Pneu Recauchutado no Mercado Ibérico<br />

Rita Marques<br />

Administradora Fedima<br />

José Gomes<br />

Administrador da Recauchutagem Nortenha<br />

Salvador Pérez<br />

Presidente do Grupo Soledad<br />

Programa<br />

12H30 - 14H30 - Almoço e Networking<br />

14H30 - 15H00<br />

6º PAINEL<br />

O Retalho Tradicional vs Nova Distribuição e as Redes de<br />

Oficinas na Península Ibérica<br />

Paulo Cristóvão<br />

Diretor Geral Pneubase (Rede Euromaster)<br />

Rui Carrasqueira<br />

Administrador da Pneu Furado (Rede Vulco)<br />

Pedro Teixeira<br />

Diretor da Best Drive<br />

15H00 - 15H30<br />

7º PAINEL<br />

Distribuição de Peças Automóvel para Oficinas de <strong>Pneus</strong><br />

Ângelo Lopes<br />

Diretor de Vendas AD Portugal<br />

Carmelo Pinto<br />

Diretor Geral Grupo Serca Automoción<br />

15H30 - 16H00<br />

8º PAINEL<br />

Equipamentos para Oficinas de <strong>Pneus</strong><br />

Pedro Jesus<br />

Diretor Geral Cometil<br />

José Maria Aguado<br />

Administrador Aguado Automoción<br />

16H00 - 16H30<br />

9º PAINEL<br />

Análise do Mercado Ibérico de <strong>Pneus</strong><br />

(Turismo, SUV, 4x4, Pesa<strong>dos</strong>, Agrícolas e Engenharia)<br />

Hugo Ureta<br />

Diretor de Relações Institucionais da Michelin<br />

Víctor Manuel Cañizares<br />

Vice-Presidente Vendas e Marketing da Yokohama Iberia<br />

Ramón Martínez Portillo<br />

Diretor Geral Trelleborg<br />

Luis Martins<br />

Diretor Geral Gripen Wheels Iberia<br />

16H30 - 17H00<br />

Perguntas e Respostas<br />

17H00 - Encerramento da Conferência<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 05


Antevisão<br />

Conferência Ibérica de <strong>Pneus</strong><br />

//////////////////////////<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

Miguel Frasquilho<br />

w Presidente da AICEP<br />

Ribeiro da Silva<br />

w Dir. Comercial Continental <strong>Pneus</strong><br />

Parceria estratégica<br />

REVISTA DOS<br />

Dinamizar o setor <strong>dos</strong> pneus<br />

PNEUS<br />

João Vieira e Carlos Pozo, vão ser os moderadores<br />

<strong>dos</strong> nove painéis que compõem o<br />

Programa da 1ª Conferência Ibérica <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

Mais de 20 oradores especializa<strong>dos</strong> em diversas<br />

áreas do comércio de pneus, vão apresentar os<br />

temas e debater com os participantes as grandes<br />

questões que mais preocupam os profissionais<br />

do sector. A organização tudo fez para que este<br />

evento seja uma jornada de trabalho proveitosa<br />

para to<strong>dos</strong>, uma oportunidade para identificarem<br />

novas tendências e antecipar a evolução do<br />

mercado, conseguindo assim uma importante<br />

mais valia para as suas empresas.<br />

João Vieira, diretor da REVISTA DOS PNEUS<br />

Carlos Pozo, diretor AUTOPOS EL PERIÓDICO<br />

Ricardo Martins<br />

w Dir. Marketing Continental <strong>Pneus</strong><br />

Jorge Vieira<br />

w Representante da CEPP<br />

Pedro Nascimento<br />

w Representantes da CERP<br />

1º. Painel - 09h15/09h45<br />

Presente e futuro do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

na Europa e Península Ibérica<br />

O primeiro painel será apresentado por Ribeiro da<br />

Silva, Diretor Comercial da Unidade de Ligeiros da<br />

Continental <strong>Pneus</strong> SA e Ricardo Martins, Diretor<br />

de Marketing da Continental <strong>Pneus</strong> SA.<br />

Estes responsáveis vão analisar a “saúde” da venda de<br />

pneus no mercado europeu, detalhando, por país, a<br />

sua atual situação. Recorrendo aos da<strong>dos</strong> das principais<br />

entidades de estu<strong>dos</strong> de mercado e estatísticas,<br />

Ribeiro da Silva e Ricardo Martins abordarão<br />

as diversas tendências da distribuição de pneus e os<br />

seus principais canais: oficinas independentes; grupos<br />

de compra-redes independentes (Euromaster e<br />

First Stop, por exemplo); nova distribuição (casos,<br />

entre outros, da Norauto; Midas, Feu Vert); concessionários<br />

e ainda a internet.<br />

De seguida, irão focar-se nos segmentos de pneus<br />

comercializa<strong>dos</strong> no espaço europeu, fazendo um<br />

retrato da realidade <strong>dos</strong> Premium, Quality e Budget<br />

no mercado.<br />

O que estão os fabricantes, os distribuidores e os<br />

pontos de venda deste mercado a fazer atualmente?<br />

Esta será outra das questões que os oradores tentarão<br />

responder neste primeiro painel. Nesta primeira<br />

apresentação do dia, haverá ainda espaço para os responsáveis<br />

da Continental <strong>Pneus</strong> darem a sua visão<br />

sobre as tendências do mercado: uso da internet,<br />

redução das margens, aumento de venda de pneus<br />

usa<strong>dos</strong> e do crescente número de atores do mercado<br />

(supermerca<strong>dos</strong>, grandes superfícies, internet, distribuidores<br />

de peças). E ainda sobre as oportunidades<br />

que espreitam no sector. Ou seja, “receitas” para<br />

acrescentar valor, melhorar a qualidade <strong>dos</strong> serviços,<br />

bem como para renovar e modernizar os pontos de<br />

venda e diversificar os serviços, inovando e criando,<br />

de modo a minimizar os riscos de um mercado em<br />

polvorosa competitividade.<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 07


Antevisão Conferência Ibérica de <strong>Pneus</strong><br />

//////////////////////////////<br />

José Luis Rodriguez<br />

w Repr. Com. Fabricantes Espanha<br />

Juan Ramón Pérez<br />

w Presidente da ADINE<br />

2º. Painel 9h45-10h15<br />

Associativismo no sector <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

na Península Ibérica<br />

O segundo painel do dia será composto por vários<br />

oradores: Jorge Vieira (Comissão Especializada de<br />

Produtores de <strong>Pneus</strong> da ACAP); Pedro Nascimento<br />

(Comissão Especializada de Retalhistas de <strong>Pneus</strong> da<br />

ACAP); José Luis Rodriguez (Comissão de Fabricantes<br />

de <strong>Pneus</strong> de Espanha) e Juan Ramón Pérez (Associação<br />

de Distribuidores e Importadores de <strong>Pneus</strong><br />

de Espanha). Dois representantes portugueses e dois<br />

espanhóis, que se debruçarão sobre uma das lacunas<br />

mais evidentes do sector de retalho <strong>dos</strong> pneus: as carências<br />

de regulamentação, uma área onde as associações<br />

têm uma palavra a dizer. Quais são os benefícios<br />

do associativismo para o negócio <strong>dos</strong> pneus e de que<br />

forma têm as associações espanholas e portuguesas<br />

contribuído para o aumento da rentabilidade <strong>dos</strong> diferentes<br />

operadores económicos envolvi<strong>dos</strong> (retalhistas,<br />

importadores e recauchutadores, entre outros) será o<br />

tema forte deste debate.<br />

Outro <strong>dos</strong> problemas em discussão, neste segundo painel,<br />

será a importação de pneus sem qualquer controlo.<br />

Os quatro oradores darão a sua opinião sobre o impacto<br />

que têm no mercado as importações e transações não<br />

sujeitas a Ecovalor e IVA. E apontarão soluções para<br />

evitar o flagelo.<br />

Mas não só. Muitas outros temas serão debati<strong>dos</strong><br />

pelos representantes destas associações ibéricas. Até<br />

que ponto a venda de pneus usa<strong>dos</strong> representa uma<br />

ameaça para o equilíbrio financeiro do sector? Haverá<br />

campanhas de sensibilização <strong>dos</strong> condutores sobre o<br />

estado <strong>dos</strong> pneus? E quais os resulta<strong>dos</strong>? O que podem<br />

os profissionais do sector fazer a nível local ou regional<br />

para alertar os automobilistas do perigo de circularem<br />

com os pneus em mau estado? Por fim, o que deve ser<br />

feito em termos de formação <strong>dos</strong> recursos humanos<br />

dentro das oficinas de pneus. Pontos de interesse não<br />

faltarão neste segundo painel.<br />

Guillermo de Llera<br />

w Diretor Geral GIPA<br />

Fernando Alcorta<br />

w Dir. Div. Automóvel GFK<br />

Climénia Silva<br />

w Diretora da Valorpneu<br />

3º. Painel 10h15-10h45<br />

Da<strong>dos</strong> estatísticos do Mercado Ibérico de <strong>Pneus</strong><br />

Para compreender as partes de um sector complexo<br />

como o <strong>dos</strong> pneus será necessário estudá-lo na sua<br />

globalidade. Tomar-lhe o peso. Ora, para essa análise<br />

aprofundada do sector, ninguém estará mais habilitado<br />

do que os oradores do terceiro painel: Guillermo<br />

de Llera, diretor geral da GIPA Portugal, e<br />

Fernando Alcorta, diretor geral da GfK Espanha.<br />

Neste debate serão apresenta<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> sobre as vendas<br />

de veículos em cada um <strong>dos</strong> países e sobre a quilometragem<br />

média realizada pelos automobilistas – a<br />

diminuir quando comparada com anos anteriores.<br />

Segundo estu<strong>dos</strong> da GIPA sobre o mercado pós-<br />

-venda automóvel na Península Ibérica, este continua<br />

a descer em consequência de quedas <strong>dos</strong> três<br />

componentes: parque automóvel, quilometragem e<br />

diminuição do investimento do próprio condutor,<br />

que cada vez tem menos capitais próprios e acesso<br />

ao crédito. Mas será que a diminuição das vendas de<br />

automóveis novos favorece a venda de pneus, uma<br />

vez que cada veículo novo traz já cinco pneus novos<br />

incluí<strong>dos</strong> na venda? Ou será esta “vantagem” apenas<br />

teórica? Por outras palavras, será que os restantes<br />

factores adversos (os referi<strong>dos</strong> “três componentes”<br />

que levaram à descida do mercado de vendas de<br />

veículos novos) terão também uma má influência<br />

direta no mercado de pneus, impedindo-o assim de<br />

aproveitar as “oportunidades” de um parque automóvel<br />

mais envelhecido?<br />

Nada como ouvir os representantes das empresas<br />

que analisam profundamente as estatísticas oficiais<br />

<strong>dos</strong> dois países.<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


4º. Painel 11h30-12h00<br />

<strong>Pneus</strong> em Fim de Vida na Península Ibérica<br />

Climénia Silva, diretora da Valorpneu e Gabriel<br />

Leal, diretor geral da Signus serão os oradores do<br />

quarto painel do dia. Ambos tratarão de descrever a<br />

evolução da atividade das empresas gestoras de pneus<br />

em fim de vida em Portugal e Espanha.<br />

Neste debate será possível apurar quantos postos de<br />

trabalho diretos originou a criação destas empresas<br />

e qual tem sido a sua capacidade para promover a<br />

reciclagem de pneus em fim de vida. As realidades<br />

entre os dois países, porém, não são iguais. E Gabriel<br />

Leal tratará de o explicar. Em Espanha existem duas<br />

entidades gestoras. Representará este facto um claro<br />

benefício para o mercado <strong>dos</strong> pneus ao nível <strong>dos</strong> seus<br />

diferentes agentes económicos (importadores-fabri-<br />

cantes, importadores-independentes, distribuidores,<br />

retalhistas...), tirando partido da consequente concorrência<br />

entre entidades?<br />

Quantos pontos de recolha existem atualmente num<br />

e noutro país e qual é o destino <strong>dos</strong> pneus recolhi<strong>dos</strong><br />

pelas entidades gestoras? Climénia Silva responderá<br />

pela Valorpneu e Gabriel Leal pela Signus. Nas suas<br />

apresentações, os responsáveis detalharão o processo<br />

de valorização <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, nos respetivos países,<br />

dando a sua opinião sobre se são (ou não) suficientes<br />

as empresas a trabalhar nesta área, de modo<br />

a dar resposta ao volume de pneus usa<strong>dos</strong> forneci<strong>dos</strong><br />

pelas entidades gestoras.<br />

A percentagem de pneus usa<strong>dos</strong> que estão atualmente<br />

a ser recauchuta<strong>dos</strong> e o que falta fazer na Península<br />

Ibérica em termos de pneus em fim de vida<br />

serão outros <strong>dos</strong> temas a merecer a atenção <strong>dos</strong> dois<br />

oradores. Os responsáveis destas entidades gestoras<br />

revelarão ainda as ações de marketing e comunicação<br />

previstas para <strong>2015</strong> e a forma como pensam<br />

enquadrar as atividades decorrentes da gestão e valorização<br />

de pneus usa<strong>dos</strong> nos atuais conceitos de<br />

economia verde.<br />

Gabriel Leal<br />

w Diretor Geral da Signus<br />

Rita Marques<br />

w Administradora. da Fedima<br />

5º. Painel 12h00-12h30<br />

O Pneu Recauchutado no Mercado Ibérico<br />

O quinto e último painel do período da manhã contará<br />

com a participação de Rita Marques, administradora<br />

da Fedima, José Gomes, Administrador da<br />

Recauchutagem Nortenha e ainda de Salvador Pérez,<br />

Presidente do Grupo Soledad.<br />

A recauchutagem, processo que transforma pneus<br />

usa<strong>dos</strong>, designa<strong>dos</strong> nesta indústria de carcaças (e<br />

que não apresentem danos estruturais...) em pneus<br />

capazes de serem reutiliza<strong>dos</strong> através da aplicação<br />

de um novo piso, será o tema central deste painel.<br />

Qual o contributo do pneu recauchutado para o mercado,<br />

tendo em conta a evolução tecnológica do pneu<br />

novo? Mais. Estarão os recauchutadores “independentes”<br />

sob fogo cruzado <strong>dos</strong> fabricantes de pneus<br />

novos, atendendo a que estes apresentam, to<strong>dos</strong> eles,<br />

diversos programas de fabrico e comercialização de<br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong>?<br />

Os oradores não esquecerão as respostas a estas<br />

questões. Nem deixarão de comentar os processos<br />

de homologação a que os pneus recauchuta<strong>dos</strong> são<br />

submeti<strong>dos</strong> para cumprirem as obrigatórias normas<br />

de segurança, fiabilidade e resistência.<br />

Dado encontrarem-se, neste quinto painel, entre<br />

os oradores participantes, portugueses e espanhóis,<br />

será possível analisar, a sobrevivência (ou falência)<br />

<strong>dos</strong> recauchutadores de dimensão mais modesta. E<br />

ainda se, num contexto europeu e mesmo mundial,<br />

existirá espaço para os recauchutadores ibéricos,<br />

enquanto empresas exportadoras e competitivas...<br />

José Gomes<br />

w Adm. Recauchutagem Nortenha<br />

Salvador Pérez<br />

w Presidente Grupo Soledad<br />

Paulo Cristóvão<br />

w Diretor Geral Pneubase<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 09


Antevisão Conferência Ibérica de <strong>Pneus</strong><br />

//////////////////////////////<br />

6º. Painel - 14h30-15h00<br />

O Retalho Tradicional vs Nova Distribuição<br />

e as Redes de Oficinas na Península Ibérica<br />

Rui Carrasqueira<br />

w Administrador Pneu Furado<br />

Pedro Teixeira<br />

w Diretor Best Drive<br />

O aumento da concorrência no retalho <strong>dos</strong> pneus<br />

deve-se, em primeiro lugar, à entrada de novos atores<br />

na distribuição: oficinas multimarca, concessionários<br />

de marca e centros auto atuam hoje no negócio <strong>dos</strong><br />

pneus. Com base nesta premissa, o sexto painel da<br />

Conferência Ibérica de <strong>Pneus</strong> estabelecerá um paralelo<br />

entre a tradição e o futuro. Paulo Cristóvão,<br />

diretor geral da Pneubase (Rede Euromaster), Rui<br />

Carrasqueira, administrador da Pneu Furado (Rede<br />

Vulco) e Pedro Teixeira, diretor geral da Best Drive<br />

serão os oradores deste debate que abrirá os traba-<br />

No atual contexto, as oficinas de pneus estão a sentir-<br />

-se obrigadas a diversificar os seus serviços, de modo<br />

a conseguirem fidelizar os clientes e aumentarem a<br />

rentabilidade do negócio. A substituição de pneus<br />

permite que o mecânico tenha acesso aos principais<br />

componentes de segurança do veículo e possa aconselhar<br />

o seu proprietário a mudar os componentes<br />

que não estejam em condições, nomeadamente os<br />

travões, amortecedores, transmissão e direção. Subordinado<br />

ao tema “Distribuição de Peças Automóvel<br />

para Oficinas de <strong>Pneus</strong>”, este sétimo painel de<br />

debate contará com a presença de Ângelo Lopes,<br />

diretor de vendas da AD Portugal e de Carmelo<br />

Pinto, diretor geral do Grupo Serca Automoción.<br />

Tanto o orador português como o espanhol procurarão<br />

explicar ao público presente no evento, quais são<br />

os fatores que mais valorizam as oficinas de pneus na<br />

escolha de um fornecedor de peças aftermarket. Será<br />

o produto? O serviço? A disponibilidade de stocks?<br />

O preço? Ou to<strong>dos</strong> estes fatores em conjunto? Que<br />

outros serviços e produtos pode um distribuidor ofelhos<br />

do período vespertino do evento. Entre outros<br />

temas, este painel, procurará apurar se o mercado<br />

ibérico está a aderir ao conceito das redes ou se este<br />

resiste independente. Os participantes tratarão ainda<br />

de explicar quais as vantagens e os inconvenientes<br />

das redes controladas por fabricantes em relação às<br />

redes independentes e quais os benefícios de um<br />

retalhista ao aderir a uma rede. Mas não só. Oradores<br />

qualifica<strong>dos</strong> e experientes, os responsáveis por este<br />

painel colocarão ainda em cima da mesa as seguintes<br />

questões: uma oficina de pneus já não consegue<br />

ser rentável apenas com serviços de pneus? Terão<br />

de evoluir para o conceito de “Mechanical Company”,<br />

acrescentando ao seu portfólio de produtos<br />

e serviços a mecânica com revisões certificadas, a<br />

colisão e choque, a pintura, a substituição de vidros<br />

e a venda de seguros, por exemplo? Até que ponto<br />

podem os pneus ser importantes na faturação de<br />

uma oficina? E por último: qual a diferença entre<br />

a rentabilidade do pneu versus a rentabilidade da<br />

mecânica em geral?<br />

Ângelo Lopes<br />

w Diretor Vendas AD Portugal<br />

7º. Painel - 15h00-15h30<br />

Distribuição de Peças Automóvel<br />

para Oficinas de <strong>Pneus</strong><br />

Carmelo Pinto<br />

w Diretor-Geral do Grupo Serca<br />

Pedro Jesus<br />

w Diretor Geral Cometil<br />

recer? Neste espaço de debate, oportunidade ainda<br />

para ficar a conhecer como funciona a logística das<br />

peças aftermarket para as oficinas de pneus. E quais<br />

são os maiores desafios da atualidade neste sector<br />

das peças aftermarket para os retalhistas de pneus.<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


8º. Painel - 15h30-16h00<br />

Equipamentos para Oficinas de <strong>Pneus</strong><br />

A massificação do automóvel e o crescimento do<br />

parque mundial tem contribuído categoricamente<br />

para a atividade <strong>dos</strong> fabricantes, distribuidores e<br />

operadores do sector de pneus. Neste oitavo painel<br />

de debate, Pedro Jesus, diretor geral da Cometil e<br />

José Maria Aguado, administrador da empresa<br />

espanhola Aguado Automoción farão a análise ao<br />

atual panorama (e ao seu futuro) do equipamento<br />

concebido para as oficinas de pneus ibéricas. Estará<br />

este mercado a recuperar? Que tipo de equipamentos<br />

têm mais procura? As marcas premium ou as low<br />

cost? Quais os fatores que os clientes mais valorizam<br />

ao escolherem uma marca de equipamentos? O que<br />

faz hoje a diferença neste negócio? Estas são apenas<br />

algumas das abordagens que os dois oradores terão<br />

neste penúltimo painel da Conferência Ibérica de<br />

<strong>Pneus</strong>. Ainda neste quadro, os responsáveis analisarão<br />

a tendência das casas de pneus para reestruturar<br />

o seu negócio, de modo a adoptar os serviços<br />

rápi<strong>dos</strong>. Será esta realidade nociva nos dois países?<br />

Em nenhum deles? Já agora, o que pensam os dois<br />

oradores do TPMS (Sistema Eletrónico de Controlo<br />

da Pressão <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> de Veículos)? Trará este sistema<br />

novas oportunidades de negócio? Pedro Jesus<br />

e José Maria Aguado falarão ainda sobre a questão<br />

da formação <strong>dos</strong> mecânicos nas oficinas de pneus.<br />

Uma necessidade para ajudar a ultrapassar o grau de<br />

dificuldade das diferentes intervenções mecânicas.<br />

José Maria Aguado<br />

w Administ. Aguado Automoción<br />

Hugo Ureta<br />

w Dir. Rel. Institucionais Michelin<br />

9º. Painel - 16h00-16h30<br />

Análise do Mercado Ibérico de <strong>Pneus</strong><br />

(Turismo, SUV, 4x4, Pesa<strong>dos</strong>, Agrícolas e Engenharia)<br />

A crise económica que Portugal e Espanha têm atravessado<br />

nos últimos anos está a influenciar o desenvolvimento<br />

do sector e <strong>dos</strong> respetivos segmentos?<br />

E neste contexto de retração económica, as marcas<br />

também económicas estarão a ganhar quota de<br />

mercado? E qual o futuro das marcas <strong>dos</strong> segmentos<br />

Quality e Budget? No nono e último painel da<br />

primeira Conferência Ibérica de <strong>Pneus</strong>, Hugo Ureta,<br />

diretor de Relações Institucionais da Michelin; Víctor<br />

Manuel Cañizares, Vice-Presidente Vendas e<br />

Marketing da Yokohama Iberia; Ramón Martinez<br />

Portillo, diretor geral da Trelleborg e Luís Martins,<br />

diretor geral da Gripen Wheels Iberia começarão<br />

por responder a estas perguntas. A que se seguirá a<br />

abordagem a outros temas que preocupam o sector.<br />

Por exemplo: se o facto de os grandes operadores<br />

“oficiais” terem as suas bases logísticas em Espanha<br />

será benéfico para o negócio ou contribuirá apenas<br />

para reduzir a qualidade do serviço ao retalhista...<br />

Ou ainda se o aumento do número <strong>dos</strong> distribuidores<br />

regionais não virá, de alguma forma, a entrar<br />

em rota de colisão com as estratégias de distribuição<br />

das próprias marcas, fomentando a proliferação da<br />

oferta das marcas, por vezes oferecida por retalhistas<br />

menos especializa<strong>dos</strong>, e a preços inadequa<strong>dos</strong><br />

ao valor da marca e do serviço? Os oradores deste<br />

último painel abordarão também a importância <strong>dos</strong><br />

diferentes canais de distribuição (fabrico, recauchutagem,<br />

venda ao consumidor final (frota), distribuição,<br />

retalho, B2C) e a forma como estes influenciam<br />

o futuro do comércio de pneus no contexto ibérico.<br />

Haverá tempo ainda para analisar o impacto da etiqueta<br />

no fabrico <strong>dos</strong> pneus e nas respectivas evoluções<br />

de vendas. Estes oradores irão também dar a<br />

sua opinião sobre os seguintes assuntos: Será que a<br />

distribuição independente tem ganho terreno com<br />

o aparecimento de novos grossistas internacionais<br />

que passam a operar diretamente em Portugal e<br />

Espanha? E o que poderá um importador independente<br />

(ou grossista geral) fazer para se diferenciar<br />

no mercado ibérico?<br />

Víctor Manuel Cañizares<br />

w Vice-Presidente Vendas<br />

e Marketing da Yokohama Iberia<br />

Ramón Martínez Portillo<br />

w Diretor Geral Trelleborg<br />

Luis Martins<br />

w Diretor Gripen Wheels Iberia<br />

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Dossier<br />

<strong>Pneus</strong> SUV e 4x4<br />

12 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


Versatilidade total<br />

No universo <strong>dos</strong> pneus ligeiros, os que equipam os SUV (Sport Utility<br />

