A diversidade sexual na escola: produção de subjetividade e ...

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7 - Escola municipal
Conheci a escola municipal através da professora Marisa que encontrei na
formação da ong Nuances, em 2007. Ela colocou nos encontros do projeto Educando
para a Diversidade a sua experiência com “oficinas de sexualidade”, desenvolveu um
trabalho por 14 anos na sua escola, pois participou da primeira especialização da
SMED em 1990, cujo objetivo, como descrito nos capítulos anteriores, era de capacitar
professores/as para desenvolverem Orientação Sexual em escolas da rede. A partir daí,
desenvolveu um trabalho contínuo em sua escola que ao longo destes anos envolveu,
além dos/as alunos/as nas oficinas de sexualidade, funcionários/as, educadores/as,
pais e mães. Ela tinha disponibilidade prevista em sua carga horária para desenvolver
este trabalho, o que mudou há alguns anos, fazendo com que o projeto fosse
encerrado.
A primeira visita a escola municipal foi em 11 de abril de 2008, a escola tem 1200
alunos e cerca de 80 professores, está situada num bairro da periferia de Porto Alegre,
fica em uma rua asfaltada, onde passa o transporte público. As ruas e ruelas das
proximidades da escola não têm calçamento e logo se afastando desta rua “principal”,
encontramos habitações construídas de maneira precária convivendo com casas de
alvenaria. A escola está localizada no centro do bairro, parece funcionar como uma
referência e um centro de convivência.
7.1 – A comunidade escolar
A maioria dos/as professores/as “são de 40 horas”, então eles/as não saem da
escola nos seus intervalos: “ficam direto”, não tem locais onde almoçar no entorno
então, geralmente, elas/es almoçam na escola, muitas vezes no refeitório, a mesma
refeição que é oferecida para os alunos.
“...acho a comunidade boa de ser trabalhada, acho que eles não são tão... assim de
não gostar de estudar acho que a gente consegue trabalhar, a comunidade é boa não é
daquelas vilas muito popular que dá muito problema, não, tem alguns problemas mas
não são aqueles tão horrorosos, tipo tiroteio, como em outras escolas, não, acho que é
bem...bem...é um lugar que dá para trabalhar...” (Amália- professora)