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A diversidade sexual na escola: produção de subjetividade e ...

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outra a re<strong>de</strong> estadual. A escolha das <strong>escola</strong>s para o estudo se <strong>de</strong>u consi<strong>de</strong>rando dois<br />

aspectos: a <strong>escola</strong> já ter tido a experiência <strong>de</strong> algum projeto <strong>de</strong>senvolvido, ou em<br />

andamento, acerca da <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong> e abordando o tema da <strong>diversida<strong>de</strong></strong> <strong>sexual</strong>. Outro<br />

aspecto <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>nte <strong>na</strong> escolha das <strong>escola</strong>s foi a presença no corpo <strong>de</strong><br />

professores/as <strong>de</strong> pelo menos um/a educador/a que tivesse passado por uma formação<br />

ou qualificação proposta por um órgão público (ou fi<strong>na</strong>nciada por verbas públicas)<br />

direcio<strong>na</strong>do ao trabalho com alunos/as acerca da <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong>.<br />

A proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver a pesquisa em duas <strong>escola</strong>s, uma estadual e uma<br />

municipal, se <strong>de</strong>ve a maneira diferenciada que estas re<strong>de</strong>s têm abordado este tema, e<br />

características muito diferenciadas no gerenciamento propostas pelas administrações,<br />

diferenças sempre mencio<strong>na</strong>das pelas/os profissio<strong>na</strong>is <strong>de</strong>stas re<strong>de</strong>s que as<br />

aproximações prelimi<strong>na</strong>res do campo já evi<strong>de</strong>nciavam, ou seja: há uma diferença<br />

salarial; a re<strong>de</strong> municipal, diferentemente da estadual funcio<strong>na</strong> por Ciclos; as <strong>escola</strong>s<br />

estaduais são geograficamente mais centrais, enquanto que as municipais são<br />

localizadas <strong>na</strong> periferia da cida<strong>de</strong>. Apresentam também uma diferença importante no<br />

que se refere à temática da pesquisa: a Secretaria Municipal <strong>de</strong> Porto Alegre foi<br />

pioneira no Brasil e <strong>de</strong>senvolveu um projeto, já em 1988, que consistia em uma<br />

qualificação <strong>de</strong> professores/as para o trabalho com ofici<strong>na</strong>s <strong>de</strong> <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong> e, no ano<br />

<strong>de</strong> 1990, com os mesmos referenciais, o projeto Sexo em Debate <strong>na</strong> Escola, formou<br />

professores que tiveram uma prática <strong>de</strong> ofici<strong>na</strong>s sobre <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong> em <strong>escola</strong>s da re<strong>de</strong>,<br />

como já <strong>de</strong>screvemos. A re<strong>de</strong> estadual, por sua vez, não tem proposto formações<br />

contínuas para seus educadores/as, seus profissio<strong>na</strong>is interessados em trabalhar o<br />

tema procuram se qualificar por sua própria iniciativa. Tendo sido exceção a parceria,<br />

em 2006 e 2007, com a ong Somos, para que gestores <strong>de</strong> <strong>escola</strong>s se qualificassem<br />

através da formação proposta pelo Programa Brasil sem Homofobia, fi<strong>na</strong>nciado pelo<br />

governo fe<strong>de</strong>ral.<br />

Neste sentido as <strong>escola</strong>s on<strong>de</strong> realizei a pesquisa apresentavam estas<br />

características: a <strong>escola</strong> estadual estava implementando uma proposta para trabalhar<br />

as questões <strong>de</strong> <strong>diversida<strong>de</strong></strong> <strong>sexual</strong> e homofobia. Esta proposta é <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> quatro<br />

professoras <strong>de</strong>sta <strong>escola</strong> que freqüentaram a formação da ONG Somos: Construindo

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