Vehicles) e as viaturas 4x4 oferecem versatilidade total. Nesta edição,<br />

passamos em revista os protagonistas de várias marcas e analisamos como<br />

esteve o mercado em 2014<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Os pneus 4x4 fazem parte do chamado segmento<br />

Consumer, juntando-se aos pneus<br />

ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros.<br />

E englobam os que se destinam a equipar<br />

os SUV (Sport Utility Vehicles), tipo de automóvel que<br />

reúne cada vez mais adeptos. Contudo, um pneu SUV<br />

não é propriamente um pneu 4x4, uma vez que existem<br />

diferenças de conceção entre eles e ambos se<br />

destinam a utilizações específicas. Para mais, um SUV<br />

não tem forçosamente de dispor de tração às quatro<br />

rodas. Daí que possa não fazer sentido equipá-lo com<br />

pneus 4x4. Por outro lado, um pneu SUV, não foi, a<br />

priori, concebido para responder às exigências de um<br />

veículo todo-o-terreno.<br />

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Dossier<br />

<strong>Pneus</strong> SUV e 4x4<br />

w SOLUÇÃO DE COMPROMISSO<br />

Não existe nenhum fabricante capaz de<br />

propor, num único pneu, um desempenho<br />

eficaz em to<strong>dos</strong> os tipos de terreno. Se um<br />

determinado pneu é excelente para lama, é<br />

certo e sabido que a sua eficácia em asfalto<br />

será péssima: emitirá elevado ruído de rolamento,<br />

proporcionará pouca aderência e o<br />

piso rapidamente ficará gasto. E o contrário<br />

também é válido: um pneu de asfalto terá<br />

um desempenho mau na lama, uma vez que<br />

os sulcos existentes no seu piso, concebi<strong>dos</strong><br />

para proporcionar boa aderência em superfícies<br />

duras e lisas, rapidamente ficarão cheios<br />

de lama, impedindo, deste modo, que haja<br />

tração.<br />

BFGOODRICH ALL-TERRAIN T/A KO<br />

Controlo em to<strong>dos</strong> os terrenos<br />

w w Propriedade da Michelin, a BFGoodrich<br />

é um <strong>dos</strong> construtores mais experientes em<br />

matéria de pneus 4x4. Prova disso, chega-nos<br />

através do modelo All-Terrain T/A KO. Com<br />

um piso misto (50% estrada; 50% todo-o-<br />

-terreno), este pneu oferece polivalência total<br />

para retirar o máximo prazer da condução.<br />

Em qualquer tipo de terreno. Para além<br />

disso, anuncia excelente tração em todas as<br />

superfícies (betume, gravilha, areia, lama) e<br />

promete robustez e longevidade excecionais<br />

para ultrapassar os limites.<br />

Dotado de lamelas grandes nos ombros e<br />

de um prolongamento da forma nos flancos,<br />

o All-Terrain T/A KO oferece polivalência<br />

total para retirar o máximo prazer da condução<br />

em to<strong>dos</strong> os tipos de terreno. As lamelas<br />

agressivas e recortadas, permite-lhe proporcionar<br />

excelente motricidade em to<strong>dos</strong><br />

os tipos de piso. Já a carcaça com estrutura<br />

“Trigard" (três lonas de proteção) permite-<br />

-lhe reclamar uma robustez e uma durabilidade<br />

que vai para além <strong>dos</strong> limites.<br />

A escolha de um pneu SUV ou 4x4 é sempre<br />

vista como uma solução de compromisso.<br />

Depende das características do veículo, da<br />

utilização que a ele se der, <strong>dos</strong> terrenos onde<br />

se circule e até das condições climatéricas.<br />

Como não é prático nem económico o proprietário<br />

de um SUV ou viatura 4x4 (seja ela<br />

todo-o-terreno ou não) ter jogos completos<br />

para cada aplicação, os fabricantes de pneus<br />

desenvolvem modelos que possam servir<br />

ao maior número possível de utilizadores,<br />

tendo em atenção que também a esmagadora<br />

maioria <strong>dos</strong> veículos se destina a uso<br />

variado: estrada, autoestrada, cidade, passeios<br />

de fim-de-semana, incursões por terrenos<br />

arenosos, irregulares e lamacentos. Seja qual<br />

for o caso, circulando sempre bastante mais<br />

em estrada do que fora dela.<br />

Os pneus que procuram oferecer uma<br />

solução de compromisso são os chama<strong>dos</strong><br />

“multiuso” (mistos). Não sendo muito bons<br />

em nenhum tipo de piso, conseguem oferecer<br />

um desempenho aceitável em mais ou<br />

menos to<strong>dos</strong> eles. Mas é fundamental que o<br />

condutor tenha bem presente as limitações<br />

<strong>dos</strong> pneus que tem monta<strong>dos</strong> no seu SUV ou<br />

veículo 4x4, de modo a não exigir-lhes mais<br />

do que aquilo para que foram projeta<strong>dos</strong>. E,<br />

por outro lado, para saber que pneus deve<br />

escolher se pretender optar por uma utilização<br />

mais específica.<br />

BRIDGESTONE DUELER H/P SPORT<br />

Temperamento desportivo<br />

CONTINENTAL CONTICROSSCONTACT UHP<br />

Veículos 4x4 de alta performance<br />

w w É a coqueluche da Bridgestone na categoria<br />

de pneus de Verão para SUV e 4x4.<br />

Responde pelo nome de Dueler H/P Sport.<br />

Está disponível, também, com tecnologia<br />

Run Flat. Quer isto dizer que, algumas medidas,<br />

estão aptas a circular totalmente sem ar<br />

durante 80 km, desde que não se excedam os<br />

80 km/h. Anunciando um comportamento<br />

e estabilidade sempre excelentes, este pneu<br />

propõe um elevado nível de tração e uma<br />

ótima resposta de travagem em pisos molhadas.<br />

Tudo sem afetar o conforto da condução.<br />

Apresentando um design dinâmico e reforçado,<br />

graças a um piso assimétrico (zona exw<br />

w É o pneu 4x4 mais desportivo da Continental.<br />

Responde pelo nome de Conti-<br />

CrossContact UHP. Concorre no segmento<br />

<strong>dos</strong> pneus de elevado desempenho (Ultra<br />

High Performance). Foi o vencedor do teste<br />

Auto Bild Alles Allrad 5/2004, na medida<br />

225/55R17 97W. Na opinião <strong>dos</strong> pilotos que<br />

o testaram, é “equilibrado, oferece uma performance<br />

de alto nível, tem boa estabilidade<br />

em curva e dispõe de excelente manobrabilidade<br />

em piso seco. Para além de registar<br />

curtas distâncias de travagem em piso seco<br />

e molhado e de emitir um reduzido nível de<br />

ruído." Dotado de blocos sóli<strong>dos</strong> do ombro<br />

terior para superfícies secas e zona interior<br />

para superfícies molhadas, acabando por ser<br />

uma solução de compromisso), o Dueler H/P<br />

Sport está disponível com jantes de 16” a 20”,<br />

larguras de piso de 205 a 315 mm, séries 65<br />

a 35 e símbolos de velocidade H, V, W e Y.<br />

com ligações às lamelas do piso (que oferecem<br />

manobrabilidade, estabilidade em curva<br />

e boa tração/travagem), o ContiCrossContact<br />

UHP apresenta sulcos circunferenciais<br />

largos para absorver e expelir a água, resistindo,<br />

por isso, ao fenómeno do aquaplaning.<br />

14 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


DUNLOP SP QUATTROMAXX<br />

Precisão e prazer de condução<br />

w w O Dunlop SP Quattromaxx, anuncia excelente<br />

feedback da estrada, boa precisão de direção<br />

graças à tecnologia DuPont Kevlar&reg,<br />

boa aderência em piso seco e molhado e elevada<br />

resistência ao aquaplaning. Entre as tecnologias<br />

que emprega, encontra-se o design assimétrico<br />

do piso (desempenho melhorado em linha reta<br />

e em curva; maior resistência ao aquaplaning),<br />

o perfil mais plano do piso (maior estabilidade<br />

e precisão de direção; desgaste reduzido das<br />

extremidades; excelente estabilidade e precisão<br />

em curva; aderência superior em piso seco),<br />

o piso multiraio (controlo consideravelmente<br />

melhor da evolução do contacto em todas as<br />

condições de condução) e o sistema específico<br />

de assentamento do talão (maior feedback da<br />

estrada; maior estabilidade e precisão).<br />

FEDIMA EXTREME<br />

Especialistas do todo-o-terreno<br />

w w Os verdadeiros adeptos do todo-o-terreno<br />

puro e das manobras mais trialeiras conhecem<br />

de ginjeira o Fedima Extreme. Embora recauchutado,<br />

este pneu deve toda a sua eficácia ao<br />

tipo de piso de que dispõe. Preparado para<br />

enfrentar os terrenos mais exigentes, graças<br />

ao sulcos profun<strong>dos</strong> e ao facto de estes se<br />

encontrarem separa<strong>dos</strong> entre si, o que acaba<br />

por evitar que fiquem muito enlamea<strong>dos</strong> e<br />

crava<strong>dos</strong> de sedimentos que impeçam a sua<br />

progressão, este pneu não será a melhor opção<br />

para circular em estrada, pois dispõe de elevado<br />

ruído de rolamento, mas consiste numa<br />

das melhores opções para as atividades fora de<br />

estrada. O Fedima Extreme é apenas um <strong>dos</strong><br />

muitos modelos que esta marca disponibiliza<br />

para condução off road.<br />

FIRESTONE DESTINATION HP<br />

Quebrar barreiras<br />

w w As barreiras existem para serem quebradas.<br />

É por isso que o novo Destination HP, o<br />

emblemático pneu da Firestone para SUV, tem<br />

tudo o que é necessário para ultrapassá-las.<br />

Com uma aparência desportiva e moderna,<br />

o Destination HP anuncia quatro principais<br />

características. A primeira diz respeito à otimização<br />

da distribuição <strong>dos</strong> sulcos. A segunda<br />

consiste na ponte de união do sulco central 3D,<br />

que melhora a rigidez do bloco sem obstruir o<br />

fluxo da água. A rigidez <strong>dos</strong> blocos do ombro,<br />

que maximizam a aderência e a resposta da<br />

direção, é a terceira característica principal,<br />

centrando-se a quarta na construção da carcaça,<br />

que reduz o desgaste irregular ao melhorar<br />

a distribuição da pressão, permitindo, deste<br />

modo, um desempenho elevado e equilibrado.<br />

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Dossier<br />

<strong>Pneus</strong> SUV e 4x4<br />

w TUDO NO MESMO SACO<br />

Sendo um pneu SUV diferente de um pneu<br />

4x4, porquê incluí-los na mesma categoria?<br />

André Bettencourt, Diretor de Marketing e<br />

Gestor de Produtos de Consumo da Bridgestone<br />

Portugal, dá a resposta: “Em Portugal,<br />

como no resto da Europa, a venda de pneus<br />

SUV está integrada nas vendas totais de pneus<br />

4x4. Na realidade, esta designação está relacionada<br />

com o próprio mercado automóvel.<br />

Mas se olharmos, também, para essa indústria,<br />

verificamos que os SUV são cada vez mais<br />

distintos <strong>dos</strong> verdadeiros veículos 4x4. Por<br />

isso, estarmos a juntar pneus SUV com pneus<br />

4x4 talvez seja um erro.”<br />

GOODYEAR WRANGLER HP ALL WEATHER<br />

Equipado para todas as estações<br />

w w O pneu de 4x4 inteligente que oferece<br />

um desempenho de topo durante todo o<br />

ano. É desta forma que a Goodyear define<br />

o Wrangler HP All Weather. Anunciando<br />

um excelente desempenho durante todo o<br />

ano, este pneu proporciona ótima aderência<br />

em piso molhado e no Inverno, oferece elevada<br />

resistência ao aquaplaning e destaca-se<br />

pela condução confortável e silenciosa. Foi<br />

escolhido pelos construtores de automóveis<br />

Volkswagen, Land Rover, Nissan e Ford<br />

para equipar, de origem, os modelos Amarok,<br />

Discovery, Navara e Kuga. Entre as suas<br />

principais vantagens encontra-se o excelente<br />

desempenho em todas as estações do ano.<br />

A tecnologia SmartTRED Weather Reactive<br />

adapta o comportamento às condições da<br />

estrada, para que o condutor possa utilizar o<br />

mesmo conjunto de pneus ao longo de todo<br />

o ano. O Wrangler HP All Weather apresenta<br />

sulcos profun<strong>dos</strong> e amplos que canalizam a<br />

lama para ajudar o condutor a enfrentar terrenos<br />

difíceis.<br />

De acordo com o mesmo responsável, “o<br />

mercado <strong>dos</strong> pneus 4x4 apresentou, em<br />

Portugal, no ano de 2014, um crescimento<br />

de 24,6% em relação ao ano anterior, o que<br />

é um indicador fortemente positivo. Porém,<br />

desta percentagem de crescimento, não sabemos<br />

quantos são pneus SUV e pneus 4x4.<br />

Infelizmente, os da<strong>dos</strong> do Europool, por onde<br />

regemos a informação do mercado, não segmentam<br />

em pormenor as vendas deste tipo<br />

de pneu. No entanto, quando olhamos para<br />

as vendas por medida, constatamos que as<br />

de SUV foram aquelas que maior crescimento<br />

apresentaram. E isso é um sintoma que as<br />

vendas totais deste tipo de pneus têm estado<br />

a crescer face aos verdadeiros pneus 4x4.”<br />

As medidas tradicionais de pneus 4x4, diz<br />

André Bettencourt, “têm vindo a cair ano após<br />

ano (apesar de algumas exceções) e tudo<br />

nos leva a crer que, nos próximos anos, este<br />

segmento de mercado seja dominado pelas<br />

medidas de SUV. Sobre o crescimento total<br />

(sell-in), achamos o mesmo algo desajustado<br />

das vendas <strong>dos</strong> nossos clientes (sell-out), o que<br />

poderá dar a entender que as vendas registadas<br />

no Europool nem sempre se referem a<br />

vendas para consumo interno.”<br />

w AMEAÇAS E CRITÉRIOS<br />

Do Diretor de Marketing e Gestor de Produtos<br />

de Consumo da Bridgestone Portugal<br />

HANKOOK VENTUS S1 EVO<br />

Porte atlético<br />

w w Apresentando um desenho de piso<br />

especial projetado para SUV de elevado<br />

porte e rápi<strong>dos</strong>, o Hankook Ventus S1 evo<br />

consiste, cada vez mais, numa opção a ter<br />

em conta no mercado. Como o próprio construtor<br />

sul-coreano define, este pneu estabelece<br />

um novo padrão na sua categoria. O seu<br />

perfil e estrutura asseguram, também, ótima<br />

superfícies de contacto com o solo, ideal para<br />

o desempenho reativo a altas velocidades. A<br />

otimização da zona de contacto com o solo<br />

traduz-se numa melhor manobrabilidade e<br />

performance, quer em piso seco quer molhado,<br />

enquanto que o desenho do piso e o<br />

KUMHO CRUGEN HP91<br />

Segmento UHP<br />

w w Lançado recentemente em Portugal<br />

pela Aguesport, importador exclusivo desta<br />

marca sul-coreana para o nosso país, o Crugen<br />

HP91 da Kumho consiste num pneu<br />

UHP (Ultra High Performance) para SUV.<br />

Entre as suas principais características encontram-se<br />

os materiais de alta tecnologia<br />

que se destinam a oferecer ótima aderência<br />

em piso molhado, a boa estabilidade da condução<br />

mesmo a elevada velocidade, o baixo<br />

desgaste conseguido através da utilização de<br />

sílica altamente dispersível, a excelente resistência<br />

ao aquaplaning, à elevada estabilidade<br />

em curva e a nova tecnologia ESCOT para<br />

tamanho da pegada reduzem o risco de aquaplaning,<br />

minimizam o ruído e aumentam a<br />

estabilidade. Das inúmeras medidas disponíveis,<br />

algumas podem ser requisitadas com<br />

tecnologia Run Flat, outras com capacidade<br />

de carga adicional de 70 kg.<br />

melhor manobrabilidade. Anunciando um<br />

nível de ruído exterior de 71 e 72 dB, o Crugen<br />

HP91 pode ser requisitado com larguras<br />

de piso entre 235 e 315 mm, séries 70 a 35,<br />

jantes de 17” a 21” e símbolos de velocidade<br />

V, W e Y.<br />

16 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


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Dossier <strong>Pneus</strong> SUV e 4x4<br />

quisemos, também, saber que ameaças pairam<br />

sobre este mercado. Atente-se na sua<br />

resposta: “A Bridgestone, como outras marcas,<br />

apresenta, para o segmento de pneus 4x4/<br />

SUV, uma gama diversificada, com produtos<br />

para utilização em autoestrada (veículos mais<br />

desportivos, como os SUV premium), estrada<br />

(SUV, crossovers ou 4x4) e fora de estrada (essencialmente<br />

veículos 4x4, apesar de alguns<br />

SUV também poderem ser equipa<strong>dos</strong> com<br />

esses pneus).” Perante esta gama alargada,<br />

uma das ameaças, diz André Bettencourt, “é<br />

o envelhecimento do parque automóvel de<br />

verdadeiros veículos 4x4. As vendas destes<br />

veículos têm sofrido bastante com as alterações<br />

fiscais e, por isso, o tipo de pneus que se<br />

vende é, também, proporcional. Ou seja, os<br />

produtos para o fora de estrada das marcas<br />

premium apresentam vendas mais baixas do<br />

que em anos anteriores. E isso é um sinal de<br />

envelhecimento (os clientes optam por marcas<br />

mais baratas) e de que o mercado está a<br />

apontar para novas oportunidades. Por outro<br />

lado, as marcas mais económicas e até algumas<br />

empresas de recauchutagem, acabam<br />

por ser uma ameaça ao volume global. Já no<br />

que diz respeito às oportunidades, assistimos<br />

ao forte crescimento <strong>dos</strong> pneus SUV e <strong>dos</strong><br />

pneus SUV com tecnologia Run Flat. É aí que<br />

o futuro se jogará.”<br />

E que critérios consideram os automobilistas<br />

essenciais na escolha de pneus SUV/4x4<br />

para equipar as suas viaturas? Na opinião do<br />

mesmo responsável, “um <strong>dos</strong> fatores principais<br />

é o produto que vem de origem. Sendo os<br />

pneus SUV aqueles que maior crescimento<br />

apresentam, em muito depende o tipo de<br />

pneu que cada veículo traz de origem. Em<br />

alguns casos, são poucas as marcas que<br />

conseguem produzir pneus em medidas tão<br />

complexas como as de jantes de 19”, 20” e<br />

21”, bem como medidas de grande dimensão<br />

com tecnologia Run Flat.” No caso <strong>dos</strong> pneus<br />

fora de estrada, existem tipologias distintas.<br />

“O cliente agrícola, muitas vezes, procura um<br />

pneu com mais tração, mas o fator preço é decisivo.<br />

O cliente praticante de todo-o-terreno<br />

aos fins-de-semana ou em férias, opta por um<br />

produto mais fiável, com menos propensão<br />

ao furo e com excelente relação tração/autolimpeza.<br />

Apesar de o preço também assumir<br />

relevante importância, este tipo de cliente<br />

acaba por optar por um produto que lhe dê<br />

mais garantias.”<br />

w PROCURA CAIU EM DEZEMBRO<br />

Para medir o pulso ao mercado de pneus<br />

SUV e 4x4 em Portugal, observemos os da<strong>dos</strong><br />

do Europool, entidade que reúne toda a<br />

informação das marcas de pneus representadas<br />

na Europa que tenham, pelo menos,<br />

uma fábrica instalada em solo europeu. De<br />

acordo com o último relatório disponível deste<br />

organismo na data de conclusão deste <strong>dos</strong>sier,<br />

em Portugal, no passado mês de Dezembro,<br />

no que ao mercado de substituição diz respeito,<br />

venderam-se, no segmento Consumer<br />

(ligeiros de passageiros, 4x4 e comerciais ligeiros),<br />

162.485 pneus (+9,7% do que em Dezembro<br />

de 2013), <strong>dos</strong> quais 141.802 ligeiros<br />

de passageiros (+11,3%), 7.410 4x4 (-7,7%) e<br />

13.273 comerciais ligeiros (+5,5%).<br />

Analisando os números <strong>dos</strong> pneus 4x4, onde<br />

se inserem os pneus SUV, do total de 7.410<br />

unidades vendidas no passado mês de Dezembro<br />

no mercado português, 7.397 foram<br />

pneus 4x4 de Verão (-7,6%) e apenas 13 foram<br />

pneus 4x4 de Inverno (-38,1%), tendo sido<br />

estes os chama<strong>dos</strong> R3 premium não nórdicos.<br />

Aprofundando os da<strong>dos</strong>, conclui-se que<br />

3.664 foram 4x4 premium de Verão (-21,2%<br />

do que em Dezembro de 2013), 907 4x4 Mid<br />

de Verão (+118,6%), 1.666 4x4 R3 premium<br />

de Verão (volume igual a Dezembro de 2013),<br />

38 4x4 Run Flat premium de Verão (-67,5%),<br />

34 4x4 R3 Run Flat de Verão (volume igual a<br />

Dezembro de 2013), 52 4x4 Offroad premium<br />

de Verão (-85,6%) e 1.036 4x4 R3 Offroad de<br />

Verão (volume igual a Dezembro de 2013).<br />

w MERCADO CRESCEU EM 2014<br />

Ainda que a procura de pneus 4x4 em Dezembro<br />

de 2014 tivesse caído face a igual<br />

mês de 2013, a verdade é que, em termos<br />

absolutos, o mercado cresceu. No acumulado<br />

de Janeiro a Dezembro de 2014, de acordo<br />

com o Europool, venderam-se, no segmento<br />

Consumer, no que ao mercado de substituição<br />

diz respeito, 2.661.334 pneus (+7,6%),<br />

<strong>dos</strong> quais 2.283.001 ligeiros de passageiros<br />

(+6,7%), 149.887 4x4 (+24,6%) e 228.446 comerciais<br />

ligeiros (+7,2%).<br />

18 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


5 conselhos Euromaster para condução 4x4<br />

1- Ao conduzir um veículo todo-o-terreno, regule a<br />

profundidade do volante para deixar espaço suficiente<br />

e não dificultar o deslizamento das mãos durante as<br />

manobras. Nunca conduza com os polegares em oposição<br />

aos outros de<strong>dos</strong>. Deve mantê-los apoia<strong>dos</strong> nos<br />

indicadores<br />

2- Ao atravessar um curso de água com um veículo<br />

todo-o-terreno, avalie primeiro a sua profundidade<br />

e utilize mudanças curtas para tal. Depois de fazê-lo,<br />

convém secar os travões com travagens curtas, rápidas<br />

e intermitentes<br />

3 - Ao conduzir um veículo todo-o-terreno numa rota,<br />

é muito frequente ter de adequar-se continuamente às<br />

pressões do terreno e suas características. É muito útil<br />

contar com um compressor e um manómetro<br />

4 - Ao conduzir um veículo todo-o-terreno, o peso é<br />

inimigo do conforto. Quanto mais leve for a carga a<br />

transportar, mais fácil será manobrar o veículo<br />

5 - Se pretende conduzir um veículo todo-o-terreno<br />

em piso de terra ou barro, desligue o ABS (se houver<br />

essa opção). O ABS pode alongar em muitos metros a<br />

distância de travagem, sobretudo em solo escorregadio<br />

ou terreno barrento<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 19


Dossier <strong>Pneus</strong> SUV e 4x4<br />

Fazendo o escrutínio <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> referentes<br />

