A diversidade sexual na escola: produção de subjetividade e ...

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me engano, que foi aqui em Porto Alegre que nós participamos... porque despendia um
capital, né?”
Em 1991 a SMED realizou também uma formação direcionada aos
educadoras/es da educação infantil, naquele momento se colocava como necessidade
a capacitação de profissionais desde a educação infantil, formando uma turma de
professoras e supervisoras. Desta época, conta uma professora de uma escola infantil:
“ficou, daquela época, na educação infantil os materiais pedagógicos, hoje em qualquer
escolinha tem livros infantis sobre o tema, brinquedos, jogos, em qualquer escola tem
bonecos e bonecas com genitais, bonecas grávidas, famílias, bonecos de várias
gerações e também para trabalhar conjuntamente etnia, bonecas e bonecos
negros...Na escola onde estou tem todo este material diferenciado, acho que tem em
todas as escolas infantis da rede”
No âmbito estadual, as iniciativas da Secretaria Estadual de Educação, neste
mesmo período, foram marcadas pelo curso: Educação Sexual e Adolescência,
realizado no Posto de atendimento Médico da Vila do IAPI, em março de 1990,
direcionado a profissionais da educação e saúde. As intervenções estaduais foram
propostas com duração mais reduzida que as da rede municipal, e se caracterizaram
por se constituírem durante curtos períodos, sem continuidade.
Também em Porto Alegre foi realizado um projeto de Educação Sexual no colégio
Aplicação da UFRGS, que foi implementado em 1992, elaborado por um grupo de
trabalho de educadoras daquela escola.
Todas estas propostas de intervenção nas escolas abordando o tema da
sexualidade foram extintas há alguns anos e, desde então, propostas de maior
abrangência, com o objetivo de implementar ações sistemáticas foram realizadas pelo
Programa Brasil sem Homofobia e o projeto federal Saúde e Prevenção na Escola,
sendo que este último é uma parceria do Ministério da Educação e Ministério da Saúde.
Também como iniciativa do governo do estado foi lançada, em maio de 2005, a
campanha: Te liga: gravidez tem hora! para toda a rede pública do Estado, através do
Projeto Saúde Escolar, que propunha educação dos adolescentes e das famílias na
prevenção da gravidez precoce. O objetivo foi: conscientizar jovens na faixa etária dos