20080111_3 - EPE
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OFERTA DE DERIVADOS DE PETRÓLEO 559<br />
3.2. Panorama Atual das Centrais Petroquímicas<br />
O setor petroquímico brasileiro encontra-se distribuído em quatro pólos: São Paulo; Bahia; Rio Grande do Sul e<br />
Rio de Janeiro. São eles:<br />
3.2.1. Petroquímica União - PQU<br />
A Petroquímica União – PQU – está localizada na Grande São Paulo, nos municípios de Santo André e Mauá,<br />
ocupando uma área de 900 mil m2. Privatizada em 1994, a PQU é uma empresa de capital aberto, que tem seu<br />
controle acionário distribuído entre os grupos: UNIPAR (37,2%), PETROQUISA (17,4%), Dow Brasil (13%), Polibrasil<br />
(6,8%), SEP – Empregados (6,7%), Oxiteno (1,9%) e CBE (1,9%). O restante das ações (15,1%) pertence a outros grupos<br />
(PQU, 2006).<br />
Por sua localização, tornou-se a central produtora de matérias-primas para o setor petroquímico de São Paulo.<br />
Sua proximidade das principais refinarias do país permite que o abastecimento de matéria-prima (nafta) seja feito<br />
por meio de dutos, diretamente das refinarias paulistas: REPLAN (Paulínia), RPBC (Cubatão), RECAP (Capuava) e RE-<br />
VAP (São José dos Campos), e, quando necessário, dos terminais: TEBAR (São Sebastião) e SEBAT (Cubatão). Uma vez<br />
que a PQU não dispõe de terminal próprio de importação de nafta, todo o fornecimento desta matéria-prima é feito<br />
pela Petrobras (PQU, 2006).<br />
Atualmente, a PQU produz 1.500.000 t/ano de produtos petroquímicos, das quais 500.000 toneladas são de<br />
eteno, 250.000 de propeno, 200.000 de benzeno e 80.000 de butadieno.<br />
3.2.2. Braskem<br />
A Braskem está organizada em quatro Unidades de Negócios: Insumos Básicos, Poliolefinas, Vinílicos e Desenvolvimento<br />
de Negócios, que estão localizadas nos estados da Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul e Alagoas. O<br />
acionista controlador da Braskem é o Grupo Odebrecht, que detém 49,6% das ações, seguido por Norquisa (25%) e<br />
Petroquisa (9,8%). As demais ações (15,6%) são “free float” (Braskem, 2006).<br />
A unidade de insumos básicos está localizada em Camaçari (BA) e é responsável pela produção das matériasprimas<br />
do Pólo Petroquímico do Nordeste. Possui uma produção de 1.280.000 t/ano de eteno, 537.000 t/ano de propeno,<br />
427.000 t/ano de benzeno e 175.000 t/ano de butadieno.<br />
Com relação à matéria-prima para petroquímica, a Braskem adquire da Petrobras cerca de 70% da nafta que<br />
consome, sendo o restante proveniente de importações, sobretudo da África e da América do Sul.<br />
3.2.3. Companhia Petroquímica do Sul - COPESUL<br />
A COPESUL é a central de matérias-primas do Pólo Petroquímico do Sul, localizado no município de Triunfo<br />
(RS). Desde a sua privatização, em 1992, três grupos empresariais detêm o controle acionário da COPESUL: Braskem<br />
S.A. e controladas (29,46%), Ipiranga Petroquímica S.A. (29,46%) e PETROQUISA (15,63%). O restante das ações<br />
(25,45%) é controlado por outros grupos (Copesul, 2006).<br />
O principal produto processado pela empresa é a nafta, fornecida exclusivamente pela refinaria REFAP (Canoas<br />
- RS). O transporte da matéria-prima é feito por dutos subterrâneos até o Pólo Petroquímico do Sul. Como a REFAP<br />
não possui capacidade de produção suficiente, uma parte da nafta chega ao Estado pelo terminal marítimo da<br />
Petrobras (TEDUT), no Litoral Norte do estado. O parque de tancagem da COPESUL junto à Petrobras, no município<br />
de Osório, tem capacidade para 170 mil metros cúbicos e garante a manutenção de estoques estratégicos. A transferência<br />
da nafta até a REFAP também ocorre por dutos subterrâneos (Copesul, 2006).<br />
Com uma produção de 2,1 milhões de toneladas/ano de petroquímicos básicos, a COPESUL ofertou em 2005<br />
cerca de 39% do eteno consumido no Brasil (1.135.000 toneladas/ano). Além do eteno, seu principal produto, a empresa<br />
produz propeno (581.000 toneladas/ano), benzeno (265.000 toneladas/ano) e butadieno (105.000 toneladas/<br />
ano), entre outros.<br />
Uma vantagem comparativa da empresa em relação às demais centrais petroquímicas é sua flexibilidade no<br />
processamento de diferentes cargas, o que lhe permite utilizar maiores quantidades de condensado (matéria-prima<br />
mais barata e disponível no mercado internacional), em vez da nafta.