aos pneus 4x4, observa-se que, do total de<br />

149.887 absorvi<strong>dos</strong> pelo mercado nacional de<br />

Janeiro a Dezembro de 2014, 149.433 foram<br />

4x4 de Verão (+24,4%), 10 foram 4x4 premium<br />

de Inverno não nórdicos (-94,2%), 443 foram<br />

4x4 R3 de Inverno não nórdicos (+164,9%) e<br />

apenas 1 foi 4x4 Basket de Inverno (volume<br />

igual a Janeiro-Dezembro de 2013).<br />

Aprofundando a questão, constata-se que,<br />

do total de 149.887 pneus 4x4 absorvi<strong>dos</strong><br />

pelo mercado português entre Janeiro<br />

e Dezembro de 2014, 92.695 foram 4x4<br />

premium de Verão (+21,3%), 8.011 foram<br />

4x4 Mid de Verão (+29,3%), 17.197 foram<br />

4x4 R3 de Verão (volume igual a Janeiro-<br />

-Dezembro de 2013), 4.869 foram 4x4 Run<br />

Flat premium de Verão (+14,2%), 483 foram<br />

4x4 R3 Run Flat de Verão (volume igual a<br />

Janeiro-Dezembro de 2013), 3.982 foram 4x4<br />

Offroad premium de Verão (-50,7%), 18.159<br />

foram 4x4 Offroad Mid de Verão (+5,5%) e<br />

4.037 foram 4x4 Offroad R3 de Verão (volume<br />

igual a Janeiro-Dezembro de 2013). Aos<br />

quais se devem juntar os 10 4x4 premium<br />

de Inverno não nórdicos (-94,2%), os 443<br />

4x4 R3 de Inverno não nórdicos (+164,9%)<br />

e 1 4x4 Basket de Inverno (volume igual a<br />

Janeiro-Dezembro de 2013).<br />

A terminar, deixamos os únicos da<strong>dos</strong> que<br />

nos foram faculta<strong>dos</strong> pela Valorpneu referentes<br />

ao mercado português de substituição<br />

na categoria SUV/4x4: 248.823 unidades em<br />

2014 (mais 98.936 pneus do que diz o Europool);<br />

216.995 unidades em 2013 (mais 96.700<br />

<strong>dos</strong> que constam nos da<strong>dos</strong> do Europool).<br />

MICHELIN LATITUDE SPORT 3<br />

Afinar o azimute<br />

w w Em relação ao antecessor Latitude Sport,<br />

o novo Latitude Sport 3, de acordo com o teste<br />

TÜV SÜD 2013 efetuado sobre piso molhado<br />

com a medida 235/65 R 17, obteve a classificação<br />

A na travagem sobre piso molhado na<br />

maioria das dimensões. Dotado de uma banda<br />

de rolamento com um taxa de recorte 10% superior<br />

comparativamente ao modelo da anterior<br />

geração (característica que oferece maior<br />

segurança em piso molhado), o novo Latitude<br />

Sport 3 destaca-se, também, pelo RIB central<br />

contínuo (assegura a transição do binário do<br />

motor nas fases de travagem e aceleração), pela<br />

dupla lona de carcaça, pelo composto inovador<br />

para a banda de rolamento e pelas lamelas de<br />

espessura variável, responsáveis pelo aumento<br />

da resistência.<br />

PIRELLI PZERO<br />

Tudo pela eficácia<br />

w w Replicando as qualidades excecionais do<br />

PZero criado para automóveis desportivos<br />

topo de gama, este pneu foi desenvolvido para<br />

responder às exigências de performance <strong>dos</strong><br />

SUV mais potentes. Uma geometria de blocos<br />

de múltiplos passos, largos canais longitudinais<br />

e um padrão assimétrico da banda de<br />

rodagem garantem uma excelente aderência<br />

à estrada. O PZero melhora a performance<br />

de travagem e aumenta a manobrabilidade<br />

e controlo, mesmo <strong>dos</strong> SUV mais robustos.<br />

Um novo composto com nano-compósitos<br />

para oferecer máxima aderência e estabilidade<br />

proporciona uma integridade estrutural<br />

que faz com que o controlo direcional seja<br />

preciso, tornando possível um desgaste uniforme<br />

da banda de rodagem.<br />

YOKOHAMA GEOLANDAR H/T-S<br />

Definir trilhos com estilo<br />

w w É um <strong>dos</strong> modelos que compõe a oferta da<br />

Yokohama no que à categoria de pneus SUV e<br />

4x4 diz respeito. O Geolandar H/T-S consiste<br />

num pneu premium destinado aos veículos<br />

SUV, que anuncia estabelecer novos padrões<br />

para a condução em estrada. Desenhado para<br />

combinar desempenho superior com elevado<br />

nível de conforto e grande longevidade, oferece<br />

a agradabilidade de condução e a segurança<br />

que o seu proprietário nunca julgou ser<br />

possível. Desenvolvido para ser utilizado em<br />

estrada, o Geolandar H/T-S dispõe de largos<br />

blocos nos ombros, de um composto especial<br />

no piso e de inúmeros sulcos transversais e direitos<br />

que se encarregam de escoar eficazmente<br />

a água, proporcionado aderência superior em<br />

piso molhado.<br />

20 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


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#03 SETEMBRO 2012 | REVISTA DO AFTERMARKET | 21


Atual Mercado<br />

////////////////<br />

Observatório DPAI Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

Números<br />

(finalmente) à lupa<br />

Durante muitos anos, o comércio de pneus não tinha uma análise criteriosa<br />

através da qual pudesse basear-se. Com a criação de um “ramo” especializado no<br />

Observatório DPAI, os números deste sector ganharam uma luz própria<br />

Por: Jorge Flores<br />

Com pouco mais de um ano de existência,<br />

o ramo especializado em<br />

comércio de pneus, criado dentro<br />

da Divisão de Peças e Acessórios<br />

Independentes (DPAI), da ACAP, começa a<br />

dar uma luz própria aos números do sector.<br />

Por enquanto, os da<strong>dos</strong> disponíveis<br />

ainda são referentes ao ano de 2013, mas<br />

os responsáveis acreditam que o próximo<br />

observatório de 2014 contemplará cada<br />

vez mais empresas neste sector, de modo a<br />

dar uma visão mais completa do mercado<br />

e <strong>dos</strong> seus indicadores.<br />

O objetivo é que esta seja uma ferramenta<br />

essencial para to<strong>dos</strong> quantos atuem no<br />

mercado <strong>dos</strong> pneus em Portugal. E os seus<br />

efeitos são já visíveis. Recorde-se que Pedro<br />

Nascimento, um <strong>dos</strong> principais mentores<br />

revelou a natureza da CERP (Comissão Especializada<br />

de Retalhistas de <strong>Pneus</strong>) durante<br />

a realização da Mesa Redonda, organizada<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


N.º Retalhistas de pneus<br />

por cada 100.000 veículos em circulação em 2013<br />

Açores<br />

V. do Castelo<br />

Setúbal<br />

Beja<br />

Portalegre<br />

Santarém<br />

Faro<br />

Braga<br />

Lisboa<br />

Bragança<br />

Porto<br />

Coimbra<br />

C. Branco<br />

Aveiro<br />

Guarda<br />

Évora<br />

Viseu<br />

Madeira<br />

Leiria<br />

Vila Real<br />

3,3<br />

10,2<br />

10,5<br />

10,7<br />

10,9<br />

12,5<br />

12,6<br />

12,8<br />

13,5<br />

14,5<br />

14,7<br />

15,0<br />

15,2<br />

15,7<br />

16,1<br />

16,8<br />

17,1<br />

18,0<br />

19,6<br />

21,4<br />

w Apesar de o maior número de empresas do sector se concentrar nos grandes centros urbanos, constata-se<br />

que o distrito de Vila Real é o que possui a maior número de empresas de retalho de pneus face<br />

ao número de veículos aí regista<strong>dos</strong>, seguido pelo distrito de Leiria e pela Região Autónoma da Madeira.<br />

Pelo contrário, os distritos com um menor número são a Região Autónoma <strong>dos</strong> Açores, e os distritos de<br />

Viana do Castelo, Setúbal, Beja e Portalegre.<br />

pela REVISTA DOS PNEUS, em Junho de<br />

2014 (ver edição nº. 26). Desde esse dia, o<br />

trabalho tem sido muito. E os resulta<strong>dos</strong><br />

já foram revela<strong>dos</strong> ao sector.<br />

w 500 MILHÕES DE EUROS<br />

PARA A ECONOMIA NACIONAL<br />

Os da<strong>dos</strong> apura<strong>dos</strong>, da responsabilidade<br />

da comissão de serviços e tecnologia de<br />

informação da ACAP, são atualmente comenta<strong>dos</strong><br />

pelo CERP. Na parte que respeita<br />

concretamente ao sector do comércio de<br />

pneus, até aqui, os da<strong>dos</strong> encontravam-<br />

-se bastante dispersos e basea<strong>dos</strong> apenas<br />

nas vendas <strong>dos</strong> produtores de pneus e no<br />

mercado e não nas vendas de retalho. Ora,<br />

estes da<strong>dos</strong> do Observatório <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

possibilitam ao sector entender de uma<br />

forma mais detalhada qual a real evolução<br />

do mercado nos últimos anos e quais as<br />

suas tendências.<br />

Para cada retalhista, a consulta destes números<br />

permite-lhe comparar a sua empresa<br />

com a concorrência. Um conhecimento<br />

fundamental para se poder desenvolver<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 23


Atual<br />

///////////////////////////////////////////////////<br />

Mercado<br />

Observatório DPAI Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

o negócio de uma forma mais consciente<br />

e sobretudo melhor fundamentada.<br />

Para aferir a extrema importância que o<br />

sector <strong>dos</strong> pneus tem no nosso país, basta<br />

referir o peso que este assume no mercado<br />

de reposição de peças luso, representando<br />

25% do auto-aftermarket e cerca de 500<br />

milhões de euros para a economia nacional.<br />

Por outras palavras, representou 0,03% do<br />

Produto Interno Bruto em 2013...<br />

Estrutura Empresarial do Setor do Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

Empresas por escalão (%)<br />

10,1% 9,0% 7,6% 8,3%<br />

9,4% 9,1%<br />

8,5% 8,7%<br />

16,2% 14,5%<br />

12,8% 12,6%<br />

19,2%<br />

19,1%<br />

17,3%<br />

17,3%<br />

w MAIORIA DOS RETALHISTAS TEM FATURAÇÃO<br />

ANUAL INFERIOR A 250 MIL EUROS<br />

Os números de 2013 apresenta<strong>dos</strong> pela<br />

CERP (ver gráficos nas páginas seguintes)<br />

são esclarecedores. A título de exemplo,<br />

constata-se que, apesar de o maior número<br />

de empresas do sector estar concentrado<br />

nos grandes centros urbanos, é no distrito<br />

de Vila Real que reside o maior número de<br />

empresas de retalho de pneus.<br />

Os da<strong>dos</strong> revelam que a maior percentagem<br />

de empresas no sector tem uma<br />

faturação inferior a 250 mil euros. E que<br />

o prazo médio de recebimento pelos trabalhos<br />

ou serviços presta<strong>dos</strong> é de 30 dias.<br />

Já em relação à evolução dessas mesmas<br />

vendas e serviços presta<strong>dos</strong> por estas empresas<br />

registou, em 2013, uma pequena<br />

recuperação. Mas nada de significativo.<br />

45,0%<br />

48,3%<br />

53,9%<br />

53,1%<br />

2010 2011 2012 2013<br />

Escalão A - Facturação < 250.000€<br />

Escalão C - Facturação >500.000 e < 1.000.000€<br />

Escalão B - Facturação > 250.000€ e < 500.000€<br />

Escalão D - Facturação >1.000.000 e < 2.500.000€<br />

Escalão E - Facturação > 2.500.000€<br />

w A maior percentagem de empresas no sector tem uma faturação inferior a 250.000€ , sendo que em<br />

2013 cerca de 70% das empresas se encontram nos dois escalões mais baixos de faturação, ou seja,<br />

possuem uma faturação inferior a 500.000€, em linha com o tecido empresarial português.<br />

148,9<br />

Prazo Médio de Recebimentos (dias)<br />

Clientes/Vendas e serviços presta<strong>dos</strong> (IVA incluído)*365<br />

124,6<br />

119,3<br />

124,8<br />

99,0<br />

93,5 88,6 84,9 84,7 80,9<br />

95,5<br />

69,4 74,8 85,4<br />

80,6<br />

73,6 72,7<br />

76,3 74,1<br />

77,7<br />

47,8<br />

49,0<br />

32,2<br />

35,3<br />

2010<br />

2011 2012 2013<br />

Escalão A Escalão B Escalão C Escalão D Escalão E Escalão PME Excelência<br />

w O prazo médio de recebimento está longe de ser o ideal (30 dias) e tem-se mantido ao longo <strong>dos</strong> anos nos diversos escalões. A redução do prazo médio de<br />

recebimentos é fundamental para uma boa gestão da tesouraria das empresas e é urgente que o sector trabalhe no sentido de reduzir este indicador. Receber a<br />

30 dias permite às empresas cumprir com os compromissos aos fornecedores e melhorar o seu nome na “praça” permitindo-lhe obter melhores condições.<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


Evolução das vendas e serviços presta<strong>dos</strong><br />

20,2%<br />

9,3%<br />

Variação homóloga anual (%)<br />

13,4%<br />

6,7%<br />

5,2% 5,3%<br />

9,1%<br />

Menos positivos, no entanto, são os da<strong>dos</strong><br />

que apontam para uma redução de 30% em<br />

termos de gastos <strong>dos</strong> portugueses com o<br />

seu veículo – o que se explica com a crise.<br />

Por outro lado, e, porventura, graças também<br />

à instabilidade económica, os retalhistas<br />

parecem ter aprendido algo com<br />

os erros do passado e duplicaram, neste<br />

período, os valores da mão-de-obra faturada<br />

por serviço.<br />

Sem dúvida o pneu torna-se um produto<br />

altamente apetecível pelos novos operadores<br />

do mercado, mas to<strong>dos</strong> terão a capacidade<br />

de o trabalhar?<br />

0,1%<br />

0,1%<br />

1,1%<br />

0,6%<br />

-0,9%<br />

-2,2%<br />

-1,6%<br />

-2,9%<br />

-6,7%<br />

-6,8%<br />

-6,4%<br />

2011 2012 2013<br />

Escalão A Escalão B Escalão C Escalão D Escalão E Escalão PME Excelência<br />

w Os últimos anos têm sido bastante difíceis, em consonância com os da<strong>dos</strong> económicos nacionais, com<br />

perdas nas vendas na maioria <strong>dos</strong> escalões. Houve uma recuperação de vendas em 2013, com exceção<br />

do escalão C (empresas com faturação entre 1M e 2,5M€) que perderam 6,7% das suas vendas neste ano.<br />

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Atual<br />

///////////////////////////////////////////////////<br />

Mercado<br />

Observatório DPAI Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

Despesa Média Anual por Veículo em Peças,<br />

Acessórios e Mão-de-Obra<br />

Unidade: 10 6 € (IVA não incluído)<br />

309,8€ 310,0€<br />

117,7%<br />

192,1%<br />

2009 2012 2013<br />

Despesa média anual em P&A por veículo<br />

117,8%<br />

102,2%<br />

365,0€<br />

243,7%<br />

130,4%<br />

Despesa média anual em M&O por veículo<br />

w Este gráfico mostra-nos que os Portugueses reduziram em 30% os gastos com a viatura em 2013,<br />

fruto de todas as condicionantes económicas, financeiras e sociais. Por outro lado mostra que os<br />

retalhistas <strong>dos</strong> pneus aprenderam com os erros do passado (a mão-de-obra era oferecida), e já em<br />

2013, houve uma duplicação da M.O. faturada por serviço.<br />

Ficha Técnica:<br />

Os da<strong>dos</strong> deste estudo englobam empresas<br />

do CAE 453 (Comércio de Peças e Acessórios<br />

para veículos Automóveis) em cuja designação<br />

comercial é mencionado o comércio de pneus,<br />

com contas ativas no período em análise. A totalidade<br />

da amostra em 2010, 2011, 2012 e 2013 é<br />

de, respetivamente, 702, 724, 752 e 688 empresas.<br />

A amostra foi dividida em 5 escalões de faturação,<br />

de A a E, assim defini<strong>dos</strong>:<br />

w Escalão A Até € 250 mil<br />

w Escalão B Mais € 250 mil até € 500 mil<br />

w Escalão C Mais € 500 mil até € 1 milhão<br />

w Escalão D Mais € 1 milhão até € 2,5 milhões<br />

w Escalão E Mais € 2,5 milhões<br />

Os associa<strong>dos</strong> da ACAP podem obter o estudo<br />

completo do “Observatório <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” para além<br />

de outras vantagens e serviços exclusivos de apoio<br />

às empresas. Basta contactar a ACAP:<br />

Telefone: 213035300<br />

e-mail: mail@acap.pt e /ou cerp@acap.pt<br />

Site: www.retalhopneus.acap.pt<br />

Entradas em Oficina por Canal<br />

5,5%<br />

6,5%<br />

31%<br />

7%<br />

8%<br />

22%<br />

16%<br />

5%<br />

16%<br />

57% 63%<br />

63%<br />

2009<br />

2012 2013<br />

Nº médio de entradas em oficina = 1,9 Nº médio de entradas em oficina = 1,7 Nº médio de entradas em oficina = 1,8<br />

Multimarca (incluindo Chapa) Especialista <strong>Pneus</strong> Auto Centros e Serv. Rápi<strong>dos</strong> Autorizadas<br />

w Estes gráficos são sem dúvida positivos para os Retalhistas <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, uma vez que demonstram que são o canal com maior crescimento de entradas de<br />

viaturas. Significa que são os que se estão a adaptar melhor ao mercado, um mercado com novas necessidades, novas exigências e principalmente com novas<br />

tendências.<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


Solução Global<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 27


Entrevista José Luis de la Fuente<br />

“Apoiamos o condutor<br />

na sua mobilidade”<br />

A Continental <strong>Pneus</strong><br />

SA está a comemorar<br />

20 anos de atividade<br />

em Portugal e ocupa<br />

atualmente a liderança<br />

do mercado. Uma<br />

posição alcançada pela<br />

qualidade <strong>dos</strong> produtos<br />

que disponibiliza e pela<br />

relação de proximidade<br />

e de confiança que a<br />

equipa foi construindo<br />

com os seus parceiros de<br />

negócios<br />

Por: João Vieira<br />

AContinental <strong>Pneus</strong> SA foi fundada<br />

em 1995 sendo a unidade em Portugal<br />

responsável pela comercialização<br />

e distribuição <strong>dos</strong> pneus das<br />

diferentes marcas do Grupo Continental para<br />

o mercado de substituição. A Continental<br />

é a única empresa do setor, que tem uma<br />

direção geral sedeada em Portugal o que<br />

é reflexo da importância que o grupo atribui<br />

ao mercado nacional. Esta forte aposta<br />

do grupo em Portugal é também um <strong>dos</strong><br />

motivos que permitiu em menos de 20<br />

anos alcançar a liderança de mercado (de<br />

acordo com os da<strong>dos</strong> do ETREMA e estu<strong>dos</strong><br />

internos do departamento de marketing<br />

intelligence).<br />

Em entrevista à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, José<br />

Luis de la Fuente, Diretor Geral da Continental<br />

<strong>Pneus</strong> SA, faz o balanço <strong>dos</strong> 20 anos<br />

da empresa e revela a estratégia das marcas<br />

que comercializa.<br />

Quais as marcas comercializadas pela Continental<br />

<strong>Pneus</strong>?<br />

Em Portugal, a Continental <strong>Pneus</strong> comer-<br />

“O nosso principal<br />

objetivo em <strong>2015</strong> é<br />

reforçar a presença de<br />

todas as marcas do<br />

universo Continental<br />

no mercado nacional<br />

e manter segundo os<br />

da<strong>dos</strong> de mercado<br />

e análises internas<br />

da Continental a<br />

liderança de mercado<br />

alcançada desde<br />

2013”<br />

28 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


Diretor Geral da Continental <strong>Pneus</strong> SA<br />

A fábrica<br />

Continental<br />

em Lousado é<br />

considerada a<br />

melhor das 20<br />

fábricas que a<br />

multinacional<br />

alemã tem em<br />

todo o mundo. A<br />

produção atual é<br />

de 53.000 pneus/<br />

dia e fechou 2014<br />

com 17 milhões de<br />

pneus fabrica<strong>dos</strong><br />

ARC - Agentes Recomenda<strong>dos</strong> Continental<br />

Conceito agregador de parceiros Continental<br />

A Continental apoia os seus parceiros dotando-os de um conjunto<br />

de ferramentas que permitam a dinamização do negócio, como formação,<br />

seguros, campanhas locais, cartões fidelização entre outros.<br />

Nesta relação de parceria estabelecida com os ARC há um fator que<br />

para a Continental é primordial: o respeito pela individualidade<br />

de cada agente e especificidade de cada um. É com estes parceiros<br />

que a Continental quer continuar a crescer no mercado nacional.<br />

w Que fatores mais importantes destaca no funcionamento deste<br />

conceito?<br />

O mais relevante é a liberdade de atuação de cada agente. O ARC<br />

é parte integrante no processo de decisão. A preocupação fundamental<br />

é a dinâmica de venda e o fato da Continental atuar como<br />

parceiro, em que o nosso papel não é só vender pneus. Suportamo-<br />

-nos no conhecimento local, e apoiamos o nosso parceiro no desenvolvimento<br />

futuro.<br />

w Que tipo de apoio dá a Continental aos ARC?<br />

A Continental tem uma equipa comercial dedicada a esta área de<br />

negócio a qual faz um apoio e acompanhamento diário, de forma<br />

a compreender as necessidades de cada ARC. Esta parceria, e de<br />

acordo, com as necessidades de cada um, pode passar pelo aconselhamento<br />

da imagem da casa; apoio na definição da estratégia<br />

de marketing e vendas; conceção de campanhas publicitárias específicas<br />

e direcionadas para o consumidor final, formação de RH,<br />

nomeadamente no atendimento e atualização de competências,<br />

acesso a informação sobre o mercado e o setor, entre muitas outras.<br />

w Quantos ARC existem atualmente em Portugal?<br />

Atualmente temos cerca de 100 Agentes Recomenda<strong>dos</strong> Continental,<br />

que asseguram excelente cobertura geográfica - Portugal continental<br />

e ilhas. O ano passado o nosso esforço não foi centrado na<br />

expansão e crescimento da rede, mas sim num apoio mais próximo<br />

e personalizado de acordo com as necessidades do nosso parceiro.<br />

w Em que consiste a parceria que a Pneuport tem com a Continental?<br />

A Pneuport foi o primeiro parceiro ARC da Continental, tendo<br />

iniciado a sua parceria em 2010. Atualmente, a Pneuport é parceiro<br />

estratégico, fazendo parte da nossa rede de agentes recomenda<strong>dos</strong>.<br />

w Quais as vantagens que esta parceria trouxe aos associa<strong>dos</strong><br />

Pneuport e à Continental?<br />

Esta parceria permitiu transformar a Pneuport de um conceito de<br />

grupo de compra para um conceito de venda, alinhado com as<br />

necessidades de abordagem ao mercado de um ponto de venda<br />

direcionado para o século XXI.<br />

Do ponto de vista da Continental, esta foi a primeira parceria ARC<br />

estabelecida em Portugal, e que ao longo destes anos nos apoiou<br />

com informação acerca das necessidades efetivas de um ponto de<br />

venda, permitindo-nos também continuar os processos de melhoria<br />

continua na abordagem ao mercado.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 29


