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Manual de Revestimentos de Argamassa - Comunidade da ...

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<strong>Manual</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Revestimentos</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Argamassa</strong><br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

1INT


Introdução<br />

O <strong>Manual</strong> é uma <strong>da</strong>s ferramentas do Projeto <strong>Revestimentos</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Argamassa</strong> disponibiliza<strong>da</strong>s para a Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

Construção. Por ser instrumento <strong>de</strong> uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

técnica ativa, é nosso objetivo que o <strong>Manual</strong> seja<br />

continuamente criticado, modificado e atualizado.<br />

Para facilitar tanto a expressão <strong>de</strong> idéias dos usuários do<br />

<strong>Manual</strong> quanto a obtenção <strong>de</strong> cópias atualiza<strong>da</strong>s, foi cria<strong>da</strong><br />

uma seção específica <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> área loga<strong>da</strong> do site<br />

www.comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong>construcao.com.br<br />

Questões mais polêmicas que eventualmente surjam,<br />

serão trata<strong>da</strong>s em fóruns específicos <strong>de</strong>ntro do site.<br />

Créditos<br />

Concepção, gerenciamento e produção<br />

Associação Brasileira <strong>de</strong> Cimento Portland (ABCP)<br />

Textos<br />

Associação Brasileira <strong>de</strong> Cimento Portland (ABCP)<br />

Eng. Bruno Szlak<br />

Enga. Eliana Taniguti<br />

Enga. Elza Nakakura<br />

Enga. Érika Mota<br />

Enga. Mércia Bottura<br />

Eng. Valter Frigieri<br />

Contribuições técnicas<br />

Associação Brasileira <strong>de</strong> <strong>Argamassa</strong> Industrializa<strong>da</strong> (ABAI)<br />

Eng. Adilson Schiavoni<br />

Ana Starka<br />

Eng. Arnaldo Battagin<br />

Enga. Giselle Martins<br />

Eng. Marcelo Coutinho<br />

Eng. Pedro Bastos<br />

Enga. Rubiane Antunes<br />

Ilustrações<br />

Malu Dias Marques – Drops Produções e Design<br />

Diagramação<br />

Maria Alice Gonzales - Drops Produções e Design<br />

Capa e Divisórias<br />

Azul Publici<strong>da</strong><strong>de</strong> & Propagan<strong>da</strong> S/C Lt<strong>da</strong>.<br />

Fotos tema <strong>de</strong> capítulos<br />

Tico Utiyama<br />

2INT<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Introdução<br />

A Associação Brasileira <strong>de</strong> Cimento Portland (ABCP), em<br />

um trabalho conjunto com diversas empresas, enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

e profissionais <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia produtiva, apresenta o<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong> <strong>de</strong> <strong>Argamassa</strong>.<br />

O <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>, juntamente com uma série <strong>de</strong><br />

outras ferramentas <strong>de</strong> capacitação, organização e implantação,<br />

faz parte do esforço <strong>da</strong> construção <strong>de</strong> uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

empresas profissionais que lutam para melhoria do<br />

<strong>de</strong>sempenho dos sistemas construtivos à base <strong>de</strong> cimento.<br />

Introdução<br />

Objetivos do manual<br />

O <strong>Manual</strong> que você está recebendo apresenta diferenças em<br />

relação às publicações existentes no mercado.<br />

Em primeiro lugar o <strong>Manual</strong> está inserido em um Projeto, o<br />

que lhe garante uma "vi<strong>da</strong>" que extrapola o meio físico. Essa<br />

vi<strong>da</strong> permite tanto a atualização constante do conteúdo,<br />

quanto canais para solução <strong>de</strong> dúvi<strong>da</strong>s e aprofun<strong>da</strong>mento <strong>de</strong><br />

certas questões.<br />

Em segundo lugar, é um <strong>Manual</strong> que procurou, já na sua<br />

primeira versão, reunir o conjunto <strong>de</strong> informações técnicas<br />

sobre revestimentos <strong>de</strong> argamassa, <strong>de</strong> maneira sistêmica.<br />

Em terceiro lugar, privilegiou as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do tomador <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />

que atua em uma construtora e que enfrenta hoje, o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong><br />

melhorar os resultados operacionais <strong>de</strong> sua obra e empresa.<br />

Na prática estamos falando <strong>de</strong>:<br />

a) recuperar os conceitos físicos que são importantes<br />

para a execução <strong>da</strong> obra, para as especificações e para<br />

o diálogo com a indústria <strong>de</strong> materiais;<br />

b) organizar o conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões que o profissional<br />

<strong>de</strong>ve tomar em ca<strong>da</strong> subsistema, <strong>de</strong> forma que elas<br />

estejam organiza<strong>da</strong>s no tempo e coerentes com as<br />

soluções disponíveis no mercado;<br />

c) estabelecer as bases para geração do Projeto <strong>de</strong><br />

<strong>Revestimentos</strong>, permitindo que se especifique os<br />

materiais mais a<strong>de</strong>quados para ca<strong>da</strong> situação e também<br />

as condições necessárias para otimizar a execução;<br />

d)discutir as práticas recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> maneira que se alcance a melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Tudo isso, visando aumentar o <strong>de</strong>sempenho dos<br />

revestimentos <strong>de</strong> argamassa.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

3INT


Dimensões do <strong>de</strong>sempenho<br />

Custos<br />

Introdução<br />

Os revestimentos representam uma parcela significativa do<br />

custo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> edifícios. Segundo a Revista<br />

Construção Mercado (março 2003), tais custos representam<br />

cerca <strong>de</strong> 10 a 30% do total <strong>da</strong> construção, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do<br />

tipo <strong>da</strong> edificação e do seu padrão. Os revestimentos <strong>de</strong><br />

argamassa, muitas vezes, po<strong>de</strong>m representar a maior fração<br />

dos custos citados.<br />

Produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Segundo o Instituto McKinsey a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mão-<strong>de</strong>obra<br />

na construção brasileira seria aproxima<strong>da</strong>mente 1/3<br />

<strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> americana e ficaria em um patamar<br />

inferior a uma série <strong>de</strong> outros países.<br />

A justificativa <strong>de</strong> que esses países utilizam processos<br />

produtivos <strong>de</strong> natureza distinta do brasileiro não parece<br />

explicar corretamente a diferença. Se observarmos algumas<br />

pesquisas <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> realiza<strong>da</strong>s em nosso país,<br />

observaremos um quadro semelhante ao apresentado abaixo.<br />

Fonte: Relatórios MGI<br />

4INT<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Introdução<br />

Fonte: McKinsey, Global Institute<br />

Fonte: Espinelli e Cocito, 1999 III SBTA<br />

O gráfico explicitando diferenças diárias significativas <strong>de</strong><br />

produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> parece indicar que mesmo os processos<br />

tradicionais <strong>de</strong> produção são potencialmente capazes <strong>de</strong><br />

atingirem resultados muito melhores. De certa forma, eles<br />

apontam na mesma direção do referido relatório <strong>da</strong><br />

McKinsey que indicam que variáveis como subempreiteiros<br />

especializados, planejamento e projeto respon<strong>de</strong>m pela<br />

maior parte <strong>da</strong> diferença <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> observa<strong>da</strong>.<br />

O único paradoxo é enten<strong>de</strong>r porque, apesar do seu<br />

enorme potencial <strong>de</strong> resultados, a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> tem sido<br />

esqueci<strong>da</strong> mesmo pelas construtoras que investem em<br />

mo<strong>de</strong>rnização.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

5INT


Quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Uma medi<strong>da</strong> primordial para se alcançar melhor quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

do revestimento é a elaboração <strong>de</strong> um projeto específico, com<br />

os parâmetros necessários à a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> execução dos serviços.<br />

Introdução<br />

Fonte: Possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> reduzir custos <strong>de</strong> falhas [Hammarlund; Josephson, 1992].<br />

A maior parte <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> racionalização construtiva<br />

<strong>de</strong>vem ser adota<strong>da</strong>s ain<strong>da</strong> na etapa <strong>de</strong> projeto, por<br />

permitirem a obtenção <strong>de</strong> resultados <strong>de</strong> maior amplitu<strong>de</strong><br />

e garantirem a fixação <strong>de</strong> conhecimentos tecnológicos<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> prática construtiva <strong>da</strong> empresa.<br />

6INT<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Estruturação do manual<br />

O <strong>Manual</strong> é organizado em 8 capítulos. O primeiro<br />

consiste nessa introdução. O capítulo 2 abor<strong>da</strong> os<br />

Conceitos, em que são apresenta<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>finições do<br />

revestimento <strong>de</strong> argamassa, suas funções, características<br />

e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s, além dos materiais constituintes.<br />

Introdução<br />

No capítulo 3 são tratados os Sistemas <strong>de</strong> Produção.<br />

Caracteriza-se ca<strong>da</strong> um dos sistemas disponíveis no<br />

mercado, argamassa prepara<strong>da</strong> na obra, industrializa<strong>da</strong> em<br />

sacos, prepara<strong>da</strong> em central e industrializa<strong>da</strong> em silos,<br />

oferecendo uma matriz <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão basea<strong>da</strong> em<br />

<strong>de</strong>terminantes como: estocagem, transporte, mão-<strong>de</strong>-obra,<br />

prazo, entre outros.<br />

O capítulo 4, Projeto, Planejamento e Logística, apresenta<br />

os parâmetros necessários para a <strong>de</strong>finição <strong>da</strong> tecnologia<br />

a ser emprega<strong>da</strong>, ou seja, <strong>da</strong> especificação dos materiais<br />

e técnicas a serem adota<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> maneira que o revestimento<br />

cumpra com sua função, respeitando os prazos e custos.<br />

O capítulo 5 compreen<strong>de</strong> a Execução <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

em Facha<strong>da</strong>s. O capítulo 6, Execução <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

Internos e o capítulo 7, Execução <strong>de</strong> Contrapisos. Esses<br />

capítulos abor<strong>da</strong>m a sequência <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong>talhando<br />

ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s etapas <strong>de</strong> execução e apresentando dicas<br />

importantes para se alcançar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>sejado.<br />

No capítulo 8, Controle para <strong>Revestimentos</strong> Internos<br />

e Externos, são <strong>de</strong>finidos os itens <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> forma precisa,<br />

para orientar as especificações do projeto <strong>de</strong> revestimento.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

7INT


Ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>sses capítulos é estruturado aten<strong>de</strong>ndo a<br />

cinco requisitos:<br />

1. As <strong>de</strong>cisões estão organiza<strong>da</strong>s. Ou seja, o gestor terá<br />

mo<strong>de</strong>lado as variáveis que <strong>de</strong>finem escolhas na obra.<br />

Riscos e ganhos são avaliados.<br />

2. As principais variáveis estão menciona<strong>da</strong>s e, principalmente,<br />

relaciona<strong>da</strong>s aos processos <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> obra.<br />

3. Os custos relativos estão consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong> forma<br />

que o gestor possa avaliar o impacto <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>cisões.<br />

4. As principais tecnologias estão relaciona<strong>da</strong>s.<br />

5. Os processos principais <strong>de</strong> execução estão relacionados<br />

em boas práticas.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> revestimentos:<br />

Ferramenta <strong>de</strong> um processo sistêmico<br />

A opção elaboração <strong>de</strong> um <strong>Manual</strong> para os tomadores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão foi escolhi<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> percepção que é na gestão<br />

dos sistemas produtivos que se concentram os maiores<br />

ganhos e as maiores per<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s construtoras.<br />

É claro que o <strong>Manual</strong> é apenas parte do processo. Somam<br />

a ele os cursos <strong>de</strong> capacitação, as palestras, e tantas outras<br />

iniciativas que têm como objetivo gerar potencial para um<br />

salto <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> na ca<strong>de</strong>ia produtiva liga<strong>da</strong> aos<br />

revestimentos <strong>de</strong> argamassa.<br />

Ao receber esse <strong>Manual</strong> sua empresa, <strong>de</strong> fato, ingressa<br />

em uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> técnica cuja se<strong>de</strong> é o site<br />

www.comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong>construcao.com.br<br />

Através <strong>de</strong>ssa se<strong>de</strong> virtual, sua empresa acessará as<br />

atualizações <strong>de</strong> conteúdo do <strong>Manual</strong>, colocará, dúvi<strong>da</strong>s que<br />

serão respondi<strong>da</strong>s e passará a compartilhar <strong>da</strong>dos, como<br />

por exemplo, alguns índices <strong>de</strong> projeto e produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

8INT<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Conceitos<br />

<strong>Revestimentos</strong><br />

Definição<br />

Função<br />

<strong>Argamassa</strong>s para revestimento<br />

Chapisco<br />

Emboço<br />

Reboco<br />

Materiais Constituintes<br />

Cimento Portland<br />

Cal<br />

Água<br />

Areia<br />

Aditivo<br />

Características e Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência<br />

Resistência mecânica<br />

Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> absorver <strong>de</strong>formações<br />

Estanquei<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> superfície<br />

Durabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>Revestimentos</strong><br />

<strong>Argamassa</strong>s para revestimento<br />

Materiais Constituintes<br />

Características e Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

1CON


2CON<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Conceitos<br />

<strong>Revestimentos</strong><br />

O revestimento <strong>de</strong> argamassa po<strong>de</strong> ser entendido como a<br />

proteção <strong>de</strong> uma superfície porosa com uma ou mais<br />

cama<strong>da</strong>s superpostas, com espessura normalmente<br />

uniforme, resultando em uma superfície apta a receber <strong>de</strong><br />

maneira a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> uma <strong>de</strong>coração final.<br />

As principais funções <strong>de</strong> um revestimento <strong>de</strong> argamassa são:<br />

• proteger a base, usualmente <strong>de</strong> alvenaria e a estrutura<br />

<strong>da</strong> ação direta dos agentes agressivos contribuindo<br />

para o isolamento termoacústico e a estanquei<strong>da</strong><strong>de</strong> à<br />

água e aos gases;<br />

• permitir que o acabamento final resulte numa<br />

base regular, a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> ao recebimento <strong>de</strong> outros<br />

revestimentos, <strong>de</strong> acordo com o projeto arquitetônico,<br />

por meio <strong>da</strong> regularização dos elementos <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção.<br />

<strong>Revestimentos</strong><br />

Nota<br />

Muitas vezes, as funções<br />

do revestimento ficam<br />

comprometi<strong>da</strong>s <strong>de</strong>vido ao<br />

<strong>de</strong>saprumo <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong> falta<br />

<strong>de</strong> cui<strong>da</strong>do, no momento <strong>da</strong><br />

execução <strong>da</strong> estrutura e<br />

alvenaria, fazendo com que<br />

seja necessário “escon<strong>de</strong>r na<br />

massa” as imperfeições.<br />

Para se ter uma idéia numérica <strong>da</strong> importância do<br />

revestimento como elemento isolante, um revestimento <strong>de</strong><br />

argamassa com espessura entre 30 a 40% <strong>da</strong> espessura <strong>da</strong><br />

pare<strong>de</strong>, po<strong>de</strong> ser responsável por 50% do isolamento acústico,<br />

30% do isolamento térmico e constribui em 100% pela<br />

estanquei<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma ve<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> alvenaria comum.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

3CON


<strong>Argamassa</strong>s para revestimento<br />

<strong>Argamassa</strong> para<br />

revestimento<br />

A argamassa é um material <strong>de</strong> construção constituído por<br />

uma mistura homogênea <strong>de</strong> um ou mais aglomerantes<br />

(cimento ou cal), agregado miúdo (areia) e água. Po<strong>de</strong>m<br />

ain<strong>da</strong> ser adicionados alguns produtos especiais (aditivos<br />

ou adições) com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar ou conferir<br />

<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s ao conjunto.<br />

As argamassas utiliza<strong>da</strong>s para revestimento são<br />

as argamassas à base <strong>de</strong> cal, à base <strong>de</strong> cimento e<br />

argamassas mistas <strong>de</strong> cal e cimento.<br />

Depen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong>s proporções entre os constituintes <strong>da</strong><br />

mistura e sua aplicação no revestimento, elas recebem<br />

diferentes nomes em seu emprego (conforme NBR 13529/1995):<br />

Chapisco<br />

Cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> preparo <strong>da</strong> base, constituí<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> mistura <strong>de</strong> cimento, areia e aditivos, aplica<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> forma contínua ou <strong>de</strong>scontínua, com<br />

a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uniformizar a superfície quanto à<br />

absorção e melhorar a a<strong>de</strong>rência do revestimento.<br />

Emboço<br />

Cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> revestimento executa<strong>da</strong> para<br />

cobrir e regularizar a superfície <strong>da</strong> base com<br />

ou sem chapisco, propiciando uma superfície<br />

que permita receber outra cama<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

reboco ou <strong>de</strong> revestimento <strong>de</strong>corativo, ou que<br />

se constitua no acabamento final.<br />

Cama<strong>da</strong>s do revestimento em argamassa<br />

Reboco<br />

Cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> revestimento utiliza<strong>da</strong> para o cobrimento<br />

do emboço, propiciando uma superfície que permita<br />

receber o revestimento <strong>de</strong>corativo ou que se constitua<br />

no acabamento final.<br />

Massa Única (emboço paulista)<br />

Revestimento executado numa cama<strong>da</strong> única, cumprindo<br />

as funções do emboço e reboco.<br />

4CON<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Materiais constituintes <strong>da</strong> argamassa<br />

Cimento Portland<br />

O cimento Portland possui proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> aglomerante<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> pela reação <strong>de</strong> seus constituintes com<br />

a água, sendo assim <strong>de</strong>nominado aglomerante hidráulico.<br />

A contribuição do cimento nas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s<br />

argamassas está volta<strong>da</strong> sobretudo para a resistência<br />

mecânica. Além disso, o fato <strong>de</strong> ser composto por finas<br />

partículas contribui para a retenção <strong>da</strong> água <strong>de</strong> mistura<br />

e para a plastici<strong>da</strong><strong>de</strong>. Se, por um lado, quanto maior<br />

a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cimento presente na mistura, maior é a<br />

retração, por outro, maior também será a a<strong>de</strong>rência à base.<br />

De acordo com suas características, os cimento são<br />

classificados em diferentes tipos por normas específicas,<br />

relaciona<strong>da</strong>s na tabela abaixo:<br />

Materiais<br />

constituintes<br />

Denominação Sigla Norma<br />

Portland comum<br />

Portland composto com escória<br />

Portland composto com pozolana<br />

Portland composto com filler<br />

Portland <strong>de</strong> alto forno<br />

Portland pozolânico<br />

Portland <strong>de</strong> alta resistência inicial<br />

Cal Hidrata<strong>da</strong><br />

CP I<br />

CP II-E<br />

CP II-Z<br />

CP II-F<br />

CP III<br />

CP IV<br />

CP V-ARI<br />

NBR - 5732<br />

NBR - 11578<br />

NBR - 11578<br />

NBR - 11578<br />

NBR - 5735<br />

NBR - 5736<br />

NBR - 5733<br />

Numa argamassa on<strong>de</strong> há apenas a presença <strong>de</strong> cal, sua<br />

função principal é funcionar como aglomerante <strong>da</strong> mistura.<br />

Neste tipo <strong>de</strong> argamassa, <strong>de</strong>stacam-se as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

trabalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> absorver <strong>de</strong>formações.<br />

Entretanto, são reduzi<strong>da</strong>s as suas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> resistência<br />

mecânica e a<strong>de</strong>rência.<br />

Em argamassas mistas, <strong>de</strong> cal e cimento, <strong>de</strong>vido a finura<br />

<strong>da</strong> cal há retenção <strong>de</strong> água em volta <strong>de</strong> suas partículas<br />

e consequentemente maior retenção <strong>de</strong> água na argamassa.<br />

Assim, a cal po<strong>de</strong> contribuir para uma melhor hidratação<br />

do cimento, além <strong>de</strong> contribuir significativamente para<br />

a trabalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> absorver <strong>de</strong>formações.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

5CON


Água<br />

Materiais<br />

constituintes<br />

Nota<br />

Aditivos retentores <strong>de</strong> água<br />

reduzem a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> água<br />

para a mesma trabalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Aditivos incorporadores <strong>de</strong> ar<br />

para uma mesma quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> água, melhoram a<br />

trabalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

A água confere continui<strong>da</strong><strong>de</strong> à mistura, permitindo<br />

a ocorrência <strong>da</strong>s reações entre os diversos componentes,<br />

sobretudo as do cimento.<br />

A água, embora seja o recurso diretamente utilizado pelo<br />

pedreiro para regular a consistência <strong>da</strong> mistura, fazendo<br />

a sua adição até a obtenção <strong>da</strong> trabalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>,<br />

<strong>de</strong>ve ter o seu teor aten<strong>de</strong>ndo ao traço pré-estabelecido,<br />

seja para argamassa dosa<strong>da</strong> em obra ou na indústria.<br />

Consi<strong>de</strong>ra-se a água potável como a melhor para elaboração<br />

<strong>de</strong> produtos à base <strong>de</strong> cimento Portland. Não <strong>de</strong>vem ser<br />

utiliza<strong>da</strong> águas contamina<strong>da</strong>s ou com excesso <strong>de</strong> sais<br />

solúveis. Em geral, a água que serve para o amassamento<br />

<strong>da</strong> argamassa é a mesma utiliza<strong>da</strong> para o concreto e <strong>de</strong>ve<br />

seguir a NBR NM 137.<br />

Areia<br />

As areias utiliza<strong>da</strong>s na preparação <strong>de</strong> argamassas<br />

po<strong>de</strong>m ser originárias <strong>de</strong>:<br />

• rios;<br />

• cava;<br />

• britagem (areia <strong>de</strong> brita, areia artificial).<br />

O agregado miúdo ou areia é um constituinte <strong>da</strong>s argamassas<br />

<strong>de</strong> origem mineral, <strong>de</strong> forma particula<strong>da</strong>, com diâmetros entre<br />

0,06 e 2,0 mm. A granulometria do agregado tem influência<br />

nas proporções <strong>de</strong> aglomerantes e água <strong>da</strong> mistura. Desta<br />

forma, quando há <strong>de</strong>ficiências na curva granulométrica (isto<br />

é, a curva não é contínua) ou excesso e finos, ocorre maior<br />

consumo <strong>de</strong> água <strong>de</strong> amassamento, reduzindo a resistência<br />

mecânica e causando maior retração por secagem na<br />

argamassa.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Quanto mais fino<br />

Quanto mais <strong>de</strong>scontínua<br />

for a granulometria<br />

Quanto maior o teor<br />

<strong>de</strong> grãos angulosos<br />

Trabalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Melhor Pior Pior<br />

Retenção <strong>de</strong> água<br />

Melhor<br />

-<br />

Melhor<br />

Retração na secagem<br />

Aumenta Aumenta -<br />

Porosi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

- Aumenta<br />

-<br />

A<strong>de</strong>rência<br />

Pior Pior Melhor<br />

Resistência mecânica<br />

-<br />

Pior -<br />

Impermeabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Pior Pior -<br />

6CON<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Aditivos<br />

Os aditivos são compostos adicionados em pequena quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

à mistura, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar uma ou mais<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> argamassa no estado fresco e no estado<br />

endurecido e sua quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> é expressa em porcentagem do<br />

aglomerante. Usualmente, através do uso <strong>de</strong> aditivos, procurase<br />

diminuir a retração na secagem (para diminuir fissuração),<br />

aumentar o tempo <strong>de</strong> pega e manter a plastici<strong>da</strong><strong>de</strong> (para facilitar<br />

a trabalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong>), aumentar a retenção <strong>de</strong> água e por fim,<br />

aumentar a a<strong>de</strong>rência <strong>da</strong> argamassa ao substrato.<br />

Características<br />

e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Tipos <strong>de</strong> aditivos<br />

Redutores <strong>de</strong> água (plastificante)<br />

Retentores <strong>de</strong> água<br />

Incorporador <strong>de</strong> ar<br />

Retar<strong>da</strong>dores <strong>de</strong> pega<br />

Aumentadores <strong>da</strong> a<strong>de</strong>rência<br />

Hidrofugantes<br />

São utilizados para melhorar a trabalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> argamassa sem alterar<br />

a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> água.<br />

Reduzem a evaporação e a exsu<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> água <strong>da</strong> argamassa fresca e conferem<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> água frente à sucção por bases absorventes.<br />

Formam microbolhas <strong>de</strong> ar, estáveis, homogeneamente distribuí<strong>da</strong>s na argamassa,<br />

aumentando a trabalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e atuando a favor <strong>da</strong> permeabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Retar<strong>da</strong>m a hidratação do cimento, proporcionando um tempo maior <strong>de</strong> utilização.<br />

Proporcionam a a<strong>de</strong>rência química ao substrato.<br />

Reduzem a absorção <strong>de</strong> água <strong>da</strong> argamassa, mas não a tornam impermeável<br />

e permitem a passagem <strong>de</strong> vapor d’água.<br />

Características e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Os revestimentos <strong>de</strong> argamassa, para cumprir a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente<br />

as suas funções, <strong>de</strong>vem possuir características e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

que sejam compatíveis com as condições a que estarão<br />

expostos, com as condições <strong>de</strong> execução, com a natureza <strong>da</strong><br />

base, com as especificações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, e com o<br />

acabamento final previsto.<br />

Solicitações a que o revestimento está sujeito<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

7CON


As principais proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s que o revestimento <strong>de</strong><br />

argamassa <strong>de</strong>ve apresentar, para que possa cumprir<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente as suas funções, estão <strong>de</strong>scritas a seguir.<br />

Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> A<strong>de</strong>rência<br />

Características<br />

e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Conceitua-se a<strong>de</strong>rência como a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> que possibilita<br />

à cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> revestimento resistir às tensões normais<br />

e tangenciais atuantes na interface com a base.<br />

O mecanismo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência se <strong>de</strong>senvolve principalmente:<br />

• pela ancoragem <strong>da</strong> pasta aglomerante nos poros <strong>da</strong><br />

base, ou seja, parte <strong>da</strong> água <strong>de</strong> amassamento contendo<br />

os aglomerantes é succiona<strong>da</strong> pelos poros <strong>da</strong> base on<strong>de</strong><br />

ocorre o seu endurecimento<br />

• e por efeito <strong>de</strong> ancoragem mecânica <strong>da</strong> argamassa nas<br />

reentrâncias e saliências macroscópicas <strong>da</strong> superfície a<br />

ser revesti<strong>da</strong>.<br />

A<strong>de</strong>são a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> entre o revestimento e o substrato<br />

O fator mais importante para uma a<strong>de</strong>rência a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> do<br />

revestimento à base é que a cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> argamassa tenha<br />

a maior extensão efetiva <strong>de</strong> contato possível com a base.<br />

A extensão <strong>da</strong> a<strong>de</strong>rência <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos seguintes fatores:<br />

Trabalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> argamassa e técnica <strong>de</strong> execução<br />

do revestimento<br />

Tendo trabalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, a argamassa po<strong>de</strong>rá<br />

apresentar contato mais extenso com a base através <strong>de</strong> um<br />

melhor espalhamento. A técnica executiva <strong>de</strong> aplicação, em<br />

função <strong>da</strong>s operações <strong>de</strong> compactação e prensagem contra<br />

a base, ten<strong>de</strong> a ampliar a extensão <strong>de</strong> contato.<br />

