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A diversidade sexual na escola: produção de subjetividade e ...

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2 METODOLOGIA<br />

Nosso objetivo foi <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r como a discussão acerca da <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong>,<br />

proposta pelas atuais políticas públicas, está sendo incorporada <strong>na</strong>s práticas <strong>escola</strong>res.<br />

Buscamos compreen<strong>de</strong>r as formas como os temas da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, do gênero e da<br />

<strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong> estão sendo apropriados pelos educadores. Pensando que a subjetivida<strong>de</strong><br />

é constituída a partir e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um campo discursivo. Assim, nos perguntamos que<br />

sujeito está sendo constituído a partir da proposição <strong>de</strong> uma <strong>escola</strong> inclusiva e nãosexista,<br />

ou seja, quais processos <strong>de</strong> subjetivação são acio<strong>na</strong>dos e quais as verda<strong>de</strong>s<br />

são propostas/impostas aos sujeitos para que eles “se incluam".<br />

A <strong>escola</strong> tem sido alvo <strong>de</strong> várias propostas <strong>de</strong> intervenção no campo da<br />

<strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong>. Em propostas mais recentes po<strong>de</strong>mos perceber o surgimento e a<br />

discussão da nomeada <strong>diversida<strong>de</strong></strong> <strong>sexual</strong>. Este termo tem surgido no campo da<br />

educação <strong>sexual</strong> e <strong>de</strong> programas voltados à questão dos direitos humanos, em especial<br />

no Programa Brasil sem Homofobia. Ao pensar políticas públicas que hoje se propõem<br />

trabalhar a <strong>diversida<strong>de</strong></strong> <strong>sexual</strong> percebe-se que os discursos veiculados por tais<br />

campanhas propõem implícita ou explicitamente, concepções <strong>de</strong> <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong>. Neste<br />

sentido também se po<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r estas campanhas <strong>de</strong> órgãos públicos inseridas num<br />

discurso <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong> sujeitos e <strong>de</strong> <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sejáveis, juntamente com o <strong>de</strong><br />

aceitação <strong>de</strong> <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong>s nem tão <strong>de</strong>sejáveis, traduzindo-se por propostas <strong>de</strong> políticas<br />

<strong>de</strong> inclusão.<br />

Propomo-nos a pensar em como estas políticas <strong>de</strong> inclusão no campo da<br />

educação se efetivam no cotidiano, como os discursos que orientam as políticas<br />

públicas - sem esquecer que eles são fruto <strong>de</strong> disputas inter<strong>na</strong>s ao governo - são<br />

compreendidos quando uma ação é implementada; e que tipo <strong>de</strong> inclusão resulta no<br />

cotidiano <strong>escola</strong>r. Neste sentido é importante compreen<strong>de</strong>r e <strong>de</strong>screver <strong>de</strong> que maneira<br />

estas políticas públicas, ditas <strong>de</strong> inclusão e não sexistas se instalam, ou não, <strong>na</strong> <strong>escola</strong>.<br />

Propomo-nos a utilizar a <strong>produção</strong> teórica <strong>de</strong> Michel Foucault para po<strong>de</strong>rmos<br />

a<strong>na</strong>lisar o campo das <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong>s. Sua contribuição produziu uma mudança <strong>de</strong><br />

perspectiva em relação à análise da <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong>. Foucault propôs pensar a <strong>sexual</strong>ida<strong>de</strong>

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