Entrevista José Luis de la Fuente<br />

cializa atualmente 11 das inúmeras marcas<br />

que integram o universo Continental: Continental,<br />

Uniroyal, Semperit, Viking, Gislaved,<br />

Barum, Mabor, Sportiva, Motrio, Point S e<br />

Eurotyre.<br />

Que percentagem de pneus comercializa<strong>dos</strong><br />

pela Continental <strong>Pneus</strong> são produzi<strong>dos</strong><br />

na fábrica de Lousado?<br />

Cerca de 2% <strong>dos</strong> pneus produzi<strong>dos</strong> pela<br />

fábrica de Lousado ficam em Portugal. Mas<br />

esta é uma pequena parte <strong>dos</strong> pneus que<br />

a Continental <strong>Pneus</strong> Portugal recebe, pois<br />

recebemos pneus de todas as fábricas do<br />

Grupo.<br />

Qual vai ser a estratégia da Continental<br />

<strong>Pneus</strong> relativamente às marcas premium<br />

que comercializa?<br />

A estratégia de crescimento para a nossa<br />

marca premium - Continental – assenta<br />

nos seguintes pilares: crescimento da notoriedade<br />

da marca – trabalhar o branding<br />

Continental assente na transmissão <strong>dos</strong> valores.<br />

Depois na dinamização da imagem da<br />

Continental no ponto de venda, via a nossa<br />

rede de Agentes Recomenda<strong>dos</strong> Continental<br />

e Contiservice, que se pretende sejam os<br />

primeiros a transmitir e assumir os valores<br />

presentes na nossa marca premium.<br />

Esta estratégia passa ainda pela consolidação<br />

da imagem da marca Continental<br />

assente em três vetores fundamentais: Segurança,<br />

Qualidade e Preço. Vamos continuar a<br />

investir na criação de notoriedade da marca<br />

A Continental quer oferecer soluções que possam criar valor acrescentado para o ponto<br />

de venda, reforçar e consolidar as parcerias comerciais existentes no mercado nacional<br />

junto <strong>dos</strong> nossos parceiros e clientes mas<br />

também junto do consumidor final. Queremos<br />

oferecer soluções para o mercado,<br />

que possam criar valor acrescentado para<br />

o ponto de venda. Reforçar e consolidar as<br />

parcerias comerciais existentes no mercado<br />

nacional, em conjunto com uma estratégia<br />

de comunicação diferenciada e exclusiva –<br />

para o ponto de venda e para o consumidor<br />

final – que nos permita reforçar e aumentar<br />

a nossa quota de mercado.<br />

E em relação às marcas quality e budget?<br />

A estratégia da Continental em relação às<br />

marcas quality e budget passa igualmente<br />

pelo reforço e diversificação das parcerias<br />

comerciais existentes, nomeadamente no<br />

se refere a alguns ajustes na estratégia de<br />

distribuição. O nosso esforço será também<br />

muito suportado no desenvolvimento e implementação<br />

de uma forte política de comunicação<br />

com ações centradas no ponto de<br />

venda que nos permita fidelizar a nossa rede<br />

de parceiros. O objetivo passa obviamente<br />

pelo crescimento da cota de mercado também<br />

nas marcas quality e budget. Iniciamos<br />

no final de 2014 uma nova estratégia de<br />

distribuição da marca Uniroyal através <strong>dos</strong><br />

nossos Agentes Recomenda<strong>dos</strong> Continental<br />

que vem complementar a distribuição<br />

Gama diversificada de marcas e modelos<br />

Valor acrescentado para o ponto de venda<br />

MABOR<br />

Sport-Jet 3<br />

CONTINENTAL<br />

ContiSportContact5<br />

UNIROYAL<br />

RainSport 3<br />

BARUM<br />

Brillantis 2<br />

CONTINENTAL<br />

Conti.eContact<br />

30 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


TM<br />

AF_Conf_Iberica_pneus_pagina_JO.pdf 1 09/02/15 17:57<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 31


Entrevista José Luis de la Fuente<br />

via Garland. No que se refere ao segmento<br />

budget a Mabor, com uma forte presença no<br />

mercado via canal de distribuidores, e a Barum,<br />

via retalho, assumem em Portugal uma<br />

posição de liderança neste segmento e com<br />

capacidade de crescimento no mercado.<br />

Como se processa a distribuição <strong>dos</strong> pneus<br />

que comercializam no mercado português?<br />

A Continental em Portugal assume como<br />

estratégia de orientação geral o facto de que<br />

pretende estar presente em to<strong>dos</strong> os canais<br />

de distribuição, junto <strong>dos</strong> principais operadores<br />

de cada canal. Em cada um <strong>dos</strong> canais<br />

estabelecemos parcerias e desenvolvemos<br />

os negócios em conjunto com esses parceiros.<br />

Estabelecemos relações duradouras e<br />

de vantagem mútua. Assim sendo, a Continental<br />

está presente nos principais canais:<br />

Distribuidores, Retalhistas, Concessionários,<br />

Autocentros e Frotas.<br />

Dispomos de uma estrutura logística –<br />

de aprovisionamento e distribuição - que<br />

garante a satisfação das encomendas <strong>dos</strong><br />

clientes em 24 horas. Em Lisboa temos entregas<br />

bi-diárias.<br />

“A estratégia de crescimento assenta no<br />

aumento de notoriedade das marcas”<br />

Que apoio estão a dar aos vossos clientes,<br />

a nível de formação técnica, marketing e<br />

gestão?<br />

Dispomos de um manual de parceiro que<br />

engloba uma série de ferramentas, como o<br />

<strong>dos</strong>sier de formação, que vai desde a área<br />

comportamental, até à gestão e formação<br />

técnica, que resulta do levantamento das<br />

Continental <strong>Pneus</strong> SA<br />

20 anos de história<br />

Quando a Continental inicia em 1995 o<br />

processo de comercialização em Portugal,<br />

os primeiros cinco anos de atividade são<br />

marcantes. A presença já consolidada de<br />

marcas internacionais no mercado português<br />

representava um enorme desafio.<br />

Para além de que passou a ser detentora de<br />

uma marca portuguesa – a Mabor – com<br />

uma forte ligação emocional e notoriedade<br />

em Portugal mas que precisava de reforçar<br />

a sua presença.<br />

w 2000/2005 – Foi o período dedicado a<br />

afirmar a marca Continental como uma<br />

alternativa no mercado enquanto marca<br />

premium, para que esta ganhasse relevância<br />

no negócio <strong>dos</strong> pneus.<br />

w 2005/2010 – Crescimento da Continental<br />

pela força das segundas marcas através<br />

de um trabalho constante de lançamento<br />

de novos produtos e novos conceitos como<br />

a mobilidade alargada. A Continental passou<br />

a ser olhada como mais do que uma<br />

marca de pneus e a ser reconhecida pela<br />

forma pioneira como aborda o mercado.<br />

w A partir de 2010 - consolidação no<br />

processo de abordagem ao ponto de<br />

venda – intervir e colaborar com os<br />

players, apostando num crescimento<br />

global e multicanal. Apresentação ao<br />

mercado de conceitos de rede, e assumindo<br />

uma posição de liderança na<br />

forma como aborda o mercado e as suas<br />

necessidades, tentando antecipar as suas<br />

movimentações.<br />

w <strong>2015</strong> – A equipa atual é constituída<br />

por cerca de meia centena de colaboradores.<br />

Apesar do espaço físico estar<br />

localizado em Vila Nova de Famalicão,<br />

a Continental <strong>Pneus</strong> SA tem uma forte<br />

equipa comercial que garante ampla cobertura<br />

geográfica e que permite que a<br />

Continental esteja representada de norte<br />

a sul do país, bem como nas ilhas.<br />

A estrutura orgânica é constituída pela<br />

área Comercial (veículos pesa<strong>dos</strong> e industriais<br />

e veículos ligeiros), Logística,<br />

departamento Financeiro, Marketing<br />

(Comunicação e Intelligence), sob a alçada<br />

de uma Direção Geral.<br />

32 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


necessidades <strong>dos</strong> pontos de venda e é continuamente<br />

“trabalhada” e atualizada.<br />

Está satisfeito com a notoriedade das marcas<br />

que comercializa?<br />

Claramente a marca com maior força e<br />

notoriedade dentro do nosso universo é a<br />

Continental, quer no que se refere aos profissionais<br />

do setor, quer no público em geral.<br />

Além desta, temos no portfólio mais duas<br />

marcas que têm eleva<strong>dos</strong> níveis de notoriedade:<br />

a Uniroyal e a Mabor. A Uniroyal pela<br />

vasta gama de produtos que disponibiliza.<br />

A Mabor por ser uma marca portuguesa que<br />

ainda hoje goza de grande notoriedade. Temos<br />

feito também um esforço grande no<br />

desenvolvimento e implementação da Barum,<br />

estando esta a demonstrar índices de<br />

aceitação bastante interessantes.<br />

O que tenciona fazer para aumentar a notoriedade<br />

dessas marcas no mercado?<br />

Iremos continuar a trabalhar a notoriedade<br />

das nossas marcas junto <strong>dos</strong> nossos agentes,<br />

distribuidores e revendedores, <strong>dos</strong> profissionais<br />

do setor. A desenvolver campanhas específicas<br />

B2B, que nos permite o incremento da<br />

marca no ponto de venda. Reforço de ações<br />

de comunicação B2C no ponto de venda com<br />

criação de valor para os nossos parceiros. Mas<br />

também continuaremos a apostar no reforço<br />

da notoriedade e projeção das diferentes marcas<br />

junto do consumidor final. Manteremos o<br />

investimento em publicidade tradicional e nos<br />

novos canais e na associação a determinadas<br />

ações e eventos. A nossa marca premium Continental<br />

continuará a apostar no futebol como<br />

plataforma global de comunicação, mantendo<br />

esta ligação, por exemplo, no decorrer da fase<br />

de apuramento para o Euro 2016.<br />

Está nos objetivos da Continental <strong>Pneus</strong><br />

Portugal criar uma rede de oficinas a exemplo<br />

do que existe em Espanha com a Best<br />

Drive?<br />

A Best Drive é desenvolvida tendo por<br />

base um conceito de franchising. Em Portugal<br />

a nossa atuação assenta na fidelização<br />

- Agente Recomendado Continental – com<br />

diferentes players. Neste conceito criamos<br />

um conjunto de mecanismos e ferramentas<br />

que permitem ao ponto de venda dinamizar<br />

o seu negócio.<br />

Temos também o projeto Contiservice, que<br />

assenta numa cooperação mais alargada<br />

entre as partes envolvidas que passa pela<br />

implementação da imagem Continental.<br />

Que objetivos se propõem atingir em <strong>2015</strong>?<br />

O nosso principal objetivo em <strong>2015</strong> é reforçar<br />

a presença de todas as marcas do<br />

universo Continental no mercado nacional<br />

e manter segundo os da<strong>dos</strong> de mercado e<br />

análises internas da Continental a liderança<br />

de mercado alcançada desde 2013.<br />

PUB<br />

A Continental define um plano de<br />

comunicação para cada uma das marcas<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 33


Entrevista José Luis de la Fuente<br />

Venda de pneus em Portugal<br />

<strong>2015</strong> é o ano de recuperação<br />

Entre 2009 e 2012 o mercado de pneus a nível<br />

nacional decaiu cerca de 18,9%. Desde então<br />

tem vindo a recuperar lentamente, sendo<br />

expectável que em <strong>2015</strong> a recuperação do<br />

mercado atinja a quase totalidade desse valor<br />

Só em 2013, o mercado total de pneus cresceu cerca de 12%. O maior<br />

crescimento deu-se no segmento UHP (Ultra High Performance)<br />

representado por jantes superiores a 17 polegadas. Entre 2009 e <strong>2015</strong> o<br />

mercado neste segmento irá aumentar cerca de 65%.<br />

Outro indicador de mercado importante e a ter em conta é o crescimento<br />

das vendas de pneus para veículos comerciais que assinala a recuperação<br />

económica de um país que revela disponibilidade das empresas para investir<br />

e realizar negócio, movimentando mercadorias.<br />

w Considera que há uma maior procura de pneus económicos, devido<br />

à situação de crise que se vive no país?<br />

Os da<strong>dos</strong> revela<strong>dos</strong> pela ETREMA (European Tyre and Rubber Manufacturers<br />

Association), mostram um crescimento do segmento premium<br />

na ordem <strong>dos</strong> 10% e uma estabilização em 2014, no segmento budget.<br />

O que nos permite aferir que embora a procura de pneus económicos<br />

seja uma realidade, a consciencialização do consumidor para a questão<br />

da segurança faz balancear a opção pelas soluções mais economicistas<br />

na altura da troca <strong>dos</strong> pneus.<br />

São inúmeros os testes comparativos efetua<strong>dos</strong> anualmente por diferentes<br />

instituições e associações, independentes <strong>dos</strong> fabricantes. E os resulta<strong>dos</strong><br />

<strong>dos</strong> testes demonstram que as caraterísticas de manuseamento <strong>dos</strong> pneus<br />

provenientes do Oriente ficam muito atrás <strong>dos</strong> equipamentos produzi<strong>dos</strong><br />

na Europa. A diferença em distância de travagem a uma velocidade de<br />

cerca de 100 Km/h, entre os pneus premium e os pneus asiáticos, pode<br />

atingir cerca de 24 metros. No que se refere ao aquaplaning, o resultado<br />

<strong>dos</strong> testes é igualmente pobre. No final de 2014, os especialistas da revista<br />

alemã, Autobild, testaram pneus de proeminentes produtores europeus,<br />

americanos e asiáticos, mas que são fabrica<strong>dos</strong> na China e destina<strong>dos</strong><br />

ao mercado doméstico. Os pneus não foram aprova<strong>dos</strong> para venda na<br />

União Europeia.<br />

“Na atual<br />

conjuntura e<br />

naquilo que<br />

se prevê que<br />

seja a evolução<br />

deste mercado<br />

nos próximos<br />

anos, a aposta<br />

nas redes será<br />

cada vez mais<br />

uma realidade<br />

incontornável”<br />

w Qual a sua opinião em relação à venda de pneus usa<strong>dos</strong>?<br />

O comércio de pneus usa<strong>dos</strong> é uma realidade incontornável no atual<br />

mercado. A Continental tem uma opinião muito clara sobre os perigos<br />

de colocação e utilização de pneus usa<strong>dos</strong>, sobretudo os que têm um<br />

passado desconhecido e ou duvi<strong>dos</strong>o, uma vez que não é possível saber<br />

a que tipo de utilização e manutenção estiveram expostos, podendo os<br />

mesmos estar danifica<strong>dos</strong> a ponto de os tornar impróprios para uso. O<br />

que a Continental recomenda aos automobilistas é que não comprem ou<br />

utilizem pneus usa<strong>dos</strong> se não tiverem a certeza do seu passado.<br />

w Hoje em dia, quais são os factores que os clientes mais valorizam,<br />

ao escolherem uma marca de pneus?<br />

Um <strong>dos</strong> fatores incontornáveis no processo de compra é o preço, mas neste<br />

negócio, o comportamento em travagem e segurança são dois critérios<br />

extraordinariamente relevantes na escolha de uma marca de pneus. Naturalmente<br />

que a notoriedade da marca e a recomendação do ponto de<br />

venda influem na escolha da marca de pneus.<br />

w Como analisa a reestruturação das casas de pneus em oficinas de<br />

mecânica e de serviços rápi<strong>dos</strong>?<br />

Não existe uma resposta única a esta questão. O que existe no mercado<br />

são casas com uma abordagem única como casas de pneus e outras que<br />

oferecem outro tipo de serviços. As casas de pneus deverão acrescentar<br />

valor. Acima de tudo as oficinas devem ter em atenção as necessidades <strong>dos</strong><br />

seus clientes e os fatores que podem ser decisivos para a sua fidelização.<br />

Não comprometendo a qualidade e o nível do serviço prestado devem<br />

procurar abordar o máximo de serviços para os quais possuem competências.<br />

A estratégia passa não pela maximização do lucro pelo volume<br />

de unidades de um único produto vendido, mas pela maximização do<br />

volume de negócios com um cliente. A partir do momento em que um<br />

cliente entra numa oficina, tudo o que uma viatura possa precisar deve<br />

estar disponível no ponto de venda para que o cliente saia mais satisfeito<br />

com o resultado final.<br />

w Que grandes oportunidades e desafios existem atualmente no comércio<br />

de pneus em Portugal?<br />

O mercado de pneus em Portugal, tal como em outros países europeus,<br />

está cada vez mais dinâmico e global, mas também mais competitivo.<br />

Desafio: a dinamização do retalho é conseguir estar ao lado do ponto<br />

de venda, para os apoiar nas mudanças necessárias para responder aos<br />

desafios do mercado.<br />

Oportunidades: O desenvolvimento do segmento de alta performance<br />

(UHP) em Portugal que tem vindo a crescer e irá crescer nos próximos<br />

anos. Outra grande oportunidade neste mercado é a aposta que a Continental<br />

tem vindo a fazer na mobilidade alargada e na disponibilização<br />

de produtos e soluções inovadoras a pensar na segurança <strong>dos</strong> condutores,<br />

como é o caso <strong>dos</strong> pneus runflat, o ContiSeal, ou os kits de reparação de<br />

furos, o ContiConfortKit. Soluções que apoiam o condutor e o automóvel<br />

na sua mobilidade e na resolução de eventuais constrangimentos à sua<br />

deslocação provoca<strong>dos</strong> por problemas nos pneus.<br />

34 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 35


Notícias Mercado<br />

Continental em destaque na CES <strong>2015</strong><br />

Soluções Continental<br />

para veículos inteligentes<br />

Na Consumer Electronics Show <strong>2015</strong>, que<br />

decorreu em Las Vegas entre 6 e 9 de<br />

janeiro, a Continental destacou a forma<br />

como a eletrónica automóvel tira partido<br />

da ligação do veículo à nuvem (Cloud).“O<br />

poder da mobilidade inteligente” foi o tema<br />

que representou a empresa nesta mostra<br />

tecnológica.<br />

“Na CES <strong>2015</strong> demonstrámos como o<br />

mundo online está a evoluir rapidamente<br />

para tornar os nossos veículos mais atraentes,<br />

seguros e eficientes. Por isso apresentámos<br />

aos nossos clientes soluções prontas<br />

a comercializar para veículos inteligentes,”<br />

disse Helmut Matschi, membro do Conselho<br />

de Administração da Continental.<br />

No centro das inovações da Continental<br />

esteve o Horizonte Dinâmico Eletrónico<br />

(eHorizon). Juntamente com a IBM e com<br />

a empresa de localização em nuvem HERE,<br />

a Continental transforma o mapa digital<br />

num sensor de alta precisão e em constante<br />

atualização que pode ser usado para muito<br />

mais do que a simples navegação.<br />

“Com o eHorizon dinâmico temos a capacidade<br />

de incorporar eventos dinâmicos,<br />

como o tempo, o trânsito ou locais em<br />

obras na rota do mapa digital e fazer com<br />

que esta informação esteja disponível nos<br />

componentes eletrónicos do veículo” disse<br />

Matschi. A informação é reunida a partir<br />

de várias fontes com base no princípio do<br />

crowd-sourcing. “Na verdade, o eHorizon<br />

dinâmico transforma os carros em sensores<br />

em movimento, trocando constantemente<br />

da<strong>dos</strong> com a nuvem ao longo do percurso”,<br />

concluiu.<br />

Smartwatch permite<br />

novas tecnologias de acesso<br />

Domingos e Morgado<br />

apresenta campanhas<br />

para <strong>2015</strong><br />

A Domingos & Morgado, no seguimento<br />

da sua política de “Rumo<br />

à Excelência”, acaba de lançar no<br />

mercado uma nova série de agressivas<br />

Campanhas Comerciais em<br />

parceria com a John Bean. Esta<br />

campanha abrange as gamas de<br />

Alinhadoras, Equilibradoras e Desmontadoras.<br />

Estas campanhas, que<br />

abrangem três das grandes famílias<br />

do Equipamento para <strong>Pneus</strong>,<br />

são uma espécie de presente de<br />

boas vindas ao ano <strong>2015</strong>, visando<br />

permitir aos operadores do ramo<br />

<strong>dos</strong> pneus iniciar o ano com acesso<br />

facilitado à Nova Gama de Equilibradoras<br />

e Alinhadoras John Bean.<br />

Embora sem modificações tão espetaculares<br />

como as Alinhadoras e<br />

Equilibradoras, também a presente<br />

Gama de Desmontadoras foi inteiramente<br />

revista, contendo algumas<br />

mais-valias dignas de nota, com<br />

preços muito competitivos. 

Assim,<br />

todas a Gama de Equilibradoras<br />

BFH da John Bean passam a disponibilizar<br />

Laser e Smart Sonar de<br />

série, assim como passam todas a<br />

operar no novo Short Cycle de equilibragem,<br />

o que as torna – muito<br />

possivelmente – as mais rápidas<br />

equilibradoras do mercado.Domingos<br />

& Morgado 2 Equipamentos,<br />

Lda. 

Quanto à Gama das Alinhadoras,<br />

tanto a V2200 como a V2300<br />

estão dotadas de tecnologia UHR<br />

e o novo software Pro42, os quais<br />

contribuem, e de que maneira,<br />

para o extraordinário desempenho<br />

apresentado por estas máquinas.<br />

36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2015</strong>


Mitas Premium É ESCOLHA<br />

DOS MAIORES FABRICANTES DE TRATORES<br />

Os principais fabricantes de maquinaria<br />

agrícola começaram a montar<br />

pneus Mitas Premium em substituição<br />

<strong>dos</strong> pneus da marca Continental. Como<br />

já foi anunciado pela Mitas, os pneus Mitas<br />

Premium vão substituir os pneus da<br />

marca Continental em toda a maquinaria<br />

fabricada a partir de janeiro de <strong>2015</strong>. Os<br />

pneus agrícolas incluí<strong>dos</strong> na linha de produtos<br />

Mitas Premium foram desenha<strong>dos</strong><br />

para tratores de potência elevada. Entre<br />

estes pneus encontram-se os Very High<br />

Flexion (VF) como os HC1000, HC2000 e<br />

os Super Flexion Tyres (SFT).

 Os principais<br />

fabricantes de tratores como a AGCO,<br />

a CLAAS, a Case IH, a John Deere e Same<br />

Deutz-Fahr já estão a montar pneus da<br />

Mitas nos seus veículos.<br />

AF_Tugapneus(hr).pdf 1 04/02/15 13:31<br />

PUB<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

TOYO EQUIPA<br />

de origem novo Mazda 2<br />

Toyo, marca japonesa representada<br />

em Portugal<br />

A<br />

pela Dispnal, foi escolhida<br />

pela Mazda para equipar de<br />

origem o novo Mazda 2, que<br />

será lançado na Europa no<br />

primeiro trimestre de <strong>2015</strong>,<br />

tendo sido já premiado como<br />

Carro do Ano no Japão, com<br />

a versão japonesa do modelo<br />

K<br />

denominada Mazda Demio.<br />

O Proxes R39 na medida<br />

185/60R16 86H foi o pneu<br />

escolhido como equipamento<br />

original para o novo Mazda 2,<br />

oferecendo uma combinação<br />

de economia de combustível e<br />

performance, garantindo um<br />

elevado nível de segurança,<br />

durabilidade e conforto.<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

Rua Serpa Pinto, 161 | 4050-585 Porto<br />

Tel.: 229 687 004 | Fax: 229 686 472<br />

Email: geral@tugapneus.pt | www.tugapneus.pt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 37


Notícias Mercado<br />

Trelleborg galardoada<br />

com prémio FinOvation<br />

A tecnologia Progressive Traction<br />

foi galardoada com o prémio<br />

FinOvation durante a edição do<br />

Farm Machinery Show, que aconteceu<br />

entre os dias 11 e 14 de fevereiro<br />

em Louisville, Kentucky.<br />

O prémio da feira reconhece e<br />

recompensa os produtos mais<br />

inovadores e interessantes da indústria<br />

agrícola. A Farm Industry<br />

News seleciona cuida<strong>dos</strong>amente<br />

os melhores produtos que mais<br />

interesse tiveram para os seus<br />

leitores ao longo do ano.<br />

Michelin equipa DESPORTIVOS DE DETROIT<br />

Depois da apresentação<br />

do novo Ford GT no Salão<br />

Automóvel de Detroit,<br />

a marca americana da oval<br />

azul anunciou que o seu<br />

novo superdesportivo vai<br />

montar pneus Michelin Pilot<br />

Sport Cup 2 de 20” que utilizam<br />

um composto único<br />

desenvolvido especificamente<br />

para este pneu. As<br />

medidas ainda não foram<br />

anunciadas. Também em<br />

pleno Salão de Detroit, a<br />

Ford mostrou o Mustang<br />

Shelby GT350R que também<br />

vai utilizar pneus da<br />

marca francesa, os mesmos<br />

Pilot Sport Cup 2 nas medidas<br />

19x11 à frente e 19x11,5<br />

atrás.

A Michelin vai ainda<br />

ser equipamento de série<br />

do novo Chevrolet Corvette<br />

Z06 e do Cadillac ATS-V e<br />

CTS-V. Estes modelos continuam<br />

a equipar os Pilot<br />

Super Sport<br />

Piero Mancinelli, diretor de investigação<br />

e desenvolvimento<br />

de pneus agrícolas e florestais na<br />

Trelleborg Wheels Systems afirmou:<br />

“Ser nomeado Machine of<br />

the year 2014, na Agritécnica 2013,<br />

na Siver Ears 2013, na Agribex 2013<br />

e agora ganhar o prémio <strong>dos</strong> leitores<br />

da Farm Industry, FinOvation,<br />

fala por si. 