8CON<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Natureza e características <strong>da</strong> base<br />

O diâmetro, a natureza e a distribuição dos tamanhos dos<br />

poros <strong>de</strong>terminam a rugosi<strong>da</strong><strong>de</strong> superficial e a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> absorção <strong>da</strong> base, po<strong>de</strong>ndo ampliar ou não a extensão<br />

<strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência e a ancoragem do revestimento;<br />

Características<br />

e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

A<strong>de</strong>rência ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> entre o revestimento e o substrato<br />

<strong>de</strong>vido a baixa porosi<strong>da</strong><strong>de</strong> do substrato<br />

A<strong>de</strong>rência ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> entre o revestimento e o substrato<br />

<strong>de</strong>vido aos capilares sem força <strong>de</strong> sucção<br />

A<strong>de</strong>rência ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> entre o revestimento e o substrato<br />

<strong>de</strong>vido à existência <strong>de</strong> macroporos no substrato<br />

A<strong>de</strong>rência ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> entre o revestimento e o substrato<br />

<strong>de</strong>vido ao excesso <strong>de</strong> microporos no substrato<br />

Condições <strong>de</strong> limpeza <strong>da</strong> superfície <strong>de</strong> aplicação:<br />

A extensão <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência é comprometi<strong>da</strong> pela existência<br />

<strong>de</strong> partículas soltas ou <strong>de</strong> grãos <strong>de</strong> areia, poeira, fungos,<br />

concentração <strong>de</strong> sais na superfície (eflorescências), cama<strong>da</strong>s<br />

superficiais <strong>de</strong> <strong>de</strong>smol<strong>da</strong>nte ou graxa, que representam<br />

barreiras para ancoragem do revestimento à base.<br />

A<strong>de</strong>são ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> entre o revestimento e o substrato <strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> limpeza<br />

no substrato<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

9CON


Resistência Mecânica<br />

A resistência mecânica é a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos revestimentos <strong>de</strong><br />

suportar esforços <strong>da</strong>s mais diversas naturezas, que resultam,<br />

em tensões internas <strong>de</strong> tração, compressão e cisalhamento.<br />

Características<br />

e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Esforços <strong>de</strong> abrasão superficial, cargas <strong>de</strong> impacto<br />

e movimentos <strong>de</strong> contração e expansão dos revestimentos<br />

por efeitos <strong>de</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong>, são exemplos <strong>de</strong>stas solicitações.<br />

Um método usual <strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong> resistência, embora ain<strong>da</strong><br />

empírico para servir <strong>de</strong> base para especificações, é o<br />

tradicional risco com prego ou objeto pontiagudo similar,<br />

adotado em obra para qualificar a resistência superficial<br />

dos revestimentos.<br />

Os ensaios normalizados internacionais adotam esferas <strong>de</strong><br />

impacto, escovas elétricas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste superficial, ou<br />

preconizam o uso <strong>de</strong> fitas a<strong>de</strong>sivas para <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong><br />

massa <strong>de</strong> revestimento <strong>de</strong>scola<strong>da</strong>. Para nenhum dos<br />

métodos são especificados valores <strong>de</strong> referência.<br />

Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> absorver <strong>de</strong>formações<br />

É a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> que o revestimento possui <strong>de</strong> absorver<br />

<strong>de</strong>formações intrínsecas (do próprio revestimento) ou<br />

extrínsecas (<strong>da</strong> base) sem sofrer ruptura, sem apresentar<br />

fissuras prejudiciais e sem per<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>rência.<br />

Esta capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> absorver <strong>de</strong>formações é governa<strong>da</strong> pela<br />

resistência à tração e pelo módulo <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação do<br />

revestimento.<br />

Um dos principais fenômenos que provocam <strong>de</strong>formações<br />

<strong>de</strong> retração ocorre tão logo a argamassa é aplica<strong>da</strong>, <strong>de</strong>vido<br />

à per<strong>da</strong> <strong>de</strong> água por sucção <strong>da</strong> base e por evaporação para<br />

o ambiente. A retração gera tensões internas <strong>de</strong> tração.<br />

O revestimento po<strong>de</strong> ou não ter capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> resistir a<br />

essas tensões, o que regula o grau <strong>de</strong> fissuração nas<br />

primeiras i<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Uma boa técnica <strong>de</strong> aplicação permite que<br />

se trabalhe uma argamassa com menos água, o que<br />

certamente diminui a retração.<br />

O grau <strong>de</strong> fissuração é função dos seguintes parâmetros:<br />

Teor e natureza dos aglomerantes<br />

Os aglomerantes <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong> baixa a média reativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(normalmente consegui<strong>da</strong> com baixo teor <strong>de</strong> aglomerantes,<br />

principalmente o cimento) resultando em argamassa cuja<br />

resistência à tração não seja eleva<strong>da</strong> e permitindo maior<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação.<br />

10CON<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Características<br />

e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>Argamassa</strong> com alto teor <strong>de</strong> cimento provocando fissuras na superfície por retração na secagem<br />

<strong>Argamassa</strong> com baixo teor <strong>de</strong> cimento sem provocar fissuras na superfície mas com falhas na interface pasta/agregado<br />

Teor e natureza dos agregados<br />

A granulometria <strong>de</strong>ve ser contínua para reduzir o volume<br />

<strong>de</strong> vazios entre os agregados, diminuindo a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pasta necessária para o preenchimento e, portanto,<br />

minimizando o potencial <strong>de</strong> retração. Além disso, o teor<br />

<strong>de</strong> finos <strong>de</strong>ve ser a<strong>de</strong>quado, uma vez que o excesso <strong>de</strong>stes<br />

irá aumentar o consumo <strong>de</strong> água <strong>de</strong> amassamento e com isto,<br />

levar a uma maior retração <strong>de</strong> secagem do revestimento.<br />

Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong> água <strong>da</strong> base, condições<br />

ambientais e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> água<br />

São fatores que po<strong>de</strong>m regular a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> água do<br />

revestimento durante seu endurecimento e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

inicial <strong>de</strong> resistência à tração. Quanto mais lentamente a<br />

argamassa per<strong>de</strong>r água, tanto melhor será para a resistência<br />

mecânica do revestimento.<br />

Técnica <strong>de</strong> execução<br />

Nota<br />

Para que ocorra a penetração<br />

<strong>da</strong> água <strong>da</strong> chuva em uma<br />

edificação são necessárias três<br />

condições: água na superfície<br />

<strong>da</strong> pare<strong>de</strong>, uma abertura através<br />

<strong>da</strong> qual a água possa passar<br />

e uma força para mover a<br />

água através <strong>da</strong> abertura.<br />

Teoricamente, se qualquer uma<br />

<strong>de</strong>stas condições é elimina<strong>da</strong>,<br />

a penetração <strong>de</strong> chuva será<br />

forçosamente reduzi<strong>da</strong>.<br />

Estabelece o grau <strong>de</strong> compactação do revestimento e os<br />

momentos <strong>de</strong> sarrafeamento e <strong>de</strong>sempeno. Estes<br />

parâmetros <strong>de</strong>terminam o teor <strong>de</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong> remanescente<br />

no revestimento, ou seja, executar o sarrafeamento e o<br />

<strong>de</strong>sempeno em momento ina<strong>de</strong>quado resulta em excesso<br />

<strong>de</strong> água que po<strong>de</strong> ser prejudicial ao revestimento<br />

compromentendo sua a<strong>de</strong>rência à base.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

11CON


Características<br />

e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

A fissuração dos revestimentos é uma situação que <strong>de</strong>ve<br />

ser evita<strong>da</strong>, uma vez que, além do revestimento per<strong>de</strong>r a<br />

sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estanquei<strong>da</strong><strong>de</strong>, a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>rência po<strong>de</strong> ficar comprometi<strong>da</strong> no entorno <strong>da</strong> região<br />

fissura<strong>da</strong>. Tensões tangenciais surgem na interface base/<br />

revestimento, na região próxima às fissuras, po<strong>de</strong>ndo<br />

ultrapassar o limite <strong>de</strong> resistência ao cisalhamento <strong>da</strong><br />

interface, possibilitando o <strong>de</strong>scolamento do revestimento.<br />

Além disso, as fissuras po<strong>de</strong>m comprometer a durabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e o acabamento final previsto.<br />

Estanquei<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

A estanquei<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> dos revestimentos<br />

relaciona<strong>da</strong> com a absorção capilar <strong>de</strong> sua estrutura porosa<br />

e eventualmente fissura<strong>da</strong> <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> argamassa<br />

endureci<strong>da</strong>. Sua importância está no nível <strong>de</strong> proteção que<br />

o revestimento oferece à base contra as intempéries.<br />

Diversos fatores influem na estanquei<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

revestimento, como as proporções e a natureza dos<br />

materiais constituintes <strong>da</strong> argamassa, a técnica <strong>de</strong><br />

execução, a espessura <strong>da</strong> cama<strong>da</strong>, a natureza <strong>da</strong> base e a<br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> e o tipo <strong>de</strong> fissuras existentes.<br />

Por outro lado, a permeabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ao vapor d’água é uma<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> sempre recomendável nos revestimentos<br />

<strong>de</strong> argamassa, por favorecer a secagem <strong>de</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

aci<strong>de</strong>ntal ou <strong>de</strong> infiltração. Evita também os riscos <strong>de</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação interna em regiões <strong>de</strong> clima mais frio.<br />

Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> superfície<br />

A rugosi<strong>da</strong><strong>de</strong> e porosi<strong>da</strong><strong>de</strong> superficiais são importantes por<br />

estarem relaciona<strong>da</strong>s com as funções estéticas e com a<br />

compatibilização do revestimento <strong>de</strong> argamassa com o<br />

sistema <strong>de</strong> pintura ou outro revestimento <strong>de</strong>corativo, além<br />

<strong>de</strong> influírem <strong>de</strong>cisivamente na estanquei<strong>da</strong><strong>de</strong>, na<br />

resistência mecânica e na durabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do revestimento.<br />

A rugosi<strong>da</strong><strong>de</strong> superficial po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> lisa a áspera sendo<br />

basicamente resultado do tipo <strong>de</strong> agregado, sua<br />

granulometria, do teor <strong>de</strong> agregado e <strong>da</strong> técnica <strong>de</strong><br />

execução do revestimento.<br />

Deve também haver compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> química entre o<br />

revestimento e o acabamento final previsto. No caso <strong>de</strong> tintas<br />

a óleo ou revestimentos em laminados melamínicos, por<br />

exemplo, sabe-se que não há compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> com<br />

revestimentos à base <strong>de</strong> argamassa <strong>de</strong> cal.<br />

12CON<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


A obtenção <strong>da</strong> rugosi<strong>da</strong><strong>de</strong> superfícial dos revestimentos <strong>de</strong>ve<br />

ser feita em função do acabamento final previsto. Devem<br />

também ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s as condições <strong>de</strong> exposição a que<br />

estará submetido o revestimento. Para revestimentos externos<br />

<strong>de</strong>ve-se <strong>da</strong>r preferência para texturas mais rugosas. Obtêmse<br />

assim, superfícies que dissimulam melhor os <strong>de</strong>feitos do<br />

próprio revestimento. Contudo, em regiões com maior índice<br />

<strong>de</strong> poluição atmosférica <strong>de</strong>ve-se preferir revestimentos com<br />

acabamentos lisos. Estes, quando associados a uma superfície<br />

pouco porosa, dificultam a fixação <strong>de</strong> poeiras e microorganismos<br />

conservando, <strong>de</strong>sta forma, mais eficientemente<br />

as características estéticas <strong>da</strong> facha<strong>da</strong>.<br />

Características<br />

e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

No caso <strong>de</strong> revestimento <strong>de</strong> múltiplas cama<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>ve-se<br />

adotar para as cama<strong>da</strong>s internas uma rugosi<strong>da</strong><strong>de</strong> áspera,<br />

possibilitando uma melhor ancoragem <strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s<br />

subsequentes.<br />

Outro aspecto importante <strong>da</strong> superfície é sua regulari<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

geométrica, principalmente como elemento intangível <strong>da</strong><br />

percepção <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> edificação como um todo.<br />

Durabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

A durabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos revestimentos <strong>de</strong> argamassa, ou seja,<br />

a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> manter o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> suas funções ao<br />

longo do tempo, é uma proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> complexa e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

procedimentos a<strong>de</strong>quados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o projeto até uso final.<br />

Na etapa <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong>vem ser, por exemplo, especificados<br />

os materiais <strong>de</strong> maneira a compatibilizar o revestimento com<br />

as condições a que estará exposto durante sua vi<strong>da</strong> útil; na<br />

etapa <strong>de</strong> execução é fator <strong>de</strong>terminante, além <strong>da</strong> obediência<br />

às técnicas recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s, a realização do controle <strong>de</strong><br />

produção. Para a etapa <strong>de</strong> uso, <strong>de</strong>ve ser objeto <strong>de</strong><br />

especificações coerentes um programa <strong>de</strong> manutenção<br />

periódico. Os fatores que, com mais freqüência,<br />

comprometem a durabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos revestimentos estão a<br />

seguir relacionados:<br />

Movimentações <strong>de</strong> origem térmica, higroscópica ou imposta<br />

por forças externas<br />

Po<strong>de</strong>m causar fissuração, <strong>de</strong>sagregação e <strong>de</strong>scolamento dos<br />

revestimentos.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

13CON


Espessura dos revestimentos<br />

Sendo excessiva intensifica a movimentação higroscópica<br />

nas primeiras i<strong>da</strong><strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>ndo ocasionar fissuras <strong>de</strong><br />

retração, que po<strong>de</strong>m comprometer a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>rência e a impermeabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do revestimento. A técnica<br />

<strong>de</strong> execução po<strong>de</strong>, quando ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, provocar e ou<br />

agravar o aparecimento <strong>de</strong> tais fissuras.<br />

Cultura e proliferação <strong>de</strong> microrganismos<br />

Provocam manchas escuras que ocorrem geralmente em áreas<br />

permanentemente úmi<strong>da</strong>s dos revestimentos. Os fungos e<br />

líquens que se proliferam na superfície do revestimento<br />

produzem ácidos orgânicos que reagem e <strong>de</strong>stroem<br />

progressivamente os aglomerantes <strong>da</strong> argamassa endureci<strong>da</strong>.<br />

14CON<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Sistemas<br />

<strong>de</strong> Produção<br />

<strong>Argamassa</strong> prepara<strong>da</strong> na obra<br />

<strong>Argamassa</strong> industrializa<strong>da</strong> em sacos<br />

<strong>Argamassa</strong> prepara<strong>da</strong> em central<br />

<strong>Argamassa</strong> industrializa<strong>da</strong> em silos<br />

Parâmetros <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

1SIS


2SIS<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Sistemas <strong>de</strong> Produção<br />

Parte importante do processo que leva à <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> como<br />

se vai executar os revestimentos <strong>de</strong> argamassa é <strong>de</strong> como<br />

estas argamassas serão produzi<strong>da</strong>s e transporta<strong>da</strong>s no<br />

ambiente <strong>da</strong> obra.<br />

<strong>Argamassa</strong><br />

Sistemas <strong>de</strong> produção encontrados:<br />

• <strong>Argamassa</strong> prepara<strong>da</strong> na obra<br />

• <strong>Argamassa</strong> industrializa<strong>da</strong> em sacos<br />

• <strong>Argamassa</strong> prepara<strong>da</strong> em central<br />

• <strong>Argamassa</strong> industrializa<strong>da</strong> em silos<br />

<strong>Argamassa</strong> prepara<strong>da</strong> na obra<br />

Este é o sistema tradicional. A fabricação <strong>de</strong> argamassas é<br />

empírica: <strong>de</strong>finidos os constituintes a serem utilizados e a<br />

proporção relativa <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> constituinte (traço) na fase <strong>de</strong><br />

projeto, a fabricação resume-se em misturar mecanicamente<br />

os constituintes em uma certa seqüência e por um <strong>da</strong>do tempo.<br />

É necessário o controle <strong>de</strong> uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto, seja<br />

através do controle dos materiais constituintes, seja pelo<br />

contorole <strong>da</strong> própria argamassa.<br />

A armazenagem dos materiais <strong>de</strong>ve ser feita <strong>de</strong> maneira<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>. Há a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se prever áreas <strong>de</strong><br />

estocagem para as matérias-primas, tais como agregados,<br />

cimento e cal. O cimento e as cales <strong>de</strong>vem ser sempre<br />

armazenados protegidos <strong>de</strong> intempéries e em local <strong>de</strong> fácil<br />

acesso. Os agregados <strong>de</strong>vem ser estocados em baias cujos<br />

pisos <strong>de</strong>vem se preferencialmente cimentados e separa<strong>da</strong>s<br />

em função <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> tipo <strong>de</strong> material.<br />

Fluxograma para argamassa produzi<strong>da</strong> em obra<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

3SIS


<strong>Argamassa</strong> industrializa<strong>da</strong> em sacos<br />

<strong>Argamassa</strong><br />

Essas argamassas compõem-se <strong>de</strong> agregados com<br />

granulometria controla<strong>da</strong>, cimento Portland e aditivos<br />

especiais que otimizam as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s mesmas, tanto<br />

no estado fresco quanto no endurecido.<br />

As argamassas ensaca<strong>da</strong>s são fabrica<strong>da</strong>s em complexos<br />

industriais, on<strong>de</strong> os agregados miúdos, os aglomerantes e os<br />

aditivos em pó, são misturados a seco e ensacados. A embalagem<br />

po<strong>de</strong> ser plástica ou <strong>de</strong> papel kraft, semelhante aos sacos <strong>de</strong><br />

cal e cimento. No momento <strong>da</strong> utilização, o preparo <strong>da</strong><br />

argamassa é feito apenas pela mistura com adição <strong>de</strong> água.<br />

Esquema <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> argamassa industrializa<strong>da</strong><br />

Por serem produzi<strong>da</strong>s por processos industriais, mecanizados<br />

e com controles rígidos <strong>de</strong> produção, as argamassas<br />

ensaca<strong>da</strong>s apresentam gran<strong>de</strong> uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> dosagem. Isto<br />

significa dizer que se po<strong>de</strong> conseguir a repetição <strong>de</strong> um traço<br />

com um grau <strong>de</strong> confiança satisfatório.<br />

Na obra, o preparo po<strong>de</strong> ser feito em uma única central para<br />

que se faça o transporte <strong>da</strong> argamassa pronta até o local <strong>de</strong><br />

uso, ou <strong>de</strong> uma maneira mais racional, po<strong>de</strong>-se transportar<br />

os sacos e armazená-los nos an<strong>da</strong>res, efetuando o preparo<br />

através <strong>de</strong> misturadores alocados no pavimento, no momento<br />

<strong>da</strong> aplicação.<br />

4SIS<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


<strong>Argamassa</strong><br />

Fluxograma para argamassa ensaca<strong>da</strong><br />

Fluxograma para argamassa ensaca<strong>da</strong> com transporte vertical<br />

<strong>Argamassa</strong> prepara<strong>da</strong> em central<br />

Estas argamassas são dosa<strong>da</strong>s em centrais e forneci<strong>da</strong>s em<br />

caminhões-betoneira, prontas para a aplicação. Adotandose<br />

este tipo <strong>de</strong> argamassa elimina-se a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

central <strong>de</strong> preparo e área <strong>de</strong> estocagem <strong>de</strong> materiais na<br />

obra. As argamassas cimentícias apresentam curtos<br />

períodos para aplicação, mesmo quando aditiva<strong>da</strong>s. Por isso<br />

<strong>de</strong>ve-se prever a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>de</strong> argamassa a<br />

receber na obra durante a jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> trabalho. No caso<br />

<strong>de</strong> argamassa apenas <strong>de</strong> cal, essa previsão não importa<br />

muito, pois elas permanecem em condições <strong>de</strong> aplicação<br />

por alguns dias. É um sistema que só se justifica quando<br />

<strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> argamassa em<br />

curto período <strong>de</strong> tempo. Um exemplo on<strong>de</strong> se aplica esta<br />

forma <strong>de</strong> produção são contrapisos em gran<strong>de</strong>s extensões.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

5SIS


<strong>Argamassa</strong> industrializa<strong>da</strong> em silos<br />

<strong>Argamassa</strong><br />

As argamassas entregues em silos são produzi<strong>da</strong>s em<br />

complexos industriais, on<strong>de</strong> os agregados, aglomerantes<br />

e aditivos são misturados a seco e armazenados em silos<br />

metálicos que são levados por caminhões até as obras.<br />

Na obra, os silos ficam estocados <strong>de</strong> forma a facilitar sua<br />

substituição e/ou abastecimento. No momento do<br />

preparo, o sistema dispõe <strong>de</strong> mecanismos para a adição<br />

<strong>de</strong> água e mistura, produzindo-se a argamassa.<br />

Sistema <strong>de</strong> argamassas em silos<br />

Dois são os sistemas disponíveis para a adição <strong>de</strong> água<br />

e transporte <strong>da</strong> argamassa até o local <strong>da</strong> aplicação.<br />

Via Seca<br />

No sistema chamado <strong>de</strong> via seca, o silo é pressurizado<br />

e, acoplado a ele, existe um compressor responsável por<br />

“soprar” a mistura seca até o ponto <strong>de</strong> preparo, on<strong>de</strong> se<br />

acrescenta água. Neste sistema, o bombeamento é feito a seco,<br />

ou seja, não há presença <strong>de</strong> água, e, portanto, ain<strong>da</strong> não existe<br />

a argamassa nos dutos.<br />

A água é acresci<strong>da</strong> à mistura, próxima ao ponto <strong>de</strong> aplicação,<br />

em um misturador especial. Existe, junto ao misturador, um outro<br />

reservatório para os materiais secos e o controle do fluxo dos<br />

materiais do silo até este reservatório é feito automaticamente.<br />

6SIS<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


No caso <strong>de</strong> esvaziamento do silo, não existe a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sua substituição, pois este sistema prevê seu<br />

abastecimento. Para tanto, a nova pré-mistura chega à obra<br />

em gran<strong>de</strong>s caminhões graneleiros (tais caminhões por<br />

terem volume suficiente para abastecer mais <strong>de</strong> um silo<br />

são compartimentados para haver a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fornecimento <strong>de</strong> misturas diferentemente dosa<strong>da</strong>s) e é<br />

bombea<strong>da</strong> por meio <strong>de</strong> mangueira até o silo.<br />

<strong>Argamassa</strong><br />

Em certos casos, quando as distâncias verticais ou<br />

horizontais forem muito gran<strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>-se optar pela<br />

utilização <strong>de</strong> dois compressores operando em conjunto.<br />

Fluxograma para transporte seco <strong>de</strong> argamassa em silo<br />

Via Úmi<strong>da</strong><br />

Outro sistema é aquele conhecido por via úmi<strong>da</strong>, pois a<br />

mistura <strong>de</strong> água ocorre na boca do silo, produzindo a<br />

argamassa. Esta, então é transporta<strong>da</strong>, pronta e, portanto,<br />

úmi<strong>da</strong>, até o ponto <strong>de</strong> aplicação por meio <strong>de</strong> bombas <strong>de</strong> pistão.<br />

Note-se que, nesse sistema, o abastecimento <strong>de</strong> água e<br />

energia <strong>de</strong>vem ficar concentrados perto do silo. O sistema<br />

<strong>de</strong> bombeamento não vem acoplado ao silo e é opcional.<br />

Os agregados, aglomerantes e a água são misturados na<br />

saí<strong>da</strong> do silo.<br />

O sistema “via úmi<strong>da</strong>” utiliza um conjunto gerador-bomba<br />

<strong>de</strong> pistão, não acoplado ao silo, para bombear a argamassa<br />

pronta até o local <strong>de</strong> aplicação.<br />

Fluxograma para transporte úmido <strong>de</strong> argamassa em silo<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

7SIS


Parâmetros <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão – Matriz <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />

<strong>Argamassa</strong><br />

Os principais aspectos a serem analisados na escolha do<br />

sistema <strong>de</strong> produção e transporte <strong>de</strong> argamassa são: redução <strong>da</strong>s<br />

áreas <strong>de</strong> estocagem, redução <strong>de</strong> per<strong>da</strong>s na etapa <strong>de</strong> transporte<br />

e agili<strong>da</strong><strong>de</strong> no preparo <strong>da</strong> argamassa, além <strong>da</strong> redução <strong>de</strong> custo<br />

para a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e atendimento dos prazos necessários. Enten<strong>de</strong>se<br />

que custo total <strong>de</strong> uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma soma <strong>de</strong> fatores,<br />

inclusive custos indiretos e custos “ocultos” (per<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>sperdícios,<br />

improdutivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, etc.) e não apenas os custos diretos associados<br />

à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> propriamente dita. Custos também não são<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Portanto, abaixo estão listados uma<br />

série <strong>de</strong> parâmetros associados à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produção e<br />

transporte <strong>de</strong> argamassas e as pon<strong>de</strong>rações para ca<strong>da</strong> um dos<br />

sistemas disponíveis.<br />

Área para estocagem <strong>de</strong> materiais<br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> área em baias especialmente monta<strong>da</strong>s para<br />

esta finali<strong>da</strong><strong>de</strong>, sendo necessário separar os diversos insumos.<br />

Nenhum estoque é necessário<br />

Há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apenas uma área para armazenamento dos sacos,<br />

ou já diretamente nos pavimentos <strong>de</strong> utilização<br />

A área necessária é apenas a <strong>da</strong> projeção do silo (aproxima<strong>da</strong>mente 9m 2 ).<br />

Com a utilização <strong>de</strong> diferentes traços <strong>de</strong> argamassa, são necessárias áreas<br />

para distintos silos<br />

Desperdício <strong>de</strong> materiais<br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Maior probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> per<strong>da</strong>s diretas <strong>de</strong> material, seja na estocagem,<br />

no manuseio, no preparo ou no transporte<br />

Caso o planejamento e a utilização sejam corretos, ou seja, a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> pedi<strong>da</strong><br />

é efetivamente utiliza<strong>da</strong>, o índice <strong>de</strong> per<strong>da</strong>s do material ten<strong>de</strong> a ser baixo<br />

Por não haver estoque <strong>de</strong> matérias-primas, a tendência é que haja pequena<br />

per<strong>da</strong> <strong>de</strong> materiais, até porque há eliminação <strong>de</strong> etapas <strong>de</strong> manuseio.<br />

Po<strong>de</strong>-se avaliar que para os sistemas <strong>de</strong> silo com transporte em via seca,<br />

a per<strong>da</strong> praticamente inexiste, já que o material fica lacrado no silo e é<br />

misturado em seu local <strong>de</strong> aplicação. Já para a via úmi<strong>da</strong>, po<strong>de</strong> haver<br />

maior per<strong>da</strong> no transporte.<br />

Gestão do estoque <strong>de</strong> insumos<br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> constante monitoramento dos estoques <strong>de</strong> maneira a não<br />

paralisar o fluxo <strong>de</strong> produção. Logística no recebimento <strong>de</strong> diferentes materiais<br />

