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20080111_3 - EPE

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OFERTA DE CARVÃO MINERAL 709<br />

Os Estados Unidos, entretanto, até 2002 eram o maior exportador de carvão para o Brasil, como pode ser visto<br />

no Gráfico 15. Deste país é importado basicamente carvão metalúrgico. A importação da Colômbia e da Venezuela<br />

atende parte da demanda de carvão vapor da indústria cimenteira. A queda na importação a partir de 2002, como<br />

mostra o Gráfico 15, é resultado de uma redução na demanda por carvão vapor (ou carvão energético) após o racionamento<br />

de energia, em 2001.<br />

16.000<br />

Gráfico 15 – Evolução da Importação Brasileira de Carvão<br />

14.000<br />

12.000<br />

10.000<br />

1000 t<br />

8.000<br />

6.000<br />

4.000<br />

2.000<br />

0<br />

1978 1980 1985 1990 1995 2000 2002 2003 2004<br />

África do Sul Austrália Canadá China Colômbia EUA Polônia Venezuela Outros<br />

Fonte: DNPM<br />

Segundo o Borba (2001), a situação atual de dependência externa do país quanto ao carvão mineral não deve<br />

sofrer modificação, pois dificilmente as siderúrgicas brasileiras voltarão a consumir carvão coqueificável proveniente<br />

de Santa Catarina, pela maior adequação do carvão importado a este uso. Além disso, o conhecimento geológico<br />

da jazida de Santa Terezinha, única no país com potencial para atender parte da demanda de carvão metalúrgico, é<br />

apenas preliminar, sem nenhum estudo econômico. Ademais, se trata de jazida situada a profundidades entre 400 e<br />

800 metros, o que implica que sua exploração exige investimentos pesados apenas para a conclusão da fase pesquisa.<br />

Deste fato, pode-se inferir que, no curto prazo, não existem perspectivas de que ela possa se tornar economicamente<br />

viável.<br />

No setor elétrico, por outro lado, o combustível que alimenta as termelétricas a carvão é integralmente produzido<br />

no país. Pesa favoravelmente ao consumo de carvão mineral para geração termelétrica o fato de o grau de nacionalização<br />

dos equipamentos ser superior ao adotado em outras alternativas de geração como o gás natural, por<br />

exemplo. Além disso, a volatilidade dos preços do carvão mineral tem se mostrado comportada em anos recentes,<br />

conforme é apresentado no item 5.2.1, o que configura um elemento de redução de incerteza para investimentos<br />

em geração elétrica. É sempre conveniente lembrar que a expansão da geração termelétrica no Brasil demandará,<br />

além da disponibilidade deste recurso, também de tecnologias que reduzam os impactos ambientais provocados<br />

pelo processo de produção e pelo consumo de carvão.

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