Estamos orgulhosos<br />

que a indústria agrícola reconheça<br />

o compromisso da Trelleborg em<br />

desenvolver continuamente soluções<br />

que melhorem a eficiência,<br />

a produtividade e a sustentabilidade<br />

da agricultura moderna. 

O<br />

pneu Progressive Traction é um<br />

novo conceito em pneus agrícolas,<br />

especificamente desenha<strong>dos</strong><br />

para melhorar a eficiência da agricultura<br />

graça ao seu duplo taco.<br />

Operando no piso em diferentes<br />

momentos, o taco duplo proporciona<br />

progressivamente maior<br />

tração quando for necessário. 

O<br />

duplo taco melhora a capacidade<br />

de flutuação, garantindo assim<br />

uma distribuição da pressão sobre<br />

o espaço no piso, extra largo.<br />

Ford Mustang<br />

Shelby GT350R<br />

equipa pneus<br />

Michelin Pilot<br />

LUIS HERNÁNDEZ diretor de Marketing Kumho Tyre<br />

Luis Hernández foi nomeado diretor de<br />

Marketing da Kumho Tyre para Espanha e<br />

Portugal. Esta nova responsabilidade soma-<br />

-se às suas atuais funções como diretor<br />

Comercial que leva a cabo já há dois anos.<br />

Luis Hernández, licenciado em Marketing e<br />

Vendas, com pós-graduação na IESE, possui<br />

uma vasta experiência de mais de 22 anos<br />

no sector. Desde fevereiro de 2013 que<br />

desempenha a sua carreira na Kumho Tyre<br />

como diretor Comercial, funções a que agora<br />

acrescenta as de marketing para a Península<br />

Ibérica. O novo diretor de Marketing<br />

da Kumho assume esta responsabilidade<br />

com o objetivo de converter esta área numa<br />

arma estratégica no crescimento da Kumho<br />

e fazer da companhia, líder em merca<strong>dos</strong><br />

asiáticos, uma marca de referência em Espanha<br />

e Portugal.<br />

Luis Hernández começou a sua trajetória<br />

profissional na Continental como Key Account.<br />

Depois passou para a Pirelli onde, entre<br />

outros postos, se encarregou da direção<br />

de Vendas para Nova Distribuição. Após esta<br />

etapa trabalhou na Uniroyal como Product<br />

Manager. Posteriormente, voltou ao setor da<br />

oficina ao assumir na First Stop, primeiro,<br />

o cargo de responsável da Área de Operações<br />

e, mais tarde, o da Área Marketing. Já<br />

em 2013, chegou à Kumho como diretor<br />

Comercial Espanha e Portugal.<br />

38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2015</strong>


Qualidade<br />

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////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////<br />

Retificação<br />

Na tabela TOP 50 publicada na<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> nº 29, edição<br />

dezembro de 2014, foi referido<br />

erradamente que o volume<br />

de negócios da empresa José<br />

Lourenço <strong>Pneus</strong> e Combustíveis,<br />

Lda., inclui combustíveis. A empresa<br />

unicamente vende pneus e serviços<br />

inerentes aos mesmos. O Grupo José<br />

Lourenço vende combustível, mas é<br />

através da empresa José Lourenço &<br />

Filhos, Lda.<br />

///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////<br />

<strong>Revista</strong> Independente de Pneumáticos e Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

Nº 29 ● dezembro 2014 ● Ano VII ● 5 Euros<br />

Dossier<br />

<strong>Pneus</strong><br />

Premium<br />

Destaque<br />

TOP 50<br />

Maiores<br />

Distribuidores<br />

<strong>Pneus</strong> 2013<br />

Empresas<br />

Dealpneus<br />

Casa das Jantes<br />

DonTyre<br />

Entrevista<br />

Dominique Aimon<br />

Diretor Comunicação Michelin<br />

Apresentação<br />

Mabor Sport-Jet 3<br />

Serviço<br />

Manutenção de<br />

baterias<br />

Avaliação<br />

obrigatória<br />

Audi S1 Sportback<br />

Destaque<br />

Calendário Pirell <strong>2015</strong><br />

Sexy e irónico<br />

Michelin TRIUNFA NO DAKAR<br />

Michelin triunfou, mais uma vez, na competição<br />

mais dura do mundo. Na 37ª edição<br />

A<br />

do Dakar, os pneus Michelin contribuíram, com<br />

as suas performances, para a vitória <strong>dos</strong> seus<br />

parceiros em três categorias: automóvel, moto<br />

e camião. Assim, Nasser Al-Attiyah (Mini/Michelin),<br />

em automóveis, Marc Coma (KTM/Michelin),<br />

em moto e Mardeev/Belyaev/Svitsunov (Kamaz/<br />

Michelin), em camião, subiram ao mais alto do<br />

pódio. No rali mais conceituado do mundo, os<br />

REVISTA DOS PNEUS _FEB 15 copy.pdf 1 1/19/15 12:55 PM<br />

01_02_Capa.indd 1 09/12/14 10:54<br />

Em automóveis, Nasser<br />

Al-Attiyah venceu pela<br />

2ª vez utilizando pneus<br />

Michelin Latitude C<br />

pneus Michelin Latitude C, na categoria de<br />

automóveis, os Michelin Desert Race e Bib<br />

Mousse na categoria de motos, e os Michelin<br />

XZL, que equipavam os camiões, permitiram<br />

aos pilotos da Michelin dominar uma<br />

prova caracterizada nesta edição pela sua<br />

tremenda dureza e variedade de superfícies.<br />

Assim sendo, o espanhol Marc Coma conseguiu<br />

com esta sua quinta vitória em moto<br />

igualar a lista de prémios de Cyril Despres.<br />

PUB<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 39


Notícias Mercado<br />

O novo Dunlop SP<br />

344 é dirigido às<br />

frotas dedicadas à<br />

distribuição regional<br />

SP 344 com novo composto<br />

Dunlop lança<br />

novos pneus para camião<br />

A Dunlop SP renova a sua gama pneus de direção SP 344<br />

para camiões de transporte regional com o novo SP 344 de 17,5<br />

polegadas<br />

Aúltima geração da bem sucedida série<br />

SP 344 foi concebida especificamente<br />

para se adaptar ao atual panorama de entregas<br />

e solicitações de serviços de transporte<br />

regional.<br />

O principal benefício é a combinação que<br />

reúne o aumento da resistência com uma<br />

boa quilometragem, desgaste uniforme e<br />

excelente desempenho de travagem em<br />

superfícies molhadas.

O SP 344 tem um<br />

novo composto na banda, que proporciona<br />

uma maior potência e melhor aderência<br />

do pneu em piso molhado, em comparação<br />

com o seu antecessor. Em conjunto<br />

com uma carcaça robusta, o novo Dunlop<br />

aumenta a eficiência da frota dedicada a<br />

serviços de transporte regionais.
“O novo<br />

Dunlop SP 344 de 17,5 polegadas é dirigido<br />

às frotas dedicadas à distribuição e ope-<br />

rações regionais”, disse Boris Stevanovic,<br />

Diretor de Marketing de pneus de camião<br />

para a Goodyear Dunlop na Europa, Médio<br />

Oriente e África.<br />

“Neste tipo de serviços uma boa quilometragem,<br />

desgaste uniforme e robustez são<br />

vitais para a eficiência. Decidimos assim<br />

focar-nos nos critérios de rendimento durante<br />

o desenvolvimento do novo SP 344,<br />

de forma a garantir que o pneu cumpre<br />

todas as expectativas nestas áreas. Estamos<br />

convenci<strong>dos</strong> de que o novo pneu, com a<br />

eficiência melhorada, vai dar continuidade<br />

ao sucesso da gama SP 344 “.

As principais<br />

características e benefícios derivam de um<br />

novo composto. Este proporciona uma<br />

maior robustez, caraterística chave para<br />

os pedi<strong>dos</strong> de entrega e serviços em zonas<br />

regionais, e uma maior aderência em<br />

pavimento molhado. Além disso, melhora<br />

a resistência <strong>dos</strong> sulcos. A densidade da<br />

borda e do sulco (blade e groove) do desenho<br />

da banda de rodagem proporciona,<br />

em combinação com o novo composto,<br />

uma boa quilometragem, condução e desgaste<br />

equilibrado. Outra caraterística da<br />

banda é a medida especial do sulco, que<br />

apresenta uma excelente capacidade de<br />

desalojamento de pedras.

<br />

Os novos pneus de direção Dunlop SP 344<br />

estão disponíveis desde dezembro de 2014<br />

nas medidas 245 / 70R17.5 136 / 134m TL e<br />

265 / 70R17.5 139 / 136m TL. Em relação às<br />

classificações da etiqueta europeia, ambos<br />

os pneus são classifica<strong>dos</strong> como categoria<br />

B para aderência em piso molhado e D em<br />

eficiência de combustível. A categoria de<br />

ruído externo é de 71 dB e de duas ondas<br />

para o 245 / 70R17.5 e 265 / 70R17.5 139 /<br />

136m é rotulado com 73 dB e duas ondas.<br />

40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2015</strong>


BRIDGESTONE anuncia novas tecnologias<br />

AA Bridgestone anunciou o<br />

desenvolvimento de uma<br />

nova tecnologia que irá permitir<br />

estimar tanto o desgaste <strong>dos</strong><br />

pneus, como a profundidade do<br />

seu piso. Esta tecnologia inovadora<br />

é baseada no conceito CAIS<br />

(Informações Sensoriais sobre a<br />

Área de Contato do Pneu). À<br />

medida que o piso do pneu se<br />

desgasta, a sua capacidade de<br />

aderência em pisos molha<strong>dos</strong><br />

tende a diminuir. Além disso,<br />

um pneu que demonstre um<br />

extremo desgaste potencia um<br />

maior risco de avaria do próprio<br />

veículo. A nova tecnologia utiliza<br />

sensores liga<strong>dos</strong> ao interior de<br />

pneus que permitem obter informações<br />

sobre as alterações na<br />

condição do piso durante a condução.<br />

Ao analisar esta informação,<br />

o condutor conseguirá, em<br />

tempo real, identificar quais as<br />

condições de desgaste do pneu.<br />

Ao fornecer aos condutores informação<br />

em tempo real acerca<br />

do estado <strong>dos</strong> seus pneus – tais<br />

como a profundidade do piso<br />

e, consequentemente o seu<br />

desgaste – esta tecnologia da<br />

Bridgestone irá contribuir para<br />

a melhoria das condições de condução,<br />

ao permitir que os seus<br />

utilizadores possam prever qual<br />

o momento mais adequado para<br />

a substituição <strong>dos</strong> mesmos.<br />

Ao trazer esta nova tecnologia<br />

para a aplicação prática, a Bridgestone<br />

espera ajudar os seus<br />

clientes a reduzir custos e continua<br />

a apoiar a segurança na experiência<br />

de condução através do<br />

desenvolvimento de tecnologias<br />

inovadoras.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 41


Notícias Mercado<br />

Gama Conti.eContact<br />

Continental lança pneus<br />

ELÉTRICOS E HÍBRIDOS<br />

A Continental tem dois pneus no seu portfólio que são<br />

especialmente concebi<strong>dos</strong> para veículos elétricos e híbri<strong>dos</strong>.<br />

Ambos são fabrica<strong>dos</strong> com a designação Conti.eContact, mas cada<br />

um deles é direcionado para um sistema de transmissão específico<br />

Vipal lança piso<br />

para a neve<br />

A Vipal lançou o piso VT190,<br />

desenvolvido especificamente<br />

para as condições de neve e<br />

lama, encontradas no inverno<br />

europeu. A Vipal Borrachas acredita<br />

na importância de inovar<br />

e criar produtos que melhor<br />

atendam às necessidades de<br />

cada um <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> em que<br />

atua. Por isso, o líder na América<br />

Latina e um <strong>dos</strong> maiores fabricantes<br />

mundiais de produtos<br />

para a recauchutagem de pneus<br />

investiu em lançamentos como<br />

a nova banda VT190, ideal para<br />

as condições encontradas na<br />

Europa.<br />

OConti.eContact de 20 polegadas para<br />

veículos elétricos tem uma resistência<br />

ao rolamento impressionante, que é<br />

cerca de 30% mais baixa do que a verificada<br />

nos pneus convencionais. Os Conti.<br />

eContact de 17 ou 18 polegadas para<br />

Conti.eContact é o novo pneu da<br />

Continental para veículos elétricos<br />

híbri<strong>dos</strong> podem oferecer “apenas” 20%<br />

menos de resistência ao rolamento, mas<br />

estes pneus também podem ser utilizado<br />

em carros potentes, como os SUVs.

 Ao<br />

mesmo tempo, ambos os pneus com baixa<br />

resistência ao rolamento proporcionam<br />

um desempenho impressionante, tantos<br />

em piso seco como em piso molhado.<br />

Assim, a Continental pode fornecer fabricantes<br />

de automóveis elétricos com pneus<br />

que podem, teoricamente, aumentar até<br />

6% a autonomia <strong>dos</strong> seus modelos – um<br />

argumento que pode ajudar a convencer<br />

os condutores das vantagens da mobilidade<br />

elétrica. 

E, graças à sua reduzida<br />

resistência ao rolamento, os Conti.eContact<br />

para híbri<strong>dos</strong> permitem que estes<br />

automóveis façam maiores distâncias no<br />

modo elétrico, o que não só é benéfico<br />

para o ambiente, como também reduz os<br />

custos de funcionamento. Os pneus da<br />

gama Conti.eContact já tiveram a aprovação<br />

da VW e da Renault e a Continental<br />

espera aprovações <strong>dos</strong> maiores fabricantes<br />

de automóveis alemães e europeus<br />

ao longo deste ano. 

<br />

Dispnal apresenta<br />

Nankang ECO-2+<br />

O novo Nankang Econex<br />

ECO-2+ é certificado pela TÜV<br />

SÜD, uma das organizações de<br />

serviços mais credível, sendo a<br />

Nankang o primeiro e único fabricante<br />

de pneus, em Taiwan,<br />

entre os poucos no mundo obter<br />

o certificado TUV. O teste TÜV<br />

SÜD realizado ao ECO-2+ contra<br />

três principais concorrentes<br />

europeus, mostra que este pneu<br />

tem um excelente desempenho,<br />

especialmente em condições<br />

molhadas, além de uma excelente<br />

economia de combustível.<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2015</strong>


MOTORTEC AUTOMECHANIKA MADRID<br />

Inovações e soluções para as oficinas<br />

Vai decorrer de 11 a 14 de<br />

março, mais uma edição da<br />

Motortec Automechanika<br />

Madrid, uma feira dedicada<br />

ao aftermarket onde vão ser<br />

apresentadas muitas novidades<br />

para o setor <strong>dos</strong> pneus<br />

Aorganização vai aproveitar ao máximo<br />

o bom momento económico que está<br />

a ocorrer na Europa em geral e em Espanha<br />

e Portugal em particular, estando<br />

previstas ações que na última edição não<br />

foram possíveis de realizar, devido à crise<br />

que se vivia na altura.<br />

O mercado ibérico é uma realidade, existindo<br />

muitas ligações entre as empresas e<br />

profissionais de Espanha e Portugal, com<br />

diversas companhias a gerir os negócios<br />

a nível ibérico e redes de oficinas comuns<br />

aos dois merca<strong>dos</strong>. Por isso, to<strong>dos</strong> têm a<br />

ganhar com a visita à Feira Motortec. Para<br />

os expositores é uma oportunidade de<br />

conquistarem novos clientes, através da<br />

apresentação de novos produtos e serviços.<br />

Tendo em conta que neste momento<br />

o mercado português está mais dinâmico<br />

do que nos anos anteriores e as principais<br />

associações do setor no país estão a fazer<br />

um esforço para ter os associa<strong>dos</strong> presentes,<br />

a organização está convencida de que<br />

a presença de visitantes portugueses irá<br />

crescer comparando com as edições anteriores.<br />

A iniciativa “1000 oficinas para a Motortec”<br />

vai facilitar a logística de visita à feira e<br />

haverá programas dirigi<strong>dos</strong> aos compradores<br />

internacionais, com visitas agendadas<br />

e facilidades para o estabelecimento de<br />

relações entre visitantes e expositores.<br />

Foram criadas áreas inovadoras, espaços<br />

de exposição e muitas atividades paralelas,<br />

para proporcionar o máximo de informação<br />

aos visitantes. Para mais informações<br />

sobre este grande evento ibérico, os interessa<strong>dos</strong><br />

podem consultar o site do evento<br />

em: www.ifema.es/motortec_06/<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 43


Notícias Mercado<br />

GOODYEAR LANÇA oito medidas com classificação AA<br />

Agama EfficientGrip Performance<br />

da Goodyear obteve<br />

uma das mais elevadas classificações<br />

na etiqueta europeia<br />

de pneus. Das 76 medidas no<br />

mercado da gama Efficient Grip<br />

Performance, 8 estão classificadas<br />

com AA, 53 com BA, 2 com<br />

BB, 11 com CA, 1 com BC e 1<br />

com CB. Isto significa que a<br />

Goodyear é uma das empresas<br />

que oferece maior número<br />

de medidas <strong>dos</strong> pneus com a<br />

classificação AA na etiqueta europeia<br />

no mercado atual. As oito<br />

novas medidas AA complementam<br />

a ampla oferta de pneus<br />

Goodyear com classificação<br />

BA, que conta agora com outras<br />

53 medidas do EfficientGrip<br />

Performance com essa mesma<br />

avaliação1.<br />

S. JOSÉ LOGÍSTICA DE PNEUS<br />

nomeado distribuidor exclusivo da Goodride<br />

Depois de ter, desde há<br />

alguns anos, desenvolvido a<br />

marca de pneus Goodride no<br />

mercado nacional, a S. José<br />

Logística de <strong>Pneus</strong> assinou<br />

recentemente um acordo<br />

de exclusividade, para a<br />

distribuição desta marca em<br />

Portugal<br />

A gama Efficient<br />

Grip tem 8<br />

medidas com a<br />

classificação AA<br />

A classificação AA representa<br />

o nível mais alto estabelecido<br />

pelas regulamentações da<br />

etiqueta europeia de pneus e<br />

significa que o pneu consegue<br />

um “A” tanto em eficiência de<br />

combustível como em aderência<br />

em piso molhado. “A” em eficiência<br />

implica que se reduziu a<br />

resistência à rodagem. O lançamento<br />

<strong>dos</strong> pneus AA reforça o<br />

posicionamento da Goodyear<br />

entre os líderes da etiqueta de<br />

pneus e conseguinte compromisso<br />

com a inovação.<br />

Ao mesmo tempo, a Goodyear<br />

continua a solicitar à União Europeia<br />

um maior reforço, já que<br />

considera que as classificações<br />

da etiqueta são uma excelente<br />

forma de informar os consumidores<br />

sobre os benefícios <strong>dos</strong><br />

pneus. Contudo, a etiqueta apenas<br />

tem em consideração três<br />

critérios, enquanto a sua equipa<br />

de desenvolvimento de produto<br />

controla mais de 50 parâmetros<br />

para garantir que pode oferecer<br />

um produto seguro, sólido e de<br />

elevada qualidade”.<br />

“Consideramos da maior importância para<br />

a S. José Logística de <strong>Pneus</strong> a assinatura<br />

deste acordo com esta prestigiada marca<br />

de pneus, que é produzida pelo maior fabricante<br />

de pneus da China, sendo ao mesmo<br />

tempo o 10º maior fabricante mundial de<br />

pneus e o 4º maior fabricante mundial de<br />

pneus de camião. Isto só foi possível depois<br />

do nosso excelente trabalho de desenvolvimento<br />

da marca em Portugal, no que foi<br />

fundamental a ajuda que a qualidade <strong>dos</strong><br />

pneus Goodride nos tem habituado, sendo<br />

neste momento, sem dúvida, uma marca<br />

Quality a preços Budget”, referiu Luis Aniceto,<br />

no momento da assinatura do acordo.<br />

Representante da Goodride esteve<br />

presente em Portugal para assinatura<br />

do acordo de exclusividade<br />

Ao mesmo tempo, a S. José Logística de<br />

<strong>Pneus</strong> irá iniciar um trabalho de desenvolvimento<br />

da marca Goodride na vizinha<br />

Espanha.<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2015</strong>


Kumho patrocina SCHALKE 04<br />

AKumho Tyres assinou um acordo de<br />

patrocínio com o FC Schalke 04 que<br />

vai durar até final da temporada 2016/2017.<br />

Através deste vínculo, o fabricante coreano<br />

vai montar os seus pneus em to<strong>dos</strong> os autocarros<br />

do clube alemão e incluirá a sua<br />

imagem de marca nos diferentes suportes<br />

da equipa. Para a Kumho, este patrocínio<br />

supõe alcançar uma grande repercussão,<br />

não só a nível nacional, mas também a nível<br />

europeu, uma vez que o FC Schalke 04<br />

participa este ano na Liga <strong>dos</strong> Campeões. A<br />

Kumho terá ainda uma presença de relevo<br />

no estádio do clube, o Veltins-Arena. O seu<br />

logótipo vai aparecer junto das portas em<br />

formato 3D, em ecrãs LED e também no<br />

relvado. O fabricante de pneus vai ainda<br />

ter direito a publicidade na revista do clube<br />

e em alguns produtos de merchandising<br />

da loja.<br />

Gama Dayton em<br />

exclusivo na First Stop<br />

A Rede de Oficinas First Stop em<br />

Portugal deu início neste arranque<br />

do ano de <strong>2015</strong>, em exclusivo em<br />

Portugal para os seus clientes, à<br />

comercialização da Gama Dayton,<br />

pneus produzi<strong>dos</strong> pela Bridgestone<br />

e que surgem assim no mercado<br />

luso de forma exclusiva para<br />

a Rede First Stop.<br />

O posicionamento de preço desta<br />

nova gama de pneus Dayton, permitirá<br />

à rede First Stop a sua comercialização<br />

com preços muito<br />

atrativos para o cliente final.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 45


Notícias Mercado<br />

BRIDGESTONE INCREMENTA parceria com Mercedes-Benz<br />

A Bridgestone elevou a sua<br />

parceria de longa data com<br />

a Mercedes-Benz através do<br />

desenvolvimento de dois novos<br />

equipamentos originais<br />

Apartir de agora, quem adquirir os<br />

novos carros Mercedes-Benz GLA e<br />

Classe C poderá desfrutar de uma maior<br />

segurança, performance e eficiência da<br />

tecnologia totalmente personalizada da<br />

Bridgestone.<br />

O novo Dueler H/P da Bridgestone foi<br />

escolhido pela Mercedes-Benz para o<br />

seu mais recente SUV compacto: o GLA.<br />

A Bridgestone irá produzir o pneu em<br />

três medidas: 215/60 R17 96V, 235/50<br />

R18 97H e 235/45 R19 95V para jantes<br />

de 17”, 18” e 19”. Reconheci<strong>dos</strong> pela sua<br />

excepcional durabilidade, fiabilidade e<br />

performance, os pneus Dueler H/P Sport<br />

da Bridgestone prometem retirar o máximo<br />

proveito do veículo, mesmo em<br />

condições desafiantes.<br />

O Mercedes-Benz Classe C irá também<br />

contar com os novos equipamentos de<br />

origem da Bridgestone. As medidas em<br />

jantes de 16” e 17” do Turanza T001 da<br />

Bridgestone foram adaptadas a requisitos<br />

específicos. Os condutores à procura de<br />

O novo Dueler<br />

H/P foi escolhido<br />

pela Mercedes<br />

um verdadeiro desempenho desportivo<br />

poderão optar pelo lendário Potenza<br />

S001 da Bridgestone com jantes de 18”.<br />

O recente pneu de inverno Blizzak LM-32<br />

da Bridgestone foi igualmente escolhido<br />

para completar o equipamento: ao todo,<br />

7 medidas serão desenvolvidas especificamente<br />

para o modelo Classe C.<br />

Pablo Martínez<br />

é novo diretor comercial<br />

Goodyear Dunlop Ibéria<br />

A Goodyear Dunlop Ibéria anunciou<br />

que a partir de dia 1 de janeiro de <strong>2015</strong>,<br />

Pablo Martínez é o novo diretor da<br />

divisão Comercial da empresa para o<br />

mercado ibérico. Nesta nova etapa, tem<br />

como objetivo definir a divisão industrial<br />

como a indiscutível número dois nos<br />

merca<strong>dos</strong> espanhol e português, além de<br />

mantê-la como o pilar fundamental para<br />

conseguir os melhores resulta<strong>dos</strong> para<br />

a empresa. Martínez afirma: “Agrada-me<br />

o desafio que a Goodyear Dunlop me<br />

apresentou com o novo cargo. Devemos<br />

fortalecer a posição de liderança no setor<br />

que temos ocupado nos últimos anos.”<br />

Tecnologia Intellimax da Goodyear VENCE PRÉMIO<br />

Atecnologia de canais IntelliMax da<br />

Goodyear para pneus de pesa<strong>dos</strong>,<br />

que otimiza a resistência à rodagem e<br />

que está disponível para o pneu FUEL-<br />

MAX S, recebeu o Prémio de Inovação<br />

2014 atribuído pela Luxembourg Business<br />

Federation (FEDIL). É a terceira vez em<br />

que os pneus de pesa<strong>dos</strong> da Goodyear<br />

são premia<strong>dos</strong> pela FEDIL nos últimos 5<br />

anos. O júri mostrou-se impressionado<br />

com a tecnologia da Goodyear que<br />

permite que o rendimento do pneu se<br />

mantenha num nível ótimo ao longo da<br />

sua vida útil. O prémio reconhece, uma<br />

vez mais, o elevado nível de inovação e a<br />

grande capacidade de I+D do Centro de<br />

Inovação (GICL) da Goodyear em Colmar-<br />

-Berg (Luxemburgo).<br />

A nova gama de pneus FUELMAX da Goodyear<br />

está focada na eficiência energética.<br />

O pneu de direção FUELMAX S inclui a<br />

tecnologia de canais IntelliMax que otimiza<br />

a resistência à rodagem. Uma técnica<br />

especial de produção permite que<br />

sulcos “ocultos” da banda de rodagem<br />

sejam molda<strong>dos</strong> no pneu.<br />

O prémio<br />

reconhece o<br />

elevado nível<br />

de inovação<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | fevereiro <strong>2015</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 47