Similar à administração <strong>de</strong> concretagem. As programações <strong>de</strong> entrega<br />

<strong>de</strong>vem ser programa<strong>da</strong>s, bem como as operações <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga e aplicação<br />

Por ser apenas um item a ser controlado, fica mais fácil <strong>de</strong> ser gerido<br />

do que os diversos itens que compõem a argamassa<br />

Deve-se atentar para que não falte material nos silos, uma vez que a<br />

reposição não é imediata<br />

8SIS<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Local <strong>de</strong> produção<br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Tem que estar no contexto <strong>da</strong> logística do canteiro <strong>de</strong> obras como um todo.<br />

Por ser uma área gran<strong>de</strong> e que abastece todos os locais <strong>da</strong> obra, <strong>de</strong>ve ser<br />

escolhi<strong>da</strong> com extremo cui<strong>da</strong>do. Provoca intenso tráfego <strong>de</strong> caminhões <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> insumos que <strong>de</strong>vem ter acesso facilitado<br />

Não há produção na obra, mas é necessário prever local a<strong>de</strong>quado para<br />

o abastecimento<br />

A produção <strong>da</strong> argamassa quando se utiliza a argamassa ensaca<strong>da</strong><br />

po<strong>de</strong> ser em uma central e esta é transporta<strong>da</strong> já pronta para os pontos<br />

<strong>de</strong> aplicação. No entanto, o mais indicado é que a produção ocorra<br />

próxima aos locais <strong>de</strong> aplicação através <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> argamassa<strong>de</strong>iras<br />

mecânicas, pois isto facilita o transporte, exigindo menos mão <strong>de</strong> obra<br />

e propiciando menor per<strong>da</strong><br />

Depen<strong>de</strong>ndo do sistema, a mistura final po<strong>de</strong> ocorrer na base do silo (via<br />

úmi<strong>da</strong>), ou no local <strong>de</strong> aplicação (via seca). Na base do silo, há a vantagem<br />

<strong>de</strong> se ter apenas um ponto <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água, mas o equipamento<br />

<strong>de</strong> elevação é mais pesado, gerando um consumo maior <strong>de</strong> energia para o<br />

transporte. Já para o sistema <strong>de</strong> via seca, há a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> abastecer<br />

ca<strong>da</strong> ponto <strong>de</strong> aplicação com água e energia, no entanto o consumo <strong>de</strong><br />

energia é minimizado<br />

Per<strong>da</strong>s no transporte<br />

Dado que existe um ponto central <strong>de</strong> produção e a argamassa é<br />

transporta<strong>da</strong> pronta, com trajetos por vezes longos, existe um potencial<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> per<strong>da</strong>s nos carrinhos e nas jericas<br />

Depen<strong>de</strong> do sistema <strong>de</strong> abastecimento <strong>da</strong> argamassa; se bombeado, ou se por<br />

carrinhos, as per<strong>da</strong>s são diferentes. No caso do uso <strong>de</strong> carrinhos, a per<strong>da</strong> é similar<br />

a <strong>da</strong> produzi<strong>da</strong> na obra. No caso <strong>de</strong> bombeamento existe a per<strong>da</strong> na tubulação<br />

Se a argamassa for produzi<strong>da</strong> próxima ao local <strong>de</strong> aplicação, as per<strong>da</strong>s<br />

po<strong>de</strong>m ocorrer por <strong>da</strong>nos provocados nos sacos ao serem transportados,<br />

cuja probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência é baixa<br />

Não há per<strong>da</strong>s no transporte, a não ser na via úmi<strong>da</strong>, on<strong>de</strong> os resíduos que<br />

permanecem na tubulação representam valor a ser consi<strong>de</strong>rado e gerando<br />

a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> lavagem <strong>da</strong> tubulação<br />

Mobilização dos meios <strong>de</strong> transporte<br />

Por se utilizar dos meios convencionais <strong>de</strong> transporte (elevador, grua, etc.), a<br />

argamassa “compete” com outros elementos que <strong>de</strong>vem ser transportados<br />

por estes meios na obra, gerando por vezes congestionamentos no sistema<br />

Se for bombeado, não há congestionamento. Se for por carrinho, po<strong>de</strong><br />

ocorrer o mesmo congestionamento do caso anterior<br />

Há apenas o transporte <strong>de</strong> sacos para os locais <strong>de</strong> aplicação, o que<br />

po<strong>de</strong> ser realizado fora dos horários <strong>de</strong> pico do sistema <strong>de</strong> transportes<br />

e portanto não gerar nenhum transtorno para a obra<br />

Via seca - não utiliza o sistema convencional <strong>de</strong> transporte.<br />

Via úmi<strong>da</strong> – po<strong>de</strong> haver transporte por meios convencionais <strong>da</strong><br />

obra o que po<strong>de</strong> gerar eventuais congestionamentos no sistema<br />

<strong>Argamassa</strong><br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

9SIS


Instalações e consumo <strong>de</strong> água e energia<br />

<strong>Argamassa</strong><br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Instalações centraliza<strong>da</strong>s <strong>de</strong> água e energia elétrica<br />

Não há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> instalações específicas. No entanto, na ocorrência <strong>de</strong><br />

falta <strong>de</strong> energia po<strong>de</strong> haver per<strong>da</strong> do caminhão <strong>de</strong> argamassa (gran<strong>de</strong> volume)<br />

Consi<strong>de</strong>rando que a mistura ocorre próxima aos locais <strong>de</strong> aplicação, há<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> instalações elétricas e hidráulicas nestes pontos<br />

Se for por via úmi<strong>da</strong>, a instalação é centraliza<strong>da</strong>, já que a mistura ocorre junto<br />

ao silo. No caso <strong>de</strong> via seca, ocorre o mesmo que para o sistema <strong>de</strong> sacos<br />

Limitação <strong>de</strong> peso e altura<br />

Se houver estocagem <strong>de</strong> insumos sobre laje, <strong>de</strong>ve-se atentar para<br />

os limites <strong>de</strong> carga admissíveis<br />

O caminhão betoneira não po<strong>de</strong> se posicionar sobre laje, a não ser<br />

que tenha sido feita previsão específica<br />

Se houver estocagem <strong>de</strong> insumos sobre laje, <strong>de</strong>ve-se atentar para<br />

os limites <strong>de</strong> carga admissíveis<br />

Há possível limitação <strong>de</strong> altura por interferência com re<strong>de</strong> elétrica.<br />

Quanto ao peso, também há limitação do peso do silo apoiado sobre laje<br />

Manutenção <strong>de</strong> equipamentos<br />

Os equipamentos usualmente utilizados são muito simples (betoneira,<br />

principalmente) e requerem manutenção, preferencialmente do fornecedor<br />

Não há custo <strong>de</strong> manutenção para a obra<br />

As argamassa<strong>de</strong>iras requerem manutenção que <strong>de</strong>ve ser <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo<br />

fabricante do equipamento no caso <strong>de</strong> locação do equipamento<br />

A manutenção é <strong>da</strong><strong>da</strong> pela própria empresa fornecedora do silo.<br />

As misturadoras, no caso <strong>de</strong> via seca, também requerem manutenção<br />

Disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fornecedores<br />

Há ampla disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fornecedores <strong>de</strong> insumos, atentando-se para<br />

o fato que nem sempre é fácil se encontrar o fornecedor para a areia i<strong>de</strong>al<br />

Usualmente, os fornecedores <strong>de</strong> argamassa em caminhão são os mesmos<br />

fornecedores <strong>de</strong> concreto. Há, portanto, os mesmos tipos <strong>de</strong> problemas que<br />

po<strong>de</strong>m ocorrer com entrega <strong>de</strong> concreto: atrasos, dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso <strong>de</strong><br />

caminhões e equipamentos <strong>de</strong> elevação<br />

As argamassas ensaca<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m ser adquiri<strong>da</strong>s em muitos distribuidores. Mas,<br />

a especificação <strong>de</strong> argamassas diferentes <strong>da</strong>quelas padroniza<strong>da</strong>s somente<br />

po<strong>de</strong> ser feita quando houver gran<strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> a ser utiliza<strong>da</strong><br />

É o sistema que possui maior <strong>de</strong>pendência em relação aos fornecedores.<br />

Uma vez escolhido o sistema, o fornecedor não po<strong>de</strong> ser mu<strong>da</strong>do e fica-se<br />

sujeito a potenciais problemas <strong>de</strong> entrega. Também são poucos os<br />

fornecedores disponíveis no mercado<br />

10SIS<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Ajuste <strong>de</strong> traço<br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Há total possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ajuste <strong>de</strong> traço, mas o controle <strong>de</strong> uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e manutenção <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> são mais difíceis, sobretudo em função <strong>da</strong><br />

variação <strong>da</strong>s características do agregado e <strong>da</strong> própria dosagem<br />

Para caminhões diferentes, há possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ajuste do traço.<br />

A uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> é manti<strong>da</strong> pelo processo <strong>de</strong> dosagem industrial<br />

Os traços são padronizados e não necessitam <strong>de</strong> ajuste<br />

Os traços são padronizados e não necessitam <strong>de</strong> ajuste<br />

Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> na dosagem<br />

A responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> dosagem e sua uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> é totalmente<br />

<strong>da</strong> Construtora<br />

A responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> dosagem e sua uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> são <strong>da</strong> empresa<br />

fornecedora <strong>da</strong> argamassa a partir dos requisitos solicitados pela contratante<br />

A responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> fórmula é <strong>da</strong> empresa fabricante <strong>da</strong> argamassa<br />

A responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> fórmula é <strong>da</strong> empresa fabricante <strong>da</strong> argamassa<br />

Domínio <strong>da</strong> tecnologia e treinamento<br />

Apesar <strong>de</strong> ser uma tecnologia extremamente difundi<strong>da</strong>, para que a<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produção e transporte ocorra com a maior produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

possível é necessário que se invista em treinamento. Usualmente não há<br />

domínio <strong>da</strong> tecnologia <strong>de</strong> dosagem, a qual na maioria <strong>da</strong>s vezes é feita<br />

empiricamente em função <strong>da</strong> experiência <strong>de</strong> mestres e encarregados<br />

Uma vez que não há produção no canteiro, não há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

domínio <strong>de</strong> tecnologia e treinamento<br />

Deve existir treinamento para a correta utilização do produto e adição<br />

<strong>de</strong> água à mistura<br />

Deve existir treinamento para a correta utilização do equipamento<br />

<strong>Argamassa</strong><br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Mão-<strong>de</strong>-obra e Produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Este é o tipo que mais necessita e utiliza mão-<strong>de</strong>-obra. No entanto, o<br />

sistema vai na contramão <strong>da</strong> tendência atual <strong>de</strong> se retirar do canteiro<br />

<strong>de</strong> obras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que não agregam valor diretamente ao produto final,<br />

como a fabricação <strong>da</strong> argamassa<br />

Não há mão-<strong>de</strong>-obra na fabricação, apenas no transporte. Dado que um<br />

gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> argamassa é aplicado em pouco tempo, há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mobilização <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> contingente <strong>de</strong> operários, o que po<strong>de</strong> prejudicar<br />

outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> obra, além <strong>de</strong> eventualmente obrigar o dimensionamento<br />

<strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>- obra por estes picos <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

A mão-<strong>de</strong>-obra na preparação é bem mais reduzi<strong>da</strong> que no sistema<br />

convencional e não requer treinamento. Desta maneira, po<strong>de</strong>-se dizer<br />

que o sistema como um todo é mais produtivo que o convencional<br />

No caso <strong>de</strong> via seca, há muita semelhança na utilização <strong>de</strong> mão <strong>de</strong><br />

obra com sistema ensacado. Já na via úmi<strong>da</strong>, po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar uma<br />

incidência menor <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, <strong>da</strong>do que a adição <strong>de</strong> água está<br />

concentra<strong>da</strong> em apenas um ponto<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

11SIS


Planejamento<br />

<strong>Argamassa</strong><br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Produzi<strong>da</strong> em canteiro<br />

Produzi<strong>da</strong> em central<br />

Ensaca<strong>da</strong><br />

Silos<br />

Há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se pensar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> aquisição, produção e aplicação<br />

na obra integra<strong>da</strong>mente, já que as argamassas <strong>de</strong> cimento são “perecíveis”.<br />

Planejamento similar ao <strong>de</strong> concretagem. Para que não ocorram problemas<br />

no momento <strong>de</strong> aplicação, to<strong>da</strong> a infra-estrutra <strong>da</strong> obra <strong>de</strong>ve estar pronta<br />

para receber um gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> material a ser aplicado rapi<strong>da</strong>mente<br />

Como usualmente as centrais <strong>de</strong> mistura são móveis, acompanhando a<br />

execução, há a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> no planejamento.<br />

Esta flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> permite que seja possível realocar recursos rapi<strong>da</strong>mente,<br />

bem como potencializar o uso do equipamento <strong>de</strong> transporte<br />

Vale o mesmo raciocínio utilizado para o sistema ensacado tanto<br />

para o sistema em via seca como para transporte úmido, apenas faz-se<br />

a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> tubulações que se faz necessária para ca<strong>da</strong> caso<br />

Cronograma<br />

Há pouca interferência do cronograma sobre o sistema e seus custos, a não<br />

ser no dimensionamento <strong>de</strong> estoques <strong>de</strong> insumos Apenas no caso <strong>de</strong> locação<br />

do equipamento <strong>de</strong> mistura, há consi<strong>de</strong>ração como variável importante<br />

Utiliza<strong>da</strong> para obras rápi<strong>da</strong>s e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s volumes<br />

Há pouca interferência do cronograma sobre o sistema e seus custos.<br />

Apenas no caso <strong>de</strong> locação do equipamento <strong>de</strong> mistura, há consi<strong>de</strong>ração<br />

como variável importante<br />

É uma variável importante na viabilização <strong>de</strong> custos. Se o prazo for<br />

fator prepon<strong>de</strong>rante nas opções <strong>de</strong> sistemas, este é um sistema que<br />

se viabiliza pela redução <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra direta, redução dos custos <strong>de</strong><br />

transporte, e por fim <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar a possível redução <strong>da</strong> mão-<strong>de</strong>obra<br />

indireta<br />

12SIS<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Projeto,<br />

planejamento<br />

e logística<br />

Projeto <strong>de</strong> revestimento<br />

Interface e informações <strong>de</strong> outros projetos<br />

Planejamento<br />

Condicionantes para revestimentos internos<br />

Condicionantes para contrapisos<br />

Condicionantes para facha<strong>da</strong>s<br />

Prazos <strong>de</strong> carência<br />

Dimensionando recursos<br />

Produção <strong>de</strong> argamassa<br />

Transporte<br />

Aplicação<br />

Logística<br />

O que é logística<br />

Central <strong>de</strong> produção<br />

Insumos e armazenagem<br />

Transporte<br />

Produção<br />

Equipamentos<br />

Produção<br />

Aplicação<br />

Mão-<strong>de</strong>-Obra<br />

Critérios <strong>de</strong> contratação e escolha<br />

Desenvolvimento e treinamento<br />

Comprando e Recebendo<br />

<strong>Argamassa</strong> produzi<strong>da</strong> na obra<br />

<strong>Argamassa</strong> industrializa<strong>da</strong><br />

Projeto <strong>de</strong> revestimento<br />

Planejamento<br />

Logística<br />

Equipamentos<br />

Mão-<strong>de</strong>-Obra<br />

Comprando e Recebendo<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

1PRO


2PRO<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Projeto, planejamento<br />

e logística<br />

Projeto <strong>de</strong> revestimento<br />

O projeto <strong>de</strong> revestimentos <strong>de</strong>ve especificar os materiais e<br />

técnicas a serem adotados e conceber os <strong>de</strong>talhes<br />

construtivos capazes <strong>de</strong> conferir ao revestimento as<br />

características e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s necessárias ao bom<br />

<strong>de</strong>sempenho na edificação. Os prazos e custos previstos no<br />

planejamento <strong>da</strong> obra, inclusive os custos <strong>de</strong> manutenção,<br />

para a execução do serviço e consi<strong>de</strong>rando a vi<strong>da</strong> útil<br />

espera<strong>da</strong> <strong>de</strong>vem ser objeto <strong>de</strong> atenção.<br />

Projeto <strong>de</strong><br />

revestimento<br />

Para o <strong>de</strong>senvolvimento do projeto <strong>de</strong> revestimentos <strong>de</strong>ve-se<br />

proce<strong>de</strong>r ao levantamento e análise dos seguintes aspectos:<br />

a. Exigências e limitações dos projetos arquitetônico,<br />

estrutural, <strong>de</strong> instalações hidro-sanitárias, <strong>de</strong> instalações<br />

elétricas, impermeabilização e esquadrias.<br />

b. Condições ambientais <strong>de</strong>terminantes <strong>de</strong> solicitações<br />

<strong>de</strong> conforto higrotérmico e acústico no interior <strong>da</strong>s<br />

edificações.<br />

c. Acabamentos que serão aplicados sobre a cama<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

argamassa.<br />

d. Insumos disponíveis: materiais, equipamentos,<br />

componentes e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mão-<strong>de</strong>-obra.<br />

e. Planejamento global <strong>da</strong> obra: prazos e custos.<br />

f. Análise dos esforços solicitantes dos revestimentos<br />

Com base neste levantamento e analisa<strong>da</strong>s as inter-relações<br />

entre os diversos aspectos, o projetista possuirá subsídios<br />

para a elaboração do projeto para produção que <strong>de</strong>verá<br />

conter basicamente:<br />

• especificação dos materiais e técnicas construtivas;<br />

• <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s;<br />

• <strong>de</strong>talhes construtivos.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

3PRO


Interface e informações <strong>de</strong> outros projetos<br />

Projeto <strong>de</strong><br />

revestimento<br />

Uma visão sistêmica do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

projetos procura organizar as relações entre projeto e<br />

execução. Ou seja, o subsistema revestimento <strong>de</strong>ve estar<br />

inserido no contexto amplo <strong>da</strong> edificação e principalmente<br />

estar relacionado aos outros subsistemas que o envolvem<br />

– estrutura, ve<strong>da</strong>ções, impermeabilizações, esquadrias e<br />

instalações.<br />

Deverão ser obti<strong>da</strong>s a partir do projeto arquitetônico<br />

informações referentes a:<br />

• dimensões <strong>da</strong>s pare<strong>de</strong>s<br />

(comprimentos e espessura <strong>da</strong>s pare<strong>de</strong>s acaba<strong>da</strong>s)<br />

• dimensões internas dos compartimentos<br />

• localização e dimensões dos vãos <strong>de</strong> portas, janelas<br />

e instalações especiais<br />

• características dos revestimentos especificados<br />

(como espessura)<br />

• <strong>de</strong>talhes construtivos <strong>de</strong> fixação <strong>da</strong>s esquadrias,<br />

peças suspensas, frisos, peitoris, pinga<strong>de</strong>iras, etc.<br />

Do projeto <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>vem ser obti<strong>da</strong>s as seguintes<br />

informações:<br />

• tratamento <strong>de</strong> juntas nas interfaces dos vãos e pare<strong>de</strong>s<br />

e também nas ligações <strong>da</strong>s pare<strong>de</strong>s com os componentes<br />

estruturais;<br />

• previsão <strong>de</strong> juntas <strong>de</strong> controle;<br />

• <strong>de</strong>talhes arquitetônicos que interfiram na execução <strong>da</strong><br />

alvenaria, como saca<strong>da</strong>s, beirais, platiban<strong>da</strong>s, peitoris,<br />

ressaltos e reentrâncias para proteção <strong>da</strong> facha<strong>da</strong>;<br />

• o componente <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção especificado (absorção<br />

e rugosi<strong>da</strong><strong>de</strong> superficial)<br />

• existência <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s sobre componente estrutural<br />

em balanço<br />

Do projeto estrutural <strong>de</strong>vem ser obti<strong>da</strong>s as seguintes<br />

informações:<br />

• dimensões dos elementos estruturais: vigas e pilares<br />

• as características <strong>de</strong> <strong>de</strong>formabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> estrutura.<br />

• existência <strong>de</strong> elementos em balanço<br />

• características do concreto (f ck<br />

, absorção e rugosi<strong>da</strong><strong>de</strong>)<br />

4PRO<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Dos projetos <strong>de</strong> instalações <strong>de</strong>vem ser obti<strong>da</strong>s as seguintes<br />

informações:<br />

• disposição e localização dos ramais hidráulicos<br />

• tubulações que correm pelos pisos (esgoto, gás, etc.)<br />

e suas dimensões<br />

• instalação <strong>de</strong> peças sanitárias<br />

• passagem <strong>de</strong> tubulação elétrica<br />

• pontos <strong>de</strong> luz, toma<strong>da</strong>s e interruptores<br />

• disposição e localização <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> incêndio<br />

• disposição e localização <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> gás<br />

• disposição e localização <strong>de</strong> instalações telefônicas<br />

• disposição e localização <strong>de</strong> equipamentos especiais.<br />

Projeto <strong>de</strong><br />

revestimento<br />

No projeto <strong>de</strong> impermeabilização <strong>de</strong>vem ser observados<br />

os seguintes elementos:<br />

• áreas on<strong>de</strong> há previsão <strong>de</strong> impermeabilização<br />

• altura <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>pés<br />

• características do sistema utilizado, traduzi<strong>da</strong>s<br />

pelo tipo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência com o substrato, espessura,<br />

compressibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> impermeável, espessura<br />

<strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s <strong>de</strong> regularização e proteção.<br />

• espessura total do sistema <strong>de</strong> impermeabilização adotado.<br />

No projeto <strong>de</strong> esquadrias <strong>de</strong>vem ser observados os<br />

seguintes elementos:<br />

• especificação <strong>da</strong>s esquadrias a serem utiliza<strong>da</strong>s, com<br />

suas características dimensionais e <strong>de</strong> fixação.<br />

Condições para início dos serviços <strong>de</strong> revestimento<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

5PRO


Planejamento<br />

Planejamento<br />

To<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s inerentes ao processo <strong>de</strong> execução <strong>de</strong><br />

uma edificação necessitam <strong>de</strong> um planejamento específico<br />

para o seu <strong>de</strong>senvolvimento. Ca<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> é apenas uma<br />

parte <strong>da</strong> obra e <strong>de</strong>ve estar a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente vincula<strong>da</strong> ao todo.<br />

Deve ser avaliado em que etapa <strong>da</strong> obra po<strong>de</strong>m ser inseri<strong>da</strong>s<br />

as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> execução dos revestimentos, sendo distintos<br />

os momentos em que se realizam os revestimentos<br />

<strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s e forros internos, facha<strong>da</strong>s e contrapisos,<br />

tomando-se como referência o planejamento previsto para<br />

a edificação como um todo.<br />

Condicionantes para revestimentos internos<br />

Para iniciar os serviços <strong>de</strong> revestimento <strong>de</strong> argamassa<br />

interno <strong>de</strong>vem estar concluídos:<br />

• A alvenaria <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> menos um do número<br />

total <strong>de</strong> pavimentos;<br />

• A fixação <strong>da</strong> alvenaria (“encunhamento”) <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção em<br />

pelo menos três dos pavimentos imediatamente acima;<br />

• A colocação dos contramarcos (ou dos marcos, se for o<br />

caso) <strong>da</strong>s esquadrias <strong>de</strong> facha<strong>da</strong>;<br />

• O embutimento e fixação <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as instalações<br />

na alvenaria, to<strong>da</strong>s <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente testa<strong>da</strong>s e libera<strong>da</strong>s.<br />

Os condicionantes para o contrapiso<br />

Nota<br />

Recomen<strong>da</strong>-se que o contrapiso<br />

seja executado antes <strong>de</strong> fixar<br />

a alvenaria afim <strong>de</strong> “carregar”<br />

a estrutura.<br />

Para se programar a execução dos contrapisos, os seguintes<br />

serviços <strong>de</strong>vem estar concluídos:<br />

• A alvenaria <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> menos um do número<br />

total <strong>de</strong> pavimentos;<br />

• A fixação <strong>da</strong> alvenaria (“encunhamento”) <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção em<br />

pelo menos três dos pavimentos imediatamente acima;<br />

• Dutos embutidos nos pisos.<br />

6PRO<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Condicionantes para a facha<strong>da</strong><br />

Para a execução dos serviços <strong>de</strong> revestimento externo<br />

em um <strong>da</strong>do pavimento <strong>de</strong>verão estar completados<br />

pelo menos os seguintes serviços:<br />

• Estrutura total do edifício se o mesmo tiver menos<br />

<strong>de</strong> nove pavimentos e empregar estrutura reticula<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

concreto armado, ou qualquer altura se empregar<br />

estrutura em alvenaria;<br />

• Meta<strong>de</strong> mais um dos pavimentos <strong>da</strong> estrutura reticula<strong>da</strong><br />

do edifício se o mesmo tiver nove ou mais pavimentos;<br />

• A alvenaria <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> menos um do número<br />

total <strong>de</strong> pavimentos;<br />

• A fixação <strong>da</strong> alvenaria (“encunhamento”) <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção em<br />

pelo menos três dos pavimentos imediatamente acima<br />

<strong>da</strong>quele em que o revestimento tiver início;<br />

• A colocação dos contramarcos (ou dos marcos, se for o<br />

caso) <strong>da</strong>s esquadrias <strong>de</strong> facha<strong>da</strong>;<br />

• O enclausuramento <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as instalações em “shafts”<br />

<strong>de</strong> facha<strong>da</strong> ou o embutimento <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as instalações<br />

na alvenaria;<br />

• A impermeabilização <strong>da</strong>s saca<strong>da</strong>s e varan<strong>da</strong>s, já testa<strong>da</strong>s<br />

e com a proteção mecânica executa<strong>da</strong>.<br />

Planejamento<br />

É <strong>de</strong>sejável que estejam também completados os seguintes<br />

serviços:<br />

• Contrapiso dos pavimentos com alvenaria executa<strong>da</strong> e<br />

• Os revestimentos <strong>de</strong> argamassa internos dos pavimentos<br />

com a fixação executa<strong>da</strong><br />

Prazos <strong>de</strong> carência<br />

Na programação dos serviços <strong>de</strong>verão ser obe<strong>de</strong>cidos os<br />

seguintes prazos <strong>de</strong> carência:<br />

120 dias<br />

30 dias<br />

15 dias<br />

7 dias<br />

execução <strong>da</strong> estrutura <strong>de</strong> concreto armado,<br />

exceção feita aos três últimos pavimentos (60 dias)<br />

execução <strong>da</strong> alvenaria <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção<br />

fixação <strong>da</strong> alvenaria <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção com<br />

encunhamento (cunhas e argamassa expansiva)<br />

fixação <strong>da</strong> alvenaria <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção do pavimento superior<br />

fixação <strong>da</strong> alvenaria <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção sem encunhamento<br />

(só com argamassa <strong>de</strong> preenchimento)<br />

72 horas <strong>da</strong> execução do chapisco execução <strong>de</strong> emboço<br />

7 dias <strong>da</strong> execução do emboço execução do reboco<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

