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1<br />

UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE – UNIARP<br />

CURSO DE PEDAGOGIA<br />

SIMONE EGER<br />

INFORMATICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

CAÇADOR/SC<br />

2010


2<br />

SIMONE EGER<br />

INFORMATICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

Trabalho de conclusão de curso apresentado<br />

como exigência para obtenção do titulo de<br />

licenciado em pedagogia, ministrado na<br />

Universidade Alto Vale do Rio do peixe – UNIARP,<br />

Caçador, sob orientação da Ms. Sonia de Fátima<br />

Gonçalves.<br />

CAÇADOR/SC<br />

2010


3<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Agradeço a Deus pela vida, e pelo fato que depois de doze anos eu retomei<br />

meus estudos, ao meu marido Ciro Josiano Bueno que foi e é acima de tudo meu<br />

maior incentivador em todos os momentos da minha vida, meu Braço direito com<br />

certeza.<br />

Agradeço as minhas filhas Bruna Desireé e Letícia Bueno que muitas vezes<br />

me ajudaram de uma forma ou outra nesse meu sucesso, também meus filhos Tiago<br />

Afonso e Agnes Isadora pela compreensão da minha ausência diária, a minha mãe<br />

Nilva Pereira que sempre sonhou em me ver formada, a todas as pessoas que<br />

torceram por essa grandiosa conquista, e em especial as minhas amigas de curso<br />

que fiz e com certeza marcarão para sempre nossas vidas.<br />

A minha Professora Ms. Sonia de Fátima Gonçalves que teve a paciência e<br />

sabedoria e que muito me auxilio e finalmente a mim mesma por ter acreditado<br />

nessa pessoa em que me tornei responsável e espero que por onde eu passe<br />

lembrem-se de mim.


4<br />

“Procure ser uma Pessoa de Valor em vez<br />

de procurar ser uma pessoa de sucesso.<br />

O Sucesso é conseqüência...”<br />

(Albert Einstein).


5<br />

RESUMO<br />

O Momento em que vivemos exige um redimensionamento da função do<br />

professor. A nova dimensão é mais nobre ainda e mais complexa, uma vez que o<br />

professor necessita apropriar-se de conhecimento que o leve a interagir com o aluno<br />

num contexto amplo e significativo. Neste caso, o professor é mais importante do<br />

que nunca no processo ensino aprendizagem, pois vivendo a época da tecnologia é<br />

preciso compreender a real importância da informática no cotidiano escolar. A escola<br />

que esta construindo um plano pedagógico escolar coletivamente e dentro das<br />

diretrizes de uma educação para a cidadania, para a criatividade para a vivencia da<br />

democracia e da liberdade, poderia direcionar o caminho da construção de uma<br />

sociedade mais digna de ser vivida por todos os brasileiros. A minha pretensão,<br />

então, baseia-se na reflexão teórica, no aprofundamento bibliográfico do Projeto A<br />

informática na educação infantil. A fim de que seja proporcionado não apenas a<br />

mim, mas também aos que dele se apropriarem, a busca pela melhoria da qualidade<br />

de ensino-aprendizagem, bem como a transformação em relação à prascis<br />

pedagógica. Considerando que o trabalho com o uso da informática deve estar a<br />

serviço de uma perspectiva mais abrangente do que simples uso cotidiano como<br />

modismo vazio e isolado, reafirmo, então a importância da reflexão proposta, pois<br />

acredito que é possível haver mudanças significativas, se houver vontade e<br />

compromisso de melhoria em sala de aula, utilizando cada vez mais e os recursos<br />

tecnológicos já existentes, como a informática. O presente trabalho está organizado<br />

em três capítulos distintos sendo que o primeiro refere-se a tecnologia<br />

computacional – informática, o segundo refere-se a relação da informática no<br />

processo Ensino – Aprendizagem e o terceiro capitulo apresenta o tema utilizado a<br />

informática na educação infantil por se tratar de uma ferramenta poderosa e muito<br />

valorizada pela sociedade, acredita-se que deve ser um recurso metodológico, de<br />

informação que venho contribuir eficazmente para a melhoria da qualidade do<br />

ensino. A inovação tecnológica freqüentemente embute possibilidades de se fazer<br />

algo realmente novo. Isso mexe com as pessoas, altera sua posição em relação ao<br />

trabalho e ao modo de entender as funções. Representam perigos, mas também<br />

oportunidades novas. É uma posposta desafiadora para aprender fazendo, agindo,<br />

experimentando, construindo e inovando.<br />

Palavras-Chaves: Informática, Professor, Aluno.


6<br />

ABSTRACT<br />

The Moment in that lived it demands a redimensionamento of the teacher's<br />

function. The new dimension is still nobler and more complex, once the teacher<br />

needs to appropriate of knowledge that the light to interact with the student in a wide<br />

and significant context. In this case, the teacher is more important than never in the<br />

process I teach learning, because living the time of the technology is necessary to<br />

understand to real importance of the computer science in the daily school. The<br />

school that this building a school pedagogic plan collectively and inside of the<br />

guidelines of an education for the citizenship, for the creativity for it lives her/it of the<br />

democracy and of the freedom, it could address the road of the construction of a<br />

society more worthy of being lived by all the Brazilians. My pretension, then, bases<br />

on the theoretical reflection, in the bibliographical aprofundamento of the Project the<br />

computer science in the infantile education. So that it is not just provided to me, but<br />

also to the that of him if they adapt, the search for the improvement of the teachinglearning<br />

quality, as well as the transformation in relation to the pedagogic prascis.<br />

Considering that the work with the use of the computer science should be to service<br />

of an including perspective than simple daily use as empty and isolated idiom, I<br />

reaffirm, then the importance of the proposed reflection, because I believe that is<br />

possible there to be significant changes, if there are will and improvement<br />

commitment in class room, using more and more and the technological resources<br />

already existent, as the computer science. The present work is organized in three<br />

different chapters and the first refers the technology computacional - computer<br />

science, the second refers the relationship of the computer science in the process<br />

Teaching - Learning and the third surrender it presents the used theme the computer<br />

science in the infantile education for treating of a powerful tool and very valued by the<br />

society, it is believed that should be a methodological resource, of information that I<br />

come to contribute efficiently for the improvement of the quality of the teaching. The<br />

technological innovation frequently embeds possibilities to really do something new.<br />

That moves with the people, it alters your position in relation to the work and to the<br />

way of understanding the functions. They represent dangers, but also new<br />

opportunities. It is a postponed challenging to learn doing, acting, trying, building and<br />

innovating.<br />

Key-Words: Computer science, Teacher, Student.


