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20080111_3 - EPE

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PLANO DECENAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA - 2007 / 2016<br />

O carvão mineral consumido no país pode ser classificado em carvão energético (ou vapor) e carvão metalúrgico.<br />

Segundo Gomes et al. (2003), a distinção entre estes tipos de carvão pode ser relacionada à qualidade da<br />

rocha, o que inclui parâmetros tais como a origem, quantidade de carbono e sua história geológica, entre outros.<br />

Especificamente no caso do carvão metalúrgico, a propriedade relevante para aplicação na siderurgia é a sua capacidade<br />

de perder voláteis durante o seu aquecimento, mantendo uma estrutura carbono-hidrogênio porosa de<br />

formato esquelético, oferecendo boa resistência mecânica. O produto obtido a partir do aquecimento deste tipo<br />

de carvão é o coque que, além de fornecer energia térmica para o processo, também dá sustentação mecânica e a<br />

porosidade necessária para percolação dos agentes gaseificantes redutores na formação de produtos metalúrgicos<br />

(CPRM, 2003). O carvão energético, também conhecido como carvão vapor, tem aplicação exclusivamente energética,<br />

na geração de calor para a indústria e em plantas termelétricas.<br />

A Tabela 11 apresenta o balanço total da oferta e consumo de carvão mineral no Brasil, incluindo o carvão vapor<br />

e o carvão metalúrgico. 11 Como se pode observar destes dados, em termos totais, predomina o consumo industrial<br />

de carvão, fato que se explica pela demanda de carvão metalúrgico da siderurgia brasileira. Um panorama mais<br />

desagregado deste consumo revela a diferença de perfis de consumo dos citados tipos de carvão mineral.<br />

Tabela 11 – Carvão Mineral – Produção, Importação e Consumo (mil t/ano)<br />

Parcela 2003 2004 2005<br />

Produção 4.646 5.406 6.255<br />

Importação 13.493 14.081 13.699<br />

Variação de Estoques, Perdas e Ajustes -14 242 -105<br />

Transformação* 13.382 14.614 14.830<br />

Consumo na indústria 4.743 5.115 5.018<br />

* Geração de energia elétrica e processamento em coquerias<br />

Fonte: <strong>EPE</strong>, 2006b<br />

O carvão vapor é atualmente suprido pela produção nacional, e destinado principalmente à geração termelétrica<br />

em centrais de serviço público (CESP), como se pode observar na Tabela 12. Uma proporção bastante reduzida<br />

deste carvão é empregada na indústria, para geração de calor. Este combustível apresentou reduções de consumo<br />

consideráveis nos últimos 25 anos, substituindo o atendimento da demanda por calor em fornos rotativos por combustíveis<br />

tais como o coque verde de petróleo. No ano de 2005 respondeu por mais de 66% da demanda de energia<br />

final na indústria cimenteira, que utiliza atualmente as cinzas resultantes da combustão do carvão vapor em termelétricas<br />

brasileiras, com fins de adição ao clínquer, na produção de cimentos tais como o CP-IV. A utilização de carvão<br />

mineral nos demais segmentos industriais inclui (CPRM, 2003): geração de eletricidade e vapor (petroquímica e papel<br />

& celulose) e na secagem de grãos (alimentos & bebidas). Por sua vez, o pequeno consumo de carvão registrado<br />

no modal ferroviário no ano de 1990, deveu-se à utilização deste energético em locomotivas a vapor.<br />

11 O consumo final de energia por fonte é tratado no Capítulo II – Demanda de Energia , sendo que a parte relativa ao carvão mineral está<br />

agregada na rubrica “Outros” das tabelas apresentadas naquele Volume.

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