20080111_3 - EPE
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PLANO DECENAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA – PDE 2007 / 2016<br />
5. Síntese de Aspectos Relevantes das Projeções<br />
Embora o declínio de reservas seja um fato esperado no desenvolvimento de qualquer província petrolífera, ao<br />
longo dos anos, uma vez que estamos tratando de recursos não renováveis, cabe uma explicação para o caso deste<br />
Plano. As estimativas de reservas e produção apresentadas neste trabalho devem ser consideradas como conservadoras<br />
pelas seguintes razões:<br />
a) O potencial atribuído a novas descobertas baseia-se unicamente nos blocos exploratórios licitados pela ANP<br />
até a Sétima Rodada. Conseqüentemente, o potencial de blocos em áreas ainda não licitadas poderá contribuir para<br />
uma previsão mais otimista.<br />
b) Informações sobre possíveis volumes de descobertas em fase de avaliação exploratória, contidas em Planos de<br />
Avaliação submetidos pelas concessionárias à ANP, não foram incorporadas às previsões de produção e reservas.<br />
c) Não se considerou o acréscimo de reservas por métodos avançados de recuperação, o que pode afetar principalmente<br />
as previsões referentes ao petróleo.<br />
d) Não se considerou a variação anual de reservas totais contabilizada pela ANP para o ano de 2006, informada<br />
em 2007, já durante a fase de edição deste PDE 2007/2016. Com a premissa de reservas de 31/12/2005 adotada para<br />
elaboração deste plano, as reservas totais previstas para 2006 são menores do que aquelas contabilizadas pela ANP,<br />
em 13% para o petróleo e em 16% para o gás natural. Contudo, não se espera que tais diferenças alterem significativamente<br />
o panorama geral de evolução das reservas totais e das previsões de produção apresentadas neste plano,<br />
principalmente para o primeiro qüinqüênio, o que poderá ser verificado a partir de estudos mais detalhados a serem<br />
elaborados para o PDE 2008/2017.<br />
As seguintes tendências no decênio 2007/2016 são observadas, a partir da análise apresentada nos itens anteriores:<br />
A produção nacional de petróleo, baseada nos históricos de produção e nas reservas dos campos conhecidos,<br />
bem como em planos publicados pela indústria nacional, deverá crescer até 2014, atingindo um patamar de 159 milhões<br />
de m 3 /ano. Com a entrada de volumes recuperáveis provenientes de novas descobertas, a tendência crescente<br />
deverá manter-se até 2015, quando se prevê uma produção anual de 172 milhões de m 3 (correspondentes a 2,964<br />
milhões de barris diários).<br />
Considerando-se os níveis atuais de reservas totais e admitindo-se apenas os níveis de reposição de reservas<br />
previstos neste plano, a tendência das reservas de petróleo é declinante, saindo de um nível estimado de 2,4 bilhões<br />
de m 3 em 2007 para o nível de 1,3 bilhões de m 3 em 2016.<br />
A produção nacional de gás natural a partir das atuais reservas totais deverá crescer até 2010, mantendo-se no<br />
patamar de 35 bilhões de m 3 anuais até 2011. Somando-se a contribuição de volumes recuperáveis a descobrir nos<br />
blocos licitados pela ANP até a Sétima Rodada, o patamar de 35 bilhões de m 3 anuais poderá ser mantido até 2013,<br />
quando a produção anual poderá crescer até um novo patamar de 45 bilhões de m 3 em 2015 e 2016.<br />
As reservas totais nacionais de gás natural, estimadas em 474 bilhões de m 3 em 2007, deverão declinar até 2009,<br />
quando atingirão o nível previsto de 428 bilhões de m 3 . Mediante a contribuição de novas descobertas, haverá um<br />
incremento até 2011, quando se estima um volume recuperável de 540 bilhões de m 3 .<br />
Para se atingirem os níveis de produção de petróleo e gás natural previstos neste trabalho, os investimentos<br />
das empresas concessionárias de E&P no Brasil para o decênio 2007/2016 deverão ser realizados entre US$ 108,9<br />
bilhões e US$ 133,6 bilhões. Nestes valores não estão incluídos investimentos que deverão ser realizados pela ANP<br />
para aquisição de dados geológicos das bacias sedimentares brasileiras, necessários para o planejamento do MME<br />
quanto às novas rodadas de licitação de blocos exploratórios.<br />
Embora não se tenha feito uma avaliação mais profunda e em termos probabilísticos, por indisponibilidade<br />
de informações, é admissível supor que há possibilidade de manutenção da razão R/P (reservas totais / produção)<br />
nos níveis históricos recentes, em média 27 anos, no período de 2000 a 2006. Para tanto, mantendo-se as previsões<br />
de produção deste plano, seria necessário incorporar nas reservas totais, por ano, até 2016, cerca de 300 milhões de<br />
m3 de petróleo e 98 bilhões de m3 de gás natural. Tais valores de incorporação são admissíveis, quando se considera