7<br />

SUMARIO<br />

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8<br />

1 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 11<br />

1.1 EDUCAÇÃO NO BRASIL .................................................................................... 11<br />

1.2 HISTÓRIA DA INFORMÁTICA ............................................................................ 13<br />

1.3 INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ........................................................................ 15<br />

1.4 INFORMATICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ........................................................ 17<br />

1.5 INCLUSÃO DIGITAL ........................................................................................... 18<br />

2 METODOLOGIA .................................................................................................... 21<br />

2.1 ANALISE E DISCUSSAO DOS RESULTADOS .................................................. 22<br />

2.1.1 Analise questionário aplicado a Professora da sala de informática .................. 22<br />

2.1.2 Analise do questionário aplicado aos pais dos alunos .................................... 23<br />

3 RELAÇAO DO TEMA COM O CURSO DE PEDAGOGIA .................................... 24<br />

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 27<br />

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29


8<br />

INTRODUÇÃO<br />

Como educadores precisamos nos preparar para a presença cada vez mais<br />

dos computadores nas escolas. Uma forma de concretizar este passo é utilizar os<br />

computadores para a promoção dos objetos dos educadores.<br />

Com estes novos sistemas, os educadores poderão desenvolver formas mais<br />

eficazes de utilização dos computadores para atingir permanentemente as<br />

finalidades da Educação incentivando o questionamento do aluno, integração de<br />

alunos com dificuldades de aprendizagem, despertando o interesse assim desde<br />

cedo traria ou despertaria descobertas de alunos com algumas dificuldades ou<br />

bloqueios que os levaria a mostrar interesse por novos conhecimentos, os<br />

computadores estariam a serviço das necessidades do aprendizado de estudantes<br />

com deficiências físicas, bilíngües e com dificuldades de aprendizagem com retardo<br />

mental, desmotivação emocionalmente, perturbados com ausências crônicas<br />

delinqüentes com fobia a escola ou geograficamente isolados.<br />

Esta é uma rápida visão do que poderá ser feito com computadores na<br />

escola. Este ponto de vista acarretou o uso principal dos computadores como<br />

maquinas de ensinar ou como dispositivos audiovisuais versáteis para ensinar fatos<br />

habilidades ou conceitos no currículo regular da escola. O computador é uma<br />

ferramenta rica, poderosa e complexa que está se expandindo nas escolas muito


9<br />

rápidas, mas como qualquer ferramenta educacional possui vantagens e<br />

desvantagens.<br />

Por outro lado durante anos o quadro de giz vem sendo a tecnologia mais<br />

individualizada interativa e criativa utilizada nas escolas. Há pouco tempo veio o<br />

quadro branco para ser usado com pincel atômico como forma mais saudável e<br />

eficaz para a educação, mas se os professores pretendem ter o controle do<br />

computador com a educação este é o momento a revolução dos computadores esta<br />

ai, o mundo todo se volta a uma sociedade computadorizada, os computadores<br />

transformarão as escolas de hoje e amanhã através do computador algumas<br />

professoras estarão se libertando das monótonas e repetitivas tarefas.<br />

Já há um número expressivo e crescente de professores utilizando o<br />

computador no quais as crianças podem pensar e aprender de forma nova e<br />

excitante e assim tornando mais eficaz o currículo regular e a metodologia do<br />

ensino.<br />

Só ter equipamento na escola não basta, precisamos nos organizar e<br />

oferecer essas tecnologias para nossas crianças, pois assim as aulas teriam mais<br />

ênfases e gosto em aprender já que hoje os alunos se dispersam por muito pouco.<br />

Possamos ser capazes de aprender com nossos alunos a explorar livre e<br />

divertidamente as interfaces que nos trazem as tecnologias digitais para, junto com<br />

eles crescermos como produtores de um novo conhecimento, o que possibilita fazer<br />

da escola um lugar de produção intelectual alegre e convidativa.<br />

Observando as crianças indo para a informática do Centro de Educação<br />

Infantil (CEI) Santa Clara, município de Caçador, observei a ansiedade que as<br />

crianças demonstravam ao ir para a aula de informática na escola Tabajara, apesar<br />

de precisarem se deslocar de uma escola até a outra, já que no CEI não possui sala<br />

de informática, assim demonstrando muito interesse em aprender tarefas diferentes<br />

como utilizar o computador.<br />

A partir desta observação, o problema de pesquisa levantado foi: Como a<br />

informática contribui para o desenvolvimento das crianças na educação infantil do<br />

CEI Santa Clara?<br />

Diante disso, o presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivos<br />

analisar como a informática contribui para o desenvolvimento das crianças na<br />

educação infantil, partindo de uma pesquisa realizada com pais, professores para<br />

verificar os resultados, os quais serão apresentados neste trabalho organizado com


10<br />

introdução, capitulo I que trata do referencial teórico, capitulo II que apresenta os<br />

procedimentos metodológicos e a analise da pesquisa, capitulo III que traz a relação<br />

do tema de pesquisa com o curso de pedagogia.


11<br />

CAPITULO I<br />

1 REFERENCIAL TEÓRICO<br />

1.1 EDUCAÇÃO NO BRASIL<br />

A educação no Brasil inicia-se no período colonial, quando começam as<br />

primeiras relações entre estado e educação através dos jesuítas que chegaram em<br />

1549, chefiados pelo padre Manuel de Nóbrega. Em 1759 houve a expulsão dos<br />

jesuítas passando a ser instituído o ensino básico e publico e os conteúdos<br />

baseiam-se nas Cartas Regias. Muitas mudanças ocorreram até que se chegasse á<br />

pedagogia dos dias de hoje. É a partir de 1930 inicio da Era Vargas, que surgem as<br />

reformas educacionais mais modernas, a primeira LDB é promulgada em 1946 (lei<br />

nº. 4.024/61) que instiga o desencadeamento de vários debates acerca do tema.<br />

Um país para se evoluir necessita de uma educação de qualidade de como<br />

um dos principais pontos de partida. A própria LDB – 9394/96 (lei de diretrizes e<br />

base), sancionado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso juntamente com o<br />

ministro da educação Paulo Renato, em 1996 foi baseado no principio do direito<br />

universal que rege a educação para todos bem como uma serie de mudanças<br />

voltadas para a garantia de educação básica. Um país progride com uma educação<br />

precária todas as pessoas necessitam e devem ter acesso á no mínimo, educação<br />

básica. A aprovação da LDB (lei de diretrizes e bases da educação) propiciou<br />

grande avanço no sistema educacional de nosso país, visando que a escola se torne<br />

um espaço de participação social, criado em conjunto com o governo federal, com o<br />

objetivo de melhorar a educação no Brasil, criou o PDE (Plano de desenvolvimento<br />

da educação) a principal finalidade é oferecer educação básica de qualidade de<br />

todas os indivíduos.<br />

Falar de creche ou da educação infantil é muito mais do que falar de uma<br />

instituição de suas qualidades e defeitos da sua necessidade social ou sua<br />

importância educacional é falar de criança. De ser humano, pequenino, mas<br />

exuberante de vida. (Dodonet, 2001). Do ponto de vista histórico, a educação da


12<br />

criança esteve sob a responsabilidade exclusiva da família durante séculos, por que<br />

era um convívio com os adultos e outras crianças que ela participava das tradições e<br />

apresenta as normas e regras da sua cultura.<br />

A partir da segunda metade do século XIX o quadro das instituições<br />

destinadas à primeira infância era formado basicamente de creche e do jardim de<br />

infância do lado de outras modalidades educacionais, que foram observadas como<br />

modelos em diferentes países. No Brasil, por exemplo, a creche foi criada<br />

exclusivamente com caráter assistencialista, o que diferenciou essa instituição das<br />

demais criadas nos países europeus e norte americanos que tinham nos seus<br />

objetivos o caráter pedagógico. Verifica-se que, até meados do final dos anos<br />

setenta pouco se fez em termos de legislação que garantisse a oferta desse nível de<br />

ensino já na década de oitenta, diferentes setores da sociedade, como organizações<br />

não-governamentais, pesquisadores na área da infância, comunidade acadêmica,<br />

população civil e outras uniram forças com o objetivo de sensibilizar a sociedade<br />

sobre o direito da criança a uma educação de qualidade desde o nascimento.<br />

Do ponto de vista histórico foi preciso quase um século para que a criança<br />

tivesse garantido seu direito a educação na legislação, foi somente com a carta<br />

constitucional de 1988 que esse direito foi efetivamente reconhecido. De acordo com<br />

o Bittar (200, p.30), o esforço coletivo dos diversos segmentos visava assegurar na<br />

constituição os princípios e as obrigações do estado com as crianças assim foi<br />

possível sensibilizar a maioria dos parlamentares e assegurar na assembléia<br />

constituinte possibilitou a inclusão da creche da pré-escola no sistema educativo ao<br />

inserir, na constituição federal de 1988, sem eu artigo 208, o inciso IV: “[...] o dever<br />

do estado para com a educação será efetivado mediante a garantia de oferta de<br />

creches e pré-escolas ás crianças de 0 a 6 anos de idade” (Brasil 1988). Dois anos<br />

após a aprovação da constituição federal de 1988 foi aprovado o estatuto da criança<br />

e do adolescente lei nº. 8.069/90, que, ao regulamentar o artigo 227. Da constituição<br />

federal, inseriu as crianças no mundo dos direitos humanos. De acordo cm seu<br />

artigo 3º, a criança e o adolescente devem ter assegurados os direitos fundamentais<br />

inerentes á pessoa humana. Nos anos seguintes entre 1994 e 1996 á aprovação do<br />

estatuto da criança e do adolescente foi publicada pelo ministério da educação uma<br />

serie de documentos importantes. Alem da constituição federal de 1998 do estatuto<br />

da criança e do adolescente de 1990 destaca-se a lei de diretrizes e bases da<br />

educação infantil como primeira etapa da educação básica. Essa lei define que a


13<br />

finalidade da educação infantil é promover o desenvolvimento integral da criança até<br />

seis anos de idade.<br />

1.2 HISTÓRIA DA INFORMÁTICA<br />

A capacidade do ser humano em calcular quantidades nos mais variados<br />

modos foi um dos fatores que possibilitaram o desenvolvimento da matemática e da<br />

lógica. Nos primórdios da matemática e da álgebra, utilizavam-se os dedos das<br />

mãos para efetuar cálculos.Na região do Mar Mediterrâneo, surgiram o alfabeto e o<br />

ábaco.A primeira ferramenta conhecida para a computação foi o ábaco, cuja<br />

invenção é atribuída a habitantes da Mesopotâmia, em torno de 2400 a.C. O uso<br />

original era desenhar linhas na areia com rochas. Versões mais modernas do ábaco<br />

ainda são usadas como instrumento de cálculo.<br />

O ábaco dos romanos consistia de bolinhas de mármore que deslizavam<br />

numa placa de bronze cheia de sulcos. Também surgiram alguns termos<br />

matemáticos: em latim "Calx" significa mármore, assim "Calculos" era uma bolinha<br />

do ábaco, e fazer cálculos aritméticos era "Calculare".<br />

No século V a.C., na antiga Índia, o gramático Pānini formulou a gramática de<br />

Sânscrito usando 3959 regras conhecidas como Ashtadhyāyi, de forma bastante<br />

sistemática e técnica. Pānini usou meta-regras, transformações e recursividade com<br />

tamanha sofisticação que sua gramática possuía o poder computacional teórico tal<br />

qual a Máquina de Turing.Entre 200 a.C. e 400, os indianos também inventaram o<br />

logaritmo, e partir do século XIII tabelas logarítmicas eram produzidas por<br />

matemáticos islâmicos. Quando John Napier descobriu os logaritmos para uso<br />

computacional no século XVI, seguiu-se um período de considerável progresso na<br />

construção de ferramentas de cálculo.<br />

John Napier (1550-1617), escocês inventor dos logaritmos, também inventou<br />

os ossos de Napier, que eram tabelas de multiplicação gravadas em bastão, o que<br />

evitava a memorização da tabuada.A primeira máquina de verdade foi construída<br />

por Wilhelm Schickard (1592-1635), sendo capaz de somar, subtrair, multiplicar e<br />

dividir. Essa máquina foi perdida durante a guerra dos trinta anos, sendo que<br />

recentemente foi encontrada alguma documentação sobre ela. Durante muitos anos


14<br />

nada se soube sobre essa máquina, por isso, atribuía-se a Blaise Pascal (1623-<br />

1662) a construção da primeira máquina calculadora, que fazia apenas somas e<br />

subtrações.<br />

A primeira calculadora capaz de realizar as operações básicas de soma e<br />

subtração foi inventada em 1642 pelo filósofo, físico e matemático francês Blaise<br />

Pascal. Pascal, que aos 18 anos trabalhava com seu pai em um escritório de coleta<br />

de impostos na cidade de Rouen, desenvolveu a máquina para auxiliar o seu<br />

trabalho de contabilidade. A calculadora usava engrenagens que a faziam funcionar<br />

de maneira similar a um odômetro. Pascal recebeu uma patente do rei da França<br />

para que lançasse sua máquina no comércio. A comercialização de suas<br />

calculadoras não foi satisfatória devido a seu funcionamento pouco confiável, apesar<br />

de Pascal ter construído cerca de 50 versões.<br />

A máquina Pascal foi criada com objetivo de ajudar seu pai a computar os<br />

impostos em Rouen, França. O projeto de Pascal foi bastante aprimorado pelo<br />

matemático alemão Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1726), que também inventou o<br />

cálculo, o qual sonhou que, um dia no futuro, todo o raciocínio pudesse ser<br />

substituído pelo girar de uma simples alavanca.Em 1671, o filósofo e matemático<br />

alemão de Leipzig,Gottfried Wilhelm Leibniz introduziu o conceito de realizar<br />

multiplicações e divisões através de adições e subtrações sucessivas. Em 1694, a<br />

máquina foi construída, no entanto, sua operação apresentava muita dificuldade e<br />

sujeita a erros.<br />

Em 1820, o francês natural de Paris, Charles Xavier Thomas, conhecido como<br />

Thomas de Colmar,projetou e construiu uma máquina capaz de efetuar as 4<br />

operações aritméticas básicas: a Arithmomet. Esta foi a primeira calculadora<br />

realmente comercializada com sucesso. Ela fazia multiplicações com o mesmo<br />

princípio da calculadora de Leibnitz e efetuava as divisões com a assistência do<br />

usuário.Todas essas máquinas, porém, estavam longe de ser um computador de<br />

uso geral, pois não eram programáveis. Isto quer dizer que a entrada era feita<br />

apenas de números, mas não de instruções a respeito do que fazer com os<br />

números.<br />

Em 1847 foi criado o sistema binário pelo matemático inglês George Boole.<br />

Três décadas depois um norte-americano criou um processo de dados<br />

eletromecânicos. Meio século mais tarde, nos Estados Unidos, um engenheiro<br />

desenvolveu um computador usando válvulas de rádio. Em 1946 é criado o Eniac, o


15<br />

primeiro computador eletrônico, que foi elaborado para servir os interesses bélicos<br />

dos EUA na II Guerra Mundial, já que ajudava na realização de cálculos para<br />

desenvolver a bomba atômica. Dez anos depois surge no Instituto de Tecnologia de<br />

Massachusetts (MIT), o primeiro computador que utiliza transitores. Em 1963 é<br />

patenteado o rato e no ano seguinte, um pesquisador norte-americano projetou e<br />

criou a primeira rede de computadores interligada por fios.<br />

1.3 INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO<br />

Com o avanço da tecnologia nas últimas décadas, principalmente dos<br />

computadores, discuti-se cada vez mais a utilização de recursos da informática na<br />

educação. Muitas escolas do Brasil já possuem um laboratório de informática com<br />

acesso à Internet, softwares educacionais e programas básicos (editores de texto,<br />

programas de edição de imagens e apresentações, planilhas de cálculo, etc).<br />

Porém, basta ter os recursos? Como utilizá-los de maneira a garantir o<br />

desenvolvimento do aluno? Estas são apenas algumas questões levantadas por<br />

educadores brasileiros.Em primeiro lugar, temos que partir do princípio de que o<br />

computador é apenas uma ferramenta. Sozinho, não é capaz de trazer avanços<br />

educacionais. Uma escola que resolve utilizá-lo como recurso didático necessita de<br />

bons professores, preparados e treinados, para utilizar os recursos oferecidos por<br />

este sistema tecnológico de forma significativa. Colocar qualquer software para os<br />

alunos usarem não gera aprendizado. É importante que a escola tenha um projeto<br />

pedagógico que envolva a utilização do computador e seus recursos. O aluno não<br />

pode ser um mero digitador, mas sim, ser estimulado a produzir conhecimentos com<br />

o uso do computador. Neste sentido, o professor deve agir como um orientador do<br />

projeto que está sendo desenvolvido.<br />

O uso da Internet também é um caso importante. De nada adianta pedir para<br />

um aluno fazer uma pesquisa na Internet sem as devidas orientações. Cabe ao<br />

professor instruir os alunos para que estes não façam simples cópias de textos<br />

encontrados em sites. Apenas copiando, os alunos não vão aprender. As<br />

orientações devem ser no sentido de como elaborar uma pesquisa, como encontrar<br />

sites confiáveis, como gerar conhecimentos com o material pesquisado, etc.Outro


16<br />

ponto importante é o incentivo à criação. O aluno não deve ser colocado de forma<br />

passiva diante do computador. As ferramentas tecnológicas devem servir de base<br />

para a criação. Uma planilha de cálculos, por exemplo, pode ser usada para um<br />

trabalho de Matemática com dados estatísticos, criando fórmulas e gerando<br />

gráficos. Um editor de textos pode ser usado para a criação de um jornal com<br />

notícias e informações sobre o conteúdo de uma disciplina.<br />

Um programa de apresentação (PowerPoint) apresenta inúmeras<br />

possibilidades na elaboração de aulas com imagens, sons e outros elementos<br />

multimídia.O importante ao utilizarmos recursos de informática na sala de aula, é<br />

não transformar a máquina na principal figura educacional. Professores e alunos<br />

devem assumir o papel de principais personagens e usar criatividade, raciocínio e<br />

atitudes ativas para a produção do conhecimento. Somente desta forma, o aluno<br />

estará se preparando para o mercado de trabalho e para a vida.<br />

As tecnologias digitais estão na educação através de aplicativo educacionais<br />

que podem ser desde simples atividades de exercício e pratica que se caracterizam<br />

pela realização de atividades repetitivas para treina habilidades ou recapitular<br />

conteúdos trabalhados, tem-se também os jogos educacionais que de acordo são<br />

ferramentas disponíveis para o professor utilizar em suas aulas tornando-as mais<br />

divertidas e animadas historias infantis digitais também representam um material<br />

