20080111_3 - EPE
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PLANO DECENAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA – PDE 2007 / 2016<br />
Consolidando o raciocínio, é necessário supor algumas premissas. A refinaria, qualquer que seja seu esquema<br />
produtivo, deverá “destruir” escuros, o que nos leva a supor unidades de fundo de barril capazes de gerar produtos<br />
intermediários para processamento em unidades de tratamento e conversão catalítica.<br />
A mais flexível das unidades de fundo de barril, o coqueamento retardado, surge como opção interessante,<br />
definindo o perfil das três primeiras unidades que deverão estar presentes na refinaria: uma destilação atmosférica,<br />
seguida de uma destilação a vácuo e de uma unidade de coque.<br />
Outro ponto em termos de flexibilidade sugere usar unidades de FCC e HCC, com arranjo de cargas que permita<br />
operá-las, quer em série em qualquer ordem, quer em paralelo.<br />
Um esquema de refino focado em leves, com maximização de gasolinas, seria colocar o FCC e o HCC em série,<br />
nessa ordem, em termos de uso do gasóleo de destilação, ou seja, o gasóleo de vácuo seria destinado em sua totalidade<br />
para o FCC e o HCC processaria as correntes instáveis e pesadas.<br />
Um esquema para maximização de médios implicaria em inverter o destino do gasóleo, colocando o HCC<br />
prioritariamente ao FCC.<br />
Por razões operacionais, o esquema para a produção de médios, assim concebido, não é viável. Levaria a<br />
situações onde o FCC seria desnecessário ou de operação instável, porque a carga disponível para ele seria muito<br />
pequena.<br />
Definidas as condições extremas, pode-se elaborar um esquema intermediário que confira a flexibilidade<br />
operacional capaz de permitir operações máximo-gasolina – para atendimento de altas demandas pelo produto no<br />
verão no hemisfério norte – ou máximo-diesel, para situações de inverno.<br />
Com isso, pode-se alternar as condições operacionais para obtenção de máxima rentabilidade econômica,<br />
com uso da carga fresca (Gasóleos de Destilação a Vácuo) alimentando em paralelo o HCC e o FCC.<br />
Assim, considerando flexibilidades operacionais, possíveis futuras mudanças de elenco de petróleo, custos de<br />
construção e sazonalidades de mercado, o mais adequado é construir um HCC e um FCC, ambos com capacidade de<br />
absorver cada um 60% dos gasóleos de vácuo (20% de sobrecapacidade total, 10% em cada tipo de unidade).<br />
Conclui-se que um esquema de refino robusto é o composto por destilação atmosférica, destilação a vácuo,<br />
coqueamento retardado, hidrocraqueamento catalítico, e craqueamento catalítico, com distribuição “meio-a-meio”<br />
das cargas de gasóleos de vácuo e de conversão para o FCC e o HCC.<br />
Considera-se que os ajustes de qualidade, por meio de unidades de hidrotratamento, devem existir como condição<br />
sine qua non para atendimento dos mercados de exportação e interno brasileiro.<br />
Por outro lado, construir módulos de 250.000 b/d é uma alternativa interessante porque, inicialmente, permitiria<br />
atender ao mercado nacional, para, num segundo momento, após a avaliação da dinâmica de crescimento do<br />
mercado nacional e das potencialidades de exportação, completar a refinaria com igual capacidade.<br />
A Figura 4 mostra o esquema proposto, que passará a ser denominado de Módulo de Produção Flexível – MPF<br />
(Flex).