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A diversidade sexual na escola: produção de subjetividade e ...

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(BSH). Estes programas se comprometeram a <strong>de</strong>senvolver ações no âmbito da<br />

educação tendo como meta uma educação inclusiva e não-sexista, propondo, além da<br />

<strong>produção</strong> <strong>de</strong> materiais didáticos a formação inicial e continuada <strong>de</strong> professores/as <strong>na</strong><br />

área da <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong>. Para isso, entre outras ações, a Secretaria <strong>de</strong> Educação<br />

Continuada, Alfabetização e Diversida<strong>de</strong> (SECAD) <strong>de</strong>senvolveu, a partir <strong>de</strong> 2005, o<br />

projeto Formação <strong>de</strong> Profissio<strong>na</strong>is da Educação para a Cidadania e Diversida<strong>de</strong><br />

Sexual. No Ca<strong>de</strong>rno 4 produzido pela SECAD, <strong>na</strong> sua introdução:<br />

A crescente mobilização <strong>de</strong> diversos setores sociais em favor do reconhecimento da<br />

legitimida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas diferenças tem correspondido a uma percepção cada vez mais aguda<br />

do papel da educação para a <strong>diversida<strong>de</strong></strong>. Ela é vista como fator essencial para garantir<br />

inclusão, promover igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e enfrentar toda sorte <strong>de</strong> preconceito,<br />

discrimi<strong>na</strong>ção e violência, especialmente no que se refere a questões <strong>de</strong> gênero e<br />

<strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong>. (BRASIL, 2007. p. 9)<br />

Dessa forma, ao falar <strong>de</strong> <strong>diversida<strong>de</strong></strong> <strong>sexual</strong>, a SECAD/MEC procura, antes, situar questões<br />

relativas a gênero, orientação <strong>sexual</strong> e <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong> no terreno da ética e dos direitos<br />

humanos, vistos a partir <strong>de</strong> uma perspectiva emancipadora. Assim fazendo, evita discursos<br />

que, simplesmente, relacio<strong>na</strong>m tais questões a doenças ou a ameaças a uma suposta<br />

normalida<strong>de</strong>. (BRASIL, 2007, p. 9)<br />

Na área da educação, a implementação <strong>de</strong> ações visando à igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero,<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero e orientação <strong>sexual</strong> e ao enfrentamento ao sexismo e à<br />

homofobia está amparada <strong>na</strong>s propostas <strong>de</strong> ações gover<strong>na</strong>mentais relativas à<br />

educação que se encontram no Programa Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Direitos Humanos II (2002), no<br />

Plano Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Políticas para as Mulheres (2004), no Programa Brasil Sem<br />

Homofobia (2004) e no Plano Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> Educação em Direitos Humanos (2006) que<br />

surgiram a partir <strong>de</strong> lutas e reivindicações que se fortaleceram e cresceram a partir da<br />

promulgação da Constituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 1988.<br />

As políticas educacio<strong>na</strong>is precisam levar em conta as discussões acerca da função social da<br />

<strong>escola</strong> <strong>na</strong> construção <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong>s e feminilida<strong>de</strong>s contrapostas ao mo<strong>de</strong>lo<br />

convencio<strong>na</strong>l, masculino, heteronormativo, branco e <strong>de</strong> classe média. Não po<strong>de</strong>m ignorar os<br />

efeitos que os processos <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s e subjetivida<strong>de</strong>s masculi<strong>na</strong>s,<br />

femini<strong>na</strong>s, hetero, homo ou bissexuais produzem sobre a permanência, o rendimento<br />

<strong>escola</strong>r, a qualida<strong>de</strong> <strong>na</strong> interação <strong>de</strong> todos os atores da comunida<strong>de</strong> <strong>escola</strong>r e as suas<br />

trajetórias <strong>escola</strong>res e profissio<strong>na</strong>is. (BRASIL, 2007, p. 35)<br />

Para contemplar os objetivos <strong>de</strong> uma <strong>escola</strong> inclusiva e não sexista, entre outras<br />

ações, a SECAD <strong>de</strong>senvolveu entre 2005 e 2006 o Projeto Formação <strong>de</strong> Profissio<strong>na</strong>is

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