A diversidade sexual na escola: produção de subjetividade e ...

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professores/as, mães, pais e funcionários/as. Em várias escolas da rede municipal as
oficinas de sexualidade se mantiveram por muitos anos, com os grupos de discussão
com mães, pais, professores/as e funcionários/as. Como conta a professora da rede
municipal Marisa, que participou deste processo:
“Por 14 anos eu trabalhei com orientação sexual na minha escola, só que ao longo
deste tempo que eu trabalhei aconteceu muita coisa, a administração mudou, a Ester
Grossi saiu e aí começou uma outra linha de trabalho e a sexualidade não era uma das
prioridades e aí eles deram outras prioridades, mas o trabalho sobre sexualidade ainda
ficou durante um longo tempo como uma das meninas dos olhos da EJA. Então a gente
fez os encontrões nossos, a gente ia pra Campinas fazer encontro de adolescentes
nacional e tinha um trabalho sistemático com esses alunos, a eles se encontravam, nós
fazíamos encontros regionais....
Os adolescentes participavam, eles foram pra Campinas, foram alunos daqui da escola
pra Campinas comigo, ficamos uma semana lá onde encontraram alunos de todo o
Brasil e aí eram feitas as oficinas, nos moldes que as nossa oficinas ocorreram nas
oficinas de formação, formação de mais de um ano e meio, o que equivaleria em
termos de horas a uma pós-graduação, em termos de horas foi mais que 360h, e veio
psicólogos, veio gente de.. psicanalistas, veio gente de várias áreas, médicos, tudo que
era área prá fazer a formação, então sempre que tinha algo sobre sexualidade, que
envolvia sexualidade, a gente tava automaticamente vinculado”.
“Da rede, na época a quantidade que fizeram este trabalho comigo, acho que eram uns
35, 60 prá começar eram 60, mas que continuaram um trabalho sistemático eu acho
que foi uns 30 e poucos professores. E ao longo disso, o que foi fazendo com que as
pessoas desistissem, foi exatamente não terem aquela... a administração não deu
suporte que deveria ter dado em termos de tudo que tinha sido investido nesses
profissionais. E aí nós começamos a fazer um movimento de nos encontrarmos por
nossa conta, nós, mas isso depois de um longo tempo, eu acho que já tinha
transcorrido uns 8 anos de trabalho, onde a mantenedora nos dava o subsídio de
manter os encontros, fazer, o último encontro que teve eu acho que foi em 99, se não