7PRO


A pintura e revestimento texturado só <strong>de</strong>verão ser aplicados<br />

após os seguintes prazos <strong>de</strong> cura dos revestimentos <strong>de</strong><br />

argamassa:<br />

Planejamento<br />

Pintura com tintas minerais à base <strong>de</strong> cimento<br />

Pintura com tintas minerais à base <strong>de</strong> cal<br />

Pintura com tintas à base <strong>de</strong> resinas PVA e acrílicas<br />

primer selador<br />

primer tipo “liquibase”<br />

tintas<br />

Revestimento texturado<br />

15 dias<br />

7 dias<br />

15 dias<br />

30 dias<br />

30 dias<br />

30 dias<br />

Dimensionando recursos<br />

Muitos são os fatores que interferem no dimensionamento<br />

dos recursos necessários à execução dos revestimentos <strong>de</strong><br />

argamassa. O importante é se adotar um sistema <strong>de</strong><br />

execução coerente com as <strong>de</strong>mais ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> obra. Há<br />

uma clara distinção entre as etapas <strong>de</strong> produção e<br />

transporte <strong>da</strong>s argamassas e a sua aplicação.<br />

A <strong>de</strong>cisão sobre o sistema <strong>de</strong> produção e transporte <strong>de</strong><br />

argamassa é <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância para o<br />

dimensionamento <strong>de</strong> recursos necessários. Como já abor<strong>da</strong>do,<br />

as opções envolvem a produção <strong>de</strong> argamassa na obra,<br />

através <strong>de</strong> central <strong>de</strong> produção ou a aquisição <strong>de</strong> mistura<br />

industrializa<strong>da</strong>, seja em caminhões betoneira, sacos ou silos.<br />

A quantificação dos trabalhos, bem como os índices<br />

<strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s equipes <strong>de</strong> produção são também<br />

fun<strong>da</strong>mentais para o dimensionamento. Quanto mais se<br />

consegue <strong>de</strong>finir com clareza as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>obra<br />

nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s específicas e se consegue manter a<br />

sequência do trabalho, o efeito aprendizado propicia<br />

ganhos <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Produção <strong>de</strong> argamassa<br />

No caso <strong>da</strong>s argamassas ensaca<strong>da</strong>s e em silos, a produção<br />

na obra é simplifica<strong>da</strong>, sendo necessários somente os<br />

equipamentos para mistura. Nesta situação, os problemas<br />

<strong>de</strong> movimentação interna no canteiro ficam minimizados,<br />

requerendo menos recursos humanos para o transporte.<br />

Quando a argamassa é produzi<strong>da</strong> na obra, os equipamentos<br />

<strong>de</strong>verão aten<strong>de</strong>r ao ritmo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>finido pelo<br />

cronograma <strong>de</strong> execução.<br />

8PRO<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Nas centrais <strong>de</strong> obra normalmente os materiais são dosados<br />

em volume, e para esta dosagem <strong>de</strong>vem ser utilizados<br />

recipientes especialmente preparados, com volumes<br />

constantes que não se modifiquem ao longo do seu uso, seja<br />

por <strong>de</strong>terioração do material <strong>de</strong> que são constituídos, seja por<br />

per<strong>da</strong> <strong>de</strong> partes, etc.<br />

Transporte<br />

Planejamento<br />

Há que se planejar os meios <strong>de</strong> transporte <strong>da</strong> argamassa até o<br />

local <strong>de</strong> utilização. Para isso são necessários recipientes e<br />

equipamentos a<strong>de</strong>quados para movimentação vertical e<br />

horizontal. O porte e a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> dos equipamentos necessários<br />

serão em função <strong>da</strong>s distâncias entre os locais <strong>de</strong> produção e os<br />

<strong>de</strong> utilização.<br />

A diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos para estas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s é<br />

gran<strong>de</strong>, estando limita<strong>da</strong> algumas vezes pela gerência <strong>da</strong><br />

obra e pelas características dos materiais a serem<br />

transportados, bem como pelas particulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> seu<br />

fornecimento, além dos próprios custos. No entanto, <strong>de</strong>vese<br />

ressaltar que quanto maior a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>, mais eficiente<br />

será o sistema.<br />

Aplicação<br />

A aplicação dos revestimentos é uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> que<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do sistema <strong>de</strong> produção e transporte,<br />

admitindo-se que estas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s já foram completa<strong>da</strong>s.<br />

Portanto, os recursos necessários variam em função <strong>da</strong><br />

finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> aplicação: pare<strong>de</strong>s internas, forros, facha<strong>da</strong>s<br />

e contrapisos. O ferramental e os equipamentos, assim<br />

como as expectativas <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mão-<strong>de</strong>-obra<br />

são <strong>de</strong>sta maneira vinculados à finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> aplicação.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

9PRO


Po<strong>de</strong>mos assim montar uma matriz on<strong>de</strong> se relacionam as<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s necessárias à execução dos revestimentos e os<br />

tipos <strong>de</strong> recursos necessários:<br />

Produção Transporte Aplicação<br />

Logística<br />

Facha<strong>da</strong><br />

Pare<strong>de</strong>s internas<br />

e forros<br />

Contrapiso<br />

Mão-<strong>de</strong>-obra<br />

Equipamentos<br />

Materiais<br />

Mão-<strong>de</strong>-obra<br />

Equipamentos<br />

Materiais<br />

Mão-<strong>de</strong>-obra<br />

Equipamentos<br />

Materiais<br />

Estes recursos são utilizados ao longo do tempo e permitem<br />

a visualização <strong>de</strong> como as equipes se movimentam pela obra.<br />

Logística<br />

O que é logística?<br />

O termo tem origem militar e trata do “alojamento, equipamento,<br />

e transporte <strong>de</strong> tropas, produção, distribuição, manutenção e<br />

transporte <strong>de</strong> material e <strong>de</strong> outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s não combatentes<br />

relaciona<strong>da</strong>s”. (Michaelis)<br />

No contexto <strong>da</strong> obra, é usual tratar a logística como tudo o que<br />

envolve o arranjo físico do canteiro <strong>de</strong> obra e a movimentação<br />

<strong>de</strong> pessoas, materiais e equipamentos, e as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que dão<br />

suporte à produção propriamente dita.<br />

Desta maneira, a logística do canteiro está intimamente<br />

relaciona<strong>da</strong> aos sistemas <strong>de</strong> produção adotados e ao<br />

planejamento <strong>da</strong> obra. Relativamente à questão dos<br />

revestimentos <strong>de</strong> argamassa, os principais aspectos a serem<br />

buscados são: redução <strong>da</strong>s áreas <strong>de</strong> estocagem, redução <strong>da</strong>s<br />

per<strong>da</strong>s nas etapas <strong>de</strong> transporte, redução <strong>da</strong>s per<strong>da</strong>s no<br />

preparo dos materiais constituintes, otimização <strong>da</strong>s operações<br />

<strong>de</strong> transporte evitando tempos <strong>de</strong> espera e <strong>de</strong>sabastecimento<br />

<strong>da</strong>s frentes <strong>de</strong> trabalho além <strong>de</strong> buscar agili<strong>da</strong><strong>de</strong> no preparo<br />

<strong>da</strong> argamassa (se for o caso <strong>de</strong> preparo no canteiro).<br />

A escolha <strong>da</strong>s argamassas em sacos ou em silos contribui<br />

positivamente para a racionalização do canteiro como um todo,<br />

pois diminuem em muito as áreas <strong>de</strong> estocagem e as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> manuseio dos materiais, além <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> excessiva<br />

<strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra.<br />

10PRO<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Ao se analisar todo o ciclo <strong>de</strong> utilização <strong>da</strong>s argamassas<br />

po<strong>de</strong>-se i<strong>de</strong>ntificar etapas importantes liga<strong>da</strong>s ao <strong>de</strong>sperdício<br />

<strong>de</strong> materiais, como a estocagem, o transporte e a aplicação.<br />

Numa obra que produz suas próprias argamassas é<br />

constante a preocupação com as gran<strong>de</strong>s áreas <strong>de</strong> estocagem<br />

e recebimento <strong>de</strong> matérias-primas. Montes <strong>de</strong> areia, pilhas<br />

<strong>de</strong> sacos <strong>de</strong> cimento e cal <strong>de</strong>man<strong>da</strong>m gran<strong>de</strong>s áreas <strong>de</strong><br />

estocagem e constante monitoração do estoque para que o<br />

processo <strong>de</strong> produção não sofra <strong>de</strong>scontinui<strong>da</strong><strong>de</strong>. Para o<br />

abastecimento <strong>da</strong> produção nas frentes <strong>de</strong> trabalho, correse<br />

o risco <strong>de</strong> congestionamento do sistema <strong>de</strong> transporte e<br />

interferências com muitas outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Logística<br />

A opção pela utilização dos silos, por exemplo, minimiza o<br />

espaço <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> matérias-primas uma vez que a<br />

área <strong>de</strong> estocagem limita-se à área <strong>de</strong> projeção <strong>de</strong> um silo,<br />

aproxima<strong>da</strong>mente 9 m 2 . A etapa <strong>de</strong> transporte <strong>da</strong> argamassa<br />

pronta também po<strong>de</strong> ser otimiza<strong>da</strong> através <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong><br />

bombeamento.<br />

É comum observar a opção pela contratação <strong>de</strong> vários silos<br />

por obra, ca<strong>da</strong> um contendo uma argamassa diferente,<br />

dosa<strong>da</strong> conforme características previamente <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s para<br />

ca<strong>da</strong> uso. Esta opção irá <strong>de</strong>man<strong>da</strong>r maior área.<br />

Na opção pelas argamassas ensaca<strong>da</strong>s, os estoques <strong>de</strong> areia,<br />

cimento e cal são eliminados ou reduzidos criando espaço<br />

para um estoque <strong>de</strong> argamassa ensaca<strong>da</strong>. As per<strong>da</strong>s nas<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarregamento e transporte também são<br />

reduzi<strong>da</strong>s uma vez que não há mais a manipulação <strong>de</strong> materiais<br />

a granel. Aqui também se <strong>de</strong>staca a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> utilização<br />

<strong>de</strong> ”pallets”, o que facilita a movimentação no canteiro.<br />

Silos para argamassa<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

11PRO


Logística<br />

Quando se opta pela utilização <strong>de</strong> centrais móveis, temse<br />

a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ganhos em vários pontos: rapi<strong>de</strong>z no<br />

preparo; rapi<strong>de</strong>z no transporte <strong>de</strong> argamassa (pela<br />

proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> do ponto <strong>de</strong> aplicação); redução do estoque<br />

<strong>de</strong> argamassa para aplicação (pela rapi<strong>de</strong>z no preparo e<br />

proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> do ponto <strong>de</strong> aplicação). Também se po<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>stacar a redução <strong>da</strong> probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> per<strong>da</strong>s na etapa<br />

<strong>de</strong> transporte uma vez que há a redução do estoque <strong>de</strong><br />

argamassa pronta e a produção e o abastecimento <strong>da</strong>s<br />

frentes <strong>de</strong> trabalho são tarefas executa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma ágil.<br />

Outro item que merece <strong>de</strong>staque é a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do uso<br />

<strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> transporte em horários alternativos,<br />

evitando-se aqueles <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>man<strong>da</strong>.<br />

Central <strong>de</strong> produção<br />

Caso se opte por produzir as argamassas no canteiro <strong>de</strong><br />

obras em uma central <strong>de</strong> produção, o arranjo do canteiro<br />

<strong>de</strong>ve ser estu<strong>da</strong>do para otimizar esta produção. Isto<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong>rá uma área significativa.<br />

Insumos e armazenagem<br />

Produção <strong>de</strong> argamassa em obra<br />

Deverá ser previsto estoque para as matérias-primas <strong>da</strong><br />

argamassa no caso <strong>de</strong> produção no canteiro.<br />

A natureza <strong>da</strong>s matérias-primas é função <strong>da</strong> composição <strong>da</strong><br />

argamassa. A partir <strong>de</strong>sta composição é possível se conhecer os<br />

materiais a serem estocados (normalmente 2 a 4 diferentes tipos).<br />

O volume dos estoques <strong>de</strong>sses materiais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> prevista. Deve-se observar que em função do porte<br />

<strong>da</strong> obra e <strong>da</strong> maneira com que se realiza o fornecimento dos<br />

materiais, <strong>de</strong>verá ser previsto o estoque para um período <strong>de</strong><br />

tempo que não comprometa o an<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> obra <strong>de</strong>vido a<br />

alguma eventuali<strong>da</strong><strong>de</strong> (chuvas, atraso no fornecimento, etc.).<br />

Deve-se respeitar os limites <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> estocagem dos<br />

materiais (cimento, por exemplo), bem como, os limites <strong>da</strong> áreas<br />

<strong>de</strong> estocagem.<br />

12PRO<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


No caso dos aglomerantes, o local <strong>de</strong> estocagem <strong>de</strong>ve estar<br />

necessariamente protegido <strong>da</strong>s intempéries. O empilhamento do<br />

material ensacado <strong>de</strong>ve ser inferior a 10 uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, aten<strong>de</strong>ndo o<br />

limite <strong>de</strong> sobrecarga <strong>da</strong> laje. O acesso ao material <strong>de</strong>ve ser feito<br />

<strong>de</strong> maneira a se utilizar sempre o primeiro que entrou no <strong>de</strong>pósito.<br />

O cimento, quando recebido à granel, <strong>de</strong>ve ser estocado<br />

em silos apropriados.<br />

Logística<br />

Para os agregados, é recomen<strong>da</strong>do que os locais <strong>de</strong> estocagem<br />

fiquem protegidos <strong>da</strong>s intempéries, pois <strong>de</strong>ssa forma conseguese<br />

maior controle <strong>da</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Caso isso não seja possível e os<br />

agregados fiquem expostos ao tempo, po<strong>de</strong>rá ser necessário a<br />

realização do controle <strong>de</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong> para as areias e saibros através<br />

<strong>de</strong> ensaios específicos, quando a variação <strong>de</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong> na<br />

argamassa implicar em alterações significativas na sua dosagem<br />

volumétrica. O armazenamento dos materiais a granel <strong>de</strong>ve ser<br />

realizado tomando-se os <strong>de</strong>vidos cui<strong>da</strong>dos para que não ocorra<br />

mistura entre eles, recomen<strong>da</strong>ndo-se a utilização <strong>de</strong> baias com<br />

dimensões compatíveis com o estoque necessário. Deve-se<br />

atentar ao dimensionamento <strong>da</strong>s baias, consi<strong>de</strong>rando as<br />

per<strong>da</strong>s dos materiais em função do preparo.<br />

Transporte<br />

As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte são acessórias, mas absolutamente<br />

necessárias para a execução dos revestimentos. São ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

que possuem um gran<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> racionalização e redução<br />

<strong>de</strong> seus custos.<br />

Definir os equipamentos <strong>de</strong> transporte envolve estabelecer:<br />

os meios <strong>de</strong> transporte externo <strong>de</strong> materiais até o canteiro<br />

e os meios <strong>de</strong> transporte internos no canteiro <strong>de</strong> matériasprimas<br />

e <strong>da</strong> argamassa, sejam eles horizontais ou verticais.<br />

Internamente, no caso <strong>da</strong> argamassa tradicional, as<br />

matérias-primas e as argamassas produzi<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m ser<br />

transporta<strong>da</strong>s por carrinhos <strong>de</strong> mão, jericas, caçambas,<br />

utilizando-se gruas, elevadores, entre outros.<br />

O planejamento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong>ve levar em<br />

conta as distâncias a serem percorri<strong>da</strong>s, a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

transporte dos equipamentos utilizados e as quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> materiais necessários para a execução do serviço<br />

durante um <strong>de</strong>terminado período. Em geral as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> transporte <strong>da</strong> argamassa consomem uma razoável<br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra nos canteiros, além <strong>de</strong><br />

utilizarem intensamente os equipamentos <strong>de</strong> transporte.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

13PRO


Produção <strong>da</strong> argamassa em obra<br />

Logística<br />

Esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> consiste na mistura dos materiais constituintes<br />

<strong>da</strong> argamassa. O modo <strong>de</strong> preparo <strong>da</strong>s argamassas <strong>de</strong>ve ser<br />

<strong>de</strong>finido levando-se em conta os requisitos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho do<br />

revestimento, os custos, as características físicas <strong>da</strong> obra e<br />

do canteiro e os materiais disponíveis no mercado.<br />

A <strong>de</strong>finição do modo <strong>de</strong> preparo <strong>da</strong>s argamassas também<br />

é função <strong>da</strong> sua composição, sejam argamassas mistas <strong>de</strong><br />

cal, com aditivos ou adições <strong>de</strong> materiais especiais.<br />

Algumas recomen<strong>da</strong>ções para a produção <strong>de</strong> argamassa<br />

prepara<strong>da</strong> na obra são:<br />

1. As caixas <strong>de</strong> dosagem (padiolas) <strong>de</strong>vem ser:<br />

• preferencialmente metálicas para aumentar<br />

a durabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

• i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s para sua finali<strong>da</strong><strong>de</strong> através<br />

<strong>de</strong> pintura em cores diferentes<br />

• com uma lateral inclina<strong>da</strong> para facilitar carga e <strong>de</strong>scarga<br />

• passíveis <strong>de</strong> serem transporta<strong>da</strong>s sobre ro<strong>da</strong>s<br />

(po<strong>de</strong>m ser fixa<strong>da</strong>s em carrinhos <strong>de</strong> mão).<br />

Padiola para abastecimento <strong>de</strong> betoneira<br />

2. No carregamento <strong>da</strong> betoneira, a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> colocação<br />

<strong>de</strong> materiais <strong>de</strong>ve ser a seguinte:<br />

• Para argamassa intermediária<br />

-meta<strong>de</strong> <strong>da</strong>s caixas <strong>de</strong> areia<br />

-cal<br />

-restante <strong>da</strong> areia<br />

• Para argamassa final<br />

-1/3 do volume <strong>da</strong> argamassa intermediária<br />

-cimento<br />

-o restante <strong>da</strong> areia ou <strong>da</strong> argamassa intermediária<br />

3. A água é quantifica<strong>da</strong> em dosador específico<br />

e adiciona<strong>da</strong> na cuba <strong>da</strong> betoneira<br />

4. A <strong>de</strong>scarga <strong>da</strong> argamassa <strong>de</strong>ve se <strong>da</strong>r com a cuba<br />

<strong>da</strong> betoneira em movimento<br />

5. Tempo <strong>da</strong> mistura: é o tempo necessário para<br />

homogeneizar a mistura, <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 3 a 5 minutos,<br />

quando todos os materiais estiverem na betoneira<br />

Quanto as argamassas industrializa<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>ve-se<br />

seguir as recomen<strong>da</strong>ções do fabricante. Seja o tipo<br />

<strong>de</strong> argamassa<strong>de</strong>ira, o tempo <strong>de</strong> mistura e a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> água a ser adiciona<strong>da</strong> na mistura.<br />

14PRO<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Equipamentos<br />

Os equipamentos e ferramentas a serem utilizados na<br />

produção e aplicação <strong>de</strong> argamassas variam em função do<br />

sistema adotado para a mistura e transporte <strong>da</strong> argamassa.<br />

Produção<br />

Equipamentos<br />

Padiola<br />

Descrição:<br />

recipiente <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou plástico ou metal, com dimensões<br />

<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s e perfeito estado para não permitir a per<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

material. Po<strong>de</strong> estar acopla<strong>da</strong> a uma estrutura metálica com<br />

ro<strong>da</strong>s ou ter alças.<br />

Finali<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />

medir a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> agregado <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> e transporta-la<br />

para o local <strong>da</strong> mistura.<br />

Cui<strong>da</strong>dos:<br />

Evitar impactos fortes na colocação do agregado (po<strong>de</strong> provocar<br />

a alteração do produto final); armazenar em local coberto<br />

Aplicação:<br />

mistura manual; mistura mecânica<br />

Betoneira<br />

Descrição:<br />

misturador mecânico composto por recipiente metálico<br />

giratório. Apresenta diferentes capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s e tipos (eixo<br />

horizontal, vertical e inclinado). Po<strong>de</strong> ter pá carregadora como<br />

acessório para a colocação <strong>de</strong> materiais no seu interior<br />

Finali<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />

mistura mecânica <strong>da</strong> argamassa<br />

Cui<strong>da</strong>dos:<br />

lavar o recipiente metálico para não <strong>de</strong>ixar resíduo <strong>de</strong> argamassa<br />

incrustado; manutenção periódica; guar<strong>da</strong>r em<br />

local coberto; lavar antes do início <strong>da</strong> produção<br />

Aplicação:<br />

mistura mecânica<br />

<strong>Argamassa</strong><strong>de</strong>ira<br />

Descrição:<br />

misturador mecânico dos materiais constituintes <strong>da</strong><br />

argamassa. Apresenta eixo horizontal ou vertical,<br />

misturando os materiais <strong>de</strong> maneira mais eficiente. É leve<br />

e possui ro<strong>da</strong>s, po<strong>de</strong>ndo ser transportado facilmente.<br />

Possui grelha serrilha<strong>da</strong> para a abertura <strong>de</strong> sacos e<br />

carregamento <strong>de</strong> argamassa em seu interior<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

15PRO


Equipamentos<br />

Finali<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />

Mistura <strong>de</strong> argamassa ensaca<strong>da</strong> e silo em via seca.<br />

Cui<strong>da</strong>dos:<br />

Lavar o recipiente metálico para não <strong>de</strong>ixar resíduos<br />

<strong>de</strong> argamassa inscrustrados; efetuar manutenção periódica;<br />

guar<strong>da</strong>r em local coberto; lavar antes do início <strong>da</strong> produção<br />

Aplicação:<br />

<strong>Argamassa</strong> industrializa<strong>da</strong> em sacos e silo em via seca<br />

<strong>Argamassa</strong><strong>de</strong>ira <strong>de</strong> eixo horizontal<br />

<strong>Argamassa</strong><strong>de</strong>ira contínua<br />

Aplicação<br />

Ferramentas e equipamentos para controle geométrico<br />

• trena metálica;<br />

• prumo <strong>de</strong> face;<br />

• prumo <strong>de</strong> centro;<br />

• nível <strong>de</strong> mangueira;<br />

• conjunto <strong>de</strong> arames <strong>de</strong> facha<strong>da</strong><br />

(arame galvanizado nº 18) e dispositivos <strong>de</strong> fixação;<br />

• taliscas (preferencialmente placas cerâmicas).<br />

Ferramentas e equipamentos para o preparo <strong>da</strong> base<br />

• escova <strong>de</strong> aço;<br />

• ponteira;<br />

• marreta;<br />

• espátula;<br />

• vassoura;<br />

• pincel;<br />

• colher <strong>de</strong> pedreiro para aplicação do chapisco convencional;<br />

• rolo para textura para aplicação do chapisco rolado;<br />

• <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>nta<strong>da</strong> <strong>de</strong> 6 x 6 mm para aplicação<br />

do chapisco <strong>de</strong>sempenado na estrutura.<br />

16PRO<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Ferramentas e equipamentos para aplicação <strong>da</strong> argamassa<br />

• régua <strong>de</strong> alumínio para o sarrafeamento;<br />

• <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> aço e ma<strong>de</strong>ira para o <strong>de</strong>sempeno;<br />

• espuma para o camurçamento;<br />

• cantoneira <strong>de</strong> alumínio para argamassa <strong>de</strong> acabamento<br />

<strong>de</strong> cantos vivos;<br />

• réguas <strong>de</strong> canto e grampos e/ou sargentos para sua fixação;<br />

• broxa para o ume<strong>de</strong>cimento <strong>da</strong> superfície.<br />

Equipamentos<br />

Ferramentas e equipamentos para execução <strong>de</strong> juntas<br />

• frisador <strong>de</strong> juntas;<br />

• <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> pinga<strong>de</strong>ira;<br />

• régua gabarito <strong>de</strong> junta.<br />

Ferramentas específicas para contrapiso<br />

• soquete com base <strong>de</strong> 30 x 30 cm e aproxima<strong>da</strong>mente<br />

7 kg <strong>de</strong> peso, fixa<strong>da</strong> a uma <strong>da</strong>s extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> um<br />

pontalete <strong>de</strong> 1,50 m <strong>de</strong> altura.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

17PRO


Mão-<strong>de</strong>-Obra<br />

Mão-<strong>de</strong>-obra<br />

Um dos mais importantes elementos para a a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong><br />

execução do revestimento é a mão-<strong>de</strong>-obra qualifica<strong>da</strong>.<br />

Para que isto ocorra é preciso que ela seja bem escolhi<strong>da</strong><br />

e capacita<strong>da</strong>.<br />

Há qualificações diferentes para serviços diferentes. Não são<br />

as mesmas equipes que realizam os trabalhos em facha<strong>da</strong> e<br />

aquelas que realizam os revestimentos internos. Mesmo para<br />

os contrapisos, é usual a utilização <strong>de</strong> equipes específicas.<br />

Critérios <strong>de</strong> contratação e escolha<br />

É necessário que se estabeleçam critérios objetivos que<br />

auxiliem no aumento <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, aumento <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

final do produto e na conseqüente redução <strong>de</strong> custos.<br />

O corpo técnico <strong>da</strong> empresa <strong>de</strong>ve estabelecer o perfil do<br />

profissional a ser contratado para ca<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> específica.<br />

Para os revestimentos os profissionais indicados são pedreiros<br />

e auxiliares <strong>de</strong> pedreiro.<br />

No caso <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> subempreiteiras <strong>de</strong>ve-se<br />

também estabelecer critérios objetivos para que se possa<br />

fazer uma escolha a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, não levando apenas em conta<br />

o preço direto proposto. Deve-se analisar o trabalho do<br />

subempreiteiro através <strong>de</strong> obras que este tenha realizado.<br />

O subempreiteiro <strong>de</strong>ve estar regularizado com relação a<br />

legislação trabalhista. Os passos gerais para o processo <strong>de</strong><br />

seleção <strong>de</strong> um subempreiteiro são:<br />

Comprovação dos <strong>da</strong>dos fornecidos<br />

Verificar se as informações presta<strong>da</strong>s são ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iras;<br />

Negociação<br />

Estipular pontos <strong>de</strong> controle, especificações <strong>de</strong> projeto,<br />

propostas <strong>de</strong> melhorias, <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s formas <strong>de</strong> controle<br />

<strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, condições <strong>de</strong> pagamento, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong><br />

mu<strong>da</strong>nças, critérios <strong>de</strong> medição dos serviços;<br />

Definição dos itens <strong>de</strong> seleção:<br />

Definir quais são os critérios <strong>de</strong> atendimento às exigências<br />

e à estratégia empresarial;<br />

Análise final:<br />

Seleção do subempreiteiro.<br />

18PRO<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Desenvolvimento e treinamento<br />

O treinamento é consi<strong>de</strong>rado um dos principais fatores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento do indivíduo para a realização <strong>de</strong> seu trabalho,<br />

e se esquecido, po<strong>de</strong> acarretar baixa produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e conseqüentemente retrabalho e aumento <strong>de</strong> custo.<br />

São aspectos importantes no universo <strong>da</strong> construção civil<br />

tanto o treinamento específico para a função a ser<br />

<strong>de</strong>sempenha<strong>da</strong> como aquele voltado à educação<br />

