A diversidade sexual na escola: produção de subjetividade e ...

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de uma forma mais radical, mais completa; a meta da inclusão é não deixar ninguém de
fora do sistema escolar. Este terá de se adaptar às particularidades de todos os/as
alunos/as. Desde os anos 1980 e princípio dos 1990, inicia-se no contexto internacional
um movimento iniciado por profissionais, pais e pessoas com deficiência, que lutam
contra a segregação que a educação especial, a qual embora estivesse colocada em
prática junto com a integração escolar, estivera isolada em um mundo à parte. A
proposta deste movimento é a de que todos as/os alunos/as, sem exceção, devem
estar escolarizados/as na classe de ensino regular, e receber uma educação eficaz
nessas classes. As separações por causa da língua, do gênero, ou do grupo étnico
minoritário deveriam ser mínimas e requerer reflexões. Esta nova orientação assume
um caráter internacional. Isto pode ser comprovado na série de ações e reuniões
internacionais que têm sido convocadas para discutir a respeito. Dentre essas reuniões,
destaca-se a Convenção dos Direitos da Criança realizada em Nova York em 1989; a
Conferência Mundial de Educação para Todos, que aconteceu em Jomtiem (Tailândia)
em 1990; a Conferência Mundial sobre “Necessidades Educativas Especiais”,
desenvolvida em Salamanca em 1994; e, a mais recente no ano de 2000, acontecida
em Dakar (Senegal), com o título de “Fórum Consultivo Internacional para a Educação
para Todos”. Entre todas essas conferências a Conferência Mundial sobre
Necessidades Educativas Especiais, de 1994, em Salamanca, foi a que de maneira
mais decisiva e explicitamente defendeu a implementação da Educação Inclusiva em
todo o mundo. O movimento da Educação para Todos introduziu nas agendas
governamentais de todos os países temas tais como a necessidade de melhoria da
gestão com vistas ao desenvolvimento escolar, a importância de se investir na
formação de professores, a relação entre o ensino, a aprendizagem e a diversidade
humana existente nas salas de aula. Todos estes temas foram listados como
diretamente relacionados às mudanças pelas quais a escola deveria passar para
responder às necessidades básicas de aprendizagem de todas as crianças.
Esses temas têm sido assunto de debates nacionais e constituem, no Brasil, os
argumentos para a implantação do Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade
e do Projeto Educar na Diversidade, ambos da Secretaria de Educação Especial do
MEC, criados em 2003. Existe um enunciado maior presente no discurso oficial de que