Avaliação obrigatória smart forfour prime 71 cv<br />

//////////////////<br />

Tatuar a cidade<br />

Produzida pela Renault na fábrica de Novo Mesto, na Eslovénia,<br />

a segunda geração do smart forfour nasceu para tatuar a<br />

cidade e deixar a sua marca na vida de quem com ele privar.<br />

A REVISTA DOS PNEUS ensaiou a versão de 71 cv com a linha<br />

prime e gostou do que viu e sentiu<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Segundo a smart, o novo forfour consiste num idioma expressivo de design e cores que<br />

personifica a pura alegria de viver. Realidade ou ficção, o facto é que este utilitário seduz<br />

Mais de uma década depois do<br />

modelo da primeira geração,<br />

que era produzido em conjunto<br />

com o Mitsubishi Colt na fábrica<br />

holandesa da NedCar, a smart regressou<br />

ao forfour com mais brilho e apelo do que<br />

nunca. Só que, desta vez, esta segunda geração<br />

provém da fábrica da Renault em Novo<br />

Mesto, na Eslovénia, fruto de um acordo<br />

de cooperação estabelecido entre as duas<br />

marcas. Segundo a smart, o novo forfour<br />

partilha entre 60 a 70% <strong>dos</strong> componentes<br />

com o novo Twingo. Das duas motorizações<br />

disponíveis, por enquanto, para o forfour (71<br />

e 90 cv), a REVISTA DOS PNEUS ensaiou a<br />

menos potente equipada com a linha prime,<br />

que faz disparar o preço em nada menos<br />

do que €2.450.<br />

w POSTURA IRREVERENTE<br />

Com 3,49 metros de comprimento, 1,66<br />

metros de largura e 1,55 metros de altura,<br />

a segunda geração do forfour deve a sua<br />

postura irreverente e o seu ar snobe às linhas<br />

bem conseguidas da carroçaria. As quais não<br />

reuniriam tanto apelo se não fosse a adição<br />

da opcional linha prime. É que para além da<br />

grelha do radiador em preto, as jantes de 15”<br />

com cinco raios duplos na combinação preto<br />

e acabamento de alto brilho, desempenham<br />

um papel decisivo. Depois, os painéis da carroçaria<br />

em vermelho “cadmium” metalizado<br />

(€375) e a célula de segurança “tridion” em<br />

cinzento “cool” (€260), completam o visual<br />

elegante e charmoso deste utilitário de quatro<br />

portas com quatro lugares. Sem contar<br />

com os três acabamentos possíveis para a<br />

grelha do radiador, a smart afirma que são<br />

mais de 40 as combinações possíveis no<br />

novo forfour, contando este com três cores<br />

específicas que não estão disponíveis no seu<br />

“irmão” mais pequeno: a terceira geração<br />

do fortwo (2,69 metros; duas portas; dois<br />

lugares; preço €1.000 inferior).<br />

Com um ângulo de abertura de 85°, as por-<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


tas do novo forfour asseguram um amplo<br />

acesso ao interior. Uma vez lá dentro, saltam<br />

à vista o design jovial e alegre, a qualidade<br />

sofrível de alguns materiais (o som plastificado<br />

proveniente do fecho das portas é<br />

exemplo de que, neste domínio, ainda há<br />

caminho a percorrer, assim a smart queira) e<br />

o espaço bastante razoável para ocupantes<br />

e bagagem. O posto de condução correto<br />

é outra das mais-valias deste utilitário, assim<br />

como o bom gosto evidenciado pelos<br />

acabamentos laca<strong>dos</strong> e teci<strong>dos</strong> colori<strong>dos</strong>.<br />

No interior, a linha prime adorna o forfour<br />

com estofos em pele preta com costuras<br />

brancas, que dispõem de sistema<br />

de aquecimento nos lugares dianteiros. O<br />

equipamento proposto de série convence<br />

sem deslumbrar, indo esta unidade mais<br />

longe ao incluir, para além <strong>dos</strong> supracita<strong>dos</strong><br />

extras, mais €2.215 de opções. A saber:<br />

teto panorâmico com proteção solar (€510),<br />

tapetes em veludo preto (€85), pacote LED<br />

& Sensor (€530), pacote Cool & Audio com<br />

navegação (€620), pacote conforto (€280) e<br />

bancos rebatíveis readyspace (€190).<br />

w CONDUÇÃO ECONÓMICA<br />

Equipado com um motor a gasolina tricilíndrico<br />

naturalmente aspirado, de 999 cc com<br />

71 cv, que dispõe de sistema eco start/stop<br />

e cumpre as normas Euro 6, sendo explorado<br />

por intermédio de uma caixa manual<br />

de cinco velocidades, cujo comando podia<br />

ser mais rápido e mais preciso, o forfour aqui<br />

em análise, apesar de proporcionar prestações<br />

paupérrimas (ainda assim a agulha do<br />

velocímetro toca nos 150 km/h, ainda que<br />

demore a lá chegar), oferece uma condução<br />

fácil, agradável e, sobretudo, económica.<br />

Durante os quatro dias que durou este ensaio,<br />

os valores de consumo medi<strong>dos</strong> pela<br />

REVISTA DOS PNEUS nunca excederam os<br />

5,2 l/100 km em cidade (em estrada nunca<br />

chegou aos 4 l/100 km), cifras que são, sem<br />

dúvida, de enaltecer.<br />

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Avaliação obrigatória<br />

O habitáculo é protegido contra danos por uma concha rígida: a<br />

célula tridion. Os aços de alta resistência forma<strong>dos</strong> a quente e os aços<br />

multifasea<strong>dos</strong> asseguram a máxima rigidez<br />

Michelin Energy Saver<br />

Tudo pela economia<br />

w O smart forfour que a REVISTA DOS PNEUS testou vinha equipado<br />

com Michelin Energy Saver, de medida 165/65R15 81T no eixo dianteiro<br />

e 185/60R15 84T no eixo traseiro. Concebido para veículos urbanos,<br />

monovolumes e berlinas, este pneu da Michelin faz tudo pela economia.<br />

Segundo o fabricante francês, permite poupar, respeita o meio ambiente<br />

e necessita de menos 3 metros de espaço para travar em piso molhado. A<br />

nova geração de sílica que emprega, que substitui quase na totalidade o<br />

negro de carbono, permite reduzir o consumo de combustível e aumentar<br />

a segurança em piso molhado, desempenhado o Durable Security Compound<br />

(DSC), novo composto da banda de rolamento que não contém<br />

óleos aromáticos, um papel preponderante neste domínio.<br />

A quilometragem fora do comum que o Energy Saver anuncia deve-se<br />

ao processo de transformação industrial exclusivo da Michelin: permite<br />

uma combinação de to<strong>dos</strong> os componentes da banda de rolamento, um<br />

perfeito domínio da homogeneidade da mistura e o intercâmbio molecular<br />

entre os 14 diferentes componentes.<br />

smart forfour prime 71 cv<br />

smart forfour prime 71 cv<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

3 cilindros em linha<br />

transversal, traseiro<br />

Cilindrada (cc) 999<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

72,2x81,3<br />

Taxa de compressão 10,5:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 71/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 91/2850<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 12 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção eletrónica multiponto<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

traseira com ESP<br />

Caixa de velocidades<br />

manual de 5+ma<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (Direct Steer)<br />

Diâmetro de viragem (m) 8,65<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (258)<br />

Traseiros (ø mm) tambores (229)<br />

ABS<br />

sim, com EBD+Brake Assist<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

McPherson<br />

Traseira<br />

eixo DeDion<br />

Barra estabilizadora frente/trás<br />

sim/não<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 151<br />

0-100 km/h (s) 15,9<br />

CONSUMOS (l/100 km)<br />

Extra-urbano/Combinado/Urbano 3,8/4,2/4,8<br />

Emissões de CO2 (g/km) 97<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Cx 0,35<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 3495/1665/1554<br />

Distância entre eixos (mm) 2494<br />

Largura de vias frente/trás (mm) 1467/1429<br />

Capacidade do depósito (l) 28<br />

Capacidade da mala (l) 185-975<br />

Peso (kg) 975<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 13,7<br />

Jantes de série fr.-tr.<br />

5Jx15” – 5 1/2Jx15”<br />

<strong>Pneus</strong> de série fr.-tr. 165/65R15 – 185/60R15<br />

PNEUS UNIDADE TESTADA<br />

fr.-tr. Michelin Energy Saver, 165/65R15 81T – 185/60R15 84T<br />

Imposto Único Circulação (IUC) €103,82<br />

Preço (s/ despesas) €14.400<br />

Unidade testada €17.250<br />

Com um diâmetro de viragem entre<br />

passeios de apenas 8,65 metros, a direção<br />

do novo forfour, designada Direct Steer,<br />

confere a este utilitário uma agilidade surpreendente.<br />

Seja a estacionar, a serpentear<br />

por entre o trânsito citadino ou a levar os<br />

975 kg de peso de conjunto pelas estradas<br />

nacionais e autoestradas. A sua assistência<br />

tem sempre o “peso” ideal. Seja qual for o<br />

estilo de condução adotado. Mais preciso,<br />

mais homogéneo e mais confortável do que<br />

o modelo da primeira geração, o novo forfour<br />

dispõe de um eixo dianteiro de nova<br />

conceção que, segundo a smart, adota elementos<br />

do Mercedes-Benz Classe C. Já o eixo<br />

traseiro, aposta no conhecido esquema De<br />

Dion, ainda que otimizado.<br />

Em matéria de segurança, para além de<br />

cinco airbags (frontais; laterais dianteiros;<br />

joelhos para o condutor), fixações Isofix,<br />

sistema de monitorização da pressão <strong>dos</strong><br />

pneus, ABS com EBD e Brake Assist, controlo<br />

de estabilidade e aviso de colisão frontal,<br />

dispositivos presentes de série, o novo forfour<br />

pode ser requisitado, mediante custo<br />

extra, com assistente de faixa de rodagem,<br />

função de aviso de proximidade, radar e câmara<br />

traseira. Resta acrescentar que o novo<br />

forfour é relativamente bem insonorizado e<br />

não revela grande sensibilidade aos ventos<br />

laterais. O que torna a condução agradável.<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 51


Em estrada<br />

//////////////////<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Citroën C1 Airscape Shine 1.2 PureTech<br />

Ritmo urbano<br />

w Se existe facto de que o novo C1 se orgulha é<br />

de saber interpretar na perfeição as necessidades<br />

<strong>dos</strong> condutores urbanos. Pequeno no tamanho<br />

mas grande na atitude, a nova geração<br />

deste citadino francês tem na versão Airscape<br />

Shine animada pelo motor 1.2 PureTech de 82<br />

cv, que traz acoplada caixa manual de cinco<br />

velocidades, uma das suas vertentes mais elitistas.<br />

Até porque basta premir um comando e<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

3 cil. linha,<br />

transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1199<br />

Potência máxima (cv/rpm) 82/5750<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 118/2750<br />

Velocidade máxima (km/h) 170<br />

0-100 km/h (s) 10,9<br />

Consumo (l/100 km) 4,3<br />

Emissões de CO2 (g/km) 99<br />

Preço €13.738<br />

IUC €103,82<br />

esperar alguns segun<strong>dos</strong> para conduzir de cabelos<br />

ao vento, numa solução que se assemelha<br />

mais ao estilo <strong>dos</strong> tetos <strong>dos</strong> automóveis “targa”<br />

do que das capotas <strong>dos</strong> modelos “cabrio”.<br />

Com um estilo minimalista mas bem definido,<br />

que tem nas luzes diurnas de LED e no recorte<br />

<strong>dos</strong> grupos óticos os seus elementos mais marcantes,<br />

o novo C1 faz-se valer de um habitáculo<br />

jovial e funcional, onde a proliferação de<br />

superfícies lacadas resulta bem. O espaço para<br />

ocupantes e bagagem é, claro está, limitado.<br />

Mas melhor, mesmo, é o posto de condução<br />

correto e o nível de equipamento proposto de<br />

série. Equipado com um motor tricilíndrico de<br />

1,2 litros, algo esforçado mas que chega para<br />

as encomendas, este citadino caracteriza-se pelos<br />

consumos reduzi<strong>dos</strong>. A condução é fácil e<br />

confortável. E se for preciso adotar um ritmo<br />

mais vivo, o C1 agarra-se à estrada sem hesitar.<br />

Jaguar XF 3.0 V6 Diesel S Premium Luxury<br />

Garras afiadas<br />

w Pese embora o facto de ter sido recentemente<br />

alvo de pequenos retoques, o XF começa já a<br />

acusar o peso da idade. Ainda assim, continua<br />

a ser um executivo charmoso, elegante e com<br />

as garras afiadas. Sobretudo nesta vitaminada<br />

versão V6 Diesel S de 275 cv, bem explorada<br />

por intermédio de uma caixa automática de<br />

oito velocidades. A cor exterior verde “British<br />

Racing” e as jantes de 19” (duas opções) resultam<br />

muito bem e realçam a pose imperial<br />

deste felino. Para além do estatuto elevado e do<br />

desempenho dinâmico que conjuga conforto<br />

com envolvência, o XF seduz pela qualidade<br />

referencial de materiais, acabamentos e montagem,<br />

pelo nível de equipamento completo<br />

(para mais tendo esta unidade €9.147 de extras),<br />

pelo posto de condução ergonómico e<br />

pelo amplo espaço para ocupantes e bagagem.<br />

Sem esquecer, claro, os inúmeros dispositivos<br />

de segurança.<br />

O motor 3.0 V6 Diesel de 275 cv, que ostenta<br />

a sigla S, imprime um ritmo de condução<br />

célere, refinado e que não revela um apetite<br />

apurado. O som de funcionamento possante<br />

deste bloco quase nos faz esquecer o combustível<br />

que passa pelo interior <strong>dos</strong> seis cilindros<br />

deste executivo britânico. €84.704 (sem extras)<br />

é quanto a Jaguar pede pela versão Premium<br />

Luxury deste XF.<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

6 cil. em V<br />

Diesel, long., diant.<br />

Cilindrada (cc) 2993<br />

Potência máxima (cv/rpm) 275/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 450/2000<br />

Velocidade máxima (km/h) 250<br />

0-100 km/h (s) 6,4<br />

Consumo (l/100 km) 6,0<br />

Emissões de CO2 (g/km) 159<br />

Preço €84.704<br />

IUC €612,67<br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


Peugeot 3008 Style 1.6 HDi<br />

Prioridade à família<br />

w Totalmente vocacionado para a família,<br />

pelas inúmeras soluções de que dispõe, o<br />

crossover 3008 é a companhia ideal para<br />

viajar. O restyling de que foi alvo no ano<br />

passado trouxe-lhe, no exterior, uma nova<br />

grelha, novos pára-choques e novos grupos<br />

óticos. Alterações que foram mais do que<br />

suficientes para torná-lo bem mais moderno<br />

e apelativo face ao modelo antecessor.<br />

Para além do recheado nível de equipamento<br />

Style, este crossover faz-se valer de um posto<br />

de condução confortável, de um habitáculo<br />

espaçoso, versátil e que oferece inúmeros<br />

locais de arrumação, de uma qualidade deveras<br />

convincente, de uma lista de dispositivos<br />

de segurança extensa e de uma bagageira<br />

ampla, que dispõe de abertura bipartida e<br />

duplo piso de carga.<br />

Com 115 cv e 270 Nm (285 com função<br />

Overboost ativada), o 3008 1.6 HDi, com<br />

caixa manual de seis velocidades, é agradável<br />

de conduzir. Não estamos propriamente<br />

perante um modelo que incentive a adotar<br />

um ritmo muito desportivo, devido às suas<br />

características, mas este Peugeot em nada<br />

desilude. Desde que, lá está, se tenha bem<br />

presente a sua volumetria. Mesmo carregado<br />

de passageiros e bagagem, as prestações convencem.<br />

Tal como os consumos.<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

4 cilindros em linha<br />

Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1560<br />

Potência máxima (cv/rpm) 115/3600<br />

Binário máx. (Nm/rpm) 285 overboost/1750<br />

Velocidade máxima (km/h) 181<br />

0-100 km/h (s) 12,2<br />

Consumo (l/100 km) 4,8<br />

Emissões de CO2 (g/km) 125<br />

Preço €29.720<br />

IUC €174,58<br />

VW Beetle 2.0 TDI R Line<br />

Carocha <strong>dos</strong> diabos<br />

w Mesmo equipado com o motor 2.0 TDI de<br />

140 cv, aqui associado a caixa manual de seis<br />

velocidades, o VW Beetle é um carocha <strong>dos</strong><br />

diabos. Tudo porque brinda o condutor com<br />

um desempenho dinâmico de referência, sustentado<br />

pelas jantes de grandes dimensões, suspensão<br />

firme, direção precisa e travões eficazes.<br />

Os 140 cv chegam para imprimir um ritmo de<br />

condução que é capaz de envergonhar muitos<br />

desportivos a gasolina de potência superior. O<br />

banco proporciona um suporte lateral e lombar<br />

de grande nível e os consumos chegam a surpreender<br />

por serem bem comedi<strong>dos</strong>.<br />

Na versão R Line, que implica o dispêndio de<br />

uns adicionais €1.365, o Beetle ganha especial<br />

apelo. É que para além das já mencionadas<br />

Ficha Técnica<br />

Motor<br />

4 cil. em linha<br />

Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1968<br />

Potência máxima (cv/rpm) 140/4200<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 320/1750-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 198<br />

0-100 km/h (s) 9,4<br />

Consumo (l/100 km) 4,9<br />

Emissões de CO2 (g/km) 129<br />

Preço €35.911<br />

IUC €249,47<br />

jantes grandes, o aileron colocado no topo da<br />

bagageira e a cor exterior azul “Reef” que cobre<br />

a carroçaria (€410) confere-lhe uma aparência<br />

vistosa e fora do comum. Se a tudo isto adicionarmos<br />

os opcionais faróis de Xénon (€726), rádio<br />

RCD 510 (€225), preparação para telemóvel<br />

Bluetooth (€335) e sistema de som Fender com<br />

ligação para iPod (€469), estão encontradas as<br />

razões que fazem deste utilitário um verdadeiro<br />

caso de amor à primeira vista. Quem disse que<br />

o Beetle era um automóvel concebido a pensar<br />

apenas no público feminino? Bem, se alguém<br />

o disse, a esta hora deve estar profundamente<br />

arrependido.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 53


Empresa<br />

Garagem da Lapa<br />

Garagem da Lapa I Av. Dr. Mário Brito, 4015 - Perafita, 4455-496 Matosinhos I Gestor: Pedro Pereira<br />

Telefone: 22.941.85.18 I e-mail: pedro.pereira@garagemdalapa.com I Site: www.garagemdalapa.com<br />

Com o objetivo de<br />

atender melhor os muitos<br />

clientes frotistas que têm<br />

aumentado nos últimos<br />

anos, a Garagem da Lapa<br />

inaugurou uma nova loja<br />

First Stop em Perafita<br />

equipada com máquinas<br />

premium da conceituada<br />

marca Corghi<br />

<strong>Pneus</strong> e mecânica<br />

de mãos dadas<br />

Um negócio que tem como atividade<br />

principal os pneus, mas que<br />

assenta em outras quatro áreas<br />

dentro do setor automóvel para<br />

crescer, tem o futuro bem definido. A propósito<br />

da abertura de mais uma loja First<br />

Stop em Perafita, Pedro Pereira, Gestor da<br />

Garagem da Lapa, falou à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

sobre o novo espaço, mas também sobre outros<br />

temas que têm vindo a tornar a área <strong>dos</strong><br />

pneus cada vez mais atrativa e competitiva.<br />

Criada em 1955 e com a atual gerência<br />

desde 1979, a empresa, “Joaquim A. Costa<br />

& Filhos, Lda”, também conhecida por Garagem<br />

da Lapa, conquistou ao longo <strong>dos</strong><br />

anos o carisma de uma das oficinas mais<br />

bem conceituadas ao nível <strong>dos</strong> produtos<br />

que comercializa e <strong>dos</strong> serviços que presta<br />

na Cidade do Porto.<br />

Pedro Pereira, gestor da Garagem da Lapa (4º a contar da esq.), coordena uma equipa de<br />

profissionais com larga experiência, que vieram de outras lojas que o grupo possui no Porto<br />

