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superfície. A presença de óleo na superfície oceânica suprime a ocorrência das ondas curtas, tornando a superfície lisa, NRCS cresce com o aumento da magnitude do vento. NRCS (dB) FIGURA 2.2- Variação do NRCS em relação ao ângulo relativo entre a direção do vento e a direção de visada do radar para o ângulo de incidência de 35°. Mas, apesar do vento ter grande influência na intensidade do NRCS, existem diversos fenômenos oceânicos e atmosféricos que têm representação na superfície oceânica, e assim, aparecem nas imagens SAR (Holt, 2004) como: massas de água com diferentes temperaturas, presença de óleo na superfície oceânica, ondas internas e ondas de superfície. As ondas de superfície podem ser identificadas nas imagens por padrões periódicos de fina escala onde a crista da onda aparece mais clara e a cava da onda aparece mais escura do que a média do restante da imagem (Figura 2.3a). Já a presença de óleo na superfície oceânica suprime a ocorrência das ondas curtas, tornando a superfície lisa. Por isso, as manchas de óleo aparecem como regiões de pouco brilho, como manchas escuras na imagem SAR (Figura 2.3b). As ondas internas aparecem na imagem SAR em grupos ou pacotes de ondas, com comprimentos de onda variando entre 0.3 a 3 km e decrescendo do início para o fim de cada pacote. São caracterizadas por cristas de ondas curvilíneas (Figura 2.3c) e podem aparecer associadas a bandas claras e escuras na imagem, ou, somente bandas escuras. 32

FIGURA 2.3- a) Ondas de superfície, b) mancha de óleo e c) ondas internas. Fonte: Adaptado de Holt (2004). 2.1.2 ENVISAT O satélite de observação ENVISAT foi desenvolvido pela Agencia Espacial Européia (ESA) e lançado em março de 2002. Em sua carga útil estão mais de 10 sensores. De interesse mais direto para o monitoramento dos oceanos temos os sensores ASAR (Advanced Synthetic Aperture Radar) e AATSR (Advanced Along Track Scanning Radiometer). O ENVISAT opera a 800 km de altitude, com órbita hélio síncrona e inclinação de 98,5° em relação ao equador. O tempo de revisita do satélite é de 35 dias, o que permite, dependendo do tipo de imageamento, a cobertura inteira do globo terrestre de 1 a 3 dias. O radar de abertura sintética ASAR a bordo do ENVISAT, que opera em banda C, é uma evolução dos sensores AMI e SAR, a bordo dos satélites ERS-1 e ERS-2, que possibilita ampla faixa de cobertura, polarização dupla (VV, HH, VH, HV) e aquisição de imagens com diferentes ângulos de incidência. O ASAR pode operar em diversos modos de imageamento como: Wave Mode, Image Mode, ScansSAR Global Monitoring, ScanSAR Alternating Polarisation e ScanSAR Wide Swath. As imagens ScanSAR Wide Swath (Fig. 2.4), utilizadas nesse trabalho, tem largura de faixa imageada de aproximadamente 400 km, resultante de cinco sub-faixas, com ângulos de incidência do feixe radar variando de 15° a 45,2° e resolução espacial de ~150 m. 33

superfície. A presença de óleo na superfície oceânica suprime a ocorrência das ondas<br />

curtas, tornando a superfície lisa, NRCS cresce com o aumento da magnitude do vento.<br />

NRCS (dB)<br />

FIGURA 2.2- Variação do NRCS em relação ao ângulo relativo entre a direção do<br />

vento e a direção de visada do radar para o ângulo de incidência de 35°.<br />

Mas, apesar do vento ter grande influência na intensidade do NRCS, existem diversos<br />

fenômenos oceânicos e atmosféricos que têm representação na superfície oceânica, e<br />

assim, aparecem nas imagens SAR (Holt, 2004) como: massas de água com diferentes<br />

temperaturas, presença de óleo na superfície oceânica, ondas internas e ondas de<br />

superfície.<br />

As ondas de superfície podem ser identificadas nas imagens por padrões periódicos de<br />

fina escala onde a crista da onda aparece mais clara e a cava da onda aparece mais<br />

escura do que a média do restante da imagem (Figura 2.3a). Já a presença de óleo na<br />

superfície oceânica suprime a ocorrência das ondas curtas, tornando a superfície lisa.<br />

Por isso, as manchas de óleo aparecem como regiões de pouco brilho, como manchas<br />

escuras na imagem SAR (Figura 2.3b). As ondas internas aparecem na imagem SAR em<br />

grupos ou pacotes de ondas, com comprimentos de onda variando entre 0.3 a 3 km e<br />

decrescendo do início para o fim de cada pacote. São caracterizadas por cristas de<br />

ondas curvilíneas (Figura 2.3c) e podem aparecer associadas a bandas claras e escuras<br />

na imagem, ou, somente bandas escuras.<br />

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