A diversidade sexual na escola: produção de subjetividade e ...
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e direitos reprodutivos foram também citadas: a vinculação imediata dos direitos sexuais<br />
com a saú<strong>de</strong> <strong>sexual</strong> e a valorização da idéia <strong>de</strong> <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong> responsável como norma.<br />
(ANA PAULA PORTELA, 2003, p. 45)<br />
A discussão <strong>de</strong> direitos sexuais, atualmente, tem se caracterizado por uma tensão<br />
entre reivindicações centradas no direito ao erotismo e prazer e ênfases em <strong>de</strong>núncia<br />
<strong>de</strong> violências e abusos on<strong>de</strong> se coloca a reificação e a vitimização.<br />
4.3 - Diversida<strong>de</strong> Sexual<br />
Diversida<strong>de</strong> <strong>sexual</strong> é uma expressão que vem sendo muito utilizada pelo<br />
movimento social para <strong>de</strong>sig<strong>na</strong>r questões relativas à homos<strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong> ou às<br />
homos<strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong>s. O termo <strong>diversida<strong>de</strong></strong> vem se constituindo como opção ao termo<br />
diferente ou diverso, que traz consigo incorporado o referencial <strong>de</strong> normal, tem sido<br />
utilizado no sentido da multiplicida<strong>de</strong> e singularida<strong>de</strong>. Sua utilização <strong>de</strong> maneira ampla<br />
traz questio<strong>na</strong>mentos:<br />
O termo <strong>diversida<strong>de</strong></strong> <strong>sexual</strong> está sendo utilizado <strong>de</strong> uma maneira ampla tanto <strong>na</strong> área das<br />
políticas públicas, dos movimentos sociais e da educação. Sua utilização como um termo<br />
dado, ten<strong>de</strong> a colocá-lo como um conceito <strong>na</strong>turalizado, constituindo um lugar, um campo e<br />
constituindo sujeitos que o possam habitar. Nos é necessário refletir sua constituição e os<br />
embates, por vezes bastante acirrados, que <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ram e <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>m seu significado e os<br />
discursos e saberes que daí <strong>de</strong>correm. (MARIA ÁVILA, 2003, p. 26)<br />
Na educação o conceito da <strong>diversida<strong>de</strong></strong> foi, num primeiro momento, utilizado<br />
como uma inovação da educação especial, mas, progressivamente, foi expandindo-se<br />
em todo o contexto educativo como parte do discurso <strong>de</strong> reivindicações <strong>de</strong> uma<br />
educação para todos. Suas reivindicações fundamentais são: a não discrimi<strong>na</strong>ção das<br />
<strong>de</strong>ficiências, da cultura e do gênero. O discurso da educação inclusiva coloca que o<br />
que <strong>de</strong>ve ser enfatizado é a <strong>diversida<strong>de</strong></strong> mais que a semelhança, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> uma<br />
educação eficaz para todos. Dentro <strong>de</strong>ste movimento o que aparece como um<br />
argumento central é a idéia da <strong>diversida<strong>de</strong></strong> do alu<strong>na</strong>do entendida como vantagem para<br />
o trabalho pedagógico, se ela for valorizada pelo/a educador/a. Sendo o/a aluno/a<br />
colocado/a como o mais importante e significativo recurso existente <strong>na</strong>s salas <strong>de</strong> aula,<br />
quanto mais diversas forem suas características e manifestações, tanto mais os<br />
processos educativos vão se aprimorando como conseqüência da <strong>diversida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong>