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Mosaico Urbano do Recife Exclusão/Inclusão Socioambiental

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exclusão com a degradação ambiental das UCs, estudan<strong>do</strong> o interior de duas delas e da<br />

população”. Para além dessa vertente ambiental, também foram destaca<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s especiais,<br />

que relacionam o rebatimento <strong>do</strong> processo de exclusão/socioambiental <strong>do</strong> <strong>Recife</strong> em <strong>do</strong>is<br />

ciclos de vida, focos de preocupação das políticas sociais: a juventude e os i<strong>do</strong>sos.<br />

Dessa forma, foi sen<strong>do</strong> composto o <strong>Mosaico</strong> <strong>Urbano</strong> <strong>do</strong> <strong>Recife</strong>, forma<strong>do</strong> por<br />

várias pedras analíticas, cada uma delas fundamental para a compreensão <strong>do</strong> complexo<br />

processo de exclusão/inclusão socioambiental em curso. Esse esforço de composição analítica<br />

faz lembrar o diálogo retrata<strong>do</strong> por Italo Calvino (As Cidades Invisíveis) entre o viajante<br />

Marco Polo e o impera<strong>do</strong>r Kublai Khan, a quem serviu durante muitos anos:<br />

Marco Polo descreve uma ponte, pedra por pedra.<br />

__ Mas qual é a pedra que sustenta a ponte? – pergunta Kublai Khan.<br />

__ A ponte não é sustentada por esta ou aquela pedra – responde Marco,<br />

mas pela curva <strong>do</strong> arco que estas formam.<br />

Kublai Khan permanece em silêncio, refletin<strong>do</strong>. Depois acrescenta:<br />

__ Por que falar das pedras? Só o arco me interessa.<br />

Polo responde:<br />

__ Sem pedras o arco não existe.<br />

Resta apresentar o convite ao leitor para descobrir a importância e o significa<strong>do</strong> de<br />

cada pedra e de todas elas que aqui se mostram tão bem conforma<strong>do</strong>ras desse <strong>Mosaico</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Recife</strong> <strong>Urbano</strong>, sem dúvida um presente a to<strong>do</strong>s nós que insistimos na busca por territórios<br />

mais humanos e mais justos.<br />

Dirce Koga<br />

Apresentação<br />

No <strong>Mosaico</strong> <strong>Urbano</strong> <strong>do</strong> <strong>Recife</strong> sobressai a imagem da disposição de várias partes<br />

distintas de um território urbano, partes que se contrastam e se complementam em um<br />

calei<strong>do</strong>scópio com múltiplas faces de desigualdade e formas de exclusão gritantes.<br />

Ao examinar a cidade <strong>do</strong> <strong>Recife</strong>, percebe-se que a configuração originária da<br />

cidade desapareceu quase por completo. Há um entrelaçamento das linhas divisórias <strong>do</strong>s<br />

bairros com os municípios vizinhos que faz a cidade parecer contínua, com uma massa<br />

volumosa ou pontilhada de edifícios, aqui e acolá interrompida por trechos de água <strong>do</strong>s rios,<br />

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