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Volume 29 No 3 - sbmet

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Boletim SBMET novembro/05<br />

De forma análoga, para o caso de decolagem em<br />

baixa visibilidade (em inglês Low Visibility Takeoff<br />

(LVTO)) com RVR abaixo de 400 m, é necessário que<br />

o aeroporto esteja equipado com sistema que permita a<br />

determinação do desvio da aeronave do centro da pista<br />

(sinal de LOC (ILS), ou MLS, ou GLS/GNSS) e sistema<br />

de luzes na pista para orientação visual do piloto.<br />

Também, que a aeronave esteja equipada e certificada, a<br />

tripulação esteja treinada e o operador homologado para<br />

este tipo de operação.<br />

O sistema de decolagem em baixa visibilidade<br />

deve prover informações de guiagem lateral que, se<br />

seguidas pelo piloto, manterá a aeronave no centro<br />

da pista durante a corrida na pista na aceleração até a<br />

decolagem ou desaceleração até a parada em caso de<br />

uma decolagem interrompida.<br />

Destaca-se o sistema de guiagem conhecido por<br />

Head Up Display (HUD) que, através de um sistema de<br />

projeção, permite ao piloto ter a visão externa através da<br />

janela dianteira simultaneamente à guiagem.<br />

1.5. Radares Meteorológicos e Operação de<br />

Aeronaves em Condições de Precipitação e Extremos<br />

de Temperatura<br />

A melhor estratégia na aviação em relação às<br />

tempestades é evitá-las (AC 00-24B). Desta forma, as<br />

aeronaves de transporte são equipadas com sistema<br />

de radar meteorológico, que consiste de um painel de<br />

controle, um transmissor, um receptor, uma antena<br />

e um monitor. O painel de controle é utilizado para<br />

se selecionar os modos de operação do radar. O sinal<br />

de radar é emitido pela antena e o sinal de retorno do<br />

radar é função do tamanho e do número de gotículas<br />

da precipitação, tal que, quanto maior as partículas<br />

e o número delas, maior o sinal de retorno. A antena<br />

instalada no nariz da aeronave e protegida pelo radome<br />

permite tipicamente uma varredura lateral de cerca de ±<br />

60º e uma inclinação vertical, selecionada pelo piloto, de<br />

± 15º e alcance selecionável de 10 a 300 milhas náuticas.<br />

Em função da intensidade do sinal de retorno, o monitor<br />

apresenta uma graduação de cores permitindo ao piloto<br />

identificar a posição e a intensidade da precipitação/<br />

formação de nuvem. Estes radares permitem também<br />

identificar alguns tipos de turbulências e windshear.<br />

Na operação de aeronaves de transporte em<br />

condições de precipitação destacam-se os requisitos<br />

relativos ao desempenho: das turbinas em caso de<br />

ingestão de grandes quantidades de água, dos sistema<br />

de freios em condições de pista molhada (sistemas que<br />

evitam o travamento das rodas (conhecidos em inglês<br />

como sistema antiskid) e do limpador de parabrisa para<br />

garantir a visibilidade do piloto.<br />

Quanto à operação de aeronaves em condições<br />

extremas de temperatura, destacam-se os testes de<br />

partida dos sistemas eletro-eletrônicos e motores<br />

em baixas temperaturas (dezenas de graus Celsius<br />

negativos), onde aspectos como viscosidade de fluídos<br />

hidráulicos de atuadores, lubrificantes e combustível se<br />

tornam relevantes. Estes testes podem ser realizados em<br />

locais como Alasca ou em câmaras específicas, onde a<br />

aeronave é colocada para a realização dos ensaios. Em<br />

relação à operação em altas temperaturas, destacamse<br />

os aspectos relativos aos sistemas de refrigeração<br />

da aeronave, dos equipamentos e dos componentes<br />

eletroeletrônicos.<br />

2. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Neste trabalho apresentou-se uma visão geral de<br />

como os sistemas das aeronaves evoluíram de forma<br />

a permitirem a operação de aeronaves em condições<br />

atmosféricas adversas mantendo elevados níveis de<br />

segurança. Isso se deve, em parte, a estreita interação<br />

entre as autoridades certificadoras como CTA, FAA<br />

e EASA, os requisitos de certificação, as agências de<br />

investigação como CENIPA e NTSB e a indústria<br />

aeronáutica. O assunto é bastante extenso, com<br />

informações de qualidade sendo disponíveis na internet<br />

em sites especializados, alguns deles listados no item 5.<br />

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