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Como se pode observar, quase todos os aspectos negativos das olarias paranaenses estão ligados à necessidade de melhoria na tecnologia de processo e de produto, bem como à qualidade da matéria-prima utilizada, existindo um amplo campo de ação para a adoção de políticas no sentido de dotar de competitividade a indústria de cerâmica vermelha no Estado do Paraná. Algumas dessas políticas serão objeto de apresentação nas conclusões deste trabalho. 2.2 AS EMPRESAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 2.2.1 O Tamanho das Empresas Ao contrário do que afirmou a maioria dos empresários do comércio de material de construção, que julga suas empresas como sendo de pequeno e médio porte nas cidades onde se localizam, os entrevistados responsáveis pelas construtoras julgam que suas firmas são de médio e grande porte. Como pode ser visto na tabela 38, dez das quinze construtoras entrevistadas consideram-se grandes, e cinco, médias. Conforme a tipologia por tamanho de empresas proposta pelo Sebrae 12 , e considerando os dados obtidos na pesquisa de campo, nos quais se constatou um número médio de 285 trabalhadores por empresa, pode-se afirmar que as construtoras que formam a amostra da pesquisa são médias empresas. Porém foram encontradas três que empregam mais de 500 pessoas (a maior empregando 1.700 trabalhadores), o que indica que se trata de grandes empresas construtoras. Estas atuam inclusive em outros estados da federação. Foram encontradas também duas empresas de pequeno porte, que só contratam um número maior de trabalhadores quando estão realizando alguma construção. TABELA 38 - NÚMERO E PERCENTUAL DE EMPRESAS PESQUISADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL, POR TAMANHO - PARANÁ - NOV-DEZ 1996 PORTE Nº % Grande construtora 10 67 Média construtora 5 33 Pequena construtora - - TOTAL 15 100 FONTE: Pesquisa de Campo - IPARDES As construtoras participam de um mercado em que os padrões de competição são mais exigentes que os observados no mercado das empresas revendedoras de materiais de construção. Essas exigências estão principalmente ligadas à maior necessidade de capital, o que exige acesso a financiamentos de médio e longo prazos, tanto de insumos e materiais de construção, como na venda dos imóveis. 12 Microempresas são aquelas com até 19 empregados; pequenas, aquelas que empregam entre 20 e 99 pessoas; médias, entre 100 a 499, e grandes, aquelas que empregam mais de 500 pessoas. 43

2.2.2 O Controle de Qualidade nas Empresas de Material de Construção As construtoras pesquisadas consideram-se exigentes quanto à qualidade dos produtos que compram das olarias. Conforme se observa na tabela 39, a maior exigência das construtoras diz respeito à resistência dos produtos, à padronização das peças nos lotes e à padronização entre os lotes entregues de produtos. O maior destaque desses itens em relação aos outros se deve à implicação de um elevado índice de quebra incidindo sobre os custos das obras e a diferenciais de dimensões, impedindo uma adequação do tamanho das peças às medidas do projeto das construções, o que propicia alta incidência de sobras desses materiais na construção civil. TABELA 39 - GRAU DE EXIGÊNCIA DAS CONSTRUTORAS QUANTO À QUALIDADE DOS PRODUTOS - PARANÁ - NOV-DEZ 1996 GRAUS DE EXIGÊNCIA QUEIMA DAS PEÇAS RESISTÊNCIA DO PRODUTO APARÊNCIA DO PRODUTO PADRONIZAÇÃO DAS PEÇAS PADRONIZAÇÃO DOS LOTES Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Não-exigente - - - - - - - - - - Pouco exigente - - - - - - - - - - Exigente 3 20 2 13 3 20 2 13 2 13 Muito exigente 12 80 13 87 12 80 13 87 13 87 TOTAL 15 100 15 100 15 100 15 100 15 100 FONTE: Pesquisa de Campo - IPARDES A exigência de qualidade, vinculada fundamentalmente a aspectos de redução de custos na construção civil, levou todas as construtoras pesquisadas a responderem que realizam algum tipo de controle de qualidade, o que contrasta com as respostas obtidas das empresas revendedoras de material de construção, onde apenas 71% o fazem. Outro contraste entre esses segmentos pode ser percebido, no que se refere ao controle visual, realizado pela quase totalidade das revendedoras, mas por apenas nove das construtoras pesquisadas (60%), nas quais normalmente é feito pelo mestre de obra ou pelo engenheiro responsável. As outras utilizam as estruturas técnicas existentes nas próprias empresas ou contratam empresas externas para realizarem testes de controle. Duas construtoras fazem amostragem do material cerâmico e a submetem a testes de resistência e de medidas através de equipe técnica da própria empresa. Outras duas contratam empresas privadas especializadas para fazer esses testes. Uma delas utiliza o instituto tecnológico de uma universidade em Curitiba e outra realiza um trabalho de desenvolvimento dos produtos cerâmicos em parceira com uma olaria. Quando perguntadas se realizavam outro tipo de controle de qualidade, apenas três empresas responderam afirmativamente. Esses controles estão ligados ao controle de qualidade do concreto, da argamassa, do aço, dos blocos de cimento e da areia, além de especificações dos demais materiais de construção. Uma das empresas respondeu estar implantando em todos os seus departamentos normas de controle de qualidade. 44