(alfabetização, ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, saú<strong>de</strong>, etc.)<br />

Mão-<strong>de</strong>-obra<br />

O treinamento <strong>de</strong>ve obe<strong>de</strong>cer as seguintes fases:<br />

• Levantamento <strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

• Planejamento<br />

• Programação<br />

• Execução<br />

• Avaliação<br />

• Reciclagem periódica<br />

Algumas técnicas po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>da</strong>s e <strong>de</strong>vem ser<br />

<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s na fase <strong>de</strong> planejamento. Po<strong>de</strong>-se apren<strong>de</strong>r<br />

fazendo, pela teoria, através <strong>de</strong> simulações <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

ou por vivências comportamentais. Estas técnicas e<br />

métodos po<strong>de</strong>m ser combinados para um melhor<br />

rendimento no treinamento. A participação <strong>de</strong> agentes<br />

externos é sempre motivadora<br />

É importante lembrar que:<br />

A empresa <strong>de</strong>ve manter ca<strong>da</strong>stros dos funcionários treinados.<br />

O treinamento, para ter maior eficiência, <strong>de</strong>ve ser pensado<br />

e enriquecido com exemplos <strong>da</strong> própria empresa.<br />

O encarregado do serviço é um dos elos fun<strong>da</strong>mentais no<br />

processo <strong>de</strong> treinamento e <strong>de</strong>ve receber por si treinamento<br />

em nível comportamental <strong>de</strong> maneira a facilitar suas relações<br />

humanas, comunicação, formas <strong>de</strong> conseguir motivação,<br />

ou seja, li<strong>de</strong>rar sua equipe como um formador <strong>de</strong> profissionais<br />

eficientes e comprometidos com o resultado final do trabalho.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

19PRO


Comprando e Recebendo<br />

Comprando e<br />

recebendo<br />

Comprar e receber corretamente os componentes para a<br />

produção <strong>de</strong> argamassas envolve uma série <strong>de</strong><br />

procedimentos para que se garanta a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> dos<br />

componentes especificados.<br />

O primeiro passo é a <strong>da</strong> especificação correta. Para tanto,<br />

os seguintes <strong>da</strong>dos <strong>de</strong>vem constar <strong>de</strong> um pedido ou or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> compra:<br />

• Marca comercial do produto e o fornecedor<br />

• Características conforme norma <strong>de</strong> especificação<br />

do produto<br />

• Normas <strong>de</strong> especificação do produto:<br />

Cimento Portland Comum (CPI, CPI-S)<br />

Cimento Portland Composto (CPII-E, CPII-Z, CPII-F)<br />

Cimento Portland <strong>de</strong> Alto Forno (CPIII)<br />

NBR 5732<br />

NBR 11578<br />

NBR 5735<br />

Cimento Portland Pozolânico (CPIV) NBR 5736<br />

Cimento Portland <strong>de</strong> Alta Resistência Inicial (CPV-ARI) NBR 5733<br />

Cal Hidrata<strong>da</strong> (CHI, CHII, CHIII) NBR 7175<br />

Agregado para concreto NBR 7211<br />

<strong>Argamassa</strong> para assentamento e revestimento NBR 13281<br />

Cimento<br />

Cal<br />

Areia<br />

(na falta <strong>de</strong> uma especificação para agregado para argamassa)<br />

<strong>Argamassa</strong><br />

Um passo paralelo a esta especificação <strong>de</strong> compra, é a<br />

seleção do fornecedor dos produtos, seja cimento, cal,<br />

areia ou argamassa. Os itens a seguir fazem parte <strong>de</strong> um<br />

procedimento <strong>de</strong> escolha do fornecedor:<br />

1. O fornecedor <strong>de</strong>ve apresentar periodicamente certificado<br />

<strong>de</strong> conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto, on<strong>de</strong> conste a avaliação<br />

frente as exigências <strong>da</strong>s normas <strong>de</strong> especificação.<br />

2. A comparação <strong>de</strong> preços entre fornecedores distintos<br />

<strong>de</strong>ve ter a mesma base, ou seja, caso as quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

entre sacos sejam diferentes.<br />

20PRO<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


3. A análise qualitativa <strong>de</strong>ve ser feita levando-se em<br />

consi<strong>de</strong>ração o <strong>de</strong>sempenho técnico <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> produto.<br />

Estas variáveis interferem diretamente no <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>da</strong>s argamassas e o seu conhecimento permite escolher<br />

a argamassa que melhor se a<strong>da</strong>pta a uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong><br />

finali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Os principais procedimentos para o recebimento e aceitação<br />

<strong>de</strong> materiais em obra são:<br />

Comprando e<br />

recebendo<br />

Materiais:<br />

cimento, cal e argamassa (ensacados e a granel)<br />

Em primeiro lugar <strong>de</strong>fine-se o tamanho <strong>da</strong> amostra por<br />

lote como uma entrega (caminhão) com menos <strong>de</strong> 30 ton.,<br />

o tamanho <strong>da</strong> amostra é <strong>de</strong> 10 sacos.<br />

Verificação <strong>da</strong> massa:<br />

Os sacos <strong>da</strong> amostra <strong>de</strong>vem ser pesados e ter seus valores<br />

anotados. No caso <strong>de</strong> argamassa a granel, po<strong>de</strong>-se pesar<br />

o caminhão antes e <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> <strong>de</strong>scarga.<br />

Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />

Contar o número <strong>de</strong> sacos<br />

Inspeção visual:<br />

Através <strong>da</strong> inspeção visual, os seguintes itens <strong>de</strong>vem<br />

ser conferidos:<br />

• Vencimento do prazo <strong>de</strong> vali<strong>de</strong>;<br />

• A existência <strong>de</strong> sacos rasgados, furados,<br />

molhados, manchas <strong>de</strong> produtos estranhos;<br />

• Certificar-se <strong>de</strong> que o produto não está empedrado.<br />

No caso <strong>de</strong> argamassa a granel, po<strong>de</strong>-se verificar o produto<br />

pela escotilha do caminhão ou do silo.<br />

E quais são os critérios <strong>de</strong> aceitação dos lotes recebidos?<br />

1. Com relação à massa não se <strong>de</strong>ve aceitar diferença<br />

superior a 2% em ca<strong>da</strong> saco <strong>da</strong> amostra. Caso a massa<br />

fique abaixo ou acima <strong>de</strong>stes limites, o saco <strong>de</strong>ve ser<br />

classificado como <strong>de</strong>feituoso. O critério <strong>de</strong> aceitação é<br />

que não <strong>de</strong>ve haver mais <strong>de</strong> 3 sacos fora dos limites dos<br />

10 sacos <strong>da</strong> amostragem. Caso o critério <strong>de</strong> aceitação<br />

seja superado, o lote todo <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>volvido ou aceito<br />

negociando as condições com o fornecedor.<br />

2. Se houver diferença <strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> entre o lote recebido<br />

e a discriminação <strong>da</strong> Nota Fiscal, esta <strong>de</strong>ve ser informa<strong>da</strong><br />

ao comprador e negocia<strong>da</strong> com o fornecedor.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

21PRO


3. Na inspeção visual, os sacos consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>feituosos<br />

(sacos rasgados, molhados ou manchados, empedrados ou<br />

com prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> vencidos) <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>volvidos e<br />

sua reposição negocia<strong>da</strong> com o fornecedor.<br />

Comprando e<br />

recebendo<br />

Material:<br />

areia<br />

Tamanho do lote para verificação:<br />

1 entrega<br />

Tamanho <strong>da</strong> amostra:<br />

cerca <strong>de</strong> 1 kg<br />

Inspeção visual:<br />

aspecto geral e granulometria<br />

Aceitação:<br />

verificar visualmente a granulometria, cor, cheiro, existência<br />

<strong>de</strong> matéria orgânica, torrões <strong>de</strong> argila ou qualquer outra<br />

contaminação, rejeitando-se o lote conforme os critérios<br />

<strong>da</strong>s normas e especificações técnicas. Alguns ensaios estão<br />

disponíveis caso necessário (NBR 7211), lembrando ain<strong>da</strong><br />

a importância <strong>da</strong> uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> granulometria para a<br />

manutenção <strong>da</strong> homogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto argamassa.<br />

Para o correto armazenamento proce<strong>de</strong>r <strong>da</strong> seguinte maneira:<br />

Materiais ensacados:<br />

cimento, cal e argamassas<br />

• Local fechado, apropriado para evitar ação <strong>da</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

extravio ou roubo e com piso revestido com estrado <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira (pontaletes e tábuas ou chapas <strong>de</strong> compensado);<br />

• Garantir que os sacos mais velhos sejam utilizados antes<br />

dos sacos recém entregues, atentando para que nunca<br />

seja ultrapassa<strong>da</strong> a <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto;<br />

• As pilhas <strong>de</strong> cal <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong> no máximo 20 sacos,<br />

respeitando-se o limite <strong>de</strong> sobrecarga <strong>da</strong>s lajes;<br />

• O prazo <strong>de</strong> estocagem <strong>da</strong> cal não <strong>de</strong>ve superar seis<br />

meses contados <strong>de</strong> sua <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> fabricação;<br />

• As pilhas <strong>de</strong> cimento e argamassa <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong> no<br />

máximo 10 sacos, por não mais que 90 dias contados<br />

<strong>de</strong> sua <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> fabricação, respeitando-se o limite <strong>de</strong><br />

sobrecarga <strong>da</strong>s lajes;<br />

• As pilhas <strong>de</strong>vem ficar pelo menos 20 cm afasta<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s<br />

pare<strong>de</strong>s do <strong>de</strong>pósito;<br />

• Armazenar o mais próximo possível do local <strong>de</strong> uso per<br />

mitindo fácil acesso e i<strong>de</strong>ntificação;<br />

22PRO<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


• A cobertura <strong>da</strong> área <strong>de</strong> estoque <strong>de</strong>ve ser reforça<strong>da</strong><br />

para minimizar os riscos <strong>de</strong> per<strong>da</strong> por goteiras ou<br />

vazamentos <strong>de</strong>spercebidos;<br />

• Em regiões litorâneas, prever proteção contra umi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

cobrindo-se o lote com lona plástica (não hermeticamente);<br />

• Em todos os casos, <strong>de</strong>ve-se evitar estoques excessivos.<br />

Materiais a granel:<br />

cimento e argamassa<br />

Comprando e<br />

recebendo<br />

O produto <strong>de</strong>ve ser estocado em silos <strong>de</strong> aço que protejam<br />

o produto <strong>da</strong> ação <strong>de</strong> chuvas e umi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Para ca<strong>da</strong> tipo<br />

<strong>de</strong> produto <strong>de</strong>ve haver um silo.<br />

Materiais a granel:<br />

agregado<br />

• O material é usualmente <strong>de</strong>positado diretamente<br />

no terreno em local pré-estabelecido no arranjo do<br />

canteiro, o mais próximo possível <strong>da</strong> produção ou<br />

aplicação <strong>da</strong> argamassa. Deve-se garantir que não haja<br />

contaminação pelo solo, <strong>de</strong>vendo-se para tanto, fazer<br />

um lastro <strong>de</strong> concreto “magro” como proteção do piso;<br />

• Baias cerca<strong>da</strong>s em três laterais, em dimensões<br />

compatíveis com o canteiro e com o volume<br />

a ser estocado, evitando-se assim o espalhamento<br />

e <strong>de</strong>sperdício do material. Em épocas <strong>de</strong> chuvas<br />

torrenciais é recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> a cobertura do material<br />

com lonas plásticas, a fim <strong>de</strong> impedir o seu<br />

carreamento. Areias com granulometrias diferentes<br />

<strong>de</strong>verão ser estoca<strong>da</strong>s em baias separa<strong>da</strong>s.<br />

Quanto ao manuseio:<br />

• Evitar que os sacos sejam molhados, que fiquem<br />

expostos à umi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou ain<strong>da</strong> sejam rasgados;<br />

• Seguir as recomen<strong>da</strong>ções do fabricante, principalmente<br />

no caso <strong>da</strong> argamassa, quanto à quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> água a<br />

ser adiciona<strong>da</strong>, tempo e equipamento <strong>de</strong> mistura;<br />

e tempo <strong>de</strong> utilização após a mistura.<br />

É sempre recomendável que seja consulta<strong>da</strong> a ficha técnica<br />

do produto.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

23PRO


24PRO<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Execução <strong>de</strong><br />

revestimentos<br />

em facha<strong>da</strong>s<br />

Verificação <strong>da</strong>s condições iniciais<br />

Montagem <strong>de</strong> balancins<br />

Preparo <strong>da</strong> base<br />

Remoção <strong>de</strong> suji<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Remoção <strong>de</strong> irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Preenchimento <strong>de</strong> furos<br />

Chapiscamento<br />

Tradicional<br />

Industrializado<br />

Rolado<br />

Locação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sci<strong>da</strong>s <strong>de</strong> arames<br />

Mapeamento<br />

Reprojeto<br />

Taliscamento<br />

Aplicação <strong>da</strong> argamassa<br />

Execução do acabamento<br />

Sarrafeamento<br />

Desempenamento<br />

Desempeno grosso<br />

Desempeno fino<br />

Desempeno camurçado<br />

Detalhes constutivos<br />

Reforço do emboço<br />

Quinas e cantos<br />

Juntas <strong>de</strong> trabalho<br />

Verificação <strong>da</strong>s condições iniciais<br />

Montagem <strong>de</strong> balancins<br />

Preparo <strong>da</strong> base<br />

Remoção <strong>de</strong> suji<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Remoção <strong>de</strong> irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Preenchimento <strong>de</strong> furos<br />

Chapiscamento<br />

Locação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sci<strong>da</strong>s <strong>de</strong> arames<br />

Mapeamento<br />

Reprojeto<br />

Taliscamento<br />

Aplicação <strong>da</strong> argamassa<br />

Execução do acabamento<br />

Sarrafeamento<br />

Desempenamento<br />

Detalhes constutivos<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

1EXE RF


2EXE RF<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Execução <strong>de</strong><br />

revestimentos<br />

em facha<strong>da</strong>s<br />

Condições iniciais<br />

Introdução<br />

A execução do revestimento <strong>de</strong> argamassa em facha<strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong> edifícios segue uma sequência <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. São elas:<br />

• Verificação <strong>da</strong>s condições para início dos serviços<br />

• Montagem <strong>de</strong> balancins<br />

• Preparo <strong>da</strong> base<br />

• Locação e <strong>de</strong>sci<strong>da</strong> dos prumos<br />

• Mapeamento<br />

• Reprojeto<br />

• Taliscamento<br />

• Aplicação <strong>de</strong> argamassa<br />

• Execução do acabamento<br />

• Detalhes construtivos<br />

Verificação <strong>da</strong>s condições iniciais<br />

As condições prévias que <strong>de</strong>vem ser atendi<strong>da</strong>s para<br />

que se possa <strong>da</strong>r início à seqüência <strong>de</strong> execução são:<br />

• To<strong>da</strong>s as alvenarias <strong>de</strong>vem estar concluí<strong>da</strong>s há pelo<br />

menos 30 dias e fixa<strong>da</strong>s internamente há pelo menos 15 dias;<br />

• A estrutura <strong>de</strong>ve estar concluí<strong>da</strong> há pelo menos 120<br />

dias, à exceção dos 3 últimos pavimentos on<strong>de</strong> se<br />

admite 60 dias;<br />

• Contramarcos e batentes (se for o caso) <strong>de</strong>vem estar<br />

chumbados ou os referenciais <strong>de</strong> vão <strong>de</strong>vem estar <strong>de</strong>finidos;<br />

• Quaisquer dutos que passem pelas alvenarias <strong>de</strong> facha<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>vem estar fixados;<br />

• É recomendável que contrapisos e revestimentos<br />

verticais internos também estejam concluídos.<br />

Além disso, é necessário que procedimentos ligados ao<br />

planejamento, gestão <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e atendimento às normas<br />

<strong>de</strong> segurança sejam contemplados, <strong>de</strong>stacando-se:<br />

• A facha<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve estar protegi<strong>da</strong> por tela plástica;<br />

• Todos os equipamentos individuais e coletivos<br />

<strong>de</strong> proteção <strong>de</strong>vem estar instalados e disponíveis;<br />

• O projeto <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>ve estar disponível;<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

3EXE RF


Montagem <strong>de</strong><br />

balancins<br />

• A estrutura, alvenaria e esquadrias <strong>de</strong>vem estar<br />

formalmente libera<strong>da</strong>s por parte do controle <strong>de</strong> produção;<br />

• A argamassa a ser utiliza<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve estar <strong>de</strong>fini<strong>da</strong><br />

e a central <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> argamassa <strong>de</strong>ve estar<br />

implanta<strong>da</strong>, se for o caso. Neste caso, <strong>de</strong>ve haver<br />

contratos <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> insumos e a areia,<br />

o cimento e a cal precisam estar escolhi<strong>da</strong>s;<br />

• No caso <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> argamassas industrializa<strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong>vem estar estabeleci<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as condições contratuais<br />

para o bom atendimento <strong>da</strong> obra.<br />

Montagem <strong>de</strong> balancins<br />

O fornecedor do balancim <strong>de</strong>ve, em conjunto com a<br />

construtora e com o empreiteiro <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra,<br />

elaborar um projeto para a montagem do balancim.<br />

Sua disposição po<strong>de</strong> interferir diretamente na produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Assim, o posicionamento <strong>da</strong>s vigas metálicas <strong>de</strong> sustentação<br />

e sua fixação <strong>de</strong>vem estar <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s e marca<strong>da</strong>s em projeto.<br />

Planta <strong>de</strong> balancim<br />

As vigas metálicas <strong>de</strong>vem ser fixa<strong>da</strong>s em ganchos previamente<br />

chumbados à estrutura. Os cabos <strong>de</strong> aço <strong>da</strong>s catracas são<br />

fixados às vigas e <strong>de</strong>scem até a ban<strong>de</strong>ja <strong>de</strong> proteção <strong>da</strong> obra<br />

on<strong>de</strong> os balancins e as catracas serão montados.<br />

4EXE RF<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Há uma varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

balancins disponíveis no<br />

mercado, inclusive alguns<br />

que já vêm inteiramente<br />

montados em plataformas<br />

metálicas leves e que são<br />

fixados diretamente aos<br />

cabos, já que possuem<br />

catracas acopla<strong>da</strong>s a eles.<br />

Estes balancins leves são<br />

proibidos pela NR18 para<br />

utilização em revestimentos<br />

<strong>de</strong> facha<strong>da</strong> e efetivamente<br />

não se prestam a este<br />

serviço, pois não dão<br />

estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> para o operário<br />

conprimir a argamassa<br />

contra a pare<strong>de</strong>. Uma<br />

alternativa é a utilização <strong>de</strong><br />

balancins com sistema <strong>de</strong><br />

cremalheira.<br />

Preparo do box<br />

Balancim e esquemas <strong>de</strong> fixação<br />

No caso <strong>de</strong> serem catracas<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, o assoalho<br />

<strong>de</strong>ve ser montado com tábuas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira apoia<strong>da</strong>s sobre<br />

estrutura metálica. O balancim não po<strong>de</strong> ter menos que 1,5<br />

m <strong>de</strong> largura e nem mais que 8m <strong>de</strong> comprimento. Em to<strong>da</strong><br />

a sua bor<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve existir proteção através <strong>de</strong> parapeito<br />

composto por sarrafos 1”x4” dispostos horizontalmente em<br />

duas alturas (0,75 m e 1,20 m), além <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>pé <strong>de</strong> 20 cm<br />

<strong>de</strong> altura. As laterais <strong>de</strong>vem estar entela<strong>da</strong>s.<br />

O balancim <strong>de</strong>ve contar com cor<strong>da</strong>s <strong>de</strong> bombeiro<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes on<strong>de</strong> o funcionário po<strong>de</strong> fixar o trava-que<strong>da</strong>s<br />

e a ele o seu cinto <strong>de</strong> segurança tipo para-que<strong>da</strong>s.<br />

Preparo <strong>da</strong> base<br />

O preparo <strong>da</strong> base envolve 4 ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s distintas:<br />

• Remoção <strong>de</strong> suji<strong>da</strong><strong>de</strong>s;<br />

• Remoção <strong>de</strong> irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s;<br />

• Preenchimento <strong>de</strong> furos;<br />

• Chapiscamento.<br />

Remoção <strong>de</strong> suji<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

A limpeza tem como objetivo eliminar os elementos que<br />

venham a prejudicar a a<strong>de</strong>rência <strong>da</strong> argamassa à base, tais<br />

como: pó, fuligem, graxas, óleos, <strong>de</strong>smol<strong>da</strong>ntes, fungos,<br />

musgos e eflorescências.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

5EXE RF


Remoção <strong>de</strong><br />

irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

As técnicas recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s variam <strong>de</strong> acordo com a extensão<br />

<strong>da</strong>s suji<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Po<strong>de</strong>m ser adota<strong>da</strong>s, em seqüência, pelo grau<br />

<strong>de</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> e custo, os seguintes procedimentos:<br />

escovação com vassoura <strong>de</strong> piaçava; escovação com escova<br />

<strong>de</strong> fios <strong>de</strong> aço; escovação segui<strong>da</strong> <strong>de</strong> lavagem com<br />

mangueira; lavagem com mangueira pressuriza<strong>da</strong> (com ou<br />

sem o acréscimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>tergentes ou <strong>de</strong>sengordurantes) e por<br />

fim jateamento <strong>de</strong> areia.<br />

Remoção <strong>de</strong> irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Devem ser removi<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s localiza<strong>da</strong>s que<br />

sobressaiam mais <strong>de</strong> 10 mm (aproxima<strong>da</strong>mente), tais como<br />

rebarbas <strong>de</strong> concretagem e excesso <strong>de</strong> argamassa nas juntas<br />

<strong>de</strong> assentamento <strong>da</strong> alvenaria. As incrustações não<br />

a<strong>de</strong>rentes <strong>de</strong>vem ser elimina<strong>da</strong>s.<br />

Irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s superficiais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> extensão,<br />

<strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> concretagens <strong>de</strong>ficientes <strong>de</strong>vem ser<br />

corrigi<strong>da</strong>s. Estas irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem ser removi<strong>da</strong>s com<br />

talha<strong>de</strong>iras, ponteiros ou outras ferramentas manuais ou<br />

mecânicas (lixa<strong>de</strong>iras, por exemplo) <strong>de</strong> maneira que não<br />

<strong>da</strong>nifiquem a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> estrutural <strong>da</strong> base. Apesar <strong>de</strong><br />

fazer parte <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> preparação <strong>da</strong> superfície para<br />

o recebimento do revestimento, a <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong><br />

extensão e profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stas irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s superficiais<br />

é <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> na fase <strong>de</strong> mapeamento <strong>da</strong> facha<strong>da</strong>.<br />

As irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s metálicas (pregos, fios e barras <strong>de</strong> tirantes<br />

<strong>de</strong> fôrma) <strong>de</strong>vem ser removi<strong>da</strong>s. Não sendo possível sua<br />

remoção, <strong>de</strong>ve-se cortar rente à superfície e pintar com tinta<br />

anticorrosiva para evitar manchas no revestimento e<br />

outras patologias.<br />

Preenchimento <strong>de</strong> furos<br />

Todos os furos provenientes <strong>de</strong> rasgos, <strong>de</strong>pressões<br />

localiza<strong>da</strong>s, quebra parcial para acerto <strong>da</strong> estrutura<br />

e falhas <strong>de</strong> concretagem (“bicheiras”, que não<br />

comprometam a função estrutural) <strong>de</strong>vem ser<br />

preenchidos com argamassa (<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> extensão<br />

e quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> “bicheiras” po<strong>de</strong> ser necessário haver<br />

uma recuperação estrutural). Falhas nos elementos <strong>de</strong><br />

ve<strong>da</strong>ção com profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> superior a 5 cm <strong>de</strong>vem ser<br />

encasquilha<strong>da</strong>s. Os rasgos <strong>de</strong> tubulação que porventura<br />

aflorem na facha<strong>da</strong> (o que <strong>de</strong>ve ser evitado)<strong>de</strong>vem ser<br />

tratados com tela <strong>de</strong> aço galvaniza<strong>da</strong>.<br />

Também nesta fase está o preenchimento <strong>da</strong> fixação<br />

<strong>da</strong> alvenaria à estrutura pelo lado externo.<br />

6EXE RF<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Chapiscamento<br />

O chapisco po<strong>de</strong> ser realizado <strong>de</strong> diversas maneiras:<br />

Convencional<br />

Chapisco tradicional<br />

Chapisco <strong>de</strong>sempenado<br />

Chapisco rolado<br />

Consiste no lançamento<br />

vigoroso <strong>de</strong> uma argamassa<br />

flui<strong>da</strong> sobre a base, utilizandose<br />

uma colher <strong>de</strong> pedreiro. A<br />

textura final <strong>de</strong>ve ser a <strong>de</strong> uma<br />

película rugosa, a<strong>de</strong>rente e<br />

resistente. Esta argamassa<br />

flui<strong>da</strong> é produzi<strong>da</strong> com<br />

cimento e areia grossa em<br />

proporcões que variam <strong>de</strong><br />

1:3 a 1:5 (em volume) em<br />

função <strong>da</strong>s características do<br />

agregado utilizado e <strong>da</strong><br />

superfície a ser chapisca<strong>da</strong>.<br />

Desempenado<br />

Usualmente aplicado sobre a<br />

estrutura <strong>de</strong> concreto, esse tipo<br />

<strong>de</strong> chapisco é feito com uma<br />

argamassa industrializa<strong>da</strong> para<br />

esse fim, sendo necessário<br />

acrescer somente água. É<br />

aplicado com <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira<br />

<strong>de</strong>ntea<strong>da</strong>.<br />

Rolado<br />

Feito com uma argamassa<br />

flui<strong>da</strong> obti<strong>da</strong> através <strong>da</strong><br />

mistura <strong>de</strong> cimento e areia,<br />

com adição <strong>de</strong> água e<br />

polímero, usualmente <strong>de</strong><br />

base PVAC. Po<strong>de</strong> ser<br />

aplica<strong>da</strong> tanto na estrutura<br />

como na alvenaria, usandose<br />

rolo para textura acrílica.<br />

A parte liqui<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve ser<br />

mistura<strong>da</strong> aos sólidos até<br />

obter consistência <strong>de</strong> “sopa”.<br />

Deve-se atentar para a<br />

homogeinização constante e<br />

durante a aplicação.<br />

Chapiscamento<br />

Notas<br />

O substrato <strong>de</strong> forma geral,<br />

estrutura ou alvenaria, <strong>de</strong>ve ser<br />

completamente coberto pelo<br />

chapisco, proporcionando uma<br />

superfície contínua e homogênea<br />

para o recebimento <strong>da</strong> argamassa<br />

<strong>de</strong> revestimento.<br />

Quando <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição <strong>da</strong> argamassa<br />

a ser utiliza<strong>da</strong> para o revestimento,<br />

o substrato <strong>de</strong>verá ser preparado<br />

com o chapisco a ser empregado,<br />

pois <strong>de</strong>sta maneira será possível<br />

avaliar a compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

argamassa, chapisco e substrato.<br />

A técnica <strong>de</strong> aplicação do chapisco<br />

rolado <strong>de</strong>ve ser cui<strong>da</strong>dosamente<br />

controla<strong>da</strong>, pois <strong>de</strong>ve resultar em<br />

uma superfície rugas e nunca em<br />

uma película que po<strong>de</strong>rá diminuir o<br />

potencial <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência <strong>da</strong> argamassa<br />