didático rico com funções cognitivas que auxiliam na construção do conhecimento,<br />

são intrinsecamente motivadoras, normalmente baseadas em fatores sociais e<br />

culturais todos relacionados ao ato de brincar e imitar características de fantasia de<br />

desafios de curiosidade e controle.<br />

O computador é um recurso cuja eficácia depende daqueles que o usam daí<br />

ser necessário que o professor esteja capacitado e que haja mudanças nas praticas<br />

pedagógicas. Outro ponto importante da inclusão digital dos “pequenos” é o uso do<br />

sistema operacional da educação brasileira o Linux educacional um sistema voltado<br />

a todos da educação tanto alunos como professores e setor administrativo a<br />

conhecer desse sistema implica em conhecer, a nova década da educação, uma<br />

educação que está emergindo para o futuro e teremos um resultado em uma<br />

educação mais ampla e com novas visões de aprendizagem. A sociedade se<br />

informatiza cada dia mais e a educação não poderia ficar de fora desse processo.<br />

(Tjara,1998)


17<br />

1.4 INFORMATICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL<br />

A grande progressão dos recursos tecnológicos e sua facilidade de acesso<br />

permitiram que os computadores chegassem às salas de aula e inclusive na<br />

educação infantil, mas não podemos esquecer que há vários pontos de vista sobre a<br />

implantação da informática para crianças com idade entre 0 a 6 anos.<br />

O desenvolvimento da criança é um processo equilibrado no qual o<br />

crescimento intelectual está intimamente vinculado aos aspectos afetivos e<br />

sociais que em hipótese algum podem ser colocados em segundo plano<br />

pela ênfase dada a aspectos estritamente congnitivos ou até mecanicistas<br />

(Zacarias 2005).<br />

Em muitas escolas é possível ver uma criança na “aula de informática”<br />

• Estar claro para os educadores que o computador serve como uma<br />

ferramenta para realizar e/ou complementar a construção de conceitos em qualquer<br />

áreas de atividades através de uma abordagem lúdico.<br />

• Não ter como objetivo o ensino da computação e sim sincronizar a proposta<br />

pedagógica da escola com o uso do computador.<br />

• Que os educadores estejam capacitados, treinados e orientados para<br />

trabalharem junto aos computadores que eles tenham noções básicas de como<br />

utilizar, não necessariamente um conhecimento que lhes permita resolver tarefas<br />

simples, como por exemplo, impressão de uma atividade, entre outras ainda o<br />

docente saiba como o aluno constrói o seu conhecimento as etapas do<br />

desenvolvimento infantil para que se possam realizar escolhas do software<br />

adequado e aplicação de atividades apropriadas. A opinião entre alguns autores<br />

diverge muita sobre a implantação da informática na educação infantil, para Setzar<br />

(1944) o uso da informática na educação infantil é danoso para as crianças e<br />

compromete o seu desenvolvimento saudável defende ainda que o aceleramento no<br />

desenvolvimento intelectual da criança pode ter efeitos prejudiciais no seu<br />

crescimento global porque força a criança a comportar-se e pensar como um adulto.<br />

Toda aceleração da maturidade de crianças e jovem é altamente prejudicial<br />

a eles em educação não se pode pular etapas (...) outro perigo é<br />

desenvolver capacidade de pensar formalmente sem que os sentimentos e<br />

a base física sejam adequados para isso (Setzar, 1994).


18<br />

1.5 INCLUSÃO DIGITAL<br />

Inclusão Digital ou infoinclusão é a democratização do acesso às tecnologias<br />

da Informação, de forma a permitir a inserção de todos na sociedade da informação.<br />

Inclusão digital é também simplificar a sua rotina diária, maximizar o tempo e as<br />

suas potencialidades. Um incluído digitalmente não é aquele que apenas utiliza essa<br />

nova linguagem, que é o mundo digital, para trocar e-mails, mas aquele que usufrui<br />

desse suporte para melhorar as suas condições de vida. A Inclusão Digital, para<br />

acontecer, precisa de três instrumentos básicos que são: computador, acesso à rede<br />

e o domínio dessas ferramentas, pois não basta apenas o cidadão possuir um<br />

simples computador conectado à internet que iremos considerar ele, um incluído<br />

digitalmente. Ele precisa saber o que fazer com essas ferramentas.<br />

Entre as estratégias inclusivas estão projetos e ações que facilitam o acesso<br />

de pessoas de baixa renda às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A<br />

inclusão digital volta-se também para o desenvolvimento de tecnologias que<br />

ampliem a acessibilidade para usuários com deficiência. Dessa forma, toda<br />

a sociedade pode ter acesso a informações disponíveis na Internet, e assim produzir<br />

e disseminar conhecimento. A inclusão digital insere-se no movimento maior<br />

de inclusão social, um dos grandes objetivos compartilhados por diversos governos<br />

ao redor do mundo nas últimas décadas.<br />

Dois novos conceitos são incorporados as políticas de inclusão digital:<br />

a acessibilidade de todos às TIs (e-Accessibility), neste caso, não somente a<br />

população deficiente; e a competência de uso das tecnologias na sociedade da<br />

informação desinclusão Digital no Brasil Dentro dessa perspectiva o Brasil vem<br />

buscando desenvolver ações diversas, visando a inclusão digital como parte da<br />

visão de sociedade inclusiva.<br />

Desde que entrou em prática, no final de novembro de 2005, o projeto de<br />

inclusão digital do governo federal, Computador para Todos -Projeto Cidadão<br />

Conectado registrou mais de 19 mil máquinas financiadas até meados de janeiro.<br />

Pouco menos de 2% da meta do programa, se levar em conta apenas os dados<br />

de financiamento, que é vender um milhão de máquinas para consumidores com<br />

renda entre três e sete salários mínimos nos próximos 12 meses.


