20080111_3 - EPE
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OFERTA DE DERIVADOS DE PETRÓLEO 519<br />
O modelo em fluxos de refino re-balanceia fluxos volumétricos de um parque de refino completo, para diferentes<br />
tipos-padrão de petróleo e um esquema-base que integra todas as unidades das refinarias existentes no Brasil<br />
15 . Neste re-balanceamento, o modelo prioriza os fluxos para as unidades de alta conversão, como o FCC de RAT, o<br />
HCC e o Coqueamento Retardado, assim como utiliza toda a capacidade operacional de alquilação, reforma catalítica<br />
e isomerização caso existam no parque de refino analisado 16 . Segue, assim, lógica semelhante à dos fundamentos<br />
de agregação de complexidade em uma refinaria, conforme o Índice de Nelson.<br />
São considerados apenas quatro tipos de petróleo, dos quais três representam os petróleos nacionais (leve,<br />
médio e pesado), enquanto o quarto serve para designar um petróleo importado típico (Árabe Leve). Procurou-se<br />
processar todo o petróleo nacional possível, observando-se, todavia, a premissa de que o petróleo necessário á produção<br />
de lubrificantes na REDUC (cerca de 5% do total processado no País) seria importado.<br />
Além desta importação, nenhuma outra foi considerada, por estimar-se que a implantação dos projetos de<br />
adaptação metalúrgica 17 para processamento de petróleo de alta acidez naftênica, tornará a produção nacional de<br />
petróleos leves suficiente para a formação de elenco de petróleos nacionais capaz de oferecer eficiência operacional<br />
adequada, eliminando a importação de petróleos leves que hoje suplementam o elenco para superar gargalos<br />
de produção.<br />
O modelo disponibilizado pela COPPE foi acrescido das unidades de processo de hidrotratamento de instáveis.<br />
Para elas, e nas refinarias consideradas pela Petrobras para implantação do processo, considerou-se a possibilidade<br />
de uso de três cargas: o óleo diesel de destilação direta, a mistura de corrente de instáveis produzidas nas<br />
unidades de conversão (Light Cycle Oil de FCC e RFCC e gasóleo leve de Coque) e óleo vegetal para a produção de<br />
diesel por hidrogenação (H-Bio) 18 .<br />
O modelo foi também acrescido de variáveis para cálculo de cargas e produção – chamadas de pool – permitindo<br />
assim rastrear a forma como cada processo contribui para o volume de produção dos derivados.<br />
Outra melhoria importante inserida foi o cálculo da expansão volumétrica total. Esta variável permite acompanhar<br />
a evolução do perfil de produção, à medida que as diversas unidades de conversão vão iniciando operação, ao<br />
longo dos anos avaliados.<br />
Além disso, a apuração da produção total considera também um Fator de Utilização de Refinaria “estendido”,<br />
o que torna mais conservadora a análise dos resultados. Um maior detalhamento sobre a natureza, efeitos e aplicações<br />
deste fator é apresentado a seguir.<br />
Descrição do Simulador de Refino<br />
Para estimativa do perfil de produção do parque de refino do país ano a ano, no horizonte do Plano Decenal<br />
2007/2016, considerou-se:<br />
• a evolução da carga processada, mantendo-se a importação de árabe leve, essencialmente para a produção<br />
de lubrificantes;<br />
• os principais investimentos planejados para cada refinaria existente no Brasil, mostrados mais adiante 19 ;<br />
• o Modelo de Fluxos de Refino aprimorado na <strong>EPE</strong>, conforme a plataforma originalmente concebida em 1998<br />
no Programa de Planejamento Energético da COPPE.<br />
15 Este tipo de simulação integrada do parque de refino, por meio da sua representação como uma única refinaria, embora simplificadora e<br />
reducionista para otimizações finas por carga, é bastante comum em modelos de longo prazo. Neste caso, assume-se que o ótimo global do<br />
parque é compatível com o ótimo de cada refinaria, o que nem sempre é verdade, mas ainda assim tende a ocorrer em parques majoritariamente<br />
controlados por uma única empresa – BABUSIAUX et al. (1983). Aggregate Oil Refining Models. Energy Exploration & Exploitation, 2<br />
(2), 143-153.<br />
16 Ver Szklo et al. (2004)<br />
17 Ver Perrisse, Oddone e Belato (2004).<br />
18 Para maiores detalhes do processo H-BIO ver Rocha (2006).<br />
19 Fonte: Petrobras / Abastecimento - Corporativo / Planejamento Corporativo / Gestão de Portfólio – Posição da carteira de Investimentos, em<br />
05.092006.