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20080111_3 - EPE

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OFERTA DE CARVÃO MINERAL 703<br />

Figura 3 – Principais Portos Brasileiros<br />

Fonte: Ministério dos Transportes<br />

Ganha destaque no atendimento à demanda de carvão mineral pelo país, aquela relacionada ao consumo de<br />

carvão metalúrgico. De acordo com Borba (2001), à exceção do carvão colombiano comprado pela indústria cimenteira,<br />

quase toda a importação do mineral no Brasil é para uso siderúrgico. Esta situação não deve se modificar, pois<br />

dificilmente as siderúrgicas brasileiras voltarão a consumir carvão coqueificável proveniente de Santa Catarina. As<br />

únicas possibilidades reais estariam nas jazidas de Chico Lomã-Morungava e Santa Terezinha, pelas características<br />

descritas anteriormente.<br />

A importação de tal fonte de energia se justifica em determinadas indústrias pelo acréscimo de valor agregado<br />

ao produto final, como é o caso da siderurgia. Como este não é o caso do setor elétrico, pagar um preço superior<br />

na importação não se justifica economicamente. Há, entretanto, a possibilidade de aproveitamento dos navios que<br />

transportam, por exemplo, minério de ferro e voltam vazios aos portos brasileiros. Neste caso, deve-se verificar a disponibilidade<br />

de tais embarcações, a existência de tecnologia de geração (a menos poluente possível) e a aceitação<br />

da população.<br />

Devido à existência em abundância de carvão no Sul do país, não parece razoável cogitar a instalação de termelétricas<br />

a carvão importado nessa região. Por outro lado, dadas as características do carvão nacional, não parece<br />

aceitável cogitar a instalação de termelétricas a carvão nacional fora dessa região.<br />

Assim, as regiões brasileiras naturalmente candidatas a instalar termelétricas a carvão importado seriam o<br />

Nordeste e o Sudeste, quer pelas dimensões do mercado de energia elétrica, quer pela necessidade de alternativas<br />

de geração de porte. Ambas as regiões possuem portos estrategicamente localizados, com amplas condições de<br />

receber, ou de se preparar para tal, grandes volumes de carvão.<br />

Alguns desses portos já funcionam como terminais de carvão, para atendimento à indústria siderúrgica, como<br />

Sepetiba (RJ) e Vitória (ES). Pelo menos um porto no Nordeste, Pecém (CE), em breve estará atendendo à siderúrgica<br />

local. Outros portos no Nordeste, como Suape (PE) e Itaqui (MA), também reúnem condições para receber esse tipo<br />

de carga, ainda que investimentos adicionais possam ser necessários. Nesses três casos, outro fator relevante é a

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