<strong>de</strong> revestimento ao substrato.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

7EXE RF


Locação e <strong>de</strong>sci<strong>da</strong> dos arames<br />

Locação e <strong>de</strong>sci<strong>da</strong><br />

dos arames<br />

Locação e <strong>de</strong>sci<strong>da</strong> <strong>de</strong> arames em facha<strong>da</strong><br />

Os eixos principais, <strong>de</strong>finidos no projeto estrutural, <strong>de</strong>vem<br />

ser transferidos para a cobertura e platiban<strong>da</strong>s do edifício.<br />

Os arames <strong>de</strong> facha<strong>da</strong> <strong>de</strong>vem estar a uma distância máxima<br />

<strong>de</strong> 10 cm <strong>da</strong> platiban<strong>da</strong>, perfeitamente alinhados e<br />

dispostos a uma distância <strong>de</strong> 1,5 m a 1,8 m entre eles,<br />

sendo posicionados <strong>da</strong> seguinte maneira:<br />

• De ca<strong>da</strong> lado <strong>da</strong>s janelas;<br />

• Nas quinas externas e cantos internos, <strong>de</strong>slocados<br />

<strong>de</strong> 10 a 15 cm do eixo, um em ca<strong>da</strong> face do diedro;<br />

• Nos eixos <strong>da</strong>s juntas estruturais ou <strong>de</strong> outros <strong>de</strong>talhes<br />

alinhados.<br />

Pontos para mapeamento <strong>de</strong> facha<strong>da</strong><br />

Mapeamento e posição do arame ao<br />

longo <strong>da</strong> facha<strong>da</strong><br />

8EXE RF<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Mapeamento<br />

Essa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> envolve a medição <strong>da</strong>s distâncias entre<br />

ca<strong>da</strong> arame e a superfície <strong>da</strong> facha<strong>da</strong> em pontos específicos:<br />

• Vigas;<br />

• Alvenaria, na meia distância do pé direito do an<strong>da</strong>r;<br />

• Pilares, na meia distância do pé direito do an<strong>da</strong>r.<br />

Mapeamento<br />

A medi<strong>da</strong> <strong>da</strong> distância entre o arame e a facha<strong>da</strong>, nos<br />

pontos pré <strong>de</strong>terminados, <strong>de</strong>ve ser anota<strong>da</strong> em uma planilha<br />

específica, que permita realizar a análise <strong>da</strong> espessura real<br />

do revestimento. A partir dos resultados, i<strong>de</strong>ntificam-se os<br />

pontos mais salientes <strong>da</strong> facha<strong>da</strong>, que são aqueles que<br />

apresentam menor distância em relação ao arame.<br />

Para <strong>de</strong>terminar o plano <strong>da</strong>s taliscas, <strong>de</strong>ve-se analisar o mapa,<br />

consi<strong>de</strong>rando o edifício como um todo, adotando a espessura<br />

mínima <strong>de</strong> 25 mm e utilizando os critérios mínimos <strong>da</strong><br />

tabela para pontos localizados.<br />

Tipo <strong>de</strong> Base<br />

Estrutura <strong>de</strong> concreto em pontos localizados<br />

Vigas e pilares em regiões extensas<br />

Alvenaria em regiões externas<br />

(uma pare<strong>de</strong>, por exemplo)<br />

Alvenaria em pontos localizados<br />

Reprojeto<br />

Espessura Mínima do Revestimento<br />

10 mm<br />

15 mm<br />

20 mm<br />

15 mm<br />

Observado o ponto <strong>de</strong> menor espessura, <strong>de</strong>ve ser feito o<br />

reprojeto do revestimento que <strong>de</strong>verá conter as novas<br />

espessuras <strong>de</strong> revestimento e consequentemente os novos<br />

volumes <strong>de</strong> argamassa <strong>de</strong> projeto e eventual<br />

reprogramação <strong>de</strong> execução.<br />

Para ca<strong>da</strong> ponto crítico <strong>de</strong>tectado, <strong>de</strong>ve-se analisar<br />

criteriosamente as possíveis soluções, <strong>de</strong> modo que não<br />

prejudiquem o <strong>de</strong>sempenho do revestimento. Após a<br />

análise dos pontos críticos e toma<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>cisões, <strong>de</strong>finir<br />

o plano do revestimento.<br />

Notas<br />

Caso as espessuras forem maiores<br />

ou menores que as especifica<strong>da</strong>s<br />

po<strong>de</strong>m ser adota<strong>da</strong>s as<br />

se-guintes soluções:<br />

• Executar o revestimento em<br />

uma ou mais <strong>de</strong>mãos;<br />

• Usar telas metálicas nas<br />

regiões <strong>de</strong> espessuras<br />

eleva<strong>da</strong>s;<br />

• Fazer o revestimento,<br />

em áreas isola<strong>da</strong>s, com<br />

espessuras diferentes;<br />

• Adotar, criteriosamente,<br />

espessuras <strong>de</strong> revestimento<br />

menores que as especifica<strong>da</strong>s<br />

no projeto;<br />

• Remover a parte saliente<br />

<strong>da</strong> facha<strong>da</strong>, <strong>de</strong>scascando a<br />

estrutura, por exemplo.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

9EXE RF


Taliscamento<br />

Aplicação <strong>da</strong><br />

argamassa<br />

O taliscamento é feito usualmente com cacos cerâmicos ou<br />

<strong>de</strong> azulejos, fixando-os com a mesma argamassa que será<br />

utiliza<strong>da</strong> no revestimento. As taliscas <strong>de</strong>vem ser espaça<strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong> 1,5 m a 1,8 m em ambas as direções, consi<strong>de</strong>rando o<br />

comprimento <strong>da</strong> régua <strong>de</strong> alumínio e <strong>da</strong> altura do trecho<br />

sobre o balancim.<br />

Ao longo <strong>da</strong>s quinas e vãos <strong>de</strong>vem ser posiciona<strong>da</strong>s taliscas<br />

distancia<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 10 a 15 cm dos eixos dos diedros e dos vãos.<br />

As taliscas <strong>de</strong>vem ser fixa<strong>da</strong>s em to<strong>da</strong> a facha<strong>da</strong>, para apoiarem<br />

e servirem <strong>de</strong> referência para a execução <strong>da</strong>s mestras.<br />

Os arames <strong>de</strong>vem ser então retirados e substituídos pelos<br />

arames nos diedros paralelamente ao eixos <strong>da</strong>s quinas, ao<br />

alinhamento <strong>da</strong>s janelas ou outros <strong>de</strong>talhes construtivos,<br />

afastados <strong>de</strong> 5cm <strong>da</strong> platiban<strong>da</strong>. Este procedimento visa<br />

manter a facha<strong>da</strong> livre para o trabalho <strong>de</strong> aplicação <strong>da</strong><br />

argamassa e ao mesmo tempo preservar os pontos on<strong>de</strong><br />

há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se manter referências <strong>de</strong> prumo.<br />

Aplicação <strong>da</strong> argamassa<br />

Os balancins <strong>de</strong>vem ser abastecidos <strong>de</strong> maneira que o<br />

tempo útil <strong>de</strong> utilização <strong>da</strong> argamassa não ultrapasse<br />

3 horas (em <strong>de</strong>termin<strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> aplicação com muito<br />

sol e vento, este tempo po<strong>de</strong> ser até menor. É recomendável<br />

consultar o fabricante). O início do trabalho ocorre com a<br />

execução <strong>de</strong> mestras entre as taliscas, com faixas <strong>de</strong><br />

argamassa <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente 15 cm <strong>de</strong> largura.<br />

Colocação dos arames nos diedros<br />

A aplicação <strong>da</strong> argamassa sobre a superfície <strong>de</strong>ve ser feita<br />

por projeção enérgica do material sobre a base, manual<br />

ou mecânica, não exce<strong>de</strong>ndo 3 cm <strong>de</strong> espessura.<br />

Depois <strong>de</strong> aplica<strong>da</strong> a argamassa, nos trechos <strong>de</strong>limitados<br />

pelas mestras, <strong>de</strong>ve ser feita uma compressão com a<br />

colher <strong>de</strong> pedreiro, eliminando-se os espaços vazios e<br />

alisando a superfície.<br />

10EXE RF<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


No caso <strong>de</strong> espessuras superiores a 3 cm, o revestimento<br />

<strong>de</strong>ve ser executado em etapas. Para espessuras entre 3 cm<br />

e 5 cm, a argamassa <strong>de</strong>ve ser aplica<strong>da</strong> em duas cama<strong>da</strong>s;<br />

para espessuras entre 5 cm e 8 cm, a argamassa <strong>de</strong>ve ser<br />

aplica<strong>da</strong> em três cama<strong>da</strong>s, encasquilhando-se as duas<br />

primeiras. Neste caso, <strong>de</strong>ve-se prever ain<strong>da</strong>, o uso <strong>de</strong> tela<br />

metálica para estruturar o revestimento. Deve-se aguar<strong>da</strong>r<br />

um intervalo <strong>de</strong> pelo menos 16 horas entre as cama<strong>da</strong>s<br />

(ou conforme especificação do fabricante, no caso <strong>de</strong><br />

argamassa industrializa<strong>da</strong>), executando-se a mestra<br />

imediatamente antes <strong>da</strong> última cheia.<br />

Execução <strong>de</strong><br />

acabamento<br />

Execução do acabamento<br />

Os acabamentos <strong>da</strong> argamassa <strong>de</strong> revestimento po<strong>de</strong>m ser:<br />

sarrafeados, <strong>de</strong>sempenados, camurçados ou alisa<strong>da</strong>.<br />

Sarrafeamento<br />

Trata-se <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> que irá <strong>de</strong>finir o plano <strong>de</strong> revestimento,<br />

a partir <strong>da</strong>s taliscas e mestras previamente executa<strong>da</strong>s. Consiste<br />

assim, no aplainamento revestimento, utilizando-se uma régua<br />

<strong>de</strong> alumínio apoia<strong>da</strong> em referenciais <strong>de</strong> espessura, <strong>de</strong>screvendo<br />

um movimento <strong>de</strong> vaivém <strong>de</strong> baixo para cima.<br />

Ponto a<strong>de</strong>quado para sarrafeamento <strong>da</strong> argamassa<br />

Esse procedimento <strong>de</strong>ve ser realizado quando a argamassa<br />

apresenta uma consistência mais firme, pois, quando o<br />

sarrafeamento é realizado muito precocemente, po<strong>de</strong><br />

haver o <strong>de</strong>scolamento <strong>da</strong> argamassa em regiões já revesti<strong>da</strong>s,<br />

em função do processo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência e <strong>de</strong> endurecimento<br />

ain<strong>da</strong> não estarem suficientemente <strong>de</strong>senvolvidos. Na prática,<br />

tal ponto é verificado pressionando-se a argamassa com os<br />

<strong>de</strong>dos. O ponto i<strong>de</strong>al é quando os <strong>de</strong>dos não penetram na<br />

cama<strong>da</strong>, permanecendo praticamente limpos, porém<br />

<strong>de</strong>formando levemente a superfície.<br />

Nota<br />

Quando o tempo <strong>de</strong> espera ultrapassar<br />

o ponto <strong>de</strong><br />

sarrafeamento, o pedreiro ten<strong>de</strong><br />

a aplicar mais água, o que vai<br />

enfraquecendo a a<strong>de</strong>rência<br />

superficial<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

11EXE RF


Desempenamento<br />

Desempenamento<br />

Acabamento obtido através <strong>da</strong> movimentação circular <strong>de</strong><br />

uma ferramenta <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira,<br />

sobre a superfície do revestimento, imprimindo-se uma<br />

certa pressão. Essa operação po<strong>de</strong> exigir uma aspersão <strong>de</strong><br />

água sobre a superfície.<br />

É a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> seguinte ao sarrafeamento, mas não <strong>de</strong>ve ocorrer<br />

imediatamente após a sua conclusão, pois po<strong>de</strong> haver o<br />

aparecimento <strong>de</strong> fissuras <strong>de</strong> retração no revestimento, em função<br />

<strong>da</strong> argamassa ain<strong>da</strong> se encontrar muito úmi<strong>da</strong>.<br />

Po<strong>de</strong>-se ter três tipos <strong>de</strong> acabamento <strong>de</strong>sempenado: <strong>de</strong>sempenado<br />

grosso,<strong>de</strong>sempenado fino e <strong>de</strong>sempenado camurçado.<br />

Desempeno grosso<br />

• É utilizado quando a cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> revestimento <strong>de</strong><br />

argamassa irá receber um revestimento <strong>de</strong>corativo<br />

com espessura maior que 5 mm, como cerâmica;<br />

• A superfície <strong>de</strong> acabamento é regular e compacta sem<br />

ser muito lisa;<br />

• Pequenas imperfeições e fissuras <strong>de</strong> retração são aceitas;<br />

• O <strong>de</strong>sempeno é efetuado apenas com a <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira;<br />

Desempeno fino<br />

• É acabamento base para revestimentos texturados<br />

e pintura acrílica em duas ou mais <strong>de</strong>mãos;<br />

• A textura final é homogênea, lisa e sem imperfeições<br />

visíveis;<br />

• O <strong>de</strong>sempeno é efetuado com <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira. Entretanto, o número <strong>de</strong> movimentos circulares<br />

é maior <strong>de</strong> maneira a trazer os finos <strong>da</strong> argamassa para<br />

a superfície e utiliza-se uma broxa para aspergir água<br />

sobre a superfície durante os movimentos.<br />

Desempeno camurçado<br />

• Acabamento final base para pintura com tintas<br />

minerais, látex PVA ou acrílico, sobre massa corri<strong>da</strong> ou<br />

textura acrílica em uma única <strong>de</strong>mão;<br />

• A textura final é homogênea, lisa e compacta;<br />

• Não são admiti<strong>da</strong>s fissuras;<br />

• Acabamento obtido através <strong>da</strong> fricção <strong>da</strong> superfície<br />

do revestimento com um pe<strong>da</strong>ço <strong>de</strong> esponja ou<br />

<strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira com espuma, através <strong>de</strong> movimentos<br />

circulares, <strong>de</strong> modo a retirar o excesso <strong>de</strong> pasta surgido<br />

na operação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempeno e a <strong>de</strong>slocar os grãos<br />

do agregado.<br />

12EXE RF<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Detalhes construtivos<br />

É no <strong>de</strong>senvolvimento do projeto <strong>de</strong> revestimento que os<br />

<strong>de</strong>talhes construtivos são analisados e estabelecidos,<br />

constituindo-se em peça fun<strong>da</strong>mental do processo executivo.<br />

Reforço do emboço<br />

Na interface estrutura-alvenaria do primeiro pavimento<br />

sobre pilotis e dos dois ou três últimos pavimentos é usual o<br />

reforço do emboço para evitar eventuais fissuras. Esse<br />

reforço po<strong>de</strong> ser realizado <strong>de</strong> duas maneiras: argamassa<br />

arma<strong>da</strong> ou ponte <strong>de</strong> transmissão e <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>finido em projeto.<br />

Detalhes<br />

construtivos<br />

• <strong>Argamassa</strong> arma<strong>da</strong><br />

Reforço do emboço com tela metálica<br />

Este tipo <strong>de</strong> reforço necessita <strong>de</strong> espessura mínima do<br />

emboço <strong>de</strong> 3 cm, com tela centraliza<strong>da</strong> em relação<br />

à espessura.<br />

Executar uma cama<strong>da</strong> com cerca <strong>de</strong> 1,5 cm <strong>de</strong> espessura<br />

ou meta<strong>de</strong> <strong>da</strong> espessura total,comprimindo e alisando<br />

a cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> argamassa. Depois, colocar a tela <strong>de</strong> aço<br />

galvanizado e comprimi-la fortemente contra a argamassa.<br />

Executar o restante <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> argamassa<br />

(aproxima<strong>da</strong>mente 1,5 cm) e prosseguir o acabamento.<br />

• Ponte <strong>de</strong> transmissão<br />

Este reforço requer espessura mínima do emboço <strong>de</strong> 20 mm.<br />

Para sua execução, fixar uma fita <strong>de</strong> polietileno sobre<br />

a interface concreto/alvenaria.<br />

Reforço <strong>de</strong> emboço<br />

através <strong>de</strong> ponte <strong>de</strong> transmissão<br />

Depois, fixar a tela <strong>de</strong> aço galvanizado na superfície <strong>de</strong><br />

concreto/alvenaria. A tela <strong>de</strong>ve ser fixa<strong>da</strong> pelas bor<strong>da</strong>s,<br />

por meio <strong>de</strong> fixadores como grampos, chumbadores ou<br />

pinos. Aplicar argamassa sobre o conjunto fazendo com<br />

que a tela fique imersa no revestimento.<br />

Na região <strong>da</strong> lâmina plástica, a argamassa não <strong>de</strong>ve<br />

entrar em contato com a base.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

13EXE RF


Quinas e cantos<br />

Detalhes<br />

construtivos<br />

Para a execução <strong>da</strong>s quinas e dos cantos, <strong>de</strong>ve-se utilizar<br />

<strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira com lâmina dobra<strong>da</strong> em 90 o , ou<br />

<strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira com ângulo equivalente ao ângulo entre<br />

as facha<strong>da</strong>s. Também po<strong>de</strong>m ser executa<strong>da</strong>s as quinas com<br />

réguas presas com grampos.<br />

Desempena<strong>de</strong>ira para formação <strong>de</strong> quinas e cantos<br />

É fun<strong>da</strong>mental que os dois lados dos diedros sejam<br />

executados seqüencialmente, <strong>de</strong>vendo-se observar o<br />

alinhamento <strong>da</strong> aresta. No caso <strong>da</strong>s quinas, em uma <strong>da</strong>s faces<br />

<strong>da</strong> facha<strong>da</strong>, o revestimento <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>ixado inacabado cerca<br />

<strong>de</strong> 50 mm até a aresta.<br />

Posteriormente, antes <strong>da</strong> execução do revestimento <strong>da</strong><br />

outra face <strong>da</strong> facha<strong>da</strong>, essa faixa não revesti<strong>da</strong> é<br />

complementa<strong>da</strong> e, em segui<strong>da</strong>, é revesti<strong>da</strong> a outra face.<br />

O acabamento superficial do revestimento é realizado<br />

simultaneamente nos dois lados <strong>da</strong> quina.<br />

14EXE RF<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Juntas <strong>de</strong> trabalho<br />

As juntas <strong>de</strong> trabalho, quando previstas em projeto,<br />

<strong>de</strong>vem ser executa<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> pavimento logo após o<br />

<strong>de</strong>sempeno. A profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s juntas <strong>de</strong>ve ser igual à<br />

meta<strong>de</strong> <strong>da</strong> espessura do revestimento e com largura <strong>de</strong> 1,5<br />

a 2 cm. No fundo <strong>da</strong> junta a espessura <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>, no<br />

mínimo, 1 cm.<br />

Detalhes<br />

construtivos<br />

O nivelamento <strong>da</strong> junta horizontal é feito através <strong>de</strong><br />

marcação com a mangueira <strong>de</strong> nível e fazendo-se uso <strong>da</strong><br />

régua <strong>de</strong> alumínio como guia para utilização do frisador,<br />

que tem o perfil <strong>da</strong> junta.<br />

No caso <strong>de</strong> haverem juntas <strong>de</strong> movimentação na estrutura,<br />

o revestimento <strong>de</strong>ve acompanhar estas juntas, garantindose<br />

a ve<strong>da</strong>ção através do uso <strong>de</strong> mastiques apropriados<br />

junto à superfície acaba<strong>da</strong> <strong>da</strong> facha<strong>da</strong>.<br />

Profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> junta<br />

Desempena<strong>de</strong>ira com friso<br />

Execução <strong>de</strong> friso <strong>de</strong> junta com <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

15EXE RF


Execução <strong>de</strong><br />

revestimentos<br />

internos<br />

Verificação <strong>da</strong>s condições iniciais<br />

Preparo <strong>da</strong> base<br />

Remoção <strong>de</strong> suji<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Remoção <strong>de</strong> irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Preenchimento <strong>de</strong> furos<br />

Chapiscamento<br />

Tradicional<br />

Industrializado<br />

RoladoTaliscamento<br />

Execução <strong>de</strong> mestras<br />

Aplicação <strong>da</strong> argamassa<br />

Execução do acabamento<br />

Sarrafeamento<br />

Desempenamento<br />

Desempeno grosso<br />

Desempeno fino<br />

Desempeno camurçado<br />

Detalhes constutivos<br />

Quinas e cantos<br />

Requadramentos horizontais e verticais<br />

Verificação <strong>da</strong>s condições iniciais<br />

Preparo <strong>da</strong> base<br />

Remoção <strong>de</strong> suji<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Remoção <strong>de</strong> irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Preenchimento <strong>de</strong> furos<br />

Chapiscamento<br />

Execução <strong>de</strong> mestras<br />

Aplicação <strong>da</strong> argamassa<br />

Execução do acabamento<br />

Sarrafeamento<br />

Desempenamento<br />

Detalhes constutivos<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

1EXE RI


2EXE RI<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Execução <strong>de</strong><br />

revestimentos internos<br />

As etapas para execução dos revestimentos internos são:<br />

Verificação <strong>da</strong>s condições iniciais<br />

Condições iniciais<br />

As condições prévias que <strong>de</strong>vem ser atendi<strong>da</strong>s para<br />

que se possa <strong>da</strong>r início à seqüência <strong>de</strong> execução são:<br />

• To<strong>da</strong>s as alvenarias <strong>de</strong>vem estar concluí<strong>da</strong>s há pelo menos<br />

30 dias e fixa<strong>da</strong>s internamente há pelo menos 15 dias;<br />

• A estrutura <strong>de</strong>ve estar concluí<strong>da</strong> há pelo menos 120<br />

dias, à exceção dos 3 últimos pavimentos on<strong>de</strong> se<br />

admite 60 dias;<br />

• Contramarcos e batentes (se for o caso) <strong>de</strong>vem<br />

estar chumbados ou os referenciais <strong>de</strong> vão <strong>de</strong>vem<br />

estar <strong>de</strong>finidos;<br />

• Quaisquer dutos que passem pelas alvenarias <strong>de</strong>vem<br />

estar concluídos, fixados e testados.<br />

Além disso, é necessário que procedimentos ligados ao<br />

planejamento, gestão <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e atendimento às normas<br />

<strong>de</strong> segurança sejam contemplados, <strong>de</strong>stacando-se:<br />

• Todos os equipamentos individuais e coletivos<br />

<strong>de</strong> proteção <strong>de</strong>vem estar instalados e disponíveis;<br />

• O projeto <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>ve estar disponível;<br />

• A estrutura, alvenaria e esquadrias <strong>de</strong>vem estar<br />

formalmente libera<strong>da</strong>s por parte do controle <strong>de</strong> produção;<br />

• A argamassa a ser utiliza<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve estar <strong>de</strong>fini<strong>da</strong><br />

e a central <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> argamassa <strong>de</strong>ve estar<br />

implanta<strong>da</strong>, se for o caso. Desta maneira <strong>de</strong>vem haver<br />

contratos <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> insumos e a areia, o<br />

cimento e a cal precisam estar escolhidos;<br />

• No caso <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> argamassa industrializa<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>vem estar estabeleci<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as condições contratuais<br />

para o bom atendimento <strong>da</strong> obra.<br />

Preparo <strong>da</strong> base<br />

O preparo <strong>da</strong> base envolve 4 ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s distintas:<br />

• Remoção <strong>de</strong> suji<strong>da</strong><strong>de</strong>s;<br />

• Remoção <strong>de</strong> irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s;<br />

• Preenchimento <strong>de</strong> furos;<br />

• Chapiscamento.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

3EXE RI


Remoção <strong>de</strong> suji<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Remoção <strong>de</strong><br />

suji<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

A limpeza tem como objetivo eliminar os elementos que<br />

venham a prejudicar a a<strong>de</strong>rência <strong>da</strong> argamassa à base, tais<br />

como: pó, fuligem, graxas, óleos, <strong>de</strong>smol<strong>da</strong>ntes, fungos,<br />

musgos e eflorescências.<br />

As técnicas recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s variam <strong>de</strong> acordo com a extensão<br />

<strong>da</strong>s suji<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Po<strong>de</strong>m ser adota<strong>da</strong>s, em seqüência, pelo grau<br />

<strong>de</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> e custo, os seguintes procedimentos:<br />

escovação com vassoura <strong>de</strong> piaçava; escovação com escova<br />

<strong>de</strong> fios <strong>de</strong> aço; escovação segui<strong>da</strong> <strong>de</strong> lavagem com mangueira;<br />

lavagem com mangueira pressuriza<strong>da</strong> (com ou sem o<br />

acréscimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>tergentes ou <strong>de</strong>sengordurantes) e, por fim,<br />

jateamento <strong>de</strong> areia.<br />

Remoção <strong>de</strong> irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

Devem ser removi<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s localiza<strong>da</strong>s que<br />

sobressaiam mais <strong>de</strong> 10 mm (aproxima<strong>da</strong>mente), tais como<br />

rebarbas <strong>de</strong> concretagem e excesso <strong>de</strong> argamassa nas juntas<br />

<strong>de</strong> assentamento e to<strong>da</strong>s as incrustações não a<strong>de</strong>rentes.<br />

Irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s superficiais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> extensão, <strong>de</strong>correntes<br />

<strong>de</strong> concretagens <strong>de</strong>ficientes <strong>de</strong>vem ser corrigi<strong>da</strong>s. Estas<br />

irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem ser removi<strong>da</strong>s com talha<strong>de</strong>iras,<br />

ponteiros ou outras ferramentas manuais ou mecânicas<br />

(lixa<strong>de</strong>iras, por exemplo) <strong>de</strong> maneira que não <strong>da</strong>nifiquem<br />

a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> estrutural <strong>da</strong> base.<br />

To<strong>da</strong>s as irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s metálicas (pregos, fios e barras <strong>de</strong><br />

tirantes <strong>de</strong> fôrma) <strong>de</strong>vem ser removi<strong>da</strong>s. Não sendo possível<br />

sua remoção, cortar rente à superfície e pintar com tinta<br />

anticorrosiva para evitar manchas no revestimento.<br />

Preenchimento <strong>de</strong> furos<br />

Todos os furos provenientes <strong>de</strong> rasgos, <strong>de</strong>pressões<br />

localiza<strong>da</strong>s, quebra parcial para acerto <strong>da</strong> estrutura e falhas<br />

