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Karen Tereza Altieri - Faculdade de Odontologia - Unesp

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24<br />

a temperatura atingida por tempo maior do que 5 a 10 min, o autor sugeriu que a<br />

redução no número <strong>de</strong> esporos após a irradiação por micro-ondas não foi,<br />

provavelmente, originada <strong>de</strong> um efeito térmico convencional. Além disso, as<br />

soluções salinas presentes no citoplasma dos esporos po<strong>de</strong>riam representar um<br />

alvo preferencial para a energia <strong>de</strong> micro-ondas, o que elevaria a temperatura<br />

interna <strong>de</strong>sses microrganismos, promovendo sua lise ou inativação.<br />

O objetivo do estudo <strong>de</strong> Carrol, Lopez 24 , em 1969, foi avaliar a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um efeito não-térmico das micro-ondas na inativação dos<br />

microrganismos Bacillus subtilis, Escherichia coli e Saccharomyce cerevisiae.<br />

Para isso, foi utilizado um aparelho <strong>de</strong> micro-ondas não convencional com<br />

potência <strong>de</strong> 500 W. Inicialmente, foi avaliado o efeito do pH sobre os<br />

microrganismos, por meio <strong>de</strong> sua imersão em diferentes soluções com pH<br />

específicos (leite, suco <strong>de</strong> tomate e suco <strong>de</strong> laranja). Para o cultivo nas placas<br />

<strong>de</strong> Petri, os microrganismos foram previamente inoculados nos alimentos citados<br />

e irradiados a 500 W, por períodos entre 16 e 64 min. Os autores observaram<br />

que não houve redução significativa no número dos microrganismos testados<br />

nas soluções com diferentes valores <strong>de</strong> pH. Após a irradiação por micro-ondas,<br />

não foi observada redução <strong>de</strong> S. cerevisiae e E. coli, previamente inoculados no<br />

leite e no suco <strong>de</strong> tomate. No entanto, para o suco <strong>de</strong> laranja, ocorreu uma<br />

redução progressiva do número <strong>de</strong> microrganismos com o aumento do tempo <strong>de</strong><br />

exposição às micro-ondas. Com base nos resultados obtidos, os autores<br />

sugeriram que a composição química da suspensão irradiada e a das células<br />

microbianas po<strong>de</strong>m explicar os efeitos não térmicos provenientes das microondas.<br />

Além disso, os autores relataram que existe a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrer a<br />

lise celular <strong>de</strong> um microrganismo <strong>de</strong>vido à rápida oscilação das cargas celulares

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