19<br />

Os dados de financiamento são da Caixa Econômica Federal, que financiou<br />

1.181 equipamentos. O Magazine Luiza, único varejista que obteve uma linha<br />

de crédito do BNDES, parcelou 18.186 computadores.<br />

O PC dispõe do sistema operacional Linux e um conjunto de softwares<br />

livres com 26 aplicativos, como editor de texto, aplicações gráficas e antivírus. Além<br />

disso, há suporte técnico durante um ano e as atualizações são gratuitas e<br />

periódicas. O Brasil conta com um recurso total de 250 milhões de reais,<br />

provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).<br />

O financiamento do Computador para Todos pode ser feito pelo Banco do<br />

Brasil e pela Caixa Econômica Federal, além de redes varejistas, que têm se<br />

cadastrado junto a uma linha especial de crédito do Banco Nacional de<br />

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com os esforços de "inclusão<br />

digital", outros públicos também compõem o alvo de seu trabalho: idosos, pessoas<br />

com deficiência, população de zonas de difícil acesso, dentre outros.<br />

A idéia é que as Tecnologias da Informação vieram para ficar e, no futuro,<br />

quem não estiver "incluído digitalmente" viverá sob uma limitação social importante,<br />

perdendo inclusive direitos garantidos à cidadania, aliada a isto existe a necessidade<br />

do acesso pleno à educação. Atualmente segundo dados fornecidos pelo Secretário<br />

de Logística e TI do Ministério da Fazenda, Rogério Santana, existem 6.000 tele<br />

centros em funcionamento no Brasil.<br />

Entretanto, estas unidades, criadas em 2005 pelo poder público para<br />

fomentar o acesso à Internet, caminham na contramão dos pontos de acesso à<br />

Rede Mundial que não param de crescer. Em 2007, os tele centros foram<br />

responsáveis por 6% dos acessos no país, o que revelou um crescimento de 100%<br />

em relação a 2006. Mas em 2008 este número caiu pela metade e ficou em 3%,<br />

segundo dados do TIC Domicílios 2008 . Cinco anos depois a IBM desenvolveu o<br />

Ramac 305, utilizando discos de memória de 5 megabits. Em 1975 foi desenvolvida<br />

a linguagem Basic, a primeira linguagem para microcomputadores. Ainda no mesmo<br />

ano, Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft. No ano seguinte, Steve Wozniak e<br />

Steve Jobs criam a Apple Computer Company.Em 1981 a IBM lançou o PC 5150. A<br />

partir dai estava lançada a “guerra” entre as empresas e foi sempre uma disputa a<br />

ver quem fazia melhores descobertas em nível de informática.<br />

Em 1985 a Microsoft lançou o Windows e o Word 1.0. Em 1989 Tim Berners-<br />

Lee criou a World Wide Web que originou a internet. Em 1991 é lançado o sistema


20<br />

operacional Linux. Dois anos depois a Intel colocou no mercado o processador<br />

Pentium e no ano seguinte foi criado o navegador de internet Netscape Navigator. E<br />

as descobertas seguiram, levando mesmo o computador a ganhar propriedades que<br />

eram inimagináveis, o que se refletiu, quando em 1997, o campeão mundial de<br />

xadrez, Garri Kasparov, perdeu para um computador.


21<br />

CAPITULO II<br />

2 METODOLOGIA<br />

A partir do mês de setembro de 2009 optei pela pesquisa sobre Informática na<br />

Educação Infantil CEI Santa Clara que pertence à rede municipal de Caçador, que<br />

atualmente conta com seis CEI sendo que somente o CEI Santa Clara oferece aulas<br />

de informática no currículo escolar para seus alunos nesta faixa etária, sendo 50<br />

alunos no período vespertino, A estrutura escolar do CEI Santa Clara não oferece<br />

exclusivamente uma sala de informática para seus alunos eles se deslocam<br />

juntamente com a professora para a Escola de Educação Básica Tabajara também<br />

da rede municipal que fica pouco mais de 1000 metros uma da outra, mas isso não<br />

impede as crianças de terem acesso a essa nova tecnologia para educação<br />

ampliando as suas possibilidades presentes da participação social para que possam<br />

atuar com competência no futuro.<br />

O objetivo da pesquisa foi analisar a importância da informática na educação<br />

infantil, entrevistei professores que atuam nas salas de informática e professores de<br />

educação infantil. Observei aulas de informática das crianças de 4 a 6 anos.Trata-se<br />

de um projeto para ver quanto é a aceitação da informática para com as crianças da<br />

idade entre 4 a 6 anos e verificar a importância desse método no currículo escolar<br />

pois hoje a informática vem de casa muitas vezes com grande aceitação dos pais.<br />

O interesse pelo tema se deve ao fato de que conhecendo as dificuldades da<br />

educação, acredito que há possibilidades de começar na educação infantil a<br />

oferecer o inicio de um processo de conhecimento e vontade de se aprender algo<br />

novo que muitas vezes é visto de forma tão distante em algumas escolas, mas<br />

concordo que tudo isso vai muito além de um mero sentimento de frustração e tornase<br />

um questionamento das propriedades da política social e educacional brasileira.<br />

Concordo que há uma serie de necessidades básicas que precisam ser atendidas,<br />

entre estrutura adequada para escolas e condições mínimas, devemos nos<br />

preocupar com a questão da informática na educação por que as evidências que<br />

embora não tão amplas e contundentes quanto se poderia desejar, demonstrar que<br />

o contato regrado da criança com o computador em situação de ensino


22<br />

aprendizagem contribui positivamente para aceleração de seu desenvolvimento<br />

cognitivo e intelectual.<br />

2.1 ANALISE E DISCUSSAO DOS RESULTADOS<br />

2.1.1 Analise questionário aplicado a Professora da sala de informática<br />

Perguntas realizadas:<br />

1-Sempre trabalhou com crianças em aula de informática? Sim ou Não?<br />

2- Como você se sente em relação às crianças ensinando informática?<br />

3- Você tem apoio da escola em relação a oferta da informática para as<br />

crianças?<br />

4- Existe dificuldade das crianças em relação a aula de informática?Sim ou<br />

Não?<br />

5- Como você vê hoje as crianças em frente ao computador?<br />

6- Que tipo de atividades são realizadas com as crianças nas aulas de<br />

informática?<br />

Através das perguntas ela colocou que o trabalho em relação à informática<br />

para com as crianças só vem a acrescentar o conhecimento e o desenvolvimento no<br />

processo de ensino aprendizagem e como complementação e melhor assimilação<br />

dos conteúdos trabalhados dentro de sala de aula o mundo atual já está sendo<br />

inserido e as tecnologias desde cedo nas escolas também, servem para incentivar<br />

as crianças a terem mais uma atividade onde é explorada a musica, passatempo,<br />

coordenação motora, percepção visual e auditiva jogos educativos, programas de<br />

computadores e acesso a internet. O trabalho é elaborado, planejado juntamente<br />

com o apoio pedagógico escolar e da Secretaria de Educação da Prefeitura<br />

Municipal de Caçador. Para isso as professoras que trabalham com a informática já<br />

estão sendo capacitadas para ensinar as crianças de educação infantil e series<br />

iniciais a conhecer e saber lidar com o computador desde cedo sabendo, que muitas


