FamÃÂlia ELMINTHIDAE
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94 INSETOS DO BRASIL<br />
Fig. 71- Phanocerus (?) bugnioni<br />
Grouvelle, 1902 (Dryopidae) (C.<br />
Lacerda fot.).<br />
são providas de tráqueo-branquias<br />
abdominais, outras respiram<br />
mediante estigmas abdominais<br />
funcionais.<br />
Adultos e larvas habitam<br />
águas correntes ou paradas.<br />
São geralmente fitófagas. Os<br />
adultos podem sair dágua e<br />
voar à noite ou mesmo durante<br />
o dia.<br />
Desta família há pouco<br />
menos de 200 espécies, das<br />
quais 70 são da Região Neotrópica<br />
e destas cêrca de 30<br />
vivem no Brasil.<br />
Uma das espécies mais encontradiças<br />
é Pelonomus brasilianus<br />
(Klug, 1825) (fig. 69).<br />
Família <strong>ELMINTHIDAE</strong> 1<br />
(Elmides Westwood, 1839; Elmidae Shuckard, 1839; Uncifères<br />
Mulsant & Rey, 1872; Helminthinae Ganglbauer, 1904; Helmidae<br />
Kolbe, 1908; Helminthidae Grouvelle, 1908).<br />
49. Caracteres, etc. -- Família próxima de Dryopidae,<br />
pois suas espécies também apresentam 5 urosternitos. Todavia<br />
nelas o corpo é nú ou fracamente pubescente. São insetos<br />
pequenos, não tendo mais de alguns milímetros de comprimento<br />
(figs. 72 e 73).<br />
A cabeça, protegida em baixo pelo prosternum, é provida<br />
de antenas filiformes ou clavadas, sendo a clava cons-<br />
1 De ou (helmis ou helmins, inthos), verme.<br />
LATREÍLLE (1802) criou o nome genérico Elmis, que foi corrigido por<br />
BEDEL (1878) para Helmis. Êste nome, porém, caiu na sinonímia de Elmis,<br />
de acôrdo com as "Regras".<br />
Quanto ao nome da família deverá ser Elminthidae (mais correto seria<br />
Helminthidae, caso se pudesse usar Helmis e não Elmis).
COLEOPTERA 95<br />
tituída pelo segmento apical destacado dos demais segmentos<br />
funiculares, ou formada pelos 9 segmentos distais,<br />
além do pedícelo.<br />
Quadrís anteriores arredondados, sem trocantino; posteriores<br />
não alargados em lamela e semi-paralelos em tôda a<br />
extensão.<br />
Fig. 72 - Hexacylloepus sp.<br />
(Elmidae) (C. Lacerda fot.).<br />
Fig. 73 - Hexanchorus tarsalis<br />
Hinton, 1937 (Elmidae)<br />
(C. Lacerda fot.).<br />
As larvas são também aquáticas, de respiração aérea<br />
principal e branquial accessória. Alimentam-se, principalmente,<br />
segundo BEIER (1948), de algas (Clorofíceas, Cianofíceas,<br />
Desmidiáceas, Diatomáceas).<br />
JEANNEL (1950 - Rev. Fr. Ent.: 168-172) descreveu o<br />
Elmintídeo Troglelmis leleupi, encontrado por LELEUP numa<br />
gruta do Baixo Congo Belga, despigmentado, com olhos reduzidos,<br />
que respira o oxigênio desprendido das plantas<br />
aquáticas.<br />
Esta é uma das maiores famílias de Dryopoidea; há<br />
cêrca de 600 espécies descritas, das quais cêrca de 100 são<br />
da Região Neotrópica, em sua maioria encontradas no<br />
Brasil, das subfamílias Elminthinae e Larinae.