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20080111_3 - EPE

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PLANO DECENAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA – PDE 2007 / 2016<br />

capacitação, prevê-se a instituição de cursos de eficiência energética nos níveis técnico e de pós-graduação. Nos<br />

cursos superiores, será promovida ampla revisão nos currículos dos cursos de engenharia e arquitetura, de forma<br />

que estes abordem adequadamente o tema de eficiência energética.<br />

(b) Nível básico: o ensino da eficiência energética visa criar formadores de opinião desde a infância. Para tanto,<br />

visa-se a inserção da matéria sobre eficiência energética e meio ambiente na grade curricular do ensino médio;<br />

além de campanhas, palestras, treinamento de professores e divulgação de cartilhas nas escolas: esta é uma ação<br />

que já vem sendo trabalhadas pelo PROCEL e CONPET.<br />

(c) Capacitação dos gestores dos contratos energéticos e das empresas de serviços de conservação de energia<br />

– ESCOs. Aos primeiros, serão fornecidas informações básicas, tais como subsídios à revisão de contratos de<br />

suprimento, medidas de baixo custo para economia de energia etc. Às ESCOs, serão fornecidas informações sobre o<br />

acesso a financiamentos e estruturas de contratos de projetos de eficiência energética.<br />

2.3. Ações Setoriais<br />

Segmento Residencial<br />

A classe residencial no Brasil responde por 11,1% do consumo final de energia e por 23,9% do atual consumo<br />

de energia elétrica, o qual atinge 24,5% no final do período (2016). O expressivo potencial de conservação de energia<br />

elétrica deste setor, estimado em 30% para edificações já existentes, pode chegar a 50% nas edificações que utilizem<br />

tecnologia energeticamente eficiente, desde a concepção inicial do projeto. Este setor responde também por<br />

51% do consumo de lenha, que vem sendo reduzido pela substituição por GLP e GN; 80% do consumo do GLP, que<br />

também vem sendo reduzido pela substituição por GN; e por 1,9% do consumo de GN, que cresce devido, principalmente,<br />

a sua competitividade no início do horizonte deste documento, segundo o cenário descrito no capítulo 2.<br />

As ações de eficiência energética nesse segmento devem considerar, além da conservação da energia, o aspecto<br />

social, sobretudo com vistas à promoção da capacidade de pagamento, por parte de consumidores de baixa<br />

renda, de suas despesas com energia.<br />

Nesse contexto, a ANEEL destina, no mínimo, 50% dos recursos dos programas de eficiência energética das<br />

concessionárias distribuidoras de eletricidade, a projetos junto aos consumidores da classe residencial de baixa<br />

renda. Esse percentual impôs desafio inicial para as concessionárias, mas mostrou-se adequado no sentido da regularização<br />

de consumidores e na promoção da adimplência.<br />

As ações propostas neste segmento serão realizadas por meio do Programa de Eficiência Energética das Distribuidoras<br />

– PEE. A ação de substituição energética receberá ainda o investimento de um novo programa que está<br />

sendo trabalhado pelo Ministério de Minas e Energia, conjuntamente com o Ministério do Meio Ambiente, específico<br />

para este fim.<br />

Para esse segmento, são propostas duas linhas de ação descritas a seguir.<br />

(a) Substituição de Equipamentos:<br />

Os equipamentos para o uso final de iluminação e refrigeração, segundo recente pesquisa de posse e hábitos do<br />

PROCEL realizada em todo o Brasil, responde 36% do consumo final na carga residencial, a qual é maior na região Nordeste,<br />

com 40%, e menor na região Sul, com 24%. O condicionamento de ar não é um uso final de energia de larga utilidade<br />

no segmento de baixa renda, contudo representa 20% do consumo da classe residencial (atinge a maior parcela<br />

no norte, com 40%, e menor no sudeste, com 11%) e por este motivo tornou-se foco das ações de eficiência.<br />

i) Iluminação: troca de lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas;<br />

ii) Refrigeração: substituição de refrigeradores antigos e em estado precário por equipamentos novos com<br />

Selo PROCEL de Eficiência Energética. Essa substituição possui relevante aspecto ambiental em função do elevado<br />

número de refrigeradores velhos que utilizam substâncias causadoras do Efeito Estufa e destruidoras da Camada de<br />

Ozônio;<br />

iii) Condicionamento de Ar: substituição de condicionadores de ar antigos e em estado precário por equi-

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