<strong>de</strong> concretagem (“bicheiras” que não comprometam a<br />

função estrutural) <strong>de</strong>vem ser preenchidos com argamassa.<br />

Falhas nos elementos <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção com profundi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

superior a 5 cm <strong>de</strong>vem ser encasquilha<strong>da</strong>s. Os rasgos <strong>de</strong><br />

tubulação po<strong>de</strong>m ser tratados com tela <strong>de</strong> aço ou<br />

preenchidos com a própria argamassa do revestimento pelo<br />

menos 2 dias antes <strong>da</strong> execução do mesmo.<br />

4EXE RI<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Chapiscamento<br />

Chapisco tradicional<br />

Chapisco <strong>de</strong>sempenado<br />

Chapisco rolado<br />

Convencional<br />

Consiste no lançamento<br />

vigoroso <strong>de</strong> uma argamassa<br />

flui<strong>da</strong> sobre a base, utilizando-se<br />

uma colher <strong>de</strong><br />

pedreiro. A textura final<br />

<strong>de</strong>ve ser a <strong>de</strong> uma película<br />

rugosa, a<strong>de</strong>rente e resistente.<br />

Esta argamassa flui<strong>da</strong><br />

é produzi<strong>da</strong> com cimento e<br />

areia grossa em proporcões<br />

que variam <strong>de</strong> 1:3 a 1:5 (em<br />

volume) em função <strong>da</strong>s características<br />

do agregado<br />

utilizado e <strong>da</strong> superfície a<br />

ser chapisca<strong>da</strong>.<br />

Desempenado<br />

Usualmente aplicado sobre a<br />

estrutura <strong>de</strong> concreto, esse<br />

tipo <strong>de</strong> chapisco é feito com<br />

uma argamassa industrializa<strong>da</strong><br />

para esse fim, sendo<br />

necessário acrescer somente<br />

água. É aplicado com <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira<br />

<strong>de</strong>ntea<strong>da</strong><br />

Rolado<br />

Feito com uma argamassa<br />

flui<strong>da</strong> obti<strong>da</strong> através <strong>da</strong><br />

mistura <strong>de</strong> cimento e areia,<br />

com adição <strong>de</strong> água e<br />

polímero, usualmente <strong>de</strong><br />

base PVAC. Po<strong>de</strong> ser aplica<strong>da</strong><br />

tanto na estrutura como na<br />

alvenaria, usando-se rolo<br />

para textura acrílica. A<br />

parte liqui<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve ser<br />

mistura<strong>da</strong> aos sólidos até<br />

obter consistência <strong>de</strong><br />

“sopa”. Deve-se atentar para<br />

a homogenização constante<br />

durante a aplicação.<br />

Chapiscamento<br />

Notas<br />

O substrato <strong>de</strong> forma geral,<br />

estrutura ou alvenaria, <strong>de</strong>ve<br />

ser completamente coberto<br />

pelo chapisco, proporcionando<br />

uma superfície contínua e<br />

homogênea para o recebimento<br />

<strong>da</strong> argamassa <strong>de</strong> revestimento.<br />

Quando <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição <strong>da</strong><br />

argamassa a ser utiliza<strong>da</strong> para o<br />

revestimento, o substrato<br />

<strong>de</strong>verá ser preparado com o<br />

chapisco a ser empregado, pois<br />

<strong>de</strong>sta maneira será possível<br />

avaliar a compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

argamassa, chapisco e substrato.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

5EXE RI


A técnica <strong>de</strong> aplicação do chapisco rolado <strong>de</strong>ve ser<br />

cui<strong>da</strong>dosamente controla<strong>da</strong>, pois <strong>de</strong>ve resultar em uma<br />

superfície rugosa e nunca em uma película que po<strong>de</strong>rá<br />

diminuir o potencial <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência <strong>da</strong> argamassa <strong>de</strong><br />

revestimento ao substrato.<br />

Taliscamento<br />

Taliscamento<br />

Utilização <strong>de</strong> réguas para <strong>de</strong>finição do esquadro no revestimento<br />

Taliscamento <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s e forros<br />

Execução <strong>de</strong> talisca<br />

Para execução <strong>da</strong>s taliscas sobre a base é necessário<br />

i<strong>de</strong>ntificar os pontos críticos do ambiente (saliências,<br />

curvaturas, reêntrancias, etc. que resultarão em maior ou<br />

menor espessura do revestimento). Para tanto, utilizamse<br />

esquadro, régua <strong>de</strong> alumínio com nível <strong>de</strong> bolha<br />

acoplado e prumo. I<strong>de</strong>ntificados estes pontos, <strong>de</strong>ve-se<br />

assentar as taliscas, primeiramente nos pontos <strong>de</strong> menor<br />

espessura (com mínimo <strong>de</strong> 5 mm).<br />

6EXE RI<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


O plano <strong>de</strong>finido por estas taliscas <strong>de</strong>ve ser transferido<br />

para todo o ambiente, iniciando-se pelas taliscas mais<br />

próximas ao teto, com posterior transferência <strong>de</strong> espessura<br />

para junto do piso através <strong>de</strong> um fio <strong>de</strong> prumo.<br />

O taliscamento do teto <strong>de</strong>ve ser feito com auxílio <strong>de</strong><br />

mangueira <strong>de</strong> nível e linhas <strong>de</strong> nylon ou nível a laser,<br />

consi<strong>de</strong>rando uma espessura mínima <strong>de</strong> 5 mm no ponto<br />

crítico <strong>da</strong> laje.<br />

Execução <strong>da</strong>s mestras<br />

O taliscamento é feito com cacos cerâmicos ou <strong>de</strong> azulejos,<br />

fixados com a mesma argamassa que será utiliza<strong>da</strong> no<br />

revestimento. As taliscas <strong>de</strong>vem ser espaça<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 1,5 m a<br />

1,8 m, consi<strong>de</strong>rando o comprimento <strong>da</strong> régua <strong>de</strong> alumínio.<br />

Ao longo <strong>da</strong>s quinas e vãos <strong>de</strong>vem ser posiciona<strong>da</strong>s taliscas<br />

distancia<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 10 a 15 cm dos eixos.<br />

Execução <strong>da</strong>s mestras<br />

Execução <strong>de</strong> mestras<br />

As mestras são executa<strong>da</strong>s unindo-se as taliscas na direção<br />

vertical com aproxima<strong>da</strong>mente 5 cm <strong>de</strong> largura, utilizandose<br />

a mesma argamassa do revestimento. Deve-se aguar<strong>da</strong>r<br />

2 dias entre a fixação <strong>da</strong>s taliscas e a execução <strong>da</strong>s mestras.<br />

Para os tetos, não é necessária a execução prévia <strong>de</strong> mestras.<br />

Aplicação <strong>da</strong> argamassa<br />

A aplicação <strong>da</strong> argamassa sobre a superfície <strong>de</strong>ve ser feita<br />

por projeção enérgica do material sobre a base, manual ou<br />

mecânica, não exce<strong>de</strong>ndo 3 cm <strong>de</strong> espessura.<br />

No caso do emprego <strong>de</strong> cama<strong>da</strong> única, a aplicação <strong>da</strong><br />

argamassa <strong>de</strong>ve ocorrer logo após a execução <strong>da</strong>s mestras;<br />

já no emprego <strong>de</strong> revestimentos do tipo emboço e reboco,<br />

essa situação não é imprescindível.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

7EXE RI


Depois <strong>de</strong> aplica<strong>da</strong> a argamassa nos trechos <strong>de</strong>limitados pelas<br />

mestras, <strong>de</strong>ve ser feita uma compressão com a colher <strong>de</strong><br />

pedreiro, eliminando-se os espaços vazios e alisando a superfície.<br />

Sarrafeamento<br />

No caso <strong>de</strong> espessuras superiores a 3 cm, o revestimento <strong>de</strong>ve<br />

ser executado em etapas. Para espessuras entre 3 cm e 5 cm,<br />

a argamassa <strong>de</strong>ve ser aplica<strong>da</strong> em duas cama<strong>da</strong>s; para<br />

espessuras entre 5 cm e 8 cm, a argamassa <strong>de</strong>ve ser aplica<strong>da</strong><br />

em três cama<strong>da</strong>s, encasquinhando-se (colocação <strong>de</strong> cacos<br />

entre a argamassa, normalmente pe<strong>da</strong>ços <strong>de</strong> tijolos) as duas<br />

primeiras. Neste caso, <strong>de</strong>ve-se prever ain<strong>da</strong>, o uso <strong>de</strong> tela<br />

metálica para estruturar o revestimento. Deve-se aguar<strong>da</strong>r um<br />

intervalo <strong>de</strong> pelo menos 16 horas entre as cama<strong>da</strong>s,<br />

executando-se a mestra imediatamente antes <strong>da</strong> última cheia.<br />

Execução do acabamento<br />

O acabamento <strong>da</strong> argamassa <strong>de</strong> revestimento po<strong>de</strong> ser:<br />

sarrafeado, <strong>de</strong>sempenado, camurçado ou ain<strong>da</strong> receber<br />

nova cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> revestimento (reboco).<br />

Sarrafeamento<br />

Trata-se <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> que irá <strong>de</strong>finir o plano <strong>de</strong> revestimento,<br />

a partir <strong>da</strong>s taliscas e mestras previamente executa<strong>da</strong>s. Consiste<br />

assim, no aplainamento do revestimento, utilizando-se uma<br />

régua <strong>de</strong> alumínio apoia<strong>da</strong> em referenciais <strong>de</strong> espessura,<br />

<strong>de</strong>screvendo um movimento <strong>de</strong> vaivém <strong>de</strong> baixo para cima.<br />

Ponto a<strong>de</strong>quado para sarrafeamento <strong>da</strong> argamassa<br />

Nota<br />

Quando o tempo <strong>de</strong> espera<br />

ultrapassa o ponto <strong>de</strong><br />

sarrafeamento, o pedreiro<br />

ten<strong>de</strong> a aplicar mais água,<br />

o que vai enfraquecer<br />

a a<strong>de</strong>rência superficial<br />

Esse procedimento <strong>de</strong>ve ser realizado quando a argamassa<br />

apresenta uma consistência mais firme, pois, quando o<br />

sarrafeamento é realizado muito precocemente, po<strong>de</strong> haver<br />

o <strong>de</strong>scolamento <strong>da</strong> argamassa em regiões já revesti<strong>da</strong>s, em<br />

função do processo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência e <strong>de</strong> endurecimento ain<strong>da</strong><br />

não estarem suficientemente <strong>de</strong>senvolvidos. Na prática, tal<br />

ponto é verificado pressionando-se a argamassa com os<br />

<strong>de</strong>dos. O ponto i<strong>de</strong>al é quando os <strong>de</strong>dos não penetram na<br />

cama<strong>da</strong>, permanecendo praticamente limpos, porém<br />

<strong>de</strong>formando levemente a superfície.<br />

8EXE RI<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Desempenamento<br />

Acabamento obtido através <strong>da</strong> movimentação circular <strong>de</strong><br />

uma ferramenta <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira,<br />

sobre a superfície do revestimento, imprimindo-se uma<br />

certa pressão. Essa operação po<strong>de</strong> exigir uma aspersão <strong>de</strong><br />

água sobre a superfície.<br />

Desempenamento<br />

É a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> seguinte ao sarrafeamento, mas não <strong>de</strong>ve<br />

ocorrer imediatamente após a sua conclusão, pois po<strong>de</strong> haver<br />

o aparecimento <strong>de</strong> fissuras <strong>de</strong> retração no revestimento, em<br />

função <strong>da</strong> argamassa ain<strong>da</strong> se encontrar muito úmi<strong>da</strong>.<br />

Po<strong>de</strong>-se ter três tipos <strong>de</strong> acabamento <strong>de</strong>sempenado:<br />

<strong>de</strong>sempenado grosso, <strong>de</strong>sempenado fino e <strong>de</strong>sempenado<br />

camurçado.<br />

Desempenado grosso<br />

• É utilizado quando a cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> revestimento<br />

<strong>de</strong> argamassa irá receber um revestimento <strong>de</strong>corativo<br />

com espessura maior que 5 mm, como cerâmica;<br />

• A superfície <strong>de</strong> acabamento é regular e compacta<br />

sem ser muito lisa;<br />

• Pequenas imperfeições e fissuras <strong>de</strong> retração são aceitas;<br />

• O <strong>de</strong>sempeno é efetuado apenas com a <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />

Desempenado fino<br />

• É acabamento base para revestimentos texturados<br />

e pintura acrílica em duas ou mais <strong>de</strong>mãos;<br />

• A textura final é homogênea, lisa e sem imperfeições visíveis;<br />

• O <strong>de</strong>sempeno é efetuado com <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira. Entretanto, o número <strong>de</strong> movimentos circulares<br />

é maior <strong>de</strong> maneira a trazer os finos <strong>da</strong> argamassa para<br />

a superfície e utiliza-se uma broxa para aspergir água<br />

sobre a superfície durante os movimentos.<br />

Desempenado camurçado<br />

• Acabamento final base para pintura com tintas minerais,<br />

látex PVA ou acrílico, sobre massa corri<strong>da</strong> ou textura<br />

acrílica em uma única <strong>de</strong>mão;<br />

• A textura final é homogênea, lisa e compacta;<br />

• Não são admiti<strong>da</strong>s fissuras;<br />

• Acabamento obtido através <strong>da</strong> fricção <strong>da</strong> superfície<br />

do revestimento, com um pe<strong>da</strong>ço <strong>de</strong> esponja ou<br />

<strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira com espuma, através <strong>de</strong> movimentos<br />

circulares, <strong>de</strong> modo a retirar o excesso <strong>de</strong> pasta surgido<br />

na operação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempeno.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

9EXE RI


Detalhes construtivos<br />

Quinas e cantos<br />

Detalhes<br />

construtivos<br />

Desempena<strong>de</strong>ira para formação <strong>de</strong> quinas e cantos<br />

Para a execução <strong>da</strong>s quinas e dos cantos, <strong>de</strong>ve-se utilizar<br />

<strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira com lâmina dobra<strong>da</strong> em 90 o , ou<br />

<strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira com ângulo equivalente ao ângulo entre<br />

as pare<strong>de</strong>s.<br />

É fun<strong>da</strong>mental que os dois lados dos diedros sejam<br />

executados seqüencialmente, <strong>de</strong>vendo-se observar o<br />

alinhamento <strong>da</strong> aresta. No caso <strong>da</strong>s quinas, em uma <strong>da</strong>s faces<br />

<strong>da</strong> pare<strong>de</strong>, o revestimento <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>ixado inacabado cerca<br />

<strong>de</strong> 50 mm até a aresta.<br />

Posteriormente, antes <strong>da</strong> execução do revestimento <strong>da</strong> outra<br />

face <strong>da</strong> pare<strong>de</strong>, essa faixa não revesti<strong>da</strong> é complementa<strong>da</strong> e,<br />

em segui<strong>da</strong>, é revesti<strong>da</strong> a outra face. O acabamento<br />

superficial do revestimento é realizado simultaneamente nos<br />

dois lados <strong>da</strong> quina.<br />

Requadramentos horizontais e verticais<br />

Para a execução dos requadramentos, <strong>de</strong>ve-se utilizar:<br />

• esquadro;<br />

• régua metálica;<br />

• sargentos.<br />

Os requadros <strong>de</strong>vem ser executados juntamente com o<br />

revestimento, observando-se o nível, o esquadro e o caimento<br />

necessário.<br />

Exemplo <strong>de</strong> grampos utilizados para pren<strong>de</strong>r réguas <strong>de</strong> requadro<br />

10EXE RI<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Execução <strong>de</strong><br />

Contrapisos<br />

Condições para início do contrapiso<br />

Preparo <strong>da</strong> base<br />

Definição <strong>de</strong> níveis<br />

Assentamento dos taliscos<br />

Preparo <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência<br />

Execução <strong>de</strong> mestras<br />

Aplicação <strong>de</strong> argamassa<br />

Acabamento superficial<br />

Acabamento <strong>de</strong>sempenado<br />

Acabamento alisado<br />

Após a execução<br />

Condições para início do contrapiso<br />

Preparo <strong>da</strong> base<br />

Definição <strong>de</strong> níveis<br />

Assentamento dos taliscos<br />

Preparo <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência<br />

Execução <strong>de</strong> mestras<br />

Aplicação <strong>de</strong> argamassa<br />

Acabamento superficial<br />

Acabamento <strong>de</strong>sempenado<br />

Acabamento alisado<br />

Após a execução<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

1EXE CP


2EXE CP<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Execução <strong>de</strong><br />

Contrapisos<br />

Os procedimentos abor<strong>da</strong>dos a seguir têm como objetivo<br />

a execução <strong>de</strong> contrapisos <strong>de</strong> pequena espessura,<br />

fun<strong>da</strong>mentados em uma dosagem racional <strong>de</strong> argamassa,<br />

através <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> argamassa <strong>de</strong> consistência seca.<br />

Preparo <strong>da</strong> base<br />

A execução do contrapiso exige que seja do tipo a<strong>de</strong>rido, pois<br />

<strong>de</strong>sta forma trabalha em conjunto com a laje, sendo capaz <strong>de</strong><br />

suportar solicitações <strong>de</strong> maior intensi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Condições para o início do contrapiso<br />

Para o início <strong>da</strong> execução dos serviços <strong>de</strong> contrapiso em um<br />

<strong>da</strong>do pavimento <strong>de</strong>verão ser atendi<strong>da</strong>s as seguintes condições:<br />

• Conclusão <strong>da</strong> impermeabilização <strong>de</strong> áreas molháveis,<br />

quando existir;<br />

• É <strong>de</strong>sejável que as alvenarias do pavimento estejam<br />

executa<strong>da</strong>s;<br />

• É também <strong>de</strong>sejável que as instalações elétricas e hidrosanitárias<br />

estejam concluí<strong>da</strong>s;<br />

• Que haja carência <strong>de</strong> 60 dias após a <strong>de</strong>sforma <strong>de</strong>finitiva<br />

<strong>da</strong> laje do pavimento sobre o qual será executado o contrapiso;<br />

• Existir o projeto <strong>de</strong> contrapiso;<br />

• Ter sido re<strong>de</strong>finido o projeto <strong>de</strong> contrapiso (reprojeto)<br />

consi<strong>de</strong>rando as reais condições <strong>de</strong> execução <strong>da</strong> base;<br />

• Estar contrata<strong>da</strong> a aquisição <strong>de</strong> argamassa industrializa<strong>da</strong><br />

ou implanta<strong>da</strong> a central <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> argamassa no<br />

canteiro, com previsão <strong>de</strong> aquisição dos materiais para<br />

a sua produção.<br />

Preparo <strong>da</strong> base<br />

Antes <strong>da</strong> <strong>de</strong>marcação dos níveis do contrapiso acabado, pré<strong>de</strong>finidos<br />

no projeto (etapa <strong>de</strong> reprojeto), <strong>de</strong>verão ser<br />

observa<strong>da</strong>s as seguintes condições:<br />

• O ambiente <strong>de</strong>verá estar completamente limpo, sem a<br />

presença <strong>de</strong> entulho, restos <strong>de</strong> argamassa ou outros<br />

materiais a<strong>de</strong>ridos à base. Caso o ambiente não esteja<br />

em conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> para o início do serviço, po<strong>de</strong>-se utilizar<br />

o picão, a vanga ou ponteira e a marreta para a remoção;<br />

• a base <strong>de</strong>verá estar isenta <strong>de</strong> pó e <strong>de</strong> outras partículas soltas,<br />

que po<strong>de</strong>m ser elimina<strong>da</strong>s utilizando-se vassoura dura;<br />

• A superfície <strong>da</strong> base <strong>de</strong>verá estar isenta <strong>de</strong> óleo, graxa,<br />

cola, tinta ou produtos químicos.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

3EXE CP


Definição <strong>de</strong> níveis<br />

Definição <strong>de</strong> níveis<br />

Após a completa limpeza do local, <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>finidos os<br />

níveis do contrapiso, a partir do ponto-origem (que constitui<br />

o nível <strong>de</strong> referência), utilizando-se o aparelho <strong>de</strong> nível ou<br />

o nível <strong>de</strong> mangueira, observando-se os seguintes<br />

procedimentos:<br />

1. Para o assentamento <strong>da</strong>s taliscas com o aparelho <strong>de</strong><br />

nível, zerar o aparelho no nível <strong>de</strong> referência e, com<br />

o auxílio <strong>da</strong> escala móvel, a talisca po<strong>de</strong> ser assenta<strong>da</strong><br />

com a espessura <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> no projeto. A utilização <strong>de</strong>sse<br />

equipamento permite precisão milimétrica na <strong>de</strong>finição<br />

<strong>da</strong> espessura do contrapiso, além <strong>de</strong> necessitar <strong>de</strong> um<br />

único operário para a realização <strong>de</strong>ssa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Em<br />

áreas molha<strong>da</strong>s com previsão <strong>de</strong> ralo para escoamento<br />

<strong>de</strong> água, prever caimento mínimo <strong>de</strong> 1%.<br />

2. Quando não se dispuser <strong>de</strong>sse aparelho, a talisca <strong>de</strong>verá<br />

ser assenta<strong>da</strong> <strong>da</strong> maneira tradicional, empregando-se os<br />

seguintes procedimentos:<br />

• Inicialmente <strong>de</strong>ve-se tomar o nível <strong>de</strong> referência <strong>da</strong> laje<br />

no ponto origem, transferindo-o para a pare<strong>de</strong> do<br />

cômodo on<strong>de</strong> serão assenta<strong>da</strong>s as taliscas, utilizando-se<br />

para isto o nível <strong>de</strong> mangueira, observando-se que para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> são necessários dois<br />

operários;<br />

• A partir <strong>da</strong> referência <strong>da</strong> pare<strong>de</strong>, <strong>de</strong>fine-se o nível <strong>da</strong>s<br />

taliscas através <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> um metro articulado e<br />

linha <strong>de</strong> nylon. No projeto <strong>de</strong> contrapiso <strong>de</strong>ve ser<br />

<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>, além <strong>da</strong> espessura, a cota do contrapiso<br />

acabado em função <strong>da</strong> referência adota<strong>da</strong>.<br />

Transferência <strong>de</strong> nível para pare<strong>de</strong> com “nível alemão”<br />

4EXE CP<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Assentamento <strong>da</strong>s taliscas<br />

Para o assentamento <strong>da</strong>s taliscas <strong>de</strong>verão ser observados<br />

os seguintes procedimentos:<br />

• Limpeza dos pontos on<strong>de</strong><br />

serão assenta<strong>da</strong>s as taliscas,<br />

sendo previamente umi<strong>de</strong>cidos.<br />

A limpeza po<strong>de</strong>rá<br />

ser feita com o auxílio <strong>de</strong><br />

uma broxa;<br />

Assentamento<br />

<strong>da</strong>s taliscas<br />

Transferência <strong>de</strong> nível para pare<strong>de</strong> com mangueira <strong>de</strong> nível<br />

Estabelecimento <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> talisca utilizando a referência <strong>de</strong> nível<br />

previamente marca<strong>da</strong> na pare<strong>de</strong><br />

• Polvilhamento <strong>de</strong> cimento<br />

para que se forme uma<br />

nata, a fim <strong>de</strong> garantir a<br />

a<strong>de</strong>rência <strong>da</strong> argamassa<br />

<strong>de</strong> assentamento <strong>da</strong>s<br />

taliscas à base, pois essa<br />

argamassa ficará incorpora<strong>da</strong><br />

ao contrapiso quando<br />

<strong>da</strong> sua execução;<br />

• Assentamento <strong>da</strong>s<br />

taliscas nas posições<br />

previamente <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s<br />

pelo projeto, sendo que<br />

as mesmas <strong>de</strong>vem ser<br />

constituí<strong>da</strong>s por material<br />

<strong>de</strong> pequena espessura,<br />

como por exemplo, cacos<br />

<strong>de</strong> ladrilho cerâmico<br />

ou <strong>de</strong> azulejo.<br />

Para o posicionamento <strong>da</strong>s taliscas ao longo do perímetro do<br />

ambiente em que será executado o contrapiso, <strong>de</strong>ve-se<br />

obe<strong>de</strong>cer a disposição <strong>de</strong> projeto, que <strong>de</strong>verá levar em conta a<br />

distância máxima <strong>de</strong> 3,0 m entre as mesmas, consi<strong>de</strong>rando-se<br />

que a régua disponível para o sarrafeamento tenha<br />

comprimento suficiente para alcançar as duas taliscas; caso<br />

contrário, o espaçamento entre as taliscas <strong>de</strong>verá ser limitado<br />

pelo comprimento <strong>da</strong> régua disponível.<br />

Se as dimensões do ambiente forem superiores aos limites<br />

anteriores, <strong>de</strong>ve-se assentar taliscas ao longo <strong>da</strong> linha<br />

média do comprimento ou largura do mesmo.<br />

A argamassa para o assentamento <strong>da</strong>s taliscas <strong>de</strong>verá ter<br />

características idênticas à que será emprega<strong>da</strong> no contrapiso,<br />

ou seja, a mesma composição, dosagem e umi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

5EXE CP


O assentamento <strong>da</strong>s taliscas <strong>de</strong>verá ser feito, <strong>de</strong> preferência, com<br />

antecedência mínima <strong>de</strong> dois dias à execução do contrapiso.<br />

Preparo <strong>da</strong> cama<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência<br />

Para o assentamento <strong>da</strong>s taliscas utilizando o aparelho <strong>de</strong> nível,<br />

basta que se tome a espessura do contrapiso previamente<br />

<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>, executando-a sobre a laje, com o auxílio <strong>da</strong> escala<br />

móvel. O assentamento auxiliado por esse aparelho permite<br />

precisão milimétrica na espessura do contrapiso.<br />

Preparo <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência<br />

Polvilhamento <strong>de</strong> cimento para formação <strong>de</strong> ponte <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência<br />

Espalhamento do cimento para formação <strong>da</strong> nata na ponte<br />

<strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência<br />

O preparo <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência <strong>de</strong>verá seguir os<br />

seguintes procedimentos prá-<strong>de</strong>finidos:<br />

Nota<br />

Em função <strong>da</strong>s dimensões usuais<br />

dos ambientes, o preparo <strong>da</strong><br />

ponte <strong>de</strong> ligação <strong>de</strong>verá ser<br />

realizado por partes, para que a<br />

nata <strong>de</strong> cimento não endureça<br />

antes do lançamento <strong>da</strong><br />

argamassa <strong>de</strong> contrapiso.<br />

Assim, esse procedimento <strong>de</strong>ve<br />

ter início nos locais <strong>de</strong> execução<br />

<strong>da</strong>s mestras, tendo continui<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

após estarem prontas.<br />

• Após a execução <strong>da</strong>s taliscas e com a superfície<br />

completamente limpa, a base <strong>de</strong>ve ser molha<strong>da</strong> (lava<strong>da</strong>)<br />

com água em abundância, preferencialmente no dia<br />

anterior à aplicação <strong>da</strong> argamassa, removendo-se o<br />

excesso <strong>de</strong> água imediatamente após a lavagem que<br />

po<strong>de</strong>rá ocorrer com até 1 dia <strong>de</strong> antecedência;<br />

• Removi<strong>da</strong> a água em excesso, inicia-se o preparo <strong>da</strong><br />

ponte <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência entre o contrapiso e a base.<br />

A execução <strong>de</strong>ssa cama<strong>da</strong> consiste no polvilhamento<br />