23<br />

crianças tenham ou não acesso a informática e assim não será nenhuma surpresa e<br />

sim uma atividade de prazer e aprendizado entre ambos.<br />

2.1.2 Analise do questionário aplicado aos pais dos alunos<br />

Foi aplicado um questionário para os Pais dos alunos sendo que as perguntas<br />

foram:<br />

1- Vocês possuem computador em casa? Sim ou Não?<br />

2- Seu filho (a) tem acesso a informática fora da escola?<br />

3- Você deixa seu filho (a) livre para brincar e navegar no computador? Sim<br />

ou Não? Quanto tempo?<br />

4- Você observa o que seu (sua) filho (a) está fazendo no computador?<br />

5- Vocês sabem que seu (sua) filho (a) tem aulas de informática na escola?<br />

6- O que acha das aulas de informática que seu (sua) filho (a) participa na<br />

escola?<br />

7- Você concorda que é importante seu (sua) filho (a) ter aulas de<br />

informática na escola?<br />

Ele colocou que hoje na maioria das casas os alunos têm computador e os<br />

pais deixam as crianças livres para utilizar, colocam que estão sempre olhando o<br />

que eles acessam, eles colocam que os filhos adoram as aulas de informática na<br />

escola e que as professoras estão sempre inovando as atividades e para eles é<br />

muito bom por que nessa idade as crianças são muito curiosas e tudo que é<br />

novidade causa a vontade de aprender, e hoje em dia a tecnologia está presente na<br />

nossa vida em tudo o que fazemos e devemos sim incentivar que as escolas tragam<br />

o computador para a vida dos pequenos para que quando eles forem para outras<br />

turmas o computador não seja nenhuma novidade e sim mais um desafio em<br />

aprender e que para o aprendizado deles é muito importante, pois mexe com a<br />

coordenação motora da criança em se relacionar com algo que até então é<br />

desconhecido.<br />

Eles colocam que espera que as professoras sejam capacitadas para poder<br />

entender e passar da melhor forma para as crianças que desde pequenos tem muita<br />

vontade de aprender e como aprender da melhor forma possível.


24<br />

CAPITULO III<br />

3 RELAÇAO DO TEMA COM O CURSO DE PEDAGOGIA<br />

Para muitos profissionais da Educação Brasileira sendo eles professores,<br />

coordenadores, diretores e técnicos o uso do computador como ferramenta<br />

pedagógica ou administrativa este principalmente voltado ao auxilio que a maquina<br />

desempenha sobre todas as áreas cabíveis do setor educacional, Sendo assim<br />

temos que cada vez mais esta atualizada a essa tecnologia.<br />

Em muitos estágios realizados todas as escolas já estão se adaptando a era<br />

digital aos poucos vão se abrindo novas oportunidades a novas técnicas ou<br />

mudanças dentro da sala de aula e com isso todos tem muitos a ganhar e aprender<br />

principalmente os alunos com novas aprendizagens, as escolas cada vez se<br />

aperfeiçoam mais e estão aptos a receber mais alunos. A inovação tecnológica<br />

freqüentemente embutir possibilidades de fazer algo realmente novo, isso mexe com<br />

as pessoas e altera sua posição em relação ao trabalho, de modo a entender as<br />

funções que representam perigos, mas também oportunidades novas. É uma<br />

realidade desafiadora para aprender fazendo, agindo, experimentando, construindo<br />

e inovando sempre. Na Disciplina de psicologia de ensino e aprendizagem<br />

dependem das estratégias ou seja plano para atingir determinado efeito, então se<br />

planejado e repassado todo conteúdo com paciência e se preciso recapitular<br />

quantas vezes possíveis o individuo aprendera com mais facilidade.<br />

Na Visão de Tajra (2001), a internet traz muitos benefícios para a educação,<br />

principalmente para os professores, com ela é possível facilitar as pesquisas, sejam<br />

grupais ou individuais e o intercambio entre os professores e os alunos permitem a<br />

troca de experiências. Pode-se mais rapidamente tirar as duvidas dos alunos,<br />

sugerir fontes de pesquisas e com todas essas vantagens será mais fácil a<br />

preparação de aulas.<br />

Primeiramente, o computador deve ser visto como uma nova maneira de<br />

representar o conhecimento, possibilitando a aprendizagem de conceitos, valores, e<br />

atitudes o que exige reflexão profunda a respeito de papel formador do professor<br />

vem como o ato de aprender e ensinar.


25<br />

Contudo, Perrenoud aponta que ainda existem docentes que não se<br />

concebem espontaneamente como “conceptores - dirigentes” de suas situações de<br />

aprendizagens. Podemos entender, então, que nessa “contramão”,<br />

lamentavelmente, enquanto o professor praticar uma pedagogia magistral e pouco<br />

diferenciada, ele estará assumindo sua incapacidade de domínio frente às próprias<br />

situações de aprendizagem, às quais se submetem seus alunos. O autor ainda<br />

ressalta claramente que, para organizar e dirigir situações de aprendizagens<br />

demanda, sobretudo, tempo para o professor expandir seus repertórios educativos,<br />

no âmbito do novo paradigma educacional.<br />

A valorização da construção do conhecimento pelo aluno, sujeito<br />

idiossincrático, inserido em situações contextuais concretas, transportando<br />

informações e saberes a ter em conta e valorizados, passa a ser crucial<br />

para a aprendizagem, cabendolhes uma responsabilidade acrescida e cujo<br />

envolvimento cognitivo, atitudinal, é responsável para a mudança de<br />

idéias, através de (re) construções sucessivas. [...] O aluno tem de passara<br />

desempenhar papéis que o conduzem a atitudes de responsabilidades<br />

partilhadas e cooperativas, quer com o professor, quer com os seus pares,<br />

que lhes permitem valorizar as suas capacidades de intervenção e de<br />

assumir vários papéis ao longo do trabalho investigativo.<br />

Quando nos restringimos ao âmbito da sala de aula, percebemos que as<br />

fontes das relações interpessoais referem-se a professores e alunos e, também,<br />

entre os alunos. Esses desenvolvem a partir de si mesmos um modo de se<br />

relacionar, estabelecendo uma ordem nas suas relações, que muitas vezes é vista<br />

