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20080111_3 - EPE

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OFERTA DE CARVÃO MINERAL 687<br />

Introdução<br />

O sistema elétrico brasileiro é hidrotérmico, com predominância da geração hidráulica, da ordem de 84% da<br />

capacidade instalada total em 2007, conforme indicado na parte 1 do Capítulo III – Oferta de Energia Elétrica. A participação<br />

das usinas termelétricas, embora crescente, é basicamente complementar. Para o final do horizonte deste<br />

Plano (2016) verifica-se que a participação das fontes não hidrelétricas atinge cerca de 20% da capacidade instalada<br />

projetada.<br />

Nos últimos anos a diversificação da matriz elétrica tem sido vista como um fator de aumento da segurança no<br />

abastecimento. Assim sendo, nos estudos da expansão do parque de geração elétrica brasileiro, há que se analisar a<br />

disponibilidade de todos os recursos energéticos com potencial de atender à crescente demanda de energia elétrica<br />

da população a preços que possam garantir a modicidade tarifária.<br />

Neste contexto, o carvão mineral pode passar a desempenhar um papel de crescente importância no setor<br />

elétrico brasileiro.<br />

No Brasil, existe uma grande disponibilidade de carvão mineral, principalmente na região Sul. Além disso, é<br />

possível considerar a importação do produto, já existindo inclusive projetos para o aproveitamento desses recursos.<br />

Com efeito, os estudos da expansão da oferta e da demanda de energia no longo prazo, desenvolvidos pela<br />

<strong>EPE</strong> como subsídio para o Plano Nacional de Energia 2030 – PNE 2030, indicam a potencialidade de crescimento da<br />

geração termelétrica a carvão mineral no Sul do país entre 3.500 e 6.000 MW no período 2016/2030.<br />

Nos itens que se seguem é apresentado um resumo dos estudos efetuados relativamente ao carvão mineral,<br />

procurando-se destacar as principais variáveis que subsidiaram as análises no âmbito do Plano Decenal de Energia<br />

2007/2016.<br />

É inicialmente apresentado um panorama do carvão mineral no mundo e no Brasil.<br />

Em seguida são abordados os aspectos referentes à potencialidade de expansão da geração termelétrica a<br />

carvão mineral no Brasil, a projeção de consumo deste energético e suas perspectivas de preços.<br />

Finalmente, é apresentada uma descrição geral dos principais impactos ambientais associados à produção e<br />

utilização do carvão mineral.<br />

1. Panorama Mundial do Carvão Mineral<br />

1.1. Reservas<br />

Segundo o International Energy Outlook 2005 (EIA/DOE, 2005), o carvão mineral 1 é o combustível fóssil com a<br />

maior disponibilidade no mundo. Suas reservas totalizam um trilhão de toneladas, quantidade suficiente para suprir<br />

o consumo nos níveis atuais por 219 anos. Além disso, ao contrário do que ocorre com o petróleo e com o gás natural,<br />

as reservas de carvão mineral apresentam uma distribuição geográfica, no mundo, muito mais eqüitativa. Para<br />

se ter uma idéia 75 países possuem reservas expressivas. Ainda assim, 57% dessas reservas estão localizadas em três<br />

países: Estados Unidos (27%), Rússia (17%) e China (13%). Outros seis países respondem por 33%: Índia, Austrália,<br />

África do Sul, Ucrânia, Cazaquistão e Iugoslávia. Em 2002, esses nove países juntos representavam 90% das reservas<br />

recuperáveis mundiais e por 78% da produção. O Gráfico 1 apresenta as nove maiores reservas do mundo.<br />

1 Neste capítulo sempre que aparecer referência ao carvão deve ser entendido como carvão mineral.

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