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Volume 29 No 3 - sbmet

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Boletim SBMET novembro/05<br />

b)<br />

c)<br />

O Controle de Aproximação de Aeródromo (APP),<br />

responsável pelo controle radar das aeronaves até<br />

100 km do aeródromo, necessita, por exemplo,<br />

de informações relativas à formação de trovoadas<br />

associadas às nuvens CB dentro de sua área<br />

operacional, previsão da hora de início, duração<br />

e sua extensão para que possa ser avaliado o<br />

comprometimento operacional, ou seja, se o<br />

número de aeronaves deverá ser limitado em<br />

função da segurança das operações aéreas e da<br />

operacionalidade dos aeródromos;<br />

O Centro de Controle de Área (ACC), responsável<br />

pelo controle radar de todas as aeronaves<br />

que voam em rotas aéreas, fora da área de<br />

responsabilidade dos APP, depende também das<br />

informações meteorológicas. Para esses Centros,<br />

é imprescindível saber quais as rotas aéreas estão<br />

sob a influência de condições meteorológicas<br />

adversas, bem como, a hora que novas rotas serão<br />

afetadas operacionalmente, qual o volume do<br />

espaço aéreo será comprometido e qual o desvio<br />

mais seguro nestas condições.<br />

Para o emprego militar, a Meteorologia, destaca-se<br />

pelo apoio específico a diversos tipos de operações. Para<br />

a aviação de caça, por exemplo, é também importante<br />

saber o nível em que ocorre a trilha de condensação;<br />

nas operações de lançamento de carga e pára-quedistas é<br />

importante conhecer o vento nas camadas da atmosfera<br />

sobre a Zona de Lançamento, bem como, o ponto ideal<br />

para lançamento em grande altitude de pára-quedistas<br />

que, planando com velame aberto, visa alcançar um<br />

determinado alvo.<br />

Embora os avanços da tecnologia aeronáutica tenham<br />

vindo a tornar as viagens menos sensíveis a determinados<br />

aspectos do estado do tempo, a meteorologia continuará<br />

a ser essencial para a eficiência das operações de vôo.<br />

Como sabemos, o crescente aumento no número de<br />

aeronaves em operação exige um melhor aproveitamento<br />

do espaço aéreo, e assim, com a devida segurança,<br />

diminuindo o espaçamento entre elas. Nesse contexto,<br />

as informações meteorológicas passam a ser cada vez<br />

mais decisivas.<br />

1. ESTRUTURA E ATRIBUIÇÕES<br />

A redução dos mínimos meteorológicos para<br />

utilização de aeródromos tem acentuado a necessidade<br />

de se obter informações precisas e atualizadas sobre<br />

as condições meteorológicas locais nos aeródromos<br />

e ao longo das rotas aéreas, utilizando-se para isto<br />

de instrumentos e equipamentos de observações<br />

meteorológicas modernos, bem como, de prognósticos<br />

meteorológicos cada vez mais confiáveis. Neste<br />

contexto, a atividade de Meteorologia Aeronáutica está<br />

alicerçada na seguinte estrutura:<br />

•<br />

•<br />

•<br />

•<br />

Rede de Estações Meteorológicas;<br />

Rede de Centros Meteorológicos;<br />

Bancos de Dados - Operacional (OPMET) e<br />

Climatológico (BCA); e<br />

Sistema de divulgação de informações<br />

meteorológicas.<br />

a) Rede de Estações Meteorológicas (REM)<br />

Os Sistemas de observação meteorológica<br />

aeronáutica, objetivam tanto o fornecimento de dados<br />

de superfície aos aeronavegantes, quanto a coleta de<br />

dados de altitude e sinóticos para a utilização dinâmica<br />

da matriz mundial de dados meteorológicos. Esta<br />

rede é constituída pelos elementos de coleta de dados<br />

meteorológicos a serem processados e difundidos aos<br />

órgãos operacionais e climatológicos, onde se destaca o<br />

monitoramento contínuo do meio atmosférico.<br />

As estações meteorológicas que integram a rede<br />

são classificadas conforme suas características, em<br />

Estações Meteorológicas de Superfície (EMS) Classe I,<br />

II e III, em Estações Meteorológicas de Altitude (EMA)<br />

e Estações de Radar Meteorológico (ERM). As EMS<br />

(Figura 2a) são implantadas nos aeródromos e coletam<br />

dados meteorológicos representativos das condições<br />

na(s) pista(s) de pouso. São equipadas com sensores<br />

automáticos para obtenção de medidas de direção e<br />

velocidade do vento, altura da base das nuvens, Alcance<br />

Visual na Pista (RVR), pressão ao nível do mar para ajuste<br />

do altímetro, pressão ao nível da pista, temperatura do ar<br />

e do ponto de orvalho. Em aeródromos que não operam<br />

com aproximação de precisão, e com movimentos aéreo<br />

reduzidos, as EMS diferem entre si pela ausência do<br />

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