como reflexo da desordem na sala de aula. Entretanto, constroem-se conhecimentos<br />

complexos que incluem saberem locais e genéricos, que nem sempre representam<br />

reprodução da ideologia dominante. Isso ocorre em decorrência de suas<br />

necessidades de explicar seu mundo. Inicialmente, há uma ocorrência apenas de<br />

uma observação mútua no comportamento, visto que, de alguma forma, os alunos já<br />

têm informações prévias a respeito do professor e vice-versa. Isso nos leva a crer<br />

que é natural ter criado uma expectativa nesses atores, ou seja, já se emite juízo de<br />

valor e, por conseguinte, as informações recebidas são elementos de construção de<br />

suas representações. Por outro lado, muitas vezes, o professor projeta sua<br />

expectativa em um aluno visto como “ideal”, resultado de sua construção ao longo<br />

de sua experiência.<br />

Nesta esfera de relação, também não se pode prescindir de um conjunto de<br />

conhecimentos, especificamente “psicoeducativos”, proporcionados pelas teorias da


26<br />

aprendizagem, do desenvolvimento, da motivação e, sobretudo, das diferenças<br />

individuais. Sabemos que o termo “aprendizagem” era antes entendido como aquele<br />

que fazia referência à “mudança de conduta observável” do indivíduo, decorrente de<br />

experiências, por meio de processos de condicionamentos e/ou associações. Hoje, a<br />

realidade que se apresenta acerca do que se entende por aprendizagem é a de<br />

inclusão, a essa mudança de conduta, também daquele conhecimento trazido pelo<br />

sujeito. Tal mudança, por sua vez, não é produzida apenas por meio de<br />

associações, mas com a intervenção de reorganização do conhecimento. Os<br />

conhecimentos adquiridos do sujeito encontram-se armazenados e organizados na<br />

memória, em longo prazo, mediante esquemas. Podemos pensar nesses esquemas<br />

como sendo conceitos pautados em uma abordagem construtivista do<br />

conhecimento.


27<br />

CONCLUSÃO<br />

O desenvolvimento adequado dos computadores nas escolas requer<br />

participação ativa e motivo despertado interesse assim em todas as pessoas e<br />

assim tornar-se uma definição ativa. O computador em uma situação de ensino<br />

aprendizagem contribui positivamente para a aceleração de seu desenvolvimento<br />

cognitivo e intelectual, nem mesmo os maiores críticos do uso do computador na<br />

educação ousam negar este fato. O importante é colocar o computador a serviço<br />

dos objetivos que todos nos como educadores e pais.O que eu tenho procurado<br />

demonstrar aqui é que essa não é sua função educacional mais nobre, ele pode ser<br />

usado como excelente ferramenta de aprendizagem que é não como uma mera<br />

maquina de ensinar e de importância vital que as pessoas sobretudo as crianças se<br />

convençam que são elas que devem mesmo porque controlar maquinas e não viceversa.<br />

Através dele a criança aprende a aprender e através de seus próprios erros o<br />

mesmo se torna, portanto mais uma oportunidade de aprender. Entretanto não se<br />

pode negar que o computador de fato exerce grande atração sobre a criança. O que<br />

se deve fazer seguindo a linha do que já foi dito aqui é explorar essa atração em<br />

direções positivas e desejáveis e que quase toda forma de contato com o<br />

computador pode sim trazer resultados pedagogicamente benéficos. A utilização de<br />

computadores em sala de aula veio para ficar e assim os professores não podem<br />

ficar para trás; pois o sistema de informatização está cada dia mais presente em<br />

nosso cotidiano, nas casas, lazer, estudos, trabalhos, comunicação e muito mais.<br />

Conclui-se que a décadas bastava o professor ser competente em uma das<br />

habilidades atualmente é necessário que ele desenvolva um trabalho multidisciplinar<br />

competente, inovador, criativo, para atender as expectativas dos alunos da família e<br />

da sociedade mas principalmente da sua própria realização pessoal e profissional.<br />

A visita Realizada na escola Walsin me deixou muito surpresa pois a<br />

tecnologia chegou com tudo por lá, pois não existe mais quadro negro e sim no lugar<br />

uma lousa digital na sala de educação infantil e a professora tem uma caneta própria<br />

para fazer o uso e as crianças tem outra. A lousa digital tem um programa chamado<br />

Linux utilizado na escola toda, um dos programas usado para trabalhar com as<br />

crianças é ativinspire tem tudo o que a professora precisa e as crianças já estão


28<br />

acostumadas. No colégio todas as salas de aula contam uma lousa digital para o<br />

professor e um computador para cada aluno, ainda alguns professores não utilizam<br />

muito, e ainda a escola conta com um laboratório próprio de informática onde<br />

crianças da educação infantil freqüentam 2x por semana. Eu tive a oportunidade de<br />

ver que as professoras com quem eu conversei que estão convivendo com a<br />

informática cada vez mais buscam ideais e se declaram satisfeitas com o novo<br />

aprendizado.


29<br />

REFERÊNCIAS<br />

BERBEL, Alexandre Costa ET AL. Guia de Informática na escola: como implantar<br />

e administrar novas tecnologias. Alabama Editora, 1999.<br />

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9. 394 de 20 de<br />

dezembro de 1996.<br />

CHAVES, Eduardo O.C. e SETZER, Valdemar W. O uso de computadores em<br />

escolas: fundamentos e críticas. São Paulo; Editora Scipione, 1998.<br />

CRAIDY, C e KAERCHER, G. E. Educação Infantil pra que te quero?. Porto<br />

Alegre: artmed, 2001.<br />

Formação De Professores Para O Uso Da Informática Na Escola.Campinas-<br />

SP:UNICAMP/NIED,2003<br />

HOUDER, OLIVIER. Dez Lições De Psicologia e Pedagogia – Ática, Uma<br />

Contestação Das Idéias De Piaget, edit atica; edição: 1 ,coleção: serie educação –<br />

ática, ano 2009.<br />

RIPPER, A. V. O computador chega à escola. Para que? Revista tecnologia<br />

educacional, 1985.<br />

ROSALEN, Marilena S. EDUCAÇAO INFANTIL e INFORMÁTICA. Piracicaba, SP:<br />

[(Tese doutorado) – UNIMEP, 2001<br />

VYGOTSKY, L. S Pensamento e Linguagem. Tradução Jefferson Luiz Camargo,<br />

Revisão Técnica José Cipolla Neto, São Paulo: Martins Fontes, 2003.

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