20080111_3 - EPE
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OFERTA DE DERIVADOS DE PETRÓLEO 539<br />
2.6.1. Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – COMPERJ<br />
Por meio de pesquisas em revistas, teses e sites na Internet, foi possível obter, com quantidade suficiente de<br />
dados, o esquema de refino e produção do COMPERJ 24 .<br />
Na Figura 2 é apresentado o esquema simplificado das etapas planejadas para o complexo petroquímico do<br />
Rio de Janeiro.<br />
Figura 2 – Esquema simplificado do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro<br />
Marlim<br />
150.000 bbl/d<br />
Unidade de Produção<br />
de Petroquímicos<br />
Básicos - Itaboraí<br />
Combustíveis<br />
Petroquímicos<br />
básicos<br />
Central de<br />
Escoamento de<br />
Produtos Liquídos<br />
de São Gonçalo<br />
Eteno<br />
P-Xileno<br />
Centro de Inteligência<br />
Estireno<br />
- Produtos descartáveis<br />
- Material escolar(régua,<br />
esquadro)<br />
- Linha Branca(geladeira,<br />
freezer)<br />
- Lanterna de automóveis<br />
- Copo de Liquidificador<br />
Etileno Glicol<br />
- Fluído de<br />
Refrigeração<br />
- Matéria Prima<br />
para poliéster<br />
Polietilenos<br />
- Embalagens de<br />
Alimentos<br />
- Tanque de gasolina<br />
- Embalagens de cosméticos<br />
- Sacolas plásticas<br />
Benzeno<br />
PTA<br />
PET<br />
- Fibras (Poliéster)<br />
- Garrafas PET<br />
(refrigerante, água)<br />
Propeno<br />
Polipropileno<br />
Fenol<br />
- Filme para embalagens<br />
- Tampa de garrafa de<br />
refrigentes<br />
- Potes de alimentos<br />
(Margarina, iogurte)<br />
- Industria de<br />
madeira<br />
- Fibras (nylon)<br />
O início da produção desta planta industrial está previsto para 2012. A Unidade Petroquímica Básica (UPB),<br />
integrante do Complexo, será a base para a criação de um parque industrial com central de utilidades e empresas de<br />
produção de produtos de segunda e terceira gerações como polietilenos, polipropileno, estireno, etileno-glicol. Os<br />
investimentos nesta etapa atingem US$5,2 bilhões.<br />
A operação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro vai proporcionar vantagens significativas à indústria<br />
brasileira:<br />
• produção em larga escala de matérias-primas petroquímicas (produção estimada em 1,3 milhão de t/ano de<br />
eteno, 900 mil t/ano de propeno, 360 mil t/ano de benzeno e 700 mil t/ano de xileno);<br />
• maior processamento de petróleo nacional;<br />
• economia de divisas estimada em US$2 bilhões/ano.<br />
Este ganho em divisas será obtido pela substituição da exportação de petróleo pesado, de menor valor no<br />
mercado, pela exportação de produtos de maior valor agregado a serem produzidos no complexo.<br />
Desta forma, os chamados “produtos petroquímicos básicos” serão gerados diretamente em instalações de<br />
refino, como alternativa a sua produção a partir de nafta a qual ainda é parcialmente importada.<br />
Atualmente, a nafta, o gás natural e os gases residuais de refinarias são as principais matérias-primas do setor,<br />
sendo que a nafta é a de maior destaque. Em torno de 30% do consumo dos três pólos petroquímicos nacionais<br />
baseados em nafta é importado. Este fato torna-se preocupante para a economia brasileira, especialmente se contextualizado<br />
no cenário mundial que prevê uma dificuldade no fornecimento de nafta, devido tanto à deterioração<br />
da qualidade dos petróleos processados quanto ao crescimento da demanda por petroquímicos básicos. Adicionalmente,<br />
alguns estudos indicam que a projeção da demanda pelas principais resinas termoplásticas superará a capacidade<br />
de produção atual em 2013, sendo que algumas resinas apresentarão déficit antes mesmo desta data, o que<br />
indica que apenas o aumento da utilização da capacidade instalada não será suficiente para suprir o mercado interno.<br />
Dentro deste contexto, a implantação de uma refinaria petroquímica apresenta-se como uma ótima alternativa<br />
24 Para informações suplementares ver: DESAFIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA REFINARIA PETROQUÍMICA NO BRASIL – P.C.<br />
dos Santos, P.R.Seidl, S. Borschiver – apresentação feita na Rio Oil & Gás 2006 - IBP