20080111_3 - EPE
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OFERTA DE DERIVADOS DE PETRÓLEO 523<br />
A aplicação de um Fator de Utilização (FUT) das unidades de destilação para as demais instalações é inadequada,<br />
porque supõe desempenho operacional similar para unidades de diferentes complexidades.<br />
Para que os dados de saída do simulador sejam confiáveis, tomou-se o volume nacional de derivados de petróleo<br />
produzido pelas refinarias nacionais e informada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis<br />
– ANP 22 para o ano de 2005. Usando o simulador com o perfil de carga de petróleo do ano, obtém-se a produção<br />
oriunda da utilização plena das capacidades nominais.<br />
Para correção, por comparação, ajustou-se um FUT “estendido” médio para o parque nacional, sabendo que os<br />
efeitos dessas ineficiências localizadas impactam os volumes totais. Com este artifício, o erro entre a produção calculada<br />
e a efetiva resultou desprezível.<br />
Para aplicar o FUT estendido ao longo do tempo, conservadoramente, considerou-se o valor constante e aplicável<br />
a todos os períodos. Sabidamente, plantas de processo nos primeiros anos de operação exibem taxa de falha<br />
mais alta, tendo, portanto, menor confiabilidade operacional. Por outro lado, ganha-se disponibilidade operacional<br />
do conjunto produtivo pela aplicação de técnicas de engenharia nas unidades que já estão em operação, mas perde-se<br />
nas unidades mais novas. Assim, manter o FUT estendido constante parece ser razoável face à lógica de compensação.<br />
Operação do Modelo<br />
O modelo maximiza carga para as unidades de fundo de barril (Coqueamento Retardado e Desasfaltação a<br />
Propano), sendo que a unidade de coqueamento é priorizada. As unidades de conversão mais eficientes (MHC, HCC<br />
e FCC de RAT) também têm prioridade de alocação de carga em relação aos FCCs tradicionais.<br />
Para facilitar o uso do simulador ao longo do período do estudo, inseriu-se tabelas onde as unidades em início<br />
de operação vão sendo incluídas, produzindo-se um “retrato” do perfil de refino que gerará a produção de derivados<br />
ano a ano.<br />
Com isso, é possível fazer a comparação destes valores com a planilha que contém as demandas previstas, obtendo-se<br />
imediatamente o balanço anual em volume para cada derivado.<br />
2.3. Projeção da Demanda de Derivados e da Produção Nacional de Petróleo<br />
Foram consideradas as projeções da demanda nacional de derivados elaboradas para dois cenários macroeconômicos,<br />
conforme apresentadas no Capítulo II, as quais são comparadas com a produção de derivados obtida pelo<br />
modelo de fluxos de refino.<br />
Utilizou-se também a expectativa de evolução da produção nacional de petróleo (desmembrada pelas categorias<br />
leve, médio e pesado), assim como de GLP e naftas oriundos de UPGNs, conforme apresentado no Capítulo<br />
IV, levando em consideração os recursos descobertos e não-descobertos. Admitiu-se a utilização deste mix de petróleo<br />
nacional como carga na refinaria Brasil. Há, com isso, excedentes de petróleo a exportar ou refinar.<br />
Foi considerado que a oferta de petróleo, recurso natural não-renovável, sua magnitude e potencialidades<br />
independem do cenário macroeconômico considerado, uma vez que foi admitido que a curva de produção de<br />
petróleo seria a mesma em todos os cenários analisados. Além disto, por razões de eficiência energética, melhor<br />
utilização dos recursos disponíveis e para minorar os custos de refino, assumiu-se que o parque instalado deverá ser<br />
operado a plena capacidade durante todo o período.<br />
22 Ver www.anp.gov.br / clicar em petróleo e derivados / procurar quadro Refino e Processamento de Gás Natural – clicar em Dados Estatísticos<br />
/ escolher Produção de Derivados em m3 .