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20080111_3 - EPE

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PLANO DECENAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA - 2007 / 2016<br />

possibilidade de integração com o modal ferroviário, aumentando a flexibilidade para a localização de usinas termelétricas.<br />

A integração com o modal ferroviário é uma possibilidade real tendo em vista o projeto da Ferrovia Nova<br />

Transnordestina, que prevê a construção de uma moderna ferrovia com 1.800 km de extensão, ligando Eliseu Martins<br />

(PI), aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE). No Maranhão, o porto de Itaqui, já servido pela Estrada de Ferro<br />

Carajás, está na área da Ferrovia Norte-Sul, em construção.<br />

2.4. Tecnologias de Geração Termelétrica a Carvão<br />

Com a crescente pressão ambiental, especialmente em relação às mudanças climáticas, o fator tecnológico assume<br />

papel relevante na oferta de energia, ambiente no qual se insere a expansão da geração termelétrica a carvão<br />

mineral. Neste caso, isto decorre do fato de que, além do tratamento caro e complexo do carvão mineral para sua<br />

utilização, também sua combustão emite gases acidificantes como óxidos de nitrogênio e de enxofre, além de dióxido<br />

de carbono e material particulado. As alternativas tecnológicas atualmente disponíveis ou em pesquisa para a<br />

geração de energia elétrica a partir do carvão são apresentadas resumidamente na Tabela 10.<br />

Tabela 10 – Tecnologias de Geração Termelétrica a Carvão<br />

Tecnologia Situação 1 Eficiência na conversão<br />

(%)<br />

Investimento<br />

(US$/kW) 2<br />

Combustão pulverizada C 38-46 1.300-1.500<br />

Combustão em Leito Fluidizado<br />

• Pressão atmosférica C/D 34-37 1.450-1.700<br />

• Circulação 3 C/D 37-39 1.459-1.700<br />

• Pressurização 3 D 42-45 1.450-1.700<br />

Gaseificação integrada<br />

• Com ciclo combinado D 45-48 1.450-1.700<br />

• Com célula combustível P&D 40-60 1.700-1.900<br />

Combustão direta<br />

• Turbina P&D 35-45 1.200<br />

• Diesel P&D 35-40 500-1.000<br />

Nota: 1- Situação: C = comercial; D = demonstrado; P&D = pesquisa e desenvolvimento; 2- Preços internacionais; 3- Vapores sub e supercríticos.<br />

Fonte: IEA, 1997<br />

Considerando-se o estágio de desenvolvimento das tecnologias acima citadas, bem como as características<br />

do carvão nacional, considera-se que as tecnologias de combustão pulverizada a leito fluidizado são as que apresentam<br />

as melhores perspectivas para aplicação nas futuras termelétricas a carvão nacional, no horizonte considerado<br />

para o presente estudo.<br />

Esse entendimento é corroborado pelos projetos disponíveis: as Usinas de Jacuí e Candiota Fase C, que estão<br />

em construção, utilizam a tecnologia da combustão pulverizada; outros dois projetos, a Usina Sul Catarinense<br />

– USITESC e Seival, no Rio Grande do Sul, utilizarão, respectivamente, a combustão em leito fluidizado circulante e a<br />

combustão pulverizada.<br />

Quanto às possíveis termelétricas baseadas no consumo de carvão importado, a qualidade do combustível a<br />

ser utilizado poderá permitir a introdução de tecnologias mais eficientes. A partir de 2015, por exemplo, seria admissível<br />

considerar a combustão pressurizada, possibilitando eficiência de até 45%.

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