Guia para aplicação de Dispositivos de ... - Accedi a G-Finder
Guia para aplicação de Dispositivos de ... - Accedi a G-Finder
Guia para aplicação de Dispositivos de ... - Accedi a G-Finder
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
1 - A origem do raio<br />
Os raios são <strong>de</strong>scargas elétricas que ocorrem durante tempesta<strong>de</strong>s.<br />
Durante as tempesta<strong>de</strong>s, há <strong>de</strong>ntro das núvens o acúmulo <strong>de</strong> cargas negativas em sua região<br />
inferior.<br />
A formação das cargas nas extremida<strong>de</strong>s da nuvem ocorre através do atrito entre partículas <strong>de</strong><br />
gelo e água postas em movimento pelas correntes <strong>de</strong> ar quente ascen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ntro da nuvem.<br />
Para representar graficamente a distribuição das cargas, po<strong>de</strong>mos imaginar um dipolo gran<strong>de</strong><br />
cujo campo elétrico se fecha no solo (Figura 1).<br />
+ +<br />
+ +++ + + + + + + + + + + + + + +<br />
+ + + + +<br />
+ + + + + + + + + + + +<br />
Figura 1:<br />
distribuição <strong>de</strong> cargas elétricas <strong>de</strong>ntro da nuvem,<br />
e percurso do campo elétrico<br />
A <strong>de</strong>scarga ocorre quando a intensida<strong>de</strong> do campo elétrico ultrapassa o valor da resistência<br />
dielétrica do ar, que, no caso do ar limpo e seco, correspon<strong>de</strong> a 30 kV/cm. Durante uma<br />
tempesta<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido à umida<strong>de</strong> e às partículas <strong>de</strong> poeira presentes, a resistência dielétrica do<br />
ar cai <strong>para</strong> poucos kV/cm, facilitando, assim, a <strong>de</strong>scarga.<br />
Po<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar três famílias <strong>de</strong> raios:<br />
1) Raios entre nuvens: quando a <strong>de</strong>scarga ocorre entre duas nuvens vizinhas<br />
2) Raios intranuvem: quando a <strong>de</strong>scarga ocorre <strong>de</strong>ntro da mesma nuvem<br />
3) Raios entre nuvem e terra: quando a <strong>de</strong>scarga ocorre entre o solo e a nuvem,<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da origem<br />
Continuando a classificação dos raios, po<strong>de</strong>mos em primeiro lugar <strong>de</strong>finir como “raio<br />
<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte” o raio que parte da nuvem, e como “ascen<strong>de</strong>nte” o raio que sair do solo. Também<br />
po<strong>de</strong>mos classificar o raio <strong>de</strong> acordo com a sua polarida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>finida por convenção como<br />
igual à da carga da nuvem: portanto, diferenciamos os raios positivos e raios negativos.<br />
Raio <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte negativo<br />
Agora, <strong>de</strong>screvemos o caminho seguido por um raio negativo nuvem-terra durante sua formação.<br />
Esse tipo <strong>de</strong> raio é, <strong>para</strong> nós, o mais interessante por ser mais frequente. Distinguimos as<br />
seguintes fases:<br />
Fase 1: as cargas elétricas se acumulam numa área da nuvem,<br />
o campo elétrico local cresce até ultrapassar a resistência<br />
dielétrica do ar: nesse ponto ocorre a primeira<br />
<strong>de</strong>scarga, cujo comprimento é <strong>de</strong> alguns centímetros.<br />
Nesta fase inicial, as respectivas correntes assumem<br />
valores que, em média, não ultrapassam os 500 A<br />
(ocasionalmente atingem alguns quiloampères), e são<br />
caracterizadas por um percurso irregularmente plano.<br />
Por isso, falamos <strong>de</strong> “corrente contínua”.<br />
+ + + + + + + + + + +<br />
1