2.2.2 O Controle de Quali<strong>da</strong>de nas Em<strong>pr</strong>esas de Material de Construção<br />

As construtoras pesquisa<strong>da</strong>s consideram-se exigentes quanto à quali<strong>da</strong>de dos<br />

<strong>pr</strong>odutos que com<strong>pr</strong>am <strong>da</strong>s olarias. Conforme se observa na tabela 39, a maior<br />

exigência <strong>da</strong>s construtoras diz respeito à resistência dos <strong>pr</strong>odutos, à padronização <strong>da</strong>s<br />

peças <strong>no</strong>s lotes e à padronização entre os lotes entregues de <strong>pr</strong>odutos. O maior<br />

destaque desses itens em relação aos outros se deve à implicação de um elevado índice<br />

de quebra incidindo sobre os custos <strong>da</strong>s obras e a diferenciais de dimensões,<br />

impedindo uma adequação do tamanho <strong>da</strong>s peças às medi<strong>da</strong>s do <strong>pr</strong>ojeto <strong>da</strong>s<br />

construções, o que <strong>pr</strong>opicia alta incidência de sobras desses materiais na construção<br />

civil.<br />

TABELA 39 - GRAU DE EXIGÊNCIA DAS CONSTRUTORAS QUANTO À QUALIDADE DOS PRODUTOS - PARANÁ -<br />

NOV-DEZ 1996<br />

GRAUS DE<br />

EXIGÊNCIA<br />

QUEIMA DAS<br />

PEÇAS<br />

RESISTÊNCIA<br />

DO PRODUTO<br />

APARÊNCIA DO<br />

PRODUTO<br />

PADRONIZAÇÃO<br />

DAS PEÇAS<br />

PADRONIZAÇÃO<br />

DOS LOTES<br />

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %<br />

Não-exigente - - - - - - - - - -<br />

Pouco exigente - - - - - - - - - -<br />

Exigente 3 20 2 13 3 20 2 13 2 13<br />

Muito exigente 12 80 13 87 12 80 13 87 13 87<br />

TOTAL 15 100 15 100 15 100 15 100 15 100<br />

FONTE: Pesquisa de Campo - IPARDES<br />

A exigência de quali<strong>da</strong>de, vincula<strong>da</strong> fun<strong>da</strong>mentalmente a aspectos de<br />

redução de custos na construção civil, levou to<strong>da</strong>s as construtoras pesquisa<strong>da</strong>s a<br />

responderem que realizam algum tipo de controle de quali<strong>da</strong>de, o que contrasta com as<br />

respostas obti<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s em<strong>pr</strong>esas revendedoras de material de construção, onde apenas<br />

71% o fazem. Outro contraste entre esses segmentos pode ser percebido, <strong>no</strong> que se<br />

refere ao controle visual, realizado pela quase totali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s revendedoras, mas por<br />

apenas <strong>no</strong>ve <strong>da</strong>s construtoras pesquisa<strong>da</strong>s (60%), nas quais <strong>no</strong>rmalmente é feito pelo<br />

mestre de obra ou pelo engenheiro responsável. As outras utilizam as estruturas<br />

técnicas existentes nas <strong>pr</strong>ó<strong>pr</strong>ias em<strong>pr</strong>esas ou contratam em<strong>pr</strong>esas externas para<br />

realizarem testes de controle. Duas construtoras fazem amostragem do material<br />

cerâmico e a submetem a testes de resistência e de medi<strong>da</strong>s através de equipe técnica<br />

<strong>da</strong> <strong>pr</strong>ó<strong>pr</strong>ia em<strong>pr</strong>esa. Outras duas contratam em<strong>pr</strong>esas <strong>pr</strong>iva<strong>da</strong>s especializa<strong>da</strong>s para<br />

fazer esses testes. Uma delas utiliza o instituto tec<strong>no</strong>lógico de uma universi<strong>da</strong>de em<br />

Curitiba e outra realiza um trabalho de desenvolvimento dos <strong>pr</strong>odutos cerâmicos em<br />

parceira com uma olaria.<br />

Quando pergunta<strong>da</strong>s se realizavam outro tipo de controle de quali<strong>da</strong>de,<br />

apenas três em<strong>pr</strong>esas responderam afirmativamente. Esses controles estão ligados ao<br />

controle de quali<strong>da</strong>de do concreto, <strong>da</strong> argamassa, do aço, dos blocos de cimento e <strong>da</strong><br />

areia, além de especificações dos demais materiais de construção. Uma <strong>da</strong>s em<strong>pr</strong>esas<br />

respondeu estar implantando em todos os seus departamentos <strong>no</strong>rmas de controle de<br />

quali<strong>da</strong>de.<br />

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