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20080111_3 - EPE

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656<br />

PLANO DECENAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA – PDE 2007 / 2016<br />

1.5.4. Outros<br />

O cenário elaborado considerou a possibilidade de exportação para outros países que vêm sinalizando políticas<br />

de incentivo à utilização de etanol. Estimou-se que estes responderiam por cerca de 10% do somatório das<br />

importações de EUA, UE e Japão. Neste contexto, merecem destaque China, Índia e Nigéria.<br />

• China: É o maior produtor de etanol do continente asiático e o terceiro do mundo com cerca de 3,8 bilhões de<br />

litros anuais, dos quais 1,3 bilhão de litros foi utilizado como combustível.<br />

O consumo anual de gasolina na China é de aproximadamente 54 bilhões de litros. O país é um importador<br />

líquido de petróleo e atravessa uma situação de demanda reprimida de gasolina que, somada aos excedentes de<br />

produção de grãos que vêm sendo observados, direciona o poder público no sentido da criação de uma estratégia<br />

para o uso combustível do etanol.<br />

Em 2005 o governo decretou a Lei de Energias Renováveis, que estabelece como objetivo principal a ampliação<br />

da participação das fontes renováveis de 7% para 10% da matriz energética do país até 2020. De acordo com<br />

a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, em 2005 estas representaram 7% do consumo de energia do<br />

país.<br />

• Índia: As importações deste país se devem ao programa de governo iniciado em 2003, o qual estabeleceu<br />

percentual de 5% de etanol na mistura com a gasolina em nove localidades predeterminadas, as quais demandam<br />

350 milhões de litros do biocombustível.<br />

Em 2005, a Índia produziu 1,7 bilhões de litros, sendo apenas 200 milhões de litros utilizados como combustível.<br />

Problemas de safra e o fato de a indústria do etanol ainda estar em fase de instalação de novas unidades fizeram<br />

com que as importações fossem a única via para o atendimento à demanda do país.<br />

O programa indiano contempla mais duas fases distintas: a segunda prevê a extensão para todo o país do percentual<br />

de 5% de mistura do etanol e a terceira aumenta para 10%. A Tabela 2 ilustra os volumes requeridos nas três<br />

fases em cada ano e em cada fase. Por exemplo, caso no ano de 2007/08 já fosse exigido que todo o país utilizasse<br />

o E5, então seriam demandados 590 milhões de litros. Da mesma forma, caso em 2009/2010 seja utilizado E10, a<br />

demanda de etanol será de 1,3 bilhão.<br />

Tabela 2 – Demandas Possíveis de Etanol pela Índia (milhões de litros)<br />

Ano<br />

Etanol-Exigências<br />

1a. Fase<br />

Etanol-Exigências<br />

2a. Fase<br />

Etanol-Exigências<br />

3a. Fase<br />

2005/06 350 535 1.070<br />

2006/07 368 563 1.126<br />

2007/08 386 590 1.180<br />

2008/09 405 619 1.238<br />

2009/10 425 650 1.300<br />

Fonte: Elaboração <strong>EPE</strong> a partir de [19].<br />

É importante salientar que o programa indiano está em fase inicial de implantação e pode sofrer descontinuidades<br />

ao longo do período proposto.<br />

• Nigéria: este país tornou-se um novo mercado consumidor do etanol brasileiro após a implementação de seu<br />

programa de adição do álcool à gasolina comercializada.<br />

O governo da Nigéria contará com o apoio técnico da Petrobras durante a implantação do programa de adição<br />

de 10% de etanol na gasolina. A primeira carga de 20 milhões de litros sinaliza o fornecimento de próximas cargas<br />

do combustível brasileiro para este mercado.

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