A empresa, que dispunha até agora de três<br />

estabelecimentos nesta zona do país, um<br />

mesmo no Porto (Sede), um segundo na<br />

Maia e um terceiro em Águas Santas, abriu<br />

uma quarta loja, desta feita em Perafita,<br />

muito próxima ao aeroporto Sá Carneiro.<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> visitou a nova oficina<br />

e falou com Pedro Pereira, que explicou um<br />

pouco do novo espaço, o sucesso da parceria<br />

que mantêm há 18 anos com a First<br />

Stop, marca ligada ao universo Bridgestone,<br />

e como as outras áreas de negócio têm ajudado<br />

a manter a Garagem da Lapa no topo<br />

do comércio do pós-venda automóvel há<br />

sessenta anos.<br />

w CLIENTES FROTISTAS EM CRESCIMENTO<br />

Atualmente, um <strong>dos</strong> grandes pilares da<br />

Garagem da Lapa na loja junto ao Aeroporto<br />

do Porto, é o facto de trabalhar com<br />

praticamente todas as empresas de rent-a-<br />

-car mais importantes (absorvem 90% do<br />

negócio dessas instalações), que utilizam<br />

os atuais espaços para as constantes trocas<br />

de pneus. Dessas visitas frequentes, surgiu a<br />

possibilidade de se fazerem serviços rápi<strong>dos</strong><br />

de manutenção (que no caso da Garagem<br />

da Lapa podem ir até à substituição da embraiagem).<br />

Pedro Pereira diz que não fazia<br />

sentido os clientes deixarem os carros só<br />

para trocar pneus, por isso, a parte oficinal<br />

acaba por ser um excelente complemento.<br />

Como a quantidade de carros era tão grande,<br />

os espaços já existentes acabaram por deixar<br />

de ser suficientes. Assim, a abertura deste<br />

novo local vem facilitar todo o processo de<br />

manutenção <strong>dos</strong> veículos.<br />

A localização da nova oficina também não<br />

foi escolhida ao acaso. Mais perto da estrada<br />

nacional, tem como propósito conquistar os<br />

clientes frotistas, e como a empresa já trabalha<br />

com as maiores locadoras do mercado,<br />

como a Leaseplan, Finlog ou ALD, a preocupação<br />

reside apenas em tornar o espaço<br />

mais visível a to<strong>dos</strong>, o que também beneficia<br />

a conquista de clientes particulares, que não<br />

são o tipo de cliente principal da Garagem<br />

da Lapa no Aeroporto, mas representam<br />

também um potencial muito interessante.<br />

Em relação ao novo espaço, Pedro Pereira<br />

mostra-se satisfeito. “O espaço era utilizado<br />

como armazém. O que fizemos em termos<br />

54 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


A localização da nova oficina tem como propósito conquistar os clientes frotistas,<br />

tornando o espaço mais visível a to<strong>dos</strong>, o que também beneficia a conquista de clientes<br />

particulares e de empresas instaladas na zona<br />

Multiserviços<br />

<strong>Pneus</strong> e serviços<br />

rápi<strong>dos</strong> mecânica<br />

A Garagem da Lapa está apta a realizar<br />

as seguintes operações relacionadas<br />

com a área <strong>dos</strong> pneus:<br />

w Substituição de pneus; Alinhamento<br />

de Direção; Reparação de<br />

furos; Enchimento de pneus a nitrogénio<br />

(Azoto); Equilíbrio de rodas e<br />

Vulcanizações.<br />

Em relação à parte da mecânica, os<br />

serviços também são muitos, varia<strong>dos</strong><br />

e completos:<br />

w Montagem de Embraiagens, Pastilhas<br />

de travão, Discos, Amortecedores,<br />

Filtros, Baterias, Correias; Testes<br />

de Pré-Inspeção; Teste de travões;<br />

Teste de suspensão; Detetor de folgas;<br />

Análise de gases; Limpeza de injetores;<br />

Focagem de faróis; Mudança<br />

de Óleo; Lubrificação e Parafinação.<br />

As instalações da Garagem da Lapa em Perafita, destacam-se pelo espaço amplo e muito<br />

bem organizado, com máquinas da última geração da marca Corghi<br />

de investimento foram as obras de adaptação<br />

e comprámos o equipamento. Pegamos<br />

nisto e fizemos obras. Como estava vazio, foi<br />

muito fácil fazer o que queríamos. Adaptar<br />

seria mais complicado. Tudo foi feito de raiz,<br />

desde a instalação <strong>dos</strong> ares condiciona<strong>dos</strong>,<br />

das máquinas, ao escritório, foi tudo novo”.<br />

Orgulhoso com a nova loja, Pedro Pereira<br />

fala mais sobre este espaço e sobre a própria<br />

empresa, “aqui temos seis locais para<br />

colocar os carros, três esteiras para a troca<br />

de pneus e mais três elevadores para a mecânica,<br />

para além da máquina e do elevador<br />

de alinhamento. Só para ligeiros ou veículos<br />

comerciais até 3500 kg. Não trabalhamos<br />

com veículos pesa<strong>dos</strong>. Em termos de funcionários,<br />

pegámos nos nossos próprios<br />

recursos humanos, reorganizamos a estrutura,<br />

trouxemos gente da loja do Porto,<br />

gente com experiência e que os clientes já<br />

conhecem e, basicamente, dividimos os recursos<br />

humanos pelas várias casas. Estamos<br />

a trabalhar a 100% e com muita qualidade.”<br />

w 60 ANOS DE EXPERIÊNCIA<br />

A experiência e o reconhecimento de<br />

sessenta anos de trabalho nesta área são<br />

mais do que suficientes para dar confiança<br />

relativamente aos próximo anos.<br />

Uma matéria que não preocupa este<br />

gestor comercial são os pneus budget.<br />

Como trabalham com as rent-a-car e com<br />

locadoras, a aposta destas empresas recai<br />

normalmente em pneus Premium, mas, por<br />

exemplo, também comercializam a marca<br />

Dayton, a marca mais barata da Bridgestone,<br />

que Pedro Pereira garante ter qualidade e<br />

um preço muito competitivo, por isso não<br />

será nunca um mau produto.<br />

Apesar das pessoas continuarem à procura<br />

de preço e quando entram na Garagem<br />

da Lapa já têm o mercado estudado,<br />

a etiqueta de pneus continua a ser cada<br />

vez mais uma forma <strong>dos</strong> clientes entenderem<br />

o que é bom e o que é menos bom,<br />

ainda que, como o próprio fez questão<br />

de referir, o preço continua a ser um fator<br />

primordial na compra de um pneu.<br />

Quanto ao futuro, Pedro Pereira mantém<br />

a serenidade e acrescenta, “a Garagem da<br />

Lapa também aposta no negócio do pronto<br />

socorro há muitos anos. Atualmente temos<br />

nove veículos de pronto socorro e servimos<br />

todas as seguradoras para os serviços de<br />

assistência em viagem. 95% da faturação de<br />

pronto socorro é para as assistências em viagem.<br />

Hoje em dia conseguimos juntar tudo,<br />

pneus, mecânica e pronto socorro numa só<br />

empresa e estamos a sair-nos muito bem”.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 55


Empresa<br />

<strong>Pneus</strong> do Oceano<br />

<strong>Pneus</strong> do Oceano I Rua João de Ruão, 19/23, 3000-229 Coimbra I Administrador: Nuno Sousa<br />

Telefone: 239 160 435 I e-mail: loja2@pneusoceano.com<br />

No centro está a virtude!<br />

Localizada no centro de Coimbra, a nova loja <strong>Pneus</strong> do<br />

Oceano é muito mais do que uma Casa de <strong>Pneus</strong>, no<br />

sentido tradicional do termo…<br />

André Marante e Cláudio Tenreiro, Sócios Gerentes da NewCar Coimbra, são parceiros de Nuno Sousa nas<br />

novas instalações da <strong>Pneus</strong> do Oceano, repetindo aqui o sucesso alcançado no centro em Taveiro<br />

A<strong>Pneus</strong> do Oceano é bem conhecida<br />

<strong>dos</strong> automobilistas da região de<br />

Coimbra pelas instalações multiserviço<br />

que possui em Taveiro. Mas<br />

o facto de estarem afastadas do centro da<br />

cidade, inibia muitos condutores de levarem<br />

lá as suas viaturas para troca de pneus<br />

e outros serviços de mecânica.<br />

Com a inauguração no início deste ano<br />

<strong>2015</strong> de uma nova loja localizada no centro<br />

de Coimbra, a situação alterou-se e os clientes<br />

podem agora ter acesso ao serviço a que<br />

já estão habitua<strong>dos</strong>, mais perto das suas<br />

residências e <strong>dos</strong> seus locais de trabalho.<br />

“O objetivo da abertura das novas instalações<br />

no centro de Coimbra, foi devido a<br />

termos muitos clientes que trabalham aqui<br />

e tinham alguma dificuldade em deslocar-<br />

-se ao nosso centro em Taveiro, principalmente<br />

no horário de trabalho. A opção de<br />

abrirmos este espaço foi para servir esses<br />

clientes, que têm alguma dificuldade em<br />

levar os seus veículos para fora do centro<br />

da cidade”, diz Nuno Sousa, Administrador<br />

da <strong>Pneus</strong> do Oceano.<br />

Pessoa sobejamente conhecida pela sua<br />

faceta inovadora, não só pretendeu disponibilizar<br />

um serviço eficiente, capaz de<br />

resolver o mais variado leque de problemas,<br />

mas também proporcionar um atendimento<br />

num ambiente agradável, muito<br />

diferente daquele que é comum encontrar<br />

em oficinas e casas de pneus.<br />

w SERVIÇOS RÁPIDOS E SUBSTITUIÇÃO DE VIDRO<br />

A nova oficina da <strong>Pneus</strong> do Oceano segue<br />

o mesmo conceito de serviço que existe<br />

nas instalações de Taveiro e cujos resulta<strong>dos</strong><br />

têm sido bastante positivos. Para<br />

além do tradicional serviço de mudança<br />

de pneus, também dispõe de serviços rápi<strong>dos</strong><br />

e substituição de vidro automóvel,<br />

sendo este último da responsabilidade do<br />

parceiro NewCar, que partilha as mesmas<br />

instalações.<br />

“Quando inauguramos a outra oficina em<br />

Taveiro, a NewCar começou a trabalhar connosco<br />

e tem-nos acompanhado até agora.<br />

Nas novas instalações de Coimbra partilha<br />

o mesmo espaço porque é uma parceria<br />

proveitosa para ambas as partes: eles trazem<br />

o cliente para substituir o vidro e nós<br />

aproveitamos para vender pneus e serviços<br />

rápi<strong>dos</strong> de mecânica”, diz Nuno Sousa.<br />

Para André Marante, sócio gerente da New<br />

Car “Esta parceria com a <strong>Pneus</strong> do Oceano<br />

é uma aposta ganha, até porque no centro<br />

de Coimbra ainda não existia nenhuma<br />

loja de substituição de vidros automóvel.<br />

Temos a vantagem de trabalhar em equipa<br />

e acabamos por trocar os nossos serviços<br />

e ganhar com isso. Para além de fazermos<br />

a substituição do vidro nestas instalações,<br />

também possuímos serviço móvel<br />

Para além <strong>dos</strong><br />

serviços de<br />

montagem de<br />

pneus de todas<br />

as marcas, a<br />

<strong>Pneus</strong> do Oceano<br />

oferece também<br />

serviços de<br />

mecânica rápida<br />

e de substituição<br />

de vidros, graças<br />

à parceria que<br />

mantém com a<br />

NewCar<br />

56 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


são na sua maioria particulares individuais,<br />

embora também tenha alguns clientes empresariais,<br />

cujas frotas podem ir até aos 50<br />

carros. Como seria de esperar, a empresa<br />

trabalha com todas as marcas de pneus,<br />

aconselhando o cliente. Este decide entre os<br />

pneus disponíveis de to<strong>dos</strong> os segmentos<br />

existentes no mercado. Mesmo assim, Nuno<br />

Sousa prefere vender pneus de qualidade<br />

Premium, que oferecem mais segurança e<br />

dão garantia.<br />

A grande vantagem desta empresa reside<br />

na já grande experiência de Nuno Sousa<br />

neste ramo de atividade e no seu grande<br />

número de conhecimentos, incluindo clientes,<br />

fornecedores, emprega<strong>dos</strong> e amigos.<br />

A grande capacidade de relacionamento<br />

e de comunicação do empresário faz com<br />

que sejam to<strong>dos</strong> no fundo seus amigos.<br />

A nova loja da <strong>Pneus</strong> do Oceano foi inaugurada no início do ano e<br />

contou com a presença de muitos clientes, fornecedores e amigos<br />

e diferenciamo-nos da concorrência com<br />

a oferta de lavagem e limpeza interior do<br />

veículo a to<strong>dos</strong> os clientes. É um trunfo que<br />

utilizamos que tem da<strong>dos</strong> bons resulta<strong>dos</strong>,<br />

pois os clientes que vêm acabam por ficar<br />

fideliza<strong>dos</strong>. Tentamos dar o nosso melhor,<br />

fazer um trabalho correto e da melhor maneira<br />

para não ser um cliente de uma só<br />

vez”, conclui André Marante.<br />

w SÓ MARCAS PREMIUM<br />

A nível do equipamento, Nuno Sousa<br />

voltou a apostar nas máquinas premium<br />

John Bean, fornecidas pela Domingos &<br />

Morgado. “Considero que para prestar um<br />

bom serviço tenho de ter um bom equipamento,<br />

e por isso desde o início que aposto<br />

em marcas premium, como é o caso da<br />

John Bean”, diz Nuno Sousa.<br />

Para José Morgado, Sócio Gerente da Domingos<br />

& Morgado “É muito gratificante<br />

trabalhar com o Nuno Sousa, pois é um<br />

cliente exigente que nos coloca desafios<br />

e que nos obriga a fazer sempre melhor.<br />

Quando são lança<strong>dos</strong> novos equipamentos<br />

é o primeiro a adquiri-los, como aconteceu<br />

agora com uma máquina de lavar<br />

jantes, que é uma mais valia para a oficina<br />

e um forte argumento de satisfação para<br />

o cliente”.<br />

Nuno Sousa justifica a aquisição da nova<br />

máquina de lavar jantes, pelo facto das<br />

novas instalações não possuírem zona de<br />

lavagem. “Um carro com jantes de alumínio,<br />

depois de montar pneus novos, fica muito<br />

melhor com as jantes lavadas e o cliente<br />

aprecia esta atenção”.<br />

Apesar da oferta abrangente a <strong>Pneus</strong><br />

Oceano vende mais pneus para veículos<br />

ligeiros da gama média/alta. Os clientes<br />

Nuno Sousa, da <strong>Pneus</strong> do Oceano com<br />

José Morgado, Gerente da Domingos &<br />

Morgado<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 57


Concorrência<br />

Competição é saudável<br />

A competição e a<br />

concorrência não são<br />

um factor pernicioso ao<br />

mercado, mas antes o seu<br />

elemento dinamizador<br />

mais importante. Sem<br />

produtores motiva<strong>dos</strong> a<br />

produzir mais e melhor,<br />

não há progresso, mas<br />

estagnação<br />

Abase da economia em to<strong>dos</strong> os<br />

tempos e em to<strong>dos</strong> os lugares é<br />

a capacidade de produzir mais,<br />

produzir melhor e de uma forma<br />

mais eficiente. No entanto, a motivação para<br />

que tal aconteça é a existência de um mercado,<br />

que é o ponto de encontro da oferta<br />

e da procura, ou, dito de outro modo, onde<br />

existem produtos e soluções para as mais<br />

diversas necessidades das populações.<br />

O mercado é um local onde as pessoas trocam<br />

dinheiro por valor e valor por dinheiro,<br />

sendo que este já é uma forma simbólica ou<br />

equivalente de valor. Explicitando melhor,<br />

mercado é onde as pessoas que produzem<br />

valor o trocam por dinheiro e onde as pessoas<br />

que têm dinheiro o trocam por valor.<br />

Se houver apenas um produtor e um comprador,<br />

o mercado começa e acaba com a<br />

transacção do valor pelo dinheiro. Neste<br />

mercado, não existe qualquer competição,<br />

nem qualquer progresso, porque o produtor<br />

não é estimulado a produzir mais valor, nem<br />

o comprador motivado para pagar mais. É<br />

um círculo vicioso, onde tudo volta sempre<br />

ao mesmo ponto de partida.<br />

Ao longo <strong>dos</strong> séculos, muitas feiras acabaram<br />

desta forma, com o último produtor a<br />

vender a sua mercadoria ao último comprador.<br />

Em contrapartida, muitas outras feiras<br />

deram origem a lugares, vilas e cidades, que<br />

ainda hoje não escondem as suas origens<br />

ou até mantêm orgulhosamente as suas<br />

feiras. Nestes casos, sucedeu aquilo que<br />

é normal e saudável acontecer: mais pro-<br />

A concorrência entre as oficinas de marca e as independentes irá intensificar-se e as regras<br />

básicas de competitividade passam a ser válidas para to<strong>dos</strong><br />

dutores atraíram mais compradores e mais<br />

compradores atraíram mais produtores.<br />

Havendo mais produtores e mais compradores,<br />

existe competição ou concorrência<br />

entre eles e isso é que dá vida ao mercado,<br />

porque os produtores tentam oferecer mais<br />

qualidade a menor preço, para conquistarem<br />

mais clientes, enquanto que os compradores<br />

se dispõem a dar mais qualquer<br />

coisa pelos produtos que pretendem, para<br />

levarem o que precisam para casa.<br />

Desta margem de troca e negociação é<br />

que nasce o preço de mercado, que é aquilo<br />

que as pessoas estão dispostas a dar por<br />

um produto ou serviço, para que ele continue<br />

a existir no mercado, em quantidade<br />

e qualidade aceitáveis.<br />

Disto resulta logicamente que, sem produtores<br />

motiva<strong>dos</strong> a produzir mais e melhor<br />

e sem compradores dispostos a consumir<br />

mais, não há progresso, mas estagnação.<br />

A competição e a concorrência não são<br />

portanto um factor pernicioso ao mercado,<br />

mas antes o seu elemento dinamizador<br />

mais importante. Sem o saberem, os<br />

concorrentes estão a criar oportunidades<br />

e riqueza uns para os outros, do mesmos<br />

modo que os consumidores, no seu afã de<br />

comprarem mais do que outros ou primeiro<br />

do que os outros, também estão a criar mais<br />

valor, gerando produtos e serviços de maior<br />

qualidade, a preços mais competitivos.<br />

w LIMITES DA CONCORRÊNCIA<br />

Como é evidente, a oferta e a procura<br />

equilibram-se mutuamente e esse equilíbrio<br />

resulta quase sempre de tentativa e<br />

erro, ou seja, a oferta diminui ao diminuir a<br />

procura e a procura estabiliza ou aumenta<br />

ligeiramente, ao diminuir a oferta. Os ciclos<br />

de prosperidade acontecem quando<br />

a oferta e a procura sobem ao mesmo<br />

tempo, em virtude de liquidez abundante<br />

e de tecnologias de produção avançadas,<br />

que tornam os produtos melhores e mais<br />

acessíveis.<br />

A não percepção desses ciclos é que<br />

origina as crises económicas, porque as<br />

pessoas consomem até esgotarem a liquidez<br />

disponível, fazendo cair a procura<br />

58 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


de forma brusca e colocando a oferta em<br />

certas dificuldades.<br />

Como na condução de um veículo, os ciclos<br />

de prosperidade deveriam ser geri<strong>dos</strong><br />

cuida<strong>dos</strong>amente, tanto do lado da oferta,<br />

como da procura, a fim de manterem a economia<br />

num ponto óptimo de equilíbrio,<br />

sem acelerações e desacelerações bruscas.<br />

O controlo <strong>dos</strong> principais indicadores económicos<br />

e estatísticos seriam suficientes<br />

para isso suceder, se a gestão das sociedades<br />

fosse mais racional e orientada por<br />

critérios de gestão comprova<strong>dos</strong>. O facto<br />

de existir a competição ou concorrência<br />

política, leva a que a liquidez seja muitas<br />

vezes sacrificada para a efémera conquista<br />

de eleitora<strong>dos</strong>, em vez de investimentos<br />

com efeitos sustentáveis para a economia.<br />

Se o bom senso muitas vezes não existe<br />

do lado do poder político dominante, cabe<br />

aos operadores económicos respeitar os<br />

indicadores disponíveis e os limites que eles<br />

aconselham. Isso permite aos operadores<br />

de mercado ajustar a oferta mais para o valor<br />

e menos para o desperdício, mantendo<br />

o número de empresas e a sua dimensão<br />

adequa<strong>dos</strong> ao potencial de consumo efectivo.<br />

Isso é válido para to<strong>dos</strong> os sectores<br />

de actividade, incluindo naturalmente o<br />

pós-venda automóvel, onde a mudança<br />

sustentável terá que ser mais qualitativa<br />

do que quantitativa.<br />

w COMPETIÇÃO DESLEAL?<br />

Claro que existe uma cadeia de valor que<br />

os operadores do mercado pós-venda devem<br />

aceitar e respeitar, mas a distribuição<br />

é em muitos casos demasiado “flexível” e os<br />

fabricantes vendem a importadores, canais<br />

de marca, centrais de compra, grossistas,<br />

pequenos distribuidores, etc..<br />

Nas redes de oficinas, a central de compras<br />

funciona como distribuidor e faz efectivamente<br />

concorrência aos retalhistas, mas<br />

não é desleal, porque as oficinas podem<br />

comprar onde quiserem, se entenderem<br />

que há vantagem nisso.<br />

Quebrado o monopólio da peça original<br />

de marca, a concorrência é generalizada e<br />

isso pode ser positivo, se beneficiar o consumidor<br />

final e tornar a mobilidade mais<br />

acessível, favorecendo a recuperação económica<br />

e social.<br />

Muito pior do que isso são as peças contrafeitas<br />

e as de baixo custo, que não respeitam<br />

as normas de segurança e de defesa<br />

do consumidor. Claro que estas peças são<br />

vendidas e montadas nos carros, porque a<br />

rede de assistência multimarca ainda tem<br />

pontos fracos, onde a sobrevivência a qualquer<br />

custo é a regra vigente.<br />

A consolidação do pós-venda e a sua<br />

crescente padronização técnica e de serviço<br />

ao cliente acabará por remeter essas<br />

peças para os circuitos marginais <strong>dos</strong> carros<br />

rouba<strong>dos</strong>, vicia<strong>dos</strong>, ilegais e <strong>dos</strong> países à<br />

espera de serem emergentes.<br />

w SER COMPETITIVO<br />

A competição ou concorrência entre as<br />

redes de assistência de marca e o sector de<br />

reparação independente irá intensificar-<br />

-se e as regras básicas de competitividade<br />

passam a ser válidas para to<strong>dos</strong>.<br />

Estamos a falar de profissionalismo, com<br />

tudo o que isso implica de competências<br />

técnicas, actualização tecnológica, organização<br />

empresarial, eficiência de processos,<br />

Factos<br />

w w A oferta diminui ao diminuir a procura<br />

e a procura estabiliza ou aumenta<br />

ligeiramente, ao diminuir a oferta<br />

w w Os ciclos de prosperidade devem ser<br />

geri<strong>dos</strong> cuida<strong>dos</strong>amente, tanto do lado<br />

da oferta, como da procura<br />

w w Ser diferente é ser melhor, senão<br />

em tudo, pelo menos em aspectos chave<br />

do negócio<br />

w w O serviço ao cliente não tem limites,<br />

porque o cliente paga tudo o que<br />

tiver valor acrescentado para ele e ainda<br />

agradece<br />

w w A oferta de serviços ao cliente será<br />

no futuro tão importante como os serviços<br />

convencionais ou ainda mais<br />

w w As pessoas gostam de ir a um sítio<br />

e de estar com outras pessoas porque<br />

gostam. Muitas vezes, nem elas sabem<br />

porquê<br />

gestão de clientes e serviço ao cliente.<br />

Isso não significa que as oficinas se vão<br />

tornar todas iguais, pelo contrário, mas que<br />

haverá padrões mínimos de qualidade de<br />

serviço, produtividade e rentabilidade<br />

que terão que se generalizar, para que as<br />

empresas se afirmem com credibilidade e<br />

sustentabilidade.<br />

Resta obviamente a diferenciação, o factor<br />

estratégico emergente do actual processo<br />

de mudança. Ser diferente, por inerência,<br />

é ser melhor, senão em tudo, pelo menos<br />

em aspectos chave do negócio. Desde logo,<br />

no conceito, na imagem e no marketing.<br />

Depois, para além das garantias dadas na<br />

recepção e no atendimento, é preciso ter<br />

processos ágeis e eficientes, com qualidade<br />

e rapidez. As novas tecnologias têm muito<br />

a contribuir para isto, sendo indispensável<br />

dominá-las completamente. O serviço ao<br />

cliente, por seu turno, não tem limites, porque<br />

o cliente paga tudo o que tiver valor<br />

acrescentado para ele e ainda agradece. A<br />

oferta de serviços ao cliente será no futuro<br />

tão importante como os serviços convencionais<br />

ou ainda mais.<br />

Finalmente, há a diferenciação pela qualidade<br />

emocional, pela transparência e pela<br />

afabilidade. As pessoas gostam de ir a um<br />

sítio e de estar com outras pessoas porque<br />

gostam. Muitas vezes, nem elas sabem porquê.<br />

Não há somatório de motivos racionais<br />

e de factores utilitários que justifiquem o<br />

facto de nos sentirmos melhor em certas<br />

circunstâncias, com certas pessoas. Esse é<br />

o valor intangível disso mesmo.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 59