<strong>de</strong> cimento com o auxílio <strong>de</strong> uma peneira, sendo imediatamente<br />

espalhado com vassoura, criando uma fina película que<br />

permitirá a ligação entre a base e a argamassa semi-seca que<br />

será aplica<strong>da</strong>.<br />

6EXE CP<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Execução <strong>da</strong>s mestras<br />

A produção <strong>da</strong>s mestras<br />

<strong>de</strong>ve ocorrer imediatamente<br />

antes do lançamento <strong>da</strong><br />

argamassa para a execução<br />

do contrapiso, não sendo<br />

necessário e nem mesmo<br />

recomen<strong>da</strong>do a sua prévia<br />

execução. Os seguintes<br />

procedimentos <strong>de</strong>vem ser<br />

realizados para a sua<br />

execução:<br />

Execução<br />

<strong>da</strong>s mestras<br />

Espalhamento <strong>de</strong> argamassa para execução <strong>da</strong> mestra <strong>de</strong> piso<br />

• Após o preparo <strong>da</strong> cama<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> ligação, <strong>de</strong>ve-se<br />

preencher uma faixa no<br />

alinhamento <strong>da</strong>s taliscas<br />

com a argamassa <strong>de</strong><br />

contrapiso, <strong>de</strong> maneira<br />

a sobrepor o nível <strong>da</strong>s<br />

mesmas, utilizando-se<br />

a enxa<strong>da</strong> para o seu<br />

espalhamento;<br />

• Utilizando-se o soquete,<br />

<strong>de</strong>ve-se compactar, com<br />

energia, a cama<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

argamassa contra a base;<br />

Compactação <strong>da</strong> argamassa para formação <strong>da</strong> mestra <strong>de</strong> piso<br />

• Apoiando a régua <strong>de</strong><br />

alumínio sobre as<br />

taliscas, <strong>de</strong>ve-se “cortar”<br />

a argamassa exce<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> modo a obter to<strong>da</strong> a<br />

faixa (mestra) <strong>de</strong><br />

argamassa no mesmo<br />

nível <strong>da</strong>s taliscas;<br />

• Com as mestras<br />

executa<strong>da</strong>s, as taliscas<br />

<strong>de</strong>vem ser retira<strong>da</strong>s,<br />

preenchendo-se com<br />

argamassa o espaço<br />

<strong>de</strong>ixado e nivelando-o<br />

com a régua metálica.<br />

Sarrafeamento <strong>da</strong> argamassa para formação <strong>da</strong> mestra <strong>de</strong> piso<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

7EXE CP


Aplicação <strong>da</strong> argamassa<br />

Aplicação <strong>da</strong><br />

argamassa<br />

Com as mestras e a cama<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência executa<strong>da</strong>s<br />

aplicar a argamassa <strong>de</strong><br />

contrapiso na superfície<br />

restante, observando-se os<br />

seguintes procedimentos:<br />

• Lançar a argamassa sobre<br />

a base <strong>de</strong> modo que, ao<br />

ser espalha<strong>da</strong>, sobreponha<br />

o nível <strong>da</strong>s mestras,<br />

quando a espessura total<br />

do contrapiso não<br />

ultrapassar 30 mm.<br />

No caso <strong>de</strong> espessuras<br />

superiores, o espalhamento<br />

<strong>da</strong> argamassa<br />

<strong>de</strong>verá ser feito em duas<br />

ou mais operações<br />

consecutivas, intercala<strong>da</strong>s<br />

pela compactação <strong>da</strong>s<br />

cama<strong>da</strong>s;<br />

• Espalha<strong>da</strong> a argamassa,<br />

a cama<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve ser<br />

compacta<strong>da</strong> com energia,<br />

empregando-se o soquete.<br />

Se após a compactação,<br />

a cama<strong>da</strong> ficar abaixo do<br />

nível <strong>da</strong>s mestras, acrescentar<br />

imediatamente<br />

mais argamassa, compactando<br />

novamente.<br />

• Na seqüência, inicia-se o<br />

sarrafeamento <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a<br />

superfície, empregando-se<br />

para isso a régua metálica,<br />

que <strong>de</strong>ve estar apoia<strong>da</strong><br />

sobre as mestras em<br />

movimentos <strong>de</strong> vaivém,<br />

“cortando” a superfície<br />

<strong>da</strong> argamassa até que seja<br />

atingido o nível <strong>da</strong>s<br />

mestras, em to<strong>da</strong> a<br />

extensão do cômodo.<br />

Lançamento <strong>de</strong> argamassa para execução do contrapiso<br />

Compactação <strong>da</strong> argamassa para execução <strong>de</strong> contrapiso<br />

Sarrafeamento do contrapiso entre as mestras<br />

8EXE CP<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Acabamento superficial<br />

A superfície do contrapiso<br />

po<strong>de</strong> receber diferentes<br />

acabamentos, em função<br />

<strong>da</strong>s características dos<br />

revestimentos a serem<br />

empregados e do trânsito<br />

a que ficarão submetidos<br />

antes <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong>stes.<br />

Os procedimentos para a<br />

execução dos acabamentos<br />

comumente utilizados são:<br />

Acabamento<br />

superficial<br />

Desempenamento fino do contrapiso<br />

Desempenamento grosso do contrapiso<br />

1. Acabamento <strong>de</strong>sempenado:<br />

em função <strong>da</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aplicação <strong>da</strong> argamassa e<br />

do tempo <strong>de</strong>corrido entre<br />

a sua aplicação e o <strong>de</strong>sempeno,<br />

po<strong>de</strong> ser necessário<br />

borrifar água sobre a<br />

superfície do contrapiso<br />

para facilitar a operação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempeno.<br />

Esse acabamento é<br />

indicado nos casos em<br />

que serão utilizados<br />

revestimentos fixados<br />

com dispositivos (tipo<br />

parafusos ou cavilhas) ou<br />

com argamassas colante.<br />

Este acabamento é obtido<br />

com a utilização <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />

2. Acabamento alisado, comumente empregado quando<br />

os revestimentos são fixados com a<strong>de</strong>sivos à base <strong>de</strong><br />

resinas (colas <strong>de</strong> um modo geral), com espessura <strong>de</strong><br />

aplicação reduzi<strong>da</strong>, pois proporciona superfície pouco<br />

áspera. Também nesse caso é usual borrifar água sobre<br />

a superfície do contrapiso para facilitar a operação <strong>de</strong><br />

alisamento. Este acabamento é obtido com a utilização<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira metálica.<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do acabamento ser <strong>de</strong>sempenado ou alisado, po<strong>de</strong>se<br />

ter a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> execução do acabamento reforçado, o<br />

qual <strong>de</strong>ve ser utilizado quando o contrapiso ficará exposto por<br />

longo período ou mesmo quando for executado antes <strong>da</strong>s<br />

instalações ou dos revestimentos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>. Esse acabamento<br />

po<strong>de</strong> ser obtido em conjunto com o acabamento <strong>de</strong>sempenado<br />

ou com o alisado, a partir dos seguintes procedimentos:<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

9EXE CP


• Imediatamente após o sarrafeamento <strong>da</strong> superfície com<br />

régua metálica, <strong>de</strong>ve-se polvilhar cimento em quanti<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong> <strong>de</strong> 0,5 Kg/m 2 , empregando-se a peneira;<br />

Após a execução<br />

• Feito o polvilhamento, <strong>de</strong>ve-se iniciar o <strong>de</strong>sempeno<br />

utilizando a <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Nos casos em<br />

que a superfície do contrapiso apresentar-se muito<br />

seca <strong>de</strong>ve-se borrifar água para facilitar o <strong>de</strong>sempeno.<br />

Utilizando-se a <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira em movimentos<br />

circulares, o cimento polvilhado vai se misturando<br />

à superfície <strong>da</strong> argamassa, constituindo uma fina cama<strong>da</strong><br />

(2 a 3 mm) com eleva<strong>da</strong> resistência mecânica. Este<br />

acabamento é <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong>sempenado reforçado;<br />

• Nos casos em que se necessitar uma superfície mais lisa<br />

po<strong>de</strong>-se fazer o alisado reforçado, obtido pela passagem<br />

<strong>da</strong> <strong>de</strong>sempena<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> aço após o <strong>de</strong>sempeno com<br />

ma<strong>de</strong>ira, como no alisado comum. Não é necessário e<br />

nem é a<strong>de</strong>quado polvilhar mais cimento para efetivar<br />

esta operação.<br />

Nota<br />

Ao se realizar o acabamento<br />

superficial do contrapiso,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do seu tipo, <strong>de</strong>vese<br />

ter o cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> iniciá-lo<br />

pelo lado oposto à pare<strong>de</strong> que<br />

contém a porta e planejar a<br />

execução <strong>de</strong> modo a terminála<br />

na porta, evitando assim<br />

caminhar sobre a argamassa<br />

fresca, sendo que este<br />

<strong>de</strong>slocamento, quando necessário,<br />

<strong>de</strong>ve ser feito sobre<br />

pranchas.<br />

Após a execução<br />

Após o acabamento superficial, recomen<strong>da</strong>m-se ain<strong>da</strong>,<br />

alguns cui<strong>da</strong>dos:<br />

• A cura <strong>de</strong>verá ser feita em condições ambientes, já que<br />

são contrapisos internos, estando portanto, protegidos<br />

<strong>de</strong> ações agressivas do meio ambiente;<br />

• O contrapiso <strong>de</strong>verá ser isolado do trânsito <strong>de</strong> pessoas<br />

e equipamentos por pelo menos dois dias. Após este<br />

período, o trânsito <strong>de</strong> pessoas é permitido sobre tábuas<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, mas, não recomen<strong>da</strong>do;<br />

• O trânsito <strong>de</strong> equipamentos não é recomendável até 28<br />

dias após a execução;<br />

• O prazo mínimo para a secagem do contrapiso é <strong>de</strong> 28 dias<br />

e <strong>de</strong>ve ser respeitado, evitando-se a colocação <strong>de</strong><br />

revestimentos, principalmente se forem suscetíveis à umi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

10EXE CP<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Controle para<br />

revestimentos<br />

internos<br />

e externos<br />

Preparo <strong>da</strong> base<br />

Definição do plano <strong>de</strong> revestimento<br />

Taliscamento<br />

Locação <strong>de</strong> arames do diedro<br />

Produção <strong>de</strong> argamassa <strong>de</strong> revestimento<br />

Aplicação e sarrafeamento <strong>da</strong> argamassa<br />

Execução do reforço do revestimento<br />

Acabamento <strong>da</strong> massa única<br />

Acabamento do emboço<br />

Execução <strong>de</strong> juntas <strong>de</strong> trabalho<br />

Execução <strong>da</strong>s quinas e cantos<br />

Execução dos requadros<br />

Execução do reboco<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

1CONT


2CONT<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Controle para<br />

revestimentos internos<br />

e externos<br />

<strong>Revestimentos</strong><br />

internos e externos<br />

Controle <strong>de</strong> produção e recebimento<br />

<strong>de</strong> revestimento em pare<strong>de</strong>s<br />

Durante a execução, os seguintes itens <strong>de</strong>vem ser verificados:<br />

Preparação <strong>da</strong> base<br />

• Assegurar a remoção <strong>da</strong>s sujeiras, irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

incrustações metálicas <strong>da</strong> base, além do preenchimento<br />

<strong>de</strong> furos e <strong>de</strong>pressões;<br />

• Verificar a fixação <strong>da</strong> alvenaria;<br />

• Verificar a execução correta do chapisco on<strong>de</strong> previsto<br />

no projeto.<br />

Definição do plano do revestimento<br />

(para revestimentos externos)<br />

• Verificar se a transferência dos eixos <strong>da</strong> estrutura para<br />

a laje <strong>de</strong> cobertura ao nível <strong>da</strong>s platiban<strong>da</strong>s está com<br />

tolerância máxima <strong>de</strong> 2 mm;<br />

• Verificar o afastamento inicial dos arames em relação à<br />

platiban<strong>da</strong> <strong>de</strong>finido no projeto com tolerância <strong>de</strong> 2 mm;<br />

• Averiguar o alinhamento dos arames em relação aos<br />

eixos com tolerância <strong>de</strong> 2 mm;<br />

• Verificar o esquadro entre os planos <strong>de</strong>finidos pelos arames;<br />

• Verificar a locação dos arames junto a quinas e janelas<br />

(10 a 15 cm dos seus eixos);<br />

• Verificar o afastamento entre os arames <strong>de</strong> acordo<br />

com o tamanho <strong>da</strong>s réguas a serem utiliza<strong>da</strong>s no<br />

sarrafeamento.<br />

Taliscamento<br />

• Verificar a distribuição <strong>da</strong>s taliscas <strong>de</strong> forma que<br />

fiquem espaça<strong>da</strong>s entre si a uma distância equivalente<br />

ao comprimento <strong>da</strong>s réguas a serem utiliza<strong>da</strong>s no<br />

sarrafeamento com tolerância <strong>de</strong> 50 mm;<br />

• Verificar a distância <strong>da</strong>s taliscas em relação aos arames<br />

<strong>de</strong> facha<strong>da</strong> <strong>de</strong> acordo com o <strong>de</strong>finido após a análise do<br />

mapeamento, com tolerância <strong>de</strong> 1 mm (revestimento externo);<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

3CONT


Locação dos arames <strong>de</strong> diedro (para revestimentos externos)<br />

• Verificar o posicionamento dos arames junto ao<br />

eixo <strong>da</strong>s quinas e cantos e alinhamento <strong>da</strong>s janelas.<br />

<strong>Revestimentos</strong><br />

internos e externos<br />

Produção <strong>de</strong> argamassa <strong>de</strong> revestimento<br />

• Verificar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos materiais constituintes<br />

<strong>da</strong> argamassa prepara<strong>da</strong> no canteiro conforme já<br />

abor<strong>da</strong>do no capítulo <strong>de</strong> recebimento <strong>de</strong> materiais;<br />

• Verificar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> argamassa industrializa<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> acordo com as especificações do projeto conforme<br />

já abor<strong>da</strong>do no capítulo <strong>de</strong> recebimento <strong>de</strong> materiais<br />

• Para as argamassa produzi<strong>da</strong>s em canteiro, verificar se<br />

os procedimentos <strong>de</strong> produção estão sendo seguidos;<br />

para as argamassas ensaca<strong>da</strong>s, verificar se o procedimento<br />

especificado pelo fabricante para a mistura está sendo<br />

cumprido; para as argamassas <strong>de</strong> silo, verificar<br />

se os equipamentos estão funcionando corretamente.<br />

Aplicação e sarrafeamento <strong>da</strong> argamassa<br />

• Verificar o abastecimento <strong>de</strong> argamassa nas frentes <strong>de</strong><br />

trabalho, <strong>de</strong> forma que não haja falta nem excesso<br />

<strong>de</strong> argamassa, neste caso po<strong>de</strong>ndo ocorrer per<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

trabalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do material antes <strong>da</strong> aplicação;<br />

• Verificar a espessura <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> em relação à marcação<br />

<strong>da</strong>s taliscas, admitindo-se tolerância <strong>de</strong> ±1 mm;<br />

• Verificar se as <strong>de</strong>mãos tem espessura inferior a 30 mm<br />

observando o seu intervalo <strong>de</strong> aplicação;<br />

• Verificar se o intervalo a<strong>de</strong>quado para o sarrafeamento<br />

está sendo seguido.<br />

Execução do reforço do revestimento<br />

• Verificar a colocação e fixação <strong>de</strong> telas metálicas<br />

nos locais previstos no projeto.<br />

Acabamento <strong>da</strong> massa única<br />

• Verificar se o intervalo a<strong>de</strong>quado para o <strong>de</strong>sempeno<br />

está sendo respeitado;<br />

• Verificar a realização do camurçamento, caso seja especificado;<br />

• Verificar se a rugosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> superfície é compatível<br />

com a cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> acabamento do revestimento;<br />

• Verificar a planici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> superfície com régua <strong>de</strong> alumínio<br />

e nível <strong>de</strong> bolha admitindo-se ondulações até 3 mm;<br />

• Verificar se o grau <strong>de</strong> fissuração está <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> tolerância<br />

admiti<strong>da</strong>.<br />

4CONT<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Acabamento do emboço<br />

• Verificar se o intervalo a<strong>de</strong>quado para o <strong>de</strong>sempeno<br />

está sendo respeitado;<br />

• Verificar se o acabamento final <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> é compatível<br />

com a cama<strong>da</strong> seguinte <strong>de</strong> revestimento;<br />

• Verificar a planici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> superfície com régua <strong>de</strong> alumínio<br />

e nível <strong>de</strong> bolha admitindo-se ondulações até 3 mm;<br />

• Verificar se o grau <strong>de</strong> fissuração está <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s<br />

tolerâncias admiti<strong>da</strong>s.<br />

<strong>Revestimentos</strong><br />

internos e externos<br />

Execução <strong>da</strong>s juntas <strong>de</strong> trabalho<br />

• Verificar o posicionamento correto <strong>da</strong>s juntas,<br />

admitindo-se tolerância <strong>de</strong> ±1 mm;<br />

• Conferir o alinhamento vertical e horizontal por intermédio<br />

<strong>de</strong> régua <strong>de</strong> alumínio com nível <strong>de</strong> bolha acoplado;<br />

• Verificar a a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> execução sobre juntas estruturais.<br />

Execução <strong>da</strong>s quinas e cantos<br />

• Verificar se a execução se dá <strong>de</strong> maneira seqüencial;<br />

• Conferir alinhamento e regulari<strong>da</strong><strong>de</strong> dos cantos com<br />

auxílio <strong>de</strong> régua <strong>de</strong> alumínio com nível <strong>de</strong> bolha<br />

acoplado, não <strong>de</strong>vendo surgir irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s ou<br />

ondulações superiores a 3 mm.<br />

Execução dos requadros<br />

• Verificar posicionamento dos peitoris pré-mol<strong>da</strong>dos,<br />

caso estejam especificados no projeto;<br />

• Verificar se a execução dos requadros está sendo<br />

feita conjuntamente com o revestimento;<br />

• Observar nivelamento e caimento a<strong>de</strong>quados.<br />

Execução do reboco<br />

• Verificar se o reboco está sendo executado com prazos<br />

compatíveis aos <strong>da</strong> execução do emboço conforme<br />

estabelecido no capítulo <strong>de</strong> planejamento;<br />

• Verificar a planici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> superfície com régua <strong>de</strong><br />

alumínio e nível <strong>de</strong> bolha admitindo-se ondulações<br />

até 3 mm;<br />

• Verificar a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> superficial do reboco, sem emen<strong>da</strong>s<br />

ou correções, exigi<strong>da</strong>s para a aplicação <strong>da</strong> pintura.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

5CONT


Controle pós-execução<br />

Após terminados os serviços <strong>de</strong> revestimento, os seguintes<br />

itens <strong>de</strong>vem ser verificados:<br />

<strong>Revestimentos</strong><br />

internos e externos<br />

• Completa finalização dos serviços;<br />

• Limpeza <strong>da</strong> superfície do revestimento;<br />

• Planeza, prumo e nivelamento <strong>da</strong>s superfícies<br />

do revestimento;<br />

• Esquadro e alinhamento do eixo <strong>da</strong>s quinas e cantos;<br />

• Esquadro e caimentos <strong>da</strong>s requadrações dos vãos;<br />

• Posicionamento dos peitoris pré-mol<strong>da</strong>dos;<br />

• Posicionamento e nivelamento <strong>da</strong>s juntas <strong>de</strong> trabalho;<br />

• Textura final <strong>da</strong>s superfícies;<br />

• Aparecimento <strong>de</strong> fissuras no revestimento;<br />

• Resistência <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência do revestimento à base.<br />

6CONT<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Controle <strong>de</strong> produção e recebimento <strong>de</strong> contrapisos<br />

Para controle <strong>de</strong> produção e recebimento do contrapiso<br />

temos as seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s:<br />

Término <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s anteriores<br />

Deve-se verificar aqui se as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s contempla<strong>da</strong>s no<br />

planejamento que antece<strong>de</strong>m a execução do contrapiso,<br />

como a retira<strong>da</strong> do escoramento, execução <strong>de</strong> alvenarias<br />

e revestimentos internos, colocação <strong>de</strong> esquadrias e<br />

instalações foram concluí<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ntro dos padrões<br />

especificados.<br />

Contrapisos<br />

Níveis <strong>da</strong> laje acaba<strong>da</strong><br />

É indispensável a verificação dos níveis <strong>da</strong> laje para<br />

re<strong>de</strong>finição do projeto. Po<strong>de</strong> ter ocorrido <strong>de</strong>formação<br />

excessiva, variação com relação ao projeto, <strong>de</strong>pressões ou<br />

mesmo abaulamentos.<br />

To<strong>da</strong>s as lajes <strong>de</strong>vem ter seus níveis mapeados no projeto<br />

<strong>de</strong> contrapisos.<br />

Os resultados obtidos <strong>de</strong>vem ser comparados com o<br />

projeto observando-se as tolerâncias admiti<strong>da</strong>s:<br />

• tolerância individual – é a diferença entre o nível real em<br />

ca<strong>da</strong> ponto e o nível projetado, admitindo-se variação <strong>de</strong><br />

±10 mm;<br />

• tolerância média do ambiente – é a diferença entre a<br />

média dos níveis executados e o nível <strong>de</strong> projeto,<br />

admitindo-se variação <strong>de</strong> ±5 mm.<br />

Caso não haja problemas, a área está libera<strong>da</strong> para a execução<br />

do contrapiso. Se forem <strong>de</strong>tectados problemas, <strong>de</strong>vem ser<br />

adotados procedimentos para corrigi-los, como:<br />

apicoamento <strong>de</strong> locais abaulados, modificação do projeto <strong>de</strong><br />

contrapiso em um cômodo entre outros.<br />

Níveis <strong>da</strong>s taliscas<br />

Verificar o nível <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as taliscas e compará-los com o<br />

projetado. Admitem-se tolerâncias individuais entre o nível<br />

real e o projetado <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> ±3 mm.<br />

Se não houver problemas, a área estará libera<strong>da</strong>. Caso contrário,<br />

a talisca que apresentou discrepância <strong>de</strong>ve ser refeita.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

7CONT


Acompanhamento <strong>da</strong> execução<br />

Esta etapa verifica a execução <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> preparo <strong>da</strong> base,<br />

lançamento e compactação <strong>da</strong> argamassa e acabamento final.<br />

Contrapisos<br />

Aceitação dos serviços<br />

Para aceitação dos serviços, o controle <strong>de</strong> aceitação normal<br />

é basicamente visual e compreen<strong>de</strong>:<br />

• A a<strong>de</strong>quabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do contrapiso pronto:<br />

- Declivi<strong>da</strong><strong>de</strong> em áreas molháveis através<br />

do lançamento <strong>de</strong> água em abundância na área<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>, <strong>de</strong>vendo a água escorrer para o ralo<br />

sem pontos <strong>de</strong> empoçamento.<br />

- Acabamentos sanitários on<strong>de</strong> há o encontro<br />

entre o contrapiso e os ralos, saí<strong>da</strong>s <strong>de</strong> tubulação<br />

e vasos sanitários.<br />

- Planici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas secas através <strong>da</strong> medição<br />

com régua <strong>de</strong> alumínio admitindo-se tolerância<br />

máxima <strong>de</strong> ±5mm na maior inflexão.<br />

Esta tolerância po<strong>de</strong> variar em função do tipo <strong>de</strong><br />

revestimento final a ser aplicado no piso. Se for um<br />

revestimento fino, a tolerância <strong>de</strong>verá ser menor; caso<br />

contrário, para um revestimento espesso, a tolerância<br />

po<strong>de</strong>rá ser maior.<br />

- Verificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sníveis entre ambientes<br />

contíguos comparando-os com o projetado.<br />

• Acabamento superficial <strong>de</strong> acordo ao projetado;<br />

• Se foram <strong>de</strong>ixados espaços para as soleiras projeta<strong>da</strong>s;<br />

• A a<strong>de</strong>rência do contrapiso à base <strong>de</strong>ve ser verifica<strong>da</strong><br />

pelo método <strong>de</strong> percussão com o uso <strong>de</strong> martelo ou<br />

barra <strong>de</strong> aço, i<strong>de</strong>ntificando-se ou não regiões on<strong>de</strong> o<br />

som é cavo, o que indica não a<strong>de</strong>rência à base.<br />

8CONT<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Limpeza e entrega<br />

Esta etapa do controle tem por objetivo “entregar”<br />

o produto contrapiso para a etapa seguinte <strong>da</strong> obra.<br />

Quando o ambiente estiver pronto para receber o<br />

revestimento <strong>de</strong>finitivo, <strong>de</strong>ve-se verificar o correto<br />

acabamento entre o contrapiso e as pare<strong>de</strong>s, bem como<br />

se todos os contrapisos programados foram executados.<br />

Contrapisos<br />

As áreas <strong>de</strong>vem estar limpas <strong>de</strong> restos <strong>de</strong> argamassa,<br />

sujeiras ou outros objetos que atrapalhem os serviços <strong>da</strong><br />

próxima etapa <strong>de</strong> trabalhos no ambiente.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

9CONT


10CONT<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong>


Bibliografia Consulta<strong>da</strong><br />

ABNT – Execução <strong>de</strong> revestimentos <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s e tetos <strong>de</strong><br />

argamassas inorgânicas – Procedimento – NBR 7200 – Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro – 1998<br />

- Revestimento <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s e tetos <strong>de</strong> argamassas<br />

inorgânicas – Especificação – NBR 13749 – Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

- 1996<br />

Bibliografia<br />

- Revestimento <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s e tetos <strong>de</strong> argamassas<br />

inorgânicas – Terminologia – NBR 13529 – Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

- 1995<br />

BARROS, M.M.S.B – Tecnologia <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

contrapisos para edifícios habitacionais e comerciais –<br />

EPUSP – SP – 1991<br />

CINCOTTO, M.A., coord.; SILVA, M.A.C.; CASCUDO, H.C. –<br />

<strong>Argamassa</strong>s <strong>de</strong> revestimento: características, proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

e métodos <strong>de</strong> ensaio – Publicação IPT 2378 – SP – 1995<br />

FRIGIERI,V.; SZLAK,B. – Empacotando <strong>Revestimentos</strong> – cdrom<br />

– SP – 1999<br />

FRIGIERI,V.; SZLAK,B. – Empacotando Pare<strong>de</strong>s – cd-rom –<br />

SP – 1998<br />

MACIEL, L.L. – O projeto e a tecnologia construtiva na<br />

produção dos revestimentos <strong>de</strong> argamassa <strong>de</strong> facha<strong>da</strong> –<br />

EPUSP – SP – 1997<br />

SELMO, S.M.S.; HELENE, P.R.L. – dosagem <strong>de</strong> argamassas<br />

<strong>de</strong> cimento Portland e cal para revestimento externo <strong>de</strong><br />

facha<strong>da</strong> dos edifícios – EPUSP – SP – 1991<br />

SOUZA, R.; TAMAKI, M.R. – Especificação e Recebimento<br />

<strong>de</strong> Materiais <strong>de</strong> Construção – CTE – SP – 2001<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Revestimentos</strong><br />

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