20080111_3 - EPE
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PLANO DECENAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA - 2007 / 2016<br />
Finalmente, ainda no estado do Rio Grande do Sul, há as minas Leão I e II. A primeira situa-se no município de<br />
Minas do Leão, a 90 km de Porto Alegre, às margens da BR-290. De acordo Gomes et al (2003), os trabalhos de subsolo<br />
foram interrompidos em 2002 devido, principalmente, aos altos custos da mineração. Atualmente, a mina produz<br />
a partir da área da Boa Vista, mina a céu aberto que emprega equipamentos tradicionais de terraplanagem em<br />
seus trabalhos. A mina Leão II também se localiza no município de Minas do Leão, a 6 km ao norte da Mina do Leão I.<br />
Em Santa Catarina, encontra-se a jazida Sul Catarinense, onde ocorrem dez camadas de carvão, sendo Barro<br />
Branco e Bonito as mais importantes, em termos econômicos. De acordo com Gomes et al (2003), estes depósitos<br />
são os mais intensamente explotados nas últimas décadas no Brasil, devido às propriedades coqueificáveis do mineral<br />
e do consumo nas plantas termoelétricas do complexo Jorge Lacerda, em Tubarão (SC). As espessuras médias nas<br />
áreas mineradas são em torno de 1,6 m e as coberturas vão de camadas aflorantes até mais de 800 m, entretanto,<br />
os setores lavráveis a céu aberto estão quase esgotados para a camada Barro Branco. O rendimento do combustível<br />
desses depósitos varia de 30 a 35% sobre o carvão bruto.<br />
As camadas Barro Branco e Bonito ofertam um carvão pobre para a coqueificação e de poder energético que<br />
pode ser classificado como de pobre a médio, admitindo algum beneficiamento e transporte a curta distância. As<br />
partes a céu aberto e de subsolo rasas já foram quase todas mineradas, de modo que há uma crescente dificuldade<br />
dessa jazida em manter um ritmo intenso de lavra, com minas profundas e estruturalmente difíceis. A Tabela 7 a seguir<br />
apresenta as características do carvão das referidas minas.<br />
Tabela 7 – Características de Jazidas de Carvão Situadas em Santa Catarina (ROM)<br />
Jazida PC (kcal/kg) Carbono (%) Cinzas (%) Enxofre (%)<br />
Sul Catarinense 2.700-2.800 21,4-26,5 58,3-62,1 4,3-4,7<br />
Fonte: Carvalho, 2005<br />
Finalmente, na região central do Paraná encontram-se as jazidas de Cambuí e Sapopema, que representam<br />
menos de 1% dos recursos nacionais. O combustível da primeira tem alto teor de cinzas (45%) e de enxofre (6%). A<br />
produção é consumida na usina termelétrica de Figueira localizada a 5 km da mina. Há um projeto de repotenciação<br />
da tal usina que ampliaria a capacidade instalada dos atuais 20 MW para 125 MW. Neste caso, segundo Campaner &<br />
Espoladore (2004), será necessário utilizar o carvão da jazida de Sapopema.<br />
Tabela 8 – Características de Jazidas de Carvão Situadas no Paraná (ROM)<br />
Jazida PC (kcal/kg) Carbono (%) Cinzas (%) Enxofre (%)<br />
Cambuí 4.850 30 45 6<br />
Sapopema 4.900 30,5 43,5 7,8<br />
Fonte: Carvalho, 2005<br />
Em termos de firmas produtoras de carvão mineral, operam no país atualmente quatorze empresas (Carvalho, 2005):<br />
• Paraná: Companhia Carbonífera do Cambuí;<br />
• Santa Catarina: Carbonífera Criciúma S.A., Carbonífera Metropolitana S.A., Cooperminas - Cooperativa de<br />
Extração de Carvão Mineral dos Trabalhadores de Criciúma Ltda., Carbonífera Catarinense, Indústria Carbonífera Rio<br />
Deserto, Coque Catarinense Ltda. - Cocalit, Comin & Cia. Ltda., Mineração São Domingos Ltda., Carbonífera Belluno<br />
Ltda. e Minageo Ltda;<br />
• Rio Grande do Sul: Companhia Riograndense de Mineração – CRM, Copilai Mineração Ltda. e Carbonífera<br />
Palermo Ltda.<br />
O maior produtor de carvão ROM é o estado de Santa Catarina, com uma produção de 7,8 milhões de toneladas,<br />
em 2005, que representa 63% da produção nacional. Apesar disso, a maior empresa produtora está no estado do<br />
Rio Grande do Sul, A Companhia Riograndense de Mineração (CRM), que em 2005 produziu 2,2 milhões de toneladas.