Formação<br />

Equipas de vendas<br />

Fomentar a<br />

aprendizagem<br />

As empresas e organizações que se<br />

dedicam à formação profissional<br />

empregam a maior parte do seu<br />

tempo e da sua energia ao treino<br />

de vendas. No entanto, para que<br />

uma ação de formação tenha pleno<br />

impacto, devem ser garanti<strong>dos</strong> os<br />

seguintes aspectos:<br />

w O tema corresponde às necessidades<br />

<strong>dos</strong> forman<strong>dos</strong> e enquadra-se na<br />

sua experiência anterior.<br />

w A formação traz uma nova perspectiva<br />

e alarga os horizontes do que<br />

é possível para os forman<strong>dos</strong>.<br />

w Os participantes conseguem facilmente<br />

dominar o assunto e melhorar<br />

a sua forma de trabalhar.<br />

w Os participantes podem experimentar<br />

os novos conceitos num<br />

ambiente seguro.<br />

w Os participantes conseguem aumentar<br />

a sua rede de contactos e<br />

estreitar relações de aprendizagem<br />

com outros forman<strong>dos</strong>.<br />

w Os participantes são efetivamente<br />

inspira<strong>dos</strong> e motiva<strong>dos</strong> a melhorar o<br />

seu desempenho profissional.<br />

w Cada participante produz um<br />

plano de ação para tornar o seu<br />

comportamento mais consequente.<br />

Claro que só por si a ação de formação<br />

não melhora a faturação da<br />

empresa, mas um poderoso evento<br />

de aprendizagem pode catalisar a<br />

empresa para se tornar num ambiente<br />

onde to<strong>dos</strong> são estimula<strong>dos</strong> a<br />

partilhar os seus conhecimentos e a<br />

ensinar os outros. O que não é pouco.<br />

Formação<br />

de vendedores<br />

De uma modo geral<br />

todas as ações de<br />

formação de vendedores<br />

são boas, mas o problema<br />

é conseguir que eles<br />

apliquem na prática os<br />

novos conhecimentos e<br />

técnicas<br />

Éde facto triste que a maior parte das<br />

atividades de formação em vendas<br />

não tenham o esperado retorno em<br />

maior produtividade e performance<br />

de vendas. A realidade, contudo, é que muito<br />

poucos programas de formação comercial<br />

conseguem modificar realmente os comportamentos<br />

das pessoas e das equipas. Muitos<br />

programas visam apenas enfatuar o discurso<br />

<strong>dos</strong> responsáveis de vendas das empresas,<br />

que dizem: “Claro que os meus vendedores<br />

têm formação especializada!”<br />

A prática das ações de formação, diz-nos que<br />

as pessoas realmente só estão motivadas e só<br />

aplicam o esforço necessário à aprendizagem,<br />

desde que considerem a matéria de estudo<br />

importante e com reflexos imediatos no seu<br />

quotidiano profissional e na sua vida. É por<br />

isso que a relevância da formação deve estar<br />

sempre em primeiro lugar.<br />

Estu<strong>dos</strong> revelaram que as pessoas recordam<br />

quatro vezes mais os assuntos que aprenderam<br />

e que associaram ao facto de serem altamente<br />

importantes para o seu emprego, do<br />

que temas aparentemente menos relevantes.<br />

Obviamente, a relevância torna-se mais<br />

evidente se a formação for personalizada, se<br />

validar os conhecimentos adquiri<strong>dos</strong>, se tiver<br />

consequência na rotina de trabalho, se referir<br />

casos concretos para análise <strong>dos</strong> forman<strong>dos</strong>,<br />

se provocar a troca de ideias e esclarecimentos<br />

entre os próprios forman<strong>dos</strong> e se tiver relação<br />

direta com o sector de negócio da empresa.<br />

w FASE DE PREPARAÇÃO<br />

Os participantes num evento de formação<br />

devem estar plenamente convenci<strong>dos</strong> da sua<br />

utilidade imediata e prática, antes de participarem<br />

nele. Sessões de debate aberto, onde<br />

sejam ventila<strong>dos</strong> assuntos como objectivos<br />

da empresa, lacunas de competências, oportunidades<br />

perdidas e concorrência, servem<br />

para “abrir o apetite” em relação ao evento de<br />

60 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


formação. Dirigentes e colegas mais adianta<strong>dos</strong><br />

e bem sucedi<strong>dos</strong> devem falar da sua<br />

própria experiência através da formação e <strong>dos</strong><br />

benefícios da mesma para as suas carreiras<br />

profissionais.<br />

Por outro lado, cada um <strong>dos</strong> participantes<br />

deve fazer um pequeno relatório da sua experiência<br />

profissional recente, identificando<br />

desafios, sucessos, falhas, lacunas e exemplos<br />

que possam ser apresenta<strong>dos</strong> durante<br />

a formação. Quando os forman<strong>dos</strong> têm plena<br />

consciência que sabem menos do que seria<br />

desejável e que o seu desempenho ainda<br />

pode melhorar substancialmente, estão mais<br />

prepara<strong>dos</strong> para tirarem partido da aprendizagem<br />

e para fazerem mudanças na sua<br />

forma de trabalhar.<br />

Esta fase de preparação para o evento formativo<br />

pode ser mais eficiente se beneficiar<br />

de leituras adequadas e oportunas, exercícios<br />

práticos ou escritos estimulantes, aconselhamento,<br />

testes de perfis profissionais e de<br />

diagnóstico de capacidades, relacionando os<br />

objectivos da aprendizagem com o desempenho<br />

profissional, identificando recursos<br />

internos de apoio da empresa e gerando um<br />

“pacto de aprendizagem” na equipa.<br />

w RETORNO DO INVESTIMENTO<br />

As empresas que encaram seriamente o<br />

retorno <strong>dos</strong> seus investimentos na área da<br />

formação de vendas asseguram-se que os<br />

novos conhecimentos e técnicas de vendas<br />

passam a ser utiliza<strong>dos</strong> na prática, nos processos<br />

de trabalho <strong>dos</strong> seus vendedores. Para<br />

tal, asseguram acompanhamento e apoio individual<br />

a cada vendedor formado. É através<br />

deste trabalho que se conseguem resulta<strong>dos</strong><br />

que podem ser avalia<strong>dos</strong> e medi<strong>dos</strong>. Com o<br />

aconselhamento, apoio e acompanhamento<br />

da forma como os seus vendedores utilizam<br />

as suas novas ferramentas de trabalho, os<br />

responsáveis pelas vendas de uma empresa<br />

conseguem obter resulta<strong>dos</strong> concretos <strong>dos</strong><br />

seus esforços na formação.<br />

Para tal, é necessário aconselhamento de<br />

alto rendimento e um plano de execução e<br />

aprendizagem para acompanhamento <strong>dos</strong><br />

vendedores. Além disso, a formação deve ser<br />

certificada através de avaliação e diagnóstico<br />

do desempenho. Isso implica módulos de auto<br />

aprendizagem à medida de cada indivíduo e<br />

programas específicos de aconselhamento. De<br />

facto, há estu<strong>dos</strong> que demonstram uma perda<br />

de 87% <strong>dos</strong> novos conhecimentos obti<strong>dos</strong> na<br />

formação, nos 30 dias posteriores ao evento<br />

formativo, se não houver um esforço sério de<br />

acompanhamento <strong>dos</strong> forman<strong>dos</strong>, por parte<br />

<strong>dos</strong> responsáveis pela equipa. O aconselhamento<br />

para alto desempenho implica orientação<br />

e instruções, apoio positivo de reforço e a<br />

verificação de resulta<strong>dos</strong>, através da definição<br />

de metas concretas a curto e médio prazo.<br />

Tudo isto deve estar incluído num Acordo de<br />

Aprendizagem, que define o compromisso da<br />

empresa e <strong>dos</strong> vendedores em conseguir o<br />

máximo de competências em vendas e altos<br />

desempenhos comerciais. Esse acordo deve<br />

definir as etapas e metas de aprendizagem e<br />

verificação de conhecimentos e desempenho,<br />

assim como as consequências para a falta de<br />

cumprimento das metas.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 61


Técnica a Escovas limpa-vidros<br />

Embora montar escovas limpa-vidros seja muito<br />

simples, rápido e pouco dispendioso, cerca de 80% de<br />

to<strong>dos</strong> os veículos trazem as escovas em mau estado. A<br />

principal razão para tal suceder é o facto da maior parte<br />

das pessoas pensar que isso não é assim tão grave<br />

O perigo espreita!<br />

Este desconhecimento, leva a que muitos<br />

automobilistas troquem as escovas só<br />

quando já têm que andar à procura de<br />

um pequeno espaço de vidro transparente<br />

para conduzir, ou quando tentam<br />

ultrapassar um camião num dia de chuva e<br />

não conseguem ver literalmente nada. Finalmente,<br />

entram numa oficina e substituem as<br />

escovas limpa-vidros (partindo do princípio<br />

que sobreviveram à tal ultrapassagem de<br />

altíssimo risco…). Ironias à parte, o facto é<br />

que to<strong>dos</strong> nós subestimamos os riscos de<br />

conduzir com escovas degradadas, se bem<br />

que as estatísticas digam que um em cada<br />

cinco acidentes rodoviários é causado por<br />

falta de visibilidade, sendo as escovas o principal<br />

factor isolado de visibilidade insuficiente.<br />

A segunda grande causa para a resistência<br />

à substituição das escovas limpa-vidros é o<br />

facto da sua deterioração não ser observável<br />

com um simples relance de olhar, que<br />

é incapaz de detectar desgaste excessivo,<br />

desalinhamentos, rupturas e outras deficiências.<br />

Talvez seja por isso que os técnicos<br />

de manutenção automóvel e os fabricantes<br />

de escovas recomendem a sua substituição<br />

duas vezes por ano. A verdade é que o<br />

prazo médio de substituição das escovas é<br />

de quatro anos, uma verdadeira eternidade<br />

(em to<strong>dos</strong> os senti<strong>dos</strong> do termo, por vezes…),<br />

no que respeita à segurança de condução.<br />

Os condutores julgam que os tais seis meses<br />

para substituir as escovas são um truque<br />

para vender mais escovas, mas a ciência e a<br />

prudência dão razão aos técnicos.<br />

w PORQUE SÃO NEGRAS?<br />

Muitos pensam que as escovas limpa-vidros<br />

são negras para evitar reflexos luminosos, o<br />

que também é verdade, mas a principal razão<br />

pela qual são escuras deve-se à presença de<br />

um elemento que se chama negro de carbono,<br />

destinado a reforçar o metal. Esse elemento<br />

está igualmente presente na borracha<br />

da lâmina da escova, que também é negra. Ao<br />

nível molecular, as finas partículas de carbono<br />

actuam como um ligante das cadeias <strong>dos</strong><br />

polímeros da borracha, impedindo que esta<br />

se dobre excessivamente. Isso fortalece o material<br />

e aumenta a sua resistência ao desgaste<br />

e envelhecimento. Apesar de tudo, a idade<br />

não perdoa e a oxidação começa a degradar<br />

as moléculas <strong>dos</strong> polímeros, tal como os raios<br />

UV, libertando as partículas de negro de carbono.<br />

É por isso que os de<strong>dos</strong> ficam pretos<br />

ao passar pela superfície da escova, de um<br />

vedante ou de um pneu já com uns anos.<br />

Diz-nos a tribologia (ciência que estuda a<br />

interacção de superfícies em movimento)<br />

que a borracha tem características invulgares.<br />

Sendo elástica, a borracha deforma-se e adere<br />

ao deslizar na superfície do vidro, originando<br />

uma fricção interna na escova to<strong>dos</strong> os milisegun<strong>dos</strong>.<br />

Essa fricção é eliminada sob a<br />

forma de calor. Quando a borracha perde a<br />

sua natural elasticidade, deixa de aderir ao vidro<br />

e a limpeza deste começa a ser deficiente.<br />

Mas não é só isto que está contra a escova<br />

limpa-vidros. Ela é obrigada a percorrer mi-<br />

62 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


lhões de vezes uma superfície fortemente<br />

abrasiva. No Inverno, a ponta da lâmina<br />

flexível, com menos de um milímetro, tem<br />

que limpar constantemente areias, lama, gelo<br />

e sal, sob temperaturas abaixo de zero. No<br />

Verão, tem que fazer frente à cola das folhas<br />

das árvores, dejetos de pássaros, resíduos de<br />

insetos, poeira e outros ingredientes agressivos.<br />

Trocar as escovas usadas é uma boa<br />

prática que se deve tornar um hábito para<br />

técnicos de manutenção e condutores. Claro<br />

que o conforto e segurança de condução se<br />

compram, mas o preço compensa largamente<br />

o benefício.<br />

w MUDAR PARA MELHOR<br />

As escovas da última geração (conceito<br />

Flatblade) de um só componente são mais<br />

eficientes, fiáveis e aerodinâmicas, devendo<br />

ser preferidas ao sistema anterior com molas<br />

e armação articulada. A tecnologia de topo<br />

de gama paga-se, mas obtém-se melhor performance,<br />

mais conforto e mais segurança,<br />

com uma duração superior. A diferença compensa,<br />

especialmente para quem conduz a<br />

alta velocidade em auto estrada. É por essa<br />

razão que um número crescente de modelos<br />

recentes utiliza as novas escovas no equipamento<br />

original. Essas escovas adaptam-se<br />

também melhor às curvas mais complexas<br />

<strong>dos</strong> pára-brisas modernos, obtendo uma<br />

limpeza total em toda a superfície de limpeza.<br />

Depois de experimentar, qualquer condutor<br />

não terá dificuldade em comprovar a diferença<br />

e ficará reconhecido à oficina que lhe<br />

deu a oportunidade de mudar para melhor.<br />

Verificar o estado<br />

das escovas<br />

w w A verificação técnica das escovas<br />

limpa-vidros não tem segre<strong>dos</strong>. Primeiro,<br />

verifica-se a existência de danos<br />

na armação metálica e na lâmina de<br />

borracha. Esses danos podem resultar<br />

do gelo noturno, lavagem em máquinas<br />

ou simples vandalismo. Se o metal<br />

estiver em contacto com o vidro, este<br />

fica riscado. Oxidação, deformações,<br />

molas sem força e folgas são outros<br />

pontos de inspeção obrigatórios.<br />

Ao instalar a escova de substituição<br />

nova, é fundamental verificar se o<br />

adaptador dá o estalido próprio, que<br />

valida a montagem correta e segura.<br />

A cor negra das escovas limpa-vidros deriva da presença de um aditivo (negro de<br />

carbono), que fortalece o material e prolonga a sua vida útil<br />

A verificação das escovas limpa-vidros faz parte das boas práticas<br />

de manutenção, tal como verificar a pressão e desgaste <strong>dos</strong> pneus<br />

e o alinhamento da direção. Escovas em bom estado garantem<br />

maior conforto e segurança de condução em todas as condições<br />

A escova deve assentar perfeitamente<br />

no vidro. Corrigir o ângulo de ataque<br />

da lâmina da escova, caso não seja o<br />

mais correto, afinando o respectivo<br />

braço. No final, ligar os limpa pára-<br />

-brisas para verificar se a borracha da<br />

lâmina assenta perfeitamente em todo<br />

o curso de varrimento da escova, desliza<br />

sem prisões e se o funcionamento<br />

é silencioso.<br />

Não esquecer o láva-vidros, cujo jactos<br />

devem dirigir-se para a parte superior<br />

da área de limpeza das escovas. O reservatório<br />

deve estar sempre cheio<br />

de água e um produto detergente<br />

adequado e específico. Detergentes<br />

comuns deterioram as borrachas e a<br />

pintura.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.pt | 63


Técnica a Equipamentos para oficinas<br />

Fiáveis,<br />

eficazes e produtivos!<br />

Os equipamentos são<br />

um investimento que<br />

se destina a dar retorno,<br />

devendo essencialmente<br />

gerar economias de<br />

tempo e de meios à<br />

oficina. Devem ser<br />

fiáveis, eficazes e muito<br />

produtivos<br />

Omercado para os retalhistas de<br />

pneus começou bem o ano, com<br />

aumento das vendas e boas perspetivas<br />

de negócio para os próximos<br />

tempos. Uma das vantagens do retalho<br />

de pneus é o facto de terem mantido ao logo<br />

<strong>dos</strong> tempos uma clara especialização, que<br />

permite focalizar melhor a atividade e atingir<br />

patamares de eficiência superiores à média<br />

das oficinas do pós-venda automóvel. Mesmo<br />

com a perspetiva de radicais modificações no<br />

plano da propulsão automóvel, que está a<br />

desenhar-se dia a dia no horizonte, o mercado<br />

e a tecnologia <strong>dos</strong> pneus não sofrerá grandes<br />

alterações, como poderá acontecer com as<br />

peças mecânicas e de carroçaria.<br />

Sem problemas no que respeita ao seu produto<br />

específico - o pneumático - o sector <strong>dos</strong><br />

pneus está cada vez mais voltado para a diversificação<br />

da oferta de produtos/serviços,<br />

como forma de responder às mais recentes<br />

características da procura por parte <strong>dos</strong> condutores.<br />

Essa procura manifesta uma clara<br />

tendência para a qualidade global, na qual o<br />

serviço passa a incluir to<strong>dos</strong> os componentes<br />

que influem diretamente no rendimento do<br />

pneu, como é o caso <strong>dos</strong> travões, direção e da<br />

suspensão. Por arrastamento, outros consumíveis<br />

estão igualmente ao alcance das casas<br />

de pneu (lubrificantes, filtros, escovas limpa-<br />

-vidros, flui<strong>dos</strong>, etc.), favorecendo a fidelização<br />

da clientela. O potencial das oficinas de pneus<br />

apresenta-se, portanto, muito significativo<br />

a curto, médio e longo prazo, constituindo<br />

um factor de confiança, favorável ao investimento,<br />

nomeadamente em equipamentos.<br />

w QUALIDADE DE SERVIÇO E PRODUTIVIDADE<br />

O consumidor típico <strong>dos</strong> tempos atuais é<br />

exigente na qualidade de atendimento, na<br />

qualidade de produto/serviço e quanto a<br />

vantagens ou mais valias oferecidas. Para<br />

satisfazer as características da clientela atual,<br />

é necessário apostar forte na preparação e na<br />

formação <strong>dos</strong> profissionais da empresa, mas<br />

não é suficiente. A empresa tem igualmente<br />

que garantir a máxima rentabilidade, a fim<br />

de poder canalizar para o cliente algumas<br />

vantagens atrativas, sem prejudicar as suas<br />

margens operacionais devidas. Ora, a máxima<br />

rentabilidade só é possível atingir com<br />

equipamentos da mais apurada tecnologia e<br />

com fornecedores com capacidade de apoio<br />

64 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


global. De facto, os equipamentos têm que<br />

realizar as várias tarefas básicas da atividade<br />

associada ao comércio de pneus – montagem<br />

/ desmontagem, equilíbrio e alinhamento de<br />

direções - no mínimo tempo possível, mas<br />

preservando de danos o pneu e a jante. Obviamente,<br />

equipamentos de grande rapidez de<br />

execução requerem profissionais totalmente<br />

aptos e treina<strong>dos</strong>, sendo incoerente a excelência<br />

do equipamento sem a excelência <strong>dos</strong><br />

recursos humanos.<br />

Como é evidente, o rendimento e a produtividade<br />

da equipa também dependem fortemente<br />

do lay out e da organização da oficina,<br />

sendo indispensável pensar a oficina como<br />

um todo orgânico, em que os diversos fluxos<br />

têm que ser obrigatoriamente optimiza<strong>dos</strong>.<br />

Os equipamentos acessórios, como é o caso<br />

<strong>dos</strong> elevadores, torres de alimentação e ferramentas,<br />

têm que estar conformes ao nível de<br />

performance do resto do equipamento e do<br />

pessoal, a fim de evitar disfuncionalidades.<br />

Até aqui vai tudo bem, mas a oficina tem<br />

de estar também preparada para efetuar<br />

a manutenção em carros sofistica<strong>dos</strong> e de<br />

uma forma rentável, que adicione valor para<br />

utilizadores <strong>dos</strong> veículos.<br />

As oficinas têm que apostar cada vez mais em formação, em equipamentois atualiza<strong>dos</strong>,<br />

em sistemas de gestão de informação e em metodologias comprovadas de atuação<br />

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Técnica Equipamentos para oficinas<br />

Dentre o equipamento<br />

oficinal, há os dispositivos e<br />

tecnologias que têm por fim<br />

gerar condições de trabalho<br />

sustentáveis, zelar pelas<br />

instalações e proporcionar<br />

serviços de valor acrescentado<br />

para o cliente<br />

w No que respeita às condições de trabalho,<br />

importa atender à legislação europeia<br />

sobre a higiene e segurança no trabalho,<br />

para além de ser indispensável proporcionar<br />

condições de trabalho que permitam<br />

maior produtividade, rentabilidade<br />

e competitividade. Nesse sentido, to<strong>dos</strong><br />

os equipamentos que proporcionem uma<br />

correta iluminação <strong>dos</strong> postos de trabalho<br />

e do ambiente geral da oficina são necessários,<br />

bem como os equipamentos que<br />

asseguram a qualidade do ar, como os sistemas<br />

de ventilação (natural e ar forçado),<br />

os sistemas de aspiração local e central,<br />

assim como os sistemas de extração de<br />

Segurança no local de trabalho<br />

Iluminação e qualidade do ar<br />

gases de escape, diretamente do terminal<br />

de escape do veículo.<br />

Nas oficinas, as necessidades de ventilação<br />

dependem do volume de entradas de<br />

veículos, postos de trabalho e do tipo de<br />

operações realizadas. Os trabalhos de reparação<br />

de tubos de escape, por exemplo,<br />

podem requerer soldadura e aquecimento<br />

a maçarico, operações que provocam fumos<br />

tóxicos. Se houver ventilação suficiente,<br />

os gases são encaminha<strong>dos</strong> para<br />

o exterior e não causam incómodo aos<br />

técnicos profissionais ou clientes que se<br />

encontrem na oficina.<br />

No caso de gases de escape, existem sistemas<br />

específicos de extração a partir do<br />

terminal do tubo de escape, que asseguram<br />

a eliminação <strong>dos</strong> gases, quando o<br />

motor está a trabalhar (em aquecimento<br />

ou experimentação, por exemplo). As<br />

mangueiras de extração são geralmente<br />

guardadas em enroladores coloca<strong>dos</strong> ao<br />

nível do teto da oficina, para deixar o<br />

espaço à superfície disponível. Os extratores<br />

enviam depois os gases através de<br />

condutas para uma chaminé instalada no<br />

teto da oficina.<br />

A qualidade do ar da oficina não é apenas<br />

uma exigência de higiene e segurança<br />

para pessoas, mas visa também assegurar<br />

a correta manutenção das instalações, já<br />

que os fumos de combustão escurecem<br />

tetos e paredes, sujam vidros, para além<br />

do vestuário das pessoas que frequentam<br />

a oficina.<br />

Guia de compras de equipamentos<br />

Para se fazer uma<br />

avaliação correta das<br />

melhores máquinas a<br />

adquirir, é necessário<br />

em primeiro lugar<br />

calcular o número de<br />

carros que entram<br />

diariamente na oficina<br />

e o tipo de serviço que<br />

necessitam. Além disso,<br />

convém garantir as<br />

seguintes condições de<br />

compra:<br />

1- Máquinas de grande qualidade, com precisão, rapidez e automatizadas. O equipamento também<br />

deve estar preparado para enfrentar as evoluções e tendências do mercado, tanto no caso<br />

<strong>dos</strong> pneus, como das jantes. Os equipamentos convencionais não respondem a esta exigência e<br />

estão apenas prepara<strong>dos</strong> para os veículos que amanhã já terão desaparecido.<br />

2 - A qualidade do serviço e tão importante como a qualidade do produto. O fornecedor tem<br />

que estar acessível em todas as situações e ter um serviço pós venda rápido e fiável. Como regra,<br />

os equipamentos não podem estar para<strong>dos</strong>, envolvendo custos que devem ser rapidamente<br />

amortiza<strong>dos</strong>. Um serviço de qualidade evita custos de paralisação e to<strong>dos</strong> os impactos negativos<br />

que isso implica para a empresa.<br />

3 - Escolher marcas bem conhecidas e comprovadas no mercado. Trocar sempre impressões<br />

com colegas de profissão que tenham uma máquina idêntica, se possível. Nunca comprar um<br />

equipamento só em função do preço. O barato pode sair muito caro.<br />

4 - Apostar sempre nas funções e nos acessórios que permitam responder às exigências do<br />

mercado atual e futuro.<br />

5 - É igualmente conveniente saber quais são as homologações que as máquinas têm por parte<br />

<strong>dos</strong> fabricantes de veículos, pois isso é uma garantia, não só de eficiência, como de rentabilidade.<br />

6 - Optar por uma boa relação preço/qualidade, tomando por referência o alinhamento do<br />

mercado. Crédito vantajoso, entrega imediata ou rápida e formação profissional são condições<br />

para nunca desperdiçar.<br />

66 | REVISTA DOS PNEUS | <strong>Fevereiro</strong> <strong>2015</strong>


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