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Edição nº 498 - Março/2011 - Ucg

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Goiânia, 2ª quinzena de março de <strong>2011</strong> Folha PUC <strong>498</strong> - 6<br />

EXCELÊNCIA PUC NO ENSINO<br />

No Dia Internacional da Mulher, PUC Goiás<br />

destaca o importante papel de suas gestoras<br />

No Dia Internacional da Mulher, a PUC Goiás destacou,<br />

em sua página na internet, as suas cinco gestoras,<br />

nessa data marcada pela tragédia, pela coragem e pelo<br />

grito de desabafo, sufocado pela dor. “Há 100 anos, 129<br />

operárias de uma fábrica de tecidos morriam, nos Estados<br />

Unidos, pelas mãos do preconceito, sob o jugo de<br />

um mundo que crescia visando o lucro a qualquer preço<br />

em detrimento do ser humano e de direitos universais”,<br />

registrou o ‘site’ da universidade, o “PUC Notícias”, para<br />

ressaltar os avanços, as conquistas e também as dores, o<br />

sofrimento e a desigualdade.<br />

Em um século de luta feminina, “as mulheres asseguraram<br />

o direito de escolher, juntamente com os homens,<br />

seus governantes, de decidir sobre seu corpo e<br />

sexualidade, sobre o modelo de família que desejam ter,<br />

ganharam espaço no mercado de trabalho e nos centros<br />

de decisões. Já são maioria nas universidades, ocupam<br />

com competência cargos de chefia em grandes empresas<br />

e instituições, comandam nações. Mas, ainda hoje,<br />

convivem com a desigualdade, que se manifesta nos salários<br />

inferiores aos dos homens, na violência velada,<br />

boa parte das vezes praticadas dentro de casa, na jornada<br />

dupla de trabalho”, ressaltou.<br />

Na PUC Goiás as mulheres estão nas salas de aula<br />

como acadêmicas, professoras, servidoras administrativas,<br />

pró-reitoras e na Vice-Reitoria. E mesmo diante<br />

de tantos desafios, na vida pessoal e profissional,<br />

elas, com o suor e dedicação do seu trabalho, contribuem<br />

com a construção de um mundo melhor para<br />

todos: mulheres e homens.<br />

Gestão e compromisso<br />

Em um final de tarde, o telefone<br />

tocou na Divisão de Comunicação.<br />

Motivo: a vice-reitora<br />

Olga Ronchi aguardava a equipe<br />

de reportagem para uma<br />

entrevista especial em comemoração<br />

ao Dia Internacional<br />

da Mulher. O objetivo: narrar a<br />

trajetória profissional e as principais<br />

conquistas femininas nos<br />

últimos anos. Ela destacou uma<br />

característica que está a cada dia<br />

mais comum nas mulheres. “Nas<br />

últimas duas décadas elas têm<br />

assumido o papel de gestoras.<br />

Existe uma profunda renovação<br />

em todas as profissões, há uma<br />

nova configuração na sociedade”,<br />

avaliou.<br />

A vice-reitora, que se considera<br />

filha da instituição, destacou<br />

o compromisso social da<br />

universidade nos projetos de<br />

atendimento e promoção à causa<br />

da mulher e nos diversos trabalhos<br />

que contemplam as várias<br />

camadas sociais.<br />

Desde agosto de 2008, a pedagoga<br />

mestre em Educação está<br />

à frente da vice-reitoria da universidade.<br />

A trajetória na PUC<br />

Goiás iniciou em 1988, quando<br />

assumiu a assessoria do Programa<br />

de Educação e Cidadania e atuou<br />

como professora concursada<br />

no Departamento de Educação,<br />

onde foi diretora, em 1999.<br />

Uma das fundadoras da<br />

Universidade Aberta à Terceira<br />

Idade (Unati), vinculada<br />

à Pró-Reitoria de Extensão,<br />

Olga passou pela Coordenadoria<br />

de Assuntos Estudantis<br />

(CAE) e Pró-Reitoria de Graduação<br />

(Prograd), onde ficou<br />

cinco anos e meio.<br />

Desafios à vista<br />

Foi entre um compromisso<br />

e outro, na agenda apertada da<br />

hora do almoço, que a atual pró-<br />

-reitora de Graduação da PUC<br />

Goiás, Sônia Margarida Gomes<br />

Sousa, conversou com o “PUC<br />

Notícias”. “Grandes mudanças<br />

ocorreram nestes últimos<br />

100 anos, mas é bom ressaltar<br />

também que o impacto destas<br />

transformações não conseguiu<br />

atingir a todas as mulheres;<br />

ele foi mais expressivo para as<br />

classes média e alta”, assinala,<br />

quando fala sobre o tema do<br />

Dia Internacional da Mulher de<br />

<strong>2011</strong> – “Igualdade de acesso à<br />

Educação, Formação, Ciência e<br />

Tecnologia”.<br />

Entre os desafios a serem superados,<br />

cita o fato de as mulhe-<br />

res ainda estarem no topo das<br />

estatísticas de violência, baixa<br />

escolaridade, pobreza e desvalorização<br />

profissional. “É muito<br />

comum, ainda, mulheres terem<br />

um salário menor do que os homens,<br />

mesmo quando ocupam<br />

o mesmo cargo”, exemplifica.<br />

“Pontuar estas diferenças é importante,<br />

ainda que num contexto<br />

de avanços, para não corrermos<br />

o risco de escamotear as<br />

desigualdades”, complementa.<br />

Sobre as múltiplas funções<br />

desempenhadas pelas mulheres<br />

na atualidade – mãe, esposa, profissional<br />

-, a pró-reitora lembra<br />

que esta situação acaba sendo<br />

uma exigência do mundo contemporâneo,<br />

em que os papéis<br />

sociais se tornaram complexos<br />

na medida em que acompanham<br />

o ritmo acelerado do desenvolvimento<br />

da sociedade. “Mas esta<br />

multiplicidade não está alheia<br />

ao mundo masculino, não. Hoje<br />

vemos os homens também ajudando<br />

em casa, nas tarefas domésticas,<br />

na criação dos filhos”,<br />

destaca. “As conquistas alcançadas<br />

pelas mulheres produzem<br />

mudança também na postura<br />

dos homens. Hoje eles são<br />

mais parceiros. Há esta complementaridade<br />

de papéis”, conclui<br />

a professora Sonia Margarida,<br />

doutora em Psicologia Social<br />

pela PUC São Paulo.

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