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20080111_3 - EPE

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PLANO DECENAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA – PDE 2007 / 2016<br />

3.2.4. Rio Polímeros S.A. – RIOPOL<br />

A RIOPOL localiza-se próximo à REDUC (Duque de Caxias), no distrito de Campos Elíseos, município de Duque<br />

de Caxias (RJ). O controle acionário da Riopol é dividido entre os grupos privados nacionais UNIPAR (33,3%) e Suzano<br />

Petroquímica (33,3%), além das estatais PETROQUISA (16,7%) e da BNDESPAR (16,7%) (Riopol, 2006).<br />

A Riopol integra a primeira e a segunda gerações petroquímicas, resultando daí uma maior competitividade<br />

operacional. A matéria-prima utilizada é composta por frações de etano e propano do gás natural proveniente da<br />

Bacia de Campos, no estado do Rio de Janeiro, e separados em unidades em Campos e na REDUC. Essas frações<br />

podem ser utilizadas em substituição à nafta, pois são competitivas para a geração de eteno, devido à sua maior<br />

eficiência de conversão. No entanto, com a utilização do gás natural como matéria-prima, não há produção de aromáticos<br />

e outros subprodutos, tais como solventes e gasolina de alta octanagem (Riopol, 2006).<br />

A RIOPOL iniciou suas operações em 2006 e sua produção atual é de aproximadamente 520.000 toneladas/<br />

ano de eteno (que será totalmente consumido internamente no processo de produção de polietileno) e 75.000 toneladas/ano<br />

de propeno, entre outros, que são fornecidos para a POLIBRASIL e REDUC.<br />

3.2.5. Petrobras<br />

Além das quatro centrais petroquímicas, a Petrobras também oferece produtos básicos para o setor petroquímico,<br />

produzidos diretamente em suas refinarias. Sua produção atual é de 455.000 toneladas/ano de propeno e<br />

30.000 toneladas/ano de benzeno.<br />

3.3. Expansão das Centrais Petroquímicas<br />

Vários fatores têm influído para que os principais agentes petroquímicos do país venham assumindo uma posição<br />

de cautela com relação a planos de expansão do setor:<br />

Incerteza com relação ao crescimento econômico do País e, conseqüentemente, do mercado interno de produtos<br />

petroquímicos;<br />

Incerteza com relação à disponibilidade de matéria-prima para as centrais petroquímicas;<br />

Decisão de construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), em Itaboraí, no Estado do<br />

Rio de Janeiro.<br />

O primeiro fator tem importância fundamental para o setor petroquímico, na medida em que, em todo o<br />

mundo, o mercado de produtos petroquímicos é especialmente sensível ao crescimento econômico, sendo um dos<br />

primeiros a acompanhar o ciclo de expansão de uma região ou país, como também um dos primeiros a acompanhar<br />

os ciclos recessivos. Assim, a indefinição atual com relação ao ritmo de crescimento do País tende a inibir os planos<br />

de expansão do setor.<br />

O segundo fator – incerteza com relação à disponibilidade de matéria-prima – resulta, por sua vez, de vários<br />

fatores em paralelo:<br />

A produção de nafta, a tradicional matéria-prima para a petroquímica brasileira, sempre foi deficitária no Brasil,<br />

na medida em que concorre com a produção de diesel, também deficitário e considerado um produto essencial<br />

para o desenvolvimento do País, em função de sua importância para o transporte de carga. A perspectiva, neste<br />

caso, é de que a importação de nafta tenda a aumentar nos próximos dez anos ou, no melhor dos casos, permanecer<br />

nos níveis atuais, desestimulando assim os planos de expansão que dependam da nafta como matéria-prima;<br />

O condensado, outra matéria-prima que pode ser usada na indústria petroquímica, não é comercializado no<br />

Brasil, na medida em que toda a produção nacional é misturada ao petróleo e processada em refinarias. Desta forma,<br />

expansões baseadas na importação de condensado também não oferecem segurança ao setor;<br />

O gás natural, até poucos anos atrás visto como a melhor solução como matéria-prima para a expansão da<br />

petroquímica no País, teve que ser descartado, pelo menos pelos próximos anos, dado que, na maioria dos campos<br />

brasileiros atualmente conhecidos, o baixo teor de etano do gás produzido torna-o inadequado para o desenvolvimento<br />

de projetos petroquímicos.<br />

Resta, como possibilidade, o uso de gases de refinarias para a produção de eteno, o que, como será visto, consta<br />

dos planos de expansão da PQU.

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